ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
Santa Maria
Março, 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA/UFSM
ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
Anais obtidos da realização da 8º semana científica do Hospital
Universitário de Santa Maria realizado no auditório Gulerpe, no
período de 20 a 22 de novembro de 2018.
FICHA CATALOGRÁFICA
ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
REITOR
PROF. DR. PAULO AFONSO BURMANN
VICE-REITOR
PROF. DR. LUCIANO SCHUCH
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
SUPERINTENDENTE
PROF. DRª. ELAINE VERENA RESENER
GERENTE DE ENSINO E PESQUISA
PROF. DRª. BEATRIZ SILVANA DA SILVEIRA PORTO
GERENTE ADMINISTRATIVO
ESP. JOÃO BATISTA DE VASCONCELLOS
GERENTE DE ATENÇÃO À SAÚDE
ENF.DRª. SOELI TERESINHA GUERRA
ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
PRESIDENTE DO EVENTO
Profª. Drª. Beatriz Silvana da Silveira Porto
COMISSÃO ORGANIZADORA
Prof. Dr. Alexandre Vargas Schwarzbold
Chefe do Setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica
Profª. Drª. Beatriz Silvana da Silveira Porto
Gerente de Ensino e Pesquisa do HUSM
Prof. Dr. Gustavo Nogara Dotto
Chefe da Unidade de e-Saúde
Profª. Drª. Themis Maria Kessler
Chefe do Setor de Gestão do Ensino
COMISSÃO CIENTÍFICA
Prof. Dr. Alexandre Vargas Schwarzbold
Profª. Drª. Beatriz Silvana da Silveira Porto
Prof. Dr. Gustavo Nogara Dotto
Profª. Drª. Themis Maria Kessler
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
Prof. Dr. Gustavo Nogara Dotto
Enfª Ms Helena Carolina Noal
Enfª. Ms Iara Terezinha Barbosa Ramos
Enfª. Drª. Izabel Cristina Hoffmann
COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA E APOIO
Aux.Adm. André Luis Samuel Kessler
Contª. Ms. Inês Bortolotto
Rec. Leocinara Paula Ribeiro Julião
Econ. Ms. Márcio Marcelo Gross
Rec. Paula Senna Pacheco
Téc. Enf. Zuleica Aparecida Gündel de Arruda
COMISSÃO DE APOIO GRÁFICO, DIVULGAÇÃO E ASSESSORIA DE
COMUNICAÇÃO:
Desenhista Téc. José Erion Soares
Ac.Michele Pereira
MONITORES
Ac. Augusto Hermes Kohler
Ac. Caroline Cogo Carneosso
Ac. Gabriel Brondani Borges
Ac. Gessica Piovesan
Ac. Vitória Parodes Rodrigues
PROGRAMAÇÃO DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HUSM/UFSM
Dia 20/11/2018
14h às 15h- Credenciamento
MÓDULO 1 - EXPERIÊNCIAS INOVADORAS EM GESTÃO E ASSISTÊNCIA
Coordenação: Profª. Drª. Beatriz S. da Silveira Porto – HUSM/CCS/UFSM
15h às 18h:
Exposição de Trabalhos Científicos (Poster Digital) – Hall do Auditório Gulerpe
16h às 16:30:
Cerimônia de Abertura
16:30 às 17:30:
CONFERÊNCIA - À um Passo da Eternidade: Como a Neurociência pode contribuir
para a Qualidade de Vida?
Prof. Dr. Pedro Schestatsky – UFRGS/RS
17:30 às 17:45:
Intervalo para Café
17h45 às 19h00:
PAINEL – A Telessaúde na Assistência: Como a tecnologia em Saúde pode qualificar a
assistência?
17:45h-18h45: Experiência Regional em Telessaúde - HCPA e UFRGS- Desafios na
gestão e impacto na assistência - Prof. Dr. Marcelo Gonçalves
18h45-19h: Discussão
Prof. Dr. Gustavo Dotto - HUSM/UFSM
Prof. Dr. Marcos Lobato - CCS/UFSM
Ms. Jean Alberni - Animati Computação Aplicada à Saúde
Representantes da Secretaria Municipal de Saúde e 4ª CRS/RS
19h às 19:15:
Premiação: menção honrosa para os 3 melhores trabalhos deste módulo.
PROGRAMAÇÃO DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HUSM/UFSM
Dia 21/11/2018
MÓDULO 2 - EXPERIÊNCIAS INOVADORAS EM ENSINO
Coordenação: Profª Dra. Themis Maria Kessler
15h às 18h:
Exposição de Trabalhos Científicos (Poster Digital) – Hall do Auditório Gulerpe
14h às 15h: Apresentação Oral de Trabalhos Selecionados – Auditório Gulerpe
15h às 16h:
CONFERÊNCIA: Metodologia baseada em Competências na Formação em Saúde -
Prof. Dr. Exequiel Plaza T. - Universidade de Talca, Chile
16h às 17:30:
PAINEL - Metodologias Ativas em Preceptoria - Desafios e Potencialidades
16h-16:30: Profª Drª. Vânia Olivo - PRMS/CCS/UFSM
16:30-17h: Profª Drª. Clarice Mottecy - HUSM/UFSM
17h-17:30: Discussão
Debatedores:
Profª Marisa Bastos Pereira - CCS/UFSM
Profª Drª Tânia Denise Resener - CCS/UFSM
Profª Drª. Angela Weinmann - UFN
17:30 às 17:45:
Intervalo para Café
17:45 às 19h: PAINEL: Simulação Realística
17:45 - 18:15h: Sala Cirúrgica Inteligente – Prof. Dr. Miguel Prestes Nácul - Membro
do Corpo Clínico do Hospital Moinhos de Vento/ /RS. Médico Cirurgião Coordenador
da área de Videocirurgia do Hospital de Pronto Socorro/RS.
18:15 - 18:45h: Experiências Internacionais - Dr. Dener Tambara Girardon -
HUSM/EBSERH e Drª. Maria da Graça Caminha Vidal - HUSM/UFSM
18:45 às 19h: Discussão
Debatedores:
Dr. Humberto Palma - HUSM/EBSERH
Prof. Dr. Ewerton Moraes - CCS/UFSM
Dra. Leila Dantas - HUSM/UFSM
19h às 19:15:
Premiação: menção honrosa para os 3 melhores trabalhos deste módulo
PROGRAMAÇÃO DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HUSM/UFSM
Dia 22/11/2018
MÓDULO 3 - EXPERIÊNCIAS INOVADORAS EM PESQUISA
Coordenação: Prof. Dr. Alexandre Vargas Schwarzbold - HUSM/CCS/UFSM
14h às 18h: Exposição de Trabalhos Científicos (Poster Digital) – Hall do Auditório
Gulerpe
15h às 16h: Apresentação Oral de Trabalhos Selecionados – Auditório Gulerpe
16h às 17h:
PALESTRA: Nanociências na Saúde -Profª. Dra. Solange Binotto Fagan – UFN/RS
17h às 17:15:
Intervalo para Café
17:15 às 19h:
PAINEL - Tecnologias Aplicadas em Saúde
17:15 -17:30:
Software para Avaliação da Fala – Profª Dra. Márcia Keske Soares - CCS/UFSM
17:30-17:45:
Imagens de Fundo de Olho para identificação automatizada de Glaucoma - Prof. Daniel
Welfer - CT/UFSM
17:45-18h:
Jogos Sérios na Saúde - Profa. Ana Lucia Cervi Prado - CCS/UFSM
18h -18:15:
RIS e PACS na Saúde - Prof. Carlos Jesus Pereira Haygert - CCS/HUSM
18:15 -18:30:
Processamento Digital de Imagens - Prof. Marcos Cordeiro d’Ornellas - CT/UFSM
18:30-18:45:
Impressão 3D na Saúde - Dra. Wâneza Dias Borges Hirsch - HUSM/EBSERH
18:45-19h – Pergunte ao pesquisador
19h às 19:15:
Premiação: menção honrosa para os 3 melhores trabalhos deste módulo.
SUMÁRIO
A APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO NÓRDICO DOS SINTOMAS
OSTEOMUSCULARES COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO ERGONÔMICA NA
CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................................................. 20
A AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA GLOBAL SOBRE
MORTALIDADE INFANTIL EM BASE DE DADOS NO ANO DE 2015 ................ 26
A CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À
SAÚDE ........................................................................................................................... 28
A CONSTRUÇÃO DA ATENÇÃO HUMANIZADA EM SAÚDE A PARTIR DA
INTERAÇÃO LÚDICA COM CRIANÇAS COM CÂNCER: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA .............................................................................................................. 30
A CONVIVÊNCIA DA ENFERMAGEM DE UMA UNIDADE DE CARDIOLOGIA
INTENSIVA COM A COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIAS DIFÍCEIS .......................... 32
A ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL DE BAIXO RISCO ........ 35
A ESPIRITUALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: Uma Revisão
Narrativa ......................................................................................................................... 37
A EXPERIÊNCIA DE CUIDADORES FAMILIARES DE SUJEITOS EM FIM DE
VIDA: O CUIDADO COMO UM IMPERATIVO ........................................................ 39
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS ........................... 42
A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO PROTOCOLO CHECKLIST EM SALA
CIRÚRGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. ................................................... 44
A IMPORTÂNCIA DE UM GRUPO PSICOTERAPÊUTICO NAS ESCOLAS PARA
PAIS DE ALUNOS "PROBLEMAS": DESENVOLVENDO UM GRUPO
PSICOTERAPÊUTICO PARA PAIS ............................................................................ 46
A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL EM UMA UNIDADE DE
ONCOLOGIA PEDIÁTRICA ........................................................................................ 48
A OBESIDADE SOB A ÓTICA DO CÂNCER DE MAMA ....................................... 50
A PERCEPÇÃO DA SAÚDE ENTRE IDOSOS PERTENCENTES A GRUPOS DE
CONVIVÊNCIA DO NÚCLEO INTEGRADO DE ESTUDOS E APOIO À
TERCEIRA IDADE (NIEATI) DA CIDADE DE SANTA MARIA-RS ...................... 53
ABDOME AGUDO PERFURATIVO – RELATO DE CASO ..................................... 55
ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR EM AMBULATÓRIO DE INTERVENÇÃO
PRECOCE. ..................................................................................................................... 57
ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE SAUDE: UMA ANALISE A PARTIR DA
ATENÇÃO BASICA EM SANTA MARIA .................................................................. 59
AÇÕES DO NÚCLEO DE VIGILÂNCIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SANTA MARIA –RS FRENTE AO SURTO DE TOXOPLASMOSE NO MUNICÍPIO
EM 2018. ........................................................................................................................ 61
ACOLHIMENTO: ESTRATÉGIAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO SERVIÇO
DE PRÉ-NATAL DE ALTO-RISCO............................................................................. 63
ALTERAÇÕES NA DINÂMICA FAMILIAR FRENTE AO PROCESSO DE
ENVELHECIMENTO ................................................................................................... 65
ANÁLISE DA AUTONOMIA DO ENFERMEIRO EM PRONTO-SOCORRO: NOTA
PRÉVIA .......................................................................................................................... 68
ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DO MISMATCH NEGATIVITY EM CRIANÇAS ...... 70
ANÁLISE DE JUÍZES NÃO ESPECIALISTAS E ESPECIALISTAS DE UM
INSTRUMENTO BREVE DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM .............................. 72
ANÁLISE DOS PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM
SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO ST ATENDIDOS EM HOSPITAL PÚBLICO
TERCIÁRIO ................................................................................................................... 74
ANÁLISE DOS SINTOMAS OSTEOMUSCULARES DE PROFISSIONAIS DE UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR ATRAVÉS DO QNSO .............................. 76
APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE KATZ EM PESQUISAS COM IDOSOS: .................. 78
RELATO DE EXPERIÊNCIA ....................................................................................... 78
ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO SUICÍDIO: UMA REVISÃO NARRATIVA DA
LITERATURA ............................................................................................................... 80
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO HOSPITALIZADO: RELATO DE
EXPERIÊNCIA .............................................................................................................. 84
ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA NO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ............ 86
ASSOCIAÇÃO ENTRE PARACOCCIDIOIDOMICOSE E TUBERCULOSE,
DIFICULDADE DE DIAGNÓSTICO: RELATO DE CASO. ...................................... 88
ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO TRATAMENTO INTENSIVO EM
UNIDADE NEONATAL ............................................................................................... 90
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO CLÍNICA
CIRÚRGICA ADULTA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ...................................... 93
AULA PRÁTICA EM ILPI: EXPERIÊNCIA EM DOCÊNCIA ORIENTADA DE
ALUNOS DA PÓS-GRADUAÇÃO .............................................................................. 95
AUTONOMIA, PADRÕES DO CONHECIMENTO E A ENFERMAGEM: UMA
REFLEXÃO ................................................................................................................... 97
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS RESIDENTES EM
INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA .......................................................... 99
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM IDOSOS .............. 102
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SONO DOS FAMILIARES DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO ........................................ 104
AVALIAÇÃO DE AMOSTRA SANGUÍNEA APROPRIADA PARA ANALISE
CROMATOGRÁFICA DE BENZODIAZEPÍNICOS ................................................ 106
AVALIAÇÃO DE EQUILIBRIO EM PACIENTE COM ESCLEROSE MULTIPLA:
RELATO DE CASO .................................................................................................... 109
AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DE NANOCÁPSULAS
CONTENDO UM BIOATIVO EM MODELO ANIMAL .......................................... 111
AVALIAÇÃO DO ESTRESSE EM FUNCIONÁRIOS DE UMA INSTITUIÇÃO DE
ENSINO SUPERIOR ................................................................................................... 113
AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS115
AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS OROFACIAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS A
TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO POTENCIALMENTE NEUROTÓXICO .... 117
CARACTERÍSTICAS ATITUDINAIS DE CUIDADORES FAMILIARES DE
PACIENTES ONCOLÓGICOS: NÍVEIS DE HABILIDADE, SOBRECARGA,
ESTRESSE E COPING ................................................................................................ 119
CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA CRÔNICA EM CRIANÇA E ADOLESCENTE:
REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 121
CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM
ATENDIMENTO AMBULATORIAL ........................................................................ 123
COLETA DE DADOS QUANTITATIVOS COM O FAMILIAR/CUIDADOR DE
CRIANÇA E ADOLESCENTE COM DOENÇA CRÔNICA: RELATO DE
EXPERIÊNCIA ............................................................................................................ 125
COMPARAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM IDOSOS
SEDENTÁRIOS E ATIVOS ........................................................................................ 127
CONCEITO DE SAÚDE NA VISÃO DE PESSOAS VINCULADAS A GRUPOS DE
PROMOÇÃO A SAÚDE ............................................................................................. 130
CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL E FISIOTERAPIA NO
AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE PREMATUROS ..................................... 132
COPING E ENGAJAMENTO NO TRABALHO DA ENFERMAGEM HOSPITALAR.
...................................................................................................................................... 134
CUIDADOS COM A PELE DO RECÉM-NASCIDO ................................................ 136
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO POTENCIAL DOADOR DE ÓRGÃOS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA ..................................................................................... 138
DESAFIOS DO TRABALHO MULTIPROFISSIONAL RELACIONADOS AO
AUTOCUIDADO DE PACIENTES COM DOENÇA VASCULAR: RELATO DE
EXPERIÊNCIA ............................................................................................................ 140
DISTÚRBIOS PSÍQUICOS MENORES EM FAMILIARES CUIDADORES DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTE EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO:
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS .......................................................... 142
DOENÇA RENAL CRÔNICA NO CENÁRIO HOSPITALAR: O PAPEL DA
PSICOLOGIA .............................................................................................................. 144
EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ESTRATEGIA DE PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE
VIDA NA TERCEIRA IDADE ................................................................................... 147
EFEITO DO DRY NEEDLING NA DOR LOMBAR DE IDOSAS ........................... 149
EFEITO NEUROPROTETOR DA ERVA MATE EM UM MODELO IN VITRO DE
DOENÇA DE PARKINSON ....................................................................................... 151
EFEITO NEUROPROTETOR DA SUPLEMENTAÇÃO COM ÓLEO DE ABACATE
EM CÉLULAS NEURAIS SH-SY5Y: UM MODELO DE ESTRESSE IN VITRO ... 153
EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA IMAGEM CORPORAL DE MULHERES
COM CANCÊR DE MAMA PACIENTES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE
SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL ............................................................... 155
EMPODERAMENTO E AMBIENTE DE PRÁTICA DE ENFERMEIROS DE UM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ................................................................................... 157
ENFERMEIRO NA GESTÃO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS BRASILEIROS:
ESTUDO DE TENDÊNCIA ........................................................................................ 159
ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E A SOBRECARGA DE
TRABALHO ................................................................................................................ 161
ENVOLVIMENTO DO POLIMORFISMO MnSODAla16Val NA EPILEPSIA:
ESTUDO CASO-CONTROLE .................................................................................... 163
ESCALA DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS VIVENDO
COM HIV: UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA ....................................................... 165
ESCALA VISUAL ANALÓGICA: UM RECURSO PARA AUTOAVALIAÇÃO DE
SUJEITOS COM ZUMBIDO CRÔNICO EM UM GRUPO DE ACONSELHAMENTO
FONOAUDIOLÓGICO ............................................................................................... 168
ESTUDO DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ............. 170
CIRRÓTICOS INTERNADOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO DA REGIÃO SUL DO
BRASIL ........................................................................................................................ 170
ESTUDO SOBRE A PREVALÊNCIA DE CÂNCER EM POPULAÇÃO ADSTRITA
À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO FRANCISCO, EM 2016 SANTA MARIA –
RS ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS SOBRE CUSTO NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO
DA LESÃO POR PRESSÃO DECORRENTE DO POSICIONAMENTO
OPERATÓRIO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ....... Erro! Indicador não definido.
FATORES QUE INFLUENCIAM NA ROTINA DE TRABALHO DE
ENFERMEIROS EM UNIDADES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR ................ Erro!
Indicador não definido.
FIM DE VIDA E DEPENDÊNCIA: IMPLICAÇÕES NAS RELAÇÕES FAMILIARES
.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
GRUPO DE APOIO AO ENFRENTAMENTO DO ESTRESSE À EQUIPE DE
ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA ........... Erro! Indicador não definido.
HEMORRAGIA ALVEOLAR SECUNDÁRIA À INALAÇÃO DE
CRACK/COCAÍNA: RELATO DE CASO ..................... Erro! Indicador não definido.
IMPACTO DA COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIAS DIFICEIS EM PEDIATRIA: O
QUE A CRIANÇA PODE NOS DIZER SOBRE SEU ADOECIMENTO .............. Erro!
Indicador não definido.
IMPACTO DA TERAPIA DE REPERFUSÃO NO TEMPO DE INTERNAÇÃO E
EVENTOS CARDIOVASCULARES NO IAMCST....... Erro! Indicador não definido.
IMPLEMENTAÇÃO DA CONSULTA DE PUERICULTURA EM ENFERMAGEM
EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE .................. Erro! Indicador não definido.
INCIDÊNCIA DE LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADE DE TRATAMENTO
INTENSIVO ..................................................................... Erro! Indicador não definido.
INDICADORES DA QUALIDADE EM TERAPIA NUTRICIONAL DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA–HUSM ........... Erro! Indicador não definido.
INFLUÊNCIA DO GÊNERO NAS RESPOSTAS DO POTENCIAL EVOCADO
AUDITIVO DE TRONCO ENCEFÁLICO COM DIFERENTES ESTÍMULOS ... Erro!
Indicador não definido.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................. Erro! Indicador não definido.
INSERÇÃO DE ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA FACILITAR A
APRENDIZAGEM ESCOLAR ATRAVES DA CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES
.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
INSERÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA NO PROJETO
COLABORATIVO “MELHORANDO A SEGURANÇA DO PACIENTE EM LARGA
ESCALA NO BRASIL” ................................................... Erro! Indicador não definido.
INTENSIDADE DE DEPRESSÃO E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE
PACIENTE COM MIELITE TRANSVERSA: UM ESTUDO DE CASO .............. Erro!
Indicador não definido.
INTERFACES DA PSICOLOGIA E SERVIÇO SOCIAL: EXPERIÊNCIAS NO
SUPORTE FAMILIAR DE CRIANÇAS E/OU ADOLESCENTES EM
TRATAMENTO ONCOLÓGICO ................................... Erro! Indicador não definido.
LESÕES POR PRESSÃO EM PACIENTES CIRÚRGICOS: PRODUÇÃO
ACADÊMICA BRASILEIRA ......................................... Erro! Indicador não definido.
LIGA MULTIDISCIPLINAR DE SAÚDE DA FAMÍLIA E DE SAÚDE COLETIVA -
COMUM UNIDADE ....................................................... Erro! Indicador não definido.
MIXOFIBROSSARCOMA DA GLÂNDULA TIREOIDE – PRIMEIRO CASO NAS
AMÉRICAS ..................................................................... Erro! Indicador não definido.
MONITORAMENTO TERAPEUTICO DE VORICONAZOL EM PACIENTES DO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA-RSErro! Indicador não
definido.
MONITORIA EM HISTOLOGIA PARA MEDICINA: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA ................................................................ Erro! Indicador não definido.
MORTES TRÁGICAS OU PRECOCES DE PACIENTES NA VISÃO DOS
PROFISSIONAIS DA SAÚDE ........................................ Erro! Indicador não definido.
NEURALGIA DO TRIGÊMIO DEVIDO A DOLICOECTASIA
VERTEBROBASILAR: UM RELATO DE CASO ......... Erro! Indicador não definido.
NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDO E PESQUISA SOBRE
ENVELHECIMENTO: VIVÊNCIAS DE BOLSISTAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
O ACESSO À SAÚDE E À EDUCAÇÃO: UMA INTERFACE NECESSÁRIA ... Erro!
Indicador não definido.
O ACESSO PÚBLICO À DESFIBRILADORES EXTERNOS AUTOMÁTICOS NO
ATENDIMENTO DE PARADAS CARDIORRESPIRATÓRIAS EM AMBIENTE
EXTRAHOSPITALAR: REVISÃO DA LITERATURA.Erro! Indicador não
definido.
O BRINCAR COMO PROPOSTA FONOAUDIOLÓGICA TERAPÊUTICA EM UMA
UNIDADE DE INTERNAÇÃO ONCOLÓGICA INFANTILErro! Indicador não
definido.
O CONHECIMENTO SOBRE PRÉ-NATAL E SITUAÇOES DE RISCO Á
GRAVIDEZ ENTRE GESTANTES NA CIDADE DE SANTA MARIA. ......... Erro!
Indicador não definido.
O ENVELHECIMENTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: UMA
REVISÃO DE LITERATURA ........................................ Erro! Indicador não definido.
O PAPEL DA ENFERMAGEM BRASILEIRA NA PRODUÇÃO ACERCA DE
ADOLESCENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS: REVISÃO NARRATIVA DE
LITERATURA ................................................................. Erro! Indicador não definido.
O PARTO NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIAErro! Indicador
não definido.
INTERVENÇÕES PARA A DESCONSTRUÇÃO DA CULTURA DE VIOLÊNCIA
DE GÊNERO .................................................................... Erro! Indicador não definido.
O TRABALHO DO ENFERMEIRO A PARTIR DA ERGOLOGIA: UMA NOTA
PRÉVIA ............................................................................ Erro! Indicador não definido.
O TRABALHO PEDAGÓGICO DENTRO DO CTCRIACErro! Indicador não
definido.
O USO DO MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL EM PESQUISAS COM IDOSOS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA ......................................... Erro! Indicador não definido.
ONCOLOGIA INFANTIL: NECESSIDADE DE AMPLIAR O OLHAR FRENTE O
“SER CRIANÇA” ............................................................ Erro! Indicador não definido.
ORGANIZAÇÃO DE UM SENSOR DE PRESSÃO PARA ATENUAR LESÕES POR
PRESSÃO EM PACIENTES COM DIFICULDADES DE LOCOMOÇÃO. .......... Erro!
Indicador não definido.
OS NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS ................. Erro! Indicador não definido.
OS TEMPOS NA CADEIA DE ATENDIMENTO ACIDENTE VASCULAR
CEREBRAL ..................................................................... Erro! Indicador não definido.
OS VALORES E A EMPATIA COMO FORMA DE ENSINO E RESGATE DA
RELAÇÃO CLÍNICA ...................................................... Erro! Indicador não definido.
OUTUBRO ROSA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM UMA UNIDADE
TOCOGINECOLÓGICA ................................................. Erro! Indicador não definido.
PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E AVALIAÇÃO DA INTENSIDADE DE
DISPNEIA EM DPOC: RELATO DE CASO ................. Erro! Indicador não definido.
PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE A PESSOA COM
ESTOMIA DE ELIMINAÇÃO INTESTINAL ............... Erro! Indicador não definido.
PERCEPÇÕES DOS ENFERMEIROS FRENTE A TERMINALIDADE EM
CRIANÇAS: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURAErro! Indicador não
definido.
PERFIL CLÍNICO DE CRIANÇAS COM CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL SIMPLES
EM UM AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA PEDIÁTRICA ........... Erro!
Indicador não definido.
PERFIL DE SAÚDE DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DAS UNIDADES DE
PERIOPERATÓRIO ........................................................ Erro! Indicador não definido.
PERFIL DEMOGRÁFICO E NUTRICIONAL DOS PACIENTES EM TERAPIA
NUTRICIONAL NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA – HUSM
.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MICRORGANISMOS ISOLADOS DE
COPROCUTURAS DE PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA ........................ Erro! Indicador não definido.
PERFIL NOSOLÓGICO DO AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA
PEDIÁTRICA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA ............. Erro!
Indicador não definido.
PITIRÍASE RUBRA PILAR APRESENTANDO-SE COMO ERITRODERMIA: UM
RELATO DE CASO ........................................................ Erro! Indicador não definido.
PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE (PAC) E INFLUENZA A (H1N1):
A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO PRECOCE .... Erro! Indicador não definido.
PRÁTICA DE ONCOLOGIA INTEGRATIVA NO HUSMErro! Indicador não
definido.
PRECISAMOS FALAR SOBRE AIDS: FOCALIZANDO OS TESTES RÁPIDOS
REALIZADOS ................................................................. Erro! Indicador não definido.
PREVALÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DE LIPASE ÁCIDA LISOSSOMAL EM
PACIENTES ATENDIDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
– RESULTADOS PRELIMINARES ............................... Erro! Indicador não definido.
PREVALÊNCIA DO ESTRESSE E BURNOUT EM TRABALHADORES DE
ENFERMAEGEM DE PRONTO SOCORRO: NOTA PRÉVIAErro! Indicador não
definido.
PROGRAMA DE EXTENSÃO REANIMA: O QUINTO ANO CAPACITANDO
LEIGOS EM REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM SANTA MARIA, RS. Erro!
Indicador não definido.
PROGRESSÃO CLÍNICA DE UM PACIENTE COM LER/DORT: UM RELATO DE
EXPERIÊNCIA ................................................................ Erro! Indicador não definido.
QUALIDADE DO SONO E SINTOMAS DE SAÚDE EM TRABALHADORES DE
ENFERMAGEM .............................................................. Erro! Indicador não definido.
REFLEXÕES ACADÊMICAS NA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
REFLEXÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS CENTROS DE CONVIVÊNCIA
PARA A PROMOÇÃO DA SAÚDE BIOPSICOSOCIOESPIRITUAL DE IDOSOS
.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
RELAÇÃO ENTRE A CLASSIFICAÇÃO DE KILLIP-KIMBALL, TEMPO DE
INTERNAÇÃO E MORTALIDADE APÓS IAMCST ... Erro! Indicador não definido.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DO VÍNCULO NA
RESSIGNIFICAÇÃO DA VIDA APÓS O DIAGNÓSTICO DE HIV/AIDSA ....... Erro!
Indicador não definido.
RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM ACADÊMICO DE MEDICINA COMO
BOLSISTA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA .................... Erro! Indicador não definido.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO DE EXTENSÃO EM DIVULGAÇÃO DA
CIÊNCIA DANDO LUZ A NOVOS CIENTISTAS ....... Erro! Indicador não definido.
REPRESENTAÇOES SOCIAIS DA CADEIRA DE RODAS PARA A PESSOA
COM LESÃO MEDULA ESPINHAL. ......................... Erro! Indicador não definido.
REPERCURSSÕES SOBRE O PAPEL DO SUPORTE SOCIAL OPORTUNIZADO
AO IDOSO DE GRUPOS DE CONVIVÊNCIA ............. Erro! Indicador não definido.
SALA DE RECREAÇÃO PARA CRIANÇAS EM TRATAMENTO HEMATO
ONCOLÓGICO: BENEFICIO E IMPORTÂNCIA ........ Erro! Indicador não definido.
SATISFAÇÃO PROFISSIONAL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DO SETOR DE
HEMATO-ONCOLOGIA ................................................ Erro! Indicador não definido.
SEGUIMENTO CLÍNICO DA EXPOSIÇÃO VERTICAL AO HIV: IMPLICAÇÕES
PARA A PESQUISA E ASSISTÊNCIA ......................... Erro! Indicador não definido.
SEGURANÇA DO PACIENTE E HIGIENIZAÇÃO DE CELULARES E DAS MÃOS
EM AMBIENTE HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE PRÁTICA
EDUCATIVA ................................................................... Erro! Indicador não definido.
SÍNDROME DE GULLO EM PACIENTE PEDIÁTRICO: RELATO DE CASO . Erro!
Indicador não definido.
SÍNDROME DOS VÔMITOS CÍCLICOS: CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
UTILIZADOS EM UM AMBULATÓRIO DE GASTROENTEROLOGIA
PEDIÁTRICA .................................................................. Erro! Indicador não definido.
SOBRECARGA E CARACTERIZAÇÃO DE MULHERES CUIDADORAS DE
CRIANÇAS COM CUIDADOS CONTÍNUOS E COMPLEXOErro! Indicador não
definido.
SONO EM PUÉRPERAS ................................................. Erro! Indicador não definido.
TECNOLOGIA AUDIOVISUAL NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM PACIENTES
E FAMILIARES NO PÓS-OPERATÓRIO DE COLOSTOMIAErro! Indicador não
definido.
TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS - UMA AÇÃO DO PROJETO DE
EXTENSÃO CUIDADO E ATENÇÃO AO ADOLESCENTE E À CRIANÇA EM
TRATAMENTO ONCOLÓGICO (CAACTO) ............... Erro! Indicador não definido.
TESTE DE CAMINHADA DE 6 MINUTOS NA AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE
FUNCIONAL EM IDOSOS ............................................. Erro! Indicador não definido.
TESTE DO HIDROGÊNIO EXPIRADO NO DIAGNÓSTICO DA INTOLERÂNCIA
À LACTOSE E DO SUPERCRESCIMENTO BACTERIANO DO INTESTINO
DELGADO ....................................................................... Erro! Indicador não definido.
TRATAMENTO DE ÚLCERA VENOSA EM MMII UTILIZANDO ENXERTO DE
PELE PARCIAL: RELATO DE CASO ........................... Erro! Indicador não definido.
ÚLCERAS POR PRESSÃO: UMA ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA ......... Erro!
Indicador não definido.
UNIDADE DE PROCESSAMENTO DE MATERIAIS ESTERILIZADOS: PARA
ALÉM DO INSTRUMENTAL, UM PILAR NO CUIDADO E SEGURANÇA AO
PACIENTE ....................................................................... Erro! Indicador não definido.
VELHICE E FINITUDE: ESPIRITUALIDADE E ATRIBUIÇÃO DE SENTIDO À
PERSPECTIVA DE MORTE .......................................... Erro! Indicador não definido.
VULNERABILIDADE EM AMOSTRA DE GESTANTES, COLETADA EM 2016/2,
ADSTRITA À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE SÃO FRANCISCO,SANTA MARIA-
RS ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
ZUMBIDO CRÔNICO: MUDANÇAS DE HÁBITOS COMO UMA FORMA DE
TRATAMENTO ............................................................... Erro! Indicador não definido.
ANAIS DA VIII SEMANA CIENTÍFICA DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
RESUMOS
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Daniel Donida Schlottfeldt1
Cláudia Dias Ollay2
A APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO NÓRDICO DOS SINTOMAS
OSTEOMUSCULARES COMO MÉTODO DE AVALIAÇÃO
ERGONÔMICA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
1 INTRODUÇÃO
A construção civil é um dos setores mais importantes da economia brasileira, e,
também, um dos que oferecem maiores riscos aos trabalhadores. Com tantos atores
envolvidos, os acidentes de trabalho são comuns às atividades desempenhadas. Neste
artigo, em especial, abordaremos o risco ergonômico e uma proposta de prevenção das
doenças ocupacionais associadas ao referido risco através da aplicação do Questionário
Nórdico dos Sintomas Osteomusculares.
A Ergonomia é uma ciência cujo objetivo prático visa a saúde, a satisfação e o bem-
estar dos trabalhadores.1 A partir do estudo teórico e prático, o ergonomista pode
contribuir para o cotidiano dos trabalhadores a fim de melhorar o desempenho e a
qualidade de vida no trabalho. Sobretudo, em condições de trabalho onde a
repetitividade de movimentos, ausência de treinamento, postura inadequada, esforços
físicos intensos, dentre outras, são uma constante realidade. Tais problemas, relatados
anteriormente, são uma realidade no setor da construção civil. O desafio do
ergonomista junto à construção civil requer a adoção de medidas que reduzam as lesões
e os afastamentos no setor.2 Dentre os diferentes métodos, a proposta adotada – e
apresentada – neste artigo será o Questionário Nórdico dos Sintomas Osteomusculares.
De maneira geral, o contato do trabalhador com a imagem segmentada do corpo
humano permitirá indicar os principais focos das dores. A análise, compreensão e
processamento dos dados coletados auxiliarão o ergonomista associar a problemática
descrita junto à prática laboral desempenhada.3
A escolha do referido tema surge com a necessidade de buscar uma ferramenta capaz de
compreender o risco ergonômico, em especial, neste trabalho, no setor da construção
civil. Desta forma, o preenchimento do Questionário Nórdico dos Sintomas
Osteomusculares permite uma aproximação do pesquisador com a realidade dos
trabalhadores, revelando os sintomas e as queixas dos mesmos, a fim de sugerir e adotar
1 Engenheiro de Produção. Pós-graduado em Ergonomia e Engenharia de Segurança do
Trabalho pela Universidade Santo Amaro (UNISA); 2 Fisioterapeuta e Professora de Graduação e Pós-Graduação da Universidade Santo Amaro
(UNISA);
medidas que visem a redução das doenças ocupacionais, o absenteísmo e os
afastamentos.4
Este artigo tem como objetivo destacar a aplicação e validade do Questionário Nórdico
dos Sintomas Osteomusculares. Trata-se de um instrumento eficaz e eficiente no
levantamento de sintomas Osteomusculares referidos pelos trabalhadores em relação às
tarefas por eles desempenhadas e, com isso propor melhorias ergonômicas, sejam elas
nas dimensões organizacionais e/ou físicas. Enfim, reservamos este trabalho aos
leitores e interessados no tema como fonte de pesquisa e conhecimento, bem como
instrumento de investigação prática em ergonomia.
2 MÉTODO
A método utilizado neste trabalho tem como base a pesquisa bibliográfica. Segundo
Marconi e Lakatos (2017), a pesquisa bibliográfica é o levantamento de toda
bibliografia já publicada, composta por livros, revistas, publicações avulsas e imprensa
escrita.5 A pesquisa foi fundamentada a partir de livros e artigos eletrônicos, estes, na
língua portuguesa. Os critérios de inclusão levados em consideração foram:
primeiramente, a busca por dados estatísticos que representassem a realidade do número
de acidentes relacionadas ao risco ergonômico no setor da construção civil e,
posteriormente, o uso e a validação do Questionário Nórdico dos Sintomas
Osteomusculares.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Para a realização deste trabalho foram levados em consideração os seguintes critérios:
dados estatísticos relacionados à abrangência do número de acidentes de trabalho, o
risco ergonômico inerente às funções desempenhadas na construção civil e a utilização
do Questionário Nórdico dos Sintomas Osteomusculares como forma de análise,
compreensão e adoção de medidas que promovam a redução – e eliminação – do risco
ergonômico no referido ambiente de trabalho. O quadro 1, aborda de maneira sucinta os
resultados encontrados na revisão de literatura, o que permite discutir os pontos
relevantes a uma proposta de utilização do Questionário Nórdico dos Sintomas
Osteomusculares na área da construção civil.
Quadro 1 – Resultados da revisão de literatura.
Autor/Portal/Ano Tipo de pesquisa Objetivos Resultados
Portal ‘Em’ [Acesso
em 28 Abr 2018].
Pesquisa
bibliográfica
Coletar dados estatísticos e
informações acerca do número
de acidentes de trabalho no
Brasil.
Conforme o referido portal,
o Brasil tem 700 mil
acidentes de trabalho por
ano. Dados estatísticos
revelam, que 13,3 mil
mortes – por acidentes de
trabalho – foram registradas
no Brasil nos anos de 2012 a
2016.
Portal ‘Construct’
[Acesso em 26 abr.
2018].
Pesquisa
bibliográfica
Compreender o risco
ergonômico no setor da
construção civil e sua
abrangência.
As Lesões por esforço
repetitivo (LER) estão
enquadradas entre as
doenças do trabalho.
Conforme o referido portal,
os trabalhadores da
construção civil – e os
bancários – estão entre
aqueles que desenvolvem
tais lesões com frequência.
BARBOSA FILHO, A.
N. (2015).
Pesquisa
bibliográfica
Associar a função
desempenhada pelos
trabalhadores da construção
civil ao risco ergonômico
associado.
Relação entre a função
desempenhada e o risco
ergonômico associado
IIDA, I. (2005) Pesquisa
bibliográfica
Compreender e utilizar o
Questionário Nórdico dos
Sintomas
Osteomusculares.
Desenvolvido para
autopreenchimento, o
questionário é um dos
principais instrumentos
utilizados para analisar os
sintomas
musculoesqueléticos, em se
tratando do contexto
ergonômico. De simples
aplicação e de baixo custo,
permite ao trabalhador a
identificação dos sintomas
de maneira que as ações
corretivas venham ao
encontro da sintomática
descrita pelos mesmos.
GRANDJEAN,
E.
(1998)
Pesquisa
bibliográfica
Sugerir e promover
melhorias/correções no
ambiente de trabalho.
Problemas relacionados ao
levantamento de cargas,
repetitividade dos
movimentos, adoção de
ferramentas ergonômicas e
adaptação dos postos de
trabalho estão entre as
causas dos acidentes e
afastamentos por risco
ergonômico.
A partir das informações expostas pelo Quadro 1, observa-se uma estreita relação entre
os acidentes na construção civil, a presença do risco ergonômico, e a proposta de
implantação do Questionário Nórdico dos Sintomas Osteomusculares como forma de
compreensão da sintomática e sugestão de melhorias no tocante ao desenvolvimento das
tarefas.6
De simples aplicação e de baixo custo, este instrumento de pesquisa reforça a relação
entre ação e o risco. Para tanto, o ergonomista poderá, ainda, tabular tal relação e
analisar as informações quantitativamente. Isto permite corroborar a relação de causa e
efeito.
Uma vez compreendida a relação de causalidade (atividade desempenhada e risco
associado), torna-se necessária a sugestão e a adoção de medidas de controle que
possibilitem a melhoria na execução das tarefas.7 Dentre elas, podemos destacar:
- Levantamento de cargas: se executado de forma manual, a carga deverá estar o mais
próximo do seu corpo, além de ser compatível com a capacidade de força do
trabalhador, de maneira que não prejudique a saúde do mesmo.
- Repetitividade dos movimentos: deverão ser incluídas pausas durante a execução das
atividades.
- Substituição de ferramentas e adaptação dos postos de trabalho: a substituição das
ferramentas é uma das alternativas que visam a melhoria da execução das atividades.
Tendo em vista a repetitividade dos movimentos com instrumentos como martelos
(usados por pedreiros) e alicates (usados por ferreiros e eletricistas), a adoção e
investimento de ferramentas ergonomicamente adaptadas tende a reduzir as lesões.
Outra alternativa seria a adaptação dos postos de trabalho. A fim de garantir a segurança
do trabalhador, os postos deverão ter altura ajustável à estatura do trabalhador, borda
frontal arredondada, e encosto com forma levemente adaptada ao corpo de maneira a
proteger a região lombar.8 Diante de tais considerações, fica evidente a relação entre a
problemática da ação e causalidade. Ainda que o alto índice de acidentes de trabalho
seja uma realidade no Brasil, a aplicação do questionário e a consequente adoção de
medidas de controle são métodos que visam a melhoria nas condições de trabalho,
desempenho e segurança na execução das atividades laborais.
4 CONCLUSÕES
Como vimos, a construção civil é um dos grandes setores da economia
brasileira, e, também, um dos ramos com grande incidência de acidentes de trabalho.
Frente às exigências do referido setor, e ao desgaste físico, o Questionário Nórdico dos
Sintomas Osteomusculares representa uma importante ferramenta de avaliação
ergonômica. De baixo custo e fácil aplicação, o preenchimento do referido questionário
possibilita a análise quantitativa dos dados coletados através da tabulação dos dados.
Assim, o processamento das informações coletadas permite compreender a problemática
existente, além de sugerir/realizar as devidas melhorias no canteiro de obras. Destaca-
se, ainda, a adoção de medidas que visem à melhoria da prática laboral como forma de
prevenir – e evitar – futuras lesões e afastamentos. Dentre as medidas é importante
ressaltar os cuidados no levantamento de cargas, a adaptação do mobiliário, e a
substituição das ferramentas por equivalente adaptada ergonomicamente.
Como visto, os acidentes de trabalho ainda são uma realidade no Brasil. Esperamos,
portanto, que a continuidade deste estudo, e a utilização do questionário nórdico
venham auxiliar o trabalho de muitos profissionais (ergonomistas e pesquisadores) com
o intuito de aperfeiçoar novas e futuras pesquisas, bem como contribuir para a saúde do
trabalhador.
REFERÊNCIAS
GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. Porto
Alegre: Artes Médicas; 1998. 338p.
Em. Brasil tem 700 mil acidentes de trabalho por ano. Disponível em: <
https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2017/06/05/internas_economia,874113
/brasil-tem-700-mil-acidentes-de-trabalho-por-ano.shtml >. Acesso em: 28 abr. 2018.
ABRAHÃO, J. [organizadora]. Introdução à ergonomia. São Paulo: Blucher, 2009.
240p.
CORRÊA, V.M; BOLETTI, R.R. Ergonomia: fundamentos e aplicações. Porto Alegre:
Bookman; 2015.
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:
Atlas, 2017.
BARBOSA FILHO, A.N. Segurança do trabalho na construção civil. São Paulo: Atlas,
2015.
IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. 2ª edição ver. e ampl. São Paulo: Blucher;
2005.
Construct. Lesões por esforço repetitivo na construção civil. Disponível em: <
https://constructapp.io/pt/lesoes-por-esforco-repetitivo-umpanorama-da-construcao-
civil/ >. Acesso em 26 abr. 2018
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Cibele Bessa Pacheco¹
Maria Luisa S. Maidana ²
Antônio Flores Castro¹
Rivaldo M. Faria³
Eliane T. Neves4
A AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA GLOBAL SOBRE
MORTALIDADE INFANTIL EM BASE DE DADOS NO ANO DE 2015
1 INTRODUÇÃO
A mortalidade infantil é um indicador de saúde sensível às questões sociais e é de
extrema relevância para colaborar no embasamento de políticas de saúde pública,
refletindo a qualidade de vida e a cobertura do sistema de saúde. Para identificar os
diferentes perfis territoriais em saúde infantil na região Sul do Brasil, objetivou-se criar
instrumentos capazes de subsidiar informações de forma ampla em uma análise
multidimensional tanto dos resultados em saúde, representados pelos indicadores de
mortalidade e morbidade, quanto de seus determinantes, contexto territorial como
indicadores sociais e territoriais.
2 MÉTODO
Com base na primeira fase do projeto, com uma investigação bibliográfica, este trabalho
objetivou analisar o perfil da produção científica por país no ano de 2015. Para tanto,
utilizou-se os como critérios de inclusão idioma, local de estudo, artigos de pesquisa,
relação com a temática - mortalidade infantil e mortalidade perinatal – na Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS).
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
No ano de 2015, foram identificados 685 artigos disponíveis, realizou-se a exclusão
primária dos artigos que não atendiam aos critérios de inclusão, restando 243 artigos. A
partir destes, foram excluídos os artigos descritivos e revisões sistemáticas, restando
114 que foram selecionados para análise. Observou-se que os países com a produção
científica mais expressiva, no ano de 2015, foram: Estados Unidos, Canadá e Reino
Unido, respectivamente com 19, 6 e 6 artigos, seguidos por Nigéria (4), Brasil (4), e
Nepal (4). O somatório da produção científica sobre mortalidade infantil e perinatal dos
países subdesenvolvidos africanos asiáticos e latinos correspondeu a 54% do total do
que foi produzido no ano. Os principais fatores associados a mortalidade infantil em
países subdesenvolvidos são decorrentes de baixos investimentos em programas de
Estratégia Saúde da Família, pouca efetividade dos programas de pré-natal e condições
sociais precárias, já nos países desenvolvidos, nota-se que os principais fatores que
impactam a mortalidade infantil e perinatal são doenças congênitas, complicações
decorrentes de gestações de alto risco e desigualdade social.
4 CONCLUSÕES
Sendo assim, apesar da hegemonia absoluta dos Estados Unidos em relação ao
desenvolvimento científico na área, os países subdesenvolvidos nos últimos anos
passaram a investir mais recursos na área o que reflete os esforços associados à
melhoria das condições de saúde e sociais relacionadas ao território por meio da
tentativa de se identificar especificidades regionais da saúde infantil.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto pela redução da mortalidade materna e neonatal.
Brasília: Ministério da Saúde, 2004.
COSTA, M. N. et al. Mortalidade infantil e condições de vida: a reprodução das
desigualdades sociais em saúde na década de 90. Cadernos de Saúde Pública, vol. 17, nº
3, p. 555-567, 2001.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
Melissa Gewehr3
Leatrice da Luz Garcia4
Clarita Souza Baroni Silveira5
Jhonathan Barbosa da Silva 6
Fernanda Puntel Rutsatz5
Thaynara Lima Lessing6
A CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA NA ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
1 INTRODUÇÃO
Embora envelhecer não signifique necessariamente adoecer, há uma preocupação
relacionada aos problemas de saúde, companheiros do envelhecimento, que desafiam os
sistemas de saúde e de previdência social. No âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS), a Atenção Primária à Saúde é a principal porta de entrada da população quando
apresenta algum problema de saúde. Com o objetivo de ampliar o conhecimento e de
instrumentalizar as equipes da Atenção Básica (AB) - equipes de agentes comunitários
de saúde (eACS) e/ou as equipes de Saúde da Família (eSF) - para o cuidado com a
pessoa idosa, a Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa (COSAPI), em parceria com a
FIOCRUZ-RJ e o grupo de especialistas da UFMG, formulou o projeto de revisão e
atualização da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa (CSPI). Essa proposta apresenta
alguns diferenciais, dentre os quais: a) permite o acompanhamento longitudinal por
cinco anos; b) possibilita a identificação do idoso frágil através do índice de
vulnerabilidade clínico-funcional; c) monitora as condições crônicas de saúde; d) alerta
a pessoa idosa e os profissionais de saúde para os medicamentos potencialmente de
risco, entre outros. O presente trabalho objetiva relatar algumas experiências com a
CSPI em uma Estratégia de Saúde da Família no interior do estado do Rio Grande do
Sul.
2 MÉTODOS:
Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de
experiência.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
Entre dezembro de 2016 à maio de 2017, a equipe de enfermagem planejou atividades
com o objetivo de que motivar a equipe na utilização desse instrumento como
3 Enfermeira, mestranda PPGERONTO/UFSM; 4 Mestranda PPGERONTO/UFSM; 5 Assistente Social, mestranda PPGERONTO/UFSM; 6 Acadêmico de medicina da UFSM; 5Academica de educação especial da UFSM; 6Academica de música da UFSM.
ferramenta indispensável para ações de cuidado. Os profissionais de saúde (medicina,
equipe de saúde bucal, agentes comunitários, técnicos de enfermagem e enfermeira)
utilizaram a ferramenta durante as consultas, nos acompanhamentos, durante os
retornos, além de realizarem a distribuição, identificação e registros pertinentes e
importantes à promoção da saúde. Foram realizados, também, a seleção dos roteiros nas
consultas, em conjunto com os idosos, bem como em grupos de saúde, incentivando o
uso e auto manuseio da caderneta para maior conhecimento. Essas atividades
contribuíram para o estimular a aceitação e o conhecimento da equipe em relação ao
instrumento e, consequentemente a adesão dos usuários. Apesar de profissionais de
outros pontos da rede não terem aderido integralmente à proposta, observou-se uma
melhora na qualidade do cuidado prestado ao idoso, bem como uma melhora na
compreensão pelo idoso do seu processo de saúde/doença e a relação com o seu proceso
de envelhecimento.
4 CONCLUSÃO:
Acredita-se que o sucesso dessa ferramenta depende, em grande parte, dos profissionais
envolvidos neste processo, pois eles são os atores sociais chave para a efetividade na
utilização da caderneta, especialmente o profissional da enfermagem pelo seu papel
gestor.
REFERENCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Caderneta de saúde da pessoa idosa.
Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: <
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_pessoa_idosa_3ed.pdf>.
Acesso em: 02 de novembro de 2018.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Larissa Maria Faccin Blás7
Mariana da Silva Corrêa8
A CONSTRUÇÃO DA ATENÇÃO HUMANIZADA EM SAÚDE A
PARTIR DA INTERAÇÃO LÚDICA COM CRIANÇAS COM CÂNCER:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
A humanização da atenção e do cuidado em saúde é um dos pontos centrais em que têm
se estruturado o ensino e a formação de profissionais da área. No entanto, o
entendimento de conceitos como humanização, integralidade e participação social do
usuário deve ser oportunizado aos discentes também de forma prática. O projeto Educa,
Ação, Lúdica Hospitalar, nesse sentido, possibilita, por meio de acompanhamento
pedagógico de crianças e adolescentes hospitalizados na unidade de hematologia-
oncologia do Hospital Universitário de Santa Maria, que os graduandos vivenciem essa
aprendizagem no ambiente hospitalar.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, da área de extensão, de discentes dos cursos de
Medicina e Fonoaudiologia participantes do projeto Educa, Ação, Lúdica Hospitalar, da
Universidade Federal de Santa Maria, no período de agosto a outubro de 2018. A
interação ocorreu semanalmente com pacientes do Centro de Tratamento da Criança
com Câncer (CTcriaC), por meio da implementação de planos de atendimento
pedagógicos, previamente aprovados pela professora coordenadora, nos quais eram
propostas atividades lúdicas a fim de possibilitar a continuidade do aprendizado escolar
do paciente durante sua internação.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dos resultados obtidos, percebe-se que a realização das atividades lúdicas propostas
depende da conquista da criança e do adolescente, processo que é facilitado quando da
construção de um vínculo entre ambos, o qual demanda tempo. Esse vínculo depende do
interesse, da atenção e da comunicação dedicados à criança e aos indivíduos envolvidos
no seu contexto, como a família. Além disso, evidenciou-se a necessidade da adoção de
uma visão que trate o paciente na sua individualidade, adaptando-se as suas
necessidades, mas que ao mesmo tempo o veja de forma integral e humanizada,
justapondo sua patologia – princípios inerentes a um cuidado humanizado.
4 CONCLUSÕES
7 Graduanda em Medicina na Universidade Federal de Santa Maria; 8 Graduanda em Fonoaudiologia na Universidade Federal de Santa Maria.
Dessa forma, projetos e atividades que oportunizem o contato dos discentes, futuros
provedores de saúde, com usuários é imprescindível para a criação de vínculos e para a
efetiva construção de uma postura humanizada por parte dos mesmos.
ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Nagele Fatica Beschoren9
Maria Teresa A. de Campos Velho 10
A CONVIVÊNCIA DA ENFERMAGEM DE UMA UNIDADE DE
CARDIOLOGIA INTENSIVA COM A COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIAS
DIFÍCEIS
1 INTRODUÇÃO
No campo da comunicação em saúde é necessário que o profissional conheça o contexto
em que está inserido, tendo cuidado e dando importância ao processo comunicativo e
aquilo que se comunica. Assim, dentro do escopo da relação, a comunicação de notícias
difíceis tornou-se um recente assunto de estudos, pesquisas e discussões. A
comunicação de notícias difíceis é uma tarefa delicada e complexa, tanto para quem
recebe, quanto para quem emite, pois trata-se de um momento desagradável que envolve
o enfrentamento das reações emocionais do paciente, dos familiares e da equipe.
Convém enfatizar que o médico faz uma parte do processo de comunicação de notícias
difíceis, visto que comunicar o diagnóstico e prognóstico ao paciente é dever do médico
e está prevista em seu código de ética profissional, mas os outros profissionais de saúde
contribuem para a manutenção da informação coerente e com os cuidados antes, durante
e após esse momento. A compreensão da notícia difícil é um movimento contínuo, logo,
deve ser visto como um processo que envolve o fornecimento de informações relevantes
que preparam o paciente para receber, entender e lidar com as implicações daquilo que
foi comunicado. Por isso, os enfermeiros têm um papel importante na integralidade do
cuidado, pois acompanham o paciente durante a hospitalização e cada vez mais se faz
necessário aprender a conviver adequadamente com o envolvimento psicossocial gerado
pela notícia difícil.
2 MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de caráter descritivo e exploratório
realizada na Unidade de Cardiologia Intensiva do Hospital Universitário de Santa
Maria. Os dados foram obtidos no período de janeiro à março de 2018 por meio de
entrevista semiestruturada com as 07 enfermeiras da unidade e observação não-
participante – registrada em diário de campo – da rotina de trabalho dessas
9 Psicóloga, graduada em Psicologia pela Universidade Franciscana - Santa Maria/RS. Especialista em Gestão e Atenção Hospitalar
no Sistema Público de Saúde pela Universidade Federal de Santa Maria e Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal
de Santa Maria; 10 Médica, graduada em Medicina pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestre em Medicina pela Universidade Federal de
Santa Maria. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina e Pós doutora em Bioética e Ética na Pesquisa pela Universidade Complutense de Madrid.
profissionais. A análise de conteúdo embasou-se na proposta de Bardin, seguindo as
considerações teórico-metodológicas de Turato.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A análise e discussão dos dados relacionados às percepções da enfermagem da unidade
intensiva cardiológica sobre o impacto da notícia difícil para o paciente mostrou que o
grupo pesquisado compreende que, geralmente, a comunicação de notícias difíceis é um
momento permeado por sentimentos diversos que se manifestam por meio de
verbalizações, metáforas, expressões não verbais, manifestações físicas e psicológicas.
Assim, as enfermeiras notam quando o paciente está mais calado, ansioso, de humor
deprimido, muda seu comportamento, mas principalmente, entendem que cada um tem a
sua forma particular de reagir. Também sabem que os pacientes vivenciam um
momento de estresse e supõem que respondem fisicamente a isso. Diante disso, as
enfermeiras tentam amenizar o ocorrido com os recursos empíricos que possuem.
4 CONCLUSÕES
Conclui-se que ao identificar os sentimentos e as atitudes do paciente, a enfermagem
pode auxiliá-lo por meio de uma comunicação clara e efetiva, fortalecendo assim, o
respeito, o vínculo terapêutico de confiança e as ações de cuidado. Portanto, para
alcançar uma assistência de qualidade é fundamental que a enfermagem não tenha
apenas um olhar técnico, mas um olhar humanizado.
Palavras-chave: Comunicação; Notícias Difíceis; Enfermagem; Unidade Intensiva.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, C. et al. Comunicação de notícias difíceis para pacientes sem possibilidade
de cura e familiares: atuação do enfermeiro. Revista Enfermagem UERJ, Rio de
Janeiro, RJ, v.22, n.5, p. 674 - 679, mar. 2014. Disponível em: <http://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/5748>. Acesso em: 23 maio
2018.
ARAÚJO, J. A.; LEITÃO, E. M. P. A comunicação de notícias difíceis: mentira piedosa
ou sinceridade cuidadosa. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. UERJ, Rio
de Janeiro, RJ, v.11, n.2, p. 58 - 62, abr./jun. 2012. Disponível em: <http://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/revistahupe/article/viewFile/8943/6836>. Acesso em: 23
maio 2018.
GOMES, G. C. et al. Dando notícias difíceis à família da criança em situação grave ou
em processo de terminalidade. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, p. 347 -
352, mai./jun. 2014. Disponível em: <http://www.facenf.uerj.br/v22n3/v22n3a09.pdf>.
Acesso em: 04 junho 2018.
LINO, C. A. et al. Uso do Protocolo Spikes no Ensino de Habilidades em Transmissão
de Más Notícias. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 35, n. 1, p. 52-57, 2011.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
50220110001000 08&lng=en&nrm=iso> Acesso em: 24 maio 2018.
PACHECO, A. P. A. M. Da Solidão Profissional à Interdisciplinaridade: a Trajetória de
um Grupo Balint-Paidéia. In: INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Coordenação
Geral de Gestão Assistencial. Coordenação de Educação. Comunicação de notícias
difíceis: Compartilhando desafios na atenção à saúde. Rio de Janeiro: INCA, 2010.
p.73-84.
WARNOCK et al. Breaking bad news in inpatient clinical settings: role of the nurse.
Journal of Advanced Nursing, v. 66, n.7, p. 1543-1555, jul. 2010. Disponível em:
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20492016>. Acesso em: 24 maio 2018.
WARNOCK, C. Breaking bad news: issues relating to nursing practice. Nursing
Standard, v. 28, n. 45, p. 51-58, jul. 2014. Disponível em: <doi:
10.7748/ns.28.45.51.e8935>. Acesso em: 18 junho 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Fernanda Lopes de Souza¹
Leidi L. S. Raposo²
Sandra Marcia Soares Schmidt³
Elenir Terezinha Rizzetti Anversa4
A ENFERMAGEM NA ASSISTÊNCIA AO PRÉ-NATAL DE BAIXO
RISCO
1 INTRODUÇÃO
Destaca-se a atenção ao pré-natal com a publicação em 1983 da Politica Nacional de
Atenção Integral à Saúde da Mulher (PAISM). O papel da assistência ao pré-natal é
assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo assim que o bebê nasça de forma
saudável sem complicações (BRASIL, 2012). No pré-natal a enfermagem poderá ajudar
nas práticas de identificação, tratamento e controle de algumas possíveis complicações
que possam vir a ocorrer na gestação, reduzindo assim os índices de morbimortalidade
materna e fetal, além de promover um bom desenvolvimento para ambos (VIELLAS et
al; 2014). Esse estudo tem como objetivo refletir sobre o papel da enfermagem na
assistência ao pré-natal de baixo risco.
2 MÉTODO
Trata-se de estudo teórico-reflexivo a partir da assistência ao pré-natal de risco habitual.
Foi realizada a busca aleatória de artigos, em que foram utilizados 3 trabalhos
relevantes, disponibilizados na íntegra no Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)
no dia 01 e 02 de outubro de 2018.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Segundo a organização mundial de saúde (OMS) o número adequado de consultas pré-
natal seria igual ou superior a 6 (seis), o início do pré-natal ideal é na décima segunda
semana de gestação (BRASIL, 2012). As consultas devem ser mensais até a 28°
semanas, quinzenais entre 28º e 36º semanas. O profissional de saúde deverá permitir
que as gestantes expressem suas preocupações garantindo, atenção resolutiva
articulando com outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e, assim
possibilitando um vínculo da gestante com a equipe de saúde (RODRIGUES et al;
2011). Os enfermeiros e os enfermeiros obstetras (estes últimos com titulação de
especialistas em obstetrícia) estão habilitados para atender ao pré-natal, aos partos
normais sem distócia e ao puerpério em hospitais, centros de parto normal, unidades de
saúde ou em domicílio. Caso haja alguma intercorrência durante a gestação, os referidos
profissionais devem encaminhar a gestante para o médico continuar a assistência.
4 CONCLUSÕES
A assistência de enfermagem na consulta de pré-natal é de extrema importância para um
acolhimento com escuta qualificada deixando com que as gestantes expressem suas
angústias, mantendo um vínculo com a equipe, assim a possibilidade a elas a
continuidade ao pré-natal e evitando as possíveis complicações.
REFERÊNCIAS
1. BRASIL, Ministério da Saúde, Atenção ao pré-natal de baixo risco, Brasília;
2012. 318 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção
Básica, n° 32).
2. RODRIGUES, Edilene Matos; NASCIMENTO, Rafaella Gontijo do; ARAUJO,
Alisson. Protocolo na assistência pré-natal: ações, facilidades e dificuldades dos
enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família. Rev. esc. enferm. USP, São
Paulo, v. 45, n. 5, p. 1041-1047, Oct. 2011 .
3. VIELLAS, Elaine Fernandes et al . Assistência pré-natal no Brasil. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro , v. 30, supl. 1, p. S85-S100, 2014 .
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Melissa Gewehr11
Leatrice da Luz Garcia12
Clarita Souza Baroni Silveira13
Jhonathan Barbosa da Silva 14
Fernanda Puntel Rutsatz5
Thaynara Lima Lessing6
A ESPIRITUALIDADE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: Uma
Revisão Narrativa
1 INTRODUÇÃO
Considera-se que a abordagem da espiritualidade, trazida pelo usuário, no atendimento
pelos profissionais de saúde, seja investigada, uma vez que esta dimensão está
intimamente relacionada com o conceito ampliado de saúde e poderá não estar sendo
considerada e incluída na prática profissional. O objetivo geral foi identificar e analisar
as produções cientificas sobre o uso da espiritualidade no contexto da Atenção Primária
a Saúde (APS). Os objetivos específicos foram identificar os motivos que interferem no
uso ou não da espiritualidade como parte do plano de cuidados da equipe da APS e
analisar como os profissionais da saúde abordam, no cuidado, as questões relacionadas
à espiritualidade trazidas pelo usuário.
2 MÉTODOS:
Trata-se de uma revisão narrativa que se utilizou da coleta de dados em artigos nas
bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS). Como critérios de inclusão foram utilizados os artigos completos e
disponíveis ao público, no período de 2011 à 2015, relacionados a temática.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
Foi elaborado um formulário de coleta de dados com informações e utilizou-se
estatística descritiva e análise temática de Minayo (2008) que resultou em 2 categorias:
a) resiliência do usuário e b) dificuldades em incluir a espiritualidade na prática
profissional. Rocha et al (2013) apontam que é notório observar que as pessoas
religiosas parecem lidar mais facilmente com os estresses da vida, recuperam-se mais
11 Enfermeira, mestranda PPGERONTO/UFSM; 12 Mestranda PPGERONTO/UFSM; 13 Assistente Social, mestranda PPGERONTO/UFSM; 14 Acadêmico de medicina da UFSM; 5Academica de educação especial da UFSM; 6Academica de música da UFSM.
rapidamente de depressão e apresentam menos ansiedade e outras emoções negativas do
que as pessoas menos religiosas. Os profissionais revelam barreiras para lidar com a
espiritualidade do paciente, tais como medo de ofender e de impor suas próprias
crenças, de lidar com religiões divergentes as deles e a falta de tempo (SANTO et al,
2013). Assim, após a análise do material parece não haver dúvidas de que a
espiritualidade, a religiosidade e a religião podem se relacionar positivamente com a
saúde. A falha do não uso dessa ferramenta encontra-se: na formação profissional, por
ser pouco ou nada considerada no contexto acadêmico; na complexidade da abordagem
e no perfil profissional.
4 CONCLUSÃO:
Dessa forma, a capacitação dos profissionais de saúde acerca destas questões na
abordagem ao paciente e a utilização de novos recursos interventivos, como o trabalho
envolvendo a família, a comunidade religiosa e a oração, surgem como possíveis
alternativas que permitiriam resultados mais efetivos na integralidade do cuidado aos
sujeitos.
REFERENCIAS:
MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11 ed.
São Paulo: Hucitec, 2008.
ROCHA, I. A. et al. Terapia comunitária integrativa: situações de sofrimento emocional
e estratégias de enfrentamento apresentadas por usuários. Rev Gaúcha Enferm, v. 34,
n. 2, p.155-162, 2013. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472013000300020>.
Acesso em: 01 de novembro de 2018.
SANTO, C. C. E. et al. Diálogos entre espiritualidade e enfermagem: uma revisão
integrativa da literatura. Cogitare Enferm, v. 18, n. 2, p.372-8, 2013. Disponível em: <
https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/32588>. Acesso em 01 de novembro de
2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Carolina Schmitt Colomé15
Mikaela Aline Bade München16
Amanda Valério Espíndola17
Alberto Manuel Quintana18
A EXPERIÊNCIA DE CUIDADORES FAMILIARES DE SUJEITOS EM
FIM DE VIDA: O CUIDADO COMO UM IMPERATIVO
1 INTRODUÇÃO
O aumento da longevidade e os grandes avanços tecnológicos na área da saúde,
relacionados à busca excessiva pela manutenção da vida, são aspectos que vêm levando
ao aumento de doenças crônico-degenerativas. Nesse cenário, a família destaca-se como
fonte de apoio, uma vez que se constitui como espaço de proteção frente aos
descompassos da vida. Dessa forma, o presente estudo – recorte de uma pesquisa maior,
intitulada “Significações atribuídas às relações familiares em fim de vida” – propõe-se a
compreender como os doentes e seus familiares vivenciam suas relações frente à
situação de terminalidade em decorrência de um adoecimento crônico-degenerativo.
2 MÉTODO
A pesquisa teve como participantes seis familiares cuidadores de indivíduos adultos em
processo de fim de vida, que estavam recebendo cuidados paliativos exclusivos em
acompanhamento pela equipe de Serviço de Atenção Domiciliar de um hospital
universitário no interior do Rio Grande do Sul. Seguiu-se os princípios éticos regidos
pela Resolução nº 510/2016, do Conselho Nacional de Saúde, contando com aprovação
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria através do
CAAE 63065216.9.0000.5346. Como instrumento foram utilizadas entrevistas
semidirigidas, as quais foram analisadas através da análise de conteúdo, elencando-se
categorias, de modo que, optou-se por abordar “O cuidado como um imperativo”.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Identificou-se que em muitos casos os familiares cuidadores podem sentir que o
comprometimento com os cuidados de seus familiares adoecidos é inerente a sua
relação com eles, como uma retribuição de afeto e carinho. Isso pode ser exemplificado
a seguir “Eu disse ah, eu não posso abandonar minha vó né? [...] Se toda a vida ela
sempre fez tudo por mim né? [...] Não existia uma possibilidade mínima que eu não
fizesse isso por ela”. Assim, a discussão dos resultados sugere que pode haver, na oferta
de cuidado, um sentido de recompensa, bem como de cumprimento de expectativas
15 Acadêmica de Psicologia, UFSM; 16 Acadêmica de Psicologia, UFSM; 17 Mestre em Psicologia pela UFSM; 18 Phd em Bioética, Professor do curso de Psicologia, UFSM.
sociais que possibilitam a emergência de sentimentos de reconhecimento social,
realização pessoal e evitação de culpa. Contudo, por outro lado, os cuidadores muitas
vezes acabam por ter que recusar-se a si mesmos – seus desejos, vontades, identidades,
papéis e espaços ocupados anteriormente ao adoecimento – em prol do doente, o qual
demanda cuidados concretos e imediatos: “Ah, pra mim tá... Ah, é difícil né, é
cansativo, porque tu vê eu passo o dia inteiro, a noite... Toda né. Então assim, é difícil.
Mas... Tem que fazer né? Levanto seis, sete, oito vezes por noite. Tem dias que é bem
complicado. Mas... Tem que cuidar, não adianta, né.”
4 CONCLUSÕES
Dessa maneira, conclui-se que, apesar de o cuidado poder ser significado como positivo,
deve-se atentar para a sobrecarga do cuidador familiar. Ainda que a paliação
compreenda o doente e sua família como uma unidade, na maior parte das vezes pode
ser que as intervenções dirijam-se ao paciente. Dessa forma, sugere-se que esses
cuidadores sejam também assistidos pelas equipes de saúde, buscando-se intervenções
que os aproximem de suas redes de suporte familiar e comunitário, tendo em vista que o
cuidado domiciliar ocorre em seus territórios.
REFERÊNCIAS
BERNAL, I. L. La familia en la determinación de la salud. Rev. Cub. de Salud Pública.
n. 1, v. 29, p. 48-51. 2003. Disponível em:
<http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-34662003000100007>.
Acesso em: 08 de agosto de 2018.
BRASIL, Ministério da Saúde. Manual Instrutivo do Melhor em Casa. 2011. Disponível
em: <http://189.28.128.100/dab/docs/geral/cartilha_melhor_em_casa.pdf>. Acesso em:
08 de agosto de 2018.
BRASIL. Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016. 2016. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0825_25_04_2016.html>.
Acesso em: 08 de agosto de 2018.
BRASIL. Portaria nº 2.436, de 21 de setembro de 2017. 2017. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html>.
Acesso em: 08 de agosto de 2018.
CARMO, E. H.; BARRETO, M. L.; SILVA JR, J. B. Mudanças nos padrões de
morbimortalidade da população brasileira: desafios para o novo século. Revista
Epidemiologia e Serviços de Saúde, n. 2, v. 12, p. 63-75. 2003. Disponível em:
<Mudanças nos padrões de morbimortalidade da população brasileira: desafios para o
novo século>. Acesso em: 08 de agosto de 2018.
CATTANI, R. B.; GIRARDON-PERLINI, N. M. O. Cuidar do idoso doente no
domicílio na voz de cuidadores familiares. Revista Eletrônica de Enfermagem, n. 2, v.
6, p. 254-271. 2004. Disponível em:
<https://www.revistas.ufg.br/fen/article/view/812/930>. Acesso em: 08 de agosto de
2018.
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extrema” dos doentes nos seus cuidadores principais: uma perspectiva
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<https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/ view/19656/14528>. Acesso em: 08
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MAFRA, S. C. T. A tarefa do cuidar e as expectativas sociais diante de um
envelhecimento demográfico: a importância de ressignificar o papel da família. Revista
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<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1809-
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Dissertação de Mestrado, Universidade do Porto, Porto. 2012. Disponível em:
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MINAYO, M. C. S. (org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis:
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for Quality Palliative Care. 2013. Disponível em:
<https://www.nationalcoalitionhpc.org/ncp-guidelines-2013/>. Acesso em: 08 de agosto
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TURATO, E. R. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção
teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde e humanas.
Petrópolis: Vozes, 2013.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). National cancer control programmes:
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<http://www.who.int/cancer/media/en/408.pdf>. Acesso em: 08 de agosto de 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Roselene Silva Souza19
Rosane Seeger da Silva20
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS
1 INTRODUÇÃO
O aumento da população idosa é percebido mundialmente, no Brasil não é diferente.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2020 o contingente
de pessoas com 60 anos ou mais atingirá 13,8% da população total brasileira, passando
para 33,7% em 2060. O envelhecimento traz alterações físicas, cognitivas, funcionais e
sociais, gera alguns problemas comuns a população idosa, como as quedas. A queda
pode ser definida como um deslocamento não intencional do corpo para um nível
inferior à posição inicial, com incapacidade à tempo hábil determinado por
circunstâncias multifatoriais que comprometem a estabilidade. Suas causas são
múltiplas e podem ser agrupadas em fatores intrínsecos e extrínsecos. Entre eles
destacam-se condições patológicas e efeitos adversos de medicações ou o uso
concomitante de fármacos. Há ainda ênfase para os perigos ambientais e o uso de
calçados inadequados. Dentro deste contexto, o objetivo deste estudo foi analisar as
causas de quedas sofridas por idosos.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo bibliográfico, de natureza descritiva, no qual buscou-se, nas
bases de dados eletrônicos, artigos já elaborados, que apresentassem as principais e mais
efetivas causas de quedas sofridas por idosos. Utilizou-se os seguintes descritores:
acidentes por quedas, idosos e prevenção de quedas. Os artigos identificados pela
estratégia de busca foram avaliados, de forma independente, pelas pesquisadoras
(autoras), obedecendo rigorosamente aos critérios de inclusão: texto na íntegra, tempo
de busca (sem delimitação), população-alvo (idoso), tipo de estudo (sem delimitação) e
idioma (português, inglês e espanhol). Optou-se por utilizar como material apenas
artigos científicos devido à facilidade de acesso deste tipo de publicação.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Associando os termos de busca, foram encontrados 36 artigos, desses nove foram
selecionados para análise. A baixa inclusão de artigos sugere que ainda são raros os
estudos que abordam essa problemática tão urgente em nossa sociedade. Ressalta-se
que, em geral, os idosos caem ao realizarem atividades rotineiras. As quedas podem ser
19 Enfermeira; 20 Doutoranda em Distúrbios da Comunicação Humana/UFSM.
causadas por fatores intrínsecos, ou seja, decorrentes de alterações fisiológicas
relacionadas ao processo de envelhecimento, a doenças e efeitos causados por uso de
fármacos e extrínsecos, atribuídos aos fatores que dependem de circunstancias sociais e
ambientais criando desafios ao idoso.
4 CONCLUSÕES
Tomando por base esses achados, sabe-se que pequenas modificações no ambiente
podem evitar o risco de cair e as complexidades geradas pelas quedas. Assim, torna-se
fundamental que profissionais da s
aúde e educação estejam envolvidos com essas questões, as quais influenciam, na
qualidade de vida das pessoas idosas.
REFERÊNCIAS
GOMES, E. C. C., et al. Fatores associados ao risco de quedas em idosos
institucionalizados: uma revisão integrativa. Ciências e Saúde coletiva. v.19 n.8, p.
3543-3551. 2014.
GONÇALVES, L. G, et al. Prevalência de quedas em idosos asilados do município de
Rio Grande, RS. Revista Saúde Pública. v.42, n.5, p. 938-945. 2008.
MENEZES, R. L.; BACHION, M. M. Estudo da presença de fatores de riscos
intrínsecos para quedas, em idosos institucionalizados. Ciências e Saúde coletiva. v.13,
n.4, p.1209- 1218. 2008.
COUTINHO, E. S. F.; SILVA, S. D. Uso de medicamentos como fator de risco para
fratura grave decorrente de queda em idosos. Cad. Saúde Pública, v. 18, n. 5, p. 1359-
1366, 2002.
DRECH, D. M.; DORING, M. Prevalência de acidentes domésticos em idosos
residentes em uma área de abrangência da Estratégia de Saúde de Família. RBCEH,
Passo Fundo, v. 6, n. 1, p. 87-89, jan./abr. 2009.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
RAPOSO, Leidi Luzia da Silva1
SOUZA, Fernanda Lopes de2
SCHMIDT, Sandra Márcia Soares3
A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO PROTOCOLO CHECKLIST
EM SALA CIRÚRGICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.
INTRODUÇÃO
O tratamento cirúrgico é componente do cuidado em saúde em todas as classes sociais e
comunidades, e também em todas as regiões do mundo. A cirurgia tornou-se parte
associada dos cuidados de saúde global, com uma estimativa de 234 milhões de
operações realizadas anualmente, resultando em uma operação a cada 25 pessoas,
evidenciando que a segurança do paciente é de grande importância para a saúde pública
(HAYNES et al., 2009). No ano de 2007 a Organização Mundial da Saúde criou o
segundo Desafio Global para a Segurança do Paciente: Cirurgias Seguras Salvam Vidas,
com o intuito de aperfeiçoar a segurança da assistência cirúrgica e minimizar óbitos no
mundo (WHO, 2009).
OBJETIVO
Conhecer a importância do uso do checklist em sala cirúrgica visando a segurança do
paciente
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão de literatura do tipo narrativa. A busca foi realizada
em julho de 2018, na BVS, na base de dados LILACS. Para seleção dos artigos foram
empregados os descritores, checklist AND cirurgia segura AND enfermagem. Foram
encontrados 13 artigos, desses 8 responderam a pergunta de pesquisa. A análise dos
dados foi a Análise de conteúdo de Bardin (2011).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No Centro Cirúrgico, a implantação do Checklist de Cirurgia Segura é uma das medidas
adotadas pelas instituições hospitalares para assegurar cirurgias com local de
intervenção, procedimento e paciente correto, atingindo assim a meta quatro da Joint
Commission Internationale evitando, também mortalidade e complicações pós-
operatórias (CRUZ; ALFONSO; PÉREZ, 2012). A partir da leitura dos artigos
publicados, foi possível concluir que a adesão ao instrumento checklist vem
contribuindo para minimizar danos e falhas por parte das equipes em centros cirúrgicos.
CONCLUSÃO
A realização do checklist em sala cirúrgica é de extrema relevância, uma vez que este
reduz riscos de eventos adversos propiciando a segurança do paciente cirúrgico. O
enfermeiro é o organizador do serviço de saúde, este acaba por ser o profissional mais
indicado para a realização do checklist. A não realização do checklist pode ocasionar
diversos danos ao paciente inclusive o aumento da taxa de mortalidade nos pós
cirúrgico.
BIBLIOGRAFIA
1. HAYNES, A.B.et al. Safe Surgery Saves Lives Study Group. A surgical safety
checklist to reduce morbidity and mortality in a global population. New Egland
Journal of Medicine, Boston, v.360, no. 5, p. 491-499, Jan. 2009.
2. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 1ª ed. São Paulo: Edições Brasil,
2011.
3. CRUZ, Y. L.; ALGONSO, P. M.; PÉREZ, A. C. D. Seguridad del paciente em
la cirugía refractiva com láser. Revista Cubana de Oftalmología, La Habana,
v. 25, n. 1, [10 telas], 2012. Disponível em:
http://www.revoftalmologia.sld.cu/index.php/oftalmologia/article/view/29/html_
42 Acesso em: 1 Nov 2018.
4. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Orientações da OMS para Cirurgia
Segura 2009. Cirurgia Segura Salva Vidas. World Health Organization.
Direção Geral da Saúde/Ministério da Saúde, 2010.[acesso em 1 nov 2018]
Tradução e adaptação para o português por Manuela Lucas. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_cirurgia_salva_
manual.pdf
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Sabrina Da Silva Santos21
Thalia Brites Muniz22
A IMPORTÂNCIA DE UM GRUPO PSICOTERAPÊUTICO NAS
ESCOLAS PARA PAIS DE ALUNOS "PROBLEMAS":
DESENVOLVENDO UM GRUPO PSICOTERAPÊUTICO PARA PAIS
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho vem apresentar a experiência de um grupo na escola EMEF - Escola
Municipal de Ensino Fundamental da cidade de Santa Maria RS. Este grupo tem como
finalidade oportunizar que pais de alunos daquela instituição de ensino possam se
encontrar para problematizar questões referentes aos seus filhos dentro do âmbito
escolar. Ao trazermos estes pais para participar de um grupo onde o assunto principal a
ser abordado será tudo que envolve os seus filhos, acredita-se oportunizar a troca de
ideias e pensar o não pensado com a ajuda do grupo.
2 MÉTODO
O presente trabalho que é parte da vivência no estágio básico II está sendo realizado na
Escola Dom Luiz Victor Sartori, situada na rua Tamanday, número 325, bairro Nossa
Senhora De Lurdes. A metodologia é a formação de grupo Operativo (2010) onde os
componentes sentam-se em círculo para realizar aprendizados a partir de
problematizações trazidas pelo coordenador ou membros do grupo. O estágio básico II
tem a duração de 72 horas, essas horas foram divididas em 15 encontros com duração de
uma hora cada, sendo os encontros semanais, e o restante em atividades desenvolvidas
no local e supervisões de estágio que ocorrem uma vez por semana na faculdade Fisma.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O grupo propõe oportunizar um movimento de pensamento a partir de demandas de
saúde, mas focando em um desenvolvimento dentro do ambiente escolar. No grupo é
observado uma grande demanda dos pais de crianças com o Transtorno de Déficit de
Atenção e Hiperatividade/ Impulsividade (TDAH), um dos transtornos mais comuns na
infância. É encontrado a partir daí uma certa dificuldade de relação entre professor e
aluno através de seus comportamentos prejudiciais a si e aos outros colegas. Essas
crianças demonstram uma grande dificuldade de aprendizagem, impossibilitando muitas
vezes o foco e a atenção (ROCHA, PRETTE; 2010). Aprendizagem, aqui, é vista de
duas formas, ou seja, por um lado é discutido a questão da aprendizagem dos filhos
dentro do ambiente educacional, mas também destacasse um aprendizado do grupo com
o grupo.
4 CONCLUSÕES
De acordo com o levantamento realizado no estágio, conclui-se que o grupo com os pais
das crianças institucionalizadas nas escolas tem uma grande importância, pois, o que a
família não consegue dar conta em termos de estratégias educacionais o grupo
problematiza e oferece métodos novos de educação escolar e em saúde. Assim a
proposta principal do grupo, foi de que as mães compartilhassem ideias, vivencias e
experiências para estar trabalhando essas dificuldades dos filhos.
REFERÊNCIAS
1. MATESCO ROCHA, Margarette; PEREIRA DEL PRETTE, Zilda Aparecida.
HABILIDADES SOCIAIS EDUCATIVAS PARA MÃES DE CRIANÇAS COM
TDAH E A INCLUSÃO ESCOLAR. Psicologia Argumento, [S.l.], v. 28, n. 60,
nov. 2017. ISSN 1980-5942. Disponível em:
<https://periodicos.pucpr.br/index.php/psicologiaargumento/article/view/19723>.
Acesso em: 04 nov. 2018.
2. BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-
Rivière e Henri Wallon. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415880920100001
00010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 04 nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
Simone Rodrigues de Sousa23
Denise Pasqual Schmidt24
A INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL EM UMA UNIDADE DE
ONCOLOGIA PEDIÁTRICA
1 INTRODUÇÃO
O diagnóstico de uma doença oncológica provoca diretamente na vida das famílias de
crianças e/ou adolescentes, inúmeras mudanças na rotina e nas relações cotidianas. O
tratamento é longo, muitas vezes realizado fora de sua cidade de origem e para enfrentá-
lo a família é imersa em um novo ambiente, o hospital¹. É um período intercalado por
momentos de esperança, mas também de medos, inseguranças e incertezas.
O serviço social atua na intersecção da situação de saúde/doença dos usuários com as
demais dimensões de sua vida, na formulação de estratégias para que se efetive nos
serviços de saúde o direito ao acesso e a participação da família em todos o processo².
Assim, objetiva-se neste resumo refletir sobre a atuação do assistente social no suporte
familiar de crianças e/ou adolescentes em tratamento oncológico.
2 MÉTODO
A metodologia consiste a partir da observação sobre a intervenção do assistente social
junto às famílias de crianças e/ou adolescentes em tratamento oncológico a partir de
revisão da literatura narrativa, está caracterizada por não utilizar critérios específicos e
sistemáticos, para a análise crítica.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
23Assistente Social Residente do Programa de Residência Multiprofissional e em Área
Profissional da Saúde; 24Mestre em Educação; Assistente Social do Centro de Transplantes de Medula Óssea - CTMO,
Centro de Tratamento da Criança com Câncer - CTCRIAC e Radioterapia do Hospital
Universitário de Santa Maria.
Quando uma criança é diagnosticada com câncer, sua vida passa por rápida e intensa
transformação, assim como o cotidiano familiar. De um momento para o outro, ela se vê
em um ambiente desconhecido, submetido a uma série de exames invasivos, internações
longas ou constantes idas ao hospital, afastamento da escola e da convivência com
familiares e amigos¹.
No processo de internações para o tratamento não é raro um dos pais deixar seu
emprego para prestar o cuidado contínuo, a diminuição da renda e o afastamento da
convivência familiar atinge o emocional do paciente e outros membros da família
podem passar a receber menos atenção como os irmãos menores.
O serviço social se insere na equipe cuja intervenção pressupõe o conhecimento da
população que atende e seu núcleo familiar, quais sãos as dificuldades apresentadas, em
que contexto cultural, social e econômico se inserem, identificar a fonte e o grau de
recursos e flexibilidades sociais e financeiras da família, identificar quais recursos
podem ser acionados na rede para dar o suporte necessário com vistas a garantia de
acesso aos cuidados propostos². Assim, a intervenção deste profissional na saúde
articula-se necessariamente com as demais políticas sociais, para formulação de
estratégias para que se efetive nos serviços de saúde o direito ao acesso e a participação
da família em todos o processo.
4 CONCLUSÕES
A intervenção do assistente social se defronta diversas vezes com questões que
ameaçam a continuidade do tratamento, diante das repercussões do mesmo no contexto
familiar. Nesta lógica, é no contato do assistente social com a família durante todo o
tratamento que se identifica inúmeras demandas, sendo situações socioeconômicas
precárias, desavenças familiares, dificuldades em acesso à saúde, educação e
assistência.
Portanto a identificação dessas demandas leva o assistente social a acionar os recursos
existentes na sociedade de modo a dar suporte à família, garantindo a plena informação
e discussão sobre as possibilidade e consequências das situações apresentadas,
respeitando sempre as decisões dos pacientes e familiares.
REFERÊNCIAS
3. SILVA, TSC. Crianças e Adolescentes em Cuidados Paliativos oncológicos: a
intervenção do serviço social junto às famílias. Revista Pol. Públ. São Luís, v.14, n 1,
p 139-146, jan./jun. 2010.
4. MENEZES, Catarina Nívea Bezerra et al.Câncer infantil: organização familiar
e doença. Rev. Mal-Estar Subj. [online]. 2007, vol.7, n.1, pp. 191-210. ISSN 2175-
3644.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores: Rosani Viera Lunardi25
A OBESIDADE SOB A ÓTICA DO CÂNCER DE MAMA
1 INTRODUÇÃO
O câncer de mama, segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é
considerado um problema de saúde pública e se constitui no câncer mais comum entre
as mulheres brasileiras, sendo este uma das mais principais causas de morte. No Brasil,
segundo os dados do INCA, no biênio 2018-2019 estima-se que para cada ano sejam
diagnosticados 59.700 novos casos. O desenvolvimento do câncer de mama está
associado a diversos fatores de risco, podendo ser classificados em dois grupos. O
primeiro denominado não modificáveis constitui-se pelos fatores de risco que estão
ligados a idade, fatores endócrinos, fatores genéticos, representado por envelhecimento,
histórico familiar, raça, origem étnica. Já o segundo é composto pelos fatores de risco
modificáveis, que estão ligados principalmente à hábitos de vida, representados por
obesidade, alcoolismo, tabagismo, terapia de reposição hormonal. Dentre os fatores de
risco modificáveis, a obesidade está intimamente ligada à fatores não modificáveis tais
como idade e fatores endócrinos. Por este motivo, justifica-se a importância de se
estudar a obesidade como fator de risco para o câncer de mama. Este estudo teve por
objetivo analisar a obesidade como fator de risco associado ao câncer de mama inserido
no contexto bibliográfico.
2 MÉTODO
Para tanto foi utilizado como método o estudo exploratório a partir da coletânea de
artigos científicos obtidos das principais bases bibliográficas online. O recorte temporal
utilizado foi 2014 a 2018, sendo excluídos destes dissertações e teses, bem com artigos
que não abordassem os temas obesidade e câncer de mama simultaneamente.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A partir da análise dos resultados, a obesidade foi apontada como um fator de impacto
negativo na saúde da mulher, principalmente quando associado ao câncer de mama, uma
25 Pós-graduação em enfermagem, enfermeira, Técnica em Enfermagem no Hospital
Universitário de Santa Maria.
vez que a obesidade aumenta a quantidade de inflamação e o nível de insulina o que
torna o processo de multiplicação celular acelerado favorecendo o surgimento de
tumores. Da mesma forma o excesso de peso desregula o processo metabólico e
hormonal apontadas igualmente como potencializadores dos riscos de câncer. Em
contrapartida, os dados analisados evidenciam que o controle do peso corporal
constitui-se numa significativa medida de prevenção, uma vez que os taxas de gordura
sendo mantidas em níveis adequados os riscos de desenvolvimento de câncer de mama
são estimativamente reduzidos em aproximadamente 30%.
4 CONCLUSÃO
Conclui-se com este estudo, se por um lado a obesidade é considerada um fator de risco
significativo para o desenvolvimento do câncer de mama por outro o seu controle
representa um mecanismo de prevenção associados à redução no risco de desenvolver
câncer de mama.
PALAVRAS CHAVES: câncer de mama; obesidade; fatores de risco.
REFERÊNCIAS
1. BRUNO, B. C. R. B.; RIBEIRO, S. T.; TEIXEIRA, C. R. D.; et al. CÂNCER DE
MAMA: É POSSÍVEL PREVENIR? REVISTA UNINGÁ REVIEW, v. 28, n. 1,
2016. Disponível em:
<http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1843>. Acesso em:
16/10/2018.
2. HÖFELMANN, D. A.; ANJOS, J. C. DOS; AYALA, A. L. Sobrevida em dez anos e
fatores prognósticos em mulheres com câncer de mama em Joinville, Santa Catarina,
Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 19, n. 6, p. 1813–1824, 2014. ABRASCO -
Associação Brasileira de Saúde Coletiva. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232014000601813&lng=pt&tlng=pt>. Acesso em: 27/10/2018.
3. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER - INCA. Estimativa 2018. Incidência de
Câncer no Brasil. Disponível em:
<http://www.inca.gov.br/estimativa/2018/index.asp>. Acesso em: 25/8/2018.
4. LAUTER, D. S.; BERLEZI, E. M.; ROSANELLI, C. D. L. S. P.; LORO, M. M.;
KOLANKIEWICZ, A. C. B. Câncer de mama : estudo caso controle no Sul do
Brasil/ Breast cancer : case control study in Southern Brazil. Revista Ciência &
Saúde, v. 7, n. 1, p. 19–26, 2014.
5. MEIRELLES, R. M. R.; MEIRELLES, R. M. R. Menopausa e síndrome metabólica.
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 58, n. 2, p. 91–96,
2014. ABE&M. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-
27302014000200091&lng=pt&tlng=pt>. Acesso em: 27/10/2018.
6. MUNHOZ, M. P.; OLIVEIRA, J. DE; GONÇALVES, R. D.; ZAMBON, T. B.;
OLIVEIRA, L. C. N. DE. Efeito do Exercício Físico e da Nutrição na Prevenção do
Câncer. Revista Odontológica de Araçatuba, v. 37, n. 2, p. 09-16, 2016. Disponível
em: <http://apcdaracatuba.com.br/revista/2016/08/trabalho5.pdf>. .
7. PEREIRA, D. C. L.; LIMA, S. M. R. R. Arquivos Medicos dos Hospitais e da
Faculdade de Ciencias Medicas da Santa Casa de Sao Paulo. Santa Casa de São
Paulo, Faculdade de Ciencias Médicas, 2018.
8. PINHEIRO, A. B.; BARRETO-NETO, J. S.; RIO, J. A.; et al. Associação entre
índice de massa corpórea e câncer de mama em pacientes de Salvador , Bahia.
Revista Brasileira Mastologia, v. 24, n. 3, p. 76–81, 2014. Disponível em:
<http://www.rbmastologia.com.br/wp-content/uploads/2015/06/MAS_v24n3_76-
81.pdf>. .
9. SENA, R.; GRAPIUNA, P.; CAROLINA, A.; et al. A INTERFERÊNCIA DA
OBESIDADE NO SURGIMENTO DO CÂNCER DE MAMA. , p. 1–6, 2017.
10. WANNMACHER, L. Obesidade como fator de risco para morbidade e
mortalidade: evidências sobre o manejo com medidas não medicamentosas.
Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde
(OPAS/OMS) no Brasil, v. 1, n. 7, p. 1–10, 2016. Disponível em:
<http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_docman&view=download&categ
ory_slug=serie-uso-racional-medicamentos-284&alias=1535-obesidade-como-fator-
risco-para-morbidade-e-mortalidade-evidencias-sobre-o-manejo-com-medidas-nao-
medicamentosas-5&Itemid=965>.
11. ZANOTTI, J.; MAIA, P. R. CÂNCER DE MAMA E OBESIDADE: REVISÃO
DA LITERATURA. ANAIS-UNIC-Congresso de Iniciação Científica-UNIFEV,
v. 5, n. 5, p. 40–42, 2017. Disponível em:
<http://ojs.fsg.br/index.php/pesquisaextensao/article/view/2713>.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Leatrice da Luz Garcia¹
Marco Aurélio Figueiredo Acosta²
Elaine de Oliveira Vieira Caneco³
Roselaine Brum da Silva Soares4
Melissa Gewehr5
Clarita Souza Baroni Silveira6
A PERCEPÇÃO DA SAÚDE ENTRE IDOSOS PERTENCENTES A
GRUPOS DE CONVIVÊNCIA DO NÚCLEO INTEGRADO DE
ESTUDOS E APOIO À TERCEIRA IDADE (NIEATI) DA CIDADE DE
SANTA MARIA-RS
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento é marcado por um conjunto de alterações orgânicas e funcionais de
caráter continuo e irreversível, que podem ser vistas pelo idoso de diferentes formas. A
auto percepção da saúde do idoso é um preditor importante para mensurar a sua
capacidade funcional, por esse motivo é relevante que se entenda como o idoso avalia e
percebe sua saúde e quais as implicações desta no seu dia a dia. Objetivo: analisar os
dados sócio demográfico e a percepção de saúde do idoso.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo quantitativo, de caráter exploratório e descritivo realizado através
da aplicação do questionário Brazil Old Age Schedule (BOAS) em 27 idosos no período
de setembro a outubro de 2018, pertencentes a três grupos de terceira idade do NIEATI,
os dados foram registrados, organizados e tabulados no Programa Microsoft Office
Excel 2013; e apresentados em tabelas e gráficos, utilizando-se a média, desvio padrão,
valor mínimo, valor máximo e porcentagem.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Constata-se a predominância de idosos do sexo feminino, na faixa etária dos 60 aos 74
anos, casadas, de religião católica, alfabetizadas, com uma renda mensal entre um e dois
salários mínimos, com uma média de dois a três filhos. Em relação à presença de
patologias, observa-se que 81,48% dos idosos referem ter algum tipo de doença
associada, entre estas aparecem hipertensão, cardiopatias, alterações na tireoide,
osteoporose e diabetes. Em relação à saúde em geral, 77,77% dos idosos mencionam
que sua saúde é boa, 11,11% relatam que é ótima e 7,40% referem que é pior. No que
diz respeito ao comparativo de sua saúde com os últimos cinco anos, 40,70 %
afirmaram estar melhor ou a mesma coisa, enquanto 18,51% relataram ter piorado.
Quanto à sua percepção de saúde comparada à de outras pessoas da sua mesma idade,
66,66% relataram estar melhor. Foi analisada também a participação dos idosos no que
concerne à realização de atividades física. Entre os idosos, 92,59% praticam atividade
física regularmente. No que diz respeito aos serviços de saúde utilizados pelo idoso,
70,37% referem utilizar a rede pública de saúde, sendo que a satisfação com os serviços
utilizado chega a 59,25%.
4 CONCLUSÕES
Os dados sociodemograficos confirmam a feminização da velhice, revelando que a
maioria dos idosos que fazem parte deste estudo são mulheres. No que diz respeito à
percepção da saúde os idosos pesquisados referem ter uma boa saúde, apesar do alto
índice de patologias relatas por estes, evidenciando a ideia de que nem sempre a doença
vem associada a incapacidades física, não sendo vista pelo idoso como um fator
limitante.
REFERÊNCIAS
1. HARTMANN, ACVC. Fatores associados a autopercepção de saúde em
idosos de Porto Alegre [tese]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul, Instituto de Geriatria e Gerontologia, Programa de Pós-
Graduação em Gerontologia Biomédica; 2008.
2. SILVA,I.T. ; JUNIOR, E. P. P.; VILELA; A. B. A. Autopercepção de saúde de
idosos que vivem em estado de corresidência, Rev. Bras. Geriatr. Gerontol.,
Rio de Janeiro, 2014; 17(2):275-287
3. BORGES; A. M. B.; SANTOS, G.; KUMMER, J. A.; et. al. Autopercepção de
saúde em idosos residentes em um município do interior do Rio Grande do Sul,
Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., Rio de Janeiro, 2014; 17(1):79-86
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Natália Tonn¹
Izadora Czarnobai ²
Amanda Boff³
Priscila Ferst Longhi4
Julia Canci5
ABDOME AGUDO PERFURATIVO – RELATO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
No abdome agudo perfurativo a dor tem início súbito, provocada pela difusão da
secreção gastrointestinal para a cavidade peritoneal, condição denominada peritonite.
Esse relato tem como objetivo descrever o caso de um paciente, adulto, do sexo
masculino, vítima de ferimento na região abdominal, entre a cicatriz umbilical e a fossa
ilíaca esquerda, por arma branca.
2 MÉTODO
Através da observação, se realiza relato de caso baseado na vivência de médicos e
acadêmicos de medicina de uma vítima de ferimento ocasionado por arma branca.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Ao exame clinico realizado, o paciente apresentou-se com bom estado geral, dor a
palpação da região, mas sem sinais de peritonite. Ainda, a tomografia computadorizada
de abdome total, solicitado pelo médico, não demonstrou pneumoperitônio ou liquido
na cavidade peritoneal. Cerca de 6 horas após a admissão hospitalar e administração de
analgésicos, o paciente não apresentou melhora, sendo solicitado raio x de abdome
agudo, que também não mostrou pneumoperitônio. Devido a dor abdominal persistente,
o paciente foi reavaliado, sendo explorado e aplicado incisão com anestésico local. A
partir daí, pode-se identificar pequena perfuração da cavidade abdominal. Devido ao
quadro clínico do paciente e considerando que houve perfuração peritoneal, foi indicado
laparotomia exploradora, encaminhando o paciente ao centro cirúrgico. Durante o
procedimento, identificado perfuração do intestino delgado e mesocolon, sendo
realizado rafia primária. É importante, a partir desse caso, salientar que as perfurações
abdominais baixas costumam apresentar dor abdominal e sinais de irritação peritoneal
mais discretos. No entanto, causam casos sépticos mais rapidamente em relações as
perfurações abdominais mais altas, devido a flora bacteriana da região.
4 CONCLUSÕES
Levando em consideração esse fato, é necessário analisar quando existe a necessidade
de métodos mais invasivos para o diagnóstico e tratamento precoce de peritonite, antes
da manifestação de complicações.
REFERÊNCIAS
1. OLIVEIRA, André Vitorio Câmara et al. Abdome agudo perfurativo por
corpo estranho em paciente com situs inversus totalis. Arq Bras Cir Dig, v. 21,
n. 4, p. 215-217, 2008.
2. MAGI, João Carlos et al. Minimal abdominal incisions. Journal of
Coloproctology (Rio de Janeiro), v. 37, n. 2, p. 140-143, 2017.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores: Patrícia Herrmann26
Cecília Pletschette Galvão27
Dani Laura Peruzzolo28
ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR EM AMBULATÓRIO DE
INTERVENÇÃO PRECOCE.
1 INTRODUÇÃO
Com o aprimoramento de tecnologias de suporte avançado de vida tem-se
aumentado a viabilidade de recém-nascidos que apresentam alterações pré, peri ou pós-
natais. Contudo, as pesquisas revelam um aumento do número absoluto de crianças com
sequelas secundárias a gestação e ao nascimento. Essas crianças estarão passíveis a
alterações no desenvolvimento motor, transtornos de integração sensorial, que podem
influenciar também as atividades psicossociais e dificuldades acadêmicas no futuro
(AARNOUDSE-MOENS, C. S. H., 2009). Os benefícios da intervenção precoce em
bebês de risco têm sido descritos por diversos autores. A identificação de alterações no
desenvolvimento o mais precoce possível, possibilita intervir antes que as sequelas
progridam. Este estudo busca apresentar o trabalho realizado em um ambulatório de
reabilitação de crianças na primeira infância, que está vinculado ao HUSM.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência escrito a partir das vivências em um ambulatório
de reabilitação de crianças na primeira infância no ano de 2018.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O Ambulatório de Intervenção Precoce, vinculado ao Departamento de Terapia
Ocupacional da UFSM e ao Hospital Universitário de Santa Maria, recebe crianças com
idade de 0 a 3 anos, com risco ao desenvolvimento, encaminhadas de diversos setores
da saúde do município de Santa Maria e região. O ambulatório conta hoje com uma
terapeuta ocupacional Docente, um terapeuta ocupacional e uma fisioterapeuta
residentes do Programa de Residência Multiprofissional Integrado em Gestão e atenção
Hospitalar com Ênfase em saúde Materno Infantil e estagiários do curso de Terapia
Ocupacional e Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria. Inicialmente é
realizada uma avaliação conjunta entre fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, com
escuta qualificada da família, quando as questões motoras são identificadas como
obstáculo para o desenvolvimento da criança. Em um segundo momento o caso é
26 Unidade e-Saúde GEP/HUSM/EBSERH; 27 Gerente da GEP/HUSM/EBSERH; 28 NATS da GEP/HUSM/EBSERH;
apresentado pelas avaliadoras e discutido com o restante da equipe. Então são
estabelecidos objetivos e um plano terapêutico que integra os diferentes saberes de cada
uma das profissões. Nos próximos atendimentos o plano que foi discutido em equipe é
pactuado pelas fisioterapeuta e terapeuta ocupacional com os pais e a criança. O
atendimento é realizado em conjunto entre as profissionais, estabelecendo como
profissional de referência aquela que tiver produzido maior vínculo com a família. O
tratamento é acompanhado por meio de supervisão da docente cujo plano vai sendo
retomado a medida que o paciente avança. A intervenção fisioterapêutica deve-se iniciar
antes que os padrões de postura e movimentos anormais tenham se instalados
(TUDELLA, 1989). Diversos autores determinam o início dos atendimentos nos
primeiros quatro meses de vida, tomando o tratamento no sentido de instrumentalizar o
bebê e seus pais para que assumam seus papéis ocupacionais (PERUZZOLO,
BARBOSA, SOUZA, 2018), outros buscam uma perspectiva socioambiental centrada
na família (NAVAJAS; CANIATO, 2003). Todos estes buscam a formação de
equipes interdisciplinares como fundamentais para o estabelecimento de uma clínica
que considere o bebê e seus pais como único e não fragmentado em partes e suas
funções (BORTAGARAI et al., 2015).
4 CONCLUSÕES
Portanto, destacamos a importância de uma equipe interdisciplinar comprometida com
objetivo de minimizar e prevenir os riscos ao desenvolvimento neuropsicomotor.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. AARNOUDSE-MOENS, C. S. H. et al. Meta-Analysis of Neurobehavioral
Outcomes in Very Preterm and/or Very Low Birth Weight Children. Pediatrics,
v. 124, n. 2, p. 717–728, 2009.
2. BORTAGARAI, F.M.; PERUZZOLO D. L.; AMBRÓS, T. M. B.; SOUZA, A.
P. R. de. A interconsulta como dispositivos interdisciplinar em um grupo de
intervenção precoce. Distúrb. Comun. v. 27, n. 2, p. 392-400. São Paulo, 2015.
3. FORMIGA, C. K. M. R.; PEDRAZZANI, E. S.; TUDELLA, E.
Desenvolvimento Motor De Lactentes Pré-Termo Participantes De Um
Programa De Intervenção Fisioterapêutica Precoce. Revista Brasileira de
Fisioterapia, v. 8, n. 3, p. 239–245, 2004.
4. PERUZZOLO, D. L.; BARBOSA, D. M.; SOUZA, A. P. R. de. Terapia
Ocupacional e o tratamento de bebês em intervenção precoce a partir de uma
Hipótese de Funcionamento Psicomotor: estudo de caso único. Cad. Bras. Ter.
Ocup. v. 26, n. 2, p. 400-421. São Carlos, 2018.
5. TUDELLA E. Tratamento precoce no desenvolvimento neuromotor de crianças
com diagnóstico sugestivo de paralisia cerebral. [dissertação]. Rio de Janeiro:
Universidade Gama Filho do Rio de Janeiro; 1989.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Sthefany Possamai Gomes29
Laura da Silva Heinle30
Caroline Coutinho31
Ariane Erthur Flores32
ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE SAUDE: UMA ANALISE A
PARTIR DA ATENÇÃO BASICA EM SANTA MARIA
1 INTRODUÇÃO
Com a implantação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) (BRASIL, 2006A),
a saúde da família assumiu o lugar de estratégia prioritária para organização da Atenção
Básica. Em 2012, a Estratégia Saúde da Família (ESF) estava presente em 94,4% dos
municípios brasileiros (32.498 equipes, com cobertura populacional de 53,7%). O
conceito de acesso é complexo e, muitas vezes, empregado de forma imprecisa na sua
relação com o uso de serviços de saúde. Objetivo: Analisar a acessibilidade aos serviços
de saúde de Atenção Básica em Santa Maria e os aspectos que favorecem ou dificultam
a entrada e a permanência do usuário no sistema de saúde.
2 MÉTODO
Trata-se de estudo descritivo de corte transversal com base nos dados do PMAQ-AB.
Realizado em Santa Maria/RS. Foi analisado através de questionário semiestruturado
pelos avaliadores para analisar a acessibilidade aos serviços de saúde de atenção básica
em toda região de Santa Maria e os aspectos que favorecem ou dificultam a entrada e a
permanência do usuário no sistema de saúde.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Observou-se a expansão da Atenção Básica com acessibilidade geográfica. Porém, as
unidades ainda apresentam dificuldades na acessibilidade sócio organizacional:
barreiras arquitetônicas para acesso a pessoas com deficiência e idosos. Dentre as
unidades analisadas pelo censo, 31% eram Posto de Saúde de bairros da região Oeste de
Santa Maria, 42% da região leste,17% da região sul e norte e 10% da região nordeste.
4 CONCLUSÕES
Pode-se concluir que as UBS não apresentaram barreiras de acesso relacionadas à
distância e ao horário de funcionamento, embora tenham se observado evidências, nos
diários de campo, quanto ao não funcionamento de parcela das UBS no período da
tarde. Em relação à acessibilidade as pessoas idosas, com deficiência ou com
dificuldades de ler ou escrever, foi considerado alto índice de acessibilidade dos
serviços de saúde básica.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1.ALMEIDA, P. F. et al. Estratégias de integração entre atenção primária à saúde e
atenção especializada: paralelos entre Brasil e Espanha. Saúde em Debate, Rio de
Janeiro, v. 37, n. 98, p. 400-415, 2013.
2.ALMEIDA, P. F. et al. Desafios à coordenação dos cuidados em saúde: estratégias
de integração entre níveis assistenciais em grandes centros urbanos. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro, v. 26, n. 2, p. 286-298, 2010.
3.BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília:
Ministério da Saúde, 2006
4.CASTRO, S. S. et al. Acessibilidade aos serviços de saúde por pessoas com
deficiência. Rev Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n.1, p. 99-105, 2011.
ÁREA TEMÁTICA: Gestão/ Assistência
Andreza Zancan33
Luciane Silva Ramos34
Verginia Medianeira Dallago Rossato35
Vera Maria Simonetti 36
AÇÕES DO NÚCLEO DE VIGILÂNCIA DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA –RS FRENTE AO SURTO DE
TOXOPLASMOSE NO MUNICÍPIO EM 2018.
RESUMO
O Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar, NVEH/HUSM realiza ações de
Vigilância Epidemiológica das Doenças de Notificação Compulsória e outros agravos
de interesse epidemiológico no ambiente hospitalar, em abril de 2018, a Vigilância em
Saúde (VS) da 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) do estado do Rio Grande do
Sul recebe um comunicado sobre o aumento expressivo do número de atendimentos de
pacientes apresentando uma síndrome febril, até aquele momento não especificada.
Foram realizadas reuniões, a primeira com a equipe da 4ªCRS e Secretaria Municipal da
Saúde juntamente com os infectologistas do município, outras reuniões aconteceram
com a Superintendência de Vigilância em Saúde, Atenção Básica e Regulação para
desencadear a investigação dos casos e organização da rede de atenção à saúde.
Objetivo: Relatar as ações desenvolvidas pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica do
HUSM, frente ao surto de Toxoplasmose no município em 2018. Na medida em que os
03 primeiros casos internados no HUSM apresentaram sorologias positivas para
toxoplasmose, alguns pactos foram firmados com apoio de técnico do Centro Estadual
de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul (CEVS-RS), sendo formado um gabinete
de crise. Em meados de abril, foi criado o ambulatório emergencial para atendimento de
adultos sintomáticos e/ou com confirmação laboratorial para toxoplasmose, no HUSM.
Foram agendadas pela equipe do NVEH, 333 pessoas sintomáticas que haviam acessado
os diferentes serviços do município, dessas, 251 compareceram ao atendimento, entre
abril e maio, destes 05 apresentaram lesões oculares. Após discussão para reestruturação
de fluxos, as gestões municipais e estaduais organizaram serviços de referência para
atendimento dos casos suspeitos e confirmados, em infectologia e oftalmologia.
Considerando que a toxoplasmose é uma zoonose cosmopolita causada pelo protozoário
Toxoplasma gondii, especialmente relevante quando a mulher se infecta pela primeira
vez durante a gestação, devido ao risco de acometimento fetal, foi criado junto ao
33 Enfermeira, Residência Multiprofissional, Vigilância em Saúde UFSM. 34 Enfermeira, Msc em Enfermagem, Técnica Administrativa do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do
Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), Rio Grande do Sul, Brasil. 35Enfermeira, Drª em Educação e Ciências, Responsável Técnica pelo Núcleo de Vigilância
Epidemiológica do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), Rio Grande do Sul, Brasil. 36 Enfermeira Integrante da equipe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário de
Santa Maria (HUSM), Rio Grande do Sul, Brasil.
ambulatório de Gestação de Alto Risco do HUSM, o ambulatório de toxoplasmose com
atendimento conjunto de obstetrícia e infectologia. As equipes do NVEH, juntamente
com os infectologistas envolvidos, construíram um fluxograma de acompanhamento de
toxoplasmose na gestação e congênita. Foi elaborado material informativo com medidas
de prevenção a toxoplasmose, para ser distribuídos nos locais de atendimento às
gestantes. Foram organizadas coletas das placentas junto ao Centro Obstétrico do
HUSM para análise laboratorial e monitoramento das cepas circulantes. Até o final de
outubro de 2018 foram notificados 98 casos de gestantes com toxoplasmose. Entre os
recém-nascidos expostos,17apresentaram toxoplasmose congênita e estão sendo tratados
e acompanhados no serviço de Infectologia Pediátrica do HUSM. O Município de
Santa Maria/RS, desde o início de 2018, tem confirmando 809 casos de toxoplasmose
aguda até outubro, sendo mais de 2000 casos notificados. Nesse contexto, o
NVEH/HUSM, tem papel fundamental na notificação/investigação, no envio de
material para confirmação diagnóstica junto ao Laboratório Central do Estado-LACEN-
RS, de todas as gestantes e recém-nascidos com toxoplasmose congênita, assim como
monitoramento da adesão ao tratamento e acompanhamento, dos casos junto aos
ambulatórios de referência.
DESCRITORES: toxoplasmose, vigilância, epidemiologia.
REFERÊNCIAS:
TELESSAÚDE-UFRGS. Telecondutas Toxoplasmose na Gestação. Porto Alegre:
Telessaúde. RS,2018. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/tc_toxoplasmosegestacao.p
df. Acesso em:10 out. 2018.
ÁREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores: Liliane Carvalho Baggio37
Aline Oliveira da Silva38
Ângela Barbieri Soder39
Camila Freitas Hausen40
Karenina Correa Sampson41
Viviane Dutra Piber42
ACOLHIMENTO: ESTRATÉGIAS PARA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO
SERVIÇO DE PRÉ-NATAL DE ALTO-RISCO
1 INTRODUÇÃO
O acolhimento é uma estratégia utilizada para mudar positivamente o processo de
trabalho em saúde. Significa um momento de construção entre toda equipe, a fim de
proporcionar respostas às necessidades das usuárias. O acolhimento, como ferramenta
de humanização, permite refletir sobre o atendimento que está sendo oferecido às
usuárias, para que se possa aproximar o máximo possível de uma prática de qualidade,
por meio de um processo de cuidar sistemático, e contextualizado, requerendo uma
efetiva comunicação entre todos os profissionais envolvidos neste processo de cuidado.
Diante disso, este trabalho teve como objetivo descrever as ações educativas realizadas
com gestantes de alto risco e seus familiares/ acompanhantes, por meio de um grupo de
acolhimento.
2 MÉTODO
O presente trabalho trata-se de um estudo descritivo qualitativo, desenvolvido a partir
do relato de experiência referente à promoção de saúde, durante a sala de espera
realizada pela equipe de Residência Multiprofissional, com ênfase materno-infantil,
junto à equipe do serviço de um hospital público no sul do país. A atividade ocorre duas
vezes por semana e conta com a participação dos seguintes núcleos profissionais:
psicologia, serviço social, enfermagem, nutrição, fonoaudiologia e terapia ocupacional.
As gestantes e os seus acompanhantes, que aguardam a consulta de pré-natal, são
convidados a participarem de uma roda de conversa, a fim de esclarecer dúvidas a
respeito de gestação, parto e cuidados com o recém-nascido.
37 Nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional da UFSM.; 38 Assistente Social residente do Programa de Residência Multiprofissional da UFSM.; 39 Psicóloga Mestre em Psicologia da Saúde do HUSM / EBSERH; 40 Enfermeira residente do Programa de Residência Multiprofissional da UFSM.; 41 Fonoaudióloga do Programa de Residência Multiprofissional da UFSM.; 42Terapeuta Ocupacional residente do Programa de Residência Multiprofissional da
UFSM.;
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
No período de 08 de março a 5 de julho de 2018, a sala de espera foi conduzida pelas
profissionais residentes do primeiro ano, acompanhados pela preceptora de campo.
Realizaram-se 28 encontros, com a participação de 153 gestantes e 55 acompanhantes.
As principais temáticas discutidas incluíram: importância do pré-natal, sintomas
comuns na gravidez, modificações corporais e emocionais, hábitos alimentares
saudáveis, trabalho de parto, rotinas hospitalares, cuidados com recém-nascidos,
importância do aleitamento materno, planejamento familiar e direitos sociais para
gestantes/pais. O acolhimento proporciona o esclarecimento das dúvidas relacionadas à
gestação, à construção e ao estreitamento do vínculo entre os profissionais atuantes e os
usuários. A realização do pré-natal de qualidade possibilita o diagnóstico precoce de
doenças, assim como o tratamento e a redução de complicações no decorrer da gestação
e do puerpério. Durante estas atividades, é possível desenvolver ações
multidisciplinares, que ampliam o olhar dos profissionais envolvidos e qualificam a
atenção à saúde da gestante. Este espaço é uma das estratégias utilizadas pelo serviço
para fornecer suporte, empoderamento e educação em saúde, preparando a gestante e/ou
familiares para o momento do nascimento.
4 CONCLUSÕES
Constatou-se que a atividade contribui para aprimoramento do pré-natal e autonomia
das mulheres durante o processo de parto, nascimento e puerpério. Diante disso,
destaca-se a importância dos serviços de saúde fornecerem e fortalecerem formas de
acolhimento e humanização nas salas de espera, qualificando a assistência em saúde.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
GUERREIRO, E. Et al. O cuidado pré-natal na Atenção Básica de Saúde sob o olhar de
gestantes e enfermeiros. Revista Mineira de Enfermagem, v.16, n.3.p.315-323,2012.
VIEIRA, S.M. et al. Percepção das puérperas sobre a assistência prestada pela equipe de
saúde no pré-natal. Texto & Contexto - Enfermagem, Florianópolis, v. 20, p. 255-262,
2011.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Mikaela Aline Bade München43
Carolina Schmitt Colomé44
Luísa da Rosa Olesiak45
Leonardo Soares Trentin 46
Alberto Manuel Quintana5
ALTERAÇÕES NA DINÂMICA FAMILIAR FRENTE AO PROCESSO
DE ENVELHECIMENTO
1 INTRODUÇÃO
O crescente envelhecimento populacional tem sido um fenômeno característico da
contemporaneidade, relacionando-se com o aumento dos níveis de expectativa média de
vida e com a diminuição da natalidade. Ressalta-se que, apesar de existirem certos
marcos para definir a velhice – sendo a idade um dos principais - tais marcos por si só
não a caracterizam, uma vez que a mesma ocorre de modo singular para cada indivíduo,
conforme suas experiências pessoais e o grupo social ao qual pertence. O processo de
envelhecer envolve, assim, diversos aspectos da vida humana, com transformações
sociais, biológicas, físicas, econômicas, demográficas e comportamentais. Compreende-
se, ademais, que ao envelhecer, os papéis que os sujeitos desempenhavam na família
podem adquirir certas modificações, acarretando em transformações na dinâmica
familiar.
2 MÉTODO
Em vista disso, o presente trabalho se propõe a compreender alguns aspectos acerca da
organização familiar nessa fase da vida. Para tanto, realizou-se uma revisão narrativa da
literatura, por meio de pesquisa em artigos e livros que tratassem da temática.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Constata-se que, uma vez que se estima viver mais e com maior qualidade de vida, o
envelhecimento populacional se coloca como um dos maiores desafios da atualidade.
Em relação às suas implicações, sabe-se que o processo de envelhecer tende a conduzir
as famílias à construção de significados para o cuidado, os quais serão marcados pelas
constituições históricas e pelos valores éticos e morais de cada rede familiar. De modo
geral, enquanto algumas famílias são determinadas pelos fatores genético e biológico,
43 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 44 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 45 Psicóloga; Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia – UFSM –
[email protected]; 46 Acadêmico do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 5 Orientador; Psicólogo; PhD em Bioética; Professor do Curso de Psicologia – UFSM –
outras são constituídas por escolha, sendo os membros determinados conforme o afeto e
o vínculo. Nesse sentido, apreende-se que a família não é uma instituição natural, mas
sim histórica e social, podendo assumir diversas configurações dentro de uma mesma
sociedade. Apesar das diversas singularidades, compreende-se que, em geral, a família
pode ser capaz de promover redes de sociabilidade e de solidariedade, por meio da
afetividade e do suporte entre as gerações. Nesse sentido, no tocante aos desafios
impostos pelo envelhecimento, sabe-se que um melhor funcionamento familiar está
associado com uma melhor qualidade de vida dos idosos. Além disso, considera-se que,
em relação às alterações na dinâmica familiar que levam à prestação de cuidados a
idosos, esse costuma ser um processo complexo e multidimensional, influenciado por
variações das necessidades e sentimentos de quem presta e de quem recebe os cuidados.
Outros fatores que afetam esse processo são questões como nível, tipo e evolução de
dependência, contexto e fase do ciclo familiar e rede de apoio social da família.
4 CONCLUSÕES
Desta forma, entende-se que o envelhecer, ainda que com suas particularidades,
costuma implicar em mudanças nas dinâmicas e papéis familiares, sendo que, de forma
geral, a família passa a se colocar enquanto elemento de cuidado dos sujeitos idosos.
Essa reestruturação aponta a importância de direcionar ações de cuidado tanto para o
idoso quanto para a família, a fim de promover uma significação positiva desse cuidar e,
aliado a isso, uma melhor qualidade de vida dos envolvidos.
REFERÊNCIAS
ARAUJO, E. N. P.; LOPES, R. G. da C. Instituições de Longa Permanência para
Idosos: possibilidades contemporâneas de moradia. Revista Kairós : Gerontologia,
[S.l.], v. 13, p. 45-60, nov. 2010. ISSN 2176-901X. Disponível em:
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2018.
BATISTA, N. C.; CRISPIM, N. de F. A interferência das relações familiares no
processo de envelhecimento: Um enfoque no idoso hospitalizado. Revista Kairós :
Gerontologia, [S.l.], v. 15, n. 3, p. 169-189, jun. 2013. ISSN 2176-901X. Disponível
em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/view/10254>. Acesso em: 09 jul.
2018.
CORDEIRO, A. M. et al . Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Rev. Col. Bras.
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2018. doi:http://dx.doi.org/10.23925/2176-901X.2017v20i1p187-202.
RABELO, D. F.; NERI, A. L. Arranjos domiciliares, condições de saúde física e
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
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TARALLO, R. dos S. As relações intergeracionais e o cuidado do idoso.. Revista
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TEIXEIRA, S. M. Família e as formas de proteção social primária aos idosos. Revista
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TURATO, E. R. Tratado de metodologia da pesquisa clínico- qualitativa:
Construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde
e humanas. Petrópolis: Vozes. 2013.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Daniela Iop Moreira47
Mônica Strapazzon Bonfada48
Silviamar Camponogara³
Thailini de Silva Mello4
ANÁLISE DA AUTONOMIA DO ENFERMEIRO EM PRONTO-
SOCORRO: NOTA PRÉVIA
INTRODUÇÃO
O Pronto Socorro atende pacientes em situações de urgência e emergência, com ou sem
risco de vida. A assistência nestas unidades é fornecida por equipe multiprofissional,
dentre os membros da equipe encontra-se o enfermeiro, profissional de suma
importância por atuar na liderança da assistência de enfermagem prestada ao paciente.
Este profissional no ambiente pronto socorro, deve tomar decisões rápidas e precisas e
capazes de distinguir as prioridades. Para isso, o enfermeiro deve possuir conhecimento
clínico e científico, instrumentos de importância para a sua autonomia profissional. A
autonomia profissional, é um pressuposto importante para o desenvolvimento do
trabalho em benefício do cuidado, se dando através de experiência e busca por
conhecimento. O exercício da autonomia pelo enfermeiro em pronto socorro está
associado a inúmeros fatores, como: tomada de decisões, capacidade de avaliar,
gerenciar e cuidar. Entretanto, o enfermeiro se depara com grandes dificuldades, por ser
uma unidade crítica e possuir alta complexidade. Entre os desafios, está a sobrecarga do
trabalho, relações interpessoais e a falta de conhecimento técnico científico. Este
trabalho tem como objetivo geral conhecer como ocorre o exercício da autonomia por
enfermeiros no pronto-socorro sob a ótica da ergologia.
MÉTODO
Para responder ao objetivo proposto, considerando a coerência com o objeto de estudo,
será desenvolvida uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, com base no
referencial da ergologia. O campo de investigação será o pronto-socorro de um Hospital
Universitário. As estratégias para obtenção dos dados são: a observação não-
participante, pesquisa documental e entrevista semiestruturada. Os participantes são os
enfermeiros que entrarem nos critérios de inclusão: enfermeiro vinculado ao local e
atuar na assistência e/ou gerência do pronto-socorro por, no mínimo, 6 meses. A
pesquisa respeitará os princípios éticos previstos para pesquisa com seres humanos
(Parecer de aprovação nº 2.457.876).
47Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem. UFSM; 48Mestranda de Enfermagem. UFSM;
³ Docente do Departamento de Enfermagem. UFSM; 4Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem. UFSM;
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A análise dos dados ocorrerá pela análise temática de conteúdo, fundamentada por
Minayo (2014), a qual ainda está em processo de análise. Este estudo pretende
contribuir para a consolidação da enfermagem como ciência, uma vez que esta é uma
profissão que busca constantemente pelo reconhecimento do seu trabalho. Neste caso,
oferecendo subsídios que oportunizem compreender como ocorre a autonomia do
enfermeiro em sua prática laboral em unidades de pronto socorro a partir da ótica da
ergologia. Para posteriormente desenvolver estudos de cunho interventivo visando o
reconhecimento do enfermeiro enquanto um profissional autônomo.
CONCLUSÕES
Acredita-se que a investigação poderá contribuir para a compreensão sobre o trabalho
do enfermeiro em pronto socorro, especificamente no que tange ao exercício da
autonomia. Também, este estudo pode oportunizar importantes reflexões do enfermeiro
sobre o seu trabalho e a relação com a equipe multiprofissional e o meio em que está
inserida. E através das experiências de cada profissional da enfermagem, buscar
atualizações e aperfeiçoamento na assistência.
REFERÊNCIAS
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde, 14. Ed.
São Paulo: Hucitec, 2014.
MUNHOZ, O. L.; ANDOLHE, R.; MAGNADO, T. S. B. S.; MENDES, T.;
CREMONESE, L.; GUEDES R. Atuação do enfermeiro em unidade de pronto socorro:
relato de experiência. Disponível em: <http://www.index-
f.com/lascasas/documentos/lc0882.php>. Acesso em: 31 out. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Julia Dalcin Pinto49
Déborah Aurélio Temp50
Amália El Hatal de Souza51
Eliara Pinto Vieira Biaggio52
ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DO MISMATCH NEGATIVITY EM
CRIANÇAS
1 INTRODUÇÃO
O Mismatch Negativity (MMN) caracteriza-se como um componente negativo dos
potenciais relacionados a eventos (PRE). Tal potencial corresponde a uma resposta
eletrofisiológica das estruturas centrais da via auditiva eliciada a partir da detecção de
mudanças discrimináveis em uma sequência repetitiva de estimulação auditiva. Sua
ocorrência reflete a atividade das áreas cerebrais relacionadas com as habilidades de
discriminação e memória auditiva, independente da capacidade atencional da criança¹.
Dentre sua aplicabilidade, destaca-se na investigação cognitiva e do processamento
auditivo central (PAC) e seus transtornos na população infantil. A partir disso, este
estudo teve como objetivo analisar a ocorrência do MMN em crianças.
2 MÉTODO
Estudo do tipo transversal, descritivo, quantitativo aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (sob o número 23081.032787-78) e
pela Gerência de Ensino e Pesquisa do Hospital Universitário de Santa Maria.
Participaram da pesquisa 30 crianças de ambos os gêneros com idades entre cinco e 10
anos. Compuseram o grupo amostral crianças com desenvolvimento típico (n=6),
crianças com alteração de PAC (n=11) e crianças com transtorno fonológico (n=13),
ambas previamente diagnosticadas. Todas foram submetidas à avaliação audiológica
básica e ao registro e análise do MMN por meio do módulo Smart EP da Intelligent
Hearing Systems (IHS). Para tal avaliação utilizou-se estímulos acústicos verbais, sendo
a sílaba /da/ o estímulo frequente e a silaba /ta/ o estímulo raro. O teste foi apresentado
em intensidade de 60 dBnHL, de forma binaural utilizando fones de inserção. O número
total de estímulos foi de 750 com o objetivo de se obter no mínimo 150 estímulos raros,
os mesmos foram apresentados aleatoriamente conforme a taxa de estimulação de 80%
49 Acadêmica de Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Bolsista
de Iniciação Científica IC-HUSM; 50 Acadêmica de Fonoaudiologia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Bolsista
de Iniciação Científica FIPE SENIOR CCS; 51 Fga. Mestranda em Distúrbios da Comunicação Humana pelo PPGDCH da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM); 52 Fga. Dr. Professora Adjunto do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM).
de estímulo frequente e 20% de estímulo raro, regidos pelo paradigma oddball.
Realizou-se análise descritiva dos dados.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Do total de 30 crianças avaliadas, 24 (80%) delas apresentaram presença de resposta no
MMN, enquanto que 6 (20%) demonstraram ausência de resposta deste componente. A
alteração mais encontrada nos casos de ausência do MMN foi a alteração de PAC (n=4),
seguida pelo transtorno fonológico (n=2). Ressalta-se que todas as crianças com
desenvolvimento típico apresentaram normalidade neste potencial. Tais dados
consistem com estudos anteriores, que comprovam que tanto a alteração de PAC quanto
o transtorno fonológico podem causar dificuldades em nível cortical, dificultando a
percepção e discriminação dos estímulos acústicos, sobretudo os verbais, ocasionando a
ausência de resposta deste componente².
4 CONCLUSÕES
A ausência de resposta do MMN pode ser atribuída a diversos fatores, dentre eles
destacam-se a alteração de PAC e o transtorno fonológico, ambas alterações
influenciaram as respostas do MMN neste estudo. Tal dado reforça a utilidade deste
potencial para avaliar possíveis alterações relacionadas a discriminação e memória
auditiva, tão evidentes nos transtornos da audição e linguagem.
REFERÊNCIAS
1. Roggia, S.M. Tratado de Audiologia. Santos. Editora Santos. Ed. 2, 2015.
2. Rocha-Muniz, C.N.; Lopes, D.M.B.; Schochat, E. Mismatch Negativity in
children with specific language impairment and auditory processing disorder.
Braz J Otorhinolaryngol. 2015; 81:408-15.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Raira Fernanda Altmann53
Eduarda Pinheiro Oliveira¹
Tainá Rossato Benfica¹
Plinio Marco de Toni ²
Karin Zazo Ortiz³
Karina Carlesso Pagliarin¹
ANÁLISE DE JUÍZES NÃO ESPECIALISTAS E ESPECIALISTAS DE
UM INSTRUMENTO BREVE DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM
1 INTRODUÇÃO
Indivíduos acometidos por lesão cerebral podem apresentar déficits comunicativos. Por
isso, a avaliação da linguagem por meio de instrumentos de rastreio, realizadas ainda à
beira do leito, permitem a detecção de alterações nas capacidades comunicativas de
forma precoce e auxiliam no processo de reabilitação. Para isso, a utilização de testes
confiáveis e validados é indispensável, porém os instrumentos de rastreio linguístico
ainda são escassos no Brasil, devido à rigidez psicométrica. O objetivo deste estudo foi
buscar evidências de validade de conteúdo para um instrumento breve de avaliação da
linguagem.
2 MÉTODO
Primeiramente, foi realizado um levantamento dos estímulos a serem utilizados na
versão breve de avaliação da linguagem. Para tanto, foram analisados os estímulos,
protocolo de aplicação e instruções dos seguintes instrumentos: Bateria Montreal-
Toulouse de Avaliação da Linguagem (MTL-BR, Parente et al. 2016), MTL-BR versão
B (não comercializada) e M1-Alpha (Nespoulous, Joanette &, Lecours, 1986, adaptado
para o Português Brasileiro e disponível apenas para pesquisa). Com base nessa análise,
realizou-se uma adequação dos novos estímulos, seguida de uma pré- análise realizada
por 28 juízes não especialistas os quais julgaram a representatividade de cada item. Os
juízes não especialistas foram orientados a nomear cada figura apresentada, podendo
acrescentar sugestões de modificações. Os dados foram analisados por meio do
percentual de concordância entre juízes, sendo considerado item válido aqueles que
apresentaram percentual de concordância >80%. Após adequações propostas, cinco
juízes especialistas (fonoaudiólogas) julgaram as palavras e frases com seu respectivo
desenho como adequadas ou inadequadas, além de realizar sugestões de modificações
quando necessário. Posteriormente, realizou-se o cálculo da Razão de Validade de
Conteúdo (RVC) para cada item analisado e o Kappa Fleiss.
53 Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal de Santa Maria;
² Universidade Estadual do Centro- Oeste-PR;
³ Universidade de São Paulo.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Em relação à pré análise de juízes não especialistas, pode-se verificar que das 65
figuras, 33 tiveram 100% de concordância, 19 tiveram 96%, seis 93% e duas tiveram
89%. Cinco figuras obtiveram menos de 80%, as quais sofreram readequações ou
substituições. Posteriormente, 66 desenhos passaram pela análise de juízes especialistas,
verificando que 22 itens obtiveram RVC entre -0,2 e 0,60, os quais foram redesenhados
por apresentarem índices indesejáveis. Para mostrar que a concordância entre os juízes
não foi ao acaso, é necessário para cinco juízes um valor mínimo do RVC de 0,99
(Pacico & Hutz, 2015). Quarenta e quatro itens obtiveram RVC = 1, os quais foram
mantidos. Para medir o nível de concordância entre juízes, realizou-se análise por meio
do Kappa Fleiss, sendo obtido k=-1,96, corroborando com o resultado do RVC.
4 CONCLUSÕES
A partir das análises realizadas, verificou-se que algumas figuras não foram
consideradas adequadas predominantemente pela RVC e Kappa Fleiss. Estes itens
foram redesenhados e encaminhados novamente para os mesmos juízes especialistas, e
posteriormente, passarão por estudo piloto.
REFERÊNCIAS
1. LANDIS, JR; & KOCH, GG. The measurement of observer agreement for
categorical data. Biometrics, v. 33, n.1, p. 159-174, 1997.
2. LIMA, SM.; MALDONADE, I. Avaliação da linguagem de pacientes no leito
hospitalar depois do Acidente Vascular Cerebral. Distúrb. Comun, São Paulo,
28(4): 673-685, 2016.
3. MARCHI, FHAG. Aplicabilidade do BEST-2 para avaliação da comunicação
de afásicos em ambiente hospitalar. Dissertação. (Mestre em Clínicas) -
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010
4. PACICO, JC. Validade. In: HUTZ, CS; BANDEIRA, SR; TRENTINI, CM;
ORGANIZADORES. Psicometria. Porto Alegre: Artmed, p. 71-84,2015.
5. PASQUALI, L. Instrumentos psicológicos: manual prático de elaboração.
Brasília, 1999.
6. PERNANBUCO, L. et al. Recomendações para elaboração, tradução,
adaptação transcultural e processo de validação de testes em fonoaudiologia.
Codas, v. 29, n. 3, 2017.
ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Natália da Silveira Colissi¹
Anibal Pereira Abelin²
Mateus Diniz Marques²
Alessandra Rebelatto Boesing¹
Andressa Duarte Seehaber¹
Stefano Antola Aita³
ANÁLISE DOS PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
COM SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO ST ATENDIDOS EM
HOSPITAL PÚBLICO TERCIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
O infarto agudo do miocárdio com supradesnível do segmento ST (IAMCST)
permanece como importante causa de morbimortalidade mundial. Com isso, a avaliação
do perfil dos pacientes, como as suas características clínicas e seus desfechos, é
importante para guiar estratégias no tratamento e prevenção dos pacientes com
IAMCST atendidos em um hospital público terciário.
2 MÉTODO
O projeto é um estudo de coorte prospectivo, integrante de um banco de dados
multicêntrico de IAMCST. Foram incluídos os pacientes internados no Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM) com diagnóstico de IAMCST com menos de 12
horas de duração ou mais de 12 horas na presença de angina persistente, no período de
setembro de 2016 a dezembro de 2017, na qual foram avaliadas as características
clínicas, tempo de internação (em dias) e eventos cardiovasculares maiores (ECVM)
durante o período hospitalar. As variáveis foram apresentadas como frequências e
porcentagens, média ± desvio-padrão ou mediana com intervalo interquartil.
¹ Acadêmico do curso de Medicina da UFSM.
² Docente do departamento de Clínica Médica da UFSM.
³ Residente Médico do HUSM.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dos 107 pacientes internados com IAMCST no período, 100 pacientes apresentavam
dados epidemiológicos completos; a média de idade foi de 61+11,6 anos e predomínio
do gênero masculino (72,6%). Dentre os fatores de risco, 46 (46%) pacientes eram
tabagistas, 73 (73%) apresentavam Hipertensão Arterial Sistêmica, 28 (27,7%) com
Diabetes Mellitus, 43 (43%) com Dislipidemia e 44 (44,9%) apresentavam história
familiar para Doença Arterial Crônica. O infarto de parede anterior foi diagnosticado
em 56,6% dos casos e a classificação de Killip e Kimball = IV foi encontrada em 11,3%
dos pacientes. O fármaco AAS foi utilizado em 100% dos casos, Clopidogrel em 98%,
Betabloqueadores em 62%, IECA ou BRA em 64% e Estatinas em 82%. A mediana do
tempo de início dos sintomas até o tratamento foi de 7 horas (3,2-9,0) e o tempo médio
de internação foi 10,7+10 dias. Para a análise de ECVM e mortalidade foram incluídos
os dados de toda a amostra, com incidência de ECVM de 21,4% e mortalidade de 8,6%.
4 CONCLUSÕES
A análise demonstra os dados da prática clínica diária de um hospital público terciário, e
nos mostra que a mortalidade é elevada se comparada a outros registros de IAMCST.
Isso indica a necessidade de melhorias na prevenção e atendimento na região de
abrangência do HUSM.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Ylana de Albeche Ambrosio 54
Sabrina de Oliveira de Christo 55
Sara Soares Milani 56
Carlos Eduardo Mendes Vargas 57
Roberta Weber Werle ⁵
ANÁLISE DOS SINTOMAS OSTEOMUSCULARES DE
PROFISSIONAIS DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
ATRAVÉS DO QNSO
1 INTRODUÇÃO
O registro de distúrbios osteomusculares tem se tornado cada vez mais frequente entre
os trabalhadores. As atividades laborais favorecem o aparecimento de distúrbios
osteomusculares, como as queixas álgicas na coluna, pernas, braços, cãibras e dores em
geral, que podem ser consequência do trabalho excessivo ou relacionado ao ambiente de
trabalho e o cargo que o profissional exerce. O objetivo desta pesquisa foi analisar os
sintomas osteomusculares de profissionais de uma instituição de ensino superior.
2 MÉTODO
A pesquisa foi realizada em agosto de 2017. Foi solicitado aos participantes que
respondessem o QNSO. O questionário consiste em escolhas múltiplas ou binárias
quanto à ocorrência de sintomas nas diversas regiões anatômicas nas quais são mais
comuns. O respondente deve relatar a ocorrência dos sintomas considerando os 6 meses
e os sete dias precedentes à entrevista, bem como relatar a ocorrência de afastamento
das atividades rotineiras no semestre.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A amostra foi composta por 30 funcionários de ambos os sexos (22 mulheres e 8
homens) da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), localizada em Santa Maria. Os
funcionários ocupam diferentes cargos e funções dentro da universidade. No que se
refere à ocorrência semestral de sintomas musculoesqueléticos, verificou-se que dos
trinta participantes, 96,6% apresentaram sintomas como dor, formigamento ou
dormência em alguma parte do corpo. Os funcionários apresentaram ocorrência maior
de sintomas osteomusculares principalmente nas regiões da parte superior das costas
(70%), parte inferior das costas (63,33%), ombros (60%), pescoço (53,33%) e
punho/mão (53,33%). Em relação à prevalência nos últimos 7 dias, as áreas corporais
mais citadas foram ombros (43,33%), quadril/coxas (40%), parte superior das costas
54 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM; 55 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM; 56 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM; 57 Acadêmico do Curso de Graduação em Educação física na UNOPAR- ROSÁRIO DO SUL 5Professora do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM.
(30%), cotovelos (30%) e pescoço (23,33). As regiões que mostraram maior
porcentagem de queixas para incapacidade funcional foram parte inferior das costas
(23,33%), punho/mão (16,66%), ombros, parte superior das costas, quadril/coxas e
joelhos tiveram o mesmo resultado (13,33%). Em relação às regiões mais citadas quanto
à procura por algum profissional da área da saúde nos últimos 6 meses destacaram-se a
parte inferior das costas (43,33%), parte superior das costas (40%) e ombros (33,33%).
Os funcionários apresentaram uma alta prevalência de sintomas musculoesqueléticos,
nos últimos 6 meses assim como nos últimos 7 dias. Como conseqüência às queixas
relatadas, os funcionários apresentaram ocorrência considerável de impedimento na
realização de atividades normais e procura por algum profissional da área da saúde.
Esses dados sugerem que os sintomas osteomusculares representam um risco
ocupacional.
4 CONCLUSÕES
De acordo com o resultado dessa pesquisa foi possível concluir que a atividade laboral é
um fator de aparecimento de distúrbios musculoesqueléticos, tornando-se necessário
que haja uma assistência da parte da instituição e estratégias para melhorar e prevenir
disfunções relacionadas ao ambiente de trabalho, para uma maior qualidade de vida. Os
resultados da pesquisa confirmam a necessidade de novos estudos quanto aos aspectos
psicossociais, ergonômicos e organizacionais do trabalho.
REFERÊNCIAS
1. MORAES, Deborah Santos Ferreira; et. al. Análise dos sintomas
osteomusculares utilizando o questionário nordico em trabalhadores
ribeirinhos do município de parintins - am, brasil. 2014. Disponível em:
<http://revista.redeunida.org.br/ojs/index.php/cadernos-educacao-saude-
fisioter/article/view/25>. Acesso em 31 de outubro de 2018.
2. PINHEIRO, Fernanda Amaral; et. al. Validação do Questionário Nórdico de
Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade. Brasília, 2002.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v36n3/10492.pdf>. Acesso em:
31 de outubro de 2018.
3. SANTOS, VIVIANA MAURA et. al. Aplicação do questionário nórdico
musculoesquelético para estimar a prevalência de distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho em operárias sob pressão
temporal. Fortaleza, 2015. Disponível em:
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/tn_sto_209_240_27130.pdf> . Acesso
em: 31 de outubro de 2018.
ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores: Fabryciane de Lima Grecco58
Margrid Beuter59
Tatiele Paula¹
Eliane Raquel Rieth Benetti60
Carolina Backes⁴ Larissa Venturini⁵
APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE KATZ EM PESQUISAS COM IDOSOS:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
A avaliação da capacidade funcional nos idosos, que se define como as habilidades
necessárias para a realização de atividades do cotidiano de forma autônoma e
independente, tem grande importância no contexto da internação hospitalar, visto que
esta é conhecida como um fator de risco para o seu declínio. O Índice de Katz, por sua
vez, é um instrumento difundido nas pesquisas da área da saúde devido à sua facilidade
e sensibilidade em identificar dependências nas Atividades de Vida Diária (AVDs).
Neste âmbito, alguns pontos podem ser explorados com a experiência adquirida com o
uso deste instrumento. Ante o exposto, esse relato tem por objetivo descrever e refletir
sobre a utilização do Índice de Katz em pesquisas com idosos hospitalizados.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, de cunho reflexivo, construído a partir da
utilização do Índice de Katz em pesquisas realizadas com idosos hospitalizados.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O Índice de Katz baseia-se numa avaliação da independência funcional dos idosos para
banhar-se, vestir-se, usar o sanitário, mobilizar-se, ser continente e comer sem ajuda
(1963) e os classifica em: A – independente para comer, ser continente, mobilizar-se,
usar o sanitário, vestir-se e banhar-se; B - Independente para realizar todas estas
funções, exceto uma; C – Independente para realizar todas as funções, exceto banhar-se
e outra função mais; D - Independente para realizar todas as funções, exceto para
banhar-se, vestir-se e outra função mais; E - Independente para realizar todas as
funções, exceto banhar-se, vestir-se, usar o sanitário; F - Independente para realizar
58 Discente da Graduação em Medicina da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista PROIC-HUSM 2018. 59Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação
em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. 60Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria. Doutoranda em Enfermagem do Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. 4 Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. 5 Enfermeira do Serviço de Emergência Universitário. Doutoranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem.
todas as funções, exceto banhar-se, vestir-se, usar o sanitário, mobilizar-se e outra
função mais; G - Dependente para realizar as seis funções; e Outro. A Independência
significa que a função se cumpre sem supervisão, direção ou ajuda pessoal ativa, exceto
a que se indica em cada caso. Neste contexto, sua aplicação em pacientes idosos
hospitalizados incita algumas reflexões sobre os seus benefícios, como por exemplo,
delinear o perfil de idosos hospitalizados e subsidiar um plano de cuidados
individualizado, que se adapte às particularidades identificadas pelo Katz e que vise a
manutenção/aumento do nível de autonomia e independência do início da internação.
Além disso, destaca-se que ele pode mensurar a percepção do declínio na capacidade
funcional causada pela hospitalização nos idosos e, também a relação entre as
comorbidades e estado funcional. Em contrapartida, são encontradas algumas
dificuldades para a sua aplicação, que incluem a alteração da cognição do paciente e seu
nível de compreensão.
4 CONCLUSÕES
A hospitalização impõe certo grau de imobilidade a qualquer paciente, mas o declínio
funcional pode manifestar-se rapidamente no idoso. Nesse contexto, o Índice de Katz se
destaca, inclusive em pesquisas, como um instrumento que permite avaliar a
independência para as AVDS, delinear o perfil de idosos hospitalizados e planejar um
plano de cuidado individualizado por meio da avaliação do estado funcional.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. 1. KATZ, S et al. Studies of illness in the aged — The index of ADL: a
standardized measure of biological and psychosocial functions. JAMA. 1963;
185(12):914-9.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Nathália Ruviaro¹
Bruna Schmitz²
Caroline de Oliveira¹
Ernani de Oliveira Mascarenhas de Souza³
Pedro Schmitz Wieckzorek³
¹Hospital São Francisco de Assis – Santa Maria/RS
²Departamento de Psicologia, Curso de Psicologia, Universidade Federal de Santa Maria
³ Departamento de Ciências da Saúde, Curso de Medicina, Universidade Federal de Santa Maria
ASPECTOS ETIOLÓGICOS DO SUICÍDIO: UMA REVISÃO
NARRATIVA DA LITERATURA
1 INTRODUÇÃO
O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo,
cuja intenção seja a morte, usando um meio que acredita ser letal (Associação Brasileira
de Psiquiatria, 2014). É considerado um grande problema de saúde pública, sendo a 11ª
principal causa de mortes entre todos os grupos etários configurando-se como a segunda
nos adultos entre 25 a 34 anos. O Brasil é o oitavo país em número absoluto de
suicídios. Entre os anos de 2000 e 2012 houve um aumento de 10,4% na quantidade de
mortes, sendo observado um aumento de mais de 30% em jovens. Além disso, cada
suicídio tem um sério impacto na vida de pelo menos outras seis pessoas que fazem
parte da rede do indivíduo (Associação Brasileira de Psiquiatria, 2014).
2 MÉTODO
O presente estudo consiste em uma revisão narrativa da literatura, na qual foram
consultados livros clássicos e artigos de periódicos para obtenções relativas ao tema
estudado. Foram utilizados os seguintes descritores para a revisão da literatura:
“suicídio” e “aspectos etiológicos”. Os trabalhos considerados de maior relevância pelos
pesquisadores foram selecionados e incluídos nesta revisão.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O risco de um comportamento suicida é dado por indicadores sociodemográficos e
clínicos. Fatores genéticos, cuja influência direta ainda está sendo estudada, também
parecem estar envolvidos no comportamento, embora sejam passíveis de inferência a
partir da história familiar do sujeito (Bertolote, Mello-Santos & Botega, 2010).
Conforme postulado por Mann e Arango (1999), o processo suicida como uma
predisposição, a partir de uma complexa interrelação de fatores socioculturais, vivências
traumáticas, história psiquiátrica e vulnerabilidade genética.
Uma outra forma de entendimento acerca da suscetibilidade ao comportamento suicida
considera a participação da propensão biológica combinada a fatores ambientais.
(Mann et al., 1999). Outras variáveis, como traços de impulsividade e/ou agressividade,
experiências traumáticas na infância, desamparo, pessimismo, carência de apoio social,
rigidez cognitiva, prejuízo na capacidade de solução de problemas e acesso a meios
letais são alguns componentes desse modelo (Mann, 2013).
Neste sentido, relações parentais violentas e histórico de abuso durante a infância (Dube
et al., 2001), estão associados com níveis maiores de perturbações psiquiátricas e com
uma maior chance de engajamento em atos suicidas (Dube et al., 2001; Wenzel et al.,
2010). Conforme Labonté e Turecki (2010) a vivência de situações traumáticas durante
a infância pode acarretar em desregulação da expressão de genes envolvidos em funções
cerebrais. Tal desregulação funcional tem sido cada vez mais ligada a expressão do
comportamento suicida.
Assim, pode-se sugerir que o comportamento suicida é, em parte, hereditário. A
estimativa da herdabilidade na propensão para o suicídio pode chegar a 55% (Staham et
al. 1998). Estudos em genética apontaram que diversos genes estão implicados na
manifestação do comportamento suicida. Tais genes candidatos regulam proteínas
envolvidas no metabolismo da serotonina, da monoaminoxidase, da dopamina, do ácido
gama-aminobutírico e da catecol-o-metiltransferase (Jimenez-Treviño et al., 2011).
Outro foco de investigação são as alterações do eixo hipófise-hipotálamo-adrenal, com
consequente resposta deficiente de glicocorticóides, principalmente do cortisol, em
situação de estresse (Coryell & Schlesser, 2001). Tais alterações têm sido encontradas
em indivíduos com história de comportamento suicida e em seus familiares (Guintivano
et al., 2014).
Conforme Wenzel et al., (2010) há um número considerável de perturbações
psiquiátricas que podem ser associadas a tentativas de suicídio e ao ato suicida. As mais
comumente descritas na literatura são Transtorno Depressivo Maior, Transtorno Afetivo
Bipolar, transtornos relacionados ao uso de substâncias, transtornos com presença de
psicose e alguns transtornos de personalidade, como o Transtorno de Personalidade
Borderline.
Um estudo de Hughes e Kleespies (2001) identificou que entre 30 e 40% dos indivíduos
que morrem por suicídio possuem alguma condição médica, sendo o comportamento
suicida mais presente em portadores de doenças físicas que causam comprometimento
funcional, desfiguração, dor e dependência de cuidados de outrem (Botega, 2015).
Isoladamente, as doenças físicas não aumentam o risco do comportamento suicida.
Porém, aliadas à presença prévia de vulnerabilidade ao suicídio, pode levar à
desesperança, falta de sentido percebido para a vida e perda significativa de papéis
sociais (Levenson & Bostwick, 2005).
Bertolote et al. (2010) destaca que nenhum dos fatores supracitados possui força
suficiente para, isoladamente, provocar ou prevenir comportamentos suicidas. Entende-
se que é a combinação de inúmeras variáveis relacionadas a questões biológicas,
ambientais e psicológicas que resulta na crise suicida. Os fatores de risco podem ter um
papel causal no desenvolvimento da crise, isto é, aumentam a probabilidade de uma
tentativa de suicídio, mas não são nem necessários nem suficientes para que o ato ocorra
(Dattilio & Freeman, 2004).
4 CONCLUSÕES
O objetivo deste estudo foi verificar, por meio de uma revisão narrativa da literatura, os
principais aspectos etiológicos envolvidos no desenvolvimento do comportamento
suicida. Podemos, a partir desta breve análise, compreender o suicídio enquanto um
comportamento com determinantes multifatoriais e resultado de uma interação de
fatores psicológicos e biológicos.
O conjunto de fatores que predispõem vulnerabilidade ao comportamento suicida inclui
perturbações emocionais e psiquiátricas, fatores socioculturais, vivências traumáticas,
história psiquiátrica e vulnerabilidade genética. Tais fatores não nos permitem, por si
só, prever quais serão os indivíduos que, futuramente, cometerão suicídio, mas nos
permite uma visão ampliada sobre quais são os indivíduos que apresentam maior risco
para tal.
Assim, conhecer a etiologia do comportamento suicida nos permite pensar em
alternativas para prevenção ou minimização de fatores de risco. Uma vez que os índices
de morte por suicídio têm tido um crescimento alarmante no Brasil e no mundo,
conhecer os fatores de riscos implicados no suicídio se mostra indispensável para todos
aqueles atuando na área da promoção e prevenção em saúde.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. Associação Brasileira de Psiquiatria. Suicídio: informando para prevenir.
Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio. Brasília: CFM/ABP, 2014.
2. BERTOLOTE, J. M., MELLO-SANTOS, C., BOTEGA, N.J. Detecção do risco de
suicídio nos serviços de emergência psiquiátrica. Ver Bras Psiquiatria: 2010.
3. BOTEGA, N. J. Crise suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015.
4. CORYELL, W., SCHLESSER, M. The dexamethasone suppresion test and
suicide prediction. Am J Psychiatry: 158(5):748-53, 2001.
5. DATTILIO, F. M., FREEMAN, A. Estratégias cognitivo-comportamental de
intervenção em situações de crise. Porto Alegre: Artmed, 2004.
6. DUBE S.R., et al. Childhood abuse, household dysfunction, and the risk of
attempted suicide throughout the life span: findings from the Adverse
Childhood Expreriences Study. JAMA.;286(24):3089-96, 2001.
7. GUINTIVANO J. et al. Identification and replication of a combined epigenetic
and genetic biomarker predicting suicide and suicidal behaviors. Am J
Psychiatry: 171(12):1287-96, 2014.
8. HUGHES, D., KLEESPIES, P. Suicide in the medically ill Suicide and Life
Threatening Behavior, 31, 48-59, 2001.
9. LABONTÉ, B., TURECKI, G. The epigentics of suicide: explaining the
biological effects of early life environmental adversity. Arch Suicide Res:
14(4):291-310, 2010.
10. JIMENEZ-TREVIÑO, L, et al. Endophenotypesand suicide behaviour. ActasEsp
Psiquiatr.: 39(1):61-9, 2011.
11. LEVENSON, J.L., BOSTWICK J. M. Suicidality in the medically ill. Primary
Psychiatry: 12, 16-18, 2005.
12. MANN, J.J., et al. Toward a clinical model of suicidal behavior in psychiatric
patients. Am J Psychiatry: 156:181-9, 1999.
13. MANN, J.J. The serotonergic system in mood disorders and suicidal behavior.
Philos Trans R SocLond B Biol Sci. 368(1615):20120537, 2009.
14. STAHAM, D.J., et al., Suicidal behavior: an epidemiological and genetic study.
Psychol. Med. 28(4):839-55, 1998.
15. WENZEL, A., BROWN, G. K., , A. T. Terapia cognitivo-comportamental para
pacientes suicidas. Porto Alegre: Artmed, 2010.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Adrielle Trindade Muniz de Oliveira¹
Bruna Beskow Hogem ¹
Margrid Beuter²
Eliane Raquel Rieth Benetti³
Carolina Backs4
Francine Feltrin de Oliveira4
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO HOSPITALIZADO:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, e essa realidade implica em
desafios, especialmente para a área da saúde. Além da condição de agravo que exige a
hospitalização, os idosos apresentam particularidades do processo de envelhecimento,
as quais devem ser consideradas pela equipe de enfermagem. No ambiente hospitalar
observa-se uma discordância entre a demanda dos idosos e a assistência de enfermagem
prestada. Desse modo, tem-se por objetivo relatar e refletir acerca da assistência de
enfermagem ao idoso hospitalizado.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, de cunho reflexivo, construído a partir das
vivências de acadêmicas de enfermagem e enfermeiras diante do cuidado de
enfermagem ao idoso hospitalizado.
1Discente da Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista
PROIC-HUSM 2017.
² Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Associada do Departamento de Enfermagem e do
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde
e Enfermagem. 3Enfermeira do Hospital Universitário de Santa Maria. Doutoranda em Enfermagem do Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem da UFSM. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. 4
Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSM.
Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Na conformação da assistência de enfermagem ao idoso hospitalizado, em geral,
verifica-se que os profissionais são generalistas, o que revela uma lacuna entre o
preparo profissional e as necessidades de cuidado das pessoas idosas. Destaca-se, que o
cuidado de enfermagem requer um direcionamento específico ao idoso, pois durante sua
permanência no hospital, as situações mais simples podem revestir-se de um caráter de
gravidade antes não pensado (DIAS et al., 2014). Assim, além do tratamento instituído,
exames e atendimento às necessidades físicas, é importante que os aspectos emocionais
também sejam considerados quando se cuida de idosos (PROCHET et al., 2012). Ante o
exposto, é imperativo que os profissionais de enfermagem estejam preparados e
qualificados para atender essas pessoas, visto que o cuidado aos idosos demanda
conhecimentos, habilidades e atitudes, pautadas em valores éticos. Uma vez que,
diferentes dificuldades e desafios são enfrentados pela equipe de enfermagem no
cuidado e assistência aos idosos hospitalizados, como a necessidade de uma assistência
direcionada às diversas especificidades da pessoa idosa e de seu processo de
envelhecimento como um todo (SANGUINO et al., 2018). Embora existam
dificuldades, os profissionais de enfermagem têm de estar aptos a desenvolver ações
efetivas na atenção à saúde desse grupo populacional, permeado de particularidades.
4 CONCLUSÕES
A assistência de enfermagem ao idoso hospitalizado enfrenta limitações e o cuidado
prestado a ele requer atenção às particularidades, características do envelhecimento. Isso
exige esforços no planejamento de intervenções de enfermagem que contemplem a
promoção, prevenção e recuperação da saúde dos idosos, numa perspectiva de
valorização do ser humano.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. DIAS, K. C. C. O. et al. O cuidado em enfermagem direcionado para a pessoa
idosa: revisão integrativa. Rev enferm UFPE on line. v. 8, n. 5, p. 1337-46, 2014.
2. PROCHET, T. C. et al. Affection in elderly care from the nurses’ perspective.
RevEscEnferm USP. v. 46, n.1, p. 96-102, 2012.
3. SANGUINO, G. Z. et al. The nursing work in care of hospitalized elderly: limits
and particularities. J res fundam care. v.10, n.1, p160-6, 2018.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
Thais Ribeiro Lauz61
Clarissa Faverzani Magnago 62
Juliana Spolaor Warth 63
ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA NO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como propósito realizar um relato da assistência pela psicologia
junto à Unidade de Apoio Pedagógico do Centro de Ciências da Saúde. Essa inserção
surgiu a partir da crescente necessidade de atenção e prevenção à saúde mental desse
Centro, visando implementar ações ao cuidado pessoal, oportunizando aos alunos
espaços de acolhimento as demandas emocionais suscitadas durante a permanência dos
mesmos na Universidade Federal de Santa Maria. Esta assistência psicológica tem por
objetivo geral atender as necessidades da comunidade acadêmica, tanto individuais
como coletivas, com Acompanhamentos Terapêuticos (AT) e grupos de apoio
psicológico e de convivência, no que se refere à prevenção, intervenção,
acompanhamento e orientação no âmbito dos diversos aspectos do processo psico-
sócio-educativo (PIZZINATO, et al, 2010). Assim, proporcionando reflexões e
discussões aos alunos frente às situações da vivência acadêmica, visando a promoção da
saúde mental dos mesmos e oferecendo suporte emocional que possam interferir no
desenvolvimento discente, tendo como objetivo auxilia-los no crescimento acadêmico,
profissional e pessoal. Outro propósito é também atuar sobre os conflitos discentes que
surgem no período de sua formação, como por exemplo a motivação para os estudos,
sua estrutura de personalidade, a capacidade de resiliência no curso e durante os
estágios, as relações aluno-aluno e professor-aluno e dentre outras demandas
relacionadas que surgem ao longo do trabalho.
2 MÉTODO
Foram criados grupos de apoio psicológico, buscando suscitar reflexões acerca das
potencialidades e limitações de cada um, atentando às dificuldades emocionais que
incidem na vida acadêmica (Oliveira, et al. 2008). Também são utilizadas ferramentas
como o Acompanhamento Terapêutico (AT), a realização de oficinas e orientações
psicológicas e pedagógicas, tendo como intuito auxiliar no desenvolvimento da
identidade pessoal, na prevenção de comportamentos de risco, crises e vulnerabilidades
61 Acadêmica do curso de Psicologia e bolsista da Unidade de Apoio Pedagógico UAP/CCS; 62 Psicóloga da Unidade de Apoio Pedagógico UAP/CCS; 63 Pedagoga da Unidade de Apoio Pedagógico UAP/CCS;
dos alunos, ajudando-os na construção de seu projeto de vida e nas práticas que
demandam a academia.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Através da assistência psicológica junto a Unidade de Apoio Pedagógico do Centro de
Ciências da Saúde, criou-se espaços de discussões e reflexões acerca das dificuldades
relacionais que incidem na vivência acadêmica. Além disso, buscou-se a prevenção de
riscos que implicam a saúde mental dos estudantes e a promoção do desenvolvimento
global dos mesmos, buscando trabalhar aspectos relacionais, de convivência em grupo,
auxiliando no crescimento acadêmico, profissional e pessoal.
4 CONCLUSÕES
Através da interlocução com outras Unidades de Apoio Pedagógico, viu-se a
importância da assistência proposta pela psicologia no Centro de Ciências da Saúde, já
que as demandas psicológicas têm cada vez mais interferido no desempenho, na
interação social e na complexidade da vivência do dia-a-dia dos estudantes e professores
universitários.
REFERÊNCIAS
1. OLIVEIRA, Lizete Malagoni de Almeida Cavalcante et al. Uso de fatores
terapêuticos para avaliação de resultados em grupos de suporte. Acta paul. enferm.
São Paulo, v. 21, n. 3, p. 432-438, 2008. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103210020080003000
08&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 07 Nov. 2018.
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002008000300008.
2. PIZZINATO, A; VALLADÃO, L. I; BRUNNET, A. E; MARTINATO, L; PAZ, T;
LORETO, T. O Acompanhamento terapêutico como uma proposta de reinserção
social. XI Salão de Iniciação Científica: PUCRS, 9 à 12 de ago., 2010. Disponível
em
<http://www.pucrs.br/edipucrs/XISalaoIC/Ciencias_Humanas/Psicologia/83802-
LARISSAIRIGARAYVALLADAO.pdf> Acesso em: 07 Nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Amanda Zapola da Silva64
Natália da Silveira Colissi1
Thiago Corrêa Cardoso1
Daniel Capalonga1
Ana Paula Fioravanti Schacht2
Roseane Cardoso Marchiori3
ASSOCIAÇÃO ENTRE PARACOCCIDIOIDOMICOSE E
TUBERCULOSE, DIFICULDADE DE DIAGNÓSTICO: RELATO DE
CASO.
1 INTRODUÇÃO
A associação entre paracoccidioidomicose (PCM) e tuberculose (TB) é reconhecida há
muito tempo. As doenças podem ocorrer de forma simultânea ou sequencial, sendo que
a frequência dessa associação varia de 5,5 a 19%. A queda da imunidade celular parece
ser a principal responsável pelo desencadeamento de ambas e como a apresentação
clínica das duas doenças pode ser semelhante, observou-se que vários pacientes com
diagnóstico definido de PCM fizeram tratamento prévio para TB, porém sem
confirmação baciloscópica.
2 MÉTODO
Relato de caso retrospectivo do Hospital Universitário de Santa Maria.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A. C. S., sexo masculino, 48 anos, cor branca, casado, natural e procedente de Três
Barras, agricultor aposentado. Histórico de tabagismo: 150 cigarros ou 7, 5 maços por
dia, dos 16 aos 48 anos e etilista até 10 anos atrás. Tuberculose pulmonar
adequadamente tratada em 2009 e 2010 (BAAR positivo no escarro em ambas). Há um
ano apresenta dispneia aos esforços, com piora significativa nos últimos 4 meses.
Atualmente a dispneia é aos pequenos esforços, apresenta tosse com expectoração
purulenta, sem hemoptise. Nega febre, sudorese noturna, perda de apetite e de peso,
síncope, cianose, dor. Em atendimento na UPA de Santa Maria, a TC de tórax
apresentou achados compatíveis com doença infecciosa granulomatosa e a
fibrobroncoscopia foi normal, com lavado broncoalveolar e escarro negativos para
BAAR e fungos, no exame direto. Transferido ao HUSM para investigação. Ao exame,
encontrava-se em estado regular, mucosas úmidas, coradas e acianóticas, PA de
121/85mmHg, FC 92 bpm, temperatura 35,3°C e saturação O2 91%. Sem alterações
64 Acadêmico do curso de medicina da UFSM. 2 Residente Médico do HUSM. 3 Professora do departamento de Clínica Médica da UFSM.
cardiovascular e abdominal. Murmúrio vesicular diminuído, com estertores finos em
ápice pulmonar esquerdo e sibilos em bases pulmonares bilaterais. Na investigação da
dispneia, foi afastada a possibilidade de TEP e confirmado DPOC grave, com
VEF1/CVF de 47%. Na investigação da alteração imagética, foi exaustivamente
investigada a presença de BAAR e fungos em escarro e lavado broncoalveolar, sempre
negativos ao exame direto. Devido à indefinição diagnóstica, foi submetido à biópsia
pulmonar por videotoracoscopia, cujo anatomopatológico evidenciou a presença do
Paracoccidioides brasiliensis. Foi iniciado Itraconazol 100mg, 2 comprimidos VO ao
dia, teve alta hospitalar com orientação de completar 6 meses de tratamento.
4 CONCLUSÕES
A PCM acomete indivíduos do sexo masculino (proporção de 15:1, trabalhadores do
campo, com idade entre 30 e 50 anos. Habitualmente são oligossintomáticos, mas com
significativas alterações radiológicas, habitualmente bilaterais e simétricas (nódulos,
micronódulos, reticulação, cavidades, lesão em “asa de borboleta”). A TB, por outro
lado, acomete ambos os sexos, em qualquer idade, habitualmente são sintomáticos, com
exame físico e imagem radiológica torácica apresentando alterações predominantemente
nos segmentos ápico-posteriores, de um ou de ambos pulmões. A associação entre PCM
e TB não é rara e o diagnóstico diferencial entre elas, baseado na história clínica e em
dados radiológicos pode ser difícil. O tratamento incorreto ou o não tratamento aumenta
a chance de sequelas pulmonares e morte, o que torna fundamental a pesquisa exaustiva
e até invasiva, como no caso, do agente etiológico.
REFERÊNCIAS
1. JÚNIOR, R.Q.; GRANGEIA, T.A.G.; MASSUCIO, R.A.C.; REZENDE, S.M.;
BALTHAZAR, A.B. Associação entre paracoccidioidomicose e tuberculose:
realidade e erro diagnóstico. Jornal Brasileiro de Pneumologia - 2007 -
Volume 33 - Número 3 (Maio/Junho). Disponível em:<
http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=614>.Acesso
em: 27 de outubro de 2018.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores: Cecília Pletschette Galvão65
Viviane Dutra Piber66
Dani Laura Peruzzolo67
ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO TRATAMENTO
INTENSIVO EM UNIDADE NEONATAL
1 INTRODUÇÃO
A gestação compreende um período de grandes mudanças na vida da mulher e sua
família, de impacto físico, psíquico e cotidiano. Em situações de risco, para a mãe ou
para o bebê, há uma mudança no ritmo natural do processo de nascimento e seu impacto
pode acarretar situações estressantes e desafiadoras para a família (DITZZ, et. al.,2011).
A necessidade de internação após o nascimento do bebê em Unidades de cuidado
especializado de alto nível tecnológico pode ocasionar, nos pais, sentimentos de medo,
negação e culpa, além de uma sensação de desamparo frente à inúmeros aparelhos,
profissionais, normas e condutas, que nunca foram pensados como fazendo parte de seu
cotidiano. Dessa forma, a internação pode acarretar em desorganização familiar,
conflito de papéis e dificuldade de manter atividades cotidianas (DITZZ, MOTTA e
SENNA, 2008). Nesse sentido, o Terapeuta Ocupacional atua de modo a oferecer
cuidado integrado, baseando-se nas teorias de Cuidado centrado na Família. Esse
modelo de atenção configura-se por um reconhecimento do importante papel que a
família desempenha na vida da criança, identificando suas preocupações, prioridades e
recursos. A TO oferece conhecimento de técnicas de cuidado, fortalece a família para
que possam exercer/assumir seus papéis ocupacionais de pais, mesmo em ambiente tão
especializado (UTIN). O trabalho é fundamentado numa parceria mútua e benéfica entre
família e equipe, implicados nos cuidados e bem-estar do bebê, além do fortalecimento
de vínculo (DITZZ, MELO e PINHEIRO, 2006). Este trabalho tem o objetivo de
apresentar a atuação do Terapeuta Ocupacional na UTI neonatal do HUSM.
2 MÉTODO
Relato reflexivo escrito a partir das práticas em UTIN e das discussões feitas nas
supervisões realizadas pela tutoria de núcleo da Terapia Ocupacional vinculada à
Residência Multiprofissional
65 Terapeuta Ocupacional Residente do segundo ano 66 Terapeuta Ocupacional Residente do primeiro ano 67 Professora Doutora do curso de Terapia Ocupacional/UFSM
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O núcleo de Terapia Ocupacional iniciou sua inserção na equipe da UTI neonatal por
meio do programa de Residência Multiprofissional, inicialmente na Unidade Canguru.
A partir das observações da dinâmica do serviço e das características dos bebês e suas
família foram propostas diversas intervenções para oferecer apoio à mãe/família,
buscando minimizar o sofrimento inerente à condição de ter um filho internado em
UTIN, bem como desenvolver habilidades de enfrentamento diante desta condição. O
Terapeuta Ocupacional visa garantir à família o desempenho dos papéis ocupacionais de
cuidadores primários, muitas vezes substituído pela equipe de saúde. O Terapeuta
incentiva a participação durante as tarefas de cuidados (troca fraldas, banho, medição de
temperatura, etc), enfatiza a importância e orienta o contato olho-no-olho, o falar para o
bebê, e dar colo (estímulos sensoriais). Orienta o aleitamento materno, viabiliza a troca
de informações entre a equipe e a família e estimula/orienta a manutenção de vínculos
familiares além da UTIN. Tais intervenções colocam os pais em uma posição mais ativa
frente aos cuidados com seu filho, aumentando a satisfação frente o desejo de cumprir
com os papéis ocupacionais, qualificando o vínculo, aumentando a sensação de
competências no pós-alta. Reduz o estresse decorrente da internação e aumenta a
prevalência do aleitamento materno. Estes resultados interferem positivamente na
assistência, pois os profissionais de saúde também fiquem mais satisfeitos com os
resultados positivos de seu trabalho.
4 CONCLUSÕES
O cuidado ao recém-nascido pré-termo e sua família é extremamente complexo e
inúmeros fatores impactam sua permanência durante a internação na UTIN. A Terapia
Ocupacional, considerando ações multiprofissionais, oferece tratamento voltado para
bom desenvolvimento do bebê, para a sustentação/produção de vínculo, através da
valorização/orientação dos papéis ocupacionais dos pais frente a assistência necessária
ao bebê prematuro.
REFERÊNCIAS
1. DITTZ, E.S. et al . Cuidado Materno ao recém-nascido na Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal: possibilidade e desafios. Cienc. enferm., Concepción , v.
17, n. 1, p. 45-55, 2011.
2. DITTZ, E.S.; MOTA, J.A.C.; SENA, R.R. O cotidiano no alojamento materno,
das mães de crianças internadas em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Rev. Bras. Saude Mater. Infant., Recife , v. 8, n. 1, p. 75-81, Mar. 2008.
3. DITTZ, E.S; MELO, D.; PINHEIRO, Z. A Terapia Ocupacional no contexto da
assistência à mãe e à família de recém-nascidos internados em unidade de
terapia intensiva . Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São
Paulo, São Paulo, v. 17, n. 1, p. 42-47, 1 abr. 2006.
ÁREA TEMÁTICA: Ensino/Pesquisa
Autores:
Hentielle Feksa Lima68
Jônatas Morelatto²
Rafaela Andolhe³
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO EM UNIDADE DE INTERNAÇÃO
CLÍNICA CIRÚRGICA ADULTA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Planejar e organizar um serviço de modo que funcione em conformidade com os
padrões de qualidade exigidos, é um desafio contínuo para os gestores de saúde. A
melhoria da qualidade e da segurança está associada à assistência de enfermagem
prestada, constituindo um ponto imprescindível no aprimoramento das ações
promovidas e executadas pela equipe de enfermagem (ROSSETTI; GAIDZINSKI,
2011). Nessa perspectiva, com relação a Unidade de Internação Clínica Cirúrgica,
campo de vivência desse relato, Magalhães e Juchem (2001), apontam que as funções
primordiais do enfermeiro, neste local, constituem-se em disciplinar, supervisionar e
administrar as práticas de enfermagem.
2 MÉTODO
Este trabalho trata-se de um relato de experiência das atividades desenvolvidas durante
o período de janeiro a fevereiro de 2018 por uma acadêmica de Enfermagem do sexto
semestre da Universidade Federal de Santa Maria, acompanhada pelo enfermeiro da
unidade e supervisionada por uma professora.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Durante as experiências oportunizadas foi possível identificar que o profissional
enfermeiro possui autonomia e está inserido nos diferentes espaços do setor, atuando
como um gestor em saúde. Tal competência exige a prática de habilidades como a
comunicação, organização, tomada de decisão, boa relação interna com a equipe
multiprofissional e com o indivíduo hospitalizado e/ou familiares. Segundo Greco
(2004), a enfermagem atual é responsável pela gerência de unidades, atividade esta que
engloba a previsão, provisão, manutenção, controle de recursos materiais e humanos
para o funcionamento do serviço e pela gerência do cuidado.
4 CONCLUSÕES
Ao término das vivências em uma Unidade de Internação Clínica Cirúrgica Adulta foi
possível aprimorar competências distintas e de suma importância, como gerenciamento,
manejo de paciente e comunicação entre equipes. Concluo, assim, que tal experiência
proporcionou além do aperfeiçoamento de técnicas, uma reflexão profunda enquanto
acadêmica, uma vez que carregamos conosco todos os aprendizados que vivenciamos
no decorrer da graduação, ensinamentos teóricos e, também, legados de profissionais
corretos, éticos, que enxergam o paciente de forma integral, respeitando sua história e o
contexto que estão inseridos. Tais características elevam a importância do profissional
enfermeiro nos espaços de gerenciamento do cuidado, exercendo a profissão de forma
íntegra, mostrando seu diferencial e unindo equipes que, muitas vezes, trabalham de
forma isolada e fragmentada.
REFERÊNCIAS
1. Rossetti AC., Gaidzinski RR. Estimativa do quadro de pessoal de
enfermagem em um novo hospital. Rev. Latino am. enferm. 2011;19(4).
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlae/v19n4/pt_21.pdf >. Acesso em:
24 out 2018.
2. Magalhães AM.; Juchem BC. Atividades do enfermeiro em unidade de
internação cirúrgica de um hospital universitário. R. gaúcha Enferm. Porto
Alegre, v. 22. jul. 2001. Disponível em:
<http://www.seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/viewFile/4382/2
330>. Acesso em: 24 out. 2018.
3. Greco RM. Ensinando administração em enfermagem através da educação
em saúde. Rev Bras Enferm.2004;57(4):472-4. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/reben/v57n4/v57n4a26.pdf>. Acesso em: 24 out.
2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Melissa Gewehr69
Margrid Beuter70
Larissa Venturini71
Carolina Backes72
Francine Feltrin de Oliveira4
Jamile Lais Bruinsma3
AULA PRÁTICA EM ILPI: EXPERIÊNCIA EM DOCÊNCIA
ORIENTADA DE ALUNOS DA PÓS-GRADUAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
O avançar da idade traz consigo, comumente, limitações físicas e/ou cognitivas,
dependência em atividades de vida diária, básicas e instrumentais que acometem os
idosos, principalmente os mais longevos. Essas restrições estão associadas ao declínio
nas condições de saúde da população idosa, causados, em especial, pelos elevados
índices de doenças crônicas não transmissíveis nesta população (DUARTE; LEBRÃO,
2013). Nessa perspectiva, como opção para atender às necessidades sociais da sociedade
moderna, surgiram as Instituições de Longa Permanência de Idosos (ILPI`s) mantidas
pelo governo, por associações religiosas e beneficentes, ou por familiares. Nesse
contexto, o presente trabalho objetiva relatar a experiência de alunos da pós-graduação
na participação em aulas práticas em uma ILPI da região central do Estado do Rio
Grande do Sul (RS).
2 MÉTODOS:
Trata-se de um relato de experiência baseado na participação de discentes de dois
Programas de Pós-Graduação da UFSM (Enfermagem e Gerontologia), nos meses de
agosto a novembro de 2018, na Disciplina de Docência Orientada desenvolvido em
aulas práticas da Disciplina Enfermagem Gerontogeriátrica, ofertada ao 6º semestre do
Curso de Graduação em Enfermagem da UFSM. As aulas práticas são desenvolvidas
em uma ILPI feminina localizada na região central do RS.
69 Enfermeira, mestranda PPGERONTO/UFSM; 70 Enfermeira. Doutora. Docente do Departamento de Enfermagem da UFSM; 71 Enfermeiras, mestrandas PPGENF/UFSM; 72 Enfermeiras, doutorandas PPGENF/UFSM;
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
A referida ILPI abriga aproximadamente 190 idosas. Na Instituição residem idosas com
diferentes níveis cognitivos, apresentando consequentemente distintos graus de
autonomia e de independência. Como método organizacional e assistencial a Instituição
busca distribuir as idosas residentes de acordo com suas capacidades cognitiva e
funcional. Assim, em uma das alas da Instituição abrigam-se somente idosas com
incapacidade cognitiva. Ao acompanhar o grupo de graduandos do 6º semestre, no
decorrer das aulas práticas na Instituição, percebeu-se que a atuação do grupo junto às
idosas com incapacidade cognitiva, em especial às que apresentam algum tipo de
transtorno mental, foi a que se mostrou embaraçosa e repleta de estigmas. Estudo com
acadêmicos de medicina no reino unido revelou que os idosos com transtornos mentais
são vistos como objetos de estigma e exclusão social, favorecido pela falta de um
entendimento claro sobre a natureza e as consequências das doenças mentais
(MEDEIROS; FOSTER, 2014). Atitudes e ações de algumas idosas com transtornos
mentais graves que encontravam-se em crises agudas ocasionaram impacto e
sentimentos de impotência nos acadêmicos.
4 CONCLUSÃO:
Essa experiência permitiu aos discentes vivenciar parte da realidade dos idosos em ILPI,
bem como refletir sobre a compreensão acadêmica acerca de pessoas com transtornos
mentais. Reflete-se por meio desse relato a importância de mais espaços para discussão
e sensibilização dos acadêmicos acerca de idosas com incapacidade cognitiva a fim de
instrumenta-los e preencher essa lacuna acadêmica.
REFERENCIAS:
1. DUARTE; LEBRÃO. Fragilidade e envelhecimento. In: FREITAS, E.V.; PY,
L.; CANÇADO, F.A.; GORZONI, M.L. Tratado de geriatria e gerontologia.
3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2013; p. 1131-41. Disponível em: <
https://ftramonmartins.files.wordpress.com/2016/09/tratado-de-geriatria-e-
gerontologia-3c2aa-ed.pdf>. Acesso em: 05 de novembro de 2018.
2. MEDEIROS, B.; FOSTER, J. A doença mental no idoso: representações sociais
de estudantes de medicina no Reino Unido. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo ,
v. 48, n. spe2, p. 132-138, Dec. 2014 . Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v48nspe2/pt_0080-6234-reeusp-48-nspe2-
00132.pdf> Acesso em: 05 de novembro.
AREA TEMÁTICA Ensino/ Pesquisa
Autores:
Thailini Silva de Mello73
Silviamar Camponogara74
Camila Pinno75
Thaís Brasil Brutti76
Daniela Moreira5
AUTONOMIA, PADRÕES DO CONHECIMENTO E A ENFERMAGEM:
UMA REFLEXÃO
1 INTRODUÇÃO
A proposta de prestar um cuidado de qualidade, está baseada em teorias que se tornam
cada vez mais necessárias para oferecer uma assistência de qualidade e com vistas na
conquista de enfermagem como ciência. Diante disso, discussões e reflexões sobre
autonomia e os padrões de conhecimentos de Bárbara Carper, demostram-se essenciais
para a enfermagem. Portanto, objetivou-se realizar uma reflexão crítica sobre o
envolvimento dos padrões de conhecimento em vista da autonomia profissional de
enfermagem.
2 MÉTODO
Trata-se de uma revisão narrativa da literatura científica, realizada por meio de busca
online, em setembro de 2018, na biblioteca Scientific Electronic Library Online
(SCIELO) e na base de dados Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS) utilizando as palavras-chave "autonomia” AND “padrões do
conhecimento”.
73 Graduanda em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista de
iniciação científica CNPq; 74 Docente do Departamento de Enfermagem UFSM; 75 Doutoranda em Enfermagem UFSM; 76 Graduanda em Enfermagem UFSM. Bolsista de iniciação científica CNPq; 5 Graduanda em Enfermagem UFSM. Bolsista de iniciação científica PROIC-HUSM.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Autonomia, segundo Rosenfield e Alves (2011) é uma necessidade que leva os
profissionais a buscarem maior qualificação, competência e desenvolvimento de
condutas e comportamentos frente as atividades. É uma condição essencial e inevitável
do desenvolvimento da competência profissional. A autonomia pode ser definida como
uma ferramenta para a tomada de decisão, participação das organizações e intervenção
nos processos de trabalho (KOVÁCS,2006). A partir do conceito de autonomia e tendo
em vista a melhora na qualidade da assistência de enfermagem, aproxima-se os padrões
de conhecimento de Bábara Carper, que integram a gama de teorias que contribuem
para enfermagem. Os conhecimentos apresentados por Carper são: O conhecimento
empírico, descrito como ciência da enfermagem, factual, descritivo e verificável. O
conhecimento estético, representa a arte da enfermagem, é subjetivo e concretiza-se no
cuidado. O padrão ético envolve o conhecimento de códigos e normas éticas de
enfermagem. E, o conhecimento pessoal, o entendimento de si, buscando estabelecer
um relacionamento de reciprocidade com o outro (PERSEGONA, et al. 2009).
Portanto, o cuidado do ser humano é amplo e precisa estar baseado em teorias
consistentes. Para isso, autonomia e padrões do conhecimento são utensílios teóricos
que podem ser utilizados pelos profissionais no cuidado integral dos pacientes. A
autonomia permite que o profissional se torne mais seguro a partir do conhecimento que
busca, permite um melhor entendimento sobre os cuidados desenvolvidos e contribui
para a participação de enfermeiros na tomada de decisões. Os padrões de conhecimento,
permitem uma melhor visibilidade das ações dos profissionais, possibilitando uma
compreensão do cuidado no aspecto empírico, ético, pessoal e estético.
4 CONCLUSÕES
Assim, a evolução do saber em enfermagem é baseada em princípios científicos para
planejamento da assistência e formulação de concepções teóricas que deem conta da
complexidade que envolve o cuidado. Recomenda-se a realização de estudos da área de
enfermagem visando o envolvimento dos padrões do conhecimento, em vista a
autonomia de enfermagem.
REFERÊNCIAS
KOVÁCS, I. Novas formas de organização do trabalho e autonomia no trabalho.
Sociologia, Problemas e Práticas, n.52, p.41-65,2006.
PERSEGONA, K. R. et al. O conhecimento político na atuação do enfermeiro. Escola
Anna Nery, Revista de Enfermagem. Vol13, p 645-650,2009.
ROSENFIELD, C. L.; ALVES, D. A. Autonomia e trabalho informacional: o
teletrabalho. Revista de Ciências Sociais, vol54, p207-233, 2011.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Ylana de Albeche Ambrosio 77
Sabrina de Oliveira de Christo 78
Sara Soares Milani 79
Carlos Eduardo Mendes Vargas 80
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS
RESIDENTES EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Atualmente observa-se, no mundo todo, o aumento absoluto e proporcional da
população idosa e, sabendo-se que o declínio da capacidade funcional aumenta com a
idade, todos os esforços devem ser envidados no sentido de prevenir a dependência
física e de retardá-la o máximo possível. O desempenho das atividades de vida diária é
considerado um parâmetro aceito e legítimo para firmar essa avaliação, sendo utilizado
pelos profissionais da área de saúde, e de extrema valia para o enfermeiro, para avaliar
graus de dependência de seus clientes. Pode-se entender avaliação funcional, dentro de
uma função específica, como sendo a avaliação da capacidade de autocuidado e de
atendimento às necessidades básicas diárias, ou seja, do desempenho das atividades de
vida diária, tarefas do cotidiano, consideradas banais e, portanto, de fácil execução, vão
paulatinamente e muitas vezes de forma imperceptível, tornando-se cada vez mais
difíceis de serem realizadas, até que o indivíduo percebe que já depende de outra pessoa
para tomar um banho, por exemplo. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a habilidade
do idoso em desempenhar suas atividades cotidianas, as atividades básicas de vida,
indicando se existe independência ou dependência parcial ou total para a sua realização.
2 MÉTODO
A pesquisa foi realizada em setembro de 2018 e a amostra foi composta por 65 idosos,
residentes de clínicas de longa permanência localizadas na cidade de Santa Maria. O
instrumento de avaliação utilizado foi o Índice de Katz para AVDs, esse índice foi
desenvolvido para ser usado em pacientes institucionalizados sendo freqüentemente
utilizado para a avaliação das AVDs em idosos. O grau de assistência exigida foi
avaliado em seis atividades: tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência,
continência e alimentar-se. Os dados foram coletados dos cuidadores dos idosos tendo
em vista as alterações cognitivas e as fragilidades dos participantes.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Definiu-se como incapacidade funcional para cada domínio a necessidade de ajuda
parcial ou total para a realização de, no mínimo, uma atividade da vida diária. Para ser
77 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia na ULBRA- SM; 78 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia na ULBRA- SM; 79 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia na ULBRA- SM; 80 Acadêmico do Curso de Graduação em Educação física na UNOPAR- ROSÁRIO DO SUL.
classificado como independente o idoso precisa conseguir realizar todas as atividades
sem nenhum tipo de ajuda, para dependência moderada no mínimo quatro atividades e
para muito dependente conseguir realizar duas ou menos atividades.
Dos 65 idosos avaliados, 64,61% foram classificados como muito dependente, 13,84%
com dependência moderada e 21,53% como independente.
Idosos Independente Dependência
Moderada
Muito dependente
65 21,53% 13,84% 64,61%
Total 14 idosos 09 idosos 42 idosos
4 CONCLUSÕES
Conclui-se que a incapacidade funcional em atividades básicas adquirida com o
aumento da idade é um importante indicador para que os serviços de saúde planejem
ações visando prevenir ou postergar a incapacidade funcional, garantindo independência
e maior qualidade de vida ao idoso. A incapacidade funcional constitui um forte preditor
de mortalidade na população de idosos, devendo, portanto, ser incluída na rotina de
avaliação diagnóstica dos profissionais de saúde que lidam com este público-alvo.
REFERÊNCIAS
1. ARAÚJO, Maria Odete Pereira Hidaldo; CEOLIM, Maria Filomena. Avaliação
do grau de independência de idosos residentes em instituições de longa
permanência. Rev Esc Enferm USP 2007; 41(3):378-85. Disponível em:
<http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/21702/1/S0080-
62342007000300006.pdf>. Acesso em: 12 de outubro de 2018.
2. DUARTE, Yeda Aparecida de Oliveira; ANDRADE, Claudia Laranjeira de
Andrade; LEBRÃO, Maria Lúcia. O Índex de Katz na avaliação da
funcionalidade dos idosos. Rev Esc Enferm USP 2007; 41(2):317-25.
Disponível em:
<http://hygeia.fsp.usp.br/sabe/Artigos/Indice_de_Katz_na_avaliacao_da_funcio
nalidade.pdf>. Acesso em: 12 de outubro de 2018.
3. DUCA, Giovâni Firpo; SILVA, Marcelo Cozzensa; HALLAL, Pedro Curi.
Incapacidade funcional para atividades básicas e instrumentais da vida
diária em idosos. Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Faculdade de
Medicina. Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Pelotas, RS, Brasil.
Disponível em: <https://www.scielosp.org/article/rsp/2009.v43n5/796-805/pt/>.
Acesso em: 12 de outubro de 2018.
4. LINO, Valéria Teresa Saraiva et al. Adaptação transcultural da Escala de
Independência em Atividades da Vida Diária (Escala de Katz). Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro, 24(1):103-112, jan, 2008. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/csp/v24n1/09.pdf>. Acesso em: 12 de outubro de
2018.
5. MARRA TA; PEREIRA LSM; FARIA CDCM; PEREIRA DS 2; MARTINS
MAA; E TIRADO MGA .Avaliação das atividades de vida diária de idosos
com diferentes níveis de demência. Revista Brasileira de Fisioterapia. São
Carlos, v. 11, n. 4, p. 267-273, jul./ago. 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v11n4/a05v11n4>. Acesso em:12 de outubro de
2018.
6. OLIVEIRA DLC, GORETTI LC, PEREIRA LSM. O desempenho de idosos
institucionalizados com alterações cognitivas em atividades de vida diária e
mobilidade: estudo piloto. Revista Brasileira de Fisioterapia. Vol. 10, No. 1
(2006), 91-96. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbfis/v10n1/v10n1a12.pdf>. Acesso em: 12 de
outubro de 2018.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Sabrina de Oliveira de Christo81
Ylana de Albeche Ambrosio82
Sara Soares Milani83
Larissa Teresita Rodriguez Pintos84
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM IDOSOS
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento gera diminuição da força muscular respiratória, nesse sentido,
estudos demonstraram que a idade é um preditor negativo da força muscular
respiratória, com significância estatística tanto em homens quanto em mulheres. Uma
das principais mudanças no sistema respiratório com o avançar da idade é a diminuição
do recolhimento elástico dos pulmões e da complacência da caixa torácica.
2 MÉTODO
A pesquisa foi realizada com 15 idosos, dos quais 9 são institucionalizados, de ambos
os sexos com idades entre 60 e 88 anos sem diagnóstico prévio de patologias
respiratórias. A avaliação realizada foi a manovacuometria, que avalia a pressão
inspiratória máxima (Pimáx) e pressão expiratória máxima (Pemáx). As pressões
respiratórias máximas foram verificadas por um manovacuômetro digital com os
pacientes sentados, usando clipe nasal e bocal firmes entre os lábios. Foram realizadas
duas manobras de aprendizado e cinco manobras para a obtenção de cada pressão e
considerado o maior valor entre elas.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dos 15 idosos avaliados, 6 apresentaram a Pimáx entre -40 a -75cmH20, significando
fraqueza muscular respiratória e 9 idosos apresentam força muscular respiratória acima
desse valor, sendo considerado um resultado normal. Um idoso com fraqueza muscular
respiratória pode apresentar dispneia profunda, diminuição progressiva da capacidade
de tosse, aumento do trabalho em ventilação profunda, aumento da frequência
respiratória e diminuição da capacidade vital entre 20 a 40%. Os dados coletados foram
tabelados no Excel (versão 2007) sendo calculados as médias e desvio padrão, a média
Pimáx (84,88) e Pemáx (86,38), desvio padrão Pimáx (14,89) e Pemáx (21,51).
4 CONCLUSÕES
Com base nesses resultados conclui-se que os idosos da instituição não possuem
fraqueza muscular respiratório, porém mesmo que os resultados da pesquisa
81 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 82 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 83 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 84 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM.
demonstram que 9 dos participantes possuem força muscular respiratória normal foi
possível perceber que há uma necessidade de um acompanhamento multiprofissional
para esse idosos, já que alguns apresentaram resultados um pouco abaixo do normal,
tornando-se necessário intervenções e fortalecimento dos músculos respiratórios.
REFERÊNCIAS
1. ALVES, Monaline do Nascimento; BARBOSA, Fernando Policarpo; CRUZ, Maria
do Socorro. Avaliação da força da musculatura respiratória em idosas ativas e
sedentárias. 4º congresso internacional de envelhecimento humano 2015.
Disponível em:
<http://www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/TRABALHO_EV040_M
D4_SA7_ID2932_25082015142544.pdf>. Acesso em: 31 out. 2018.
2. PASCOTINI, Fernanda dos Santos et al. Força muscular respiratória, função
pulmonar e expansibilidade toracoabdominal em idosos e sua relação com o
estado nutricional. Fisioter Pesqui. 2016;23(4):416-422. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/fp/v23n4/2316-9117-fp-23-04-00416.pdf>. Acesso em:
31 out. 2018.
3. SANTOS, Taismara Taismara Castelli; TRAVENSOLO, Cristiane de Fátima.
Comparação da força muscular respiratória entre idosos sedentários e ativos:
estudo transversal. Revista Kairós Gerontologia, 14(6). ISSN 2176-901X. São
Paulo (SP), Brasil, dezembro 2011: 107-121. Disponível em:
<https://revistas.pucsp.br/index.php/kairos/article/viewFile/11702/8425>. Acesso
em: 31 out. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
SABIN, Luiza Dressler¹;
SILVA, Jaqueline Scalabrin²;
MAGNAGO, Tânia Solange Bosi de Souza³
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SONO DOS FAMILIARES DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO
1. INTRODUÇÃO: O sono representa uma das necessidades primordiais e básicas do
ser humano. Para o organismo se restabelecer em suas funções fisiológicas é necessário
realizar um período de descanso para que um novo ciclo de atividades possa ter inicio.
Porém, ao estar na situação de cuidador de uma criança ou adolescente em tratamento
oncológico, esta função pode encontrar-se alterada.
2. OBJETIVO: identificar a qualidade de sono dos familiares e cuidadores de crianças
e adolescentes em tratamento oncológico de um hospital universitário do Sul do Brasil.
3. MÉTODO: estudo transversal, quantitativo, realizado com 62 familiares de crianças
e adolescentes internados para tratamento oncológico, que obedeciam aos critérios de
inclusão e exclusão. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa
(CAAE: 61553616.6.0000.5346), seguindo os preceitos éticos da Resolução 466/2012.
Foram aplicados os instrumentos de Escala de Estresse Percebido (PPS-14), qualidade
de vida (WHOQOL-bref) e Distúrbio Psíquico Menor (SRQ-20).
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: no instrumento SRQ-20,
51,06% (n= 32) referiram “dormir mal”. Na escala WHOQOL-bref quando
questionados “quão satisfeito voce esta com o seu sono?” 21% (n= 13) referiram estar
insatisfeitos e 21% (n= 13) nem satisfeitos, nem insatisfeitos. Quando questionados
sobre, ”quão satisfeito voce está com sua capacidade de desempenhar as atividades de
seu dia a dia?” 59,7% (n=37) referiram estar satisfeitos. Na escala PPS-14 quando
questionados, “voce tem conseguido controlar as irritações em sua vida?” 41% (n=25)
referiram quase sempre. A maioria dos participantes referiu dormir mal e quando
questionados quanto à satisfação com o sono, a maioria está entre insatisfeito e nem
satisfeito, nem insatisfeito, mostrando que a qualidade do sono destes familiares
encontra-se prejudicada. Evidenciando que há fatores que levam os familiares a
refletirem suas condições e acometimento, identificando um padrão ineficaz do sono,
repercutindo em déficits de memória, menos disposição e maior fadiga. Em
contrapartida a má qualidade do sono não influenciou quanto à capacidade de
desempenhar atividades do dia a dia, nem no controle das irritações em sua vida.
Este resultado pode ser devido à atenção dos pais estar voltada para o paciente, pois eles
tomam para si este papel de cuidador não delegando esta função, onde cuidar é uma
doação a um ser que pertence, que envolve responsabilidade, afeto, apego, prazer e
muita força, onde a criança vem em primeiro lugar.
5. CONCLUSÕES: o sono de familiares de crianças e adolescentes em tratamento
oncológico encontra-se prejudicado no momento da internação e isso pode refletir no
cuidado prestado às crianças e adolescentes. Desta forma é notório que os profissionais
da saúde, garantam maior suporte a esses familiares, ofertando-lhes um ambiente mais
tranquilo e confortável, com orientações e momentos de conversas com os profissionais,
melhorando sua qualidade de vida e assim exercendo da melhor forma possível o papel
de cuidador.
REFERÊNCIAS:
1. AMADOR, D. D. et al. Repercussões do câncer infantil para o cuidador familiar:
revisão integrativa. R. Bras. Enferm, v. 66, n. 2, p. 267-270, Brasília, 2013.
2. AMADOR, D.D. et.al. Concepções de cuidado e sentimentos do cuidador de
crianças com câncer. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.
Acta Paul Enferm. 2013; 26(6):542-6,2013.
3. FISCHER, Frida Marina; TEIXEIRA, Liliane Reis; BORGES, Flávio
Nortonicola; Percepção de Sono: duração, qualidade e alerta em profissionais da
área de enfermagem, in: Caderno de Saúde pública, Rio de Janeiro, 18(5): 1261-
1269, set-out, 2002.
4. FLECK, M. P. A. et al. Aplicação da versão em português do instrument de
avaliação da qualidade de vida “WHOQOL-bref”. R. Saúde Pública, v. 34, n. 2,
p. 178-183, São Paulo, 2000.
5. SANTOS, K. O. B. et. al. Avaliação de um instrumento de mensuração de
morbidade psíquica: estudo de validação do Self-Reporting Questionnaire
(SRQ-20). Rev Baiana Saude Publica Miolo, v. 34, n. 3 indd 545, 2010.
1Graduanda em Enfermagema na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Bolsista Proic-HUSM.
2Enfermeira. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da
Universidade Federal de Santa Maria (PPGENF/UFSM).
3Enfermeira. Doutora em Enfermagem e Docente do PPGENF/UFSM. Orientadora.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
André Lucas Bezerra Pacheco85
Geovane de Almeida Saldanha86
André Valle de Bairros87
AVALIAÇÃO DE AMOSTRA SANGUÍNEA APROPRIADA PARA
ANALISE CROMATOGRÁFICA DE BENZODIAZEPÍNICOS
1 INTRODUÇÃO
Os benzodiazepínicos são uma classe de fármacos utilizados no tratamento de distúrbios
do sistema nervoso central como ansiedade, insônia e convulsões. Entretanto, o abuso
revela o seu potencial de dependência e intoxicações. Para determinar estas moléculas,
ensaios extrativos são empregados com posterior injeção em sistemas cromatográficos
como a cromatografia líquida com detector ultravioleta-visível (LC-UV/vis). A LC-
UV/Vis é um equipamento que permite a técnica dilute-and-shoot, do qual uma pequena
amostra de fluido biológico é desproteinizado com uma determinada solução (ácido,
base ou solvente) para liberação dos analitos de interesse e evitar interferentes da
matriz. Posteriormente, há homogeneização seguida de centrifugação e coleta do
sobrenadante, sendo que este líquido pode sofrer outras etapas conforme o objetivo
analítico para injeção no LC. O objetivo desse trabalho é selecionar uma técnica que
promova a eliminação de interferentes endógenos oriundos da matriz biológica em
análises cromatográficas.
2 MÉTODO
Neste estudo foi analisado o perfil cromatográfico de amostras biológicas de sangue
coletadas sem anticoagulantes (soro); plasma com EDTA; plasma com citrato de sódio;
plasma com heparina e, plasma com ácido cítrico, citrato de sódio di-hidratado, fosfato
de sódio mono-hidratado, adenina e glicose (CPDA-1). As condições cromatográficas
na realização dos testes utilizaram coluna C18 150 mm x 3,6 mm com tamanho de
partícula de 5 µm, a fase móvel foi água, metanol e acetonitrila (63:19:18), vazão de 1,0
mL/minuto e comprimento de onda de 230 nm. O volume de injeção cromatográfica era
de 20 µL. Foram avaliados 6 diferentes procedimentos de dilute-and-shoot para as
respectivas amostras. A 1° técnica testada utiliza 100 µL de matriz biológica com 200
µL de acetonitrila com posterior injeção no LC-UV/Vis. A 2° técnica usa 2 mL de
matriz biológica com 100 µL de ácido clorídrico e adiciona-se 100 µL de ácido
trifluoroacético na sequência e por fim a injeção cromatográfica. A 3° técnica utiliza 50
µL de matriz biológica com 150 µL de metanol e o sobrenadante é coletado e injetado
85 Núcleo Aplicado a Toxicologia (NAT), Universidade Federal de Santa Maria; 86 Núcleo Aplicado a Toxicologia (NAT), Programa de Pós-Graduação em Ciências
Farmacêuticas, Universidade Federal de Santa Maria; 87 Núcleo Aplicado a Toxicologia (NAT), Programa de Pós-Graduação em Ciências
Farmacêuticas, Universidade Federal de Santa Maria;
no equipamento. Na 4° técnica, 2 mL de matriz biológica é misturado a 1 mL de
metanol e o sobrenadante é transferido para outro tubo e o pH é ajustado para 10 para
posterior injeção no LC-UV/Vis. A 5° técnica utiliza 1 mL de matriz biológica com 600
µL de acetonitrila, do qual se retira o sobrenadante que é injetado no equipamento. A
última técnica utilizou 250 µL de matriz biológica com 750 µL de acetonitrila, em
seguida retira-se o sobrenadante para injeção no equipamento.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os cromatogramas resultantes das técnicas de desproteinização mostram que há uma
similaridade entre eles nos minutos iniciais, que se referem as moléculas polares
presentes no soro ou plasma. A técnica que utiliza ácidos foi a que obteve
cromatogramas com menor quantidade de interferentes oriundo da matriz biológica. O
plasma EDTA foi o que apresentou melhor perfil cromatográfico aliado à técnica que
utiliza ácido clorídrico e ácido trifluoroacético. A escolha da matriz biológica mais
apropriada assim como a técnica dilute-and-shoot será empregada na determinação de
benzodiazepínicos em casos de intoxicação e/ou consumo destes fármacos em pacientes
oriundos do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM).
4 CONCLUSÕES
Este trabalho é parte de uma dissertação de mestrado em andamento e a escolha da
matriz biológica mais apropriada assim como a técnica dilute-and-shoot será empregada
na determinação de benzodiazepínicos em casos de intoxicação e/ou consumo de
fármacos psicotrópicos em pacientes oriundos do Hospital Universitário de Santa Maria
(HUSM).
REFERÊNCIAS
1. GHAMBARIAN, M. et al. Dispersive liquid–liquid microextraction with back
extraction using an immiscible organic solvent for determination of
benzodiazepines in water, urine, and plasma samples. RSC Advances, v. 6, n. 115,
p. 114198–114207, 2016. Disponível em:
<https://pubs.rsc.org/en/content/articlelanding/2016/ra/c6ra23770c#!divAbstract>.
Acesso em: 07 de nov. de 2017.
2. GILL, R.; LAW, B.; GIBBS, J. P. High-Performance Liquid Chromatography
Systems For The Separation Of Benzodiazepines And Their Metabolites. Journal of
Chromatography. v. 356, p. 37-46. 1986. Disponível em: <
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0021967300914651> . Acesso
em: 09 de nov de 2017.
3. GOUDARZI, N. et al. Application of Ultrasound-Assisted Surfactant-Enhanced
Emulsification Microextraction Based on Solidification of Floating Organic
Droplets and High Performance Liquid Chromatography for Preconcentration and
Determination of Alprazolam and Chlordiazepoxide. Journal of Chromatographic
Science, v. 55, n. 6, p. 669–675, jul. 2017. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28334890>. Acesso em: 07 de out. de
2017.
4. KURODA, N. et al. Preliminary studies on identification and quantitation of
several benzodiazepines in human serum by high-performance liquid
chromatography. Rinsho Kagaku (Nippon Rinsho Kagakkai), v. 24, n. 4, p. 228–
232, 1995. Disponível em:
<https://www.jstage.jst.go.jp/article/jscc1971b/24/4/24_228/_pdf>. Acesso em: 09
de nov.de 2017.
5. LARSEN, H. S. et al. Quantification of total and unbound concentrations of
lorazepam, oxazepam and temazepam in human plasma by ultrafiltration and LC-
MS/MS. Bioanalysis, v. 3, n. 8, p. 843–52, abr. 2011. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21510758 >. Acesso em: 06 de nov. de
2017.
6. MARIN, S. J. et al. Rapid Screening for 67 Drugs and Metabolites in Serum or
Plasma by Accurate-Mass LC-TOF-MS. Journal of Analytical Toxicology, v. 36, n.
7, p. 477–486, 1 set. 2012. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22802572>. Acesso em: 10 de nov. de
2017.
7. MOLAEI, K. et al. Surfactant-assisted dispersive liquid-liquid microextraction of
nitrazepam and lorazepam from plasma and urine samples followed by high-
performance liquid chromatography with UV analysis. Journal of Separation
Science, v. 38, n. 22, p. 3905–3913, nov. 2015. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26450514>. Acesso em: 07 de nov. de
2017.
8. WILLEMS, H. J. et al. Determination of some anticonvulsants, antiarrhythmics,
benzodiazepines, xanthines, paracetamol and chloramphenicol by reversed phase
HPLC. Pharmaceutisch weekblad. Scientific edition, v. 7, n. 4, p. 150–7, 23 ago.
1985. Disponível em: <https://link.springer.com/article/10.1007/BF02097252>.
Acesso em: 09 de nov. de 2017.
9. ZHOU, Y. et al. Simultaneous determination of remimazolam and its carboxylic
acid metabolite in human plasma using ultra-performance liquid chromatography-
tandem mass spectrometry. Journal of chromatography. B, Analytical technologies
in the biomedical and life sciences, v. 976–977, p. 78–83, 22 jan. 2015. Disponível
em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25486614>. Acesso em: 10 de nov. de
2017.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Sthefany Possamai Gomes88
Emanuelli Lopes89
Caroline Coutinho90
Ariane Erthur Flores91
AVALIAÇÃO DE EQUILIBRIO EM PACIENTE COM ESCLEROSE
MULTIPLA: RELATO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
Esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica e incapacitante do sistema nervoso
central (SNC) que cursa com períodos variáveis de piora e melhora, e evolui com o
acumulo de déficits neurológicos e para incapacidade. Biomarcadores, segundo a
definição do Biomarkers Definition Working Group (2001) é a característica
objetivamente medida e avaliada como um indicador de um processo biológico,
patogênico, ou resposta a uma intervenção terapêutica (Miller DH; 2004).
Finalidade do estudo é de as alterações de equilíbrio e coordenação em um indivíduo
com Esclerose Múltipla.
2 MÉTODO
Trata-se de estudo de caso, com paciente do sexo masculino de 62 anos. Morador da
cidade de Santa Maria. Participante foi submetido a avaliações do equilíbrio, por meio
da Escala de Equilíbrio de Berg, e da qualidade de vida, através da DEFU (Escala de
Determinação Funcional da Qualidade de Vida em indivíduos com EM), . A EEB é uma
escala que avalia o equilíbrio funcional, sendo constituída de 14 itens. Para cada item a
pontuação oscila entre 0 a 4 pontos, onde o escore máximo é de 56 pontos. A pontuação
varia de acordo com o nível de dependência para a realização da tarefa, baseando no
tempo em que uma posição pode ser mantida, na distância em que o membro superior é
capaz de alcançar à frente do corpo e no tempo para completar a tarefa. Escores de 0 a
20 pontos correspondem à restrição a cadeira de rodas, 21 a 40 referem-se à assistência
durante a marcha, e 41 a 56 pontos correspondem à independência.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
88 Unidade e-Saúde GEP/HUSM/EBSERH; 89 Gerente da GEP/HUSM/EBSERH; 90 NATS da GEP/HUSM/EBSERH; 91 Superintendente do HUSM/EBSERH.
Cerca de um quarto das gestantes era constituído de adolescentes (menos de 20 anos de
idade) e pouco mais de 30% tinham 30 anos ou mais de idade; a idade média foi de 26,6
anos (desvio padrão = 6,9); 38% delas eram de cor da pele parda ou preta; 20% viviam
sem companheiro; 3% não sabiam ler nem escrever e, para 20% delas, a escolaridade
era de, no máximo, quatro anos; uma em cada três tinha renda familiar inferior a um
salário mínimo mensal; cerca de um quarto vivia em casas construídas com outros
materiais que não tijolos, 5% não tinham, em seus domicílios, água encanada e sanitário
com descarga, respectivamente.10% delas já tiveram pelo menos um aborto, sendo 31%
espontâneos e 5% provocados. Em relação ao conhecimento sobre pré-natal, a grande
maioria (95%) disse saber da sua utilidade, mas somente 41% delas afirmaram que uma
mulher deveria ir ao médico no primeiro mês de gravidez. A quase totalidade (96%)
disse que toda gestante deveria realizar pelo menos seis consultas durante todo o pré-
natal.
Dos conceitos estudados foi possível compreender que provavelmente não há outra
doença com um resultado final tão imprevisível e com manifestações multiformes. Os
autores concordam que as lesões desmielinizastes no cerebelo e tratos cerebelares são
comuns na EM, produzindo sintomas cerebelares como: ataxia, tremores posturais e
intencionais, hipotonia, fraqueza de tronco e disartria. Na análise dos dados do
participante obteve escore de 34 pontos correspondendo a assistência durante a marcha.
A menor pontuação que ele obteve na escala, foi nos itens de ficar em pé com os olhos
fechados, girar 36 graus, e reclina a frente com os braços estendidos. A maior pontuação
do participante foi nos itens de ficar em pé sem apoio, transferência, apanhar objeto do
chão.
4 CONCLUSÕES
Este trabalho teve como finalidade discorrer sobre as alterações de equilíbrio e
coordenação na Esclerose Múltipla. Conclui-se que o trabalho do equilíbrio e
coordenação motora em paciente com esclerose múltipla são muito importantes.
Melhorando principalmente sua qualidade de vida.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. Biomarkers Definitions Working Group. Biomarkers and surrogate
endpoints: preferred definitions and conceptual framework. ClinPharmacolTher. 2001;.
2. Cattaneo D, De Nuzzo C, Fascia T. Risks of falls in subjects with multiple
sclerosis. Arch Phys Med Rehabil. 2002;.
3. Lanzetta D, Cattaneo D, Pellegatta D, Cardini R. Trunk control in unstable
sitting posture during functional activities in healthy subjects and patients with
multiple sclerosis. Arch Med Phys Rehabil. 2004.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Carina Dinah Merg92
Juliane Matiazzi93
Marcel Henrique Marcondes Sari94
Leticia Cruz95
Cristina WayneNogueira5
AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DE NANOCÁPSULAS
CONTENDO UM BIOATIVO EM MODELO ANIMAL
1 INTRODUÇÃO
O 3,3’-diindolmetano (DIM) é um bioativo obtido a partir da ingestão de vegetais
como brócolis e couve-flor e apresenta interessantes efeitos anti-inflamatórios. O DIM
pode ser usado como suplemento alimentar, entretanto, apresenta baixa solubilidade nos
fluidos biológicos e baixa biodisponibilidade oral, sendo interessante a sua incorporação
em nanocápsulas (NC). NC são sistemas de liberação de fármacos de diâmetro
nanométrico, constituídos por um invólucro polimérico englobando um núcleo oleoso,
nos quais o fármaco pode se encontrar adsorvido ou dissolvido. Considerando-se a
inter-relação entre a inflamação e a dor e o potencial anti-inflamatório apresentado pelo
DIM, o objetivo deste trabalho foi investigar o efeito antinociceptivo de suspensão de
NC de DIM em modelo animal de nocicepção térmica.
2 MÉTODO
Os experimentos foram aprovados pela CEUA – UFSM (n°4428090217/2017).
Camundongos Swiss machos (25-35 g) foram divididos em quatro grupos (n=6-8
animais/grupo) e tratados com: veículo (solução aquosa contendo tensoativos); DIM
livre (solubilizado no veículo, 1 mg/mL); NC contendo DIM (NC-D, 1 mg/mL); e NC
sem DIM (NC-B). Os animais foram tratados por gavagem intragástrica, com volume
de administração de 10 mL/Kg e dose de 10 mg/Kg (curva tempo-resposta) e 5 e 2,5
mg/Kg (curva dose-resposta). As análises comportamentais foram realizadas pelo teste
de nocicepção aguda da chapa quente com superfície metálica aquecida à 55 ± 0,5° C,
onde cada animal foi colocado previamente ao tratamento e cronometrado seu índice
basal de latência de resposta térmica (tempo que o animal leva até erguer alguma das
patas ou pular). Para a curva tempo-resposta, após 30 min., 1, 2, 4, 6 e 8h do tratamento,
repetiu-se o mesmo procedimento, a fim de observar o tempo de latência pós-
tratamento. O tempo de tratamento utilizado para realizar a curva dose-resposta foi
escolhido de acordo com o melhor efeito obtido na curva tempo-resposta, o qual foi de
.
2h de tratamento. Os dados foram expressos em porcentagem do máximo efeito
possívelalta definição, softwares para a modelagem 3D dos biomodelos e impressoras
3D. Os custos de manutenção periódicos serão contrapartida do Hospital membro da
Rede EBSERH.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A administração de DIM na dose de 10 mg/Kg, tanto na forma livre quanto na NC-D,
promoveu aumento significativo no tempo de latência após 1 h da administração do
bioativo, em relação ao grupo controle. Após 2 h de tratamento, este efeito foi mantido
apenas nos animais tratados com NC-D. Além disso, na dose de 5 mg/Kg, apenas a NC-
D apresentou efeito antinociceptivo, o qual não foi observado na dose de 2,5 mg/Kg,
independente do DIM estar na forma livre ou nanoencapsulada. A formulação NC-B
não demonstrou ação antinociceptiva neste teste.
4 CONCLUSÕES
Pode-se concluir que a nanoencapsulação promoveu melhora na ação farmacológica do
DIM, podendo prolongar seu tempo de ação e proporcionar efeito antinociceptivo
mesmo em doses reduzidas. Estes resultados também sugerem que o efeito
antinociceptivo apresentado pelo DIM pode ocorrer através da ativação de nociceptores
periféricos termossensíveis e de mecanismos de ação no sistema nervoso central. Sendo
uma abordagem alternativa às formas farmacêuticas convencionais para o tratamento da
dor.
REFERÊNCIAS
1. GEHRCKE, M. et al. Nanocapsules improve indole-3-carbinol photostability and
prolong its antinociceptive action in acute pain animal models. European Journal of
Pharmaceutical Sciences, v.111, p.133–141, 2018.
2. ROY, S. et al. Studies on aqueous solubility of 3,3’-diindolylmethane derivatives
using cyclodextrin inclusion complexes. Journal of Molecular Structure, v. 1036, p.
1–6, 2013.
3. WOOLFE, G.; MACDONALD, A. D. The evaluation of the analgesic action of
ethidine hydrochloride (DEMEROL). Journal of Pharmacology and Experimental
Therapeutics, v. 80 (3), p. 300-307, 1944.
AREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Sabrina de Oliveira de Christo96
Ylana de Albeche Ambrosio97
Sara Soares Milani98
Larissa Teresita Rodriguez Pintos99
Roberta Weber Werle5
AVALIAÇÃO DO ESTRESSE EM FUNCIONÁRIOS DE UMA
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
1 INTRODUÇÃO
O estresse é uma doença crônica recorrente que, em longo prazo, pode ocasionar
incapacidade para o trabalho, gerando custos, perda de renda vitalícia e aposentadoria
antecipada. O estresse ocupacional é um estado em que ocorre desgaste do organismo
humano e/ou diminuição da capacidade de trabalho, é um conjunto de perturbações que
caracterizam o desequilíbrio físico e psíquico e que ocorrem no ambiente de trabalho. O
objetivo desta pesquisa foi avaliar o estresse ocupacional em funcionários de uma
instituição de ensino superior.
2 MÉTODO
A pesquisa foi realizada em agosto de 2017. Foi solicitado aos participantes que
preenchessem o Questionário sobre estresse ocupacional (adaptado), que é dividido em
12 domínios. Os participantes foram orientados a preencher o questionário com um “X”
na resposta em quem mais se identificavam.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A amostra foi composta por 12 funcionários da Universidade Luterana do Brasil
(ULBRA), localizada em Santa Maria. Sendo eles de ambos os sexos e diferentes
setores de trabalho. Os resultados são dados por porcentagem, aplicado a cada domínio:
1.Você tem influência na maneira de organizar seu trabalho? (75% sim e 25% não);
2.Os eventos no seu trabalho são claramente previsíveis ou estão sujeitos a ajustes “de
última hora”? (30,8% sim e 69,2% não); 3.Voce sabe o que é exatamente requerido de
você no trabalho? (100% sim); 4.Você é extremamente requisitado no trabalho? (100%
sim); 5.Seu trabalho envolve contato com o público, pessoalmente ou por telefone?
96 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 97 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 98 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 99 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM; 5Professora do Curso de Graduação em Fisioterapia/ULBRA SM.
(91,7% sim e 8,3 % não); 6.Você foi treinado para executar seu trabalho
adequadamente? (35,7% sim e 64,3% não); 7.Você vivencia conflito no trabalho?
(69,2% às vezes, 23,1% frequentemente e 7,7% nunca); 8.Você foi submetido à
mudanças organizacionais no trabalho durante os últimos doze meses?( 60% sim e 40%
não); 9.Você saiu de licença durante os últimos doze meses devido a tensão no
trabalho? (16,7% sim e 83,3% não); 10.Se SIM para a questão nove, que tipo de
licença? (66,7% férias e 33,3% médica); 11.Se SIM para a questão dez, qual é a causa
de sua tensão? (100% mudança/reestruturação organizacional); 12.Onde estaria a
solução para sua tensão no trabalho? (42,9% redução da carga de trabalho, 42,9%
melhor treinamento/informação e 14,3% outro). A exigência de trabalho parece ser o
principal fator estressor ocupacional, seguido de mudanças e reestruturação
organizacional e falta de treinamento e informação tornando necessário uma atenção da
instituição para melhorar estas condições, pois o estresse tende a afetar a saúde das
pessoas, contribuindo para o surgimento de transtornos ou doenças cardiovasculares,
doenças musculoesqueléticas, Síndrome de Burnout (esgotamento) e depressão.
4 CONCLUSÕES
O estresse ocupacional afeta o indivíduo, a prestação de serviço e a qualidade dele,
sendo necessário o trabalho preventivo. A prevenção é de fundamental importância
porque enfatiza a dimensão humana e sinaliza os cuidados quanto ao respeito à saúde do
trabalhador. O enfrentamento do estresse tem como objetivo principal minimizar ou
moderar os efeitos sobre o bem-estar emocional e físico do indivíduo.
REFERÊNCIAS
1. MURTA, Sheila Giardini. Avaliação de Intervenção em Estresse Ocupacional.
Psicologia: Teoria e Pesquisa Jan-Abr 2004, Vol. 20 n. 1, pp. 039-047. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ptp/v20n1/a06v20n1>. Acesso em: 30 de out. 2018.
2. PRADO, Claudia Eliza. Estresse ocupacional: causas e consequências.
Revista Brasileira de Medicina do Trabalho. São Paulo, 2016. Disponível em:
<http://www.rbmt.org.br/details/122/pt-BR/estresse-ocupacional--causas-e-
consequencias>. Acesso em: 30 de out. 2018.
3. SOUZA, Maristela. Estresse ocupacional. 2011. Disponível em:
<http://www.medtrab.ufpr.br/arquivos%20para%20dowload%202011/saude%20
mental/ESTRESSE%20OCUPACIONAL.pdf>. Acesso em: 30 de out. 2018.
4. STEFANO, Silvio Roberto; BONANATO, Flavia Marcela; RAIFUR, Léo. Estresse em
funcionários de uma instituição de ensino superior: diferenças entre gênero. Revista Economia & Gestão da PUC Minas- Belo Horizonte – MG. 2013. Disponível
em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/economiaegestao/article/view/3944>.
Acesso em: 30 de out. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Ylana de Albeche Ambrosio 100
Sabrina de Oliveira de Christo 101
Sara Soares Milani 102
AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS
INSTITUCIONALIZADOS
1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional é fenômeno mundial. Em 1950, havia cerca de 204
milhões de pessoas idosas no mundo. Em 2050, as projeções indicam que esta
população será de 1.900 milhões. Entre as justificativas para este fenômeno está o
aumento da esperança de vida ao nascer, identificado não só nos países desenvolvidos
como também naqueles em desenvolvimento (IBGE, 2002). Esta expansão populacional
resulta em demanda crescente por serviços de atenção à saúde e em investimentos na
melhoria da qualidade de vida e da capacidade funcional daqueles que envelhecem.
Com o avançar da idade, surge maior susceptibilidade à queda, vista como preocupante
problema de saúde pública. É um dos fatores de maior morbidade e mortalidade entre os
indivíduos idosos, sendo considerado marcador de fragilidade e de declínio da saúde.
No Brasil, entre os idosos, a queda ocupa o terceiro lugar em mortalidade por causas
externas e o primeiro lugar entre as causas de internação.
2 MÉTODO
Para avaliar a mobilidade funcional dos idosos, foi utilizado o teste do levantar e
caminhar cronometrado, o Timed and Up Go Test (TUG), que tem o objetivo de avaliar
o risco de quedas. Nesse teste o idoso era instruído a levantar-se, andar um percurso
linear de três metros, regressar e tornar a sentar-se apoiando braços e costas na mesma
cadeira; todo o período do teste foi cronometrado. Foi utilizado um cronômetro digital e
o local exato da cadeira, assim como o ponto de retorno três metros à frente foram
claramente marcados com cones amarelos. Todos os idosos foram avaliados em um
único dia. Esta pesquisa foi realizada com idosos institucionalizados residentes na
clínica Renascer, que é uma instituição de longa permanência, localizada na cidade de
Santa Maria. A pesquisa foi realizada com 8 idosos, dos quais 6 eram do sexo feminino
e 2 do sexo masculino com idades entre 60 e 89 anos.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dos 8 idosos avaliados, todos apresentaram risco de quedas. Seis idosos realizaram o
teste entre 10 e 19 segundos e dois idosos realizaram o teste em 20 segundos ou mais. O
100 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM; 101 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM; 102 Acadêmica do Curso de Graduação em Fisioterapia ULBRA- SM.
maior tempo de teste foi de 24 segundos e o menor tempo de teste foi de 14 segundos. O
teste é considerado normal quando o tempo do percurso for inferior a 10 segundos. Se o
tempo estiver entre 10 e 19 segundos, considera-se que o idoso apresenta risco
moderado de queda, sendo este risco aumentado, quando o tempo obtido for acima de
19 segundos, ou seja, 20 segundos ou mais. Nenhum dos idosos avaliados utilizou
algum tipo de acessório de marcha (bengala, andador).
4 CONCLUSÕES
De acordo com os resultados, há uma alta prevalência de quedas em idosos
institucionalizados, tonando-se necessário uma maior atenção por parte da equipe
multidisciplinar, a fim de buscar soluções para prevenir a queda, eliminando ou
minimizando os fatores causadores, principalmente os extrínsecos.
1. REFERÊNCIAS
2. CAMPOS, Maria Paula; CAMPOS, Afonso da Rocha; VIANNA, Lucy Gomes.
Os testes de equilíbrio Alcance Funcional e “Timed Up and Go” e o risco de
quedas em idosos. Disponível em: <http://docplayer.com.br/37014935-Os-
testes-de-equilibrio-alcance-funcional-e-timed-up-and-go-e-o-risco-de-quedas-
em-idosos.html>. Acesso em: 12 de outubro de 2018.
3. FERREIRA, Lidiane Maria de Brito Macedo et al. Prevalência de quedas e
avaliação da mobilidade em idosos institucionalizados. Revista Brasileira de
Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, 2016; 19(6): 995-1003. Disponível
em: <http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v19n6/pt_1809-9823-rbgg-19-06-
00995.pdf>. Acesso em: 12 de outubro de 2018.
4. NASCIMENTO, Fernanda Alves et al. Prevalência de quedas, fatores
associados e mobilidade funcional em idosos institucionalizados. Arquivos
catarinenses de medicina. Disponível em:
<http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/543.pdf>. Acesso em: 12 de outubro
de 2018.
5. SOUZA, Cardenaz et al. Mobilidade funcional em idosos institucionalizados e
não institucionalizados. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, vol. 16,
núm. 2, abril-junio, 2013, pp. 285- 293, Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Brasil. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/pdf/4038/403838811008.pdf>. Acesso em: 12 de
outubro de 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Nathalie da Costa Nascimento103
Carolina Quintana Castro104
Miriam Cabrera Corvelo Delboni105
AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS OROFACIAIS EM PACIENTES
SUBMETIDOS A TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO
POTENCIALMENTE NEUROTÓXICO
1 INTRODUÇÃO
A Neuropatia Periférica Induzida por Quimioterapia (NPIQ) é a complicação
neurológica mais frequente secundária ao tratamento antineoplásico. A NPIQ é uma
polineuropatia sensitivo-motora simétrica, bilateral, de caráter agudo e crônico e seus
efeitos aparecem logo nas primeiras infusões e se estendem após o tratamento (COSTA
et al, 2015). Este trabalho tem por objetivo apresentar os sintomas prevalentes de NPIQ
na região orofacial de pacientes em tratamento com quimioterapia neurotóxica.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo de campo descritivo, com abordagem quantitativa. A pesquisa
está sendo realizada com pacientes internados na Clínica Médica I do Hospital
Universitário de Santa Maria e registrada sob o número CAEE 88006517.3.0000.5346.
Para coleta de dados, dentre outros instrumentos, utiliza-se o Questionário de
Neurotoxicidade Induzida por Antineoplásicos (QNIA), validado no Brasil em 2005 e
composto por 29 itens que avaliam sintomas de neuropatia aguda e crônica em membros
inferiores e superiores e região orofacial. Se os sintomas estiverem presentes, a
frequência e intensidade com que afetam as Atividades de Vida Diária (AVDs) são
classificadas em 4 graus (LEONARD et al, 2005). A amostra deu-se por conveniência
no período de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018; 29 pacientes iniciaram tratamento
com quimioterápicos neurotóxico e desses, 21 contemplavam os critérios da pesquisa
(iniciando protocolo quimioterápico neurotóxico; maiores de 18 anos). Foram excluídos
aqueles pacientes que não tinham cognição preservada e/ou estavam sedados. Os dados
103Residente no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e
Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde CCS/HUSM/UFSM; Mestranda do
PPG em Gerontologia; Universidade Federal de Santa Maria.
2Residente no Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Gestão e
Atenção Hospitalar no Sistema Público de Saúde CCS/HUSM/UFSM; Mestranda do
PPG em Mestrado Profissional em Ciências da Saúde; Universidade Federal de Santa
Maria. 3Docente do Departamento de Terapia Ocupacional. Professora do PPG em Gerontologia;
Universidade Federal de Santa Maria.
apresentados são referentes à metade do tratamento quimioterápico. Dos 21 pacientes
avaliados inicialmente, atualmente 8 seguem na pesquisa, formando a população desse
estudo, pois os demais trocaram o protocolo ou foram a óbito. Os resultados foram
analisados por graus e presença-ausência de NPIQ.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Dos 8 pacientes, 7 relataram sintomas na região orofacial. Os sintomas relatados foram:
queimação ou desconforto nos olhos (5 relatos), dor no maxilar (3), desconforto na
garganta (3), pálpebras caídas (3), formigamento na boca (2), dificuldade na fala (2),
perda de uma das vistas (2), dificuldade em respirar (2), sensação de choque ou dor nas
costas (2) e dor de ouvido (1). Em relação a interferência nas AVDs, três pacientes
referiram sintomas de Grau 4 (são persistentes e incapacitantes nas AVDs) e três
referiram sintomas de Grau I (são de curta duração e não interferiram nas AVDs) e um
relatou intensidade de Grau I para os sintomas: dor no maxilar, pálpebras caídas e
dificuldades em respirar e Grau IV para os sintomas: queimação ou desconforto no
olhos e sensação de choque ou dor nas costas.
4 CONCLUSÕES
Os sintomas prevalentes na região orofacial foram queimação ou desconforto nos olhos,
dor no maxilar, desconforto na garganta e pálpebras caídas. Para metade dos pacientes,
os sintomas foram de curta duração e não interferiram nas AVDs. No entanto, para os
demais pacientes, esses sintomas interferiram de nas suas AVDs e, portanto, faz-se
necessário instigar o desenvolvimento de estratégias pelos profissionais de saúde que
amenize os efeitos causados por esses quimioterápicos e melhore a qualidade de vida
dessas pessoas.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. COSTA, TC; LOPES, M.; ANJOS, AC Yokoyama; ZAGO, MM Fontão. Neuropatia
periférica induzida pela quimioterapia: revisão integrativa da literatura*. Revista da
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, v. 49, p. 335-345, 2015.
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n2/pt_0080-6234-reeusp-49-02-
0335.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2018.
2. LEONARD, D.; WRIGHT, MA.; QUINN, MG.; FIORAVANTI, S.; HAROLD, N.;
SHULER, B.; THOMAS, R. R.; GREM, J. L. Survey of oxaliplatin-associated
neurotoxicity using an interview-based questionnaire in patients with metastatic
colorectal cancer. BMC Cancer, Oxford, v. 5, p. 116, 2005. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16168057>. Acesso em: 11 nov. 2018.
ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Elissa Noro106
Nara Marilene Oliveira Girardon-Perlini1
Larissa de Carli Coppetti1
CARACTERÍSTICAS ATITUDINAIS DE CUIDADORES FAMILIARES DE
PACIENTES ONCOLÓGICOS: NÍVEIS DE HABILIDADE, SOBRECARGA,
ESTRESSE E COPING.
1 INTRODUÇÃO
A pessoa acometida por câncer pode se tornar dependente de auxílio para ações
rotineiras. Ordinariamente é um familiar que assume como cuidador principal desse
enfermo, embora possa não dispor de preparação prévia para desempenhar tal papel,
necessitando apresentar/desenvolver características atitudinais que favoreçam o cuidar e
a adaptação.
2 MÉTODO
Estudo quantitativo, descritivo, transversal, realizado no ano de 2017, no ambulatório de
oncologia do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), com 132 cuidadores
familiares. Teve por obejtivo identificar os níveis de habilidade de cuidado, sobrecarga,
estresse e coping de cuidadores familiares de pacientes com câncer. Na coleta dos
dados, foi utilizado um questionário sociodemográfico do cuidador e das características
do cuidado e escalas de habilidade de cuidado, sobrecarga, estresse percebido e COPE
breve. Os dados numéricos foram analisados por meio de distribuição absoluta e
relativa, tendência central e variabilidade.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Constatou-se que a maioria de cuidadores era do sexo feminino (78%), de idade média
de 48,68 anos, com companheiro, média de 9,08 anos de estudo, cuidando por um
período de 10 a 18 meses, e com o auxílio de outra pessoa para o cuidado. Quanto à
habilidade de cuidado, 67,42% apresentam nível médio. A Escala de Zarit demonstrou
que 49,2% dos cuidadores apresentam sobrecarga, sendo destes 40,1% leve à moderada
e 9,1% moderada à severa. Quanto ao estresse percebido predominou nível médio de
estresse (46,21%). Com relação às estratégias de enfrentamento, prevaleceram as
atitudes focadas no problema (37,88%).
4 CONCLUSÕES
Os cuidadores familiares têm habilidade para cuidar, necessitando reforço positivo e
apoio para diminuir a sobrecarga e o estresse e desenvolver diferentes estratégias de
enfrentamento. Os resultados apresentados podem servir de subsídio para fomentar a
106 Departamento de Enfermagem UFSM
proposição de políticas que contemplem a saúde do cuidador, bem como direcionar a
atuação do enfermeiro para à adoção de estratégias que fortaleçam os familiares
cuidadores de pacientes oncológicos.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. COPPETTI, L.C. Habilidade de cuidado de cuidadores familiares de pacientes
em tratamento oncológico e sua relação com a sobrecarga, estresse e coping.
2017. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – PPGEnf, Universidade Federal
de Santa Maria, Santa Maria.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Camila Martins Nacke1
Aline C. Ribeiro2
Giana R. Beltrame3
Graciela D. Sehnem2
Maira D. S. Oliveira3
CARACTERÍSTICAS DA DOENÇA CRÔNICA EM CRIANÇA E
ADOLESCENTE: REVISÃO DE LITERATURA
1 INTRODUÇÃO
A criança e adolescente que vivenciam uma doença crônica apresentam mudanças
significativas no seu cotidiano, como um cuidado contínuo em uma rede de serviços
para a manutenção de sua saúde. Algumas fases da doença crônica podem ser
previsíveis, outras não, porém todas podem causar impactos e danos à
criança/adolescente e sua família (ROLLAND, 2001). Esses impactos podem
desencadear situações de vulnerabilidade, que se refletem nos espaços como a escola,
atenção básica e hospital. Tem-se como objetivo desta pesquisa de revisão: Conhecer
quais são as características associadas à doença crônica de criança e adolescente.
2 MÉTODO
Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, que possibilita a síntese e análise do
conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado. Buscou-se realizar esta
revisão de literatura para subsidiar o desenvolvimento do projeto Multicêntrico
Vulnerabilidades da criança e adolescente com doença crônica: cuidado em rede de
atenção à saúde. Foi realizada uma busca na base de dados junto à Biblioteca Virtual em
Saúde, acessando o portal Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde. A busca foi realizada nos meses de julho e agosto de 2018. Após a busca inicial
aplicou-se os critérios de seleção na leitura das produções encontrados. Foram
selecionadas pesquisas originais quantitativas que respondessem a temática, na língua
portuguesa, inglês ou espanhol. Analisados de maneira descritiva ao final dessa etapa,
obtiveram-se 71 artigos selecionados de um total de 380 na plataforma LILACS.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Após seleção e leitura criteriosa foi possível conhecer a partir da abordagem de pesquisa
quantitativa as características clínicas das doenças crônicas em crianças e adolescentes
que consistem em métodos diagnósticos e terapêuticos, alterações comportamentais,
afetivas e sociais; e características sociais que estão relacionadas a rotina e qualidade de
vida da criança, adolescente e família, e ainda a análise de recursos e custos de
programas de assistência à crianças e adolescentes com doenças crônicas.
4 CONCLUSÕES
Conclui-se que estudos relacionados às crianças e adolescentes com doenças crônicas
são frequentemente realizados no âmbito dos exames clínicos, parâmetros e
características das enfermidades, diagnóstico e tratamento. Considera-se imprescindível
estudos relacionados às questões clínicas, no sentido de avançar os tratamentos e nas
possíveis curas de doenças. No entanto, percebe-se que outros fatores são importantes
serem estudados e expandidos na temática em questão, como a qualidade de vida da
criança e adolescente e de sua família, visto que possuem uma condição crônica que
afeta sua rotina, para além do serviço assistencial; além de alterações
psicocomportamentais e sociais que vêm sendo relatadas na literatura associada a
diferentes doenças crônicas, quanto pelo próprio processo de adoecimento e suas
implicações para a criança e adolescente.
Palavras-chave: Criança; Adolescente; Doença Crônica.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
1. ROLLAND, J.S. Doença crônica e o ciclo de vida familiar. In: ROLLAND J.S
(ORG). As mudanças no ciclo de vida familiar: uma estrutura para a
terapia familiar. 2a ed. Porto Alegre (RS): Artes Médicas; 2001.
AREA TEMÁTICA: Ensino/Pesquisa
Autores:
Gisele Miollo107
Maria Denise Schimith108
Gabriela Oliveira109
CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES COM DIABETES MELLITUS
TIPO 2 EM ATENDIMENTO AMBULATORIAL
1 INTRODUÇÃO
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são consideradas um grave
problema de saúde pública em diversos países (OPAS, 2011), isto porque, afetam a
qualidade de vida das pessoas, além de possuírem um alto custo aos sistemas de saúde.
Essas DCNT vêm apresentando significativa prevalência, em especial a Diabetes
Mellitus(DM), decorrente da influência do desenvolvimento da industrialização e do
contexto socioeconômico nos hábitos de vida da população.A DM caracteriza-se como
um distúrbio metabólico que se propaga ao longo da vida, sendo a tipo 2 responsável
por 90 a 95% dos casos de incidência(SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES,
2018).Ela ocorre devido a defeitos na atuação e secreção de insulina, podendo ocasionar
lesões cutâneas, feridas com cicatrização lenta, fadiga, alterações na visão,
formigamento nos pés e infecções recorrentes, como manifestações clínicas
características. Dentre os agravos gerados pela DM, as ulcerações nos membros
inferiores, também denominadas de pé diabético, são consideradas as mais sérias, pois
se não tratadas podem acarretar em possíveis amputações. Diante desse contexto, o
objetivo do presente resumo é relatar o desenvolvimento do projeto de pesquisa
intitulado “caracterização dos pacientes com diabetes mellitus tipo 2 em atendimento
ambulatorial”.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência oriundo da participação de uma discente do curso
de graduação em enfermagem na coleta de dados referente ao projeto de pesquisa
registrado no portal da UFSM e aprovado pelo CEP com CAAE 55238316.2.0000.5346,
do Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão “Práticas de Cuidado nos Cenários de
Atenção à Saúde”. A pesquisa é quantitativa, do tipo descritiva e exploratória, realizada
no Ambulatório ALA 1 do Hospital Universitário de Santa Maria, com a coleta de
dados sendo realizada por meio da aplicação de uma entrevista estruturada, com o
intuito de caracterizar os pacientes atendidos no ambulatório e identificar os seus
cuidados em relação aos pés.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
107Curso de Enfermagem, UFSM; 108Departamento de enfermagem, UFSM; 109Programa de Pós-graduação em Enfermagem, UFSM;
As coletas deram início em agosto do corrente ano. Realizou-se o levantamento do
número de pacientes agendados para a equipe de enfermagem, que correspondeu a 221
agendamentos, dos quais 34,84% eram diagnosticados com DM, em dois meses de
coleta. Ademais, a coleta ainda está em andamento, totalizando 38 pacientes até o
presente momento. Durante a pesquisa, além da investigação dos cuidados com os pés
dos usuários, são realizadas as devidas orientações, proporcionando aprendizado à
acadêmica.
4 CONCLUSÕES
O projeto colaborou para identificar o impacto da DM nos atendimentos de enfermagem
do ambulatório. Além disso, com a realização das orientações, auxilia na prevenção de
maiores agravos, possibilitando perceber a relevância de se desenvolver pesquisas
referentes à temática abordada, contribuindo na formação como futura profissional de
enfermagem e pesquisadora.
DESCRITORES: Diabetes mellitus tipo 2; Pé diabético; Enfermagem.
REFERÊNCIAS
1. OPAS.ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE.Doenças crônicas
não transmissíveis:estratégias de controle e desafios e para os sistemas de
saúde.Traduzido por Flávio Goulart, Brasília(DF):Organização Pan-americana
da Saúde, 2011.
2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES.Diretrizes da Sociedade
Brasileira de Diabetes:2017-2018.São Paulo:AC Farmacêutica, 2015.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Maira Daniele Soares de Oliveira110
Aline Cammarano Ribeiro111
Maria da Graça Corso da Motta112
Eliane Tatsch Neves113
Victória de Quadros Severo Maciel114
Camila Martins Nacke115
COLETA DE DADOS QUANTITATIVOS COM O
FAMILIAR/CUIDADOR DE CRIANÇA E ADOLESCENTE COM
DOENÇA CRÔNICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
A doença crônica consiste em problemas que demandam tratamento contínuo, de longa
duração, exigindo cuidados permanentes que são realizados na maioria das vezes pelo
familiar/cuidador (MOREIRA, 2013). O familiar/cuidador envolve-se de maneira
intensa, busca conhecer as peculiaridades da criança e da doença, uma vez que, adapta-
se conforme as situações necessárias para manter o possível bem-estar da criança e
adolescente. O objetivo desse trabalho é descrever a experiência na coleta de dados com
os familiares/cuidadores de crianças e adolescentes com doenças crônicas, referentes
aos aspectos socioeconômicos da família e clínicos e sociais da criança e adolescente.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência que ocorreu a partir do desenvolvimento de uma
pesquisa multicêntrica que apresenta duas etapas, uma quantitativa e outra qualitativa,
aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Em Santa Maria a etapa quantitativa foi
realizada no período de junho/2017 à junho /2018, no Hospital Universitário (HUSM)
em dois dos serviços de pediatria (ala de internação e o centro de tratamento de crianças
com câncer - CT-Criac). A coleta da etapa quantitativa foi desenvolvida a partir de um
instrumento com 44 familiares/cuidadores de criança ou adolescentes com doença
crônica, no momento em que a criança ou adolescente estavam internados em um dos
serviços. O instrumento de coleta é constituído de variáveis referentes ao
familiar/cuidador, criança ou adolescente com doença crônica, com idade entre 6 anos e
18 anos, nos espaços hospitalar, atenção primária e escola.
110 Acadêmica em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Bolsista de Iniciação
Científica PROIC/HUSM; 111 Doutora em Enfermagem. Professora em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM); 112 Doutora em Enfermagem. Professora em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS); 113 Doutora em Enfermagem. Professora em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM); 114 Acadêmica em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); 115 Acadêmica em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A partir desta experiência observou-se interesse do familiar/cuidador em participar,
sendo que somente um não quis participar pois relatou que se encontrava cansado e
triste para falar da doença da criança ou adolescente. Todos que participaram relataram
que queriam contribuir com as perguntas para melhoria do bem-estar da criança e
adolescente. Apesar das perguntas realizadas serem objetivas, algumas vezes o familiar
se emocionou ao responder, uma vez que retoma todos os sentimentos vividos. A partir
desta coleta observou-se de informações importantes em relação a realidade
socioeconômica desses familiares/cuidadores como fatores de localidade, idade média,
sexo e principalmente renda que vão ser determinantes para uma continuidade do
tratamento.
4 CONCLUSÕES
Conclui-se que essa experiência de coletar os dados quantitativos com o
familiar/cuidador, vai para além de obter dados, propicia um contato com o vivido do
familiar/cuidador, que muitas vezes precisa ser ouvido e compreendido, nesse mundo de
cuidados com a criança e adolescente com doença crônica, permitindo uma atenção
direcionada às suas necessidades e angustias.
Palavras-chave: Criança; Adolescente; Doença Crônica.
REFERÊNCIAS
1. MOREIRA, M. C. N; GOMES, R; SA, M.R.C. Doenças crônicas em crianças e
adolescentes: uma revisão bibliográfica. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 19,
n.7,p. 2083-2094, July 2014. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232014000702083&lng=en&nrm=iso>. Accesso em: 11 Nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores:
Adriana Farret Brunhauser¹
Bruna Martins Trindade²
Luiza Rosa Nunes³
Sthéfany P. Gomes4
COMPARAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM
IDOSOS SEDENTÁRIOS E ATIVOS
1 INTRODUÇÃO
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população
brasileira está envelhecendo em ritmo acelerado, gerando mudanças na estrutura etária
da população brasileira que passa a ter um maior número de idosos (IBGE, 2008). A
Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve como idoso qualquer pessoa acima de
60 anos de idade para países em desenvolvimento e 65 anos para países desenvolvidos,
embora nem sempre a idade cronológica seja um marcador preciso para as mudanças
que acompanham o envelhecimento (OPAS, 2005; Santos & Barros, 2008). Já a
presença de fatores de risco para inúmeras doenças e a maior prevalência de doenças
crônico-degenerativas, que ocasionam certo grau de dependência e perda de autonomia
(Guimarães, Galdino, Martins, Abreu, Limae Vitorino, 2004), podem ilustrar melhor as
mudanças relacionadas ao envelhecimento.
Além disso, a diminuição da massa muscular esquelética e respiratória relacionada à
idade, denominada sarcopenia, e definida como um processo multifatorial que inclui
inatividade física, remodelação de unidades motoras, diminuição dos níveis hormonais e
síntese proteica (Vasconcellos, Britto,Parreira, Cury & Ramiro, 2007; Simões, Castello,
Auad, Dionísio & Mazzonetto, 2010; Pícoli, Fiqueiredo & Patrizzi, 2011), e que
interfere na capacidade funcional e nas atividades de vida diária do idoso (Pícoli,
Fiqueiredo &Patrizzi, 2011). Nesse sentido, estudos demonstraram que a idade é um
preditor negativo da força muscular respiratória, com significância estatística tanto em
homens quanto em mulheres (Neder, Andreoni, Lerario & Nery, 1999; Gonçalves,
Tomaz, Cassiminho & Dutra, 2006). O objetivo deste estudo foi analisar se a força da
musculatura respiratória de idosos sedentários difere daquela dos ativos.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo transversal. A população foi constituída pelos idosos que
participam do programa de atividade física do Programa de Idosos Alegria de Viver do
bairro Tancredo Neves, em Santa Maria (RS) e os idosos moradores da mesma região
que eram sedentários. A amostra foi composta por 23 indivíduos, oito homens e 15
mulheres, com idades entre 60 e 89 anos, divididos em dois grupos. O grupo ativo foi
constituído por idosos que participavam de atividade física no mínimo três vezes por
semana, de 40 minutos a 1 hora e o grupo inativo foi composto por oito idosos
sedentários, cadastrados pelo posto de saúde da mesma região. O convite foi realizado
pessoalmente. Os idosos sedentários foram convidados de maneira aleatória, em contato
realizado no posto de saúde durante consultas médicas. Todos os idosos aceitaram
voluntariamente participar do estudo. Os critérios de exclusão foram: idosos que
tiveram infecção respiratória ou qualquer outra doença pulmonar nos últimos sete dias,
indivíduos fumantes e com doenças respiratórias que pudessem resultar em disfunção,
como tuberculose, asma, cirurgia torácica, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
(DPOC). Também foram excluídas pessoas com histórico de patologias
neuromusculares, cardíacas e alterações cognitivas que comprometessem o aprendizado
e a execução dos testes. Para caracterização da amostra, foi realizada uma entrevista
que consistia em perguntas relacionadas aos hábitos de vida incluindo questões quanto
ao tabagismo, ao grau de atividade física e às doenças prévias e/ou atuais. Na sequência,
foi aplicado o Questionário Internacional de Atividade Física, versão 8 - IPAQ, com o
intuito de classificar o nível de atividade física de cada participante.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Participaram do presente estudo 23 indivíduos, 15 mulheres e oito homens, sendo nove
mulheres ativas e seis inativas e quatro homens ativos e quadro inativos com idades de
60 e 89 anos, divididos em dois grupos, um grupo ativo e um grupo inativo. Todos os
participantes do grupo ativo responderam ao questionário IPAQ que mostrou que todos
realizavam atividades do tipo moderada (atividades que precisam de algum esforço
físico e fazem respirar um pouco mais forte que o normal), no mínimo Três vezes por
semana com o tempo de 40 minutos a 1hora. Foram excluídos cinco idosos
participantes do grupo ativo, sendo que três estavam com a pressão arterial alta no dia
da realização do teste, e dois tinham histórico de doença cardíaca. O grupo inativo foi
composto por oito participantes para que a amostra pudesse ser homogênea. Não houve
diferença estatisticamente significante na idade, IMC, variação da frequência cardíaca e
respiratória entre os grupos. Contudo, observou-se que a frequência respiratória
diminuiu no grupo ativo após a realização dos testes com valor médio negativo. Não
houve diferença estatisticamente significante na variação da pressão arterial sistólica e
diastólica entre os grupos ativo e inativo, quando se comparou o grupo ativo com o
inativo, também se observou diferença estatisticamente significante, com valores
maiores para o grupo ativo. Contudo, esses valores foram inferiores aos demonstrados
por Neder et al. (1999), para a população saudável, conforme a faixa etária.
4 CONCLUSÕES
Observamos maiores pressões inspiratórias e expiratórias máximas nos idosos ativos,
quando comparados aos sedentários no grupo estudado, mas inferiores aos valores de
normalidade encontrados na literatura. Sabendo-se que, com o processo de
envelhecimento, há uma diminuição da força muscular respiratória, inserir o
treinamento específico dessa musculatura nos Programas de exercício físico para a
terceira idade pode ser uma estratégia de prevenção de complicações respiratórias nessa
faixa etária.
REFERÊNCIAS
1. Freitas, F.S.; Ibiapina, C.C.; Alvim, C.G.; Britto,R.R. & Parreira, V.F. (2010).
Relação entre força de tosse e nível funcional em um grupo de idosos. Rev
Bras Fisioterapia,14(6): 470-6. São Carlos (SP).
2. Gonçalves, M.P.; Tomaz, C.A.B.; Cassiminho, A.L.F. & Dutra, M.F. (2006).
Avaliação da força muscular inspiratória e expiratória em idosas praticantes
de atividade física e sedentárias. Rev. Bras. Ci e Mov. 14(1): 37-44.
3. Guimarães, L.H.C.T.; Galdino, D.C.A.; Martins, F.L.M.M.; Abreu, S.R.; Lima, M.
& Vitorino, D.F.M. (2004). Avaliação da Capacidade Funcional de Idosos em
Tratamento Fisioterapêutico. Rev. Neurociências. 12(13): 130-3.
4. Ide, M.R.; Belini, M.A.V. & Caromano, F.A. (2005). Effect of an aquatic versus
nonaquatic respiratory exercise program on the respiratory muscle strength in
healthy aged persons. Clinics. 60(2): 151-8
5. Neder, J.A.; Andreoni, S.; Lerario, M.C. & Nery, L.E. (1999).Reference values for
lung function tests: II. Maximal respiratory pressures and voluntary
ventilation.Braz J Med Biol Res, 32(6): 719-27. Ribeirão Preto (SP).
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Melissa Gewehr116
Sheila Kocourek117
Jhonathan Barbosa da Silva 118
Thaynara Lima Lessing 119
Fernanda Puntel Rutsatz5
Gabriela Nascimento Moreira5
CONCEITO DE SAÚDE NA VISÃO DE PESSOAS VINCULADAS A
GRUPOS DE PROMOÇÃO A SAÚDE
1 INTRODUÇÃO
Vive-se no Brasil um período de tripla transição: demográfica, nutricional e
epidemiológica. Observa-se que o processo de transição impacta diretamente na saúde
dos indivíduos, dessa forma ressalta-se a importância de ações de promoção à saúde,
como grupos de saúde. O trabalho com grupos fez parte das intervenções realizadas por
residentes do Programa Multiprofissional Integrado em parceria com uma Estratégia de
Saúde da Família, e considerou-se relevante a percepção dos usuários sobre grupos de
saúde. Assim, o presente trabalho objetiva descrever o conceito de saúde sob a
percepção dos usuários.
2 MÉTODOS:
Trata-se de um recorte do projeto Promoção de Saúde em Estratégia de Saúde da
Família: Limites e Possibilidades para o trabalho em saúde com CAAE
19349113.0.0000.5346. Trata-se de um estudo descritivo exploratório conduzido pela
abordagem qualitativa e análise de conteúdo de Minayo (2008). Os sujeitos da pesquisa
foram 11 participantes, com idades entre 18 e 80 anos.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
Quando questionados sobre o seu conceito de saúde a maioria relacionou com hábitos
de alimentação e atividade física: “saúde é ter uma alimentação correta, é comer frutas,
verduras e legumes. (E2, E3, E5, E8, E9). Para se ter boa saúde é necessário tomar um
café da manhã forte, um almoço colorido e uma janta leve. Uso muito os grãos integrais
nas minhas refeições” (E7). “Saúde é [...] estar desposta para caminhar, fazer as
atividades da casa, andar de bicicreta, correr, sair para passear”. (E3, E5, E8, E9).
Alguns trouxeram uma compreensão ampliada, usando o conceito de completo bem-
estar biopsicossocial e espiritual. “Eu penso que saúde seja um completo bem estar [...],
116 Enfermeira, mestranda PPGERONTO/UFSM; 117 Doutora em Serviço Social, chefe do Departamento de Serviço Social da UFSM;; 118 Acadêmico de medicina da UFSM; 119 Acadêmica de música da UFSM. 5 Acadêmicas de educação especial da UFSM;
envolve meus sentimentos, as relações que eu tenho com amigos e familiares, pessoas
com quem posso contar, meus hábitos de vida, como alimentação, exercício físico, não
fumar, não beber, dormir bem, pegar sol... também envolve a forma que eu me relaciono
com Deus, a crença que tenho nele. Acho que era isso”. (E6, E7). Uma minoria
relacionou com o uso da medicação e com não sentir dor nem desconforto. “eu fico com
saúde quando tomo meus medicamentos certinho, quando eu não tenho dor” (E10). Nos
relatos obtidos por Gehlen et al (2011) a saúde foi considerada apenas como ausência de
doenças.
4 CONCLUSÃO:
Compreender os significados que os usuários atribuem a saúde possibilita argumentar
que houve avanços na apreensão conceitual de saúde, mesmo que para alguns
entrevistados, ainda esteja pautado em concepções reducionistas e pontuais.
REFERENCIAS:
2. MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde.
11 ed. São Paulo: Hucitec, 2008.
3. GEHLEN, M. H. et al. Percepção de usuários de saúde em relação às ações
desenvolvidas pelos agentes comunitários de saúde. Disc Sci, Ser Ciênc Saúde,
v. 12, n. 1, p. 27-37, 2011. Disponível em: <
https://www.periodicos.unifra.br/index.php/disciplinarumS/article/viewFile/974/
917> Acesso em: 01 de novembro de 2018.
AREA TEMÁTICA: Gestão/Assistência
Autores: Cecília Pletschette Galvão120
Patrícia Herrmannr121
Dani Laura Peruzzolo122
CONTRIBUIÇÕES DA TERAPIA OCUPACIONAL E FISIOTERAPIA
NO AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE PREMATUROS
1 INTRODUÇÃO
O ministério da saúde, por meio da Portaria nº 693 de 5/7/2000, institui a Norma de
Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso como uma estratégia pública de
proposta interdisciplinar para melhor atender o prematuro e sua família (BRASIL,
2011). Sabe-se que o recém-nascido pré-termo necessita acompanhamento integral ao
seu desenvolvimento considerando os aspectos orgânicos e relacionais. Para tanto,
também garante-se o seguimento ambulatorial do prematuro, preferencialmente com
equipe multidisciplinar, até os 7 anos de idade (KLOSSOSWSKI, 2016). O Hospital
Universitário de Santa Maria (HUSM), além de diversos serviços de diferentes
complexidades, conta com o ambulatório de pediatria, ao qual está vinculado o
Programa de Seguimento de Prematuros Egressos de Unidades de Tratamento Intensivo
Neonatal (UTINs). Atualmente o seguimento de prematuros conta com o trabalho de
duas médicas pediatras, residentes de pediatria, uma Terapeuta docente do curso de
Terapia Ocupacional, uma Terapeuta Ocupacional e uma Fisioterapeuta residentes do
Programa de Residência Multiprofissional Integrada ao Sistema Público de Saúde da
UFSM, e estagiários do curso de Terapia Ocupacional. Além da avaliação médica, as
crianças são avaliadas pelo Terapeuta Ocupacional e pelo Fisioterapeuta a fim de
identificar possíveis atrasos no desenvolvimento neuropiscomotor, e colaborar com a
equipe médica no diagnóstico diferencial.
2 MÉTODO
Este relato reflexivo foi escrito a partir das experiências vivenciadas junto a Terapeuta
Ocupacional, docente de referência do programa, e das supervisões vinculadas à
Residência Multiprofissional
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A participação da Terapia Ocupacional e da Fisioterapia na equipe multidisciplinar do
seguimento de prematuros traz contribuições importantes para a avaliação do
desenvolvimento do bebê pré-termo. Cada núcleo, com sua especificidade, amplia o
olhar sobre a criança, deslocando a avaliação do modelo médico-centrado. O Terapeuta
Ocupacional, por meio de uma escuta qualificada, consegue identificar dificuldades na
120 Terapeuta Ocupacional Residente do segundo ano 121 Fisioterapeuta Residente do segundo ano 122 Professora Doutora do curso de Terapia Ocupacional/UFSM
produção dos pais em seu papel ocupacional, avaliar possíveis déficits no
processamento sensorial do bebê, fazer uma avaliação cognitiva aprofundada, e avaliar
a adaptação da criança aos contextos cotidianos (casa, escola, comunidade,etc.)
(PERUZZOLO, 2014). Utiliza-se como norteador da avaliação o protocolo IRDI
(Indicadores de Risco ao Desenvolvimento Infantil) (KUPFER, 2008), que tem como
finalidade analisar como está se dando a produção relacional entre o bebê e seus pais,
possibilitando sinalizar risco ao desenvolvimento e/ou risco psíquico entre as idades de
quatro a dezoito meses. Quando é identificado que o bebê ou os pais estão com alguma
questão que pode colocar em risco o desenvolvimento do bebê, amplia-se a avaliação da
equipe na busca do que está desencadeando este problema. São comuns
encaminhamentos para neurologia, para o próprio ambulatório da Terapia Ocupacional,
Fisioterapia e Fonoaudiologia, além de orientações específica à família e/ou a escola
infantil.
4 CONCLUSÕES
O seguimento longitudinal regular e sistematizado do desenvolvimento do bebê
prematuro possibilita a identificação de déficits e/ou atrasos motores, cognitivos e
psíquicos. Com isso é possível identificar em tempo a origem do problema e intervir por
meio do encaminhamento a rede de atenção disponível. Acredita-se que, com este tipo
de assistência ampliada é possível diminuir os resultados estatísticos de frequente atraso
no desenvolvimento de bebês prematuros.
REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Atenção
humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método mãe-canguru: manual do
curso. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
2. KLOSSOSWSKI, D. G. et al . Assistência integral ao recém-nascido prematuro:
implicações das práticas e da política pública. Rev. CEFAC, São Paulo , v. 18,
n. 1, p. 137-150, Feb. 2016 .
3. KUPFER, M. C. M. Relatório científico final: Leitura da constituição e da
psicopatologia do laço social por meio de indicadores clínicos: uma abordagem
multidisciplinar atravessada pela psicanálise (PT Fapesp) – nº 2003/09687. São
Paulo: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, 2008
4. PERUZZOLO, et al. Participação da Terapia Ocupacional na equipe do
Programa de Seguimento de Prematuros Egressos de UTINs. Cad. Ter. Ocup.
UFSCar, São Carlos, v. 22, n. 1, p. 151-161, 2014
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Adaiane Amélia Baccin123
Anniara Lúcia Dornelles de Lima 124
Leila Mara Piasentin Claro 125
Juliana Kuster de Lima Maliska 126
Vanessa Cirolini Lucchese 127
Silvio José Lemos Vasconcellos128
COPING E ENGAJAMENTO NO TRABALHO DA ENFERMAGEM
HOSPITALAR.
1 INTRODUÇÃO
A pesquisa teve como objetivo investigar e correlacionar Coping Ocupacional
(estratégias utilizadas para enfrentar as situações de estresse no trabalho) e o
Engajamento no Trabalho - experiência positiva relacionada ao bem-estar e ao
desempenho das tarefas no trabalho (Vasquez, Magnan, Pacico, Hutz e Schaufeli,
2015). A amostra foi de 250 profissionais da enfermagem de um hospital escola, sendo
83% do sexo feminino, com idades entre 23 e 64 anos. A pesquisa foi aprovada pelo
Comitê de Ética e Pesquisa, com Parecer CAAE: 73711417.4.0000.5346.
2 MÉTODO
A coleta de dados ocorreu no hospital. Os instrumentos utilizados foram a Escala de
Coping Ocupacional e a Escala de Avaliação do engajamento, além de um questionário
desenvolvido pela pesquisadora e validado por dois pesquisadores independentes.
Tratou-se de uma pesquisa exploratória, de cunho quali-quantitativa. Os dados foram
analisados no programa SPSS versão 2.0. Utilizou-se a estatística descritiva, com
médias e desvio padrão e o coeficiente de correlação de Pearson (r).
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados demonstraram a existência de relação entre as variáveis, foi detectado
baixo índice de Engajamento Total no trabalho, ressaltando a importância em investir
no desenvolvimento dos aspectos que o compõem como forma de fortalecimento das
estratégias de Coping Ocupacional. O estudo qualitativo demonstrou que os
participantes apresentam elevado índice de estresse e buscam formas para enfrentar e
superar situações estressoras, com destaque para o equilíbrio emocional, espiritual,
auxílio de colegas e as capacitações, inclusive citaram que por vezes chegam ao ponto
de necessitar auxílio psicológico e médico. Para a Psicologia Positiva, é essencial que a
Instituição valorize as potencialidades dos colaboradores, utilizando alternativas
123 Psicóloga Mestra em Psicologia (UFSM) 124 Acadêmica do Curso de Psicologia (UFSM) 125 Psicóloga (FISMA) 126 Acadêmica do Curso de Psicologia (UFSM) 127 Acadêmica do Curso de Psicologia (UFSM) 128 Psicólogo Dr. PPGP (UFSM)
alinhadas com aspectos comportamentais positivos (Seligman, 2011). Os resultados
demonstraram que há relação entre os aspectos em estudo, pois pessoas engajadas
ampliam seu repertório de Coping.
4 CONCLUSÕES
Conclui-se que é essencial dar atenção aos resultados do estudo quanto aos aspectos
apontados como relevantes para o desenvolvimento das estratégias de enfrentamento ao
estresse no trabalho. É necessário tratar e prevenir o estresse, além de realizar ações que
promovam o desenvolvimento interpessoal e a valorização das potencialidades dos
trabalhadores.
REFERÊNCIAS
1. ALVES, G. A. S.; BAPTISTA, M.N. Construção de uma Escala de Coping
Ocupacional (ESCO): Estudos psicométricos preliminares. Dissertação de Mestrado.
Universidade São Francisco, Itatiba, 2010.
2. BAPTISTA, M. N. et al . Depressão e Coping organizacional: evidências de validade
para a escala baptista de depressão. Bol. psicol, São Paulo, v. 63, n. 138, p. 35-47, 2013.
3. HUTZ, C. S. (Org.). Avaliação em Psicologia Positiva. Técnicas e Medidas. 1ed. São
Paulo: Hogrefe CETEPP, v. 1, p. 75-90, 2016.
4. SANTOS, Glauber Eduardo de Oliveira. Cálculo amostral: calculadora on-line.
Disponível em: <http://www.calculoamostral.vai.la>.2011.
5. SELIGMAN, M.E.P. Florescer: uma nova compreensão sobre a natureza da
felicidade e do bem-estar. 1ª Edição. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.
6. VAZQUEZ, A. C. S., MAGNAN, E. S., PACICO, J. C., HUTZ, C. S., &
SCHAUFELI, W. B. (2015). Adaptation and Validation of the Brazilian Version of the
Utrecht Work Engagement Scale. Psico-USF, 20(2), 207-217. (2015).
https://doi.org/10.1590/1413-82712015200202.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Maria Luisa Souza Maidana129
Camila Lopes Marafiga 2
Priscila Kurz Assumpção3
CUIDADOS COM A PELE DO RECÉM-NASCIDO
1 INTRODUÇÃO
O cuidado com a pele do recém-nascido (RN) é muito importante no período neonatal,
pois proporciona uma barreira protetora auxiliando na prevenção de infecções, facilita a
termorregulação, ajuda no controle da perda hídrica insensível e no equilíbrio
eletrolítico. Após o nascimento as camadas da pele, epiderme, derme e tecido
subcutâneo são poucos espessas e os anexos cutâneos ainda não foram totalmente
desenvolvidos, sendo frágeis e imaturas, por isso os profissionais de saúde devem ter
cuidado redobrado, mantendo a integridade e evitando alterações na função protetora
dos órgãos contra agentes externos (SCHAEFER et al., 2016). A profilaxia dessas
lesões deve-se em especial a enfermagem, na qual é responsável pelo cuidado delicado e
contínuo ao paciente, buscando soluções na melhoria do cuidado com a pele do RN
internado, devendo ser capacitada sobre medidas de proteção e promoção da integridade
da pele (SANTOS et al., 2015). O objetivo desse trabalho foi identificar nas publicações
cientificas a importância do cuidado com a pele do recém-nascido.
2 MÉTODO
Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa sobre o cuidado com a pele do
recém-nascido. Realizou-se a busca durante o mês de novembro de 2018 nas bases de
dados LILACS e BDENF com a seguinte estratégia: “PELE” AND “RECÉM-
NASCIDO”. Encontrou-se 170 produções. Foram incluídas produções em português,
que estivessem disponíveis e atendessem a temática. Assim, foram incluídas no estudos
11 produções visto que as duplicadas foram consideradas apenas uma vez.
3 RESULTADOS
A idade gestacional (IG) e peso ao nascer são fundamentais para avaliação do RN. O
recém-nascido pequeno para IG requer internação prolongada, utilização de materiais e
equipamentos que oferecem riscos a lesões de pele. As principais causas de lesões
129Autora: acadêmica de enfermagem, 6ºsemestre, Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA.
[email protected]. 2Coautora: Acadêmica de enfermagem, 6º semestre, Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA.
[email protected]. 3Orientadora: Enfermeira, mestre em pediatria e docente na Faculdade Integrada de Santa Maria-FISMA.
destacadas, uso e fixação de dispositivos, punções venosas, dermatite de fralda ou de
contato. Para enfermagem é um desafio manter a integridade da pele do RNs, por serem
constantemente manuseados na prática de procedimentos necessários. O estudo
observou a utilização de óleo para hidratação da pele e retirada de adesivos de fixação,
descontaminação da pele para procedimentos invasivos, limpeza do coto umbilical e
mudança de decúbito, como as principais práticas adotadas no cuidado para a
manutenção da integridade da pele do RN.
4 CONCLUSÃO
Portando, cuidados que preservem a integridade da pele do RN devem ser prioritários,
assim como importância do enfermeiro aprimorar o conhecimento acerca das
especificidades neonatais.
REFERÊNCIAS
1. SANTOS, SV; COSTA, R. Cuidados com a pele do recém-nascido: o estado da arte.
Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental online 2015. jul./set. 7(3):2887-2901.
Disponível em:<
http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/3814/pdf_1643 >.
Acesso em: 03 out 2018.
2. SCHAEFER, TIM; NAIDOM, AM; NEVES, ET. Cuidados com a pele do recém-
nascido internado em unidade de terapia intensiva neonatal: revisão integrativa. Revista
Fund Care Online. 2016 out/dez; 8(4):5156-5162. Disponível em:<
http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/3791/pdf_1 >.
Acesso em: 03 nov 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Luiza Arend 130
Silviamar Camponogara 131
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO POTENCIAL DOADOR DE
ÓRGÃOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
A Morte Encefálica provoca alterações hemodinâmicas que levam à falência múltipla
dos órgãos, exigindo da equipe de saúde uma adequada manutenção das funções vitais
para garantir a estabilidade hemodinâmica do potencial doador. Entretanto, para isso, é
necessário que tenha conhecimento científico e técnico a respeito de todos os aspectos
envolvidos no cuidado a pessoas com morte encefálica.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência, elaborado a partir das vivências em aulas práticas,
que ocorreram na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário de Santa
Maria, durante o segundo semestre do ano de 2018.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Durante o período de aulas práticas na Unidade de Terapia Intensiva, foi possível
acompanhar os cuidados da equipe de enfermagem ao potencial doador de órgãos em
morte encefálica. Os cuidados foram: mensuração dos sinais vitais, aspiração do tubo
endotraqueal, higienização corporal, cuidados com pele para evitar lesões, controle
hídrico, avaliação da diurese, avaliação e controle hemodinâmico, preparação e
acompanhamento da realização de exames e protocolos. No decorrer desse período, foi
possível observar que o paciente em morte encefálica demanda uma série de cuidados
de enfermagem devendo a equipe multiprofissional possuir conhecimento científico,
proatividade e engajamento. Além disso, evidenciou-se que há uma variedade de
questões ético-legais envolvidas em todo esse processo.
4 CONCLUSÕES
O papel da enfermagem diante de paciente em morte encefálica na Unidade de Terapia
Intensiva deve ser executado sempre com dignidade e respeito. É fundamental que o
enfermeiro tenha conhecimentos científicos a respeito de todos os processos, incluindo
o fisiopatológico, pois exerce uma função importante no controle de todos os dados
hemodinâmicos, hídricos e monitorização dos pacientes.
130 Acadêmica de enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. 131 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do Departamento e Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria.
REFERÊNCIAS
1. BECKER, S. et al. A enfermagem na manutenção das funções fisiológicas do
potencial doador. SANARE. v.13, n.1, p. 69-75, jan./jun. 2014.
2. COSTA, C. R.; COSTA, L. P.; AGUIAR, N. A enfermagem e o paciente em
morte encefálica na UTI. Rev. Bioét. v. 24, n. 2, p. 367-368, 2016.
ÁREA TEMÁTICA: Extensão
Autores:
Maiara Leal da Trindade132
Rosângela Marion da Silva133
Michele Zarantonelo134
DESAFIOS DO TRABALHO MULTIPROFISSIONAL RELACIONADOS
AO AUTOCUIDADO DE PACIENTES COM DOENÇA VASCULAR:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
O Sistema Único de Saúde – SUS e a Política Nacional de Humanização – PNH
preveem que as equipes de saúde realizem um atendimento integral aos pacientes de
forma a responder as necessidades de saúde dos indivíduos. Objetiva-se relatar a
experiência de uma acadêmica de Enfermagem acerca da percepção dos desafios de
uma equipe multiprofissional relacionados ao fortalecimento do autocuidado de
pacientes com alteração vascular.
2 MÉTODO
Trata-se de um relato de experiência oportunizado por um projeto de extensão de uma
universidade federal do interior do Rio Grande do Sul. Este projeto propõem a
participação de uma bolsista em ações interdisciplinares (consultas individuais e
coletivas), promovidas por uma equipe da Residência Multiprofissional, que visam
consolidar o autocuidado de pacientes com doença vascular crônica, após a alta
hospitalar. Estas ações ocorrem semanalmente, desde maio de 2018 no ambulatório de
um hospital universitário.
3 RESULTADOS/DISCUSSÃO
Em cinco meses, percebeu-se problemáticas que comprometiam o avanço das ações
interdisciplinares. Relacionado ao paciente, notou-se baixa adesão ao tratamento e
orientações. Um estudo identificou fatores que implicam na adoção efetiva do
tratamento farmacológico, como inúmeras medicações; existência de comorbidades;
baixa renda; baixa ou nenhuma escolaridade; má autopercepção da sua saúde
(TAVARES et al., 2016). Concernente à Rede de Atenção à Saúde – RAS visualizou-se
dificuldades na transferência de cuidados para outros serviços de saúde. Falta de
comunicação entre os trabalhadores; desconhecimento sobre os serviços disponíveis;
carência de educação permanente; ausência de retorno dos serviços e a falta de
responsabilização dos profissionais envolvidos são fatores que um estudo pontuou como
entraves da rede assistencial (BRONDANI et al., 2016). E, a própria equipe
132 Departamento de Enfermagem UFSM; 133 Departamento de Enfermagem UFSM; 134 Residência Multiprofissional UFSM.
institucional apresenta uma comunicação deficiente entre os profissionais da Residência
e equipe médica. As diferentes formações acadêmicas; as individualidades; o efeito da
hierarquia de poder e o “treinamento” para o diálogo são os principais desafios para
uma comunicação efetiva (NOGUEIRA; RODRIGUES, 2015). Ademais, a PNH (2013)
defende a comunicação entre os trabalhadores, a fim de promover práticas coletivas que
estimulem a produção de um cuidado compartilhado e integral ao paciente.
5 CONCLUSÕES
Verifica-se que os desafios referidos interferem no fortalecimento do paciente frente ao
autocuidado, mas, são questões possíveis de serem reavaliadas, por meio de medidas
que efetivem as políticas de saúde vigentes; de estratégias de educação em saúde e
otimização da comunicação.
REFERÊNCIAS
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da
Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Documento base para gestores e
trabalhadores do SUS / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo
Técnico da Política Nacional de Humanização. – 4. ed. – Brasília: Editora do Ministério
da Saúde, 2008.
2. NOGUEIRA, J. W. S; RODRIGUES, M. C. S. Comunicação efetiva no trabalho
em equipe em saúde: desafio para a segurança do paciente. Cogitare Enferm, Brasília,
v. 20, n. 3, pg. 636-640, 2015.
3. TAVARES, et al. Fatores associados à baixa adesão ao tratamento
farmacológico de doenças crônicas no Brasil. Rev Saúde Pública, São Paulo, v. 50, n.
2, 2016.
4. BRONDANI, et al. Desafios da referência e contrarreferência na atenção em
saúde na perspectiva dos trabalhadores. Curitiba, Cogitare Enferm. v. 21, n. 1, pg. 01-
08, 2016.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Otávio Ferreira Moraes135
Jaqueline Scalabrin Silva136
Tânia Solange Bosi de Souza Magnago137
DISTÚRBIOS PSÍQUICOS MENORES EM FAMILIARES
CUIDADORES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTE EM TRATAMENTO
ONCOLÓGICO: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
1 INTRODUÇÃO
Cuidar de um filho com câncer pode representar uma grande carga emocional e física,
afetando a saúde psíquica dos familiares responsáveis. Nesse contexto, fatores
ambientais, psicológicos e espirituais desempenham um papel importante no
aparecimento de distúrbios psíquicos menores (DPM). Assim, objetiva-se avaliar o
perfil sociodemográfico, a prevalência de DPM e os fatores supracitados em cuidadores
de crianças e adolescentes em tratamento oncológico.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo transversal, de caráter quanti-qualitativo, realizado entre
fevereiro e setembro de 2018, com 62 familiares cuidadores de crianças e adolescentes
em tratamento oncológico em um hospital universitário do Rio Grande do Sul. Foram
incluídos os familiares presentes durante a internação, independente do período de
tratamento ou tempo internado. E, excluídos os menores de idade. Utilizou-se um
questionário sociodemográfico, o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20) e entrevistas
com 14 cuidadores. O ponto de corte para suspeição de DPM foi sete ou mais respostas
positivas para ambos os sexos (GRECO et al., 2015). Para a análise dos dados
quantitativos utilizou-se a estatística descritiva. O estudo obteve a autorização do
Comitê de Ética em Pesquisa da instituição (CAAE nº 61553616.6.0000.5346) e segue
as normativas da Resolução 466/12.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Predominaram cuidadoras femininas (80,6%, n=50), da família nuclear do paciente
(88,7%, n=55), com idade média de 37 anos (±9,1, entre 20 e 66 anos), vivendo fora de
Santa Maria (80,6%, n=50). Dos participantes, 64,5% (n=40) não praticavam atividade
física, 67,7% (n=42) possuíam alguma atividade de lazer e 77,4% (n=48) praticavam
135 Graduando em Psicologia na UFSM. Bolsista ProIC-HUSM. E-mail:
[email protected]; 136 Enfermeira do HUSM/EBSERH. Mestranda em Enfermagem no PPGEnf/UFSM; 137 Doutora em Enfermagem. Professora Adjunta do Departamento e Pós-Graduação em
Enfermagem da UFSM.
alguma religião. A suspeição para DPM foi de 45% (n=27), sendo a média de respostas
afirmativas 6,97 (±4,25). Dentro do SRQ-20, a questão com mais respostas afirmativas
foi “Sente-se nervoso(a), tenso(a) ou preocupado(a)?” (79%, n=49). Em relação às
entrevistas, a maioria dos cuidadores relata que sua relação com a fé os ajuda durante as
internações, bem como o apoio de família, amigos e a empatia dos profissionais de
saúde. Outro fator positivo é a possibilidade de entrar em contato com outros
cuidadores, pessoas que passam pela mesma situação. Entretanto, relatam que a
distância da família é um fator negativo. Ademais, referem que, durante as internações,
as suas preocupações estão destinadas somente aos pacientes, deixando de lado suas
vontades e necessidades. O percentual de DPM encontrado sinaliza as perturbações
psicológicas vivenciadas pelos familiares, relacionadas a sintomas depressivos ou
ansiosos. Residir em um município distante do hospital, e, consequentemente, afastado
da família, pode ser entendido como fator de risco para a saúde mental do cuidador. A
internação, amiúde, resulta na perda de fatores de proteção como exercício físico,
atividades de lazer e contato direto com a rede de apoio. A religião desempenha um
importante papel protetivo, estando frequentemente presente nos relatos e na maioria
dos questionários.
4 CONCLUSÕES
Abnegar das próprias necessidades, em detrimento do paciente, pode gerar efeitos
reversos, visto que o adoecimento do familiar pode interferir no processo de cuidado na
internação. Assim, ressalta-se a importância de olhar para os cuidadores, que, muitas
vezes, acabam à margem do foco da atenção dos profissionais.
REFERÊNCIAS
1. GRECO, P. B. T.; et al., A. Prevalência de distúrbios psíquicos menores em
agentes socioeducadores do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de
Enfermagem, Brasília, v. 68, n.1, fev. 2015. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2015680113p>. Acesso em: 11 nov. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Mikaela Aline Bade München138
Carolina Schmitt Colomé139
Taiane Klein dos Santos Weissheimer140
Alberto Manuel Quintana141
DOENÇA RENAL CRÔNICA NO CENÁRIO HOSPITALAR: O PAPEL
DA PSICOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
O cenário hospitalar é um espaço carregado de tensão e que provoca diversos
sentimentos negativos, principalmente relacionados à dor e ao sofrimento frente a
situações nas quais o indivíduo é colocado em contato com a fragilidade da condição
humana. Nessa perspectiva, a manifestação de uma doença física vem seguida de um
impacto emocional que acarreta mudanças nas rotinas dos envolvidos. Esses aspectos
emocionais podem estar relacionados às alterações de autoimagem do indivíduo, à
sensação de incapacidade e ao consequente prejuízo na qualidade de vida. Em relação à
doença renal crônica, esses fatores associam-se com algumas restrições: a ingestão de
líquidos é limitada, o paciente deve controlar seu peso, deve tomar várias medicações e
seguir uma dieta alimentar balanceada. Tais condições tendem, frequentemente, a
causar sentimentos de ansiedade, irritação e tristeza. Frente a isso, o trabalho do
psicólogo no Serviço de Nefrologia vem no sentido de acolher esses sentimentos e
promover a comunicação entre equipe-paciente-família, com a finalidade de auxiliar na
busca por recursos adaptativos diante da situação de adoecimento.
2 MÉTODO
A partir disso, o presente trabalho se propõe a compreender o papel da psicologia frente
às implicações da doença renal crônica aos sujeitos. Para tanto, realizou-se uma revisão
narrativa da literatura, por meio de buscas em livros e artigos que tratassem da
temática.3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os resultados apontam que o contexto hospitalar implica diversas situações advindas de
processos de adoecimento, as quais acarretam variados impactos tanto no paciente
diagnosticado quanto na família. Nesse sentido, o trabalho de um profissional da
psicologia se torna fundamental, uma vez que se compreende a importância de reduzir
os impactos do diagnóstico sobre a vida dos sujeitos e aliviar o sofrimento dos mesmos.
No tocante à doença renal crônica, o processo, desde a descoberta da DRC, passando
138 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 139 Acadêmica do Curso de Psicologia – UFSM – [email protected]; 140 Psicóloga – [email protected]; 141 Orientador; Psicólogo; PhD em Bioética; Professor do Curso de Psicologia – UFSM –
pela possibilidade de realização de hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante, é
permeado pela ansiedade diante dos procedimentos e/ou a espera pelo órgão. Isso faz
com que os profissionais do Serviço de Nefrologia se deparem com as mais diversas
reações emocionais por parte dos pacientes: negação da doença, não adesão ao
tratamento, tristeza e revolta, os quais podem potencializar alguns mecanismos de
defesa psíquicos tais como racionalização, isolamento de sentimentos penosos e
banalização da enfermidade. Nessa lógica, o trabalho do psicólogo visa compreender o
que está envolvido na queixa do paciente, no sintoma e na sua patologia, objetivando ter
uma visão ampla do que está se passando com o sujeito e buscando facilitar a
elaboração de medos e angústias, bem como das incertezas do tratamento e de seu
prognóstico.
4 CONCLUSÕES
Considera-se, com isso, que a saúde mental e, nesse sentido, o serviço de psicologia, são
elementos importantes na busca por uma maior qualidade, humanização e eficácia do
atendimento aos sujeitos portadores de doença renal crônica e suas famílias. Além
disso, coloca-se como desafio e proposição para a equipe multiprofissional como um
todo, a valorização e compreensão das variáveis psicossociais, com vistas à constante
busca por melhorias na qualidade de vida desses sujeitos.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. M. Revisão: A importância da saúde metal na qualidade de vida e
sobrevida do portador de insuficiência renal crônica. Jornal de Nefrologia, São Paulo,
2003; 25 (4): p.209-14.
BARROS, T. M. Psicologia e saúde: Intervenção em hospital geral. In: CAMINHA, R.
M. et al (Orgs). Psicoterapias cognitivo-comportamentais: teoria e prática. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p. 239-246.
BASTOS, M. G.; BREGMAN, R.; KIRSZTAJN, G. M. Doença renal crônica: frequente
e grave, mas também prevenível e tratável. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo , v. 56,
n. 2, p. 248-253, 2010 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
42302010000200028&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 10 out. 2017.
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302010000200028.
CORDEIRO, A. M. et al . Revisão sistemática: uma revisão narrativa. Rev. Col. Bras.
Cir., Rio de Janeiro , v. 34, n. 6, p. 428-431, Dez. 2007 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
69912007000600012&lng=en&nrm=iso>. acessos em 09 Mar. 2017.
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-69912007000600012
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MACIEL, S. C. A importância do atendimento psicológico ao paciente renal crônico em
hemodiálise. In: CAMON, V. A. A. (Org.). Novos rumos na psicologia da saúde. São
Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
ROTHER, E. T. Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paulista de
Enfermagem. São Paulo, v. 20, n.2, p. v-vi, 2007. Disponível em:
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=307026613004 Acesso em 01 mar 2017.
STENZEL, G. Q. L.; ZANCAN, N.; SIMOR, C. Reflexões acerca da atuação do
psicólogo no contexto hospitalar. In: ______ (Orgs.). A Psicologia no Cenário
Hospitar: Encontros Possíveis. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2012. p. 39-49.
TURATO, E. R. Tratado de metodologia da pesquisa clínico- qualitativa:
Construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas da saúde
e humanas. Petrópolis: Vozes. 2013.
VALLE, B.; SALVADOR, C. N.; SANTOS, J. B. Psicanálise e hospital: a escuta da dor
além do corpo. In: ______ (Orgs.). A Psicologia no Cenário Hospitar: Encontros
Possíveis. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2012. p. 111-118.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Sthefany Possamai Gomes142
Cíntia De Ugalde Gründling143
Adriana Farret Brunhauser144
Ariane Erthur Flores145
EDUCAÇÃO EM SAÚDE: ESTRATEGIA DE PROMOÇÃO DA
QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE
INTRODUÇÃO
O envelhecimento da população mundial é um dos grandes desafios a serem enfrentados
no século XXI. A tendência mundial à diminuição da mortalidade e da fecundidade,
bem como o prolongamento da expectativa de vida das pessoas têm levado ao
envelhecimento da população (Paschoal, 2006). Os números do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em 2006 mostraram que, no mundo, uma em cada dez
pessoas tem 60 anos de idade ou mais, estimando-se que em 2050 esta relação será de
uma para cinco pessoas com 60 anos de idade ou mais em todo o mundo, e de uma para
três nos países desenvolvidos. A expectativa de vida é um processo que vem
aumentando com o decorrer do tempo, no Brasil é acompanhado por modificações no
perfil de saúde de sua população e predomínio de doenças crônicas, com limitações
funcionais, incapacidades e maiores gastos e desafios para o sistema de saúde. Com esse
aumento, a capacidade de desfrutar um estilo de vida ativo e independente na velhice
dependerá, em grande parte, da manutenção do nível pessoal de aptidão física das
pessoas. À medida que o ser humano envelhece, quer continuar tendo força, resistência,
flexibilidade e mobilidade para permanecer ativo e independente de modo a poder
atender as próprias necessidades pessoais e domésticas, como fazer compras ou
participar de atividades recreativas e esportivas. Envelhecer sem incapacidade passa a
ser um fator indispensável para a manutenção de boa qualidade de vida. Desta forma,
uma maneira de se identificar a qualidade de vida de um indivíduo é através do grau de
autonomia com o que o mesmo desempenha as suas funções, tornando-o independente
dentro do seu contexto sócio econômico e cultural. Objetivo do estudo foi investigar se
o nível de qualidade de vida da terceira idade e influenciado pelo ensino de exercícios
psicomotores como estratégia de educação em saúde.
2 MÉTODO
Tratou-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa e delineamento quase
experimental apenas com o pós-teste. A amostra foi composta por 28 idosos (14 ativos e
14 inativos), com características biogeográficas semelhantes. Utilizou-se um formulário
biodemográfico, o instrumento WHOQOL-bref e a escala de Berg.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os domínios presentes no construto qualidade de vida (físico, psicológico, relações
sociais e ambiental) e a qualidade de vida total apresentaram diferenças estatísticas
significantes entre idosos ativos e inativos bem como no teste de Berg, que foi favorável
aos idosos ativos quanto ao equilíbrio funcional, representando menor risco de quedas.
4 CONCLUSÕES
Desta forma, conclui-se que a prática de exercícios psicomotores é indicativa de melhor
qualidade de vida.
REFERÊNCIAS (Conforme as normas da ABNT 6023-2002.)
Fonseca, V. (1998). Psicomotricidade:Filogênese, Ontogênese e Retrogênese. (2ª ed).
Porto Ale-gre: Artes Médicas.
Guedes, R. M. L. (2001). Motivação de idosos praticantes de atividades físicas. In,
Guedes, O. C. (org.). Idoso, Esporte e Atividades Físicas João Pessoa: Idéia.
Papaléo Netto, M. (2007). Tratado de gerontologia. (2ª ed.) Rio de Janeiro: Atheneu
Paschoal, S. M. P, Salles, R. F. N, & Franco, R.P. (2006). Epidemiologia do
Envelhecimento. In: Carvalho Filho, E. T., & Papaléo Netto, M. Geriatria
Fundamentos, Clínica e Terapêutica. São Paulo: Atheneu.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Deborah Paula Almeida Zaltron146
Eduarda Friedrich147
Clandio Timm Marques3
Lilian Oliveira de Oliveira4
Alethéia Peters Bajotto5
EFEITO DO DRY NEEDLING NA DOR LOMBAR DE IDOSAS
1 INTRODUÇÃO
A lombalgia é uma das doenças musculoesqueléticas mais comuns na população,
devido a sua alta incidência e prevalência, gerando uma significativa causa de
incapacidade física. A dor miofascial lombar pode ser reconhecida por um relato de
desconforto, rigidez muscular ou fadiga localizada no terço inferior da coluna vertebral,
encontrada em 50% a 90% dos adultos e, muito presente no processo de
envelhecimento. Dentre as causas de dor lombar ressalta-se elementos
musculoesqueléticos, como as síndromes dolorosas miofasciais (SDM) e instabilidades
do segmento lombar. A dor deixa a zona referida suscetível à diminuição da
flexibilidade devido a disfunção miofascial que ocorre em pontos gatilho no músculo
que são causados normalmente por zonas tensas nos músculos ou nas fáscias.
2 MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa quantitativa, de intervenção quase experimental sem grupo
controle, onde foram realizadas aferições antes e após a intervenção. As coletas de
dados foram realizadas no Laboratório de Ensino Prático (LEP) do Curso de
Fisioterapia da Universidade Franciscana, na Estratégia de Saúde da Família Roberto
Binato, na Unidade Básica de Saúde Floriano Rocha e Posto de saúde José Erasmo
Crossetti em Santa Maria/RS, no período de março de 2018 a maio de 2018. A
população foi composta por mulheres sedentárias oriundas da cidade de Santa Maria,
RS, com idade igual ou superior a 60 anos e inferior ou igual à 80 anos. Foi realizada
uma aplicação do Dry needling nos pontos dolorosos da região lombar e a avaliação
realizada em três momentos: pré-agulhamento, 5 minutos após a intervenção e
transcorridas 24 horas, em relação à dor.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Foram realizadas duas avaliações, em três momentos - antes do agulhamento (1), 5
minutos após a retirada da agulha (5) e após 24 horas após a intervenção (24) - em
relação à dor, utilizando a escala visual-analógica (EVA). Após o período de
tratamento, foi evidenciada uma significativa redução da intensidade da dor (p<0,001).
146 Dicente do curso de Fisioterapia da Universidade Franciscana – UFN; 147 Fisioterapeuta; 3 4 5 Docentes do curso de Fisioterapia da Universidade Franciscana – UFN.
O estudo realizado apresentou limitações importantes quanto à sua população e amostra.
A população definida para este estudo, idosas sedentárias, não obteve o número
esperado de participantes voluntárias, o que permite considerar os resultados
encontrados apenas para a população em questão. A definição da amostra também pode
ser considerada um fator limitante, tendo em vista o fato dela não ser aleatória.
4 CONCLUSÕES
Nesta amostra, o Dry Needling mostrou-se capaz de reduzir o quadro álgico e aumentar
a flexibilidade de idosas sedentárias com dor lombar de origem inespecífica. Ademais,
como houve uma melhora expressiva da dor local e flexibilidade quando usada a técnica
de agulhamento seco, presume-se que a desativação dos pontos-gatilho miofasciais deve
ser uma prioridade na terapia da dor miofascial. Apesar dos resultados favoráveis de
estudos sobre o uso de DN no tratamento da dor miofascial, existe uma lacuna na
literatura de estudos com alto nível de evidência que comprovem a efetividade e
eficácia da técnica em diferentes faixas etárias. Este é um método minimamente
invasivo, de baixo custo, seguro, que fornece efeitos locais, segmentais e extra
segmentares.
REFERÊNCIAS
1. Reinehr FB, Carpes FP, Mota CB. Influência do treinamento de estabilização
central sobre a dor e estabilidade lombar. Fisioterapia em Movimento. 2008;
21(1): 123-129.
2. Coelho DM et al. Prevalência da disfunção miofascial em indivíduos com dor
lombar. ActaFisiátrica. 2014; 21(2): 71-74.
3. Liu L et al. Evidence for Dry Needling in the Management of Myofascial Trigger
Points Associated With Low Back Pain: A Systematic Review and Meta-
Analysis. Archives Of Physical Medicine And Rehabilitation. 2018; 99(1): 144-
152.
4. Tüzün EH et al. Effectiveness of dry needling versus a classical physiotherapy
program in pa-tients with chronic low-back pain: a single-blind, randomized,
controlled trial. Journal of Phys-ical Therapy Science. 2017; 29(9): 1502–1509.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Danieli Pillar 148
Tábada Samantha Marques Rosa 149
Fernanda Barbisan 150
Aron Ferreira da Silveira 151
Ivana Beatrice Mânica da Cruz 152
Verônica Farina Azzolin153
EFEITO NEUROPROTETOR DA ERVA MATE EM UM MODELO IN
VITRO DE DOENÇA DE PARKINSON
1 INTRODUÇÃO
A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa crônica, progressiva e
multisistêmica. Embora, a etiologia seja desconhecida, o aumento do estresse oxidativo
(EO) parece estar relacionado com a fisiopatologia da DP. Neste contexto, estratégias
terapêuticas neuroprotetoras com origem dietética para o combate do EO estão sendo
cada vez mais estudadas. Entre os fatores dietéticos associados à neuroproteção,
destacam-se os compostos com propriedades antioxidantes, os quais podem combater a
formação das Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) retardando os danos celulares.
Neste contexto, o extrato de Ilex paraguariensis, a qual é popularmente conhecida como
erva-mate, é uma importante fonte de antioxidantes, sendo potencial alternativa a
prevenção da DP. Diante disso, objetivo desse estudo foi avaliar in vitro o efeito do
extrato aquoso de Ilex paraguarienses em neurônios SH-SY5Y expostos a rotenona.
2 MÉTODO
As células SH-SY5Y foram cultivadas em condições apropriadas, tratadas com erva-
mate na concentração de (10µg/mL) por 24 horas, logo após com rotenona (40 µM),
uma toxina aceita como mimetizadora da DP in vitro. As células foram incubadas por
24 e 72 horas para realização dos seguintes testes: viabilidade celular através do teste de
MTT, modulação de marcadores do metabolismo oxidativo (TBARS, carbonilação,
DCFH-DA e superóxido) via ensaios espectrofotométricos e fluorimétricos, expressão
148 Graduação em Farmácia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de Biogenômica-
Universidade Federal de Santa Maria- RS; 149 Laboratório de Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 150
Programa de Pós Graduação em Gerontologia- Universidade Federal de Santa Maria- RS;
Laboratório de Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 151 Programa de Pós Graduação em Distúrbios da comunicação humana -Universidade Federal de Santa
Maria; Laboratório de Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 152 Programa de Pós Graduação em Distúrbios da comunicação humana -Universidade Federal de Santa
Maria; Programa de Pós Graduação em Gerontologia-Universidade Federal de Santa Maria;
Laboratório de Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 153 Programa de Pós Graduação em Gerontologia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de
Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS;
gênica das enzimas antioxidantes (SOD, CAT, GPX), e ação genotóxica pelo ensaio da
8- OHdG.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A erva-mate parece possuir efeito protetor sobre a ação da rotenona em células neurais.
Devido à queda dos marcadores do metabolismo oxidativo (TBARS, carbonilação de
proteínas, DCFH-DA, e superóxido) e aumento da expressão gênica das enzimas
antioxidantes (SOD, CAT e GPX), uma vez que quando as células foram expostas
somente a rotenona os parâmetros oxidativos se elevaram e as enzimas antioxidantes
diminuíram. Em contrapartida, o tratamento prévio coma erva-mate ocasionou a queda
dos parâmetros oxidativos e aumento das enzimas antioxidantes.
4 CONCLUSÕES
Apesar das restrições metodológicas relacionadas aos protocolos in vitro, nossos
resultados sugerem que o extrato aquoso da Ilex paraguaienses é um potencial
composto neuroprotetor contra os danos causados pela rotenona em células SH-SY5Y,
todavia, mais estudados precisam ser realizados a fim de se comprovar seu efeito
preventivo a DP.
REFERÊNCIAS:
1. XU, K.; XU, Y.H.; CHEN, J.F.; SCHWARZSCHILD, M. Neuroprotection by
caffeine: time course and role of its metabolites in the MPTP model of Parkinson’s
disease. Neuroscience. v. 167, p. 475–481, 2010.
2. QI, H.; LI, S. Dose-response meta-analysis on coffee, tea and caffeine consumption
with risk of Parkinson’s disease. Geriatr Gerontol Int. v. 14, p. 430–439, 2014.
3. SOKOL, L.L.; YOUNG, M.J.; ESPAY, A. J.; POSTUMA, R.B. Cautionary optimism:
caffeine and Parkinson’s disease risk. J Clin Mov Disord. v. 3, p. 7, 2016.
4. MAO Y. R.; JIANG L.; DUAN Y. L.; AN L. J; JIANG B. Efficacy of catalpol as
protectant against oxidative stress and mitochondrial dysfunction on rotenone-
induced toxicity in mice brain. Environ. Toxicol. Pharmacol. v. 23, p. 314–318, 2007.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Danieli Pillar 154
Ivo Emílio da Cruz Jung 155
Fernanda Barbisan 156
Marta Medeiros Frescura Duarte 157
Ivana Beatrice Mânica da Cruz 158
Verônica Farina Azzolin159
EFEITO NEUROPROTETOR DA SUPLEMENTAÇÃO COM ÓLEO DE
ABACATE EM CÉLULAS NEURAIS SH-SY5Y: UM MODELO DE
ESTRESSE IN VITRO
1 INTRODUÇÃO
O estresse vem sendo descrito por muitos autores como um possível gatilho para o
desenvolvimento de uma série de patologias psiquiátricas e metabólicas. O hormônio
cortisol em altos níveis parece ser o elo entre o estresse e o desenvolvimento de
disfunções, sendo o estresse um desencadeador de morte neuronal e desenvolvimento de
doenças crônicas na população. Nesse contexto, cada vez mais opções terapêuticas não
farmacológicas estão sendo buscadas, como fatores que possam contribuir
positivamente no tratamento farmacológico. E essa busca envolve, fortemente
elementos nutricionais que possam contribuir para o combate ao estresse. Umas das
moléculas encontradas na dieta que parece estar associada com a proteção ao estresse
psicossocial e doenças psiquiátricas e neurodegenerativas é o ácido graxo poliinsaturado
ômega-3 (PUFA n-3). Esta molécula tem um papel critico na estrutura e função
cerebral. Geralmente, a suplementação de PUFA n-3 é feita com óleo de peixe.
Entretanto, existem outros alimentos vegetais que poderiam apresentar efeito na
modulação do estresse psicossocial considerando a sua matriz nutricional, como é o
caso do abacate (Persea americana), um fruto amplamente distribuído em todas as
regiões do Brasil. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar in vitro o potencial
efeito neuroprotetor do abacate frente a células neurais (SH-SY5Y) expostas ao cortisol.
154 Graduação em Farmácia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de Biogenômica-
Universidade Federal de Santa Maria- RS; 155 Programa de Pós Graduação em Farmacologia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório
de Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 156
Programa de Pós Graduação em Gerontologia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de
Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS; 157 Universidade Luterana do Brasil-Campus Santa Maria; Laboratório de Biogenômica-
Universidade Federal de Santa Maria- RS; 158 Programa de Pós Graduação em Farmacologia-Universidade Federal de Santa Maria; Programa de
Pós Graduação em Gerontologia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de Biogenômica-
Universidade Federal de Santa Maria- RS; 159 Programa de Pós Graduação em Gerontologia-Universidade Federal de Santa Maria; Laboratório de
Biogenômica- Universidade Federal de Santa Maria- RS;
2 MÉTODO
Foi avaliado o efeito da suplementação da cultura de células neurais SH-SY5Y com
óleo da polpa de abacate na concentração (5 μg/mL), expostas ao cortisol (1ng/mL). A
exposição ao cortisol é considerada um modelo in vitro de estresse. Os seguintes
parâmetros foram analisados em 24 e 72 horas: viabilidade, taxa de proliferação celular
e marcadores apoptóticos (BAX, BCL-2, caspase 3 e 8).
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O abacate mostrou um efeito protetor frente à exposição das células neurais ao cortisol.
Aumentando a viabilidade e proliferação dessas e revertendo a apoptose causada pelo
cortisol. Uma vez que uma das consequências da exposição crônica ao estresse é a
morte de neurônios, o abacate mostra-se como um agente neuroprotetor.
4 CONCLUSÕES
Apesar das limitações metodológicas, por se tratar de um estudo in vitro, o abacate se
mostrou um potente neuroprotetor frente a células expostas ao estresse pelo cortisol,
sendo esse um importante fruto a se considerar para o desenvolvimento de um
suplemento para prevenção de estresse psicossocial e transtornos psiquiátricos.
REFERÊNCIAS:
5. ADAM, E.K.; KUMARI, M. Assessing salivary cortisol in large-scale,
epidemiological research. Psychneuroendocrinology. v.34, p.1423-143, 2009.
6. CANHADA, S. et al. Omega-3 fatty acids' supplementation in Alzheimer's disease:
A systematic review. Nutr Neurosci. v.3, p.1-10, 2017.
7. CHEN, W.Q. et al. Effects of epigallocatechin-3-gallate on behavioral impairments
induced by psychological stress in rats. Exp Biol Med. v.235, n.5, p.577-583, 2010.
8. FERRAZ, A.C. et al. Chronic omega-3 fatty acids supplementation promotes
beneficial effects on anxiety, cognitive and depressive-like behaviors in rats
subjected to a restraint stress protocol. Behav. Brain Res. v.219, p.116–122, 2011.
9. ORTIZ-AVILA, O. et al. Avocado Oil Improves Mitochondrial Function and
Decreases Oxidative Stress in Brain of Diabetic Rats. J. Diabetes Res. 2015.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Alex Velasques Santos¹
Darcieli Lima Ramos²
Luciane Sanchotene Etchepare Daronco³
¹Acadêmico de Educação Física UFSM-RS ; ²Departamento de clínica médica UFSM-RS;
³Departamento de Desportos Coletivos UFSM-RS.
EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA IMAGEM CORPORAL DE
MULHERES COM CANCÊR DE MAMA PACIENTES DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA - RIO GRANDE DO SUL
1 INTRODUÇÃO
A investigação da imagem corporal em pessoas com câncer é fundamental para o
entendimento do estresse gerado pelas mudanças decorrentes da doença e do seu
tratamento (FRIERSON; THIEL; ANDERSEN, 2006). Em pessoas com câncer as
mudanças corpóreas estão relacionadas, principalmente, a aparência e a problemas
psicossociais como: ansiedade, sintomas depressivos, diminuição de libido, problemas
físicos, problemas sociais e problemas financeiros (BOGAARTS, 2012). O objetivo
deste estudo foi verificar a imagem corporal em pacientes do sexo feminino com câncer
de mama atendidas no HUSM – RS durante o tratamento de Radioterapia.
2 MÉTODO
Este foi um estudo quantitativo que estudou 16 mulheres em tratamento radioterápico
no HUSM durante os meses de Abril e Maio de 2017. Foi realizado um pré teste,
seguido de oito oficinas de atividade física leve (alongamentos e atividades lúdicas) e
um pós teste. Para avaliar a imagem corporal, decidiu-se utilizar o questionário Body
Image after Breast Cancer Questionnaire (BIBCQ), com o objetivo de acompanhar o
impacto do câncer de mama na imagem corporal.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Ao analisar os dados relativos à imagem corporal entre as mulheres, demonstrou-se que
muitas delas estavam satisfeitas com sua aparência, gostavam do seu corpo e estavam
satisfeitas com o mesmo. Contudo, não se sentiam confortáveis em trocar de roupa em
vestiários públicos. Os informes dos pacientes demonstraram que não evitavam a
intimidade física nesse período e não tentavam esconder o seu corpo do parceiro. Foi
observado um discreto aumento em alguns itens depois da prática das 8 sessões de
Atividade Física.
4 CONCLUSÕES
O presente se mostrou relevante pela importância do cuidado com o corpo,
principalmente no período em que o corpo apresenta uma doença tão mítica, como o
câncer. Ressalta-se que mais pesquisas devem ser realizadas nesse sentido.
REFERÊNCIAS
1. FRIERSON, G.; THIEL, D. L.; ANDERSEN, B. L. Body change stress for
women with breast cancer: the breast‑impact of treatment scale. Anals. In
Behavioral Medicine, v. 32, n. 1, p. 77‑81, 2006.
2. GONCALVES, Carolina de Oliveira et al . Instrumentos para avaliar a imagem
corporal de mulheres com câncer de mama. Psicol. teor. prat., São Paulo , v.
14, n. 2, p. 43-55, ago. 2012 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
36872012000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 11 fev. 2017.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Lenize Nunes Moura 160
Silviamar Camponogara 161
José Luís Guedes dos Santos 162
Thailini Silva de Mello163
Silvana Silveira 5
EMPODERAMENTO E AMBIENTE DE PRÁTICA DE ENFERMEIROS
DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
1 INTRODUÇÃO
O estudo tem como objetivo analisar as características do ambiente da prática
profissional dos enfermeiros de um Hospital Universitário e mensurar o empoderamento
desses enfermeiros. Considera-se importante conhecer as características do ambiente de
trabalho do enfermeiro, bem como os níveis de empoderamento desses profissionais,
pois acredita-se que tais fatores podem vir a influenciar os cuidados de enfermagem.
2 MÉTODO
Trata-se de um projeto de dissertação de mestrado apresentado ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria. Caracteriza-se
como um estudo transversal e descritivo. A atual investigação foi realizada em um
Hospital Universitário do Sul do Brasil, durante o primeiro semestre de 2018. A coleta
de dados se deu por meio da aplicação de três instrumentos autorrespondidos: ficha de
caracterização pessoal; profissional e do ambiente de trabalho e a versão brasileira do
Nursing Work Index – Revised (NWI-R); Escala do Empoderamento: Conditions of
Work Effectiveness Questionnaire II (CWEQ). A população da pesquisa foi composta
por 237 enfermeiros que se enquadraram nos critérios de inclusão. O projeto encontra se
em fase de análise dos dados, estes foram realizados no programa SPSS Statistics
versão 21.0 para Windows. O estudo atendeu aos aspectos éticos conforme a Resolução
466/2012, obteve aprovação do comitê de ética em pesquisa da Universidade Federal de
Santa Maria, por meio da Plataforma Brasil Online, conforme parecer nº 2.865.806. Sob
o número do Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE)
81601817.2.0000.5346.
160Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade
Federal de Santa Maria (PPGENF/UFSM); 161Doutora em Enfermagem. Docente no curso de enfermagem e PPGEnf/UFSM. Universidade
Federal de Santa Maria; 162Professor do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). Florianópolis, Santa Catarina, Brasil; 163Acadêmica de Enfermagem Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Bolsista de
Iniciação Científica CNPq; 5 Acadêmica de Enfermagem Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO PRÉVIA DOS RESULTADOS
Uma análise preliminar dos dados evidenciaram que em determinados setores o
ambiente de pratica é mais favorável do que em outros. Quanto ao empoderamento, os
níveis de empoderamento dos enfermeiros também foi mais elevado em alguns setores
específicos. Com esta pesquisa, espera-se contribuir para construção do conhecimento
na área da enfermagem, bem como para a melhoria do ambiente de prática dos
enfermeiros uma vez que tais resultados poderão subsidiar o desenvolvimento de
estratégias que proporcionem um ambiente favorável, bem como o aumento do
empoderamento dos enfermeiros, resultando em maior satisfação dos profissionais e
melhora na qualidade do cuidado oferecido ao paciente.
4 CONCLUSÕES
Os resultados preliminares já permitem concluir que os diversos fatores relacionados ao
ambiente de trabalho e o nível de empoderamento dos profissionais podem influenciar a
pratica profissional e o cuidado de enfermagem.
REFERÊNCIAS
BERNARDINO E, Dyniewicz AM, Carvalho KLB, Kalinowski LC, Bonat WH.
Adaptação transcultural e validação do instrumento Conditions of Work Effectiveness -
Questionnaire-II. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2013;21(5):1112-18.
BRASIL. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Conselho Nacional de Saúde.
Comitê Nacional de Ética em Pesquisa em Seres Humanos. Diário Oficial da União
Ministério da Saúde, Brasília – DF, 2012.
GASPARINO, R.C. Adaptação cultural e validação do instrumento Nursing Work
Index - Revised para a cultura brasileira. 2008. 137p. Dissertação (Mestrado em
Enfermagem) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2008.
LAKE, E.T. Development of the Practice Environment Scale of the Nursing Work
Index. Res Nurs Health., v. 25, n. 3, p. 176-88, 2002.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Bruna Rossarola Pozzebon164
Tanise Martins dos Santos165
Suzinara Beatriz Soares de Lima 166
Vera Regina Real Lima Garcia 167 Valdecir Zavarese da Costa 5
Naiana Buligon Alba 6
ENFERMEIRO NA GESTÃO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS
BRASILEIROS: ESTUDO DE TENDÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
Seguindo a tendência de substituição do estilo autocrático e impositivo dos gestores, por
um estilo mais eficiente, voltado para a excelência organizacional, os hospitais têm
adotado modelos de gestão focados no compartilhamento das decisões, superando os
modelos tradicionais. Com isso, gestores modernos têm ocupado cargos diretivos para
que consigam implementar um novo modelo, inclusive, em hospitais universitários
federais (HUF) (ARAÚJO; LETA, 2014). As exigências da gestão da Empresa
Brasileira de Serviços Hospitalares nos HUF têm gerado transformações na formação
profissional, especialmente, na enfermagem (BRASIL, 2018). Ao considerar-se a
ocupação de diferentes cargos pelos enfermeiros, desponta-se o interesse das
instituições nesses profissionais devido à repercussão direta na qualidade da assistência
(MONTEZELI; PERES, 2009). Objetivo: Conhecer a tendência das produções científicas
acerca do enfermeiro na gestão em hospitais universitários.
2 MÉTODO
Trata-se de um estudo de revisão narrativa, realizada por meio das produções
encontradas no Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento
Pessoal de Nível Superior. A busca foi executada durante o mês de maio de 2017, sendo
utilizados os termos “gestão enfermeiro” e “hospital universitário”, sem recorte
temporal. Foram selecionadas 18 produções, que foram analisadas, sendo os resultados
submetidos à análise temática, originando três categorias (MINAYO, 2014).
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Os estudos encontrados descrevem, verificam e/ou analisam diversos aspectos
referentes ao enfermeiro na gestão no contexto hospitalar universitário. E, com base,
nos principais resultados dos estudos definiram-se as categorias temáticas: 1) Mudanças
164 Acadêmica de Enfermagem, Bolsista PROIC-HUSM, UFSM; 165 Doutoranda em Enfermagem, UFSM; 166Pós-doutorado em Enfermagem, UFSM ; 167Doutora em Ciência do Movimento Humano, UFSM; 5 Doutor em Educação Ambiental, UFSM; 6 Mestranda em Enfermagem, UFSM.
organizacionais e os custos com a saúde, que traz as repercussões das mudanças
organizacionais ocorridas em decorrência da adoção de um modelo de gestão, que visa a
modernização dos serviços, e o controle dos custos com a saúde. 2) Gestão de pessoas
nos hospitais universitários, que aborda as bases teóricas para a gerência em
enfermagem, quanto a avaliação de desempenho profissional, ainda reuniu resultados
dos estudos que apresentaram o importante papel do enfermeiro, enquanto líder da
equipe de enfermagem. 3) Gestão da qualidade e a acreditação hospitalar que versa
sobre o foco principal na gestão hospitalar que prima pela qualidade, vislumbrando os
padrões de acreditação.
4 CONCLUSÕES
As produções reforçam que os conhecimentos da enfermagem, vão além das
competências e habilidades do ser enfermeiro, havendo uma formação na graduação
superior que poderia subsidiar amplas tomadas de decisão dentro das organizações
hospitalares. No entanto, ressalta-se que os estudos selecionados não focam no
enfermeiro enquanto dirigente, pertencente ao alto escalão dos hospitais universitários,
mas na ocupação de cargos adjacentes.
REFERÊNCIAS
1. ARAÚJO, K. M.; LETA, J. Os hospitais universitários federais e suas missões institucionais no
passado e no presente. História, Ciências, Saúde. v. 21, n. 4, p. 1261-1281, out./dez. 2014.
2. BRASIL. Ministério da Educação. Hospitais Universitários Federais. Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares. 2018. Disponível em: <http://www.ebserh.gov.br/web/portal-ebserh>.
Acesso em: 18 jun. 2018.
3. MONTEZELI, J. H.; PERES, A. M. Competência gerencial do enfermeiro: conhecimento
publicado em periódicos brasileiros. Cogitare Enferm. v. 14, n. 3, p. 553-558, jul./set. 2009.
4. MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed. São
Paulo: Hucitec, 2014.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Karen Cristiane Pereira de Morais168
Rosângela Marion da Silva169
Liliane Ribeiro Trindade170
Carmem Lúcia Colomé Beck171
Juliane Rodrigues Guedes172
ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO E A SOBRECARGA
DE TRABALHO.
1 INTRODUÇÃO
Introdução: A complexidade do processo de trabalho do enfermeiro e as exigências que
incidem sobre o mesmo, aliadas às condições precárias de trabalho e ao acúmulo de
atribuições são considerados elementos que determinam a sobrecarga de trabalho,
podendo repercutir em riscos para o paciente, comprometendo sua segurança, e também
a segurança do próprio profissional, uma vez que este durante o processo de trabalho
está exposto a diversos fatores, como citados anteriormente (ANDOLHE,2013). O
contato direto e contínuo com os pacientes é uma característica comum aos
trabalhadores da saúde. O conceito de sobrecarga de trabalho relaciona-se à percepção
da alta demanda nas situações rotineiras no ambiente de trabalho para a pessoa e à
dificuldade de enfrentamento frente às exigências que a atividade profissional impõe
aos trabalhadores (BANDEIRA; ISHARA; ZUARDI, 2007). Portanto, o presente
estudo teve como objetivo geral conhecer a percepção de enfermeiros que atuam no
trabalho em turnos sobre a sobrecarga de trabalho.
2 MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratório-descritivo. O
cenário foi um hospital universitário localizado em um município do interior do Estado
do Rio Grande do Sul, Brasil. Os participantes foram os enfermeiros atuantes nas
unidades de internação clínica e cirúrgica dessa instituição, ao todo a equipe de
enfermeiros é constituída por 39 profissionais. Após aplicação dos critérios de inclusão,
cinco enfermeiros foram excluídos, resultando na população elegível de 34 pessoas. A
partir do quantitativo de enfermeiros identificados nas unidades, optou-se por realizar
sorteio dos participantes por turno e unidade de trabalho. Foram critérios de inclusão:
atuar nas unidades estudadas há mais de seis meses, sendo excluídos os que estavam em
afastamento de qualquer natureza. A técnica de coleta dos dados ocorreu por meio da
observação sistemática não participante e entrevista semiestruturada, e foram analisados
por meio da técnica de análise do conteúdo temática. Seguiram-se as recomendações
168 Mestranda em enfermagem pela Universidade Federal de Santa Maria; 169 Docente do departamento de enfermagem UFSM; 170 Mestre em enfermagem UFSM; 171 Docente do departamento de enfermagem UFSM. 172 Acadêmica de medicina UFSM
previstas neste trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o número
CAAE 65329817.2.0000.5346.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Para os enfermeiros os fatores que interferiam na sobrecarga de trabalho eram as
condições inadequadas de trabalho, atividades além da capacidade de resolução,
mudanças no perfil epidemiológico da população, atividades gerenciais e a extensão do
trabalho no domicílio e elementos que colaboram para o desenvolvimento do trabalho,
na qual foram retratados o auxílio das tecnologias no desenvolvimento do trabalho, o
reconhecimento e valorização da profissão. Situações como as condições inadequadas
de trabalho, atividades além da capacidade de resolução, mudanças no perfil
epidemiológico da população e atividades gerenciais e a extensão do trabalho no
domicílio têm influência direta na sobrecarga de trabalho.
4 CONCLUSÕES
Conclui-se que foi possível conhecer como os enfermeiros percebiam a sobrecarga de
trabalho oriunda de seu ambiente laboral. Nesse sentido, mostra-se imprescindível o
planejamento de ações que busquem preservar e promover a saúde dos trabalhadores,
proporcionando, assim, que esses estejam menos suscetíveis ao adoecimento, e que a
enfermagem seja mais valorizada e apoiada pela equipe de saúde, tornando possível a
oferta de uma assistência integral e de qualidade.
REFERÊNCIAS
1. ANDOLHE, R.Segurança do paciente em unidades de terapia intensiva:
estresse, coping e burnout da equipe de enfermagem e ocorrência de eventos
adversos e incidentes. 2013. 244 p. Tese – Escola de Enfermagem de São Paulo,
São Paulo, SP, 2013.
2. BANDEIRA, M.; ISHARA, S.; ZUARDI, A. W. Satisfação e sobrecarga de
profissionais de saúde mental: validade de construto das escalas SATIS-BR e
IMPACTO-BR. J Bras Psiquiatr.v. 56, n. 4, p. 280-286, 2007.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Jamir Pitton Rissardo173
Ana Letícia Fornari Caprara1
Aline Kegler174
Luiz Fernando Freire Royes175
Michele Rechia Fighera176
ENVOLVIMENTO DO POLIMORFISMO MnSODAla16Val NA
EPILEPSIA: ESTUDO CASO-CONTROLE
1 INTRODUÇÃO
A superóxido-dismutase (SOD) é considerada a primeira enzima antioxidante,
desempenhando um papel fundamental na proteção celular contra os danos induzidos
pelas espécies reativas de oxigênio. O polimorfismo de nucleotídeo único (SNP)
MnSODAla16Val foi associado à fisiopatologia do diabetes e de doenças hepáticas.
Dessa forma, esse polimorfismo pode ser relevante no estudo da epilepsia, uma vez que
o estresse oxidativo tem sido relacionado ao processo de epileptogênese. Portanto, o
objetivo deste estudo é descrever a influência do polimorfismo do gene
Ala16ValMnSOD nos parâmetros de inflamação, apoptose e dano ao DNA em
indivíduos com epilepsia idiopática (EI).
2 MÉTODO
Este é um estudo caso-controle com 41 indivíduos saudáveis (grupo controle) e 43
indivíduos com EI do ambulatório de Neurologia do Hospital Universitário de Santa
Maria. Uma análise bioquímica foi realizada para investigar a atividade da
acetilcolinesterase (AChE), os níveis de fator de necrose tumoral α(TNF-α), atividade
de caspase-8(CASP-8), picogreen(PG) e genotipagem do polimorfismo da
Ala16ValMnSOD. Os dados foram analisados através da análise de variância (two-way
ANOVA), seguida do Teste de Comparação Múltipla de Tukey. As análises estatísticas
foram realizadas no software SPSS. A análise de correlação foi efetuada utilizando o
coeficiente de correlação de Pearson. A significância estatística foi assumida quando
p<0,05.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
O grupo epilepsia apresentou maior prevalência do genótipo-VV (46,5%) quando
comparado ao controle (29,26%). TNF-α[F(2,72)=8,4;p<0,0005], CASP-8
[F(2,75)=4,5;p<0,01], AChE[F(2,77)=3,7;p<0,05] e PG [F(2,73)=4,1;p<0,05] foram
173Acadêmico do curso de Medicina - Centro de Ciências da Saúde, Departamento de
Neuropsiquiatria, Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brazil; 174Centro de Ciências Naturais e Exatas, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas:
Bioquímica Toxicológica, Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brazil; 175Centro de Educação Física e Desportos, Laboratório de Bioquímica do Exercício (BIOEX),
Universidade Federal de Santa Maria, RS, Brazil; 176Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Universidade
Federal de Santa Maria, RS, Brazil;
maiores nos indivíduos com epilepsia se comparados ao controle. Segundo o post-hoc, o
genótipo-VV do grupo epilepsia apresentou parâmetros bioquímicos mais altos (TNF-α,
CASP-8, AChE e PG) do que o genótipo AA dos grupos epilepsia e controle. Além
disso, dentro do grupo epilepsia, indivíduos com genótipo-VV e crises generalizadas
apresentaram correlação positiva dos níveis de TNF-α versus atividade de CASP-8 (r =
0,7; p<0,05).
4 CONCLUSÕES
Os biomarcadores inflamatórios, apoptóticos e de dano ao DNA foram elevados no
genótipo-VV do grupo epilepsia. No subconjunto de indivíduos com genótipo-VV e
crises generalizadas, o TNF-α esteve correlacionado à atividade da CASP-8; isso pode
sugerir uma ativação de vias inflamatórias e apoptóticas nestes indivíduos. Além disso,
acredita-se que um processo inflamatório mais grave e maior resistência ao tratamento
estejam presentes na epilepsia generalizada quando comparada à focal. Portanto, o SNP-
MnSODAla16Val pode ter um papel importante na fisiopatologia da epilepsia,
especialmente em indivíduos com genótipo-VV. Assim, considerando-se o
envolvimento das respostas imunes e da inflamação na epileptogênese, é possível que
futuras estratégias de manejo da epilepsia possam ser baseadas em imunoterapia, tendo
como alvo a prevenção da cascata de eventos inflamatórios na epilepsia. Para o
conhecimento dos autores, este é o primeiro estudo na literatura inglesa a relatar o papel
do Ala16ValMnSOD na EI.
REFERÊNCIAS
1. Vezzani, A.; French, J.; Bartfai, T.; et al. The role of inflammation in epilepsy.
Nature reviews neurology, v. 7, p. 31-40, 2011. Disponível em:
<https://www.nature.com/articles/nrneurol.2010.178>. Acesso em: 06 out. 2018.
2. Guo, K.; Janigro, D. New immunological approaches in treating and diagnosing
CNS diseases. Pharmaceutical patent analyst, v. 2, p. 361-371, 2013. Disponível
em: <https://www.future-science.com/doi/abs/10.4155/ppa.13.16>. Acesso em: 6
out. 2018.
3. Lehtimäki, K.; Keränen, T.; Huhtala, H.; et al. Regulation of IL-6 system in
cerebrospinal fluid and serum compartments by seizures: the effect of seizure type
and duration. Journal of neuroimmunology, v. 152, p. 121-125, 2004. Disponível
em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0165572804000499>.
Acesso em: 6 out. 2018.
AREA TEMÁTICA: Ensino/Pesquisa
Autores:
Marcelo Ribeiro Primeira177
Cid Gonzaga Gomes178
Patricia Eickhoff179
Stela Maris de Mello Padoin180
ESCALA DE AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA DE PESSOAS
VIVENDO COM HIV: UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA
1 INTRODUÇÃO
Como resposta à epidemia provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV),
assume-se o compromisso com as diretrizes nacionais e internacionais em busca do
alcance da meta 90-90-90. Esta meta, proposta da Joint United Nations Program on
HIV/AIDS (UNAIDS), prevê que até o ano de 2020 90% das pessoas HIV positivas
tenham ciência do seu diagnóstico, 90% destas estejam em tratamento e 90% das
pessoas em tratamento apresentem carga viral (CV) indetectável (UNAIDS, 2015). A
CV indetectável (supressão viral) está relacionada à prevenção quanto ao risco de
transmissão do HIV e seu sucesso é diretamente ligado à adesão ao tratamento. A
qualidade de vida (QV), além da adesão à terapia antirretroviral, também apresenta
associação com as variáveis clínicas referentes ao tratamento. Os maiores escores dos
domínios avaliados pela QV são observados em indivíduos com supressão viral.
Portanto a avaliação de QV associada à avaliação da adesão são importantes para as
equipes de saúde planejarem o cuidado integral às pessoas com HIV, direcionando os
recursos e promoção de estratégias de saúde que possam abranger não apenas aspectos
físicos, mas também psicossociais, diminuindo morbidade, mortalidade e custos mais
elevados com saúde (CANINI; et al., 2004; SILVA; et al, 2014). Para avaliação da QV
foram criados questionários específicos para pessoas com HIV, além do amplamente
conhecido WHOQOL-HIV-Bref da Organização Mundial da Saúde. Dentre estes
instrumentos específicos destaca-se o HIV/AIDS-Targeted Quality of Life Instrument
(HAT-QoL), cujos domínios foram construídos totalmente a partir de sugestões de
pacientes (SÓAREZ; et al., 2009). O HAT-QoL busca avaliar a QV por meio de nove
domínios: funções gerais, sexuais, problemas de comunicação, preocupações com a
saúde e financeiras, aceitação do HIV, satisfação com a vida, preocupações com
medicamentos e confiança no profissional de saúde. Estes domínios estão divididos em
34 questões com as respostas configuradas em uma escala do tipo Likert (SÓAREZ; et
al., 2009). Dessa forma, a avaliação da QV torna-se relevante para criação de estratégias
de tratamento, a partir do conhecimento das condições que influenciam negativamente a
QV e que podem afetar diretamente a adesão ao tratamento (CANINI; et al., 2004).
177 Discente do Curso de Doutorado do PPGEnf/UFSM; 178 Discente do Curso de Graduação em Fisioterapia da UFSM, bolsista PROIC-HUSM; 179 Discente do Curso de Graduação em Medicina da UFSM, bolsista PROIC-HUSM; 180 Docente do Departamento de Enfermagem da UFSM.
Objetivo: Avaliar a amplitude do uso do HAT-QoL para avaliação da QV das pessoas
com HIV.
2 MÉTODO
Encontra-se em desenvolvimento, no Grupo de Pesquisa Cuidado à Saúde das Pessoas,
Famílias e Sociedade, um estudo de revisão bibliográfica a partir dos métodos da
bibliometria e cientometria que permitirá planejar e encontrar uma quantidade
determinada de periódicos que respondam a uma pergunta específica e analisar
criticamente os estudos disponíveis nas bases de dados e a análise, o consumo e a
circulação da produção científica (SANTOS; KOBASHI, 2009). A busca utilizou 16
variações do nome do instrumento, incluindo sua sigla, e foi desenvolvida nas bases de
dados eletrônicas: US National Library of Medicine National Institutes of Health
(PUBMED), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS),
Elsevier SciVerse Scopus (SCOPUS), no mês de outubro. Resultados: Ao fim da busca
foram encontradas 421 produções, divididas nas diferentes bases: PUBMED (N=108),
LILACS (N=14) e SCOPUS (N=299). Os resultados foram exportados para o software
gerenciador de referências Mendeley, onde será realizada a leitura de títulos e resumos
para seleção e composição do corpus da pesquisa.
3 RESULTADOS
Ao fim da busca foram encontradas 421 produções, divididas nas diferentes bases:
PUBMED (N=108), LILACS (N=14) e SCOPUS (N=299).
4 CONCLUSÕES
Espera-se que esta revisão responda à questão de pesquisa e que os estudos disponíveis
nas bases de dados demonstrem o consumo e a circulação da produção científica acerca
da avaliação da QV de pessoas vivendo com HIV nos diferentes contextos.
REFERÊNCIAS
1. CANINI, S. R. M. da S. et al. Qualidade de vida de indivíduos com HIV/AIDS:
uma revisão de literatura. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12,
n. 6, p. 940-45, dez. 2004.
2. SANTOS, Raimundo Nonato Macedo dos; KOBASHI, Nair Yumiko.
Bibliometria, Cientometria, Infometria: conceitos e aplicações. Revista
Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação e Biblioteconomia, v. 2, n. 1,
p. 155-72, 2009.
3. SILVA, A. C. de O. e. et al. Qualidade de vida, características clínicas e adesão
ao tratamento de pessoas vivendo com HIV/AIDS. Rev. Latino-Am.
Enfermagem, Ribeirão Preto., v. 22, n. 6, p. 994-1000, dez. 2014.
4. SÓAREZ, P. C. et al. Tradução e validação de um questionário de avaliação de
qualidade de vida em AIDS no Brasil. Rev Panam Salud Publica, Washington,
v. 25, n. 1, p. 69-76, 2009.
5. UNAIDS. 90-90-90 Uma meta ambiciosa de tratamento para contribuir
para o fim da epidemia de AIDS, Geneva: UNAIDS, 2015.
AREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa
Autores:
Vitor Cantele Malavolta181
Rúbia Soares Bruno182
Sheila Jacques Oppitz²
Michele Vargas Garcia¹
ESCALA VISUAL ANALÓGICA: UM RECURSO PARA
AUTOAVALIAÇÃO DE SUJEITOS COM ZUMBIDO CRÔNICO EM UM
GRUPO DE ACONSELHAMENTO FONOAUDIOLÓGICO
1 INTRODUÇÃO
O zumbido tornou-se mais prevalente na população de modo geral, dando um salto de
15% para 25,3% de incidência nos últimos 15 anos. Dessa forma, o sintoma vem
exigindo maior preparo de fonoaudiólogos de diversos níveis de atenção à saúde.
Assim, a Escala Visual Analógica tornar-se aliada deste profissional no
acompanhamento e mensuração do sintoma, sendo um recurso simples, já conhecido e
de baixo custo. Portanto, o objetivo deste estudo é descrever a efetividade da Escala
Visual Analógica na mensuração do zumbido crônico em um grupo de aconselhamento
fonoaudiológico, sendo que espera-se, que a reposta seja fidedigna ao incomodo e possa
ser utilizada como um método de mensuração do zumbido crônico.
2 MÉTODO
Estudo de caráter transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Participaram
do estudo 10 sujeitos (número máximo de sujeitos por grupo) com média de idade de
61,3 anos, pertencentes ao Grupo de Aconselhamento Fonoaudiológico de um Hospital
Universitário. A Escala Visual Analógica foi aplicada antes e após cinco sessões de
aconselhamento fonoaudiológico em grupo, sendo que os sujeitos quantificaram, de
zero à dez, o incômodo com o sintoma.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Antes do aconselhamento fonoaudiológico 40% dos sujeitos deram nota dez, 10%
deram nota nove, 20% deram nota oito e 30% deram nota sete. Após o tratamento 20%
deram nota seis, 30% deram nota quatro, 20% deram nota dois e 30% deram nota zero.
A mensuração do incômodo com o sintoma foi realizada de forma rápida e simples,
refletindo de forma objetiva e quantitativa a melhora do incômodo com o zumbido.
181 Universidade Federal de Santa Maria (RS), Departamento de Fonoaudiologia;; 182 Programa de Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana.;
4 CONCLUSÕES
A Escala Visual Analógica é uma maneira efetiva de mensurar o incômodo com o
zumbido, sendo fidedigna ao incomodo do paciente com o sintoma, já que o caracteriza
de forma quantitativa e ajuda a nortear a continuidade do tratamento, podendo ser
utilizada pelo fonoaudiólogo da Atenção Básica à Alta Complexidade, propiciando uma
intervenção rápida, efetiva e de baixo custo para o sistema de saúde.
REFERÊNCIAS
1. SHARGORODSKY, J; CURHAN, GC; FARWELL, WR. Prevalence and
characteristics of tinnitus among US adults. Am J Med. 2010;123(8): 711-8.
2. AZEVEDO, AA; MELLO, PO; SIQUEIRA, AG; FIGUEIREDO, RR. Análise
Crítica dos Métodos de Mensuração do zumbido. Rev Bras Otorrinolaringol.
2007;73(3):418-23.
3. MONDELLI, MFCG; ROCHA, AB. Correlação entre os achados audiológicos e
incômodo com o zumbido. Arq Int Otorrinolaringol. 2011;15(2):172-80.
4. TYLER, RS. Neurophysiological Models, Psychological Models and
Treatments for Tinnitus. In: Tyler RS, editor. Tinnitus Treatment – Clinical
Protocols. Nova Iorque, Editora Thieme, 2006.
ÁREA TEMÁTICA: Ensino/ Pesquisa Autores:
Caroline Canabarro Caurio
Diego Michelon de Carli
Luís Augusto Peukert Bassi
Luciane Flores Jacobi
ESTUDO DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS
PACIENTESCIRRÓTICOS INTERNADOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO
DA REGIÃO SUL DO BRASIL
Introdução:
As doenças do aparelho gastrointestinal, especialmente as patologias hepáticas são
altamenteprevalentes e, dependendo da gravidade e evolução, geram enorme morbidade
e mortalidade. Cirrose é considerada uma doença evitável no contexto da promoção da
saúde visto que suascausas são potencialmente preveníveis ou tratáveis. Progressos têm
sido feitos noentendimento da história natural e fisiopatologia da doença hepática
crônica, bem como notratamento de suas complicações, o que resulta em melhor manejo
e qualidade de vida destespacientes. A avaliação do perfil clínico desses doentes se faz
necessária, visando programarestratégias de prevenção primária e
secundária.Objetivo:Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes internados no
Serviço de Gastroenterologiado Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) no
período de um ano, com ênfase nospacientes cirróticos e na análise de suas
complicações e mortalidade associada.Métodos :Estudo observacional e retrospectivo,
sendo a amostra composta pela análise de prontuáriosde 47 internações por cirrose no
serviço de Gastroenterologia do HUSM, Santa Maria, RS, noperíodo de janeiro a
dezembro de 2016. Para a coleta de dados, foi utilizada uma ficha deautoria própria,
onde foram avaliadas as seguintes variáveis: gênero, idade, motivo dainternação,
complicações durante a hospitalização, exames laboratoriais para classificação deChild-
Pugh, etiologia da cirrose, perfis virais para hepatites, comorbidades e mortalidadeintra-
hospitalar. Os dados foram avaliados por estatística descritiva (freqüências absolutas
erelativas). As associações foram verificadas através dos testes do Qui-quadrado ou
exato deFisher e teste t-Student. O nível de significância adotado foi de 95%.
Resultados: A média de idade observada nos doentes foi de 59,48 ± 10,91, sendo que os
mesmos erammais frequentemente do sexo masculino (76%). Apresentavam Child-
Pugh B ou C em 50% e43,5% dos casos, respectivamente, e a etiologia preponderante
da hepatopatia foi relacionadaao álcool (55,3%). O motivo da internação mais frequente
foi hematêmese (42,6%), sendo a maioria relacionada ao sangramento de varizes
esofago-gástricas. As complicações mais prevalentes foram ascite (67,4%), hemorragia
digestiva alta(51,1%), encefalopatiahepática(43,5%) e infecção(44,7%), sendo
peritonite bacteriana espontânea o principal focode infecção. Em nosso estudo, o único
fator que esteve associado diretamente à mortalidadeforam encefalopatia hepática, com
um RR de 2,61 (DP 1,16-5,87, IC 95%). Conclusão: A cirrose teve como principal
etiologia o alcoolismo, seguido da infecção pelo VHC. Houveassociação significativa
entre mortalidade intra-hospitalar e o surgimento de encefalopatiahepática.
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