CONTABILIDADE GERENCIAL
Questão 01
Uma Sociedade Empresária elaborou o seguinte plano operacional de produção para o
mês de julho de 2016:
Quantidade projetada de produção para o mês 40.000 unidades
Padrão de horas consumidas para produzir cada unidade 2 horas
Padrão de valor a ser pago para a mão de obra direta R$ 60,00 por hora
Custo unitário padrão R$ 120,00
Ao final do mês, fez o levantamento da produção e dos custos e chegou aos seguintes
resultados:
Quantidade produzida no mês 40.000 unidades
Horas consumidas para produzir cada unidade 2,1 horas
Valor pago para a mão de obra direta R$ 58,00 por hora
Custo unitário realizado R$ 121,80
Com base nos dados acima, assinale a opção INCORRETA
a) Houve Variação de Preço favorável de R$ 4,00 por unidade
b) Houve Variação de Volume desfavorável de R$ 6,00 por unidade
c) Houve Variação Mista favorável de R$ 0,20 por unidade
d) Houve Variação Total favorável de R$ 1,80 por unidade
GABARITO CFC: ALTERNATIVA D
ANÁLISE PRELIMINAR GERAL DO ENUNCIADO
Inicialmente, é necessário abordar sobre a análise das variações que, em última análise,
é a comparação do custo padrão com o custo real. Pelo enunciado, percebe-se que
houve uma variação de R$ 1,80 por unidade, assim identificado:
CUSTO PADRÃO TOTAL: 40.000 unidades X R$ 120,00 = R$ 4.800.000,00
CUSTO REAL TOTAL: 40.000 unidades X 121,80 = R$ 4.872.000,00
VARIAÇÃO TOTAL: R$ 72.000,00 (R$ 4.800.000,00 – R$ 4.872.000,00), que é uma
variação (de caráter) desfavorável, para o volume total produzido (40.000 unid).
Para identificar a variação por unidade, basta dividir a variação total (R$ 72.000,00)
pela produção total (40.000 unidades), que obter-se-á o valor de R$ 1,80
(desfavorável).
Ressalte-se por oportuno, que a variação será DESFAVORÁVEL quando o custo real
for maior que o custo padrão. Na situação inversa, a variação será FAVORÁVEL.
Ademais, sempre é relevante recordar que:
a) A variação total é obtida da seguinte forma: Custo Padrão – Custo Real;
b) As fórmulas específicas das variações (unitárias) são as seguir apresentadas:
VARIAÇÕES DE MATERIAL
Variação de Quantidade (ou volume): Diferença da quantidade X Preço padrão
Variação de Preço: Diferença de preço X Quantidade padrão
Variação Mista: Diferença da quantidade X Diferença de preço
VARIAÇÃO DE MOD (Mão de Obra Direta)
Variação de Eficiência: Diferença de horas X Taxa (valor da hora) padrão
Variação de Taxa: Diferença de taxa X Horas padrão
Variação Mista: Diferença de horas X Diferença de taxa
No enunciado esta questão, pede-se que seja apontada a alternativa INCORRETA. Vê-
se, assim, que as demais são corretamente identificadas em seus cálculos. Portanto,
ainda que os cálculos e resultados estejam corretos, não será esta questão a ser
apontada como a resposta efetiva da questão proposta.
A seguir, a explanação sobre as características próprias de cada alternativa...
POR QUE A ALTERNATIVA “A” É INCORRETA?
A não indicação desta alternativa como sendo a resposta da questão, está em que a
variação ali indicada (R$ favorável de R$ 4,00 por unidade) está correta, ou seja:
Padrão: R$ 60,00 por hora
Real: R$ 58,00 por hora
Variação por hora: R$ 2,00 Favorável (real é menor que o padrão)
Aplicando a fórmula, ter-se-á: (diferença de taxa: R$ 2,00) X (horas padrão: 2 horas) =
R$ 4,00 Favorável.
Portanto, o cálculo está correto, o que demonstra não ser esta a alternativa a ser
apontada na questão, nos termos do enunciado.
POR QUE A ALTERNATIVA “B” É INCORRETA?
Semelhantemente à alternativa “A”, a conclusão é de que (realmente) a variação de
volume é desfavorável em R$ 6,00 por unidade, assim demonstrado:
Padrão: 2 horas
Real: 2,1 horas
Variação: 0,1 horas (desfavorável, porque o real é maior que o padrão).
Destarte, R$ 60,00 por hora X 0,1 hora = R$ 6,00 Desfavorável
POR QUE A ALTERNATIVA “C” É INCORRETA?
Quanto à esta alternativa (variação mista favorável de $ 0,20 por unidade), tem-se que:
Variação unitária total = R$ 1,80 desfavorável (vide esclarecimento na análise acima).
Variação de preço por unidade = R$ 4,00 favorável.
Variação de volume por unidade = R$ 6,00 desfavorável
Variação entre o preço e o volume = R$ 2,00 desfavorável
Considerando que a variação total é de R$ 1,80 favorável, por lógica matemática a
variação mista será de R$ 0,20 favorável, uma vez que deve-se chegar sempre ao total
e, para isto, subtrair da relação entre preço e volume (R$ 2,00 desfavorável) o valor que
será necessário, ou seja: R$ 2,00 – R$ 1,80 = R$ 0,20
COMPROVANDO A ALTERNATIVA “D” COMO CORRETA
Em relação à alternativa “D”, o valor da variação está correto (R$ 1,80). Entretanto, a
“natureza da variação” (se favorável ou desfavorável) está incorretamente apontada (ali
constou-se variação favorável). Conforme demonstrado em todas as abordagens acima
(análise e alternativas anteriores), a variação é DESFAVORÁVEL (real maior que o
padrão), e não FAVORÁVEL como se mencionou nesta alternativa.
Questão 02
Uma Sociedade Empresária apresentou as seguintes projeções de custos para o ano de
2016:
Preço de venda: R$ 40,00 por unidade
Custos variáveis: R$ 32,00 por unidade
Custos fixos totais: R$ 80.000,00 por ano
Depreciação: R$ 6.400,00 por ano, já incluída nos custos fixos totais.
Em 31/12/2015, o Patrimônio Líquido da empresa era de R$ 160.000,00, e a
administração da empresa determinou que o lucro do ano de 2016 deverá ser
equivalente a 7% do Patrimônio Líquido de 2013.
Com base nos dados acima, assinale a opção CORRETA
a) O Ponto de Equilíbrio Contábil da empresa, em 2016 é de 10.800 unidades, e o Ponto
de Equilíbrio Econômico, em 2014 é de 10.000 unidades
b) O Ponto de Equilíbrio Contábil da empresa, em 2016 é de 9.200 unidades, e o Ponto
de Equilíbrio Econômico, em 2014 é de 10.800 unidades
c) O Ponto de Equilíbrio Econômico da empresa, em 2016 é de 11.400 unidades, e o
Ponto de Equilíbrio Financeiro, em 2014 é de 9.200 unidades
d) O Ponto de Equilíbrio Financeiro da empresa, em 2016 é de 10.000 unidades, e o
Ponto de Equilíbrio Contábil, em 2014 é de 11.400 unidades
GABARITO CFC: ALTERNATIVA C
ANÁLISE PRELIMINAR GERAL DO ENUNCIADO
As fórmulas dos Pontos de Equilíbrio mencionados no enunciado (inclusive nas
alternativas), têm as seguintes fórmulas:
PEC (Contábil): Custos Fixos Totais / Margem de Contribuição Unitária (Mcu)
PEE (Econômico): Custos Fixos Totais + Retorno sobre o PL (LAIR) / Mcu
PEF (Financeiro): Custos Fixos Totais – Depreciações – Receita Equivalência
Patrimonial + Dívidas de Curto Prazo (Passivo Circulante) / Mcu
Ademais, sabe-se que a MCu é assim obtida: Vendas – Custos + Despesas Variáveis.
Isto posto, como o enunciado requer a alternativa correta, é necessário que se calcule os
três Pontos de Equilíbrio e, primeiramente, calcular a Mcu, sem cujo valor não se
consegue identificar nenhum Ponto de Equilíbrio.
Mcu: R$ 40,00 – R$ 32,00 = R$ 8,00
PEC: R$ 80.000,00 / R$ 8,00 = 10.000 unidades
PEE: R$ 80.000,00 + R$ 11.200,00 (R$ 160.000,00 X 7%) / R$ 8,00 = 11.400
unidades
PEF: R$ 80.000,00 – R$ 6.400,00 / R$ 8,00 = 9.200 unidades
Observe-se que:
a) Para o cálculo do PEE, não foi cogitado (no enunciado) que o retorno fosse o
valor líquido de IR + CSLL (LAIR), razão pela qual não se “embutiu” no valor
do retorno (R$ 11.200,00) tais tributos;
b) Em relação ao PEF, não havia informação do Passivo Circulante (dívidas de
curto prazo) e, por consequência, não se adicionou aos Custos Fixos Totais,
nenhum valor desta natureza;
c) Ainda em relação ao PEF, subtraiu-se o valor da depreciação, haja vista que tal
rubrica (conta contábil) não representa uma despesa (ou custo) financeira.
POR QUE A ALTERNATIVA “A” É INCORRETA?
Mediante os valores identificados na análise acima, conclui-se facilmente que o PEC é
de 10.000 unidades e que o PEE é de 11.400 unidades. Nesta alternativa, ambas
quantidades estão incorretas.
POR QUE A ALTERNATIVA “B” É INCORRETA?
Em relação à alternativa “B”, as quantidades do PEC e do PEE também estáo
incorretamente mencionadas, conforme a abordagem da análise acima.
POR QUE A ALTERNATIVA “D” É INCORRETA?
Quanto à esta alternativa, a incorreção se verifica na quantidade informada do PEF e do
PEC
COMPROVANDO A ALTERNATIVA “C” COMO CORRETA
Verificando-se as quantidades calculadas na análise acima, constata-se que esta
alternativa é a resposta da questão (CORRETA), uma vez que as quantidades ali
dispostas (PEE de 11.400 unidades e PEF de 9.200 unidades), fundamentadas na
análise preliminar, onde e quando se demonstrou os resultados de todos os Pontos de
Equilíbrios solicitados no enunciado da questão em apreço.
Questão 03
Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes dados, extraídos da Demonstração
do Resultado e do Balanço Patrimonial dos anos de 2015 e 2016:
Balanço Patrimonial 31.12.2016 31.12.2015
Estoque R$ 800.000,00 R$ 900.000,00
Demonstração do Resultado 31.12.2016 31.12.2015
Custo das Mercadorias Vendidas R$ 12.750.000,00 R$ 10.220.000,00
Para calcular os indicadores contábeis, a empresa considera que o mês tem 30 dias e
utiliza o estoque médio.
O Giro e o Prazo Médio de Rotação do Estoque relativos a 2016 são,
respectivamente:
a) 13 vezes e 28 dias
b) 14 vezes e 25 dias
c) 15 vezes e 24 dias
d) 15 vezes e 23 dias
GABARITO CFC: ALTERNATIVA C
ANÁLISE PRELIMINAR GERAL DO ENUNCIADO
Preliminarmente, observe a “mensuração” do tempo no enunciado: adota-se o mês
como 30 dias e, por consequência o ano como 360 dias. Tais concepções são essenciais
para o desenvolvimento dos cálculos pertinentes ao requerido.
A necessidade mais evidente para a resolver a questão, é conhecer as fórmulas relativas
a “Giro do Estoque” (GE) e “Prazo Médio de Rotação dos Estoques” (PMRE)
Primeiramente, tem-se que identificar o “Estoque Médio” (EM), uma vez que tal valor
faz parte da fórmula do “Giro do Estoque”.
Portanto, para se calcular o “Estoque Médio”, basta somar o estoque inicial com o
estoque final e dividir por 2 (dois períodos)
Para os valores deste enunciado, o EM é de R$ 850.000,00 (R$ 800.000,00 + R$
900.000,00 / 2).
A fórmula do GE é a seguinte: CMV / EM. Com os valores do enunciado, o GE é de 15
dias, assim obtido: R$ 12.750.000,00 / R$ 850.000,00. Isto significa dizer que, durante
o período compreendido no enunciado (12 meses), o estoque foi renovado 15 vezes. A
“renovação” do estoque equivale ao fato de se comprar, vender... comprar, vender...
Quanto ao PMRE, a fórmula aplicável ao enunciado é: 360 (período) X R$ 850.000,00
(EM) / R$ 12.750.000,00 (CMV).
Resumindo... com os valores:
360 X R$ 850.000,00 = R$ 306.000.000,00
R$ 306.000.000,00 / R$ 12.750.000,00 = 24 (dias)
POR QUE A ALTERNATIVA “A” É INCORRETA?
As respostas desta alternativa não encontram respaldo em nenhum formato de cálculo.
Seja considerando o ano como 365 e/ou 360 dias, bem como adulterando a fórmula em
qualquer de seus componentes.
POR QUE A ALTERNATIVA “B” É INCORRETA?
Semelhantemente à alternativa “A”, também aqui as respostas não se apresentam
consistentes, pois a interpretação do enunciado citada na análise preliminar acima, em
sua objetividade, descartar qualquer possibilidade de cometimento do erro apontado
nesta alternativa.
POR QUE A ALTERNATIVA “D” É INCORRETA?
Esta alternativa não é correta pelo fato de que o PMRE não é de 23 dias. Sim, 24 dias,
conforme análise já referida. Quanto ao GE de 15 vezes, a resposta encontra respaldo
na fórmula aplicada.
COMPROVANDO A ALTERNATIVA “C” COMO CORRETA
Como já mencionado na análise preliminar, percebe-se que o GE é de 15 dias e que o
PMRE é de 24 dias. Os cálculos confirmam tais assertivas:
GE (CMV / EM): R$ 12.750.000,00 / R$ 850.000,00 = 15 (vezes)
PMRE: (Período X EM / CMV): R$ 306.000.000,00 (360 X R$ 850.000,00) / R$
12.750.000,00 = 24 (dias)
Questão 04
Uma Sociedade Empresária está analisando a venda de seu produto, lançado
recentemente, a R$ 5,00 por unidade. Os custos e despesas variáveis desse produto
totalizam R$ 4,00 por unidade, e suas despesas fixas são de R$ 220.000,00 por ano.
O Ativo da empresa, em 31 de dezembro de 2013, era de R$ 600.000,00, e espera-se
obter um retorno sobre o ativo total que seja superior em 5% à média do retorno do
mercado, que é de 18% ao ano.
Sabendo-se que a margem de contribuição unitária é de R$ 1,00 e, ainda,
desconsiderando-se a incidência de impostos sobre o lucro, a quantidade de
unidades a serem vendidas para se obter o retorno desejado é de:
a) 220.000 unidades
b) 250.000 unidades
c) 328.000 unidades
d) 358.000 unidades
GABARITO CFC: ALTERNATIVA D
ANÁLISE PRELIMINAR GERAL DO ENUNCIADO
Inicialmente, deve-se entender que a margem de contribuição unitária (Mcu) de R$ 1,00
apontada no enunciado, foi obtida mediante sua própria fórmula: R$ 5,00 – R$ 4,00. Ou
seja: valor de venda – custos variáveis (aqui não se cogitou de despesas variáveis).
Ademais, sabe-se também que o retorno desejado NÃO É DE 5% sobre o ativo. Sim, de
23%. Ou seja: 5% + 18% (que é o retorno médio do mercado)
Dessa maneira, a quantidade a ser produzida e vendida para cobrir os custos fixos + o
retorno desejado, refere-se ao Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE), como já visto em
questão anterior.
Quanto aos dados do enunciado, temos que:
1) O Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) é de 10.000 unidades, assim obtido: R$
220.000,00 / R$ 1,00;
2) O valor do retorno pretendido (23% sobre o ativo) é de R$ 138.000,00 (R$
600.000,00 X 23%);
3) O PEE é de 358.000 unidades, assim identificado: R$ 358.000,00 (R$ 220.000,00 +
R$ 138.000,00) / R$ 1,00.
POR QUE A ALTERNATIVA “A” É INCORRETA?
O erro cometido nesta alternativa está configurada pelo fato de não ter sido considerado
o retorno pretendido. Ou seja, calculou-se a quantidade que corresponde ao Ponto de
Equilíbrio Contábil ) PEC, que é exatamente de 220.000 unidades. Daí, não se poder
considerar esta alternativa como correta para o enunciado.
POR QUE A ALTERNATIVA “B” É INCORRETA?
A quantidade de 250.000 unidades apontada nesta alternativa foi obtida (erroneamente)
considerando-se os custos fixos totais (R$ 220.000,00) somados ao retorno de R$
30.000,00 (5% do ativo, que é de R$ 600.000,00). Portanto, o erro está na concepção do
retorno pretendido, que é de 23% sobre o ativo.
POR QUE A ALTERNATIVA “C” É INCORRETA?
Nesta alternativa, o erro é o inverso do cometido na alternativa “B”. Aqui, considerou-
se como retorno o percentual de 18% (retorno médio do mercado). Assim, o cálculo
(para esta alternativa) foi de 328.000 unidades, obtido mediante a aplicação de 18%
sobre o ativo (R$ 108.000,00), somados aos custos fixos totais (R$ 220.000,00) e
dividido pela Mcu (R$ 1,00).
COMPROVANDO A ALTERNATIVA “D” COMO CORRETA
A alternativa “D” é a resposta da questão (CORRETA), haja vista que assim se procedeu
para o cálculo do PEE:
R$ 220.000,00 + R$ 138.000,00 (retorno sobre o ativo de R$ 600.000,00) / R$ 1,00
(Mcu) = 358.000 unidades
Questão 05
De acordo com a NBC TG 03(R1) – Demonstração dos Fluxos de Caixa, assinale a
opção que apresenta apenas exemplos de itens de Fluxo de Caixa das Atividades de
Investimentos.
a) Pagamentos em caixa decorrentes de contratos mantidos para negociação imediata e
os pagamentos de caixa para resgatar ações da própria entidade.
b) Pagamentos em caixa para aquisição de ativo intangível e os pagamentos em caixa a
empregados pelos serviços prestados.
c) Recebimentos de caixa decorrentes da venda de ativo imobilizado e os pagamentos
por aquisição de instrumentos patrimoniais de coligada.
d) Recebimentos de caixa decorrentes da emissão de debêntures e os pagamentos em
caixa decorrentes de arrendamento mercantil financeiro.
GABARITO CFC: ALTERNATIVA C
ANÁLISE PRELIMINAR GERAL DO ENUNCIADO
A NBC TG 03 é a norma que regula a formulação da Demonstração do Fluxo de Caixa
(DFC), figurando em seu item 16, cuja transcrição plena se faz na presente análise:
16. A divulgação em separado dos fluxos de caixa advindos das atividades de investimento é importante em função de tais fluxos de caixa representarem a extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela entidade com a finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no futuro. Somente desembolsos que resultam em ativo reconhecido nas demonstrações contábeis são passíveis de classificação como atividades de investimento. Exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de investimento são:
(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo. Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos imobilizados de construção própria;
(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo;
(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou aqueles mantidos para negociação imediata ou futura);
(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles recebimentos referentes aos títulos considerados como equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata ou futura);
(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles
adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira);
(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira);
(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento; e
(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades de financiamento.
Quando um contrato for contabilizado como proteção (hedge) de posição identificável, os fluxos de caixa do contrato devem ser classificados do mesmo modo como foram classificados os fluxos de caixa da posição que estiver sendo protegida.
Com base nas premissas estabelecidas na norma em apreço, apontar as razões pelas
quais certas alternativas são incorretas (assim como a alternativa correta), como segue
abaixo.
POR QUE A ALTERNATIVA “A” É INCORRETA?
A primeira incorreção é apontada, inicialmente, pelo fato de que pagamentos
decorrentes de contratos mantidos para negociação imediata, não são classificados
como pagamento de atividades de investimento. Seriam, se tais contrato fosse a termo.
Não negociação imediada.
A segunda incorreção apontada diz respeito ao pagamento para resgate de ações da
própria entidade (ações em tesouraria). Tal pagamento refere-se à atividade de
financiamento, uma vez que o capital social (em qualquer natureza jurídica
empresarial) é um financiamento das atividades da empresa.
POR QUE A ALTERNATIVA “B” É INCORRETA?
Nesta alternativa, o pagamento para aquisição de ativo intangível, pertence à atividade
de investimento. Portanto, esta abordagem (exclusivamente esta) é correta.
Entretanto, o erro está em registrar como atividade de investimento os pagamentos a
empregados. Tal pagamento faz parte da atividade operacional. Por isso, a incorreção.
POR QUE A ALTERNATIVA “D” É INCORRETA?
Já nesta alternativa, o recebimento oriundo de emissão de debêntures, faz parte da
atividade de financiamento, uma vez que o objetivo é exatamente financiar aa empresa,
por meio de captação de recursos externos.
Quanto aos pagamentos decorrentes de arrendamento mercantil financeiro, a atividade
correlata é a de financiamento, pelas razões contidas no parágrafo adiante, que trata da
classificação de arrendamento mercantil financeiro:
Será classificado como FINANCEIRO o arrendamento mercantil que, segundo a NBC
TG 06 (R1) o contrato (de arrendamento) dispuser sobre a transferência substancial de
todos os riscos e beneficios relacionados com o ativo, objeto de tal contrato.
Assim considerado, tal contrato deverá, para fins de contabilização, ser tratado como
um financiamento do ativo constante no mesmo.
Por consequência, os registros contábeis obedecerão as regras próprias estabelecidas
para financiamento, aplicável também à elaboração da DFC (Demonstração do Fluxo
de Caixa)
COMPROVANDO A ALTERNATIVA “C” COMO CORRETA
A alternativa “C” haverá de ser considerada como a resposta correta da questão, pois
os recebimentos de caixa decorrentes da venda de ativo imobilizado, é caixa gerado
pela atividade de investimento.
Já os pagamentos por aquisição de instrumentos patrimoniais de coligada, são
registrados na DFC como caixa consumido pela atividade de investimento.
Mediante tais abordagens, as duas informações contidas nesta alternativa,
correspondem à atividade de investimento, razões pelas quais esta é a alternativa
correta, nos termos do enunciado.
Questão 06
Uma sociedade empresária apresentava a seguinte evolução dos Índices de
Liquidez, Endividamento e Imobilização para os anos de 2011 a 2013:
2011 2012 2013
Liquidez Geral 1,25 0,90 0,82
Liquidez Corrente 1,25 1,50 1,75
Endividamento 50% 89% 110%
Imobilização 0,88 1,09 1,20
Com base nos índices informados, é INCORRETO afirmar que ao longo do
período de 2011 a 2013 ocorreu uma:
a) melhora no índice de Imobilização.
b) melhora no índice de Liquidez Corrente.
c) piora no índice de Endividamento.
d) piora no índice de Liquidez Geral.
GABARITO CFC: ALTERNATIVA A
ANÁLISE PRELIMINAR GERAL DO ENUNCIADO
A resposta correta da questão está embasada na alternativa que se apresentar
INCORRETA, mediante os significados de cada uma delas, com base nos valores
dispostos.
Considerando as análises propostas, é válido inserir nesta análise a significação
elementar daquelas análises, em sua interpretação, ou seja, o significado de cada uma
delas.
A liquidez Geral tem como propriedade a de indicar a capacidade de pagamento antes
as dívidas de curto e longo prazos. Mediante tal natureza, pode-se afirmar que, no
enunciado, este índice revela uma piora nesta capacidade (de pagamento). Assim, os
dados indicam corretamente este fato.
Quanto à Liquidez Corrente, o índice significa a capacidade de pagamento das
dívidas de curto prazo, considerando (para este fato) o valor que porventura houver em
estoque. Sem tal consideração, o índice seria o de Liquidez Seca, não solicitado para
análise.
Dessa maneira, a liquidez corrente revela uma melhora acentuada no índice, o que
preceitua ser correto tal entendimento.
O Endividamento deve ser entendido que, quanto menor for a porcentagem inferida de
seus cálculos, melhor será para a empresa. Isto é, quanto menor, melhor. Revela, desta
forma, uma menor dependência de capital de terceiros.
Já o Índice de Imobilização, em sua concepção fundamental, aponta o quanto (em
moeda corrente – real) a empresa tenha aplicado, na relação direta com o Patrimônio
Líquido e/ou na relação direta com o Patrimônio Líquido (Pl) + o Passivo Não
Circulante (PÑC).
Em síntese, diz respeito a quantos reais a empresa tenha imobilizado, para cada R$
1,00 do PL e/ou PÑC. Na questão em análise, não se parametrizou tal relação.
Entretanto, não importa a relação direta estabelecida, pois o fato concreto é que este
índice será melhor, quanto menor ele o for.
POR QUE A ALTERNATIVA “B” É INCORRETA?
Ponderados os comentários acima, esta alternativa está incorreta (para responder a
questão), sendo entretanto correto afirmar que os números apontam uma melhora no
índice de liquidez corrente
POR QUE A ALTERNATIVA “C” É INCORRETA?
Pelos mesmos motivos expostos no comentário da alternativa “B”, o índice de
endividamento revelou uma piora acentuada, por incontestável dependência de capital
de terceiros ter se mostrado crescente nos períodos informados. Por tal consideração,
esta não é a resposta da questão, por ser correta a afirmativa de piora (comprovada) no
índice de endividamento.
POR QUE A ALTERNATIVA “D” É INCORRETA?
Também é correto afirmar que houve piora no índice de liquidez geral, conforme os
valores indicam. Ou seja, a capacidade de pagamento foi reduzida. Porém, reiterando
que o enunciado requer apontar a alternativa INCORRETA, este não é o caso da
alternativa “D”.
COMPROVANDO A ALTERNATIVA “A” COMO CORRETA
A alternativa “A” deve ser apontada como resposta efetiva da questão, haja vista que o
índice de imobilização será melhor, quanto menor este o for. Assim, como no exercicio
proposto este índice demonstrou um aumento nos períodos, significa dizer que NÃO
HOUVE MELHORA. Sim, uma piora constatada.
Resumindo, é INCORRETO afirmar que tenha havido melhora. Por esta razão,
atrelando a interpretação ao requerido pelo enunciado, esta é a alternativa que,
objetivamente, responde a questão.
Questão 07
Uma sociedade empresária apresentou os seguintes dados do Balanço
Patrimonial, em 31.12.2016.
ATIVO R$ 196.000,00
Ativo Circulante R$ 96.800,00
PASSIVO R$
196.000,00
Ativo Não Circulante R$ 99.200,00
Realizável a Longo Prazo R$ 35.000,00
Investimentos R$ 4.300,00
Imobilizado R$ 59.100,00
Intangível R$ 800,00
Passivo Circulante R$ 67.000,00
Passivo Não Circulante R$
82.000,00
Patrimônio Líquido R$ 47.000,00
Considerando os dados do Balanço Patrimonial acima, o valor do Capital
Circulante Líquido – CCL da empresa, em 31.12.2016:
a) corresponde a R$17.200,00 decorrente da diferença entre o Ativo Não Circulante e o
Passivo Não Circulante.
b) corresponde a R$29.800,00 decorrente da diferença entre o Ativo Circulante e o
Passivo Circulante.
c) corresponde a R$47.000,00, pois CCL corresponde aos Recursos Próprios do
Patrimônio Líquido.
d) corresponde a R$96.800,00, pois CCL é disponível no Ativo Circulante.
GABARITO CFC: ALTERNATIVA B
ANÁLISE PRELIMINAR GERAL DO ENUNCIADO
O enunciado requer que se aponte o valor do Capital Circulante Líquido (CCL), cuja
fórmula é a seguinte: CCL = Ativo Circulante (AC) – Passivo Circulante (PC).
A partir deste conceito (correto), há maior clareza para analisar cada alternativa,
apontando as razões para que sejam indicadas como “incorretas” e, ao final, a
alternativa “correta”.
POR QUE A ALTERNATIVA “A” É INCORRETA?
O valor apontado nesta alternativa (R$ 17.200,00) como sendo o CCL, não é correto,
pois a comparação foi feita subtraindo do Ativo Não Circulante (AÑC), o Passivo
Não Circulante (PÑC), assim demonstrado: R$ 99.200,00 – R$ 82.000,00 = R$
17.200,00
POR QUE A ALTERNATIVA “C” É INCORRETA?
Na alternativa “C” o valor de R$ 47.000,00 também não corresponde ao CCL, haja
vista que tal valor foi obtido incorretamente, por meio da subtração entre o Ativo
total e o Passivo Circulante + o Passivo Não Circulante, que corresponde ao
Patrimônio Líquido.
Destarte, os valores utilizados foram: R$ 196.000,00 – R$ 149.000,00 (R$ 67.000,00
+ R$ 82.000,00) = R$ 47.000,00
Portanto, incorreta a alternativa pelas razões acima evidenciadas em sua essência e
forma.
POR QUE A ALTERNATIVA “D” É INCORRETA?
Nesta alternativa, considerou-se como CCL o exato valor do Ativo Circulante, o que
não é correto. Este é o denominado “capital de giro”, ou também como “capital
circulante”. Como o enunciado requer que se aponte o “capital circulante líquido”,
não procede afirmar que R$ 96.800,00 seja o CCL. Por esta razão, incorreta a
alternativa “D”.
COMPROVANDO A ALTERNATIVA “B” COMO CORRETA
A comprovação da assertividade da alternativa “B” se faz com base nos conceitos até
aqui delineados em comentários e exemplificações (acima) e, nesse sentido, o CCL é
de R$ 29.800,00 obtido por meio da fórmula correta: R$ 96.800,00 (AC) – R$
67.000,00 (PC).
Questão 08
Uma sociedade empresária foi constituída em novembro de 2016. Após a constituição,
foram realizadas as seguintes transações no referido ano:
Transações Valores
Integralização de capital pelos acionistas da empresa em dinheiro R$ 500.000,00
Valor bruto da aquisição de mercadorias, sendo 50% à vista e
50% a serem pagos em 2017
R$ 80.000,00
ICMS a recuperar sobre aquisição de mercadorias R$ 9.600,00
Aquisição, à vista, de um item do Ativo Imobilizado R$ 50.000,00
Venda à vista de todas as mercadorias adquiridas no período R$ 150.000,00
Tributos incidentes sobre a venda a serem pagos em 2017 R$ 15.000,00
Considerando que estas foram as únicas transações realizadas no ano de 2016 e
desconsiderando a incidência de tributos sobre o Lucro, é CORRETO afirmar que
na Demonstração dos Fluxos de Caixa do ano de 2016:
a) As Atividades Operacionais geraram caixa no valor de R$110.000,00; as Atividades
de Investimento consumiram caixa no valor de R$50.000,00; e as Atividades de
Financiamento geraram caixa no valor de R$500.000,00.
b) As Atividades Operacionais geraram caixa no valor de R$110.000,00; as Atividades
de Investimento geraram caixa no valor de R$450.000,00; e as Atividades de
Financiamento não consumiram nem geraram caixa.
c) As Atividades Operacionais geraram caixa no valor de R$60.000,00; as Atividades de
Investimento não consumiram nem geraram caixa; e as Atividades de Financiamento
geraram caixa no valor de R$500.000,00.
d) As Atividades Operacionais geraram caixa no valor de R$60.000,00; as Atividades
de Investimento consumiram caixa no valor de R$500.000,00; e as Atividades de
Financiamento não consumiram nem geraram caixa.
GABARITO CFC: ALTERNATIVA A
ANÁLISE PRELIMINAR GERAL DO ENUNCIADO
Para um imediato entendimento, é necessário reafirmar que a DFC trata
exclusivamente da variação do caixa (e equivalentes de caixa). Assim, não é incorreto
afirmar que aborda os valores que, efetivamente, aumentaram e/ou reduziram tal
valor. Esta é a “essência matemática” da DFC.
Portanto, as análises individualizadas das alternativas são potencialmente suficientes
para a plena consecução da questão proposta.
Por último, atente-se para o fato de que o enunciado requer apontar a alternativa
CORRETA.
POR QUE A ALTERNATIVA “B” É INCORRETA?
Quanto à geração de caixa pelas atividades operacionais, no montante de R$
110.000,00 isso pode ser afirmado, pois houve uma venda à vista de R$ 150.000,00 e
pagamento de R$ 40.000,00 (50%) da aquisição de mercadorias para revenda.
A incorreção desta alternativa reside em dois fatos, quais sejam:
a) De que não houve geração de caixa pela atividade de investimento. Na
verdade, houve um caixa consumido à razão de R$ 50.000,00 face à aquisição
informada no enunciado;
b) De que as atividades de financiamento realmente não consumiram caixa, mas
geraram caixa, mediante a integralização de capital pelos acionistas.
Daí, harmonizando a análise desta alternativa, sabe-se que ela é incorreta.
POR QUE A ALTERNATIVA “C” É INCORRETA?
Esta alternativa afirma que as atividades operacionais geraram caixa de R$
60.000,00, o que foi obtido (erroneamente) por meio do seguinte cálculo: R$
150.000,00 (venda) – R$ 40.000,00 (50% da aquisição) – R$ 50.000,00 (aquisição
imobilizado). Não procede, portanto, que a geração de caixa pela atividade
operacional tenha sido deste valor (R$ 60.000,00).
As atividades de investimentos, ao contrário do afirmado na alternativa, consumiram
caixa à razão de R$ 50.000,00 em função da aquisição de imobilizado. Improcede
também afirmar que esta atividade não tenha gerado ou consumido caixa.
Quanto às atividades de financiamento, é correto afirmar que houve geração de caixa
à ordem de R$ 500.000,00 face à integralização de capital pelos acionistas.
Assim, como as duas primeiras afirmativas são incorretas, não é possível afirmar que
esta seja a resposta do enunciado, face o que acima se apontou.
POR QUE A ALTERNATIVA “D” É INCORRETA?
Pelas análises e comprovações exaradas nas alternativas acima, também é imediato
concluir que esta alternativa é incorreta pois, em suma, além de outras incorreções, as
atividades de financiamento não consumiram caixa, mas geraram caixa, como já
provado.
COMPROVANDO A ALTERNATIVA “A” COMO CORRETA
Corroborando esta alternativa como resposta correta, pode-se afirmar que:
1) As atividades operacionais geraram caixa de R$ 110.000,00 (R$ 150.000,00 –
R$ 40.000,00);
2) As atividades de investimento consumiram caixa à razão de R$ 50.000,00
pela aquisição de imobilizado;
3) As atividades de financiamento geraram caixa à ordem de R$ 500.000,00 pela
integralização (em dinheiro) de capital pelos acionistas.
Em síntese, esta é a comprovação de assertividade da alternativa “A”.
Questão 09
A fórmula que calcula o índice de liquidez Geral é:
a) Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
b) Ativo Circulante
Passivo Circulante
c) Ativo Circulante – Estoques
Passivo Circulante
d) Disponibilidades
Passivo Circulante
GABARITO CFC: ALTERNATIVA A
ANÁLISE PRELIMINAR GERAL DO ENUNCIADO
Preliminarmente, ratificar que o requerido pelo enunciado é a identificação da
fórmula que calcula o Índice de Liquidez Geral.
Esta é uma questão para revisitar os conceitos e fórmulas das análises dos índices de
liquidez. Mediante isto, é relevante dispor sobre a essência e forma de cada item de
análise, como segue:
a) Liquidez Imediata: indica quanto a empresa possui em caixa e outros disponíveis, para cada REAL de passivo de curto prazo (circulante). A fórmula para o cálculo é:
Disponibilidades (Caixa + Bancos + Aplic. de Curtíssimo Prazo)
Passivo Circulante
Para efeito de análise, é um índice sem muito realce, pois relacionamos dinheiro disponível com valores que vencerão em datas as mais variadas, dentro do curto prazo (na linguagem contábil).
b) Liquidez Corrente: indica quanto a empresa possui em dinheiro mais bens e
direitos realizáveis no curto prazo, comparado com suas dívidas a serem pagas
também no mesmo período (curto prazo). Cabe ressaltar que, considerando os
estoques avaliados a custo históricos, o resultado desse índice tenderá a ser
“pessimista”, o que não se daria se tais estoques estivessem mensurados em valores
atualizados. A fórmula para identificação do ILC (Índice de Liquidez Corrente) é a
seguinte:
Ativo Circulante
Passivo Circulante
c) Liquidez Seca: trata-se de um índice altamente “conservador”, pois desconsidera em seu cálculo os estoques, em função de incertezas genéricas quanto à realização desse ativo (estoques). É largamente utilizado junto aos estabelecimentos de crédito. O estoque é o item mais manipulável do Balanço Patrimonial. Pode tornar-se obsoleto a qualquer momento ou pode perecer por circunstâncias diversas,
alheias à vontade do gestor. Está representado pela seguinte fórmula:
Ativo Circulante – Estoques
Passivo Circulante
d) Liquidez Geral: mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo, considerando tudo o que ela converterá em dinheiro (a curto e longo prazo), relacionando-se com tudo o que já assumiu de dívidas (a curto e longo prazo). A fórmula pra obtenção do índice é:
Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
POR QUE A ALTERNATIVA “B” É INCORRETA?
A incorreção está em que a fórmula aqui disposta é aplicada para calcular o Índice de
Liquidez Corrente.
POR QUE A ALTERNATIVA “C” É INCORRETA?
Quanto à alternativa “C”, o informado refere-se à fórmula do Índice de Liquidez
Seca. Portanto, incorreta.
POR QUE A ALTERNATIVA “D” É INCORRETA?
Já esta alternativa refere-se ao Índice de Liquidez Imediata. Por isso, não corresponde
ao requerido no enunciado.
COMPROVANDO A ALTERNATIVA “A” COMO CORRETA
Somente esta alternativa aponta a fórmula correta para o requerido no enunciado
(Índice de Liquidez Geral). Portanto, esta é a resposta da questão.