Índice
Sumário executivo
Mercado Monetário
Inflação
Mercado Cambial
Finanças Públicas
Economia Real
Economia Regional
Cobertura de Noticias
Tabela de Indicadores
Outras Publicações
Research
ATLANTICO
01.SumárioExecutivo
• O Plano Intercalar divulgado pelo Governo em Outubro
do ano corrente apresentasse como o guia para as
políticas económicas que serão adoptadas de Outubro
de 2017 a Março de 2018, com o objetivo de se garantir
um ambiente social e económico estável e de
crescimento sustentável.
• O Mercado Monetário apresenta como destaque a
decisão do Comité de Política Monetária (CPM) do
Banco Central (BC) de aumentar a taxa de juro de
referência em 2 p.p. para 18%, o primeiro aumento desde
a reunião de Maio de 2016 quando o CPM aumentou a
taxa em 2 p.p., partindo de 14%.
• A decisão do Comité reflecte o compromisso com o
controlo da taxa de inflação que apresentou o segundo
incremento mensal consecutivo, uma alteração da
tendência decrescente apurada desde o início do ano
corrente.
• O índice de preços ao consumidor (IPC), tendo como
referência a cidade capital, Luanda, relativo ao mês de
Outubro situou-se em 200,45 pontos, que corresponde
a uma variação de 2,98% face ao mês anterior e 28,96%
em comparação ao período homólogo.
• A taxa de inflação nacional situou-se em 2,39% em
Outubro, que contribuiu para que o registo homólogo
aumentasse de 25,18% em Setembro para 26,25% em
Outubro.
• As províncias de Luanda e Lunda Sul foram as que maior
aumento de preços registaram ao longo do período em
análise, aproximadamente 2,98% e 2,07%,
respectivamente.
• Adicionalmente, a oferta de moeda tem apresentado
tendência crescente. Entre 2013 e o segundo Trimestre
de 2017, os agregados monetários M1, M2 e M3
registaram uma expansão média de 11,4%, 12,1% e 11,3%,
respectivamente.
• As bases monetárias ampla e restrita expandiram-se em
média 4,7% e 10,6%, respectivamente, registos que
contrariam os objectivos expostos no Plano divulgado
pelo Governo em Outubro.
• O Banco Nacional de Angola (BNA) disponibilizou cerca
de 544,720 milhões EUR em Outubro, que representa
um aumento de 42% face ao mês anterior, mas sendo
um nível que mantém-se cerca de 43% abaixo da média
disponibilizada desde o início de 2017.
• A taxa de câmbio divulgada pelo BNA não registou
variações significativas, tendo-se fixado em 185,4 AOA
por cada unidade de euro e em 165,9 AOA por cada
dólar, em Outubro.
• Contrariamente, no mercado informal a cotação das
moedas estrangeiras continua a seguir tendência
crescente. O preço de cada euro chegou a atingir 480
AOA no início do mês de Novembro e o do dólar 425
AOA.
• A emissão de Títulos do Tesouro ao longo do mês de
Outubro atingiu 416,507 mil milhões AOA, que
corresponde ao nível mais elevado desde Fevereiro de
2016.
• No entanto, a procura situou-se abaixo da oferta, tendo
o rácio de cobertura fixado-se em 76%. Destaca-se que
durante o período em análise o rácio de cobertura dos
títulos de curto prazo fixou-se em 71% e o dos títulos de
longo prazo atingiu 85%.
• O Plano Intercalar estima que o Stock da Dívida
Governamental em relação ao PIB se situe em 53,7% no
ano corrente, reduzindo face aos 56% apurados em
2016.
• O Stock de Dívida Governamental, que equivale ao
Stock da Dívida Pública excluindo as empresas públicas,
mantém-se abaixo de 60%.
• A economia angolana deverá crescer 3,4% em 2018, de
acordo com as estimativas do Governo, como resultado
principalmente da expansão do sector não petrolífero
(4,4%). Os sectores da Energia (60,6%), Agricultura
(5,9%), Indústria Extrativa e Minerais (4,4%), Serviços
Mercantis (4,3%), Construção (3,1%) e Indústria
Transformadora (1,8%) são apresentados como os
principais drivers do crescimento do sector não-
petrolífero.
• O cenário económico de algumas economias africanas
apresenta uma perspectiva positiva no âmbito do
crescimento do PIB e da redução da taxa de inflação.
• Condições que têm contribuído para a moderação da
política monetária contraccionista que havia sido
adoptada nos períodos anteriores, devido ao impacto do
desequilíbrio no sector petrolífero.
02.Mercado Monetário
• A oferta de moeda tem apresentado tendência
crescente. Entre 2013 e o segundo Trimestre de 2017, os
agregados monetários M1, M2 e M3 registaram uma
expansão média de 11,4%, 12,1% e 11,3%, respectivamente.
As bases monetárias ampla e restrita expandiram-se em
média 4,7% e 10,6%, respectivamente. No intuito de se
adoptar uma política monetária contraccionista, para
fazer face ao aumento do nível geral de preços dos
bens e serviços, a Taxa de Juro BNA aumentou 8 p.p.,
ao passar de 10% em Janeiro de 2013 para 18,00% em
Novembro de 2017.
• A reunião do Comité de Política Monetária realizada no
dia 30 de Novembro, culminou com a decisão de
aumentar a taxa de juro de referência de 16%, para 18%,
manter a Taxa de Juro da Facilidade Permanente de
Cedência de Liquidez Overnight em 20%, o mesmo nível
desde Junho de 2016, e reduzir a Taxa da Facilidade
Permanente de Absorção de Liquidez a 7 dias de 2,75%
para 0%. Adicionalmente, o BNA decidiu reduzir de 30%
para 21% o coeficiente das reservas obrigatórias.
• As decisões do Banco Central poderão contribuir para
que aumente a liquidez disponível nos bancos
comerciais que poderão ser direccionados à aquisição
de Títulos do Tesouro ou à operações de transacção de
liquidez no mercado monetário interbancário, que ao
longo do mês de Outubro registaram aumento de 131%
face ao período homólogo, tendo-se situado em 124,913
mil milhões AOA, que no entanto representa uma
redução de 4,8% em relação ao registo de 131,21 mil
milhões AOA referente a Janeiro.
• Nos últimos anos tem-se verificado um aumento do
spread entre as taxas de juro activas e passivas dos
bancos comerciais. Entre 2013 e 2016, a taxa de juro
média das operações activas dos bancos comercias,
com maturidade de um ano, aumentou 2,5 p.p.,
enquanto a taxa de juro média das operações passivas
reduziu 0,14 p.p., que contribuiu para o aumento do
spread em 2,64 p.p., cenário que tem estimulado o
Governo a apostar na reestruturação do sistema
bancário.
FONTE: BNA FONTE: BNA
Indicadores Monetários Taxas de Juro do BNA
7,70 7,50
14,28
41,95
22,92
17,2 16,1
11,814,4
20,1
13,11
13,69
14,8915,19
15,61
2013 2014 2015 2016 2017 P
Inflação Homóloga M2 Taxa de Juro Activa
0%
5%
10%
15%
20%
nov/14 abr/15 set/15 fev/16 jul/16 dez/16 mai/17 out/17
TAXA BNA F.A.L 7 DIAS F.A. OVERNIGHT F.C. OVERNIGHT
OMA 28 dias OMA 63 dias REDESCONTO
03.Inflação
• A taxa de inflação aumentou pelo segundo mês
consecutivo, invertendo a tendência decrescente
apurada desde o início do corrente ano.
• O nível geral do índice de preços ao consumidor (IPC),
tendo como referência a cidade capital, Luanda, relativo
ao mês de Outubro situou-se em 200,45 pontos, que
corresponde a uma variação de 2,98% face ao mês
anterior e 28,96% em comparação ao período
homólogo.
• O incremento apurado ao longo do período em análise
poderá ser justificado, por um lado, pela
disponibilização moderada de divisas ao longo dos dois
últimos meses, que acaba por se reflectir sobre a
restrição de oferta de bens importados e contribuindo
para o incremento do nível dos preços, e por outro lado,
o reflexo do aumento de moeda em circulação
decorrente do pagamento do décimo terceiro mês que
contribui para o aumento da procura durante a época
natalícia.
• A variação mensal, de 2,98%, representa o maior
aumento mensal desde Agosto de 2016, impulsionado
por maiores incrementos na classe da Saúde e de Bens
e Serviços Diversos, com variações de 5,90% e 4,47%,
respectivamente. No entanto, as classes que maior
contributo tiveram sobre o valor total foram
Alimentação e Bebidas não Alcoólicas, com 33,16%,
seguida da classe de Bens e Serviços Diversos, com
14,23%.
• A taxa de inflação nacional situou-se em 2,39% em
Outubro, tendo atingido 26,25% face ao período
homólogo. As províncias de Luanda e Lunda Sul foram
as que maior aumento de preços registaram ao longo
do período em análise, aproximadamente 2,98% e
2,07%, respectivamente.
• O incremento apurado em Outubro contribuiu para que
a inflação acumulada atingisse 23,58%, que supera a
meta de 22,9% prevista para 2017. O cenário para 2018 é
mais optimista. Segundo o Plano Intercalar do Governo
(Outubro 2017 a Março 2018), a taxa de inflação deverá
atingir níveis inferiores a 20%.
FONTE: INE e BNA FONTE: INE
Taxa de Inflação Homóloga (%)Taxa de Inflação e Massa Monetária (%)
27,4628,96
Jan. Fev. Mar. Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2015 2016 2017
0,0
1,5
3,0
4,5
-15
0
15
30
45
out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17 out/17
Inflação Homóloga M2 Inflação Mensal (dir.)
04.Mercado Cambial
• A quantidade de divisas disponibilizadas ao longo do
mês de Outubro apesar de registar uma ligeira melhoria
continuou em níveis moderados.
• Em Outubro o Banco Nacional de Angola (BNA)
disponibilizou cerca de 544,720 milhões EUR, que
representa um aumento de 42% face ao mês anterior,
mas 43% abaixo da média disponibilizada desde o início
de 2017. A justificar os níveis moderados de
disponibilização de moeda estrangeira está a redução
contínua das Reservas Internacionais Líquidas (RILs),
que atingiram em Outubro 15,358 mil milhões USD, o
segundo menor montante da série histórica.
• Paralelamente, a oferta de moeda também tem seguido
tendência decrescente. O agregado monetário M2
reduziu 2,71% em Outubro face ao período homólogo,
situando-se em 6.303,027 mil milhões AOA.
• Relativamente à taxa de câmbio, não foram registadas
variações significativas, tendo-se fixado em 185,4 AOA
por cada unidade de euro e em 165,9 AOA por cada
dólar. Contrariamente, no mercado informal a cotação
das moedas estrangeiras continua a seguir tendência
crescente. O preço de cada euro chegou a atingir 470
AOA no início do mês de Novembro e o do dólar 425
AOA.
• O actual governador do BNA, José de Lima Massano,
deverá realizar um ajuste cambial eficaz na moeda
nacional, que em termos reais se encontra
sobrevalorizada face ao dólar norte-americano,
conforme reconhecido pelo Governo angolano.
• As perspectivas para 2018 apontam para um
ajustamento controlado da taxa de câmbio formal, com
o intuito de reduzir o diferencial entre o mercado formal
e informal, mas sem prejuízo da estabilidade do nível
geral de preços. Segundo o Plano Intercalar do
Governo, a taxa de câmbio, numa primeira fase, será
desvalorizada, e posteriormente mantida dentro de uma
banda compatível com a meta de inflação pretendida e
o nível das RILs que permitam garantir pelo menos 8
meses de importações.
FONTE: BNA FONTE: BNA
Volume de Divisas Vendidas pelo BNA
(milhões USD)
Evolução do Diferencial Cambial (%)
1,6 2,8 6,91,9
7,3
20,3
95,6
185,8
5,517,0
83,0
180,6
2013 2014 2015 2016
Primário-Secundário Primário-Informal Secundário-Informal
457,44
640,37
0
400
800
1.200
1.600
2.000
2.400
out/15 fev/16 jun/16 out/16 fev/17 jun/17 out/17
05.Finanças Públicas
• A emissão de Títulos do Tesouro ao longo do mês de
Outubro atingiu 416,507 mil milhões AOA, que
corresponde ao nível mais elevado desde Fevereiro de
2016. No entanto, a procura situou-se abaixo da oferta,
tendo o rácio de cobertura fixado-se em 76%. Destaca-
se que durante o período em análise o rácio de
cobertura dos títulos de curto prazo fixou-se em 71% e o
dos títulos de longo prazo atingiu 85%.
• Relativamente a emissão de títulos de longo prazo,
Obrigações do Tesouro, não houve emissão de
Obrigações Não-Reajustáveis, pelo segundo mês
consecutivo, que poderá ser justificada pelo maior
aumento da procura por Obrigações do Tesouro
indexadas à taxa de câmbio numa altura em que os
investidores procuram proteger-se da possível
desvalorização do Kwanza.
• Importa ressaltar que o Tesouro efectuou emissão de
Obrigações indexadas à taxa de câmbio com
maturidades de 7, 8, 9 e 10 anos, com taxas de juro que
variaram entre 8% e 8,75%.
• O mês de Outubro foi marcado pela divulgação do
Plano Intercalar do Governo com medidas e acções a
implementar até Março de 2018 para melhorar a
situação económica e social.
• Com o plano apresentado, projecta-se que o Stock da
Dívida Governamental em relação ao PIB para 2017 se
situe em 53,7%, reduzindo face aos 56% apurados em
2016. O Stock de Dívida Governamental, que equivale
ao Stock da Dívida Pública excluindo as empresas
públicas, mantém-se abaixo de 60%.
• Entretanto, segundo informação disponibilizada no
Plano Intercalar retirada do Balanço do Plano Anual de
Endividamento no I Semestre de 2017, o Stock da Dívida
Governamental situou-se em 50% do PIB e o Stock da
Dívida Pública atingiu 63% do PIB, superior a 60%, nível
considerado anteriormente como limite máximo para a
Dívida Pública.
• Entre as medidas que visam garantir a sustentabilidade
da dívida e do serviço de dívida, o Governo angolano
deverá negociar o reescalonamento da dívida com os
principais parceiros bilaterais.
FONTE: MINFIN FONTE: MINFIN
Emissão de Títulos do Tesouro Saldo Fiscal e Stock da Dívida (%PIB)
0,30
-6,60
-2,10 -2,20-5,80
24,50
32,80
46,60
56,00 53,70
2013 2014 2015 2016 2017 P
Saldo de Compromisso Rácio Dívida/PIB
194.928,06
380.704,19
143.266,89
239.638,56
313.833,20
231.409,79
401.382,71
354.941,04
416.507,57
fev/17
mar/17
abr/17
mai/17
jun/17
jul/17
ago/17
set/17
out/17
06.EconomiaReal
• A produção industrial referente ao ano de 2016 registou
tendência decrescente. O índice de Produção Industrial
apresentou variação de -2,7% face ao período
homólogo, como reflexo da contracção da actividade
dos sectores da Indústria Transformadora (3,5%),
Indústria Extrativa (2,9%) e Captação, Tratamento e
Distribuição de Água e Saneamento (0,6%). Durante o
período em análise apenas a Produção e Distribuição de
Electricidade registou variação positiva, cerca de 12,9%.
• O governo angolano estima um crescimento da
economia de 3,4% em 2018, como resultado
principalmente da expansão do sector não petrolífero
(4,4%). Destaca-se que a perspectiva do governo é mais
optimista quando comparada com as projecções do
Fundo Monetário Internacional, que aponta para um
crescimento de 1,5%.
• Relativamente aos principais drivers do crescimento do
sector não-petrolífero destaca-se a Energia (60,6%),
Agricultura (5,9%), Indústria Extrativa e Minerais (4,4%),
Serviços Mercantis (4,3%), Construção (3,1%) e Indústria
Transformadora (1,8%).
• A produção petrolífera aumentou 69,8 mil barris/dia em
Outubro, situando-se em 1,711 milhões barris/dia, acima
do limite estabelecido pelo cartel, de 1,64 milhões
barris/dia. Apesar de manter-se abaixo da Nigéria, que
reduziu a produção em 54,4 mil barris/dia, fixando-se
em 1,738 milhões barris/dia, o incremento apurado
atingiu o nível mais elevado dentro da Organização. As
receitas petrolíferas arrecadadas ao longo do mês de
Outubro situaram-se em 122,615 mil milhões AOA, que
correspondem a redução de 13% face ao mês anterior,
mas a um incremento de 4% em relação ao período
homólogo.
• As estimativas para 2018 demonstram que a produção
petrolífera situe-se em 1,649 milhões barris/dia, em
consonância com a meta estabelecida pela Organização
dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), sendo que
o preço médio das exportações atingirá 45 USD/barril.
• A exploração diamantífera durante o próximo ano
permitirá arrecadar 9.047,7 mil quilates, que serão
comercializados a um preço médio de 124,2
USD/quilates.
FONTE: INE FONTE: MPDT
Produção Industrial var. homóloga Crescimento Económico
6,8
4,8
3
0,1 1,3
-0,9
-2,6
6,3
-2,3
0,6
10,9
8,2
1,5
1,2
1,6
0
2
4
6
8
10
12
-4
-2
0
2
4
6
8
2013 2014 2015 2016 2017 P
PIB Real Sector Petrolífero (esq.) Sector não Petrolífero
2,2%
-4,1%
0,7%
-6,1%
-2,7%
I trim. 16 II trim. 16 III trim. 16 IV trim. 16 2016
07.Economia Regional
• África do Sul: O Banco Central decidiu manter a taxa
básica de juro inalterada, fixa em 6,75%, como resultado
da redução da taxa de inflação em 0,3 p.p., para 4,8%
em Outubro. A instituição estima um crescimento
económico de 0,7% no ano corrente e 1,2% em 2018.
Relativamente, à inflação as projecções apontam para a
flutuação entre 3% e 6%.
• Gana: O índice de preços ao consumidor registou
variação de 11,6% em Outubro, que representa redução
de 0,6 p.p. face ao mês de Setembro. Paralelamente, o
Comité de Política Monetária do Banco Central decidiu
reduzir a taxa de juro de referência, de 21%, para 20%,
tendo o Governador do Banco Central, Ernest Addison,
declarado que há margem para novos cortes da taxa de
juro de referência se o país continuar a melhorar.
Destaca-se que o crescimento económico apurado no
segundo trimestre de 2017 aumentou 2,4 p.p., para 9%.
• Marrocos: O recente relatório da Moody´s relactivo às
Perspectivas do Sistema Bancário apontou para uma
melhoria do sector, como resultado da diversificação
económica do país e do ambiente político económico
estável. Estima-se um crescimento de 3,5% do PIB real
em 2018 e 4,5% no ano seguinte. A diversificação
comercial e a transformação industrial apoiarão as
exportações e o investimento, mediante o crescimento
do crédito dos bancos.
• Nigéria: A taxa de inflação referente ao mês de Outubro
reduziu pelo nono mês consecutivo, situando-se em
15,91% face ao período homólogo, menos 0,07 p.p. em
comparação ao mês anterior. No entanto, apesar da
tendência decrescente da inflação, o Comité de Política
Monetária decidiu manter a taxa de juro de referência
inalterada fixa em 14%. Estima-se que o índice de
preços ao consumidor registará um crescimento médio
de 12,4% durante o próximo ano.
• Quénia: A economia do país deverá registar um taxa de
crescimento de 5%, que corresponde a uma redução de
0,9 p.p. em comparação as perspectivas anteriores do
Tesouro. A revisão para baixo é justificada por um lado,
pela instabilidade política, que influenciou o
investimento, e por outro, pela seca que reduziu a
produção agrícola.
FONTE: BLOOMBERG, TRADING ECONOMICS FONTE: BLOOMBERG, TRADING ECONOMICS
Taxas de juro de Referência (%)Taxa de Inflação (%)
16
6,75
21
2,25
14
10
16
6,75
20
2,25
14
10
Angola África doSul
Gana Marrocos Nigéria Quénia
Setembro Outubro
27,46
5,1
12,2
0,4
15,98
7,06
28,96
4,8
11,6
0,6
15,91
5,72
Angola África doSul
Gana Marrocos Nigéria Quénia
Setembro Outubro
08.Cobertura de Noticias
• O Comité de Política Monetária manteve inalteradas as
taxas de juro de referência. O Comité de Política
Monetária do Banco Nacional de Angola realizou a
última reunião no dia 01 de Novembro do corrente ano,
onde analisou a evolução dos principais indicadores
económicos que culminou com a decisão de
manutenção das taxas de juro, apesar da recente
evolução da taxa de inflação, que aumentou 0,51 p.p,
para 27,46% no mês de Setembro. A taxa Básica do BNA
fixou-se em 16%, a taxa de Facilidade de Cedência de
Liquidez situou-se em 20% e a taxa de Facilidade de
Absorção de Liquidez fixou-se em 2,75%.
• As Reservas Internacionais Líquidas referente ao mês de
Setembro reduziram 3%. As Reservas Internacionais
Líquidas (RIL) referentes ao mês de Setembro reduziram
3% em relação ao mês anterior quando se fixaram em
15,555 mil milhões USD, contracção que se intensifica
para 23% na comparação com o registo de 19,606 mil
milhões USD referente a Janeiro do ano corrente. As RIL
que reflectem principalmente o impacto da queda na
cotação internacional do crude, têm reduzido desde
Janeiro de 2014 na análise homóloga, com o registo de
Setembro a representar uma queda de 31,2%. A análise
mensal revela que o registo de Setembro apresenta-se
como a segunda queda consecutiva das RIL.
• As receitas diamantíferas atingiram 729,64 milhões AOA
em Setembro. As receitas diamantíferas arrecadas no
mês de Setembro fixaram-se em 729,64 milhões AOA,
que corresponde a redução de 40% em comparação ao
mês anterior, que poderá ser justificado pela contracção
em 15% das quantidades exploradas, situando-se em
760.306,30 quilates. Em relação ao período homólogo, a
tendência manteve-se decrescente apesar da menor
intensidade, sendo que em Setembro de 2016 o valor
arrecadado situou-se em 1.029,92 milhões AOA, que
representa redução de 29%.
• O montante de notas e moedas em circulação fixou-se
em 322,176 mil milhões AOA. O montante de notas e
moedas em poder do público reduziu pelo oitavo mês
consecutivo, tendo situado-se em 322,176 mil milhões
AOA em Setembro, que representa uma redução de
14,48% face ao período homólogo de 2016, a maior
contracção desde 2012. A tendência decrescente
manteve-se em comparação ao mês de Agosto, tendo a
variação apurada atingido -6,45%.
• A taxa de inflação mensal situou-se acima de 2% pelo
segundo mês consecutivo, tendo atingido 2,98% em
Outubro. O índice de preços ao consumidor, tendo como
referência os preços de Luanda, registou variação de
2,98% ao longo do mês de Outubro face ao mês anterior,
que corresponde a um aumento de 0,44 p.p. em relação
ao registo apurado em Setembro, tal como, o segundo
mês consecutivo acima de 2%. Em termos homólogos a
taxa de inflação atingiu 28,96% um incremento de 1,5
p.p. em comparação ao mesmo período de 2016, quase
o dobro da meta de inflação estabelecida no Orçamento
Geral do Estado 2017, de 15,8%.
• A produção petrolífera referente ao mês de Outubro
registou aumento de 69,8 mil barris/dia, situando-se em
1,711 milhões barris/dia. O recente relatório da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP) demonstra que a produção petrolífera de
Angola, segundo as fontes secundárias, registou
aumento de 69,8 mil barris/dia, tendo-se fixado em 1,711
milhões barris/dia, ultrapassando o limite estabelecido
pelo cartel, de 1,64 milhões barris/dia. Durante o período
em análise, Angola registou o maior incremento à nível
do cartel, mas a sua produção situou-se abaixo da
produção petrolífera da Nigéria. Relativamente a oferta
global da OPEP, a mesma apresentou redução de 151 mil
barris/dia fixando-se em 32,589 milhões barris/dia.
• A yield dos Eurobonds angolanos com maturidade até
2025 atingiu 7,919% em Outubro. A remuneração exigida
pelos investidores para adquirir os Eurobonds emitidos
por Angola em Novembro de 2015, com uma yield de
9,5%, registaram ao longo do mês de Outubro uma
redução de 333 p.b. em comparação ao mês anterior. As
yields dos Eurobonds atingiram ao longo do período em
análise 7,919%, o menor nível dos últimos dois anos. A
redução da yield ocorreu num período em que o preço
do crude Brent, utilizado como referência para a
produção de crude angolano, apresentou valorização de
6,66%, fixando-se em 61,37 USD/barril.
• O montante de dívida pública colocada no mercado
primário ao longo do mês de Outubro situou-se em
416,507 mil milhões AOA. O montante de Títulos do
Tesouro colocados ao longo do primeiro mês do quarto
trimestre de 2017, Outubro, fixou-se em 416,507 mil
milhões AOA, que corresponde a um incremento de 17%
face ao mês anterior e 67% em comparação ao período
homólogo. O montante colocado além de manter-se
acima da procura correspondeu ao maior nível mensal
colocado desde Fevereiro de 2016. Destaca-se que o
rácio de cobertura referente ao período em análise
atingiu 76%, abaixo dos 100% pelo sexto mês
consecutivo.
09.Tabela de Indicadores
Mercado Monetário e Mercado Cambial
FONTE: FMI
Indicadores Económicos de Países da África Subsariana
FONTE: BNA, INE e OPEP
2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017 2016 2017
ANGOLA 27,4 0,0 1,3 96,2 121,0 3.514,0 4.294,0 19,5 18,9 23,6 25,6 71,6 62,8 -4,3 -6,1 45,00 20,00
ÁFRICA DO SUL 55,9 0,1 0,8 280,4 288,2 5.018,2 5.074,1 29,9 30,0 33,7 33,8 51,7 53,3 -3,3 -3,2 6,70 5,50
BOTSWANA 2,2 3,1 4,0 10,9 11,0 5.082,5 5.068,9 34,9 32,5 38,3 36,4 16,9 15,3 4,1 3,7 3,30 3,60
CAMARÕES 23,7 4,8 4,2 30,9 33,1 1.303,4 1.364,1 16,2 16,1 22,4 21,0 31,6 33,8 4,2 -4,0 2,20 2,20
CONGO 4,5 1,7 5,0 8,8 10,3 1.980,7 2.255,3 31,3 32,6 38,9 34,2 69,3 61,2 -8,2 -2,1 4,57 3,50
REP. DEM. CONGO 84,1 3,9 4,2 39,8 41,9 473,3 483,4 13,5 17,8 15,4 15,1 20,0 22,6 -0,8 5,2 2,45 3,00
GANA 27,6 3,3 7,4 42,8 46,6 1.550,8 1.648,3 19,4 19,2 23,2 21,2 66,0 62,2 -6,3 -6,0 13,50 8,00
MAURÍCIA 1,3 3,5 3,9 11,7 12,5 9.321,6 9.904,6 22,9 22,9 25,7 25,8 58,9 58,3 -4,3 -4,5 2,00 2,20
MOÇAMBIQUE 28,8 4,5 5,5 12,0 11,4 418,9 387,5 25,9 27,7 31,7 31,7 112,6 103,2 -33,5 -28,3 20,00 12,20
NAMÍBIA 2,3 4,2 5,3 10,2 10,9 4.427,9 4.702,9 30,6 30,4 39,8 38,7 42,0 46,9 -12,5 -6,9 7,30 6,00
NIGÉRIA 183,6 -1,7 0,6 415,1 413,7 2.260,3 2.192,5 5,7 7,1 10,3 11,1 14,6 15,5 -0,7 -0,4 18,50 17,00
TANZÂNIA 48,6 7,2 7,2 46,7 50,5 960,2 1.017,5 16,4 16,9 20,4 21,5 38,3 39,7 -8,8 -8,8 4,99 5,00
QUÉNIA 45,5 6,0 6,1 69,2 74,7 1.521,9 1.599,4 19,6 19,8 27,0 26,2 52,7 53,0 -6,4 -6,1 5,63 5,51
ZÂMBIA 16,7 3,0 4,0 20,6 20,9 1.230,7 1.213,4 18,1 17,9 27,1 26,1 56,1 58,8 -4,5 -2,2 9,50 8,70
ZIMBABWE 14,5 -0,3 -2,5 14,2 14,6 978,7 978,4 25,1 23,4 30,0 26,4 58,9 57,6 -7,5 -6,1 -1,20 6,00
DÍVIDA PÚBLICA
(%PIB)
BALANÇA
CORRENTE
(%PIB)
INFLAÇÃO
(%)PIB ( %) PIB NOMINAL
(USD )
PIB PER CAPITA
(USD)
RECEITA PÚBLICA
(%PIB)
DESPESA PÚBLICA
(%PIB)POPULAÇÃO
2015
dez/15 Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out
TAXA DE CÂMBIO (MÉDIA)
AOA/USD 135,3 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9
AOA/EUR 147,1 185,4 185,4 185,4 185,4185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4
TAXA DE JURO CRÉDITO (181 D A 1 ANO, %)
EMPRESAS
MOEDA NACIONAL 15,11 15,38 15,17 15,38 15,32 15,26 16,85 15,33 15,41 15,41 15,64 15,58 15,39 15,51 15,41 15,43
MOEDA ESTRANGEIRA 12,97 - - 9,80 9,80 8,50 8,20 8,29 6,68 6,68 6,68 9,59 8,40 8,45 8,45 8,45
PARTICULARES
MOEDA NACIONAL 10,14 15,50 16,92 15,48 14,46 15,25 15,99 16,04 20,39 15,5 15,66 17,11 16,57 17,82 17,38 15,88
MOEDA ESTRANGEIRA 2,65 6,72 9,12 8,52 8,98 9 8,5 5,55 7,07 7,36 7,36 7,36 9,67 8,15 10,24 10,76
TAXA DE DEPÓSITOS (181 D A 1 ANO, %)
MOEDA NACIONAL 4,21 3,96 4,01 4,05 3,90 3,90 4,07 3,86 3,90 3,95 4,03 4,13 3,96 4,02 4,01 4,08
MOEDA ESTRANGEIRA 2,62 2,51 2,36 3,17 3,02 3,10 3,02 3,18 2,90 2,86 2,77 2,83 3,02 3,12 2,88 2,93
AGREGADOS MONETÁRIOS (USD )
M1 3.412,4 3.926,2 3.886,6 3.856,2 3.862,8 3.807,8 3.760,4 3.660,7 3.617,6 3.667,6 3.607.230,0 3.663.484,0 3.650.212,0 3.743.514,0 3.755.853,0 3.573.637,0
M2 5.703,7 6.576,5 6.534,3 6.469,2 6.457,3 6.446,7 6.408,7 6.290,9 6.264,3 6.300,3 6.295.767,0 6.357.579,0 6.312.211,0 6.421.000,0 6.391.502,0 6.303.027,0
M3 5.711,8 6.580,7 6.538,6 6.473,2 6.461,1 6.450,5 6.412,5 6.294,8 6.267,6 6.303,5 6.299.087,0 6.360.943,0 6.315.620,0 6.425.564,0 6.396.299,0 6.307.492,0
TAXA LUIBOR (FIM DE PERIODO, %)
O/N 11,31 13,93 14,47 14,26 22,65 23,35 23,66 23,67 23,67 22,4 22,4 22,4 22,35 22 19,7 17,36
30 DIAS 11,44 15,08 14,63 13,71 15,19 17,41 19,06 19,27 19,28 18,68 18,63 18,57 18,63 18,19 18,01 18,14
90 DIAS 11,88 16,28 15,8 14,73 16,04 18,23 20,02 20,935263 21,05 20,57 20,32 20,15 19,99 18,94 18,81 19,1
180 DIAS 12,21 17,34 16,48 15,22 16,36 18,30 20,26 21,32 23,08 22,51 22,15 21,65 21,36 20,42 19,45 20,03
270 DIAS 12,56 17,06 16,96 16,45 17,71 19,65 21,3 22,403684 24,65 24,17 23,74 22,89 22,43 21,43 20,9 21,95
360 DIAS 12,84 17,87 17,61 16,72 18,15 20,17 21,87 22,897895 25,75 25,37 25,33 24,44 23,9 22,54 21,97 23,05
TAXA BÁSICA (FIM-DE-PERIODO, %) 11 16 16 16 16 16 16 1616 16 16 16 16 16 16 16
TAXA INFLAÇÃO (FIM-DE-PERIODO, Y/Y, %) 14,27 38,18 39,44 40,04 41,15 41,95 40,39 39,45 37,86 36,33 34,08 31,89 29,01 26,95 27,46 28,96
RESERVAS INTERNACIONAIS (USD ) 24.266 22.721 21.926 20.970 20.298 21.399 19.606 20.894,79 19.281,06 18.646,89 18.043,29 16.782,15 17.541,56 15.639,10 15.294,42 15.358,22
PRODUÇÃO DE PETRÓLEO (MB/D) 1,85 1,78 1,77 1,58 1,69 1,72 1,65 1,64 1,60 1,67 1,61 1,67 1,06 1,64 1,64 1,71
INDICADORES2016 2017
10.
NEWSLETTER
DAILYNEWSLETTER
PRIVATENEWSLETTER
OIL & GAS
Outras Publicações
NEWSLETTER
WEEKLY
CONTRIBUTOS AO
JORNAL
O PAÍS
NEWSLETTER
CORPORATE
11.Contactos
FALE COM A NOSSA EQUIPA
Jânio AmbrósioCoordenador de [email protected]
Joyce DomingosResearch [email protected]
Anta BandolaResearch [email protected]
RESEARCH ATLANTICO
E-mail: [email protected] | Tel: 226 432 445 | 923 169 045
DISCLAIMER:
This document was created with information from sources considered to be reliable, but its accuracy may not be completely guaranteed. The content of this document does not represent a recommendation to invest, divest or hold investment in any stock herewith described or any other stock, and it may not be considered an offer, invitation or solicitation to purchase or sell the above mentioned stock. This document should not be used to evaluate the stocks herewith described and ATLANTICO cannot be held responsible for any loss, direct or potential, resulting from its use or contents. ATLANTICO, or its employees, may hold positions in any stock mentioned in this publication. The reproduction, total or partial, of this publication is allowed, as long as the source is clearly identified.