Download - Abolicionismo penal
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Há necessidade de conhecer a mente humana?
a) Algumas perguntas são importantes:1) Como funciona a mente humana/cérebro?2) O que é memória ?3) Como devo proceder para alcançar meus
objetivos?
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Quem pesquisa a respeito do tema?
Ivan Izquierdo
Lev Vygotsky
Pierluigi Piazzi
Sigmund Freud
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Algumas colocações:1) O funcionamento da mente (social) é diferente do
funcionamento do cérebro (biológico);2) Existem diversos tipos de memória;3) Pode-se aprender a ter atenção e foco;4) Nunca conheci “gênios”;5) Conheci gente: dedicada, focada, atenta, humilde; e6) 10 (dez) mil horas dedicadas para se atingir maestria.
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Memória:Armazenamento e evocação de informação adquirida através de experiências; a aquisição de memórias denomina-se aprendizado. (IZQUIERDO, 1989, p. 89)
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Espécies de memória:1) Memória de trabalho: Volátil; usada somente para o
entendimento; o esquecimento vem em minutos, horas após o entendimento;
2) Memória de curto prazo: Um pouco mais durável (dias, semanas, meses); coisas importantes para a mente são registradas no cérebro; e
3) Memória de longo prazo: São guardadas no cérebro de forma “indelével”; podem ser apagadas (traumas, doenças).
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Fases de formação da memória:1) Aquisição: Em estado de alerta e com certa carga emocional
ou afetiva são melhor lembradas (substâncias específicas/novidades/beta endorfina e adrenalina);
2) Consolidação: Modulável/seleção consciente e inconsciente/agregação de informação influencia; revivência da memória; e
3) Evocação: Se dá com substâncias específicas (beta endorfina/hormônios do stress)
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Características da memória:1) Memorizamos e esquecemos a todo o momento; diariamente;
mesmo quando não temos consciência (selecionamos);2) As memórias não são gravadas definitivamente; precisam de
reforço; são mais sólidas quando reforçadas após a aquisição (estão frescas);
3) Sempre são relacionais (rede rizomática); pode-se adicionar memória à já realizada; e
4) Registro complexos em bloco.
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Como estudar?1) A simples leitura não basta para consolidar a
memória; Não basta assistir às aulas; é preciso mais;2) Após adquirir a memória é importantes escrever (não
pode ser com o computador) para que haja consolidação e formação da memória de longo prazo; e
3) Necessário fazer exercícios; vivenciar/discutir/repetir as aprendizagens/escrever/reler coisas novas e velhas.
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Ciências criminais (segundo Franz Von Lizst):
1) Dogmática penal (comandos normativos);2) Política criminal (diretrizes); e3) Criminologia (origens).
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Política criminal:
1) Expansionismo penal;2) Minimalismo penal; e3) Abolicionismo penal.
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Expansionismo penal:1) As instâncias penais são importantes formas de
controle social;2) Deve-se aplicar o Direito Penal a todos os
comportamentos desviantes; e3) O aprisionamento deve ser a mola mestra do
sistema.
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Conceito de Controle Social:O controle social é entendido, assim, como o conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais que pretendem promover e garantir referido submetimento do indivíduo aos modelos e normas comunitários. (MOLINA; GOMES. p. 97); e Objetivando uma convivência harmoniosa há a necessidade de controlar os quereres das pessoas.
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Objetivos do Controle Social (civilizatório): Organizar a sociedade; Controlar a sociedade; Manipular a sociedade; Convencer a sociedade; Consensuar a sociedade; Dissensuar a sociedade; e Socializar a sociedade.
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Teorias: O consenso como objetivo principal; e
O conflito como objetivo principal.
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Divisão do controle social:
1) INFORMAL; e
2) FORMAL
1) Família;
2) Escola;
3) Trabalho; e
4) Comunidade
1) Justiça (Direito);
2) Polícia;
3) Administração pública; e
4) Fiscais.
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Caracteres do controle social:
1) INFORMAL; e
2) FORMAL
1) Difuso;
2) Profundo;
3) Sutil; e
4) Desorganizado1) Pontual/Difuso;
2) Superficial;
3) Intenso; e
4) Altamente organizado.
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Informal:1) Imitação;
2) Repetição;
3) Naturalização;
4) Introjeção de valores; e
5) Integração.
1) Há a socialização primária (quando ocorre nas bases do aprendizado humano); e
2) Secundária (quando ocorre após as bases serem efetuadas).
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Controle social formal:
1) Violento; e
2) Não violento
1) Direito penal;
2) Direito processual penal; e
3) Direito penitenciário.
1) Direito civil;
2) Direito processual civil; e
3) Direito tributário.
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2020
Características do controle social formal violento:1) Previsibilidade;
2) Alta formalização;
3) Altamente organizado; e
4) Vinculado a critérios e princípios determinados.
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Diferenças:1) Subsistema do controle social;
2) Meios importantes (perda da liberdade);
3) Grau de formalização altamente exigido; e
4) Racionalidade.
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Pode-se indicar efetividade na prisão?1) Controle social rápido;
2) Dinâmico;
3) Movimenta a sociedade; e
4) Aplaca as emoções.
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Outras características:
1) Grupos dominam;
2) Emoção irracional;
3) Não há pesquisas que indicam a infalibilidade; e
4) Não gera aprendizado.
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Outras características:
1) Estigmas constantes;
2) Limites nebulosos de atuação e o interior da pessoa continua igual;
3) Comportamento exterior valorizado (militarizado); e
4) Cifras ocultas imperam.
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A prisão serve para quê:
Ordem
Razoável
Justo
Coerência
Sistema Penal/Prisional
Imparcial
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Por que escolhemos a prisão?A prisão, como a conhecemos na atualidade, é uma novidade do século XVIII;Antes matávamos e esquartejávamos os outros seres humanos; Hoje em dia, no Brasil, não se pode mais matar nem tampouco prender perpetuamente os seres humanos; eSe a prisão é um fracasso no Brasil, por que ainda continua?
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Qual a função da prisão?Há quem:a)Deslegitime a prisão: Niilista/agnóstica/simbólica;b)Legitime a prisão: Há funções;B¹) Funções repressivas: Punir;B²) Funções preventivas: Prevenir; eB³) Funções mistas/ecléticas: Punir e prevenir.
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Qual a função da prisão?
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Prevenção
EspecialGeral
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Qual a função da prisão?
29
Geral
NegativaPositiva
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Qual a função da prisão?
30
Especial
NegativaPositiva
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Críticas à execução Penal:
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População carcerária no mundo:
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1) Estado Unidos: 2,3 milhões de presos;2) China: 1,65 milhão de presos;3) Rússia: 800 mil presosSegundo o King’s College London em 2009, cerca
de 9,8 milhões estão presas no mundo.
Presídio na
Noruega
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Quantos habitantes temos no Brasil?Segundo o IBGE, estima-se em 206 milhões de pessoas no Brasil (2016).
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Quantas pessoas estão presas no Brasil?Segundo o MJ, estima-se em 600 mil presos no Brasil (dados de 2014); eCom 400 mil mandados de prisão ainda não cumpridos (CNJ/2015).
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3434
Quanto se tem para gastar com a prisão no Brasil? 2010 – R$ 252.848.591,00; 2011 – R$ 393.289.870,48; 2012 – R$ 434.200.000,00; 2013 - R$ 791.000.000,00; 2015 (junho) - R$ 2.324.710.885,64; Há contigenciamento dos valores; Não há vontade política; e Prisão não gera votos.
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Presídios federais:
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Capacidade de 208
presos em cada um
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3636
Expansionismo penal: Teoria das janelas quebradas - Standford – Pesquisa de psicologia social
com veículos – Bronx (Nova Iorque) e Palo Alto (Califórnia) 1969 - Philip Zimbardo;
1982 – James Wilson e George Kelling, publicaram o texto “Janelas quebradas”;
1994 - Movimento da lei e da ordem/tolerância zero (Rudolph Giuliani – 1994/2002); e
Pode ser aplicada indistintamente?
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3737
Consequências do Expansionismo penal: Crença no aprisionamento em massa como solução para
a violência; “Esquecimento” de outras maneiras de controle social; e Aprofundamento dos problemas sociais e individuais
dos mais vulnerados selecionados pelo processo de criminalização (Loïc Wacquant).
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3838
Minimalismo penal: Crença na permanência existencial das instância penais porém,
diminuídas (desde a década de 70 do século XX); Rescaldo do fim do Estado do bem estar social na Europa e EUA; Minimiza-se as instâncias violentas de controle; e Fundamenta-se todo o ordenamento penal no princípio da
intervenção mínima (última razão – fragmentariedade, subsidiariedade e lesividade)
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Minimalismo penal: Minimiza-se os sofrimentos oriundos das instancias penais
(filosofia bem-estarista); e Maior parte dos doutrinadores da atualidade se dizem minimalistas
(Alessandro Baratta, Luigi Ferrajoli, Eugénio Zaffaroni); Movimento da justiça restaurativa; e Leis minimalistas no Brasil: As Leis n. 9.099/95 (Juizados especiais
criminais) e n. 9.714/98 (Penas alternativas).
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Histórico da Justiça Restaurativa:
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Surgiu por volta da década de 70 do século XX nos EUA e na Europa (Alemanha, Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Inglaterra e outros);
Movimento inspirado nas populações nativas do Canadá e Nova Zelândia que resolviam os problemas com diálogo, consenso e pacificação;
Crise do modelo repressor-punidor-aprisionador, após a metade do século XX; e
Maior importância à vítima, ao retorno do status quo ante e à comunidade vilipendiada pela infração penal.
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Modelos de justiça criminal:
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Punitiva/ Repressor
Restaurativa
1) Não dá importância à vítima;2) Não leva em conta caracteres da sociedade; e3) Pune o autor do delito
![Page 42: Abolicionismo penal](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022070516/5873c2501a28abbc788b6ac9/html5/thumbnails/42.jpg)
Bases da Justiça Repressora:
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Delito: É uma mera infração da norma penal, nada além (dura lex sede lex);
Responsabilidade: Individual (livre arbítrio clássico);
Controle: Monopólio do sistema penal; Protagonistas: Infrator e o Estado punidor; Procedimento: Dissensual (adversarial); Finalidade: Provar a tipicidade, a autoria, e
materialidade da infração, além de aplicar castigos; e Tempo: Fulcrado no passado.
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Reparadora, Reintegradora, Conciliadora
Modelos de justiça criminal:
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Restaurativa1) Dá importância à vítima;2) Leva em conta caracteres da sociedade; e3) Autor do delito é responsabilizado.
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Conceito (Nações Unidas - 2002):
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Um processo restaurativo significa qualquer processo no qual a vítima, o ofensor e/ou qualquer indivíduo ou comunidade afetada por um crime participem junto e ativamente da resolução das questões advindas do crime, sendo frequentemente auxiliados por um terceiro investido de credibilidade e imparcialidade.
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Bases da Justiça Restaurativa:
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Delito: Visto como um conflito entre as pessoas; Responsabilidade: Individual e social (há uma
co-culpabilidade); Controle: A comunidade também tem capacidade
de mediar os conflitos; Protagonistas: Infrator, vítima e comunidade; Procedimento: Consensual/dialogal; Finalidade: Trabalhar conflitos, assumir as
responsabilidades e reparar os danos; e Tempo: Voltado para o futuro.
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Pode ser usado em todas as infrações?
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Pequena ofensividade (pena máxima de até 2 anos)
Lei n. 9.099/95: Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa.
Há diversos institutos restauradores (despenalizadores, descarcerizadores e descriminalizadores): Composição de danos (art. 72); Transação penal (art. 76); Suspensão condicional do processo (art. 89); e Art. 28, da Lei n. 11.343/06.
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Pode ser usado em todas as infrações?
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Cabe nos crimes hediondos e de tráfico; Sursis; e Cabe em absolutamente todos os crimes culposos.
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando:I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; [...]
Média ofensividade (pena aplicada de até 4 anos)
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Pode ser usado em todas as infrações?
48
A prisão é a única resposta possível?
Livramento condicional (art. 83 a 90); eProgressão do regime de cumprimento de pena (fechado/semi-aberto/aberto). Art. 33, § 2º. a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.
Grande ofensividade (pena aplicada de mais de 4 anos)
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Pode ser usado em todas as infrações?
49
Cada fase requer uma resposta diferenciada?
1) Crianças: menores de 12 anos (art. 2º., primeira parte, do ECA (Lei n. 8.069/90); 2) Adolescentes: 12 anos até 18 anos incompletos (art. 2º., segunda parte, do ECA); 3) Jovens: entre 15 e 29 anos (art.1º., § 1º., do Estatuto da Juventude, Lei n. 12.852/13); 4) Adultos: de 29 completos a 60 incompletos; 5) Idosos: a partir de 60 anos (art. 1º., do Estatuto do Idoso, a Lei n. 10.741/03).
Atos infracionais? Infrações realizadas por idosos?
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Objetivos da Justiça Restaurativa:
50
Evitar estigmatização estrutural do ofensor; Evitar a revitimização da vítima (primária,
secundária e terciária); Reconstruir ligações humanas e sociais; Diminuir a vitimização reflexa/recíproca; Diminuir a reincidência; Responsabilizar o grupo social pelos fator
ocorridos; e Efetuar um olhar mais profundo/sensível nas
questões de vulnerações estruturantes de todos os atores dos eventos.
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Objetivos da Justiça Restaurativa:
51
Reduzir a sobrecarga e morosidade processual (com anos de espera por um resultado);
Estudo mais profundo dos processos de criminalização;
Clarear as cifras ocultas (trazendo à luz do sol litígios escondidos sob a terra);
Atenuar a sensação de insegurança pública; Reduzir os custos dos conflitos administrados
pelo sistema penal; e Ofertar às vitimas uma maior preocupação
estrutural.
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Quais são os desejos da vítima?
52
É preciso ouvir as vitimas das infrações penais?
Nem sempre os quereres das vítimas são os mesmos do Estado: punir o ofensor;
Precisa ser tratada nas emoções e não só na parte material ofendida pela infração penal; e
Necessita de um espaço protegido para expressar sentimentos, emoções e paixões.
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Quais são as características do ofensor?
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Pode haver co-culpabilidade? O processo de criminalização é fácil diante da
pessoalidade das vulnerabilidades do ofensor? Há quebra do padrão de comportamento com
o aprisionamento? Há necessidade real do aprisionamento? É preciso perguntar o grau de vulnerabilidade
pessoal e social do ofensor; e Há processos de criminalização operante?
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A comunidade pode funcionar na querela?
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Pode haver pluralismo jurídico em âmbito penal?
Indígenas e ciganos podem ter suas próprias normas e tribunais penais?
Não é o “Tribunal do tráfico”; e Não é o “Tribunal da Polícia”.
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5555
Abolicionismo penal (ideias principais): O sistema penal é reprodutor de desigualdades e injustiças, elitista e seletivo; Abrange em demasia aos mais vulnerados (pune a mais os fracos e deixa
impune os fortes); O crime é uma realidade construída (não natural); A vítima não interessa ao sistema penal; e Há uma autopoiese e isolamento social no sistema penal.
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Corifeus do abolicionismo penal:
Louk Hulsman (Holandês – 1923-
2009)
Nils Christie (Norueguês – 1928-2015)
Thomas Mathiesen (Norueguês - 1933)
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Obras principais:
Louk Hulsman – 1982 – Penas
perdidas
Nils Christie – 1996 – Indústria do controle do
crime
Thomas Mathiesen – 1974 – A política
da abolição
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Quem é o mundo?
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“O choque das civilizações”, Samuel Huntington. As várias civilizações são importantes para pensar a violencia no mundo?
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Há vários sistemas jurídicos?
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Os sistemas jurídicos diversos dão respostas diferentes aos mesmos problemas? As dificuldades sãos as mesmas? Os objetivos são iguais?
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As preocupações são as mesmas? (Ibope, 2013)
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Opinião de uma brasileira vivendo no Japão (12 pontos negativos japoneses):
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No Brasil:
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2012 – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com 3,7 mil pessoas. A segurança foi apontada por 23% das pessoas ouvidas como o maior problema. Depois veio a saúde, com 22,3%, e a corrupção, 13,7%. Na lista aparecem ainda o desemprego (12,4%), a educação (8%), a pobreza (6,1%) e as desigualdades (5,8%).
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Na África:
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Monarquias no mundo:
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Quantos países há na Terra:
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Segundo a ONU: 191 países; (ausentes: Taiwan, Vaticano, Groenlândia, Aruba e Ilhas Cayman);
Comitê Olímpico Internacional: 202 membros;
Fifa: 205 membros; e No início do século XX, havia apenas 57
nações.
![Page 66: Abolicionismo penal](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022070516/5873c2501a28abbc788b6ac9/html5/thumbnails/66.jpg)
Países com ditaduras:
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![Page 67: Abolicionismo penal](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022070516/5873c2501a28abbc788b6ac9/html5/thumbnails/67.jpg)
Países com ditaduras segundo os EEUU (em inglês):
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![Page 68: Abolicionismo penal](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022070516/5873c2501a28abbc788b6ac9/html5/thumbnails/68.jpg)
Direitos LGBTI:
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Verde: Há leis antidiscriminação; Vermelho: Homossexualidade ilegal; e Cinza: normas ambíguas.
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Direito das mulheres:
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![Page 70: Abolicionismo penal](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022070516/5873c2501a28abbc788b6ac9/html5/thumbnails/70.jpg)
O mundo gira em velocidades diversas:
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Muitos países já resolveram problemas graves encontrados no Brasil;
A maneira de pensar modifica muitos aspectos da realidade;
Há uma pseudo “realidade”? Podemos “criar” novas percepções da
realidade?; e Podemos nos enganar?
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A realidade é a interpretação da realidade (fatos objetivos x subjetivismos):
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Literal (que nos dizem ser);Entre literal (que já entendemos
existir);Metafórica (abstrações que
fazemos); eSecretas (temos conhecimento
quando iniciados).
![Page 72: Abolicionismo penal](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022070516/5873c2501a28abbc788b6ac9/html5/thumbnails/72.jpg)
Qual mundo você vive? Como você vê/sente o mundo?
72
Prazer Apatia Sofrimento
![Page 73: Abolicionismo penal](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022070516/5873c2501a28abbc788b6ac9/html5/thumbnails/73.jpg)
Realidade x realidades:
73Foto de Guta Weigert Behr
![Page 74: Abolicionismo penal](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022070516/5873c2501a28abbc788b6ac9/html5/thumbnails/74.jpg)
Mapa da paz na América Latina:
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Mapa latino-americano do Índice Global da Paz de 2007. Os países mais azuis são classificados como os mais pacíficos e os países que aparecem mais vermelhos são classificadas como os menos pacíficos.
![Page 75: Abolicionismo penal](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022070516/5873c2501a28abbc788b6ac9/html5/thumbnails/75.jpg)
Mapa da paz no mundo:
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Mapa mundial do Índice Global da Paz de 2014. Os países mais verdes são classificados como os mais pacíficos e os países que aparecem mais vermelhos são classificadas como os menos pacíficos.
![Page 76: Abolicionismo penal](https://reader036.vdocuments.pub/reader036/viewer/2022070516/5873c2501a28abbc788b6ac9/html5/thumbnails/76.jpg)
FIM76