Introdução
70% dos diagnósticos gastrenterológicos
são feitos com a história clínica
90% associando-se ao exame físico
Exames subsidiários podem se tornar
desnecessários ou confundidores
Inspeção
Estática– Paciente posições ortostática e decúbito dorsal.
– Tipos de abdome
– Abaulamentos, retrações, cicatrizes
– Pele e anexos
– Turgência venosa
Dinâmica– Hérnias (importância da expiração e expiração forçada)
– Respiração
– Movimentos peristálticos
– Pulsações (aortismo x dilatação aneurismática)
Inspeção
A presença de peristaltismos visíveis em região
mesogástrica no indivíduo magro com abdome
flácido pode ser normal.
Abdome rígido + peristaltismo visível (ondas de Kussmaul) =
OBSTRUÇÃO !
Síndrome de Koenig ou tumor fantasma
Inspeção
Existe possibilidade de apenas com inspeção aliada à
percussão, determinar se um tumor é intra-abdominal e
ainda se é ou não retro-peritonial.
Inspeção
Para diferenciar aumento do volume abdominal
como sendo primariamente intra-abdominal ou
apenas parietal, observa-se a posição da cicatriz
umbilical.
Ausculta
Recomenda-se executar a
ausculta antes da palpação para
evitar aumento involuntário do
peristaltismo.
• Ambiente tranquilo
• Permanência por 2 minutos
Percussão
Sinal de Jobert
A presença de timpanismo na região da linha hemiclavicular
direita onde normalmente se encontra macicez hepática,
caracteriza pneumoperitônio.
T6-T12
Traube
Espaço de Traube
Espaço semilunar do sexto ao décimo primeiro espaços intercostais, tendo
como limites: gradeado costal, baço, pâncreas, cólon, rim e estômago.
T6-T12
Palpação
Superficial
Profunda (técnica deslizante de Hausman)
Específicas ( estômago, íleo terminal, ceco, cólon, rim, psoas)
Manobras especiais
Órgãos que só são palpados em condições patológicas:– Bexiga (desde que vazia)
– Apêndice cecal
– Vesícula biliar
– Flexuras do cólon
– Delgado
– Baço
Descompressão brusca x Sinal de Blumberg
Presença de peritonite provoca dor tanto à compressão
quanto à descompressão podendo ser, por vezes, mais
desconfortável à descompressão.
Palpação
Abaulamentos localizados exigem exame em posição
ortostática a fim de avaliar mobilidade e em ambas
fases da respiração.
Percussão dígito-digital
intensamente dolorosa,
localizada e circunscrita
consiste o Sinal de
Torres-Homem,
característico de abscesso
hepático.
Para diferenciar à palpação a
esplenomegalia de um tumor
renal devemos atentar para:
1) Presença de chanfraduras
2) Aumento em aspecto de “vírgula”
3) Cólon (flexura) permanece
profundamente ao baço.
Importância
Importância
Baço infeccioso agudo (malária, endocardite)
Volume aumentado (até 3-4 cm), mole, borda cortante e
extremamente doloroso
Baço “crônico” (esquistossomose, linfomas, malária)
Volume aumentado, duro, borda romba e indolor
Baço “crônico” (LMC, mielofibrose, leishmaniose)
Volume muito aumentado (até FID), borda romba, duro, indolor
Superfície: lisa hipertensivo, inflamatorio
irregular linfomas
Rim
• Limitação propedêutica devido a
posição retroperitonial (pólo
inferior)
• Palpação pelo método de Israel
Rim
Giordano x Punho percussão de Murphy
Aumento unilateral: tumor ou hidronefrose
Aumento bilateral: hidronefrose, rins policísticos
Ascite
Inspeção
Percussão– Toque retal (abaulamento fundo de saco de Douglas) (<300mL)
– Teste da macicez móvel (0,3 a 1L)
– Semicírculo de Skoda) (1-3L)
– Teste da onda líquida ( Piparote – Peteleco) (>3L)
Palpação pelo rechaço
È o método mais precoce para diagnóstico de ascite !!!
Sinais Propedêuticos
Sinal de Murphy
Sinal de Giordano
Sinal de Torres-Homem
Sinal de Blumberg
Sinal de Jobert
Sinal Grey-Turner
Sinal de Cullen
Descompressão Brusca
Abdome Agudo
Dor localizada na região abdominal que seja
suficiente para fazer com que o paciente
procure auxílio médico e que não tenha
diagnóstico prévio, com duração inferior a 6-
24h.
Abdome Agudo
Caract. Inflam. Obstrut. Perf. Hemorrag. Vascular
Dor Mod – Forte Mod Fortissima Forte Leve - Mod
Palpação “Plastrão” Distensão “Tábua”
Pneumoperitônio
Macicez
móvel
ndn
RHA ↓ ↑ Ausente ↓ ou ausente normal
Importante Idade, apêndice,
vesícula,
pâncreas,
divertículos,
DIP, DII
Cirurgia prévia,
chagas, hérnias,
neop. cólon,
bolo áscaris
Uso AINH, úlcera
péptica,
perfuração
intestinal
Gravidez
ectópica,
trauma, romp.
Baço, rotura
aneurisma
aorta
Arritmia
cardíaca,
tromboilia,
ateromas,
aneurisma de
aorta íntegro,
IAM
Abdome Agudo
Causas clínicas que levam a quadro semelhante de
abdome agudo:
Uremia
Cetoacidose diabética
Insuficiência adrenal
Crise falcêmica
Porfiria Aguda Intermitente
Caso Clínico
Paciente M.S. , 30 a, médico, chega ao PS com
queixa de nó nas tripas há 15 minutos.
Na anamnese foi verificado que o paciente não
apresentava doenças prévias e que a dor abdominal
teve início súbito, de fortíssima intensidade, sem
fatores de melhora ou piora, acompanhado de dor
torácica tipo pleurítica.
Caso Clínico
Nos antecedentes foi encontrado apenas uso
de AINH para lombalgia.
Ao exame: regular estado geral, FC=110,
f=24, PA=160x90, SaO2=99%, MV+ bilat.
sem RA, abdome com defesa importante, DB +,
sem visceromegalias e RHA -