Download - Análise Ceplan Agosto/2012
Título
Análise CEPLAN
Recife, 01 de agosto de 2012
Temas que serão discutidos na X Análise Ceplan:
A economia em 2012:
• Mundo;
• Brasil;
• Nordeste, com destaque para Pernambuco;
Informe especial: Agreste Central e Agreste Setentrional
Título
1. A economia em 2012
Título
1. A economia em 2012: Mundo
1. A economia em 2012: Mundo
O contexto
Após sinais de recuperação a crise permanece. A partir de 2010 a
economia mundial apresenta desaceleração que deve prosseguir nos
próximos anos, determinada:
• Pelo agravamento da situação da Zona do Euro e as
dificuldades da economia dos Estados Unidos relacionada com
a retomada e recuperação dos níveis de emprego.
• Pela desaceleração da economia dos países emergentes, os
principais responsáveis pelas taxas de expansão verificada na
economia mundial.
1. A economia em 2012: Mundo
Destaque para a desaceleração da economia brasileira em 2011 e 2012, com crescimento menor que o da economia mundial. É esperada a retomada do Brasil em 2013.
Mundo e Regiões Selecionadas¹: Variação do PIB real - (%) – 2007 - 2013
1. A economia em 2012: Mundo
Diferença marcante entre a situação dos EUA e da Zona do Euro. E situação mais confortável dos emergentes, em especial a China.
Mundo e Regiões Selecionadas¹ : Dívida bruta do governo central como proporção do
PIB¹ - (%) – 2008 - 2013
1. A economia em 2012: Mundo
Permanecem as diferenças entre o nível de desemprego entre os países europeus, notadamente da Zona do Euro, e os países emergentes. Posição intermediária dos
Estados Unidos com expectativa de uma lenta melhoria.
Mundo e Regiões Selecionadas¹ : Taxa de desemprego aberto – (%) – 2007 - 2013
1. A economia em 2012: Mundo
Resumo
• 2012 se apresenta com ambiente pior que o do ano anterior.
• Expectativa de agravamento da crise, notadamente com os desdobramentos nos países europeus, sobretudo os da Zona do Euro.
• Maior presença do Banco Central Europeu (compra de títulos públicos).
• Dificuldades de coordenação das políticas para estancar a crise na Europa, com as alternativas de austeridade contrapostas às de agenda de crescimento. Eleições na França fortalecem a agenda de crescimento.
• Retomada incerta da economia dos Estados Unidos, reforçada pela indefinição das eleições presidenciais.
• Perspectiva de pouso suave da economia chinesa.
Título
1. A economia em 2012: Brasil
1. A economia em 2012: Brasil
Continua a desaceleração da economia brasileira com possibilidades, ainda não
confirmadas, de uma discreta recuperação no segundo semestre.
Brasil: Taxa de crescimento do PIB trimestral com respeito ao mesmo período do ano
anterior (%) - Período: I trimestre de 2010 a I trimestre de 2012
1. A economia em 2012: Brasil
Consumo das famílias perde fôlego, investimento se retrai e o setor externo ainda
é importante mas reduz seu dinamismo. Do lado da oferta, forte retração da
agropecuária e estagnação da indústria.
Brasil: PIB - Crescimento do PIB (%) – 2011, I trimestre de 2011 e I trimestre de 2012
1. A economia em 2012: Brasil
Taxa de inadimplência apresenta trajetória de alta, em especial para pessoas físicas. Há indicações de que espaço para endividamento das famílias está se encurtando.
Brasil: Taxa (%) Inadimplência – Janeiro 2011 a Maio de 2012
Maior taxa
da série. taxa da série.
1. A economia em 2012: Brasil
Inflação continua sua trajetória de queda em convergência para o centro da meta
Brasil: IPCA Acumulado nos últimos 12 meses - (%) - jan/10 a jun/12
1. A economia em 2012: Brasil
Câmbio nominal se estabiliza no patamar em torno dos R$ 2,00, mas continua
valorizado em termos reais quando comparado ao início do Plano Real.
Brasil: Índice da taxa de câmbio real – (%) – agosto 2010 a maio 2012
1. A economia em 2012: Brasil
Brasil se defronta com queda inédita na taxa de juros real alterando,
significativamente, preços relativos dos ativos financeiros e reduz o custo da
dívida soberana.
Brasil: Taxa Selic – (% a.a) – 2000-2012
1. A economia em 2012: Brasil
Investimento estrangeiro cai um pouco, mas Brasil continua atraente para o capital
externo
Brasil: Investimento Estrangeiro Direto (líquido) – Trimestral – 1° trimestre de 2002 ao
2º trimestre de 2012 – US$ (milhões)
1. A economia em 2012: Brasil
Saldo da balança comercial continua estreito com previsão de queda no ano em
relação ao período anterior. Mudança no câmbio não parece ainda ter surtido
efeito.
Brasil: Saldo da Balança Comercial – 2002-2012¹ – US$ (milhões)
1. A economia em 2012: Brasil
Saldo negativo e crescente das transações correntes. Poupança externa continua
relevante. A necessidade de aumentar a poupança e o investimento interno está no
centro do debate da política macroeconômica.
Brasil : Saldo da Balança de Transações Correntes (BTC) - 2000-2012¹ - US$ (bilhões)
Título
Síntese da Conjuntura: Brasil 2012
Síntese da Conjuntura: Brasil 2012
• Ritmo de crescimento da economia continua frágil com perspectiva de melhora no segundo semestre;
• Do lado da oferta, retração acentuada da agropecuária e estagnação da indústria;
• Do lado da demanda, mercado interno perde dinamismo como fonte de crescimento: investimento se retrai e consumo desacelera-se. Comércio exterior reduz sua importância devido à crise externa e à desvalorização cambial não surtiu ainda efeitos substantivos. Protecionismo discreto.
• Aumento na inadimplência sinaliza endividamento das famílias, mas há dúvidas quanto ao impacto no consumo.
Síntese da Conjuntura: Brasil 2012
• Mudança na remuneração da poupança diminui retorno para o investidor, mas depósitos continuam em alta.
• A despeito da queda no nível da atividade econômica, o Brasil continua atraindo investimento estrangeiro e poupança externa. Mas precisa aumentar a poupança e o investimento internos.
• Continuam em vigor medidas econômicas do governo no curto prazo, visando flexibilizar a política monetária e dar maior rigidez à política fiscal (apesar de flexibilizações pontuais nos últimos meses com medidas de estimulo ao crescimento por meio de renúncia fiscal e desonerações seletivas);
• Inflação está sob controle. Não há pressão de demanda sobre os preços o que abre espaço para reajuste e realinhamento de preços administrados (gasolina, diesel, etc)
Título
1. A economia em 2012: Nordeste
1. A economia em 2012: Nordeste
No primeiro trimestre de 2012 principais Estados do NE tiveram desempenho
econômico bem acima da economia brasileira. Pernambuco destaca-se na forte
expansão do PIB industrial
Brasil, Bahia, Ceará e Pernambuco: Crescimento do PIB trimestral - (%) – I trimestre
de 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
Ao contrário do Brasil, que registrou importante retração da produção da indústria de transformação, o Nordeste apresentou crescimento, sobretudo devido ao
desempenho da Bahia e Pernambuco
Brasil, Nordeste, Bahia, Ceará e Pernambuco: Crescimento da produção industrial acumulado de Janeiro a Maio de 2012 – (%)
1. A economia em 2012: Nordeste
O varejo do NE continua com crescimento relevante, tendo apenas CE, SE e RN
expandido abaixo da média do Brasil. Piauí foi o principal destaque com a taxa de
mais de 10%
Brasil e Estados do Nordeste: Crescimento do comércio varejista ampliado –
(%) – Acumulado de Janeiro a Maio de 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
Verifica-se uma retração importante do desemprego na RMR. Estabelece-se
trajetória num patamar inferior ao do conjunto das principais RMs do Brasil e, pela
primeira vez, apresenta uma taxa inferior a de São Paulo.
RMR e Total das RMs: Evolução da taxa de desemprego aberto – (%) – janeiro a
junho de 2011 e janeiro a junho de 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
Crescimento do rendimento das RMs, em particular Salvador, Belo Horizonte e
Recife
RM’s: Rendimento médio real (em R$) das pessoas ocupadas – médias do
primeiro semestre de 2011 e primeiro semestre de 2012
1. A economia em 2012: Nordeste
Ressalta-se o crescimento do emprego formal em Pernambuco, Sergipe e
Paraíba com taxas superiores à média do Brasil e do Nordeste. Os destaques
negativos foram a Bahia e Alagoas
Brasil, Nordeste e Estados: Criação de empregos formais – estoque jun/2011 e
estoque jun/2012
1. A economia em 2012: Pernambuco
Setorialmente, a construção civil e os serviços foram as atividades que mais
criaram novos empregos formais em PE no primeiro semestre de 2012
Pernambuco: Criação de empregos formais por setor – estoque jun/2011 e
estoque jun/2012
Título
Síntese da Conjuntura: Nordeste 2011
Síntese da Conjuntura: Nordeste 2012
Os indicadores demonstram que a economia do Nordeste, e, em particular, de Pernambuco apresentaram bons resultados no primeiro semestre:
• O PIB cresceu bem acima do Brasil, puxado, sobretudo, pelo desempenho industrial, especificamente da construção civil;
• O Varejo continua crescendo, com boa parte dos estados evoluindo acima da taxa verificada para o Brasil
• A taxa de desemprego recuou mantendo-se no patamar de 7,0% a 7,5% a.m.
• A criação de empregos formais cresceu um pouco abaixo do Brasil. O destaque é Pernambuco e, setorialmente, o desempenho da construção civil
Título
Informe especial Agreste Central e Agreste Setentrional:
dois focos de desconcentração econômica em Pernambuco
Título
1. Economia dinâmica
Divisão geopolítica Estadual – Regiões de desenvolvimento
Demografia
População das duas regiões cresce acima da média estadual. O Agreste
Setentrional acima da média do país.
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste Central e Agreste Setentrional: População
total residente – 2000 e 2010
Demografia
O processo de urbanização se intensifica nos dois Agrestes, em especial no
Setentrional
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste Central e Agreste Setentrional: Distribuição
(%) da população total residente por situação do domicílio – 2000 e 2010
Estrutura Produtiva
O crescimento da economia das duas RDs supera a média de PE, NE e BR.
Brasil, Nordeste, Pernambuco, RMR,
Agreste Central e Agreste Setentrional:
Produto Interno Bruto a preços
constantes – 2000 e 2009
Brasil, Nordeste, Pernambuco, RMR,
Agreste Central e Agreste Setentrional:
Produto Interno Bruto per capita a preços
constantes – 2000 e 2009
Mercado de trabalho
Apesar do elevado nível de informalidade, observa-se uma tendência a uma
maior formalização do mercado de trabalho.
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste Central e Agreste Setentrional: Estoque de
emprego formal – 2000 e 2010
Mercado de trabalho
De modo geral, forte crescimento do emprego formal nas duas RDs, com
destaque para a indústria (inclusive construção civil) e o comércio
Agreste Central e Agreste Setentrional: Emprego formal por setor de atividade
econômica – 2002 e 2010
Mercado de trabalho
A exemplo do Brasil e da Região, as RDs apresentaram redução do desemprego
no período - em linha com a trajetória observada na região e no país
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste Central e Agreste Setentrional: Taxa de
Desocupação (%) – 2000 e 2010
Mercado de trabalho
Cresce participação do emprego com carteira assinada, mas mantém-se um
elevado nível de informalidade
Agreste Central e Agreste Setentrional: Distribuição relativa das pessoas de 10 anos ou
mais de idade, ocupadas na semana de referência (trabalho principal), por posição na
ocupação – 2010
Finanças públicas municipais
Resultados do ranking refletem maior ou menor capacidade de arrecadação. Mesmo
assim, todos são muito dependentes das transferências com diferenças de grau.
Agreste Central e Agreste Setentrional: Ranking dos municípios com maior receita
própria – 2010 – R$
Finanças públicas municipais
Participação na cota parte do ICMS é sinal de pujança econômica
Agreste Central e Agreste Setentrional: Ranking dos municípios com maior
repasse de ICMS – 2010 – R$
Síntese
Indicadores selecionados mostram a importância de alguns municípios nas RDs
Agreste Central e Agreste Setentrional: Tabela Síntese
Título
2. Um quadro social preocupante apesar de avanços recentes
Desenvolvimento Humano e Renda
As RDs destacadas têm proporção de domicílios pobres (cerca de 48,0% do total
de domicílios de cada RD) na faixa de pobreza, dos quais mais de 20,0% na faixa
de indigência (até ¼ de salário mínimo)
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste Central e Agreste Setentrional: proporções de
domicílios com rendimento nominal mensal domiciliar per capita até a linha de pobreza –
2010
Educação
Embora relativamente mais elevado, o analfabetismo é cadente nas duas RDs
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste Central e Agreste Setentrional: Taxa (%)
de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais – 2000 e 2010
Educação
Nível de instrução relativamente baixo comparativamente ao NE, ao Estado e ao
Pais, sem instrução e fundamental incompleto quase 70%
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste Central e Agreste Setentrional: Pessoas de 10
anos ou mais de idade, por nível de instrução – 2010
Educação
Reduzem-se taxas de abandono no fundamental e no médio
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste
Central e Agreste Setentrional: Taxa (%)
de abandono no ensino fundamental –
2007 e 2010
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste
Central e Agreste Setentrional: Taxa (%)
de abandono no ensino médio – 2007 e
2010
Saúde
Queda generalizada na taxa de mortalidade infantil
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste Central e Agreste Setentrional: Taxa de
Mortalidade Infantil – 2000 e 2010
Criminalidade
Redução nas taxas de mortalidade por causas externas e em particular na dos
CVLI
Brasil, Nordeste, Pernambuco, Agreste
Central e Agreste Setentrional: Taxa de
Mortalidade por Causas Externas – 2000 e
2010
Pernambuco, Agreste Central e Agreste
Setentrional: Taxa anual de Crime Violento
Letal e Intencional (CVLI) – 2006 - 2010
Desenvolvimento Humano
Novamente, o Agreste Setentrional se destaca com o maior ritmo de expansão
da proporção de domicílios com acesso a um serviço básico: no caso, a rede
geral de esgoto. Por outro lado, o Agreste Central experimenta o maior ritmo de
redução da proporção de domicílios sem banheiro.
Agreste Central e Agreste Setentrional: domicílios particulares permanentes, por
tipo de acesso a esgotamento sanitário e existência de banheiro – 2000 e 2010
Título
Síntese do Informe Especial
Título
Conclusões
• Vários fatores impulsionaram a economia destas regiões de PE:
• os impactos positivos da melhoria da acessibilidade
proporcionados pela duplicação da BR 232 e investimentos em
rodovias na região;
• os impactos positivos do aumento da renda e do consumo das
famílias nos anos recentes, com impactos inclusive no mercado
imobiliário (em especial em Caruaru e Gravatá)
• a capacidade demonstrada por PE para atrair novos
investimentos (indústrias de bens de consumo tipo alimentos,
móveis, couro e calçados, bebidas, têxtil e confecções, etc. );
• a interiorização de campi universitários
• O quadro social melhora, acompanhando tendência nacional, e em
resposta a avanços nas políticas sociais
Título
OBRIGADO!
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