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SETEMBRO / OUTUBRO - 1996V OLUME 1, Nº 1R EVISTA DENTAL PRESS DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA M AXILAR
tópi cos e spec ia i sTema desenvolvido pelo conselho editorial abordando
assuntos de interesse da classe ortodôntica
Os conceitos hoje vigentes para o diagnóstico e plano de tratamento reme-
tem ao equilíbrio e harmonia dos traços faciais.
O planejamento das mudanças estéticas faciais é dificil, especialmente quanto
à sua integração com a correção da oclusão.
Infelizmente, o tratamento da má-oclusão nem sempre leva à correção oumesmo à manutenção da estética facial.
Algumas vezes, o entusiasmo de se alcançar um correto relacionamento
dentário pode comprometer o equilíbrio facial.
Isto pode acontecer em parte pela falta de atenção para a estética, ou sim-
plesmente pela falta de compressão do que se deseja como um objetivo es-
tético.
A habilidade em se reconhecer uma face bela é inata; e traduzí-la em metas
terapêuticas objetivas e definidas torna-se tarefa mais árdua. A percepção da beleza é uma preferência individual, com influência cultu-
ral.
Com o avanço e popularidade dos procedimentos cirúrgico-ortognáticos, a
busca pelo equilíbrio facial recebeu maior destaque.
Isto resultou na intensificação da necessidade de se estudar as faces esteti-
camente equilibradas e a harmonia entre diferentes elementos faciais.
Análise Facial
Rosely Suguino
Adilson Luiz Ramos
Helio Hissashi Terada
Laurindo Z. Furquim
Luciane Maeda
Omar Gabriel da Silva Filho
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I. Avaliação Facial
O exame facial representa a chave do di-agnóstico.1
Podemos dizer que numa rotina de diag-nóstico, após o exame clínico dentáriopreliminar, a avaliação prossegue com oexame da face pela vista frontal e de per-
fil. No entanto, o que acontece na prática é que antes do paciente abrir a boca para a avaliação dentária o ortodontista já fezuma análise facial preliminar, buscandoo incorreto.
O ponto mais importante em uma aná-lise formal da estética facial é a utilizaçãode um padrão clínico.
O exame não deve ser baseado emradiografia estática e representação foto-gráfica isolada do paciente.
As radiografias e fotografias podemposicionar inapropriadamente a orien-tação da cabeça do paciente, posição da mandíbula (côndilo) e postura labial. Istopode levar a um diagnóstico e plano detratamento imprecisos.
Não se quer dizer com isto que osregistros obtidos de uma documentçãoortodôntica não sejam válidos, mas o re-gistro clinicamente controlado é maisconfiável.
I.A. Posição natural da cabeça O paciente é instruído a sentar-se na
posição ereta, olhando para a frente na linha do horizonte ou diretamente para um espelho na parede.
Esta posição, chamada de posiçãonatural da cabeça, é a que o paciente seconduz em seu dia-a-dia 2,3. (fig. 1)
A posição natural da cabeça, relaçãocêntrica (posição mais superior docôndilo)4, e postura labial relaxada, de-
vem ser obtidas a fim de que os dadospossam ser coletados adequadamente.
Portanto, esta é a posição de referên-cia que devemos utilizar em nosso examepara que se possa obter dados faciais-esqueléticos confiáveis que reforçam odiagnóstico, plano de tratamento e quali-dade dos resultados.
II. Avaliação Cefalométrica
dentes e seus ossos de suporte. Antes da utilização de telas e filtr
para se evitar a excessiva exposição dtecidos moles na técnica radiográfica cfalométrica, o perfil do tecido mole nera visível, a menos que pastas radiopacou exposições duplas sobre dois filmseparados fossem utilizadas.
Não se pode esquecer que CARREAfoi o primeiro a fazer radiografias da faa uma distância de mais que um metropartir do tubo até a face para reduzirdistorção.
Para projetar o perfil do tecido mofacial, ele fixava um fio de chumbo cofita adesiva ao longo do plano mediofacda face. Ele utilizou este método para avliar a espessura do tecido mole em pardiferentes da face.
CARREA enfatizou a utilidade telerradiografia na classificação oclusão dentária e na distinção do fale do verdadeiro prognatismo.
II.A. Linhas e Ângulos para Avalação Cefalométrica do TecidMole
Entre as várias linhas e ângulos utzados para avaliar a estética facial do tedo mole temos a linha de HOLDAWAY 11
plano estético de RICKETTS12
e a análdo tecido mole de Burstone13. A linha de HOLDAWAY é determina
pela união de um ponto no men(pogônio mole) e no lábio superior maproeminente. (Fig. 2)
O ângulo H é formado pela linha Ha linha NB (fig. 3). Segundo Holdawayface ideal tem um ângulo H de 7º a 1que é ditado pela convexidade esqueléca do paciente14.
O plano estético de RICKETTS 12, rpresentada pela linha E (Pogônio molponta do nariz), descreve a posição lábio inferior como dois milímetros atrda linha E (fig 4).
RICKETTS procurou descrever o cido mole relacionando a beleza à mamática.
A proporção divina foi usada pelgregos antigos (razão 1,0 a 1,618)aplicada por RICKETTS para descrev
Com o advento das radiografiascefalométricas, foram desenvolvidas vá-rias análises numa tentativa de qualificare quantificar perfis faciais estéticos.
DOWNS5 preocupou-se em usar me-didas do tecido duro para analisar odesequílibrio do perfil a fim de diferenci-ar perfis dentofaciais bons e ruins.
Durante as três décadas após a in-trodução da análise cefalométrica deDown6, colocou-se ênfase nas imagensradiográficas esqueléticas e dentárias.Quase todas as medidas introduzidas fo-ram para avaliar a posição dos dentesem relação aos componentesesqueléticos.
Além da análise de DOWNS, foramproeminentes entre estas análises, aque-las sugeridas por MARGOLIS7, TWEED8 eSTEINER 9, que foram úteis no planeja-mento do tratamento ortodôntico.
No entanto, foram feitas poucas ten-tativas para incluir a avaliação do perfilmole.
Não houve mais do que referênciaspassageiras para se estabelecer a harmo-nia de perfis faciais.
A consideração básica entre osortodontistas estava confinada à relaçãoque deve ser obtida quanto à posição dos
Figura 1 - Posição natural da cabeça. A linhavertical verdadeira é perpendicular ao solo. Ahorizontal verdadeira é paralela ao solo e é
definida a partir da pupila dos olhos
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uma estética facial excelente.MERRIFIELD15, demonstra que a me-
dida do ângulo Z (Fig. 5) e da linha doperfil fornecem uma descrição crítica pre-cisa da relação da face inferior.
O ângulo Z é o ângulo formado peloplano de Frankfurt e uma linha do perfilformada contactando-se o mento e o lá-bio inferior mais protuberante. (Fig 5).Um paciente com medidas FMA, FMIA,IMPA e ANB normais geralmente tem umângulo Z de 80º quando adulto, e de 78ºquando criança entre os 11 e 15 anos deidade15.
Outra medida usada para estudar otecido mole, é o ângulo de convexidadedescrito por LEGAN e BURSTONE16-17.
Este ângulo é formado pelo tecidomole da glabela, subnasal e tecido moledo pogônio16-17 (Fig 6A, B, C - 7A, B, C).
De acordo com a disposição das li-nhas, teremos três perfis diferentes:perfilreto, côncavo e convexo.
SCHEIDEMAN, et al18, estudaram ospontos anteroposteriores sobre o perfildo tecido mole abaixo do nariz. Eles co-locaram um plano vertical verdadeiro da posição natural da cabeça através dosubnasal e mediram as relações do lábioe do mento com esta linha. (Fig 8A, B, C).Também determinaram as relações verti-cais do tecido mole da face.
SCHWARZ19 (1958) elaborou uma classificação detalhada dos tipos de per-
fil, utilizando três planos de referêncPlano de Frankfurt, perpendicular nade Dreyfuss e perpendicular orbitária Simon.
Segundo a posição do ponto subnacom relação à perpendicular, teremtrês variantes clássicas de perfil: face nomal (subnasal coincide com a perpencular nasal),20 face convexa (subnasafrente da perpendicular nasal), face côcava (subnasal atrás da perpendiculnasal)21 (Fig. 9A, 9B - 10A, 10B). WORMet al21 discutiram a determinação proporcionalidade, abertura interlabialtura facial inferior, comprimento do bio superior e inferior.
A l i nha do m er i d i ano ze ro
Figura 2 - linha H de Holdaway (Pog’ e Ls)
Figura 3 - Ângulo H.NB =ângulo formado pelas linha
H e NB
Figura 4 - Linha E de Rickets: Pg’-Pr - avaliaçãoda distância entre o lábioinferior e a linha E
Figura 5 - Ângulo Z de Merrifield. Ângulo formadentre o plano de Frankfurt uma linha no mento ao lábmais proeminente
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Figura 6A - Perfil reto Figura 6C - Perfil convexoFigura 6B - Perfil côncavo
Figura 7A - Ângulo de convexidade (Gl-Ls-Pg'). Perfil Reto
Figura 7B - Ângulo de convexidade (Gl-Ls-Pg'). Perfil côncavo
Figura 7C - Ângulo de convexidade (Gl-Ls-P Perfil convexo
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Figura 8A - Perfil reto Figura 8c - Perfil côncavo
desenvolvido por GONZALES-ULLOA 22
uma linha perpendicular à horizontal
Frankfurt, passando pelo tecido mole
násio para medir a posição do mentoEste deve repousar sobre esta lin
ou sobre parte dela.
O plano de estética de STEINER 23,
plano de RIEDEL24, também tem sido ulizados para descrever o perfil facial.
II.B. Exame Clínico Facial x Análi
Cefalométrica.
As radiografias cefalométricas t
sido utilizadas para o diagnóstico, plade tratamento e prognosticar as respo
tas do tecido mole e duro ao tratamen
ortodôntico5, 22, 25.
Os valores cefalométricos normativtêm sido identificados com
orientadores particularmente importa
tes, nas decisões de diagnóstico e momento dentário5, 8, 22, 25, 27.
A análise cefalométrica tem sido u
lizada com uma norma devido à sua cilidade de obtenção, mensuração
comparação (superposição) das estr
turas do tecido duro e a crença de quem se tratando de normas cefalométric
do tecido duro, este resulta numa fa
agradável. Estas contínuas vantagens
análise cefalométrica têm levado a umforte confiança na cefalometria em t
dos os aspectos do t ra tamen
Figura 9B - Método de Shwarz = Face normal: subnasal coincide com a perpendicular nasal
Figura 8B - Método de Scheideman
Figura 10A - Método de Shwarz = Face convexa: subnasal a frente da perpendicular nasal
Figura 10B - Método de Shwarz = Facecôncava: subnasal atrás da perpendicular nasal
Figura 9A - Método de Shwarz
**As figuras 8B e 9A foram desenhadas a partir do livro: RAKOSI, Thomas; JONAS, Irmtrud; GRABER, Thomas M. Orthodontic Diagnosis. New York: Thieme Medical Publishers, 1993. 272 p. Il. (Color Atlas of Dental Medicine)
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ortodôntico.O exame clínico facial deve estar su-
bordinado ao exame cefalométrico noplanejamemto. Porém, ao contrário da cefalometria, é difícil a obtenção,mensuração e comparação das mudan-ças. Os valores normativos estão dispo-níveis, mas não são utilizados para direcionar as decisões no diagnóstico eno movimento dentário, tão claramentecomo os valores cefalométricos.
Isto levou à não enfatização do exa-me clínico no plano de tratamento orto-dôntico.
Infelizmente, a confiança na análisecefalométrica e no plano de tratamentoalgumas vezes decorrem em problemas
estéticos14,21,28,29,32.Existem muitas explicações possíveis
para a inadequação da cefalometria. A suposição de que a correçãoortodôntica, baseada em padrõescefalométricos leva a correção da es-tética facial nem sempre é verdadeira epode, em alguns casos, conduzir a re-sultados faciais menos agradáveis do queo desejado14,21,28,32.
O tecido mole que recobre dentes eosso pode variar tão grandemente que opadrão dentoesquelético pode ser ina-dequado na avaliação da desarmonia facial34,17.
PARK e BURSTONE30 estudaram 30casos nos quais o incisivo inferior estava 1,5mm anterior à linha A-Pog. Esta rela-ção é proposta por alguns ortodontistascomo a chave para um perfil estético. Osperfis destes 30 pacientes foram consi-derados bem diferentes apesar de nãohaver dúvida sobre a confiabilidade doincisivo à linha A-Pog como um guia esté-
tico confiável.Ou tra fon te de inadequação
cef alo métrica no diagnóstico facial e pla-no de tratamento é a base craniana.
Quando a base craniana é usada como a linha de referência para medir operfil facial, podem ser obtidos dadosfalsos.
MICHELS31 estudou 27 pacientesClasse I não ortodônticos para testar a
validade de várias medidascefalométricas populares utilizadas para prognosticar perfis clínicos. Suas con-clusões foram que, (1) as medidas queenvolvem os pontos da base craniana nãosão precisas na definição do perfil clíni-co real; (2) as medidas que envolvem asrelações intra-maxilares eram mais pre-cisas ao refletir o perfil verdadeiro; (3)nenhuma medida é 100% precisa; e (4)a espessura do tecido mole e a inclina-ção axial dos incisivos são as variáveismais importantes desta imprecisão.
Outra fonte de problemascefalométricos é que cada estudo exa-mina diferentes medidas como sendo a chave para o diagnóstico.
Porém, quando utilizamos diferentesanálises para examinar o mesmo paci-ente, podem ser produzidos diferentesdiagnósticos, planos de tratamento e re-sultados.
O tecido mole na tomada radiográfica, quando fora da posição derepouso, pode fornecer medições impre-cisas.
Particularmente, na dimensão verti-cal, isto é um problema. O diagnósticoesquelético vertical depende da avalia-ção dos tecidos moles em repouso.
O diagnóstico e o plano de tratamen-to, que estão baseados na análise emmodelos, são menos prognosticáveis doque as mudanças faciais prognosticáveiscom base cefalométrica. Quando as mu-danças na oclusão, baseada na avaliaçãosobre modelo, são as únicasdeterminantes do tratamento, o resulta-do facial pode ser negativo.
Os modelos são essenciais para o
estudo das necessidade de espaço, for-
ma do arco e relações inter-arcos.Os modelos, a cefalometria e a análi-
se facial devem fornecer conjuntamen-te, os fundamentos de um diagnósticobem sucedido.
Os modelos e/ou exame clínico da
oclusão indicam ao clínico que a cor-
reção é necessária. A análise facial deve ser usada para
identificar traços faciais positivos e
negativos e, portanto, como a oclusã
deve ser corrigida para otimizar as ncessidades de mudança facial.
III - Avaliação do tecido moleO significado da avaliação do teci
mole está na importância que equilíbrio dentofacial, e consequenaparência, desempenha em nossociedade 35-36.
A avaliação da estética facialsubjetiva, pois o equilíbrio e a harmondos componentes faciais necessriamente não significam uma faharmoniosa dos componentes faciai
Dados faciais desproporcionaisassimétricos são os maiorcontribuidores para os problemas estética facial37.
Uma avaliação global do tecido mode frente e de perfil é essencial para qse tenha um entendimento amplo dcaracterísticas estéticas do paciente38.
III.A. Vista FrontalNa visão frontal, a face deve s
examinada para avaliação da simetrbilateral (Fig. 11), proporções tamanho da linha mediana às estruturlaterais37 (Fig. 12) e proporcionalida
vertical (Fig 13).Inicialmente observamos a simetr
direita e esquerda e, para tanto, é traçauma linha vertical verdadeira (glabe- ponta de nariz e lábios), dividindoface em duas partes, cruzandperpendicularmente à linha da vis(horizontal verdadeira)39 (Fig. 14).
Certamente não há face perfeitamensimétrica contudo a ausência de algumassimetrias é necessário para uma bestética facial40.
Essa “assimetria normal”, a quresulta de uma pequena diferença tamanho entre os dois lados (Fig.15A,Bdeve ser distinguida de um grande desvdo queixo ou nariz (15C,D).
O balanço geral da fa(proporcionalidade vertical) determinado a seguir, baseado nequilíbrio dos terços superior, médio
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Figura 11 - Análise facial vista frontal: simetria
Figura 12 - Análise facial vista frontal:dimensões laterais
Figura 13 - Análise facial vista latera proporcionalmente vertical
Figura 14 - Análise facial vista frontal: linhavertical verdadeira = simetria
Figura 15-A - Assimetria aceitável Figura 15-B - Assimetria aceitável
inferior da face aproximadamente iguais
em altura vertical.
III.A1 - Terços faciais1. Terço Superior da Face - Linha do Cabelo a Sombrancelhas
O terço superior da face é o menosimportante, visto que é afetado pela linha do cabelo e é altamente variáveldependendo do estilo do cabelo.
Contudo, pode-se observaranormalidades na configuração geral e
simetria da calvária e especificamente da áreas temporal, frontal e sombrancelhas.
As anormalidades nestas áreas sãofrequentemente associadas com várias
síndromes craniofaciais. Estas áreas
usualmente são normais emdeformidades dentofaciais.40
2. Terço Médio da Face -Sobrancelhas à Subnasal
Os olhos, as órbitas, o nariz, asbochechas e as orelhas sãosistematicamente avaliadas. O examedos olhos e das órbitas inicia-se com asmedidas das distâncias intercantal e
interpupilar .
O valor médio desta diferença é de4mm sendo que em pessoas negrasfrequentemente apresentam valoresmaiores. Estes valores são estabelecidos
por volta dos 6 a 8 anos de idade e n
mudam significantemente após esépoca.40
Para que ocorra uma proporçideal da vista frontal, a largura base do nariz deve saproximadamente a mesma distância intercantal, enquanto quelargura da boca deve se aproximardistância interpupilar.
Juntamente à horizontal verdadeia face principal pode ser dividida e
três terços: largura ocular direitlargura nasal e largura ocul
esquerda. (Fig. 16). Estas mediddevem ficar aproximadamente com
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Figura 15-C - Análise facial vista frontal =
desvio acentuado
Figura 15-D - Correção cirúrgica do
desvio mandibular
Figura 16 - Largura ocular direita, largura
nasal, largura ocular esquerda
Figura 17 - Largura facial direita, largura
da boca, largura facial esquerda
mesma largura.
A face como um todo (olho a olho)com relação à horizontal verdadeira
também pode ser dividida em terçosiguais: largura facial direita, largura
da boca e largura facial esquerda. (Fig.
17)Na avaliação das bochechas, é
observado a eminência malar, borda
infraorbital e áreas paranasais.
Finalmente, as orelhas sãoobservadas. A simetria, nível e projeção
são importantes.
3 Terço Inferior da Face - Subna-
sal ao Mento
O comprimento vertical normal do
terço inferior da face é aproximadamenteigual ao do terço médio da face quando
existe uma boa estética. Além disso, a proporção da distância
vertical do subnasal ao estômio do lábio
superior, e deste ao tecido mole do men-to é em torno de 1:2.
A proporção da distância vertical do
subnasal à margem cutânea do vermelhão
do lábio inferior e deste ao tecido moledo mento é de 1:1. (Fig. 18)
Estas medidas devem ser realizadascom a musculatura facial em repouso.
Um outro ponto importante para o
exame da face é a avaliação da linha
média.
A linha média dentária deveria scoincidente entre si e com a linha méd
facial.Quando isto não ocorre é essenc
especificar qual linha média é assimétr
em relação à linha média facial - maxilmandibular ou ambas - e em qual direç
a discrepância existe e em q
quantidade. (Fig. 19A, B)
O mento é avaliado quanto à ssimetria, relações verticais, e morfolog
ou forma. A forma é comparada com o resto
face. Muito frequentemente o mento
mais pronunciado do que o resto da fac
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Por fim, os ângulos mandibulares sãoavaliados com atenção tanto para a assimetria e volume, podendo serdeficientes, normal ou excessivo.
Isto completa a avaliação estética frontal.
III.A2 - Forma do contornoPara que tenhamos uma boa pro-
porção facial é necessário observarmosalguns traços faciais.
Podemos definir a altura facial comoa distância entre a glabela (GL) e o tecidomole do mento (ME)39, e a largura facial como a distância entre os dois pontos maisexternos das proeminências malares(largura zigomática).
A dimensão mais larga da face é a
largura zigomática. A largura bi-
goníaca é aproximadamente 30% menordo que a dimensão bi zigomática 41. (Fig20)
A largura da pupila fica em torno de50% da largura facial e a largura nasalcerca de 70% da altura nasal (GlPr). (Fig28).
FARKAS43, estabeleceu proporçõesnormais para a altura e largura, que sãode 1,3:1 para as mulheres e 1,35:1 para os homens.
Para se medir a altura e a largura, uma opção é descrever-se a face artistica-mente.
As faces podem ser largas ou estreitas,curtas ou longas, redondas ou ovais,quadradas ou retangulares41.
Ao avaliarmos estas dimensões, d vemos nos questionar se o cuidado todôntico e/ou cirúrgico necessário pacorrigir a oclusão corrigirá ou acentará a altura e o desequilíbrio da larguatual45.
Um exemplo de correção ortodôntido desequilíbrio altura-largura éutilização de mecânicas de abertura mordida para alongar a face. Uexemplo de correção cirúrgica éimpactação maxilar para encurtar a falonga 41.
Os extremos da desproporção scurto e largo ou, longo e estreito. (F22, 23)
Contornos faciais curtos, quadradsão indicativos de má-oclusão classe
Figura 18 Figura 19-A Figura 19-B
Figura 20 - Largurabizigomática;
Largura bigoníaca.
Figura 21 - Proporçõesentre a largura e altura
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com mordida profunda, deficiência maxilar vertical e, em alguns casos,hiperplasia do masseter. (Fig 24 - A, B,C)
Faces longas, estreitas, estãoassociadas com excesso maxilar verticalou protrusão mandibular cominterferência dentárias que levam à mordida aberta. (Fig 25 - A, B, C)
Com frequência a dimensão bi-zigomática é deficiente (deficiência noosso da face) em combinação comretrusão maxilar. A dimensão bi-goniáca pode estar deficiente em combinaçãocom retrusão mandibular41.
Com relação às assimetrias, as áreasque podemos avaliar são o queixo, osângulos mandibulares e os ossos da face.
A maxila raramente está emassimetria esquelética.
As assimetrias podem ocorrer comqualquer anormalidade do crescimentomas estão fortemente associadas comhiperplasia condilar unilateral41.
III. A3 - Abertura Facial
A abertura facial pode serdeterminada pelo ângulo de abertura
facial , formado pelas linhas da direita eda esquerda que se estendemcontactando os pontos mais laterais dasórbitas e a união dos lábios superior e
Figura 22 - Face curta e larga Figura 23 - Face longa e estreita
inferior nos cantos da boca. (Fig 26)Sua intersecção forma um ângulo
com valor normal de 45º ± 5º. Valores maiores indicam uma face
mais larga, mais quadrada, enquanto os valores menores, indicariam uma facemais longa, mais estreita 39. (Fig. 27, 28)
III. A4 - Linha Média
As linhas médias são determinadasem relação cêntrica e o primeiro contatodentário41.
Se os deslizamentos oclusais alterama posição da articulação, não pode ser
realizada uma determinação confiável linha média
Observa-se as posições relativas apontos do tecido mole (ponte nasponta do nariz, filtro, ponta do mento)aos pontos dentários da linha média incisivo superior, linha média (linmédia do incisivo superior, linha méddo incisivo inferior)
Com frequência, o filtro é umestrutura da linha média confiável e poser utilizado, na maioria das vezes, com
a base para a determinação da linmédia 41.
Figura 24-A Figura 24-B Figura 24-C
Figura 25-A Figura 25-B Figura 25-C
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Figura 26
lar ou para lingual5. coroas ou restaurações que
mudam o tamanho dentário6. diferença congênita no tamanho
dentário de esquerda para a direita Exemplos (Fig. 30 - A, B, C)
O exame do modelo é utilizado para se distinguir fatores etiológicos dosdesvios dentários na linha média dentária ( espaços, rotações).
Os desvios na linha média dentária sãotratados ortodonticamente.
As extrações de pré - molaresassimétricos podem ser necessárias para alinhar as linhas médias dentária eesquelética. ( Fig. 31 - A, B, C)
Os desvios na linha média esquelética não são corrigidos ortodonticamentesendo indicado a cirurgia. Quando aslinhas médias dentárias e esqueléticas sedesviam juntas, o fator etiológicogeralmente é esquelético e a cirurgia éutilizada para corrigi-las (isto é, a linha do mento e do incisivo inferior está 3mm à esquerda).
A estabilidade, a saúde periodontal eo equilíbrio facial são melhoradosquando os desvios dentários, comoresultado do desvio esquelético, sãotratados cirurgicamente ao invés demovimento dentário ortodôntico.
Tentativas para se corrigortodonticamente, quando o fatetiológico é esquelético, pode produperda óssea vestibular e recessgengival44,45.
III A.5. Avaliação do terço inferiComo foi citado anteriormente, a fa
se divide verticalmente em terços, linha do cabelo ao meio da testa, do meda testa ao subnasal, e do subnasal tecido mole do mento ( Fig. 32).
Os terços estão dentro de um variação ent re 55 a 6 5 m m, ver tcalmente. 42
A igualdade dos terços médioinferior não deve ser utilizado como ufator determinante na mudança da altufacial. As medidas ( exposição dincisivo, espaço interbucal ) dentro terço inferior são mais importantes .
O terço inferior é extremamenimportante no diagnóstico e plano tratamento.
I - Avaliação dos LábiosOs lábios deverão ser avaliados e
repouso e durante o sorriso.Em repouso, inicialmen
observamos a simetria. Se a assimetrexiste, ela deverá ser avaliada podenser causado por (1) uma deformida
Figura 27 Figura 28 Figura 29
É traçada uma linha vertical atravésdo ponto médio do filtro, a partir do qualse determina outras estruturas da linha média no tecido mole e duro. (Fig. 29)
Com a avaliação das linhas médiasesqueléticas ou dentárias, os fatoresetiológicos são determinados.
Os desvios da linha média dentária são o resultado de múltiplos fatoresdentários que incluem:
1. espaços2. rotações dentárias3. ausência de dentes4. dentes posicionados para vestibu-
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Figura 30-A Figura 30-A Figura 30-A
Figura 30-B Figura 30-B Figura 30-B
Figura 30-C Figura 30-C Figura 30-C
Figura 31-A Figura 31-B Figura 31-C
Figura 32intrínseco do lábio, como existe emmuitos pacientes fissurados. (2)disfunção do nervo facial ou (3) uma assimetria dento-esquelética.
Cada uma dessas condições requerdiferentes considerações de tratamento.
I. Comprimentos dos lábio su- perior e inferior
Os lábios são medidosindependentemente numa posiçãorelaxada (Fig. 33)
I. A. Comprimento do Lábio Su- perior
O comprimento do lábio é medido
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do subnasal ao ponto mais inferior dolábio superior ( Sn - Ls ) (Fig. 34). Sua medida normal é de 19 a 22 mm 42. Esta medida é mais longa no sexo masculinodo que no feminino54.
Se o lábio superior é anatomicamente curto (18 mm oumenos), observa-se um espaçointerlabial aumentado e uma exposiçãodo incisivo, associado a um aumento da altura da face inferior (Fig. 35).
B. Comprimento do Lábio Inferior
O lábio inferior é medido do pontomais superior do lábio inferior até otecido mole do mento (Li-Pg') (Fig. 36)e normalmente as medidas ficam entre38 a 44 mm 42.
Esse comprimento mostra uma diferença entre os sexos na adolescência 54; os meninos constantemente mostramum lábio inferior mais longo do que asmeninas.
Lábio inferior anatomicamente
curto - algumas vezes está associado commá-oclusão Classe II e é verificado pela medida cefalométrica da altura dentária anterior inferior (inclinação do incisivoinferior ao tecido duro do mento; sexofeminino = 40 mm ± 1 mm)45.
O lábio inferior anatômico curto nãodeve ser confundido com um lábio infe-rior curto resultante da posição doincisivo, observada nos casos de mordi-da profunda Classe II com altura dentária anterior normal (Fig 37)
Um Lábio inferior anatômico longopode ser associado com uma má-oclusãoClasse III (Fig. 38).
Isto deve ser verificado com a medida da altura dentária anterior cefalométrica.
A razão normal do lábio superior aoinferior é de 1:242. Lábios proporcionaisharmonizam-se apesar do comprimento;lábios desproporcionais podemnecessitar de modificação nocomprimento a fim de parecer emequilíbrio.
As medidas labiais identificam com-primento do tecido mole normal ouanormal que podem estar relacionadas
Figura 33 - Comprimento do lábio supe-
rior inferior
Figura 34 - Traçado do comp. do láb
superior
Figura 35 - Lábio superior curto Figura 36 - Traçado do comp. do láb
inferior
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Figura 38 - Comprimento longo do lábioinferior (Classe III)
Figura 37 - Lábio Inferior curto devido à posição do Incisivo (Classe II/1)
ao excesso ou deficiência no compri-mento dento-esquelético.
II - Espaço InterlabialEm repouso, a exposição do
vermelhão do lábio inferior deve ser 25%maior do que do lábio superior. (Fig. 39)Esta proporção de exposição do
vermelhão é mais importante do que valores absolutos.
Quando existe uma boa estética haverá um espaço interbucal de 1 a 5 mm41 na posição de repouso (Fig. 40). As mulheresapresentam um espaço maior dentro da
variação normal.Esta medida também está dependente
dos comprimentos labiais e altura dento-esquelética vertical.
Os aumentos no espaço interlabialsão observados com o lábio superioranatômico curto, excesso maxilar verti-cal e protrusão mandibular com mordida aberta. Um espaço interlabial reduzidoé encontrado nos casos de deficiência maxilar vertical, lábio superioranatomicamente longo ( mudança natu-ral com a idade, especialmente noshomens ), e retrusão mandibular commordida profunda.
Como foi comentado anteriormente,a largura entre as comissuras labiaisnormalmente iguala-se a distância
interpupilar (Fig. 41)
III - Incisivo Superior em Relaçãao Lábio
Corresponde a distância do ponmais inferior do lábio superior até a boda incisal dos incisivos superiores (F42).
A variação normal é de 1 a 5 mmGeralmente há uma menor exposição ehomens do que em mulheres.40
Os dentes inferiores raramente sexpostos na posição de repouso. Quado isto ocorre geralmente indica : 1) sporte pobre do lábio inferior devidouma deficiência ântero-posterior mento, 2) severa protrusdentoalveolar mandibular, ou hipotonicidade do lábio inferior.40
Com relação aos incisivos superires, as condições de desarmonia sproduzidas por quatro variáveis:
1 - Comprimento anatômico do bio superior aumentado ou reduzi(infreqüente)
2 - Comprimento esquelético malar aumentado ou reduzi(freqüentemente)
3 - Lábios superiores espessos epõem menos incisivos do que lábios speriores finos, sendo todos os outrfatores iguais.
4 - O ângulo de visão muda a
Figura 39 - Vermelhão do lábio
Figura 42 - Relação do dente superior com o bio
Figura 41 - Largura do lábio igual adistância interpupilar Figura 40 - Espaço interlabial
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quantidade de incisivo visível ao obser- vador. As três variáveis que contribuempara o ângulo de visão são: a) a altura do paciente, b) altura do observador, c)a distância da superfície facial do lábiosuperior para a borda do incisivo(espessura labial aumentada revela menor exposição em relação ao dente)
Subtelny 46, em seu estudo sobre ocrescimento dos tecidos moles da face,analisando 30 indivíduos (15 homens e15 mulheres) na idade aproximada de15 anos, notou que a relação vertical da borda incisal do incisivo central superi-or é constante com a inclinação do lábiosuperior após a idade dos 8 anos. Tam-bém concluiu que o tecido mole é com-pletamente independente dos tecidosesqueléticos adjacentes.
IV - Nível da Posição Labial ao Sor-rir
Durante o sorriso, a simetria é o fa-tor simples mais importante na produ-ção de uma boa estética.40
Quando se examina a posição labialao sorrir, são observadas diferentes ele-
vações labiais em padrões esqueléticosanormais e normais.
A exposição ideal ao sorrir é de 3/4de altura da coroa para 2 mm de gengi-
va, sendo um pouco mais nas mulheresque nos homens.46 (Fig. 43)
A variabilidade na exposição gengivalestá relacionada a:
1. comprimento labial2. comprimento maxilar vertical3. comprimento da coroa anatômica
dos incisivos superiores4. magnitude da elevação labial, com
o sorriso
A exposição gengival em excessopode ser causada por um lábio superiorcurto, excesso maxilar vertical, coroa clí-nica curta, e/ou elevação labial excessiva ao sorrir. (Fig. 44)
Fatores etiológicos na exposição de-ficiente incluem um lábio superior lon-go, deficiência maxilar vertical e/ou ele-
vação lábial mínima ao sorrir. Vig e Cohen48 estudaram o cresci-
mento dos lábios em 50 indivíduos e de-monstraram que as meninas com uma linha de sorriso alta ("sorrisogengivoso") deveriam ser tratadas cui-dadosamente com intrusão, porque a correção espontânea não pode ser es-perada com a idade, entretanto isto podeocorrer no sexo masculino.
III.B Visão do Perfil A posição natural da cabeça, relação
cêntrica, e lábios devem ser utilizadospara se avaliar precisamente o perfil42.
III.B.1 Ângulo do Contorno FacialEste ângulo é formado unindo-se a
glabela do tecido mole, o subnasal e opogônio do tecido mole (Fig. 45)16,17.
A harmonia geral da testa, face mé-dia e face inferior é alcançada com esteângulo. Discrepâncias ântero posterio-res do osso basal maxilar e mandibularsão facilmente visualizadas. A oclusãoClasse I apresenta um ângulo facial totalentre 165° e 175° 12. (Fig. 46). ÂngulosClasse II são menores que 165° e os ân-gulos Classe III são maiores que 175°(Fig 47, 48)
III.B.2 Convexidade do perfilO ângulo V , denota a convexidade da
face sendo determinado por uma parale-la à vertical verdadeira de No e a linha NoPg'. 50 (Fig. 49A, B). A média é de -13°± 4°.
A linha NoPg' (linha S de Steiner)9
conecta o meio do nariz (No) e o mento(Pg) e deve quase tocar os lábios supe-rior e inferior.
A linha S de Steiner é utilizada comouma referência da posição ântero-poste-
rior dos lábios em relação ao nariz emento.
O ângulo V é semelhante ao ângulodo contorno facial (GlSn-SnPg')17,50, masfornece uma indicação melhor da convexidade do perfil porque se concen-tra no terço inferior da face e considera o tamanho do nariz.
Ele não permite que o tamanho donariz afete a avaliação da posição labial,
Figura 43
Figura 44
Figura 45- Ângulo do Contorno Facial (Gl-Sn-Pg')
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como a linha E o faz (a linha que conecta a ponta do nariz ao mento PrPg')51,56,porque utiliza apenas metade do com-primento nasal.
III.B.3 Espessura dos Lábios Supe-rior e Inferior
A espessura do lábio superior podeser medida de duas maneiras, junto aosubnasal e no ponto mais anterior dolábio superior (Fig. 50A, B).
A espessura do lábio aumenta com a idade, mas a velocidade de crescimentodiminui durante a puberdade no sexofeminino53.
A medida da espessura labial entre o
subnasal e ENA não segue exatamente sua direção, porque a distância é maior emmeninas do que em meninos durante a puberdade53. Essa espessura é maior nosmeninos porque o ponto A aparentemen-te se move relativamente para a distal.
A espessura do lábio inferior podeser determinada entre dois pontos(labrale inferior e o incisivo inferior)(Fig. 51). A velocidade do crescimentohorizontal diminui após a idade dos 13anos no sexo feminino, tendo seu inícioa partir da idade de 11,5 anos com umsurto máximo de crescimento ao redordos 14 anos53.
Os pacientes com lábios finos tendem
a apresentar maior mudança facial erelação ao movimento dentário, comprado aos indivíduos com lábios espesso
A espessura do tecido mole do lábio sperior, lábio inferior e mento deve manta proporção de 1:1:154.
III.B.4 Ângulo NasolabialEste ângulo é formado pela int
secção da linha do lábio superior e a nha da columela ao subnasal (Fig. 52Este ângulo pode mudar perceptivelmete com procedimentos ortodônticos e rúrgicos que alteram a posição ânteposterior ou a inclinação dos dentântero superiores33,55.
Figura 48 - Classe III Figura 47 - Classe II Figura 46 - Classe I
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Figura 49 - Ângulo V Figura 50-A - Espessura do lábio superior (Ls-Is)
posteriormente acompanhando o momento dentário e do osso basal e menno sentido anterior. Lábios flácidos pdem se mover menos com o movimendentário posterior e do osso basal e mnos com o movimento anterior.14,59
4. espessura labial ântero-posterioLábios finos (6 a 10 mm)14,33,57 podese mover mais com o movimento retração dentária do que lábios gross(12 a 20 mm)14,56.
5. a magnitude da retrusão mandiblar (trespasse horizontal). Quanmaior a distância do trespasse horizotal, maior retração dos incisivos supeores será necessária, logo, abrindo o âgulo nasolabial33,55.
6. os seguintes fatores afetam o m vimento ântero posterior dos incisivapós as extrações: quantidade apinhamento anterior, espaços, propoção da massa dentária (superior versinferior), rotações posteriores, curva Spee (superior versus inferior), e ancragem (ancoragem extra-bucal, elásticClasse II).
7. extração versus não-extração.8. dentes a serem extraídos (prim
ros pré-molares versus segundos prmolares).
O ângulo nasolabial diminui comidade53. O crescimento do nariz pareestar relacionado ao crescimenesquelético a uma determinada propoção, mas o crescimento do tecido moé provavelmente responsável pela maiparte da diferença em tamanho entre mninos e meninas53.
As meninas mostram um declínio crescimento nasal, ao passo que os mninos mostram um aumento na velo
dade de crescimento após os 12 anos idade53.
O ângulo nasolabial é maior em mninas do que em meninos e diminui coa idade mais em meninas do que em mninos.
Se o ângulo nasolabial está aber(aproximadamente 105°), a retraçortodôntica e cirúrgica dos dentes anriores deve ser evitada no plano
Todos os procedimentos devem co-locar este ângulo na variação cosmeti-camente desejável de 85° a 105° 42. Ou-tros autores consideram as medidas de90° a 110° 40. No sexo feminino este ân-gulo tenderá a ser mais obtuso.
Alguns fatores devem ser considera-dos no plano de tratamento para se al-cançar corretamente este ângulo:
1. ângulo real do paciente2. inclinação versus movimento de
corpo dos dentes superiores (ortodôn-tico e cirúrgico) e efeito prognosticadosobre a posição labial atual.
3. estimativa da tensão labial presen-te. Lábios tensos podem se mover maisFigura 52
Figura 50-B - Espessura do lábio superior (Sn-A)
Figura 51 - Espessura do lábio inferior (LL-II)
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ficiência maxilar vertical. Quando rebai- xado, o lábio inferior apresenta tensãodos tecidos (Classe III). Os procedimen-tos cirúrgicos que corrigem o osso basalgeralmente melhoram o ângulo do sul-co mandibular (isto é, contorno profun-do associado com maloclusão com mor-dida profunda Classe II ou rebaixamentoassociado com protrusão mandibular)
III.B.7 Projeção Nasal A projeção nasal (Pn), medida hori-
zontal do subnasal à ponta do nariz nor-malmente é de 16 a 20 mm (Fig. 55)12. A projeção nasal é um indicador de posi-ção ântero posterior maxilar. Este com-primento torna-se particularmente im-portante quando contempla o movimen-to anterior da maxila. O avanço maxilaré contra-indicado em projeção nasal re-duzida. Com uma maloclusão Classe III,nariz curto e todos os outros fatoresiguais, indica-se o retroposicionamentomandibular.
III.B.8 Linha do Queixo-Pescoço A distância da junção pescoço-região
submandibular até o mento deve serobservada(Th e Me) (Fig. 56)
O comprimento desta linha deve serde aproximadamente 40 mm ± 5 mm.
Este medida é importante no planodos procedimentos ortognáticos mandi-bulares; isto é, um paciente com umcomprimento curto da linha queixo-pes-coço não é um bom candidato aoretroposicionamento mandibular. Umcomprimento longo está suscetível aoretroposicionamento mandibular . Geral-mente, é necessário um retroposi-cionamento mandibular com aumento do
mento a fim de equilibrar os lábios como queixo e manter o comprimento desta linha. A lipoaspiração é um auxiliar útilpara se controlar a redução submentalcom retroposicionamento ou quando há acúmulo isolado de gordura.
III.B.9 Linha Subnasal-Pogônio (Sn-Pg')
Burstone relatou que o lábio superior
tratamento. Da mesma maneira, umnariz longo se tornará adversamenteproeminente com a retração labial. Olimitado conhecimento atual de como oslábios respondem ao movimentoanteroposterior dos dentes determina um procedimento conservador quandosão contemplados grandes movimentos.O apinhamento determina a necessi-dade de extração e o equilíbrio facialinfluencia quais dentes são extraídos ecomo os espaços devem ser fechados.
O movimento cirúrgico da maxila também afeta o ângulo nasolabial . Osmesmos fatores que afetam a mudança ortodôntica devem ser analisados quan-do se considera o movimento maxilar.
III.B.5 Contorno do Sulco Maxi-lar
Geralmente, este sulco é delicada-mente curvo58 e fornece informação comrespeito à tensão do lábio superior (Fig53). Com a tensão labial o contorno dosulco se rebaixa. Lábios flácidos formamuma curva acentuada com a área do
vermelhão lábio revelando uma acentuação da curva.14 O lábio flácidogeralmente é espesso (12 a 20 mm do
vermelhão anterior à vestibular do inci-sivo denotando ao lábio a aparência deestar muito para frente em relação aosdentes58. A maxila não deve ser retraída significantemente quando há um lábioespesso, muito curvo, uma vez que istoproduz suporte labial e cosmética po-bres. Se possível, a maxila deve ser mo-
vida para frente a fim de melhorar o su-porte labial.
III.B.6 Contorno do sulco mandi-bular
Este contorno determina uma curva delicada 33 (Fig 54A, B) e pode indicaro grau de tensão labial. Quando o lábioinferior está profundamente curvo fica com característica flácida. A curva pro-funda geralmente é o resultado doapinhamento do incisivo superior nocaso de mordia profunda Classe II e de-
Figura 53
Figura 54-A
Figura 54-B
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fica a frente da linha Sn-Pg’ 3,5mm ±1,4mm e o lábio inferior fica a frente da linha 2,2mm ± 1,6mm60. (Fig. 57)
A relação dos lábios com a linha Sn-Pg' é um auxiliar importante na análiseortodôntica do tecido mole . O movimen-to dentário muda a relação dos lábioscom a linha Sn-Pg' e, portanto, o resul-tado estético. Todos os movimentosdentários devem ser analisados com res-peito à mudança do lábio em relação à linha Sn-Pg'. As extrações devem ser evi-tadas quando se movem os dentes e cri-am retração dos lábios (achatados) atrásdesta linha. Por um outro lado, se a cor-reção do apinhamento com extraçõespermite o equilíbrio labial com a linha Sn-Pg', as extrações são esteticamenteaceitáveis.
A relação dos lábios com esta linha éafetada pelos seguintes fatores:
1. relação esquelética: quando há desarmonia esquelética anterior ou pos-terior, produzindo anormalidades no
trespasse horizontal (positivas ou negati- vas), a Sn-Pg' não tem valor.
2. Inclinações do incisivo: com umpadrão esquelético Classe I, os incisivossuperiores e inferiores devem estar emtrespasse horizontal e inclinação axialapropriados a fim de produzir protrusãoadequada dos lábios em relação à linha Sn-Pg'.
3. Espessura labial: a relação labial
com a linha Sn-Pg'é dependente da es-pessura labial. A relação de Burstone59 é
verdadeira apenas se os lábios são da mesma espessura e todos os outros fa-tores iguais. Os incisivos em Classe I (in-cisivo superior em frente do incisivo in-ferior) produzem lábios Classe I (lábiosuperior em frente ao lábio inferior)apenas se os lábios têm a mesma espes-sura.
Após a avaliação das medidas do te-cido mole da face na sua visão frontal ede perfil, há um estabelecimento de nor-mas de harmonia facial, o que pareceimportante porque permite traçar os ob-jetivos gerais do tratamento.
Num estudo realizado por Michiels eSather60, as fotos frente e perfil demulheres brancas de 18 a 39 anos foramanalisadas por seis julgadores.Comparou-se a influência das dimensõesfaciais verticais e horizontais na aparência dos indivíduos, da relaçãodentária e a existência de elementos da
face que consistentemente estãocorrelacionados ao julgamento estético.
A dimensão vertical aumentada estava associada com as menorespontuações de aparência agradável.Quase nenhum dos indivíduos maisatraentes apresentou aspectos faciais
verticais aumentados. Contrariamente, aspontuações dos aspectos faciais verticaisreduzidos não pareceram influenciar as
pontuações de atratividade ao mesmgrau (perfis com aspectos faciais verticreduzidos foram igualmente divididentre os cinco grupos de atratividadeIsto sugere que um tipo de perfil co“mordida profunda” num paciente, ndeve ser uma preocupação estétigrande. Esta idéia também é defendipelo fato de que não foram encontraddiferenças significativas entre indivíduos mais atraentes e os indivídumenos atraentes para explicações pontuações tais como “lábio supericurvo” ou “curva sublabial profundaaspectos faciais que tendem acompanhar a tendência verticreduzida.
O efeito da dimensão horizonsobre a sua atratividade está econcordância com aqueles relatados e
vários outros estudos. Houve umpreferência por perfis tipo Classe I, reto
O “mento retruído” correlacionose mais às pontuações menos atraent
que o “mento para frentePosteriormente, as pontuações médipara os perfis com tendência Classe foram mais altas que as pontuaçõmédias para os perfis com tendêncClasse II.
As razões que os julgadoindicaram para as suas pontuações atratividade, sugerem que algumregiões da face - mais notadamente
Figura 55 - Projeção Nasal Figura 56 - Linha do queixo e pescoço Figura 57 - Linha Subnasal-Pogônio
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mento, lábio, nariz e pescoço - estão maisconsistentemente relacionadas aojulgamento estético. As características domento que fortemente influenciaram osjulgamento estéticos dos julgadoresparecem estar fortemente relacionadasàs dimensões faciais verticais e ântero-posteriores (“mento retruído” ou “curva profunda”). O nariz também pareceu serde alguma importância. Os indivíduoscom narizes grandes foram maisrepresentados no grupo dos menosatraentes que no grupo dos maisatraentes. Descobertas semelhantesforam relatadas por Lines e outros38. Nãofoi encontrada diferença no número denarizes côncavos entre os indivíduosmais atraentes. Em contraste, esta diferença foi marcante para narizesconvexos. Não foram encontradosindivíduos com dorso nasal côncavo nogrupo dos mais atraentes. Estasdescobertas de alguma maneira contradizem aquelas de De Smit Dermaut 61 que não encontraram relaçãosignificante entre as pontuações deatratividade e forma do nariz (excetopara os indivíduos com perfil Classe II).
A característica dos lábios que pareceuser mais importante foi a espessura labial. Lábios mais espessos forampreferidos aos mais finos.
Quando a linha mento-pescoço era mencionada o seu comprimento era oaspecto mais importante e este foi umdos elementos que principalmenteinfluenciou a decisão dos julgadores.Esta deve ser uma consideraçãoimportante nas correções cirúrgicas demás-relações esqueléticas Classe III,enfatizado por Worms e outros63.
Czarnecki et al62, avaliaram uma sériede perfis faciais baseado num perfiloriginal ideal construído para ojulgamento de profissionais da odontologia.
Variando-se o tamanho dos lábios,nariz, queixo, ângulo de convexidade fa-cial e ângulo facial, esperava-se avaliaras combinações mais aceitáveis, bemcomo as menos desejáveis.
O perfil facial construído foiigualmente apropriado para homens emulheres para se verificar as variaçõesno tratamento do nariz, lábios e queixo,que pudessem ser atribuídas àsdiferenças de sexo.
Os resultados obtidos demonstraramque tanto a protrusão lábial como a retrusão labial estavam dependentes da posição do queixo e do nariz.
A protrusão labial foi mais aceitávelnos perfis masculinos que nos femininos,quando estavam presentes tanto narizcomo queixo grandes. No entanto, foipermitido três vezes mais protrusão la-bial com um queixo grande do que seaceitou com um nariz grande. Esta descoberta é altamente significante e édemonstrada pela primeira vez. Também
verificou-se que um perfil mais reto comum queixo mais proeminente foi maispreferido para os homens que para asmulheres. Além disso, permitiu-se maisprotrusão labial nas mulheres que para os homens.
O modelo de pesquisa foi tal quegradações nas mudanças da posição donariz, lábios e queixo poderiam ser
variadas e julgadas de maneira objetiva.Uma vez que há um equilíbrio nasrelações entre os lábios, nariz e queixo,é extremamente importante observar asmelhores variações. Por exemplo, comum nariz e queixo relativamente maiores,uma dentição mais protrusiva e lábiosmais cheios são admissíveis para harmonizar a face. Em pacientes destetipo, se há uma decisão "borderline"(extração versus não-extração) a se fazer,o plano de tratamento deve requerer umtratamento ortodôntico sem extração. No
entanto, se a discrepância decomprimento do arco é maior e podeser compensada somente pela extraçãode dentes permanentes, é necessário umprocedimento criterioso no plano detratamento e procedimento de extração.Em qualquer tipo de filosofia detratamento, a linha-mestra sempre é a harmonia dos aspectos faciais e a estética.
A rigidez no uso destas normas
esqueléticas é um erro sério em filosode tratamento.
A harmonia e o equilíbrio facial nsão conceitos fixos. Os padrões de bele
variam tremendamente entre as pessogrupos raciais e de acordo com tradiçõsócio-econômicas. e ainda, depende olho do observador. Subjetivo como um conceito de normalidade é essencpara o ortodontista .
Os contornos dos traços faciaoriginam-se na herança genética. hábitos bucais e outros fatorambientais, tais como problemnasorespiratórios crônicos, poderesultar em desequilíbrios muscularque podem afetar os contornos do tecifacial.
Tem sido demonstrado que, os traçfaciais podem mudar com o tratamenortodôntico e, mais ainda, comtratamento ortodôntico em conjunto cocirurgia ortognática.
O julgamento estético clínico tem mostrado como muito mais válido planejamento do tratamento cocirurgia ortognática que qualquer ouanálise cefalométrica.
Para aumentar a validade da análcefalométrica no planejamento tratamento, as medidas cefalométricdevem ser testadas quanto à habilidade efetivamente refletirem características morfológicas qdeterminam o julgamento estéticlínico.
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