Download - Aeroespaço Especial - ICA
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25 Anos Mapeando o Céu do Brasil
ICAJUBILEU DE PRATA
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Aeroporto Santos-Dumont Rio de Janeiro
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Os pássaros devem experimentar a mesma sensação,
quando distendem suas longas asas e seu vôo fecha o céu...
Ninguém, antes de mim, fizera igual.
Alberto Santos-DumontPai da Aviação
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O Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA) foi
criado pelo Decreto nº 88.296, de 10 de maio de
1983, com a finalidade de planejar, gerenciar, con-
trolar e executar as atividades relacionadas com a
cartografia e as informações aeronáuticas.
O ICA, subordinado diretamente ao Departa-
mento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA),
é o único órgão responsável pela cartografia
aeronáutica no Brasil, sendo o representante do
Comando da Aeronáutica junto às entidades
internacionais.
A Cartografia Aeronáutica abrange o conjunto de
estudos e operações científicas e técnicas para ela-
boração dos mapas e compreende as atividades de
produção de Cartas Aeronáuticas para Vôos Visuais
(Cartas VFR) e Vôos por Instrumento (Cartas IFR).
Nas últimas décadas, foi um dos setores mais bene-
ficiados pelas inovações tecnológicas, utilizando
equipamentos de última geração para os processos
de coleta, análise e apresentação de dados.
As perspectivas de modernização na área prevêem
a adoção da tecnologia digital na produção de
cartas eletrônicas e uso de imagens de satélite,
provendo informações mais seguras e confiáveis,
o que vai otimizar o fluxo do tráfego aéreo.
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DIRETOREric de Azevedo Bastos | Cel Av
REDAÇÃO, PRODUÇÃO E REVISÃOInstituto de Cartografia AeronáuticaAssessoria de Comunicação Social do DECEA - ASCOM Ingrafoto
FOTOGRAFIASGilson Freitas Santoro | SO BFT Nilton de Souza do Amaral | 1S BFTMauri Pantoja Muniz | 2S BFTEdézio Patriota Silva Júnior | CB BFTRubens Teodoro GuimarãesInstituto Histórico-Cultural da Aeronáutica - INCAER
AGRADECIMENTOS Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEAMuseu Aeroespacial - MUSALInstituto Histórico-Cultural da Aeronáutica - INCAERCentro de Comunicação Social da Aeronáutica - CECOMSAERGrupo Especial de Inspeção em Vôo - GEIV
CRIAÇÃO E PRODUÇÃO GRÁFICAIngrafoto | Diretora de Arte e Design - Alexandra Mattos | Design - Camila Lima
ICA - Instituto de Cartografia AeronáuticaAv. General Justo, 160 - Centro
CEP: 20021-130 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2101-6455
Fax: (21) 2101-6247
Editado em 2008
NOSSA C APA Medalhão em prata, constituído pelo globo, com seus meridianos e paralelos, tendo
ao centro o Brasil, com destaque para o Rio de Janeiro, sede do ICA, para aonde aponta
um avião estilizado, oriundo de Portugal, simbolizando a navegação da descoberta. O
globo é circundado por uma fita, na qual se lê o nome do ICA ao alto, o ano de criação,
à esquerda, e o presente ano, à direita, tendo abaixo a inscrição JUBILEU DE PRATA, re-
ferente à comemoração dos 25 anos de criação do Instituto de Cartografia Aeronáutica.
ICAJUBILEU DE PRATA
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12 | Novos Rumos
16 | Meus Caros Amigos
20 | A Origem da Navegação Aérea
21 | Irmão de Arma e Profissão
22 | Reconhecemos o Líder
26 | Um Século em 25 Anos
36 | A Garantia de Navegação Segura
42 | Informações Constantes
52 | O Brasil Visto de Cima
76 | Consciência Social
80 | Canção do ICA
82 | Casamento Perfeito
84 | Nosso ICA
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12 | Novos Rumos
16 | Meus Caros Amigos
20 | A Origem da Navegação Aérea
21 | Irmão de Arma e Profissão
22 | Reconhecemos o Líder
26 | Um Século em 25 Anos
36 | A Garantia de Navegação Segura
42 | Informações Constantes
52 | O Brasil Visto de Cima
76 | Consciência Social
80 | Canção do ICA
82 | Casamento Perfeito
84 | Nosso ICA
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Na era dos descobrimentos, intrépidos navegadores lançavam-se ao mar misterioso, tendo apenas os astros como referência, na busca de algo que não se conhecia. Muitos pagaram um alto preço, com suas próprias vidas, mas nos deixaram um legado inconteste: as cartas de navegação, base para todos os desbravamentos que marcaram a trajetória do homem sobre a Terra.
Graças à genialidade de um brasileiro à frente de seu tempo, Alberto Santos-Dumont, criador imortal da máquina aérea, a ânsia de novas descobertas se acelerou, fazendo com que a necessidade de orientação passasse a ser prioritária, pois o horizonte descortinado pela nova tecnologia era inimaginável. Decorrente dessa necessidade, então, surgiu a cartografia aeronáutica.
No Brasil, a cartografia aeronáutica conta com quase 100 anos de atividade ininterrupta, norteando a nação na busca do autoconhecimento. Sob essa orientação, integramos estados, unificamos culturas, ajudamos a criar uma identidade nacional.
Vários foram os órgãos criados para gerir o destino da cartografia aeronáutica brasileira. Finalmente, em 1983, foi criado o Instituto de Cartografia Aeronáutica, uma organização especialmente dedicada àquela que tanto havia contribuído para a grandeza do Brasil. Dessa forma, o nosso Instituto adquiriu o status pertinente à missão que desempenha, haja vista que todo o espaço aéreo brasileiro é norteado pelas cartas aqui produzidas.
Desde sua criação, o ICA despontou como uma organização militar extremamente técnica, porém sem abrir mão da operacionalidade, tão característica da Força Aérea Brasileira, executando os trabalhos afetos à cartografia e às informações aeronáuticas, atuando como órgão responsável em prover a aviação brasileira de produtos precisos e atualizados, contribuindo decisivamente para a consolidação do controle do espaço aéreo brasileiro como um dos melhores e mais seguros do planeta.
Hoje, com a evolução sistemática dos meios, o brado dos navegadores de outrora ainda se faz presente em nossas vidas, mas com outra conotação: navegar ainda é preciso, porém não mais como sendo necessário, e sim, de uma forma segura e com alto grau de precisão, encurtando distâncias e ajudando a preservar a vida daqueles cujos destinos são cuidadosamente conduzidos pelos céus de nossa nação.
Na passagem dos 25 anos de criação do Instituto de Cartografia Aeronáutica, é uma grande honra para nós, integrantes desta casa, podermos lançar esta revista que traduz, em poucas páginas, a essência de um trabalho árduo e de grande responsabilidade, porém, extremamente gratificante e recompensador.
rumosNovos
Eric de Azevedo Bastos Cel Av Diretor do ICA
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O idealismo, o sentido de unidade e o entusiasmo pela missão
do Instituto de Cartografia Aeronáutica são bandeiras que
tremulam empunhadas por mãos confiáveis que acreditam
no que fazem.
Raul Galbarro Vianna - Cel Av Primeiro Diretor do ICA
““
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Fico muito feliz que as comemorações dos
25 anos de criação do Instituto de Carto-
grafia da Aeronáutica - ICA tenham-me permi-
tido brindar, por intermédio dessas palavras,
a importância e a grandeza desta atividade no
contexto do Sistema de Controle do Espaço
Aéreo e o orgulho do DECEA com o desempenho
dessa organização.
Na verdade e de fato, os compromissos interna-
cionais firmados pelo Brasil, no âmbito da avia-
MEUS CAROS AMIGOS
ção mundial, nos obrigam a apresentar sem-
pre serviços de qualidade superior, não só
por conta do que esses serviços representam
na manutenção da segurança das operações
aéreas mas também para honrar e manter
a reputação que conquistamos ao longo de
nossa história.
Somos um Sistema e, como tal, representa-
mos um conjunto de atividades multidiscipli-
nares que interagem e se mesclam, formando
um todo que gera resultados de movimento.
Movimento de aeronaves com tamanhos e
velocidades distintas, deslocando-se em um
espaço que precisa ser administrado em suas
porções horizontais e verticais, confrontado
com uma demanda de fluxo que cresce sig-
nificativamente e, por conta disto, exige
sempre mais apuro e precisão. Regras, regu-
lamentos, acordos operacionais, publicações
e todo um aparato de tecnologia incorporada
a objetivos específicos e submetida a desa-
fios permanentes de evolução e refinamento,
este é o nosso ambiente e com ele convive-
mos diariamente. Uma dessas formidáveis
disciplinas é a Cartografia Aeronáutica.
Para onde vou, em que direção, sob que con-
dições, apoiado em que meios e como me
orientar? Para responder a essas perguntas
comuns a qualquer navegador, aí estão os
mapas, as cartas e as publicações imprescin-
díveis àqueles movimentos a que me referi.
Este é o papel de importância e relevância
que executa a Cartografia Aeronáutica do
Brasil, que, no ICA, congrega meios e profis-
sionais do mais alto gabarito e cumpre sua
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missão de maneira notável. Nossas publicações
recebem o devido destaque junto aos usuários
nacionais e estrangeiros e nos ombreamos com
os serviços desta natureza, prestados por países
tidos como mais desenvolvidos. Isto nos orgu-
lha e, ao mesmo tempo, faz aumentar a nossa
responsabilidade.
Decorridos esses 25 anos de criação do ICA,
quando voltamos os olhos ao passado, lá na
pioneira Diretoria de Rotas Aéreas - DR, depois
na Divisão de Cartografia Aeronáutica – D-CIA,
da Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo -
DEPV, vamos constatar que o processo evolutivo
da Cartografia Aeronáutica Brasileira jamais
esteve aquém do que era esperado. É uma
demonstração cabal de que o Sistema de Controle
do Espaço Aéreo do Brasil, definitivamente, está
entre os mais seguros e confiáveis do mundo,
sabendo responder à altura o que lhe é exigido,
com responsabilidade sobre uma extensa área
e, mais que tudo, estando sobre seus ombros
a manutenção da soberania do nosso país. As
estatísticas aí estão para comprovar.
Um Jubileu de Prata é uma data marcante e
é, com muito orgulho e alegria, que saúdo os
integrantes do ICA, do passado e do presente,
por este momento e por terem, com seu esforço
generoso, dado seiva às nossas presentes
realizações. Em nome de todos os integrantes
do DECEA, recebam as nossas homenagens e os
nossos parabéns.
Ten Brig do Ar Ramon Borges Cardoso Diretor-Geral do DECEA
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Vimos, então, esse facto glorioso para nossos Aviadores de
guerra; dignos continuadores de Santos-Dumont, elles
fizeram do avião não a arma de guerra e de destruição,
mas o vehiculo do progresso, prestando um grande serviço
nacionalista, unindo as mais isoladas localidades ás mais
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adeantadas, reduzindo de dias para horas as ligações.
E, assim, emquanto os aviadores do Exercito investiam
valorosamente para o sertão, os da Marinha percorriam
o littoral sul, irmanados na grandiosa missão de servir
o Brasil, como agentes da paz e da civilização.
Extraído do livro Correio Aéreo Militar e Naval de Stênio Mangy Mendes
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“Navegar é preciso...” cantou o poeta. E retratou uma
grande verdade, pois a arte de navegar é coisa precisa,
é tarefa que demanda meios técnicos, frutos da ciência,
confiáveis e seguros, e postos à disposição do navegante,
para atendê-lo em sua singradura.
A maioria dos brasileiros, quando pensa sobre o país,
visualiza o mapa de sua parte terrestre, vendo-o como
um espaço físico terrestre, esquecendo-se do espaço
aéreo e marítimo.
A navegação aérea originou-se da navegação marí-
tima, pois começou a ser regulada pela Inspetoria
de Viação Marítima e Fluvial. No momento em que
a Aviação Civil cresceu, se desenvolveu e demandava
uma infra-estrutura própria que, além de cumprir uma
regulamentação internacional, deveria salvaguardar os
interesses nacionais, foi criado o Ministério da Aero-
Vice-Almirante Luiz Fernando Palmer FonsecaDiretor de Hidrografia e Navegação
náutica, em 1941. O Ministério da Marinha (à época),
em conjunto com outros Ministérios, contribuiu com
a sua criação, fornecendo pessoal e infra-estrutura
necessários.
A criação do Instituto de Cartografia da Aeronáutica
(ICA), há 25 anos, forneceu uma base permanente e
indissolúvel para a cartografia aeronáutica. Como a
Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) está vol-
tada para o espaço marítimo e fluvial, o ICA está para o
espaço aéreo, atividades imprescindíveis para a defesa
dos interesses e desenvolvimento da Nação. A moti-
vação de seus profissionais, a condução de suas ati-
vidades tão necessárias à Aviação Civil e Militar e a
direção sempre norteada pelas mais novas tecnologias
disponíveis no mundo, tornam o Instituto um modelo
de gerenciamento.
A parceria da DHN com o ICA sempre foi intensa, seja
na utilização de equipamentos, no intercâmbio de dados
ou no apoio de seus profissionais de alto nível técnico.
Isto se deve ao excelente relacionamento mantido, não
somente entre as respectivas instituições. Nas reuniões
técnicas da Comissão Nacional da Cartografia (CONCAR)
e da Comissão de Cartografia Militar (COMCARMIL) são
sempre notados o entrosamento e rumo comum dos
nossos profissionais.
Esta é uma data muito significativa para todos aqueles
que se dedicaram e se dedicam a dar vida fecunda ao
ICA, que cumpre sua tarefa de apoiar a Aviação Brasi-
leira de forma incansável.
A Diretoria de Hidrografia e Navegação parabeniza o
Instituto de Cartografia da Aeronáutica, o seu Diretor,
Oficiais, Graduados e Servidores Civis pela passagem do
seu jubileu de prata.
a ORIGEM Da NaVEGaÇÃO aÉREa
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General-de-Brigada Pedro Ronalt VieiraDiretor do Serviço Geográfico
onde faz uso da navegação por satélite, da tecnologia
digital na produção de cartas eletrônicas, do uso de ima-
gens de satélites e das técnicas do geoprocessamento, o
ICA vem traçando um brilhante caminho na evolução da
Cartografia Aeronáutica. Apesar de muito jovem, traz a
tradição e a experiência históricas, que o torna um dos
institutos de excelência em Cartografia Aeronáutica no
âmbito mundial.
Considerado um irmão de arma e de profissão, o ICA
representa, para a Diretoria de Serviço Geográfico do
Exército, uma fundamental fonte de compartilhamento
de dados no grande desafio de mapear o nosso Brasil.
Nesta data tão especial, decorrente de todo o sentimento
de consideração, amizade e companheirismo, é com grande
alegria que, em nome da Diretoria de Serviço Geográfico,
formulo ao ICA e seus integrantes os mais sinceros votos
de continuidade no sucesso até então demonstrado, desde
a sua criação, em mapear o espaço aéreo brasileiro, pro-
porcionando à aviação um tesouro valiosíssimo - a infor-
mação cartográfica aeronáutica.
O Instituto de Cartografia Aeronáutica completa vinte e
cinco anos de existência, resultado das evidências claras
da importância da Cartografia Aeronáutica do Brasil, que
remontam quase um século, quando Carlos Viegas Gago
Coutinho e Sacadura Cabral, no ano de 1922, realizaram a
viagem aérea entre Lisboa e o Rio de Janeiro.
Mas foi somente em 1944 que o Brasil filiou-se à Orga-
nização de Aviação Civil Internacional (OACI), tornando
a atividade de cartografia regular e de acordo com os
padrões internacionais. A atividade de cartografia aero-
náutica passou pela Diretoria de Rotas Aéreas, até que
esta foi absorvida pela Diretoria de Eletrônica e Proteção
ao Vôo, culminando com a criação, em 10 de maio de
1983, do Instituto de Cartografia Aeronáutica - ICA, com
a tarefa precípua de desenvolver as atividades cartográfi-
cas de interesse aeronáutico.
Esta data foi um marco para o avanço da Cartografia Aero-
náutica no Brasil. O ICA consolida a produção de infor-
mações cartográficas aeronáuticas para orientar, tanto
militares quanto civis, no planejamento, na execução e no
controle dos vôos. Não obstante, apóia a infra-estrutura
aeronáutica e aeroportuária, por meio de levantamentos
topográficos nos aeródromos e de locação de auxílios à
navegação aérea.
Com uma grande força produtiva, o ICA é o respon-
sável pela Cartografia Sistemática Aeronáutica, que
representa o território aéreo brasileiro por intermédio
de séries de cartas aeronáuticas padronizadas, desti-
nadas à utilização na navegação aérea, nas escalas de
1:1.000.000, 1:500.000 e 1:250.000. Além disto, produz
Cartas Aeronáuticas para Vôos por Instrumentos, Cartas
Aeronáuticas para Vôos Visuais e cartas específicas para
uso especial em vôos.
Desde os primórdios de sua criação, em que a metodolo-
gia de produção era analógica, até os tempos modernos,
Irmão de ArmA e ProfIssão
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...quando ele deixa para seus sucessores a convicção do objetivo e a vontade de continuar.
Cel Av Raul Galbarro Vianna
10 maio 1983 a 28 jan 1985
Cel Av Hugo Soares Meirelles
28 jan 1985 a 22 jan 1987
Cel Eng Cary Sérgio da Silveira Souto
22 jan 1987 a 31 jan 1989
Cel Eng Jorge Alberto Paradelo
26 jan 1995 a 27 jan 1996 Ten Cel Eng Nei Erling
27 fev 1996 a 18 fev 1998
Cel Eng Alison Vieira de Vasconcelos
18 fev 1998 a 23 jan 2001
Reconhecemos o líder...
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Cel Eng Gilberto Lopes da Fonseca
28 jan 1991 a 26 jan 1993
Cel Eng Osmar Koehler Meggetto
26 jan 1993 a 26 jan 1995
Cel Eng Rodolfo Costa Filho
23 jan 2001 a 03 fev 2003Cel Eng Danilo Groch
03 fev 2003 a 27 jan 2005Cel Eng José Carlos Rodrigues
27 jan 2005 a 25 jan 2007
...quando ele deixa para seus sucessores a convicção do objetivo e a vontade de continuar.
Cel Eng Eduardo Silveira de Souza
31 jan 1989 a 28 jan 1991Cel Eng Cary Sérgio da Silveira Souto
22 jan 1987 a 31 jan 1989
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Ten Brig do Ar Ramon Borges Cardoso
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Este é o papel de importância e relevância que
executa a Cartografia Aeronáutica do Brasil,
que, no ICA, congrega meios e profissionais
do mais alto gabarito e cumpre sua missão de
maneira notável.
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Sagres, cantada em versos nos Lusíadas de Camões. Para concretizar o desafio de sobrevoar o Atlântico sem pontos de referência na superfície, que indi-cassem a real posição na vasta extensão do oce-ano, ou auxílio de instrumentos de comunicação, foi decisiva a inventividade dos dois geógrafos. Gago Coutinho modificou o sextante, instrumento utili-zado até então na navegação marítima, adaptando um dispositivo que permitia calcular com precisão a posição da aeronave. Concebeu, em conjunto com Sacadura Cabral, o “corretor de rumos”, aparelho para avaliar a intensidade e a direção dos ventos.
Nesta época, no Brasil, a atividade aérea estava subordinada à Inspetoria de Viação Marítima e Flu-vial que, através do Decreto 14.050, de 5 de fevereiro de 1920, era encarregada da navegação marítima e fluvial e dos serviços civis da navegação aérea. Em 22 de julho de 1925, foi publicado o Decreto nº 16.983 estabelecendo o Regulamento para os Ser-viços Civis de Navegação Aérea, que dispunha do espaço aéreo, aeronaves civis, tripulações, instala-ções de terra, tráfego e transporte aéreo, de compe-tência do Ministério de Viação e Obras Públicas.
O governo brasileiro reconheceu que a navegação aérea necessitava de um órgão específico para tratar de seus aspectos técnicos, jurídicos e administrati-vos, na época inteiramente novos. Estes envolviam lidar, por intermédio de convênios, com organis-mos internacionais, principalmente a Comissão Internacional de Navegação Aérea. Esse cres-cimento vertiginoso da aviação promoveu, nos anos seguintes, uma série de medidas que levaram, já em 1931, pelo Decreto 19.902 de 22 de abril, à criação do Departamento de Aeronáu-
Na tarde do dia 17 de junho de 1922, chega ao Rio de Janeiro o Hidroavião Santa Cruz, um monomotor Fairey III-D, de 350 cv, trazendo a bordo o Capitão-de-Fragata Artur Sacadura Freire Cabral e o Contra-Almi-rante Carlos Viegas Gago Coutinho. Nesta epopéia, ini-ciada na manhã do dia 30 de março, em Lisboa, foram
utilizados três hidroaviões, percorridos 8.383 Km, num total de 79 dias. Este “raid” Lisboa
– Rio de Janeiro foi patrocinado pelo governo português
com a finalidade de
estreitar os laços que uniam Portugal e Brasil e fez parte dos festejos de comemoração do centenário de indepen-dência do Brasil.
O vôo pioneiro de travessia do oceano Atlântico Sul, realizado por Sacadura Cabral e Gago Coutinho, fazendo a ligação entre Portugal e Brasil, em 1922, foi um feito comparável aos da navegação marítima da Escola de
Fonte: Musal
UM SéCULO EM 25 ANOS Marc ya Valéria g. pereira
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tica Civil, subor-dinado ao Minis-tério de Viação e
Obras Públicas, com a responsabilidade de
disciplinar as atividades da aviação civil brasileira.
Paralelo ao crescimento da aviação comercial bra-sileira, a partir da década de 30, organizaram-se o Correio Aéreo Militar (CAM) e o Correio Aéreo Naval (CAN). Ainda no ano 1931, 1.740 km do território brasileiro eram percorridos por aviões do CAM, perfazendo 173 viagens, com 473 horas de vôo. Novos vôos e novas rotas foram sendo incorpora-dos ao longo dos anos. Esses vôos foram realizados sem infra-estrutura. Eram visuais, utilizando pistas improvisadas, com mapas precários, muitos deles iam sendo desenhados ao longo dos vôos, e sem apoio radiotelegráfico. Estas rotas seguiam as linhas dos trilhos dos trens e os leitos dos rios. Rotas que ligavam Rio de Janeiro e São Paulo com o interior do Brasil foram estudadas por pioneiros que faziam estudos prévios
se deslocando por terra. A rota Belém-Rio, via vale do Tocantins, levou quatros anos para ser realizada.
Este serviço, hoje denominado Correio Aéreo Nacio-nal, não foi e não é apenas destinado ao transporte de correspondências, mas também remédios, vacinas, soros, enfermos, mantimentos, urnas eleitorais, livros, documentos, médicos, enfim, o governo se fazendo presente onde se faz necessário. Sua meta ainda con-tinua sendo o fortalecimento da unidade nacional.
Em 20 de janeiro de 1941, pelo Decreto-Lei nº 2.961, foi criado o Ministério da Aeronáutica que recebeu, na ocasião, órgãos, pessoal e atribuições do Ministério da Guerra, do Ministério da Marinha e do Ministério de Viação e Obras Públicas. O Decreto-Lei nº 3.730, de 18 de outubro de 1941, dispôs do Estado-Maior da Aeronáutica, Comandos de Zonas Aéreas, Serviços de Fazenda da Aeronáutica e estabeleceu também a formação de oito diretorias, à medida que fossem regulamentadas: do Pes-soal, do Ensino, de Téc-nica Aeronáutica,
Fonte: Musal
27
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de Obras, de Rotas Aéreas, de Defesa Anti-aérea e de Aeronáutica Civil.
A regulamentação internacional se tor-nava imperiosa. A aviação não poderia ser contida apenas através de mecanismos dentro de fron-teiras nacionais. A era de heroísmos e proezas indivi-duais de pilotos intrépidos e suas máquinas voadoras foram dando lugar ao pla-nejamento, organização e sistematização, com o aprimo-ramento de tecnologias e a espe-cialização de pilotos, engenheiros, técnicos e todos aqueles que atuavam direta ou indi-retamente na aviação. Isto transformou a infra-es-trutura aeronáutica, segundo Gago Coutinho, “numa
rigorosa assistência pré-natal”.
Em 1944, o Brasil tornou-se signatário da Organização
de Aviação Civil Interna-cional (OACI), passando
a adotar as normas e padrões internacio-nais recomendados para a cartografia aeronáutica, con-tidos no Anexo 4 (Internatio-
nal Standars and Recom-
mended Practices for Aeronautical Charts) e no Documento 8.697 (Aeronautical Charts Manual). Tanto a aviação civil como a militar ficaram sujeitas às normas da OACI, visando à segurança, à eficiên-cia, à economia e ao desenvolvimento dos serviços
aéreos. Neste acordo, o Brasil assumiu o com-
promisso de produzir um conjunto mínimo de cartas aeronáuticas.
A Diretoria de Rotas Aéreas foi reestruturada através do Decreto-Lei 9.888, de 16 de setembro de 1946, e tinha, como atribuições, a organização e opera-ção das aerovias federais e seus serviços próprios de comunicação e meteorologia, de proteção ao vôo e de aeroportos. A cartografia aeronáutica era desenvolvida na Seção de Cartografia, da Divisão de Informações (D-INF), diretamente subordinada à Diretoria de Rotas.
Em 28 de fevereiro de 1967, pelo Decreto-Lei nº 243, que regula as Diretrizes e Bases da Cartogra-fia Brasileira, o Ministério da Aeronáutica se tornou responsável pelas normas técnicas da cartografia aeronáutica brasileira. Deu, assim, início aos pro-cedimentos de intercâmbio de dados e informa-ções com organismos nacionais e internacionais e empresas de aerolevantamento, com a finalidade de implementar o Plano de Dinamização da Cartogra-fia, naquilo que lhe competia.
Fonte: Musal
Fonte: Musal
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Nesse período, em 7 de março de 1967, através do Decreto-Lei nº 313, foi criado o atual Quadro de Oficiais Engenheiros da Aeronáutica (QOEng), que previa o posto inicial de primeiro-tenente, com perspectiva ao posto de oficial general, como Major Brigadeiro.
O Decreto estabelecia também que o QOEng seria constituído por oficiais da aeronáutica que, na data da sua publicação, estivessem diplomados pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) ou pelo Instituto Militar de Engenharia (IME); oficiais da
Aeronáutica que estivessem diplomados em Enge-nharia, em especialidades de interesse do Ministério da Aeronáutica, previstas em Decreto; engenheiros diplomados pelo ITA, ex-cadetes da Escola da Aero-náutica; e engenheiros selecionados em concurso.
Em vista da implementação da atividade cartográ-fica no país, ficou evidente a importância de incluir no quadro, recém-criado, a especialidade de enge-nheiro cartógrafo. Com este objetivo, a Aeronáutica buscou, dentro do seu efetivo, militares aptos a cur-sarem Engenharia Cartográfica no IME, qualificando
Fonte: Musal
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Rastreador de Satélite | GPSEquipamento rastreador de sinais de
satélite do sistema GPS (Global Positio-
ning System). Utilizado para transporte
de coordenadas, com base em estações
do IBGE, e densificação de pontos de
apoio aos levantamentos de campo. São
empregados, ainda, na determinação de
coordenadas utilizadas para georrefe-
renciar fotografias aéreas e imagens
de satélites.
a equipe que servia na Seção de Cartografia. Assim sendo, foram formados oficiais na especialidade, além de topógrafos, em cursos na Escola Cartográfica do Defense Mapping Agency / Inter American Geodetic Survey (DMA/IAGS), no Panamá. Dessa maneira, apri-morando o nível técnico do pessoal, começou a se desenvolver a cartografia aeronáutica no Brasil.
Na década de 70, as novas tecnologias incorporadas e o rastreamento por intermédio de satélites, com ima-gens para a produção de cartas, tornaram precisas a cartografia e a navegação aeronáuticas. Notável foi a introdução dos primeiros computadores para a reali-
zação de cálculos, bem como na automatização da produção de cartas para vôos por instrumento, em um primeiro momento.
Em 25 de maio de 1972, através do Decreto nº 70.627, ocor-
reu uma outra ordena-ção do Ministério da Aeronáutica, que instituiu a Diretoria
de Eletrônica e Proteção ao Vôo (DEPV), destinada a dirigir, orientar, coordenar e controlar as atividades especializadas em eletrônica, comunicações, trá-fego aéreo, navegação, meteorologia, fototécnica e cartografia.
Com a nova estruturação do Ministério, a DEPV ficou responsável pelo planejamento, implanta-ção, operação e manutenção da infra-estrutura de proteção ao vôo no espaço aéreo brasileiro. Assim, prestava os serviços de Controle de Tráfego Aéreo, de Meteorologia, de Coordenação das Missões de Busca e Salvamento e de Informações Aeronáuticas, incluindo a produção e distribuição de todas as car-tas e publicações de uso aeronáutico e, finalmente, pelo sistema de telecomunicações do Ministério da Aeronáutica como um todo.
Os organismos militares de cartografia do Minis-tério do Exército e do Ministério da Marinha são, historicamente, organizações militares com chefias próprias. A cartografia aeronáutica, no entanto, apesar de encargos e responsabilidades compatíveis, era uma seção da Divisão de Cartografia e Informa-ções Aeronáuticas (D-CIA), sujeita a limitações por razões regulamentares.
Face aos novos compromissos assumidos diante do crescimento da atividade aérea, a percepção de que a cartografia aeronáutica deveria alçar-se a um patamar igual ao de suas congêneres foi tomando forma. Dentro desse contexto, a criação de um orga-
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nismo com estrutura própria e autônoma, ampliando
os horizontes da cartografia aeronáutica e com
autonomia de interagir com instituições nacionais e
internacionais, captando e ampliando os trabalhos,
estudos e pesquisas, seria imprescindível para a sua
continuação e desenvolvimento.
Portanto, em 10 de maio de 1983, pelo Decreto nº
88.296, foi criado o Instituto de Cartografia Aero-
náutica, organização militar subordinada à Diretoria
de Eletrônica e Proteção ao Vôo, sediado na cidade
do Rio de Janeiro.
Com o intuito de estabelecer as normas e procedi-
mentos iniciais necessários à execução do Decreto nº
88.296, é formalizado, por intermédio da Portaria nº 557/GM3, de 17 de maio de 1983, o Núcleo do Instituto de Cartografia Aeronáutica (NuICA). Após as transforma-ções exigidas na sua estrutura, organização e objetivos, é ativado o Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), através da Portaria nº 315/GM3, de 27 de fevereiro de 1984. A partir desse momento, confirmam-se as suas atribuições como sendo o planejamento e a execução das atividades relativas à cartografia aeronáutica, em todas as suas fases, além dos serviços relacionados com
Estação Total e Coletora de Dados
Equipamento óptico-eletrônico
com distanciômetro utilizado para
levantamentos de campo. Este
aparelho mede distâncias e
ângulos horizontais e verticais,
permitindo determinação
precisa de coordenadas
com rapidez e eficiência.
Rastreador de Satélite | GPSEquipamento rastreador de sinais de
satélite do sistema GPS (Global Positio-
ning System). Utilizado para transporte
de coordenadas, com base em estações
do IBGE, e densificação de pontos de
apoio aos levantamentos de campo. São
empregados, ainda, na determinação de
coordenadas utilizadas para georrefe-
renciar fotografias aéreas e imagens
de satélites.
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as cartas aeronáuticas, publicações de informações de vôo e outros produtos cartográficos de interesse da Aeronáutica.
A partir de 1983, o ICA se tornou a Unidade do então Ministério da Aeronáutica responsável pelos assun-
tos de geodésia, aerolevantamento, cartografia, foto-
grametria, sensoriamento remoto e outros ligados ao
universo cartográfico, com ramificações nacionais e
internacionais, com vistas à agilização, moderniza-
ção, atualização dos recursos materiais e humanos
das atividades cartográficas. Assim sendo, o Instituto
de Cartografia Aeronáutica alcançou um patamar
compatível com a importância de suas atribuições,
haja vista que todo o espaço aéreo brasileiro é nor-
teado pelas cartas aeronáuticas produzidas pela
Organização.
A reforma militar empreendida em 10 de junho de
1999 instituiu o Ministério da Defesa, com a inte-
gração das três forças militares. Foram extintos os
Ministérios do Exército, da Marinha e da Aeronáu-
tica, transformados em Comandos. Na ocasião, tam-
bém foi extinto o Estado Maior das Forças Armadas.
Com a nova ordenação, é alterada a estrutura
básica da organização do Comando da Aeronáu-
tica com o Decreto 3.954, de 5 de outubro de
2001. É criado o Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (DECEA), em substituição à Diretoria
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de Eletrônica e Proteção ao Vôo, e ao qual
fica subordinado diretamente o Instituto de
Cartografia Aeronáutica.
O ICA atende prontamente às necessidades da
Força Aérea Brasileira com a produção de car-
tas em escalas específicas, tornando possíveis
as diferentes missões militares, tanto no que
se refere à defesa e ao patrulhamento aéreos
de pontos estratégicos do território e mar
nacionais, quanto aos procedimentos relativos
à busca e salvamento.
Ao longo dos anos, o Instituto vem trabalhando
em conjunto com os serviços de informações
aeronáuticas e órgãos de tráfego aéreo. Produz
cartas que divulgam as respectivas determi-
nações, exigências e necessidades, como, por
exemplo, a Carta de Rotas Especiais para Heli-
cópteros - REH. A primeira edição desta
carta é de 3 de dezembro de 1998.
A inovação tecnológica é assunto
recorrente na atualidade em diver-
sas áreas e ambientes. Não poderia ser
diferente com a cartografia aeronáutica. Hoje,
após 25 anos de existência, o Instituto de Car-
tografia Aeronáutica está inserido na
vanguarda dos assuntos rela-
cionados à aviação. Faz uso de
modernos produtos - cartas
eletrônicas, modelo numérico
de elevação, dados eletrônicos
de terrenos e obstáculos, gestão de inter-
câmbio de informações aeronáuticas, dentre
outros – num constante aperfeiçoamento pro-
fissional. Assim, contribui decisivamente para
a segurança do espaço aéreo de um país de
dimensões continentais como o Brasil.
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Não esqueçam que eu e Sacadura éramos
geógrafos. Estávamos habituados a tratar com
os astros e a ter uma vida arriscada. Aquilo que
fizemos não foi mais do que a continuação da
nossa vida de geógrafos.
“ “Gago Coutinho
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A Cartografia tem sido, nos últimos anos, um dos campos
de atividade mais influenciados pela tecnologia moderna,
que tem tornado disponíveis técnicas e equipamentos cada
vez mais avançados, para os processos de coleta, análise e
apresentação de dados informativos.
O ex-Diretor-Geral do DECEA e atual presidente do Supe-
rior Tribunal Militar (STM) é testemunha do nascimento do
Instituto de cartografia aeronáutica há 25 anos. O Minis-
tro Ten Brig do Ar Flávio de Oliveira Lencastre conta que
havia a Divisão de Cartografia e Informações Aeronáuticas
na extinta DEPV, mas que – em 1983 – foi criado o ICA – que
assumiu a tarefa específica de desenvolver as atividades car-
tográficas no âmbito aeronáutico. Como membro da Socie-
dade Brasileira de Cartografia (SBC) e Chanceler da Ordem
do Mérito Cartográfico, ele nos conta um pouco da história
e da importância do ICA para a sociedade brasileira.
DM - Como aviador o senhor teve alguma experiência da
eficiência do ICA nas suas missões militares?
Era um sonho de todos nós, aviadores, civis e militares, a
existência de um órgão, na estrutura aeronáutica brasi-
leira, qualificado para processar e produzir as informações
para a navegação aérea. Uma simples divisão da antiga
DEPV era muito pequena para a cartografia aeronáutica. À
época, tínhamos que importar as cartas nas diversas esca-
las, principalmente as WAC americanas que permitiam a
navegação por contato (visual). A navegação-rádio crescia
rapidamente e precisávamos de informações confiáveis,
em língua portuguesa, da nossa própria terra. Já tínhamos
competência para isso. Tanto era verdade que começamos
a fazer e, hoje, exportamos nossas cartas e manuais. A cria-
ção do ICA foi um passo muito importante para a Aeronáu-
tica Brasileira e hoje não temos mais como retroceder.
Existe uma competição internacional nessa área, onde alguns
concorrentes comercializam essas informações. O nosso ICA,
desde que foi criado, nunca teve fins lucrativos. O interesse
A GARANTIA DA NAVEGAçãO SEGURA
maior sempre foi facilitar e dar maior segurança à nave-
gação aérea. Mas continuamos mantendo trocas de dados
com as outras empresas, sempre com o mesmo propósito.
Há 25 anos, o ICA vem mantendo um alto padrão de qua-
lidade na produção desse material. Se, no início, tínha-
mos um grande trabalho dos desenhistas e operadores da
fotografia aérea na confecção dos mapas, hoje temos a
integração da fotografia satelital com a fotografia aérea
à baixa altura, tudo digitalizado, minimizando erros e
aumentando sensivelmente a precisão das cartas.
Hoje não podemos mais deixar sequer de manter as atu-
alizações necessárias, função das novas tecnologias que
vêm surgindo.
Todo piloto brasileiro tem, nas cartas e nos manuais, de
navegação todas as atualizações periódicas e com grau
de precisão muito alto, garantindo para o piloto uma
navegação segura. As cartas são planejadas e testadas.
Isso é qualidade.
Adquirimos credibilidade e confiabilidade na área da
navegação aérea. Se, por um lado, é um orgulho que
temos, por outro lado é uma grande responsabilidade.
Mas nosso pessoal do ICA merece essa confiança.
DM - Com a implantação do CNS/ATM (Comunicação,
Navegação e Vigilância / Gerenciamento de Tráfego
Aéreo), o ICA saiu na frente. Há cinco anos, começou a
produzir cartas digitais que entraram em fase de testes
com os Supertucanos...
O CNS/ATM é a grande novidade e está previsto para
entrar em operação depois de 2015. Mas ainda há muito
o que fazer, levantar todos os parâmetros, ver todas as
falhas que podem ocorrer, fazer as correções necessárias
até implantar um sistema com um grau de confiabili-
dade bem alto. Reconheço a excelência de um trabalho
que é planejado, testado, pesquisado, como o CNS/ATM.
Daisy Meireles
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A fase de teste com os supertucanos e a pesquisa que
está sendo desenvolvida com aviões–laboratório em todo
o mundo, para determinar exatamente as faixas de fre-
qüência, as interferências que são colocadas no sistema
e equipamentos de terra que serão usados para corrigir
isso, darão, com certeza, a confiabilidade que este sistema
global requer.
DM - De onde se origina a sua ligação com a cartografia?
Desde os tempos de cadete que a cartografia me desperta
interesse. Ao longo de minha vida de piloto, as cartas de
navegação sempre foram minhas companheiras insepará-
veis. A cartografia é uma arte pouco conhecida. Tive muito
relacionamento com a Divisão de Cartografia, ainda nos
tempos da DEPV, quando nas funções de comandante do
1º ECA. Estive presente na criação do ICA, cujo primeiro
Diretor, o Coronel-Aviador RAUL GALBARRO VIANNA, era
e é, até hoje, meu amigo, e acompanhei a evolução desse
Instituto.
Ao assumir a Direção do DECEA, esta ligação se tornou
permanente, vindo a me tornar membro da Sociedade
Brasileira de Cartografia que me honrou com a distinção
de Chanceler da Ordem do Mérito Cartográfico, até a pre-
sente data.
DM - Qual a sua visão sobre o uso da cartogra-
fia aeronáutica?
Poucos países fazem suas próprias cartas aero-
náuticas. No Brasil, existem várias empresas
civis de aerofotogrametria, geodésia e senso-
riamento remoto, que fazem trabalhos espe-
cíficos mas não com os mesmos fins que o
nosso ICA.
Aqui a cartografia começou no Exército,
onde hoje é o Instituto Militar de Enge-
nharia (IME), produzindo as primeiras
cartas do nosso território. Até hoje são
feitas cartas em escala maior, para uso
das tropas de superfície, onde as principais informações
se referem a acidentes geográficos, em particular, às ele-
vações do terreno nas cartas de nível.
A Marinha também participa dessa atividade, através da
DHN – Diretoria de Hidrografia e Navegação, mapeando nos-
sas costas e a nossa plataforma continental com suas cartas
de profundidade, ajudando sobremaneira a PETROBRAS na
prospecção de petróleo em águas profundas.
Enfim, as três Forças participam do Sistema Cartográfico
Brasileiro e cada uma tem o seu órgão sistêmico. Há uma
integração entre eles, incluindo o IBGE, o Ministério da
Agricultura e outros órgãos estatais e privados.
Mas a grande importância da cartografia aeronáutica,
desenvolvida pelo ICA, é que nela estão reunidas todas as
atividades que vão, desde o levantamento do campo ou
da pesquisa bibliográfica, até a impressão definitiva e a
publicação de cartas e manuais de navegação.
Ressalto que a tarefa de apoiar o SISCEAB (Sistema de
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro) e a segurança da
navegação aérea, por meio do levantamento de aeró-
dromos e locação de auxílios à navegação aérea, é outra
tarefa característica da cartografia produzida pelo ICA.
DM - Como ex-Diretor-Geral do DECEA, de que forma o
senhor vê o trabalho feito pelo ICA nesses 25 anos?
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Tanto para o DECEA quanto para a comunidade aeronáu-
tica, o ICA tem grande importância.
Ele é um dos suportes principais do DECEA, porque boa
parte do trabalho que desenvolve está apoiado nos docu-
mentos que o ICA produz.
As cartas do ICA são o ponto de partida para instalação
de um sítio de radar, de um aeródromo, das estações de
comunicações de um centro de controle ou qualquer outro
equipamento necessário ao controle do espaço aéreo. O
ICA vai à frente, abrindo os caminhos.
DM - Sendo Chanceler da Ordem do Mérito Cartográ-
fico, como a Sociedade Brasileira de Cartografia poderia
contribuir, como política nacional, em favor
da cartografia aeronáutica?
Ela já o faz. O ICA tem, em seu efetivo, dois mem-
bros da SBC, um ex-presidente e outro vice-presi-
dente de assuntos estaduais, o Coronel CAMILO e
o Coronel GENOVESE, respectivamente.
A importância do ICA não é só para uso civil
nem só para uso militar. É para uso estratégico.
Temos que conhecer o nosso chão. Falta pouco
para termos todo o Brasil mapeado em cartas
de precisão. Já temos pessoal e material para
fazê-lo e estamos fazendo – Em pouco tempo,
teremos todo o país coberto digitalmente.
Mas temos que ter certo sigilo e cuidado com
as informações que saem daqui. Hoje em dia, se consegue
fazer levantamento de áreas onde existem minerais como
uma reserva de nióbio que foi descoberta através de sen-
soriamento. São assuntos que não podem ficar entregues
a estrangeiros. O Brasil precisa cuidar do que é seu.
DM - Qual a influência da SBC no ICA?
A SBC é uma associação que congrega todos os cartógrafos
e o pessoal que trabalha nessa área de aerofotogrametria,
geodésia e sensoriamento remoto. O ICA é um dos órgãos
que compartilha do trabalho da SBC com seus membros, em
reuniões nacionais e internacionais.
No Ministério da Defesa, há um setor ligado à carto-
grafia, a Comissão de Cartografia Militar (CONCAR-
MIL), que congrega Marinha, Exército, Aeronáutica
e outras instituições civis, coordenando os trabalhos
nessa área e estabelecendo uma política nacional para
esta atividade.
DM - Qual a sua mensagem para os 25 anos do Insti-
tuto?
O ICA tem um passado de 25 anos de bons serviços, um
presente de crescimento tecnológico e um futuro cheio
de esperanças de novas realizações. Ainda há muito que
fazer e nosso time tem competência para tal.
A Aeronáutica Brasileira precisa, cada vez mais, dessas infor-
mações especializadas, com precisão e confiabilidade.
As novas gerações de cartógrafos e especialistas vêm
agregar novos conhecimentos e novas idéias para que a
eficiência do sistema seja mantida.
O ICA é um dos pilares do DECEA e o grande responsável pela
navegação aérea no Brasil, com segurança e eficiência.
Parabéns, ICA, e que o sucesso sempre esteja presente em
suas atividades.
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Decola,
Aeronave, e voa,
Ergue a tua proa
E vai ferindo o ar. Canção do ICA
“ “Decola,
Aeronave, e voa,
Ergue a tua proa
E vai ferindo o ar.
Canção do ICA
“ “
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Decola,
Aeronave, e voa,
Ergue a tua proa
E vai ferindo o ar. Canção do ICA
“ “
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INFORMAçõES CONSTANTES
O desenvolvimento da aviação, nas últimas décadas,
com a ampliação das frotas pelas empresas aéreas,
que adquiriram aeronaves de maior porte, dotadas de
equipamentos sofisticados, levou ao estabelecimento
de novas aerovias e à instalação de um número mais
elevado de freqüências de comunicações e auxílios
à navegação aérea. Para garantir a segurança desse
sistema, o Serviço de Informações Aeronáuticas teve
que se adaptar às novas exigências, qua-
lificando os profissionais da área e
se adequando às tecnologias
modernas.
As informações aeronáu-
ticas, no Brasil, são pro-
cessadas na Divisão de
Informações Aeronáu-
ticas (D-SIA), setor do
Instituto de Cartografia
Aeronáutica (ICA) encar-
regado da coleta, análise
e divulgação, por meio de
documentação especializada. As
informações divulgadas pela D-SIA
têm origem nos diferentes órgãos do Sistema
de Proteção ao Vôo, entre estes, o Departamento
de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a Agência
Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a Empresa Bra-
sileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (INFRAERO),
com autonomia para gerenciar apenas os assuntos
inerentes à sua área de atuação. No entanto, esses
órgãos devem trabalhar coordenados para não pre-
judicar a qualidade do produto final, ou seja, as car-
tas e manuais produzidos pelo ICA, destinados ao
atendimento à navegação aérea.
Os especialistas que compõem o quadro de funcio-
nários da D-SIA são profissionais da área de infor-
mações aeronáuticas, cartografia e tráfego aéreo
cuja principal atribuição é disponibilizar ao usuário
as informações necessárias ao planejamento e exe-
cução do vôo, constituindo, assim, a linha de
apoio do sistema de controle de trá-
fego aéreo.
Todo o material recebido
pela D-SIA é analisado e,
quando a informação gera
inserção, cancelamento
ou modificação dos dados
aeronáuticos, utilizam-se
os programas “Microsta-
tion” (Desenho Assistido
por Computador – CAD) e
PageMaker (editoração eletrô-
nica) para alterar as publicações.
O material produzido é revisado na
própria D-SIA e enviado ao Parque de Mate-
rial de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro
(PAME-RJ), onde é feita a impressão e a distribuição
ao público interessado no segmento.
O ICA , de acordo com as diretrizes estabelecidas
pelo DECEA e em consonância com as normas pre-
conizadas pela Organização de Aviação Civil Inter-
nacional (OACI), adota, desde 2006, o Sistema de
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PRODUTOS
O conjunto de publicações de informações aero-
náuticas de responsabilidade da D-SIA, destinado
a orientar os usuário da aviação, compreende:
Publicação de Informação Aeronáutica - AIP-
BRASIL e AIP-BRASIL-MAP; Manual de Rotas
Aéreas - ROTAER; Suplemento-AIP; e o Aviso ao
Aeronavegante - NOTAM.
A Publicação de Informação Aero-
náutica (AIP) é um documento que
constitui o instrumento básico de
informação aeronáutica, de caráter
permanente, essencial à navegação
aérea. Os pesquisadores e pilotos
têm, a sua disposição, no AIP, os
dados relativos às instalações, pro-
cedimentos e serviços relativos à
área de atividade. A apresentação
impressa é separada em capítu-
los, segundo matéria tratada,
e distribuída em três partes: Generalidades
(GEN); Rotas (ENR); e Aeródromos (AD).
O AIP-BRASIL é uma coletânea de informações
aeronáuticas onde o piloto encontra as facilida-
des e instalações disponíveis em aeroportos bra-
sileiros.
O AIP-BRASIL-MAP faz parte do AIP, porém, neste
compêndio, são depositados apenas as cartas ou
mapas que orientam o piloto desde o momento
em que a aeronave inicia o táxi no aeroporto de
origem, até o estacionamento no aeroporto de
destino, que são: Cartas de Planejamento (FPC),
Gestão de Qualidade,
baseado nas normas
ISO 9001:2000/NBR
15100:2004 nas ope-
rações e no dia-a-dia
da D-SIA, com escopo no
AIP-BRASIL, AIP-BRASIL-
MAP e ROTAER. A partir daí,
passou a ser disponibilizado
o Serviço de Atendimento
ao Cliente (SAC) através do e-mail: sac-
[email protected]. A política adotada é
atender ao cliente com qualidade, pon-
tualidade e melhoria contínua dos pro-
cessos produtivos, além de desenvolver
parcerias com fornecedores e colaborado-
res, visando ao desenvolvimento mútuo, à
motivação e ao desenvolvimento profissio-
nal. Entre os objetivos, destacam-se: man-
ter-se na vanguarda de métodos, técnicas e
novas tecnologias para garantir a melhoria do
serviço prestado, responder a questionamentos
dos usuários com rapidez e eficiência e, ainda,
adaptando os produtos fornecidos às expectativas
dos usuários de Informações Aeronáuticas.
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Cartas de Estacionamento e Pátio (PDC),
Cartas de Aeródromo (ADC), Cartas de Área
(ARC), Cartas de Saída por Instrumento
(SID), Cartas de Rota (ERC), Cartas de
Aproximação por Instrumento (IAC, STAR)
e Cartas de Aproximação Visual (VAC).
a FPC inclui todas as rotas de vôo por
instrumentos, estabelecidas no Brasil.
É utilizada pelo piloto para planejar
seu vôo ainda no solo, desde a origem
até o destino, e como meio preliminar
para preencher o plano de vôo;
a PDC fornece as coordenadas dos
principais pontos de estacionamento
para a inicialização dos equipamen-
tos de navegação, facilitando o movi-
mento das aeronaves em terra, entre
as pistas de táxi e as posições de esta-
cionamento nos pátios e vice-versa;
a ADC proporciona às tripulações de
vôo as informações necessárias para
facilitar o movimento das aeronaves
em terra, desde o local de estaciona-
mento até a pista de pouso e vice-
versa. É a representação gráfica das
principais instalações e serviços exis-
tentes no aeródromo;
a ARC compreende informações que
facilitam as transições entre o vôo em
rota e a aproximação para um aeró-
dromo, ou o vôo através de áreas com
estruturas complexas de rotas ATS;
a SID fornece aos pilotos
as informações necessá-
rias para realizar o vôo por
instrumento, entre a fase de
decolagem e a fase em rota;
a ERC destina-se a facilitar a
navegação por meio de auxílio-
rádio, de acordo com os procedimen-
tos ATS. Trata-se de uma série de
cartas com as rotas ATS, no espaço
aéreo inferior e superior;
a STAR proporciona aos aero-
navegantes a informação que
lhes permite seguir a rota de
chegada padrão por instru-
mentos, designada, desde a
fase em rota até a fase de
aproximação;
a IAC proporciona aos
pilotos informações
que permitam efetuar
um determinado procedimento
de aproximação por instrumento para
uma pista de pouso. Inclui os proce-
dimentos de aproximação perdida e,
quando pertinente, os circuitos cor-
respondentes de espera; e
a VAC permite a visuali-
zação gráfica dos procedi-
mentos de circulação visual
no tráfego para pouso.
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APLICATIVOSO ROTAER tem, como característica específica, sua
circulação exclusivamente no território nacional.
Trata-se de um manual de consulta rápida, de
fácil manuseio, criado com a intenção de auxiliar
os aeronavegantes que utilizam o espaço aéreo
brasileiro, bem como pequenas aeronaves voando
sob as regras de vôos visuais.
O Suplemento-AIP é publicado em páginas espe-
ciais e contém gráficos e desenhos de procedi-
mentos ATS (Air Traffic Service – Serviço de Trá-
fego Aéreo). Pode trazer modificações ou novas
informações de caráter temporário e permanente,
dependendo do tipo de informação, e análises
específicas por um prazo igual ou superior a três
meses, desde que o usuário possa recebê-las antes
de sua entrada em vigor.
O NOTAM, ou Aviso aos Aeronavegantes, é um
aviso com dados relativos ao estabelecimento,
condição ou modificação de qualquer instalação
aeronáutica, serviço, procedimento ou perigo cujo
imediato conhecimento seja indispensável à segu-
rança e eficiente rapidez da navegação aérea. O
sistema NOTAM funciona em tempo real, dispo-
nibilizando aos pilotos informações atualizadas
que ainda não estão publicadas nas
cartas ou manuais. O NOTAM é
cancelado quando as infor-
mações passam a constar
desses documentos.
O SISNOTAM é o software desenvolvido pelo DECEA para armazenamento de NOTAM no Brasil, com a finalidade de disponibilizar para os usuários vários tipos de consulta, tais como: NOTAM específico, “check list”, boletins por localidades e, principal-mente, o Boletim Pré-vôo que é essencial no pla-nejamento de um vôo. O sistema possui sete ser-vidores. Um servidor, administrado pela INFRAERO, atende às Salas AIS (salas existentes em todos aero-portos, destinadas ao planejamento dos vôos) por ela gerenciadas. Seis servidores são administrados pelo DECEA, sendo um em cada Centro Regional de NOTAM – CRN-Recife, CRN-São Paulo, CRN-Brasí-lia, CRN-Curitiba e CRN-Manaus – e um servidor no Centro Geral de NOTAM (CGN), no Primeiro Cen-tro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Trá-fego Aéreo – CINDACTA I, localizado em Brasília. O servidor localizado no CINDACTA I armazena os NOTAM nacionais, gerenciados pelo próprio CGN, os NOTAM internacionais (NOTAM originados no Brasil e transmitidos para o exterior) e os NOTAM estrangeiros (aqueles recebidos do exterior, atual-mente, de 110 países), os dois últimos gerenciados pelo NOTAM Office - NOF.
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O software AISWEB, disponibilizado pelo DECEA
nos sites “http://ais.decea.intraer/aisweb” para
usuários da INTRAER (Rede de Dados do Comando
da Aeronáutica) e “http://www.aisweb.aer.mil.br”
para o público em geral, visa a oferecer, de forma
rápida e eficiente, as informações aeronáuticas
no formato digital. São informações contidas nos
manuais AIP-BRASIL, todas as cartas divulgadas no
AIP-BRASIL-MAP, os dados contidos no ROTAER,
os Suplementos AIP, NOTAM consultados direta-
mente do software SISNOTAM e várias publicações
do Comando da Aeronáutica, como exemplo: Cir-
cular de Informação Aeronáutica – AIC, Instrução
do Ministério da Aeronáutica – IMA, Ins-
trução do Comando da Aero-
náutica – ICA, Manual do
Comando da Aero-
náutica – MCA,
dentre outras.
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Nas cartas,
O ICA te transporta
E sempre se importa
Com o teu bem-estar.
Canção do ICA
“ “
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50 5150 51
Nas cartas,
O ICA te transporta
E sempre se importa
Com o teu bem-estar.
Canção do ICA
“ “
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O BRaSIL VISTO DE CIMa
As atividades do ICA compreendem uma diversidade
de produtos e serviços, os quais são utilizados para o
gerenciamento da aviação militar e civil em território
brasileiro, subsidiando o planejamento, a execução e
o controle dos vôos, bem como para o apoio à infra-
estrutura aeroportuária e aeronáutica.
Cabe à Divisão de Cartografia a execução de
levantamentos geodésicos e topográficos que fornecem
dados para as publicações aeronáuticas e suportam
outras unidades da Força Aérea na instalação e
orientação de equipamentos de auxílio à navegação
aérea. Da mesma forma, é responsável pela confecção
dos Planos Específicos de Zona de Proteção de
Aeródromo que visam a disciplinar o crescimento
urbano no entorno dos aeroportos, garantindo a
segurança das aeronaves em vôo e das comunidades
que ali se desenvolvem.
Além disso, essa divisão responde pela produção
de cartas aeronáuticas elaboradas seletiva e
progressivamente, de forma a efetuar o reconhecimento
de todo o território nacional nas escalas destinadas ao
vôo visual, baseado em referências terrestres.
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de auxílio à navegação aérea. Os serviços topográfi-
cos são realizados de acordo com o surgimento das
necessidades para manutenção ou aumento de uma
numerosa rede com mais de 500 auxílios de nave-
gação aérea. Ainda são feitos levantamentos para a
atualização de plantas de aeródromos, decorrentes
de obras de modernização e determinação de obs-
táculos à aviação. Dentre as atividades executadas,
devem ser destacadas:
apoio fotogramétrico às cartas cadastrais de •
aeródromos;
levantamentos para confecção de cartas aero-•
náuticas;
escolha de sítios para instalação •
de auxílios à navegação;
OPERAçõES DE CAMPO
A Seção de Operações de Campo (SOC) realiza levan-
tamentos topográficos e geodésicos com a finalidade
de gerar dados necessários ao desenvolvimento das
atividades cartográficas do ICA. Apóia setores, como o
de Controle do Espaço Aéreo, de Inspeção em Vôo, de
Meteorologia, de Busca e Salvamento, de Engenha-
ria Eletrônica e de Telecomunicações, além de outros
no âmbito do Comando da Aeronáutica. Desenvolve,
ainda, locações de obstáculos para elaboração de Pla-
nos Específicos das Zonas de Proteção com o intuito
de disciplinar o avanço da malha urbana em direção
aos aeródromos.
São realizados levantamentos em todas
as Unidades da Federação, com-
preendendo toda a rede de aero-
portos, aeródromos, pistas de
pouso públicas, particulares
e militares, além de sítios
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orientação de equipamentos;•
levantamentos de obstáculos;•
implantação de marcos geodésicos; e•
apoio para área patrimonial.•
Para que os resultados das medições sejam precisos
e confiáveis, são utilizados modernos equipamen-
tos. Em face da ininterrupta e numerosa demanda
de missões, a SOC possui um setor de material dedi-
cado integralmente à conservação e manutenção
de todo o instrumental necessário. Em seu traba-
lho diário, são verificadas as condições físicas dos
instrumentos que retornam do campo, checadas as
condições dos equipamentos eletrônicos quanto
ao seu funcionamento e contabilizados
os materiais de consumo, de maneira
a manter atualizados os estoques. Existe, ainda, a
preocupação de que os materiais estejam aferidos
constantemente, mediante certificados emitidos por
empresas habilitadas.
A SOC possui fundamental papel para o Instituto de
Cartografia Aeronáutica por ter, sob sua responsa-
bilidade, a execução das operações de campo que
têm por finalidade alimentar os arquivos de dados do
acervo de informações aeronáuticas, veiculadas em
suas publicações. Para o Comando da Aeronáutica,
a Seção de Operações de Campo representa o único
órgão habilitado a executar levantamentos topo-geo-
désicos, de maneira a garantir as precisões definidas
para os serviços de cartografia aeronáutica.
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Imagem de Satélite do Aeródromo e Pontos de Interesse
Produto cartográfico integrando a imagem de satélite do entorno
do aeródromo e a locação de pontos de interesse para as atividades
aeroportuárias.
Pre-Site ALSServiço de levantamento topográfico
para estudos de implantação do sistema de luzes por aproximação.
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Campo de MirasDesenho de auxílio ao GEIV para orientação do equipamento óptico utilizado na inspeção em vôo.
Locação de Auxílios à Navegação AéreaDesenho utilizado na identificação e localização dos auxílios à navegação, existentes no aeródromo, em
relação à(s) pista(s) e às cabeceiras.
Carta de VisibilidadeCarta destinada a informar ao controlador de tráfego a visibilidade na área do aeródromo, mediante o conhecimento da distância até pontos naturais e artificiais visíveis. O ICA apóia o órgão regional na confecção dessa carta.
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CARTAS VISUAIS
Esta seção é responsável pela elaboração das cartas
aeronáuticas destinadas a apoiar os vôos por referên-
cias visuais. São confeccionadas cartas nas escalas de
1:250.000, 1:500.000 e 1:1.000.000, sendo as duas
últimas produzidas de acordo com a Organização de
Aviação Civil Internacional.
Para a elaboração das cartas de navegação aérea
visual, são utilizadas, como base cartográfica, as car-
tas topográficas oriundas do Mapeamento Sistemá-
tico Brasileiro nas escalas: 1:1.000.000, 1:250.000,
1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000. Este mapeamento é
de responsabilidade do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) e da DSG (Diretoria de Serviço
Geográfico do Exército). Foi iniciado em 1922 com
a Carta Internacional ao Milionésimo (1:1.000.000),
tendo seu auge nos anos 70 e 80, através do Programa
Especial de Dinamização da Cartografia Terrestre
(PDC).
Hoje, para as atualizações, são utilizadas imagens
orbitais dos satélites LANDSAT e CBERS, processadas
em ambiente digital, principalmente para as catego-
rias de sistema viário e limites urbanos.
Nas áreas em que não existe a documentação carto-
gráfica, é efetuada a edição de Cartas-Imagem que
possibilitam atender, parcialmente, às necessidades
dos usuários da Cartografia Aeronáutica.
Os principais produtos são:
| CARTA AERONÁUTICA MUNDIAL ( WAC | World
Aeronautical Chart).
O Programa Carta Aeronáutica Mundial, na
escala1:1.000.000, surgiu com o objetivo de cum-
prir os acordos assumidos pelo Brasil perante a
Organização de Aviação Civil Internacional, no ano
de 1944. É composto por um conjunto de 46 (qua-
renta e seis) folhas produzidas de acordo com o da
OACI, no formato digital, estando, atualmente, na
4ª Edição.
| CARTA DE NAVEGAÇÃO VISUAL (CNAV | CINAV)
A Carta da Navegação Aérea Visual, na escala de
1:500.000 (CNAV), é outro produto recomendado
pela OACI, produzido a partir da compilação de
bases topográficas na escala 1:250.000. Para com-
plementar o conjunto, são produzidas Cartas-Ima-
gem de Navegação Aérea Visual (CINAV) em locais
onde não existe mapeamento sistemático disponí-
vel. Este tipo de Carta é mais indicado para vôo de
curta e média distância, em altitudes e velocidades
baixas.
| CARTA DE PILOTAGEM (CAP | CIAP)
O Programa CAP, na escala de 1:250.000, é um pro-
duto que segue, em linhas gerais, as especificações
técnicas do Instituto Panamericano de Geografia e
História (IPGH).
Este produto é o documento cartográfico básico de
suporte à aviação militar, que, em virtude de sua
escala e do grau de detalhamento, é a carta mais
indicada para a navegação a baixa altura.
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Ainda na escala de 1:250.000, é produzida a Carta-Imagem Aeronáutica de Pilotagem (CIAP), que
utiliza, como base topográfica, as imagens do satélite LANDSAT e do satélite sino-brasileiro de recursos
terrestres CBERS2. Estas cartas recobrem as áreas onde não existe mapeamento topográfico na escala
1:250.000/1:100.000.
Tendo em vista o incremento significativo do fluxo de tráfego aéreo, aliado ao desenvolvimento
tecnológico das aeronaves e dos simuladores de vôo e a crescente demanda por produtos cartográficos
digitais no âmbito da Força Aérea, está sendo realizado o recobrimento de todo o território brasileiro,
a partir de pesquisa sobre as prioridades de área e produto, nas diversas organizações do Comando
da Aeronáutica.
Carta Aeronáutica Mundial | WAC
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60 6160 61
Carta de Navegação Aérea Visual | CNAV
Carta Aeronáutica de Pilotagem | CAP
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““Wilson Ruy Mozzato Krukoski - Cel Av
Primeiro Oficial Engenheiro Cartógrafo da FAB
A cartografia por si só se esgota. É um valioso instrumento
de que a informação aeronáutica dispõe, para servir à
aviação brasileira.
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CARTAS ESPECIAIS
A Seção de Cartas Especiais tem como missão a
elaboração de bases cartográficas especiais, custo-
mizadas para aplicações militares e outros fins. Um
de seus maiores clientes é o Comando da Aeronáu-
tica, através dos diversos esquadrões da Força Aérea,
distribuídos pelo território brasileiro. Além disso,
a Seção de Cartas Especiais também confecciona
cartas para servirem de apoio à disciplina de vôos,
em condições visuais, como, por exemplo, as cartas
de corredores visuais.
As principais atividades são:
elaboração de mosaicos georeferenciados;•
geração de arquivos “geotif” e “cadrg”;•
elaboração de carta-imagem;•
bases cartográficas para rotas especiais de •
aeronave em vôo visual;
bases cartográficas que não se enquadram no •
plano anual de trabalho.
Carta de Rotas Especiais para Aviões sob a TMA São Paulo.
Carta de Corredores de Avião na escala 1:500.000, com as rotas especiais de avião na Terminal de São Paulo.
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Carta-Imagem do CPBV - Cachimbo
Carta-imagem produzida a partir de cenas do satélite CBERS2, distribuídas gratuita-mente pelo Instituto Nacional de Pesqui-sas Espaciais. O objetivo deste documento é visualização da área do Campo de Pro-vas Brigadeiro Veloso, entre os estados do Pará e Mato Grosso, para apoio de análise patrimonial.
Carta de Rotas Especiais dos Terminais RJ e SP - Tubulão
Mosaico de cartas WAC interligando as terminais do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Carta Especial CRUZEX
Mosaico de cartas WAC para apoio à operação militar.
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Carta de Rotas Especiais para Helicópteros - REH em vôo visual na área do Rio de Janeiro
Carta-imagem produzida a partir de cenas do satélite LANDSAT. Esta carta tem como objetivo disciplinar o tráfego de aeronaves em vôo visual na área do Rio de Janeiro.
Carta de Rotas Especiais para Avião - REA em Vôo Visual na Área Terminal Rio e Região dos Lagos
Carta-imagem produzida a par tir de imagens do satélite LAND-SAT. Esta carta tem como obje-tivo disciplinar o tráfego de avi-ões em vôo visual na Região dos Lagos e na Área Terminal do Rio de Janeiro.
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FOTOGRAMETRIA
Esta Seção é responsável pela técnica de extrair das fotografias aéreas a forma, as dimensões e a posi-ção dos objetos na superfície da Terra.
A aerofotogrametria é um conjunto de técnicas uti-lizadas a fim de se obter a posição tridimensional de feições da superfície terrestre. O principal dado de entrada consiste em um conjunto formado por pares de imagens estereoscópicas, imagens estas adquiridas por sensores a bordo de plataformas aero-transportadas. Com sensores a bordo de aeronaves, a aerofotogrametria utiliza, na grande maioria dos casos, uma câmara métrica para a tomada de foto-grafias. É a técnica mais consagrada para aquisição
de dados tridimensionais do terreno, essenciais para a extração de um Modelo Digital de Elevação.
O princípio da aerofotogrametria consiste na uti-lização da estereoscopia. A visão estereoscópica é obtida por meio de um par de imagens de uma mesma área, tomadas sob diferentes pontos de vista, o que permite a visualização 3D da cena em ques-tão. De posse desse par de imagens, faz-se possível a medição e restituição tridimensional das feições visualizadas. No entanto, a execução de tal processo exige um conjunto de operações que reproduzem a geometria do sensor no exato momento de aquisi-ção das imagens.
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A essência de todo o processo fotogramétrico consiste de um conjunto de transformações entre sistemas de coordenadas. A primeira delas é denominada de orientação interior e consiste na transformação entre o sistema de coordenadas da imagem e o sistema de coor-denadas da câmara, dito sistema fotogramé-trico. A orientação interior considera ainda alguns parâmetros de distorção inerentes ao próprio sistema de aquisição das imagens.
A fase seguinte visa a obter os parâmetros de orientação do sensor bem como fazer a conversão entre o sistema de coordenadas da câmara e o sistema de coordenadas do terreno. Esta fase é denominada de orientação exterior e exige que sejam identificados, nas imagens, pontos de apoio levantados em campo que irão vincular os dois sistemas. Sendo assim, a execução desta etapa exige um levantamento de campo posterior à tomada das imagens.
Feita a etapa de orientação exterior, o par estereoscópico pode ser considerado pronto para o processo de restituição. Sendo assim, é possível extrair as coordenadas tridimensionais de pontos sobre o terreno, bem como a resti-tuição de curvas de nível, que irão modelar o comportamento topográfico da superfície. De posse de um conjunto de pontos amostrados do terreno, juntamente com as curvas de nível sobre o mesmo, faz-se possível a extração de um Modelo Digital de Elevação que irá repre-sentar a forma e as variações do relevo.
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ZONA DE PROTEçãO DE AERÓDROMO
Esta seção trata da Zona de Proteção do Aeródromo
(ZPA), através de um conjunto de regras para discipli-
nar a altura das construções e demais implantações
nas áreas abrangidas pelos Planos Básico e Específico
de Zona de Proteção de Aeródromo.
O governo brasileiro, com o objetivo de garan-
tir o máximo de segurança às aeronaves em vôo e
às comunidades que ocupam áreas no entorno dos
aeródromos, bem como seguir os preceitos previs-
tos pela Organização de Aviação Civil Internacional
(OACI), da qual o Brasil é membro, criou legislação
específica sobre o assunto. Tendo como ponto de
partida o extinto Código Brasileiro do Ar, atualmente
Código Brasileiro de Aeronáutica, que prevê a criação
das Zonas de Proteção de Aeródromos, encontra-se
em vigor o Decreto nº 95.218, de 13 de novembro de
1987 e a Portaria nº1.141/GM5, de 08 de dezembro
de 1987. Estes disciplinam a altura das construções
e demais implantações nas áreas abrangidas pelos
Planos Básico e Específico de Zona de Proteção de
Aeródromos.
O Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo
(PBZPA) é de aplicação genérica a todos os aeró-
dromos e, em função das características físicas
do mesmo, tem seus gabaritos definidos na Por-
taria nº 1.141/GM5, de 08 de dezembro de 1987.
Ela permite implantações, mediante autorização
prévia da autoridade aeronáutica competente,
cabendo ao administrador do aeródromo mantê-lo
atualizado.
Já o Plano Específico de Zona de Proteção de Aeró-
dromo (PEZPA) é elaborado no Instituto de Cartografia
Aeronáutica (ICA), após solicitação do Departamento
de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), em conjunto
com especialistas em tráfego aéreo dos Centros Inte-
grados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo
(CINDACTA) e Serviço Regional de Proteção ao Vôo
de São Paulo (SRPV-SP). Este plano é organizado com
características especiais e fundamentado nos procedi-
mentos de tráfego aéreo, nas características físicas da
pista de pouso, no plano diretor aprovado pela Agência
Nacional de Aviação Civil (ANAC) de um determinado
aeródromo e nos acidentes artificiais e naturais exis-
tentes na região do estudo.
Utilizando softwares específicos e pessoal qualifi-
cado, o ICA está substituindo, por versões atualiza-
das em meio digital, os Planos Específicos em vigor,
totalizando 22 planos. As portarias de aprovação
desses planos são publicadas no Diário Oficial da
União e, posteriormente, são divulgadas para os
órgãos competentes pelo ICA, juntamente com as
cartas que representam os dados nela descritos.
A seção também é responsável pela manutenção do
banco de implantações autorizadas e encaminhadas
pelos Comandos Aéreos Regionais.
Os profissionais que compõem o efetivo da seção
de ZPA são cartógrafos de nível superior e médio e
procuram aprimorar-se nas técnicas mais modernas
de produção, no intuito de prover uma melhora na
otimização desses trabalhos.
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fluxograma para confecção da carta de obstáculos tipo a
FUNÇÃO DA CARTA DE OBSTÁCULOS | TIPO A
A função destas cartas é fornecer aos aeronavegantes informações relevantes nas fases do planejamento do vôo, de forma a garantir que uma aeronave operando em um determinado aeródromo possa cumprir as limitações operacionais mínimas de performance, estabelecidas pela OACI.
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O ICA tem um passado de 25 anos de bons serviços, um
presente de crescimento tecnológico e um futuro cheio
de esperanças de novas realizações. Ainda há muito
que fazer e nosso time tem competência para tal.
“ “
Ten Brig do Ar Flávio de Oliveira Lencastre
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mOdeLO NuméRICO de eLevAçãO de JACARePAGuÁ - RJ
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CONSCIÊNCIA SOCIALFalar em responsabilidade social está na moda. Basta abrir os jornais, navegar pela Internet, assistir a TV, ouvir rádio ou folhear revistas para encontrar propagandas ou reportagens falando de iniciativas que buscam valori-zar a ação responsável.
Desta forma, também o Instituto de Cartografia Aeronáutica começou a procurar soluções para manter sua produção sem causar impactos sociais, com atitudes pró-ativas de todos os colaboradores e integrantes da instituição. Isto resultou em melhorias para eles próprios, para as pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a instituição e para a sociedade como um todo, em seus mais diversos níveis.
Como parte de seu programa de apoio sócio-educativo às instituições educacionais, o ICA recebe visitas de alu-nos de estabelecimentos de ensino superior e médio. São estudantes de cursos dentro das áreas de Engenharia Cartográfica e Geografia. Essa experiência permiti-lhes a compreensão do planejamento, gerenciamento e exe-cução das atividades relativas à cartografia e às informações aeronáuticas do Brasil.
Vale destacar que essas atividades constam como item curricular, de caráter permanente, dos cursos de nível superior e médio das diversas instituições de ensino que nos visitam ao longo do ano letivo.
Dentro da programação dessas visitas, os estudantes têm a possibilidade de assistir a uma exposição, em audio-visual, sobre a produção de diferentes cartas de navegação visual e por instrumentos, utilizadas para planejar, executar e controlar o vôo. Além disso, conhecem as instalações técnicas desta Organização Militar.
Nossa preocupação também engloba as atividades de filantropia, beneficiando diversas instituições sem fins lucrativos, que carecem de apoio para suprir todas as suas necessidades. Através de mobilização do efetivo, o ICA promove a arrecadação e distribuição dos recursos necessários, com intuito de amenizar a situação daque-les que precisam.
Também com o objetivo de estimular a consciência ecológica e preservação do planeta para as futuras gerações, em parceria com o Banco Real, foi instalado um “papa-pilhas” nas dependências do nosso Instituto. Essa é uma iniciativa que visa a recolher e reciclar pilhas e baterias usadas. Assim, cooperamos para a adequada disposição desse material cujos resíduos tóxicos representam um risco ao meio ambiente e à saúde pública.
Sabemos que estas são pequenas atitudes para a quantidade de ações que ainda se fazem necessárias para melhorarmos a qualidade de vida do nosso planeta. Mesmo assim, com esta pequena gota d´água, temos conseguido manter o efe-tivo desta Organização Militar participativo e atento aos problemas sociais e ambientais de nosso país.
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“A propriedade é, a um só tempo, individual e social – o que urge ter em vista não se circunscreve à própria utilidade, mas se amplia ao bem-comum.
“
Marechal-do-Ar Eduardo Gomes
Patrono da Força Aérea Brasileira
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Decola,Aeronave, e voa,Ergue a tua proaE vai ferindo o ar;
Segue os níveis de cruzeiro,No céu brasileiro,Vamos navegar.
Nas cartas,O ICA te transportaE sempre se importaCom o teu bem-estar.
Decola,Aeronave, e voa,Ergue a tua proa E vai ferindo o ar.
Nas informações costantes,Missões importantes,Vejo o teu desbravar;
Nas operações de campo,A crença e o orgulhoDo teu triunfar;
O controle do espaçoE a segurançaVão até além-mar.
Decola,Aeronave, e voa,Ergue a tua proa E vai ferindo o ar.
Letra e Música: Fernando José Moraes
Arranjo: Samuel Dias Ladeira - 1S SMU
CANçãO DO ICA
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Nasceu soberanoConstituiu-se com dedicaçãoQuão forte tu és, jovem triunfante,Já fizeste e fazes diferença em nossa nação
Entre esquadros e compassos foste criado Suor do rosto e grafite eram teu alimento Mapa, palavra almejada Cartas Aeronáuticas são a tua vida
Hoje cresceste E os instrumentos da infância Esquece! Ficaram para trás Entre GPS e computadores tu estás Toda essa evolução e difusão Voltadas para um único objetivo E apenas uma razão A grande amada Aviação
CASAMENTO PERFEITO
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Nasceu soberanoConstituiu-se com dedicaçãoQuão forte tu és, jovem triunfante,Já fizeste e fazes diferença em nossa nação
Entre esquadros e compassos foste criado Suor do rosto e grafite eram teu alimento Mapa, palavra almejada Cartas Aeronáuticas são a tua vida
Hoje cresceste E os instrumentos da infância Esquece! Ficaram para trás Entre GPS e computadores tu estás Toda essa evolução e difusão Voltadas para um único objetivo E apenas uma razão A grande amada Aviação
Um sangue azul corre em tuas veiasSedento és tu de poder Os céus tu já alcançaste Com sua proteção “ao mais pesado que o ar”
25 anos se passaram E o amor pela amada não esfriou, não findou Mas a cada dia se aperfeiçoa e revigora
Casamento perfeito é este Símbolo de comunhão Nunca abandonaste a amada Símbolo de fidelidade
Não apenas uma mera paixão ou consideração Mas um verdadeiro símbolo de união Que lindo casal é este? ICA e Aviação
Jonathas Santos Martins - 3S SAD
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ADALBERTO FERREIRA LUZ • ADEMAR HERMIDA DA SILVA • ADÍLSON
MARTINS RIBEIRO FILHO • ADILSON REZENDE DA SILVA • ADONIAS REZENDE
DA SILVA • ADYRSON RODRIGUES DO NASCIMENTO • AGILDO
NUNES BEZERRA • ALAN COSTA MESQUITA • ALBERTO
SOUZA FERRARIO • ALBERTO VICTOR PEREIRA • ALCIDES
LOURENÇO SAUER • ALEXANDER DE MESQUITA BORGES
• ALEXANDRE DA SILVA ANDRADE • ALEXANDRE DA
SILVA CARVALHO • ALEXANDRE MOTA MARQUES DA
SILVA • ALEXANDRO PUGA DE SOUZA • ALEXSANDER DE
OLIVEIRA MENDONÇA • ALINE CHAVES DA SILVA • ALINE
DANTAS DE AZEVEDO • ANA LUCIA DE SOUZA
ASSUMPÇÃO • ANDERSON ANDRÉ BASTOS
TAVARES • ANDERSON CAVERZAN
DE AGUIAR • ANDERSON DA SILVA
GOMES • ANDERSON DE ALMEIDA
JUNIOR • ANGELA MARIA MONTEIRO
DA TRINDADE • ANGELO RICARDO
DE MORAES • ANTONIO IVAN RODRIGUES
BARRETO • AUGUSTO PEIXOTO PRANDI • AURISTELA
LEANDRO PINHEIRO • BETINA PIRES ARGUELLO •
BRUNO DE OLIVEIRA PINTO SEGTOVICH • CAMILA BASSETTO • CAMLLO JOSÉ
MARTINS GOMES • CARLOS ALBERTO DO NASCIMENTO GARCIA • CARLOS ALBERTO SOUZA
DE ASSIS • CARLOS ALESSANDRO DOS SANTOS DE CASTRO • CARLOS ANDRÉ DA SILVA
ROCHA • CARLOS DANIEL DE MATTOS MENDES • CARLOS EDUARDO FERREIRA LOPES • CARLOS
HENRIQUE DA SILVEIRA • CARLOS HENRIQUE SILVEIRA DA SILVA • CARLOS MAURÍCIO MACHADO
AIETA • CARLOS MEDEIROS ARAÚJO • CARLOS RENATO DE ANDRADE MATTOS • CARLOS ROBERTO
SORRENTINO DE FREITAS • CIDIBEL DE OLIVEIRA LOPES • CIRO AUGUSTO DOS SANTOS • CLAUDINEI DE SOUZA
GUIMARÃES • CLÁUDIO ANTONIO DE SOUSA • CLÁUDIO SERGIO DO NASCIMENTO • CLÉBER GOMES RIBEIRO •
CLÉBER LUÍS CORREIA • CLEIDSON BERGAMI ALVES • CLÓVIS NOÉ DA SILVA • COSME DE OLIVEIRA NEVES •
CRISTIANE DE BARROS PEREIRA • CRISTIANO DA SILVA • CRISTIANO EMERSON RAMOS FERREIRA • CRISTINA
GONÇALVES DA SILVA • CYNTIA DE JESUS PIRES • DAMIÃO CARDOZO • DANIEL GENOVESE FILHO • DANIELLE
ALONSO DE ARAÚJO • DÁRIO RIBEIRO • DAYZE DOS REIS DO NASCIMENTO • DIEGO OLIVEIRA MARQUES DE
ARAÚJO • DILMA SILVA DE OLIVEIRA MONTEIRO • DOUGLAS REIS DE OLIVEIRA • DOUGLAS ROMERO DE SANTA
RITA • EDINIR DALLAVIA • EDNELSON MENEZES DA CONCEIÇÃO • EDSON FERREIRA DE SENA • EDUARDO MARIANO
DE OLIVEIRA • EDUARDO MUILER BARBOSA NOGUEIRA • EDUARDO NARCIZO SAMPAIO • EDVALDO SPPEZAPRIA DIAS
• ELIEL COSTA MORAIS • ELISEU RODRIGUES DE MORAES • ELIZABETH DI GESU VIANNA DA SILVA • ELIZETE MONTEIRO
FERNANDES • EMERSON RIBEIRO DE MORAES • ERIC DE AZEVEDO BASTOS • EVANDRO D'AIUTO • EVANDRO DO BOMFIM
DIAS • EVÂNIO CLEMENTE • FABIANO CORREA DUARTE • FABIANO MARCELO ECKHARDT • FÁBIO BATISTA DUARTE • FÁBIO
DIAS FERREIRA • FÁBIO FERREIRA DA SILVA • FÁBIO JOSÉ DOS SANTOS DE CARVALHO • FÁBIO NIZO PEREIRA DA SILVA
• FÁBIO ROBERTO DE SOUZA ALVES • FELIPE DA SILVA CASSEMIRO • FERNANDO ANTONIO BENTO DA SILVA •
FERNANDO JOSÉ DE MORAES • FIRMINO FREITAS REIS FILHO • FRANCISCO CARLOS DE GUSMÃO QUEIROZ
• FRANCISCO DAS CHAGAS DE MELO MENDES • GABRIEL DIETZSCH • GERALDO NUNES ALMEIDA • GILSON
FREITAS SANTORO • GLAUCIA PEIXOTO MACEDO BUENO • GLEISON DE MORAIS BARRETO • HEITOR MATEUS TOMAZ
DA SILVA • HÉLIO NUNES BARRETO • IVAN LIMA DE ANDRADE • IVANILDO CARVALHO COELHO • JAIR SIQUEIRA DE LIMA •
JASSON MENDES CARLOS • JOÃO ADALBERTO DE BRITO PEREIRA NETO • JOÃO MAGNO SOARES DE ALMEIDA • JOÃO PEDRO
ALVES REGA • JONATAS DUTRA DE OLIVEIRA • JONATHAS FELIPE DA CONCEIÇÃO • JONATAS SANTOS MARTINS •
JORGE ANTONIO DAS NEVES VIEIRA • JORGE DE ALMEIDA RAMOS • JOSÉ ALBERTO DE OLIVEIRA DOS SANTOS • JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA • JOSÉ LUIZ MOREIRA DE OLIVEIRA • JOSÉ MAURÍCIO BRUM DE MELLO • JOSÉ MESSIAS BARROS CHAVES • JOSÉ OTÁVIO BISCAIA • JOSÉ ZEFERINO CAVALCANTI BRAGA JUNIOR • JOSEPH PAINS
DA SILVA • JULIO CÉSAR EMILIANO DE FREITAS • LEANDRO FARIA MANUEL • LEONARDO MARINI PEREIRA • LEONARDO SCHARTH LOUREIRO SILVA • LIANE CAMINHA FALCÃO • LINO DIÔ HONORATO
DA SILVA • LUCIANA LIMA FERREIRA CRUZ • LUIZ CARLOS DE CARVALHO INÁCIO
• LUIZ CLÁUDIO PORTO PINHEIRO • LUIZ FERNANDO DE ARAÚJO PACHECO • MAIRA KRONEMBERG LIMA • MARCELO LOPES VENTURA • MARCELO BARRETO GONÇALVES • MARCELO GOMES TAMBORINDEGUY
FERNANDES • MARCELO MILHORATE GOULART VIANA
• MARCELO RIBEIRO • MARCIAN MONTEIRO DA COSTA • MÁRCIO DA SILVA PLAZA •
MARCO ANTONIO DO AMARAL GORDO • MARCO ANTÔNIO MONTE DE SANTANA
• MARCO ANTONIO RAMOS LOPES • MARCOS AZEVEDO DOS SANTOS • MARCOS DA ROCHA PEREIRA • MARCYA VALERIA GALVÃO PEREIRA • MARIA DE FATIMA
DA SILVA ANTUNES • MARINO SALLES FILHO •
MAURI PANTOJA MUNIZ • MIRIAN DE LOURDES DOS REIS ALBUQUERQUE CAJARAVILLE • MOACYR
VIANA FILHO • MÔNICA SARAIVA SÁ COUTO • NELSON CARNEIRO DE FREITAS • NEMIAS HELIO DOS SANTOS
• NILTON DE SOUZA DO AMARAL • OTÁVIO DA COSTA FERNANDES • PABLO MARQUES MIRANDA • PAULO CESAR DE FREITAS JUREMA • PAULO EDUARDO GOMIDE
• PAULO MIRANDA D'OLIVEIRA PINTO • PAULO ROBERTO CORRÊA DE ARAÚJO • PAULO ROBERTO PEREIRA DE AGUIAR
• PAULO ROBERTO TORRES BRAGA • PEDRO LOPES JUNIOR •
RALF VON LASPERG • RENATO GONÇALVES DE CARVALHO •
RENATO IGNÁCIO FIGUEIREDO • RICARDO BITTENCOURT LOPES
• RICARDO JORGE COUTINHO ALVES • RIVALDO ROSA DOS SANTOS
• ROBERTA DA COSTA MENDES • ROBERTO MONTEIRO SOBRINHO •
ROBERTO TEIXEIRA ALVES • ROBISON DIIR CONCEIÇÃO • RODOLFO SILVA CARVALHO • RODRIGO AFFONSO LIMA • RODRIGO AUGUSTO QUIRINO • RODRIGO
DA GRAÇA FERREIRA • RODRIGO SILVA DE AZEREDO • RODRIGO TEIXEIRA COSTA PEREIRA •
RODRIGO TORRES PINTO • ROGER BRANCO SIMÕES • ROGÉRIO GUIMARÃES OLIVIERA • ROGERIO QUINTANILHA DOS SANTOS • ROMERO DUARTE NEVES • ROMILDO JOSÉ VAZ • RONALDO JOSÉ DE CARVALHO MATHIAS • RONALDO RODRIGO OTAVIO BELARMINO • RUAN CARLOS FELICIANO OLIVEIRA
• RUTH BORGES NITO DOS SANTOS • SAINT CLAIR DOS SANTOS SILVA • SANDRO VIEIRA FERNANDES
• SÉRGIO ANTÔNIO DE OLIVEIRA RAMOS • SÉRGIO MONTEIRO DE LIMA • SIDNEY ANDRADE DE LIMA
• SILVIO CRISPPIM DE LIMA • SILVIO HELENO C. SCARABELLI JUNIOR • SIRLEI JOSÉ RODRIGUES SANTOS •
SONIA PRADO CABRAL • SOUTHEY DE SOUZA CASTRO • TASSIO DE MELO EVARISTO • THAYS LUCIA BRANDÃO
• THIAGO DE ANDRADE WRENCHER • THIAGO LIBERATO DE JESUS • TIAGO FIDELIS ARAUJO • UANDERSON DE OLIVEIRA QUINTANILHA • UBIRAJARA SILVA DE SÁ • VANILDO DE CARVALHO • VITOR RIPPER DAMAS • WALDIR
MELO LOPES • WELLINGTON GONÇALVES HASTENREITER • WILSON CÉSAR GONÇALVES • WILSON LOPES NEVES JUNIOR
MIOLO_ICA_final_16.indd 84 26/9/2008 15:05:56
84 8584 85
ADALBERTO FERREIRA LUZ • ADEMAR HERMIDA DA SILVA • ADÍLSON
MARTINS RIBEIRO FILHO • ADILSON REZENDE DA SILVA • ADONIAS REZENDE
DA SILVA • ADYRSON RODRIGUES DO NASCIMENTO • AGILDO
NUNES BEZERRA • ALAN COSTA MESQUITA • ALBERTO
SOUZA FERRARIO • ALBERTO VICTOR PEREIRA • ALCIDES
LOURENÇO SAUER • ALEXANDER DE MESQUITA BORGES
• ALEXANDRE DA SILVA ANDRADE • ALEXANDRE DA
SILVA CARVALHO • ALEXANDRE MOTA MARQUES DA
SILVA • ALEXANDRO PUGA DE SOUZA • ALEXSANDER DE
OLIVEIRA MENDONÇA • ALINE CHAVES DA SILVA • ALINE
DANTAS DE AZEVEDO • ANA LUCIA DE SOUZA
ASSUMPÇÃO • ANDERSON ANDRÉ BASTOS
TAVARES • ANDERSON CAVERZAN
DE AGUIAR • ANDERSON DA SILVA
GOMES • ANDERSON DE ALMEIDA
JUNIOR • ANGELA MARIA MONTEIRO
DA TRINDADE • ANGELO RICARDO
DE MORAES • ANTONIO IVAN RODRIGUES
BARRETO • AUGUSTO PEIXOTO PRANDI • AURISTELA
LEANDRO PINHEIRO • BETINA PIRES ARGUELLO •
BRUNO DE OLIVEIRA PINTO SEGTOVICH • CAMILA BASSETTO • CAMLLO JOSÉ
MARTINS GOMES • CARLOS ALBERTO DO NASCIMENTO GARCIA • CARLOS ALBERTO SOUZA
DE ASSIS • CARLOS ALESSANDRO DOS SANTOS DE CASTRO • CARLOS ANDRÉ DA SILVA
ROCHA • CARLOS DANIEL DE MATTOS MENDES • CARLOS EDUARDO FERREIRA LOPES • CARLOS
HENRIQUE DA SILVEIRA • CARLOS HENRIQUE SILVEIRA DA SILVA • CARLOS MAURÍCIO MACHADO
AIETA • CARLOS MEDEIROS ARAÚJO • CARLOS RENATO DE ANDRADE MATTOS • CARLOS ROBERTO
SORRENTINO DE FREITAS • CIDIBEL DE OLIVEIRA LOPES • CIRO AUGUSTO DOS SANTOS • CLAUDINEI DE SOUZA
GUIMARÃES • CLÁUDIO ANTONIO DE SOUSA • CLÁUDIO SERGIO DO NASCIMENTO • CLÉBER GOMES RIBEIRO •
CLÉBER LUÍS CORREIA • CLEIDSON BERGAMI ALVES • CLÓVIS NOÉ DA SILVA • COSME DE OLIVEIRA NEVES •
CRISTIANE DE BARROS PEREIRA • CRISTIANO DA SILVA • CRISTIANO EMERSON RAMOS FERREIRA • CRISTINA
GONÇALVES DA SILVA • CYNTIA DE JESUS PIRES • DAMIÃO CARDOZO • DANIEL GENOVESE FILHO • DANIELLE
ALONSO DE ARAÚJO • DÁRIO RIBEIRO • DAYZE DOS REIS DO NASCIMENTO • DIEGO OLIVEIRA MARQUES DE
ARAÚJO • DILMA SILVA DE OLIVEIRA MONTEIRO • DOUGLAS REIS DE OLIVEIRA • DOUGLAS ROMERO DE SANTA
RITA • EDINIR DALLAVIA • EDNELSON MENEZES DA CONCEIÇÃO • EDSON FERREIRA DE SENA • EDUARDO MARIANO
DE OLIVEIRA • EDUARDO MUILER BARBOSA NOGUEIRA • EDUARDO NARCIZO SAMPAIO • EDVALDO SPPEZAPRIA DIAS
• ELIEL COSTA MORAIS • ELISEU RODRIGUES DE MORAES • ELIZABETH DI GESU VIANNA DA SILVA • ELIZETE MONTEIRO
FERNANDES • EMERSON RIBEIRO DE MORAES • ERIC DE AZEVEDO BASTOS • EVANDRO D'AIUTO • EVANDRO DO BOMFIM
DIAS • EVÂNIO CLEMENTE • FABIANO CORREA DUARTE • FABIANO MARCELO ECKHARDT • FÁBIO BATISTA DUARTE • FÁBIO
DIAS FERREIRA • FÁBIO FERREIRA DA SILVA • FÁBIO JOSÉ DOS SANTOS DE CARVALHO • FÁBIO NIZO PEREIRA DA SILVA
• FÁBIO ROBERTO DE SOUZA ALVES • FELIPE DA SILVA CASSEMIRO • FERNANDO ANTONIO BENTO DA SILVA •
FERNANDO JOSÉ DE MORAES • FIRMINO FREITAS REIS FILHO • FRANCISCO CARLOS DE GUSMÃO QUEIROZ
• FRANCISCO DAS CHAGAS DE MELO MENDES • GABRIEL DIETZSCH • GERALDO NUNES ALMEIDA • GILSON
FREITAS SANTORO • GLAUCIA PEIXOTO MACEDO BUENO • GLEISON DE MORAIS BARRETO • HEITOR MATEUS TOMAZ
DA SILVA • HÉLIO NUNES BARRETO • IVAN LIMA DE ANDRADE • IVANILDO CARVALHO COELHO • JAIR SIQUEIRA DE LIMA •
JASSON MENDES CARLOS • JOÃO ADALBERTO DE BRITO PEREIRA NETO • JOÃO MAGNO SOARES DE ALMEIDA • JOÃO PEDRO
ALVES REGA • JONATAS DUTRA DE OLIVEIRA • JONATHAS FELIPE DA CONCEIÇÃO • JONATAS SANTOS MARTINS •
JORGE ANTONIO DAS NEVES VIEIRA • JORGE DE ALMEIDA RAMOS • JOSÉ ALBERTO DE OLIVEIRA DOS SANTOS • JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA • JOSÉ LUIZ MOREIRA DE OLIVEIRA • JOSÉ MAURÍCIO BRUM DE MELLO • JOSÉ MESSIAS BARROS CHAVES • JOSÉ OTÁVIO BISCAIA • JOSÉ ZEFERINO CAVALCANTI BRAGA JUNIOR • JOSEPH PAINS
DA SILVA • JULIO CÉSAR EMILIANO DE FREITAS • LEANDRO FARIA MANUEL • LEONARDO MARINI PEREIRA • LEONARDO SCHARTH LOUREIRO SILVA • LIANE CAMINHA FALCÃO • LINO DIÔ HONORATO
DA SILVA • LUCIANA LIMA FERREIRA CRUZ • LUIZ CARLOS DE CARVALHO INÁCIO
• LUIZ CLÁUDIO PORTO PINHEIRO • LUIZ FERNANDO DE ARAÚJO PACHECO • MAIRA KRONEMBERG LIMA • MARCELO LOPES VENTURA • MARCELO BARRETO GONÇALVES • MARCELO GOMES TAMBORINDEGUY
FERNANDES • MARCELO MILHORATE GOULART VIANA
• MARCELO RIBEIRO • MARCIAN MONTEIRO DA COSTA • MÁRCIO DA SILVA PLAZA •
MARCO ANTONIO DO AMARAL GORDO • MARCO ANTÔNIO MONTE DE SANTANA
• MARCO ANTONIO RAMOS LOPES • MARCOS AZEVEDO DOS SANTOS • MARCOS DA ROCHA PEREIRA • MARCYA VALERIA GALVÃO PEREIRA • MARIA DE FATIMA
DA SILVA ANTUNES • MARINO SALLES FILHO •
MAURI PANTOJA MUNIZ • MIRIAN DE LOURDES DOS REIS ALBUQUERQUE CAJARAVILLE • MOACYR
VIANA FILHO • MÔNICA SARAIVA SÁ COUTO • NELSON CARNEIRO DE FREITAS • NEMIAS HELIO DOS SANTOS
• NILTON DE SOUZA DO AMARAL • OTÁVIO DA COSTA FERNANDES • PABLO MARQUES MIRANDA • PAULO CESAR DE FREITAS JUREMA • PAULO EDUARDO GOMIDE
• PAULO MIRANDA D'OLIVEIRA PINTO • PAULO ROBERTO CORRÊA DE ARAÚJO • PAULO ROBERTO PEREIRA DE AGUIAR
• PAULO ROBERTO TORRES BRAGA • PEDRO LOPES JUNIOR •
RALF VON LASPERG • RENATO GONÇALVES DE CARVALHO •
RENATO IGNÁCIO FIGUEIREDO • RICARDO BITTENCOURT LOPES
• RICARDO JORGE COUTINHO ALVES • RIVALDO ROSA DOS SANTOS
• ROBERTA DA COSTA MENDES • ROBERTO MONTEIRO SOBRINHO •
ROBERTO TEIXEIRA ALVES • ROBISON DIIR CONCEIÇÃO • RODOLFO SILVA CARVALHO • RODRIGO AFFONSO LIMA • RODRIGO AUGUSTO QUIRINO • RODRIGO
DA GRAÇA FERREIRA • RODRIGO SILVA DE AZEREDO • RODRIGO TEIXEIRA COSTA PEREIRA •
RODRIGO TORRES PINTO • ROGER BRANCO SIMÕES • ROGÉRIO GUIMARÃES OLIVIERA • ROGERIO QUINTANILHA DOS SANTOS • ROMERO DUARTE NEVES • ROMILDO JOSÉ VAZ • RONALDO JOSÉ DE CARVALHO MATHIAS • RONALDO RODRIGO OTAVIO BELARMINO • RUAN CARLOS FELICIANO OLIVEIRA
• RUTH BORGES NITO DOS SANTOS • SAINT CLAIR DOS SANTOS SILVA • SANDRO VIEIRA FERNANDES
• SÉRGIO ANTÔNIO DE OLIVEIRA RAMOS • SÉRGIO MONTEIRO DE LIMA • SIDNEY ANDRADE DE LIMA
• SILVIO CRISPPIM DE LIMA • SILVIO HELENO C. SCARABELLI JUNIOR • SIRLEI JOSÉ RODRIGUES SANTOS •
SONIA PRADO CABRAL • SOUTHEY DE SOUZA CASTRO • TASSIO DE MELO EVARISTO • THAYS LUCIA BRANDÃO
• THIAGO DE ANDRADE WRENCHER • THIAGO LIBERATO DE JESUS • TIAGO FIDELIS ARAUJO • UANDERSON DE OLIVEIRA QUINTANILHA • UBIRAJARA SILVA DE SÁ • VANILDO DE CARVALHO • VITOR RIPPER DAMAS • WALDIR
MELO LOPES • WELLINGTON GONÇALVES HASTENREITER • WILSON CÉSAR GONÇALVES • WILSON LOPES NEVES JUNIOR
MIOLO_ICA_final_16.indd 85 26/9/2008 15:06:00
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O Instituto de Cartografia Aeronáutica é a única instituição responsável pela produção de cartas de navegação aérea no Brasil, ou seja, O ICA É ÚNICO NO QUE FAZ!
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25 Anos Mapeando o Céu do Brasil
ICAJUBILEU DE PRATA
MIOLO_ICA_final_16.indd 88 26/9/2008 15:07:00