CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
DAVID DE MELO CHAVES LUIZ FELIPE GOUVEIA ARAGÃO
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O MÉTODO CONSTRUTIVO FRAMING E O CONVENCIONAL
MACEIÓ-AL 2019/2
DAVID DE MELO CHAVES LUIZ FELIPE GOUVEIA ARAGÃO
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O MÉTODO CONSTRUTIVO FRAMING E O CONVENCIONAL
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário CESMAC, sob a orientação do Me. Daniel Almeida Tenório, e co-orientação da Fernanda Lins Calheiros.
MACEIÓ-AL 2019/2
C512a Chaves, David de Melo Análise comparativa entre o método construtivo framing e o
convencional / David de Melo Chaves, Luiz Felipe Gouveia – Maceió: 2019.
44 f.: il.
TCC (Graduação em Engenharia Civil) – Centro Universitário CESMAC, Maceió – AL, 2019.
Orientador: Daniel Almeida Tenório Coorientadora: Fernanda Lins Calheiros
1. Steel frame. 2. Wood frame. 3. Concreto armado.I. Tenório, Daniel Almeida. II. Calheiros, Fernanda Lins. III. Título.
CDU: 624.012.45
REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO
Bibliotecário: Evandro Santos Cavalcante – CRB/4 - 1700
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Senhor Jesus Cristo, nosso salvador, que nos guiou em todas as etapas deste trabalho. Toda honra e glória seja dada ao Senhor. À nossa família, que nunca deixou de nos apoiar, mesmo em momentos difíceis. Ao nosso orientador, Daniel Almeida, pela confiança em nós e por nos impulsionar adiante, sendo de fundamental importância no desenvolvimento do trabalho. À nossa professora Anne Dayse, que deu o suporte necessário para prosseguir o trabalho adiante. À nossa coorientadora, Fernanda Lins, que teve uma participação especial e contribuição indispensável.
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Condomínio Residencial Haragano construído em Wood Frame................8 Figura 2: Método construtivo Framing (Steel Frame)................................................10 Figura 3: Elementos estruturais do concreto armado................................................15 Figura 4: Residência unifamiliar construída em Steel Frame....................................18 Figura 5: Perspectiva do Wood Frame......................................................................21
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 8 1.1 Considerações iniciais ...................................................................................................... 8 1.2 Objetivos ............................................................................................................................... 11 1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................................... 11 1.2.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................... 12 2.1 Histórico da construção civil no Brasil.................................................................... 12 2.2 Método de construção racional x método de construção artesanal ........... 14 2.3 Método convencional ...................................................................................................... 14 2.4 Sistema leve tipo Light Steel Framing ..................................................................... 17 2.5 Sistema leve tipo Light Wood Framing .................................................................... 20 3 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 23 3.1 Coleta de dados ................................................................................................................. 23 3.2 Critérios de inclusão ........................................................................................................ 23 4 RESULTADOS E DISCURSSÃO ...................................................................................... 24 4.1 Comportamento térmico ................................................................................................ 24 4.1.1 Concreto armado ............................................................................................................. 24 4.1.2 Steel Frame ....................................................................................................................... 25 4.1.3 Wood Frame ...................................................................................................................... 26 4.2 Comportamento acústico .............................................................................................. 26 4.2.1 Concreto armado ............................................................................................................. 26 4.2.2 Wood Frame ...................................................................................................................... 27 4.2.3 Steel Frame ....................................................................................................................... 28 4.3 Características estruturais ............................................................................................ 29 4.3.1 Concreto armado ............................................................................................................. 29 4.3.2 Wood Frame ...................................................................................................................... 30 4.3.3 Steel Frame ....................................................................................................................... 31 4.4 Aspecto arquitetônico ..................................................................................................... 32 4.4.1 Concreto armado ............................................................................................................. 32 4.4.2 Wood Frame ...................................................................................................................... 33 4.4.3 Steel Frame ....................................................................................................................... 34 4.5 Vida útil .................................................................................................................................. 35 4.5.1 Concreto Armado ............................................................................................................. 35 4.5.2 Wood Frame ...................................................................................................................... 36 4.5.3 Steel Frame ....................................................................................................................... 36 4.6 Tipos de fundações .......................................................................................................... 37 4.6.1 Concreto armado ............................................................................................................. 37 4.6.2 Wood Frame ...................................................................................................................... 37 4.6.3 Steel Frame ....................................................................................................................... 38 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 39
5.1 Concreto armado ............................................................................................................... 39 5.2 Wood Frame ........................................................................................................................ 40 5.3 Steel Frame .......................................................................................................................... 41 REFERÊNCIAS................................................................................................................................ 42
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O MÉTODO CONSTRUTIVO FRAMING E O CONVENCIONAL
COMPARATIVE ANALYSIS BETWEEN FRAMING AND CONVENTIONAL CONSTRUCTIVE METHODS
David de Melo Chaves Graduando do Curso de Engenharia Civil
[email protected] Luiz Felipe Gouveia Aragão
Graduando do Curso de Engenharia Civil [email protected]
Orientador Daniel Tenório Almeida Mestre em Estruturas
[email protected] Coorientadora Fernanda Lins Calheiros
Graduada em Engenharia Civil [email protected]
RESUMO
A percepção de uma grande demanda por habitação, bem como a resistência dos construtores a inovação na construção, criou a necessidade de avaliar novas alternativas construtivas. Este trabalho tem como objetivo estabelecer uma comparação entre o método construtivo Framing (Steel Frame e Wood Frame) e convencional segundo parâmetros de comparação definidos. O objetivo deste trabalho foi desenvolvido a partir da análise do comportamento térmico, acústico, características estruturais, aspecto arquitetônico, vida útil e tipos de fundações. A partir dos resultados encontrados foi possível perceber que cada método construtivo apresenta vantagens ou desvantagens dependendo do critério de julgamento. Deste modo, o construtor pode optar pelo método construtivo mais viável de acordo com a sua necessidade, visando a qualidade do empreendimento. PALAVRAS-CHAVE: Steel Frame. Wood Frame. Concreto Armado.
ABSTRACT
The perception of high demand for housing, as well as the resistance of builders to innovation in construction, created the need to evaluate new construction alternatives. This work aims to establish a comparison between the Framing (Steel Frame and Wood Frame) and conventional construction method according to defined comparison parameters. The objective of this work was developed from the analysis of thermal behavior, acoustic, structural characteristics, architectural aspect, useful life and types of foundations. From the results found it was possible to realize that each constructive method has advantages or disadvantages depending on the judgment criterion. Thus, the builder can choose the most viable construction method according to his needs, aiming at the quality of the project. KEYWORDS: Steel Frame. Wood Frame. Reinforced concrete.
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1 INTRODUÇÃO
1.1 Considerações iniciais
O Brasil, país com grande número de obras de pequeno e médio porte, sempre
teve o desafio de realizar infraestrutura de moradias de maneira racional e eficiente.
Programas políticos de cunho social como o “Minha Casa, Minha Vida", criado
no ano 2009 pela Presidência da República, fizeram com que o fluxo de obras de
pequeno porte fosse ainda maior, devido à proposta de tornar moradia acessível às
famílias de classe baixa.
Fonte: ABDI (2015)
Figura 1: Condomínio Residencial Haragano construído em Wood Frame
Por isso, surgiu a necessidade de realizar obras em processos industrializados
que garantissem uma rapidez na construção. Segundo Guimarães (2014), o fato de
as obras serem de pequeno porte, o lucro do construtor se dá justamente na
quantidade de unidades feitas.
Quando se fala em modernização de processos de produção, o reflexo no
desenvolvimento torna-se uma consequência positiva. Segundo Alves (2015), o
avanço da tecnologia na construção civil como fator de grande importância para a
economia do país, tendo em vista que tal setor é um grande indicador de avanço, não
apenas econômico, mas também social.
Há vários métodos construtivos: estruturas de aço, estruturas de madeira,
métodos Framing e estruturas de concreto armado com fechamento em blocos
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cerâmicos, sendo este último método, segundo Bastos (2014), o método mais
difundido no país. Além disso, Alves (2015) afirma que há uma falta de modernização
no ensino de cursos de engenharia e arquitetura, o que acaba reforçando a tendência
da permanência da chamada “cultura do concreto”.
O concreto, por ter uma boa resistência à compressão, analogamente a uma
pedra, é considerado um bom material de construção. Apesar de o concreto possuir
uma baixa resistência a tração, esta limitação poderia ser sanada com a inserção de
aço, formando assim o chamado “concreto armado” (BASTOS, 2014). Apesar de o
sistema apresentar a grande vantagem de resistir bem às duas principais solicitações
de uma estrutura, o sistema possui desvantagens que podem ser objeto de
comparação com outro método construtivo capaz de atender com celeridade a
demanda do crescimento populacional por residência.
O mercado aponta a tecnologia aplicada como um grande fator para a
racionalização do processo produtivo e industrialização no setor da construção civil,
no qual o aço se torna uma grande opção (FREITAS; CASTRO, 2006). Um bom
exemplo de sistema racionalizado, e que tem como base perfis em aço leve, é o Light
Steel Frame, um sistema considerado seco.
“O princípio do sistema construtivo a seco é utilizar materiais industrializados
prontos para uso, sem a necessidade de utilização de água nos mesmos durante o
processo de construção” (ALVES, 2015).
Ainda de acordo com Freitas e Castro (2006), pode-se fazer uma analogia do
sistema Light Steel Frame com o Drywall, ambos formados por perfis metálicos e
placas de fechamento. No entanto, o Steel Frame tem a capacidade de exercer
funções estruturais, tendo em vista que engloba todos os componentes necessários
em uma obra.
Algumas propriedades dos perfis de aço, tais como sua leveza e precisão de
medidas geométricas, permitem que a obra tenha uma menor possibilidade de
desaprumo (inclinar-se verticalmente), e seja caracterizada por uma facilidade no
transporte de peças (ALVES, 2015). Light Steel Frame é largamente utilizado no
mundo, o que reforça seu desempenho e funcionalidade, tanto estrutural, quanto nos
demais requisitos. No Brasil, chegou na década de 90 e foi inicialmente utilizado na
construção de residências. Hoje, pode-se ver sua aplicabilidade em diversos tipos de
10
construção, tais como escolas, restaurantes, galpões, e até mesmo edifícios. Porém,
sempre limitados a apenas quatro pavimentos (CAMPOS, 2012).
Outro sistema construtivo industrializado, e com características racionais, é o
Wood Frame, similar ao Steel Frame, porém diferença é a utilização da madeira como
base estrutural.
Fonte: Freitas e Castro (2006)
Figura 2: método construtivo Framing (Steel Frame)
Tal sistema surgiu nos Estados Unidos, em meados de 1830, a partir da
percepção de alguns marceneiros de que as paredes em madeira formavam, em
conjunto, um sistema construtivo (ALVES, 2015).
No Brasil, os primeiros indícios de Wood Frame foram em meados do século
XIX. Porém, torna-se difícil afirmar com precisão quando o sistema começou a ser
firmado, tendo em vista que, com o passar do tempo, o uso de madeiras em sistema
análogo ao que hoje se chama de Wood Frame, assumiu diferentes nomes. No
entanto, o sistema Wood Frame brasileiro pode ser definido como a ligação de
montantes e travessas superiores e inferiores, fechados por placas OSB ou
compensadas (ESPÍNDOLA, 2017).
Espíndola (2017) cita, em meio a algumas especificações técnicas de
construção do método Wood Framing, a necessidade de se colocar um solo menos
permeável como primeira camada, bem como realizar a impermeabilização de uma
11
superfície regularizada logo acima da fundação. Isso impedirá patologias relacionadas
a percolação de água.
As construtoras possuem uma notável resistência às inovações tecnológicas e
baixo investimento em modernização. Por isso, deve-se investigar outros métodos
construtivos e analisá-los comparativamente com o sistema convencional. O Steel
Frame e o Wood Frame são objetos de estudo deste trabalho, de forma que avalie a
possibilidade de serem uma alternativa no lugar do método convencional e estimule
os construtores a utilizarem processos industrializados na construção.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Investigar os métodos construtivos Steel Frame e Wood Frame, comparando-
os com estrutura de concreto armado com fechamento em blocos cerâmicos.
1.2.2 Objetivos específicos
• Fazer um levantamento das principais características e particularidades
dos métodos construtivos: Steel Framing, Wood Framing e concreto
armado com fechamento em alvenaria;
• Comparar o método construtivo Framing com o concreto armado, de
acordo com os seguintes aspectos: comportamento térmico,
comportamento acústico, características estruturais, aspecto
arquitetônico, vida útil e tipos de fundações.
12
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Histórico da construção civil no Brasil
Segundo Campos e Lara (2012), com a vinda dos Portugueses para o território
Brasileiro, no século XVI, vieram muitos métodos construtivos que foram implantados
de maneira gradual, na medida em que se fazia o reconhecimento do território, de
modo que, a cada descoberta de riqueza (no que diz respeito a oferta de matéria
prima), uma maneira de construir acabava por “nascer”. As técnicas eram simples e
estratégicas.
As primeiras casas feitas pelos colonizadores quando aqui chegaram eram
todos toscos abrigos cobertos de palha. Tais construções, que nem por extensão
poderiam merecer o nome de obras de engenharia, serviram não só como moradia,
mas também como capelas, armazéns etc. As primeiras obras de defesa, muros e
fortins, eram também muito primitivas, consistindo simplesmente em paliçadas de
troncos de árvores justapostos, de que havia grande abundância na época.
Durante todo o tempo colonial, principalmente nas regiões pioneiras, a maioria
das casas particulares eram feitas artesanalmente, sem nenhum plano formal, às
vezes pelo próprio morador ou seus vizinhos e amigos, situação, aliás, que ainda
prevalece atualmente, entre as populações de baixa renda, tanto nas cidades como
nos campos.
Um grande marco para a história da construção civil no Brasil foi a descoberta
do concreto. Segundo Telles (1994), o concreto armado começou a fazer parte das
construções brasileiras no início do século XX. Entretanto, sua utilização restringia-se
a pontes e viadutos. As primeiras fábricas de cimento no Brasil instalaram-se na
década de 1920 e com o crescimento da urbanização na década de 1930, o concreto
foi largamente utilizado na construção de edificações, tornando-se um método
construtivo hegemônico no nosso País. Na década de 1940, o uso do concreto passou
a ser normatizado pela Associação Brasileira de Normas técnicas – ABNT.
Bastos (2014) aponta o ano de 1901 como chegada do concreto armado no
Brasil. As primeiras evidências foram na cidade do Rio de Janeiro, com a construção
de galerias de água. A partir daí, começaram a surgir, inicialmente na região sudeste,
outros tipos de obras, como prédios (inicialmente baixos) e pontes. Com o passar dos
13
anos, obras mais complexas foram surgindo, como prédios mais altos, pontes com
vãos maiores e lajes de maiores dimensões.
Além do concreto armado, outros materiais (isolados ou em combinações)
acabaram por serem descobertos e servirem de base para construção no Brasil.
Segundo Espíndola (2017), a madeira foi muito utilizada no início da origem do
território brasileiro por indígenas, mesmo antes de os colonizadores chegarem. No
entanto, mesmo tendo um grande potencial florestal, a madeira não teve um avanço
significativo como material de construção civil. Porém, pode-se notar que a madeira,
quando aplicada, é associada a outros materiais em grande parte das vezes. Um
exemplo de associação, e que é considerado um método construtivo, é o Wood frame.
Segundo Pfeil e Pfeil (2003), o emprego da madeira como material de
construção foi feito de forma empírica, ou seja, com base na tentativa e erro. Estudos
teóricos e pesquisas referentes a estruturas de madeiras foram realizados apenas no
século XX. Atualmente a utilização da madeira como material de construção é muito
atuante em alguns países, devido ao conhecimento técnico de sua capacidade
mecânica, a aceitabilidade ecológica e a tecnologia de montagem.
No Brasil, somente no ano de 2009 houve uma mobilização diante da chamada
“Comissão Casa Inteligente”, para que houvesse uma modernização das construções,
sendo este, o ano datado como primeiros indícios do Wood frame no país. O ápice foi
atingido em 2012, com a introdução do mesmo no programa “Minha Casa, Minha Vida”
(ESPÍNDOLA, 2017).
Outro material, de grande destaque, no que diz respeito a métodos
construtivos, é o aço. Quando descoberto, em uma era de grande avanço industrial
(meados dos anos 80), era usado em forma de pré-moldados, o que facilitava muito a
absorção da demanda. Em seguida passou a ser solução para diversos tipos de
problemas complexos da engenharia (PRAIVA; FICANHA, FABEANE, 2013).
Praiva, Ficanha e Fabeane (2013) apontam como recente a chegada do aço no
Brasil, porém, sempre avançando, ainda que de maneira discreta. Vale-se a ressalva
de que o aço pode ser associado a outros materiais, gerando outros sistemas
construtivos. Neste contexto, é importante destacar um método denominado “Steel
frame” que, segundo Freitas e Castro (2006), são constituídos por aço galvanizado a
frio e placas estruturais e não estruturais.
14
De acordo com Campos e Lara (2012), tal sistema é amplamente utilizado em
todas as partes do mundo, apesar de sua chegada tardia no Brasil (em média de uma
década de diferença), porém com ótima aceitação e avanço.
2.2 Método de construção racional x método de construção artesanal
Por sistemas racionais, pode-se entender aqueles com uma linhagem
industrial, enquanto os artesanais são caracterizados por produções
predominantemente manuais.
A construção civil no Brasil é caracterizada como sendo artesanal, marcada por
produtividade relativamente baixa, e um elevado índice de desperdício, no entanto, as
tendências para buscas tecnológicas ao construir já existem, permitindo assim, uma
inserção de industrialização e racionalização do setor (FREITAS; CASTRO, 2006).
O método construtivo convencional (concreto com fechamento em alvenaria
tradicional) tem como vantagem a facilidade de mão de obra, o que acaba sendo um
grande fator social, tendo em vista o reflexo do potencial de empregabilidade
(CAMPOS; LARA, 2012).
Fácil é perceber que toda a capacidade de empregabilidade precisa
acompanhar os avanços no setor em questão. Freitas e Castro (2006) afirmam que,
em cenário mundial, pode-se perceber que a indústria da construção civil procura
sempre uma modernização referente à métodos mais produtivos e econômicos.
Campos e Lara (2012) apontam como grande vantagem de sistemas racionais,
o potencial de construção de novas casas, ou até mesmo bairros que, por exemplo,
possam ser vítimas de catástrofes.
Um tipo de construção racional, por exemplo, é o aço. Praiva, Ficanha e
Fabeane (2013) apontam como algumas vantagens de tal sistema: uma obra mais
rápida, com mais logística no canteiro e menos desperdício. Como desvantagens,
pode-se destacar: um custo mais elevado, com uma necessidade de mão de obra
especializada e limitações de mercado.
2.3 Método convencional
O método construtivo do concreto armado com fechamento em alvenaria
tradicional é o mais difundido na cultura brasileira, por isso é considerado o método
15
construtivo convencional. Segundo Santos (2008), nenhum outro material de
construção é tão consumido no Brasil quanto o cimento, ingrediente principal do
concreto armado e essencial também para os tipos de vedação que o acompanham.
Fonte: Alva (2007)
Figura 3: elementos estruturais do concreto armado
O concreto é um material composto, constituído por cimento, água, agregado
miúdo (areia) e agregado graúdo (pedra ou brita). O concreto pode também conter
adições e aditivos químicos, com a finalidade de melhorar ou modificar suas
propriedades básicas (BASTOS, 2014).
O concreto possui alta resistência à compressão e baixa resistência à tração
(cerca de 10% da sua resistência à tração). Por isso, o concreto necessita se juntar a
outro material que resista as tensões de tração atuantes. Nesse contexto, surge o
concreto armado, sendo a união de concreto e aço em que as barras da armadura
absorvem as tensões de tração e o concreto absorve as tensões de compressão. No
entanto, não basta juntar os dois materiais para originar o concreto armado, precisa-
se garantir a aderência para que ambos os materiais trabalhem em conjunto
(BASTOS, 2014).
De modo geral, na construção de um elemento estrutural em concreto armado,
as armaduras de aço são previamente posicionadas na fôrma (ou molde), em seguida
o concreto fresco é lançado para preencher a fôrma, quando simultaneamente se
realiza o adensamento do concreto, que deve envolver e aderir às armaduras. Após a
16
cura e outros cuidados com o endurecimento do concreto, a fôrma pode ser retirada
e assim origina-se a peça de concreto armado (BASTOS, 2014).
A massa de concreto fresco usualmente contém ar aprisionado. O concreto
endurecido sem a realização do adensamento torna-se fraco, poroso, não uniforme e
pobremente aderente à armadura. O processo de adensamento por vibração consiste
essencialmente em eliminar o ar aprisionado e forçar que as partículas tenham uma
configuração de maior proximidade e a mistura se torne mais densa possível. A
energia aplicada é utilizada para vencer os atritos entre as partículas individuais no
concreto e entre o concreto e a superfície da fôrma ou da armadura. Estes podem ser
denominados, respectivamente, atrito interno e atrito superficial. Além disso, parte da
energia é despendida na vibração da fôrma ou de parcelas do concreto já totalmente
adensado (NEVILLE, 2016).
Depois do processo de adensamento, o próximo passo usualmente concentra-
se na cura do concreto. A cura do concreto é a denominação dada aos procedimentos
adotados para promover a hidratação do cimento e consiste no controle da
temperatura e da entrada e saída de água do concreto. O objetivo da cura é manter o
concreto saturado, ou o mais próximo possível disso, até que os espaços
originalmente preenchidos com água na pasta de cimento fresca tenham sido
preenchidos pela quantidade requerida de produtos de hidratação do cimento. A
prevenção da perda de água do concreto é relevante não somente devido ao efeito
adverso da perda de água no desenvolvimento da resistência, mas também porque
essa perda resulta em retração plástica, aumento da permeabilidade e redução da
resistência à abrasão. O período de cura necessário na prática não pode ser prescrito
de modo simples, mas se a temperatura é superior a 10°C, a ACI 308.R–01 estabelece
um mínimo de 3 dias para cimento Portland de alta resistência inicial (Tipo III ASTM),
um mínimo de 7 dias para cimento Portland comum (Tipo I ASTM) e um mínimo de 14
dias para cimento Portland de baixo calor de hidratação (Tipo IV ASTM) (NEVILLE,
2016).
O concreto é majoritariamente utilizado nas construções brasileiras de forma
que se adaptou as condições culturais do Brasil. Tal predominância está intimamente
ligada ao baixo custo, a baixa exigência de qualificação de obra e a disponibilidade
dos materiais que compõe o concreto. Em países de primeiro mundo, como Estados
Unidos, Japão, Canadá, Inglaterra e Austrália, o concreto não obteve uma
17
predominância na construção civil ao longo dos anos. Antes, o método construtivo
Framing substituiu o concreto nesses países, tornando-se o método construtivo mais
utilizado há mais de 35 anos (SANTOS, 2008).
A larga utilização do concreto nas construções brasileiras não está atrelada às
suas vantagens. O concreto apresenta aspectos negativos, como por exemplo a
inibição de outros sistemas construtivos, desequilíbrio na distribuição do
conhecimento técnico, desqualificação dos trabalhadores, poluição, degradação
ambiental. O consumo de matérias-primas naturais impacta negativamente os
locais de extração, nos percursos de transporte e nos canteiros de obra (SANTOS,
2008).
Devido ao aumento dos vãos entre pilares, deve-se
dimensionar cuidadosamente a vedação da estrutura do concreto. O principal tipo de
vedação que acompanha o concreto armado é a alvenaria tradicional (sem função
estrutural). O Brasil possui uma cultura bastante difundida para uso da alvenaria
tradicional como principal componente de vedação interna e externa das
edificações (NASCIMENTO, 2004).
A alvenaria destina-se a fechar o ambiente de forma a garantir
segurança, habitabilidade e sustentabilidade, além de separar os ambientes
externos e internos. a principal função da alvenaria é de estabelecer a
separação entre ambientes, e principalmente a alvenaria externa que tem a
responsabilidade de separar o ambiente externo do interno e para cumprir esta
função deverá atuar sempre como freio, barreira e filtro seletivo, controlando uma
série de ações e movimentos complexos quase sempre muito heterogêneos
(NASCIMENTO, 2004).
2.4 Sistema leve tipo Light Steel Framing
Os principais componentes do Steel Frame são perfis leves de aço dobrados
a frio, utilizados para formar painéis estruturais e não estruturais. O Light Steel
Frame tem enfoque na substituição de tijolos, madeira e concreto pelo aço. Por
ser um processo industrializado, torna-se uma construção rápida e a seco
(SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
O sistema construtivo Steel Framing é um dos mais utilizados em todo o
mundo. No Brasil, apesar da predominância do concreto, o uso de Steel Frame
tem estado mais presente nas construções. A construção em Steel Frame é
chamada de a seco,
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recebendo este nome por não utilizar água no canteiro de obras, com exceção da
etapa de execução da fundação. Além disso, é considerada uma construção
sustentável, reciclável e de alto desempenho, pois além de não haver gasto de água,
a sujeira produzida é mínima, o que reduz a quantidade de entulhos (SANTIAGO;
FREITAS; CASTRO, 2012).
Fonte: ABDI (2015)
Figura 4: Residência unifamiliar construída em Steel Frame
Steel Frame surgiu como uma evolução do método construtivo Wood Frame,
ambos possuem o mesmo conceito estrutural e se enquadram no sistema construtivo
Framing. A principal diferença entre ambos está no material utilizado, enquanto Steel
Frame utiliza aço galvanizado, Wood Frame utiliza a madeira como principal
componente estrutural (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
Steel Frame é um sistema amplo, capaz de integrar todos os componentes
necessários a construção de uma edificação. O conceito principal do projeto segundo
o sistema Light Steel Frame é dividir a estrutura em uma grande quantidade de
elementos estruturais, de maneira que cada um resista a uma pequena parcela da
força total aplicada. Com este critério, é possível utilizar perfis mais esbeltos e painéis
mais leves e fáceis de manipular. A estrutura em Light Steel Frame é composta de
paredes, pisos e cobertura. Reunidos, eles possibilitam a integridade estrutural da
edificação, resistindo aos esforços que solicitam a estrutura (RODRIGUES; CALDAS,
2016).
As paredes que constituem a estrutura são denominadas de painéis estruturais
ou autoportantes e são compostos por grande quantidade de perfis galvanizados
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muito leves denominados montantes, que são separados entre si de 400 ou 600 mm.
Os painéis têm a função de distribuir uniformemente as cargas e encaminhá-las até o
solo. O fechamento desses painéis pode ser feito por vários materiais, mas,
normalmente, utilizam-se placas cimentícias ou placas de OSB (oriented strand board)
externamente, e chapas de gesso acartonado internamente (SANTIAGO; FREITAS;
CASTRO, 2012).
Os pisos, partindo do mesmo princípio dos painéis, utilizam perfis galvanizados,
dispostos na horizontal e obedecem à mesma modulação dos montantes. Esses perfis
compõem as vigas de piso, servindo de estrutura de apoio aos materiais que formam
a superfície do contrapiso. As vigas de piso estão apoiadas nos montantes de forma
a permitir que suas almas estejam em coincidência com as almas dos montantes,
dando origem ao conceito de estrutura alinhada ou “in-line framing”. Essa disposição
permite garantir que predomine esforços axiais nos elementos da estrutura
(SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
A cobertura fornece várias soluções para os arquitetos. A versatilidade do Light
Steel Frame possibilita ao arquiteto Liberdade de expressão. Quando se trata de
coberturas inclinadas, a solução necessita do uso de tesouras, porém substituindo o
madeiramento por perfis galvanizados. As telhas utilizadas para a cobertura podem
ser cerâmicas, de aço, de cimento reforçado por fios sintéticos ou de concreto.
Também são usadas as telhas “shingles”, que são compostas de material asfáltico
(SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
As instalações elétricas e hidráulicas são feitas com passagens por dentro dos
painéis, sendo um aspecto de facilidade de instalação e manutenção. No que diz
respeito a acabamento, a pintura precisa ser feita sob uma camada de massa, e os
revestimentos que necessitam de argamassa podem ser usados, no entanto é mais
indicado revestimentos a seco, como PVC e vinílico (CAMPOS; LARA, 2012).
Apesar da limitação de altura, o emprego de Light Steel Framing apresenta uma
série de vantagens, tanto em relação à construção convencional quanto em relação à
construção com madeira, tais como: redução no prazo de execução da obra;
componentes estruturais mais leves em aço e com maior resistência à corrosão;
durabilidade; maior precisão na montagem de paredes e pisos; desperdício e perda
de material reduzidos; custo reduzido; material 100% reciclável e incombustível;
(RODRIGUES; CALDAS, 2016).
20
2.5 Sistema leve tipo Light Wood Framing
O sistema construtivo Wood Frame utiliza seções de madeira e placas de
fechamento (OSB, cimentícia ou gesso acartonado) no qual o principal elemento
estrutural é a madeira. Estes perfis de madeira em conjunto com as placas de
fechamento formam painéis estruturais capazes de resistir às cargas verticais
(telhados e pavimentos), perpendiculares (ventos), além de transmitir as cargas até a
fundação (CAMPOS; LARA, 2012).
A madeira mais utilizada nesse tipo de construção é a de pinus do tipo elliottii
e o taeda, são duas das espécies mais plantadas no Brasil, de rápido crescimento e
provenientes de florestas renováveis. Além disso, como o pinus é uma madeira
conífera, possui mais leveza, não apresenta cerne e seu lenho é totalmente permeável
ao tratamento de preservação, o que não ocorre com a maioria das madeiras nativas
brasileiras. O eucalipto também é utilizado, mas em menor escala, devido ao seu
tempo de crescimento ser maior comparado ao pinus. Todas as peças são tratadas
de acordo com a norma NBR 7190 (1997) garantindo a durabilidade por anos e a
estrutura de madeira é oriunda de florestas plantadas e certificadas (VASQUES,
2014).
Como a industrialização é aplicada ao sistema Wood Frame, a produtividade
está atrelada ao sistema da mesma forma que está ao Steel Frame. Outra semelhança
com Steel Frame é a dinâmica de construção a seco, que mantém a obra limpa por
não utilizar água no processo construtivo. Além disso, a produtividade do Wood Frame
pode ser atribuída também à facilidade de manuseio dos elementos estruturais
(frames de madeira) e de fechamento (chapas de OSB ou placas cimentícias, na maior
parte das vezes), que demandam menos esforços dos trabalhadores e, ainda, têm
processo de montagem quase que instintivo (NAKAMURA, 2010).
Na história da construção, a madeira cedeu lugar ao aço e ao concreto devido
a algumas desvantagens da madeira, como ser um material suscetível ao
apodrecimento e ao ataque de organismos xilófagos, requerer vigas muito pesadas,
de grande seção, e demandar considerável habilidade de carpintaria. Entretanto, o
sistema Wood Frame elimina as desvantagens que conduziram a decadência da
madeira. Nesse sistema, são requeridas apenas habilidades elementares para fixar
peças leves de madeira com dimensões padronizadas. Além disso, a madeira
21
facilmente tem sua durabilidade natural prolongada quando previamente tratada com
substâncias preservativas. Para o Wood frame, o tratamento mais recomendado é
feito em autoclave com produtos hidrossolúveis (VASQUES, 2014).
Além do tratamento químico, todas as peças de madeira ficam envoltas por
chapas e membranas, nunca ficando expostas ao tempo. O isolamento térmico e
acústico que é introduzido no interior de todas as paredes de geminação, lajes e
coberturas, fazendo com que a casa fique muito mais confortável térmica e
acusticamente. As chapas OSB são chapas estruturais de altíssima tecnologia que
conferem grande resistência, atendendo aos mesmos padrões de que uma casa de
tijolos deve possuir (VASQUES, 2014).
Fonte: ABDI (2015)
Figura 5: Perspectiva do Wood Frame
As paredes deste método construtivo são compostas por montantes verticais
em madeira, dispostos em consonância com painéis de OSB. As ligações entre os
elementos estruturais no painel são realizadas com a utilização de pregos, sendo que,
estes elementos metálicos de fixação necessariamente, devem ser galvanizados, pois
deverão ter vida longa de serviço (VASQUES, 2014).
Nos pisos das casas em Wood Frame são utilizados decks constituídos por
chapas de OSB (Orinteded Strand Board) apoiadas sobre vigas de madeira
geralmente com seções retangulares ou I (com mesas formadas por madeira maciça
ou LVL (Laminated Venner Lumber) e alma de OSB ou compensado. O deck, ao
receber as cargas, que são perpendiculares ao seu plano, apresenta pequenos
deslocamentos. Sobre o deck de madeira são utilizados revestimentos de carpetes ou
22
pisos projetados com manta intermediária com o objetivo de garantir a isolação
acústica. A chapa de OSB, que compõe o deck, funciona como contrapiso
(VASQUES, 2014).
Para compor telhados e coberturas, as placas OSB são uma excelente opção.
As placas em conjunto com os perfis asseguram a resistência à ação de ventos e
melhoram o conforto térmico e acústico das edificações. Geralmente, sobre as
paredes do último piso da edificação, são posicionadas treliças industrializadas de
madeira com conectores do tipo chapas de dentes estampados. Tipos de telhas como
as shingle, demandam um deck de OSB para servir de base sobre as treliças. Em se
tratando de telhas cerâmicas, são utilizadas diretamente ripas sobre as treliças,
tomando-se o cuidado de se aplicar uma manta de sob cobertura antes do ripamento
para garantir a estanqueidade. Também podem ser utilizadas telhas metálicas, de
fibrocimento e asfálticas (VASQUES, 2014).
As instalações elétricas e hidráulicas são idênticas às de uma construção em
Steel Frame, possui praticidade e agilidade à construção e em eventuais reparos, ao
permitir embutir as instalações nos vãos internos aos montantes (VASQUES, 2014).
Apesar do emprego da madeira no Brasil estar crescendo, a madeira ainda
sofre preconceitos relacionados a divulgação insuficiente das informações
tecnológicas. Ao mesmo tempo, outras ideias errôneas são divulgadas, como a que
associa o uso da madeira à devastação de florestas, fazendo parecer que seu
emprego se constitui numa perigosa ameaça ecológica, quando na verdade o que se
almeja é a aplicação de um manejo de cultura e exploração inteligente, fundamentado
em técnicas há muito tempo dominadas por engenheiros florestais e profissionais de
áreas correlatas, que poderá garantir a perenidade de nossas reservas florestais
(CALIL; LARH; DIAS, 2003).
A madeira como material construtivo possui várias vantagens. Dentre elas, são
comumente citadas o baixo consumo de energia para seu processamento, a alta
resistência específica, as boas características de isolamento térmico e elétrico, além
de ser um material muito fácil de ser trabalhado manualmente ou por máquinas
(ZENID, 2009).
23
3 METODOLOGIA
Este trabalho será realizado a partir de uma revisão bibliográfica, com o intuito
de comparar os aspectos previamente definidos de dois sistemas construtivos:
Framing e concreto armado com alvenaria de fechamento.
3.1 Coleta de dados
Teses, dissertações, revistas científicas, artigos e livros.
3.2 Critérios de inclusão
Conteúdos com informações claras e atualizadas sobre particularidades de
Steel Frame, Wood Frame e concreto armado com margem de tempo entre 2014 e
2019. Publicações fora da margem de tempo integram o trabalho se apresentarem
informações pertinentes a elaboração do trabalho e constituírem uma ferramenta
didática indispensável para a investigação e análise comparativa entre os métodos
construtivos discriminados no trabalho.
24
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Comportamento térmico
4.1.1 Concreto armado
Baltokoski (2015) cita o bom desempenho térmico dos blocos de alvenaria
cerâmicos como uma importante vantagem no método.
De acordo com Poças (2008), o coeficiente de transmissão térmica U, definido
como sendo a quantidade de calor atravessada por uma unidade de área a cada
unidade de temperatura, entre os ambientes que separa.
Os mesmos apontam ainda algumas técnicas para otimizar o comportamento
térmico de paredes de alvenaria em blocos cerâmicos, tais como:
• Criação de blocos multialveolares (muitos furos)
• Incorporação total ou parcial de isolante térmico nos alvéolos.
• Diminuição da emissividade das paredes dos alvéolos de forma a aumentar a
resistência térmica dos mesmos;
• Junção de dois blocos (semiblocos), que são ligados por placa de isolamento
térmico pré-moldada ou injetada.
Outros fatores, apontados por Poças (2008), no que diz respeito a
comportamento térmico de unidade habitacional com fechamento em alvenaria, que
se relacionam, não só com o conforto e habitabilidade do empreendimento, bem
durabilidade, são:
• O tipo de tijolo cerâmico a ser utilizado
• Materiais de acabamento
• Espessura do reboco
Segundo experimento realizado por Baltokoski (2015) para desempenho
térmico de alguns sistemas construtivos, dentre eles o fechamento com blocos
cerâmicos, foi constatado que o mesmo, mesmo sem revestimento, atende bem à
norma de desempenho térmico.
O sistema convencional por si só, já possui um bom desempenho térmico,
atendendo, inclusive, a já vigente norma de desempenho, e este bom desempenho
ainda tem como ser otimizado a partir da manipulação de disposição dos blocos
25
cerâmicos, preenchimento de seus vazios, espessura de camada de reboco e
revestimento permanente do empreendimento.
4.1.2 Steel Frame
O aço possui uma elevada condutividade térmica, ou seja, uma grande
capacidade de transportar calor. Devido a isso, o contato dos perfis de aço com os
fechamentos interno e externo gera uma ligação ou ponte entre ambos. Esse
fenômeno deve ser considerado, pois a sua consequência é a produção de pontes
térmicas pelo sistema de vedação vertical. Para impedir a formação de pontes
térmicas, em locais de clima frio, é comum aumentar a eficiência do isolamento
térmico com materiais isolantes na parte exterior dos painéis, como o poliestireno
expandido usado no EIFS (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
Os isolantes térmicos mais tradicionais no sistema para paredes, pisos ou
coberturas são placas ou mantas de lã de vidro ou de rocha. Outros materiais podem
ser empregados dependendo das características do sistema escolhido, porém sua
condutividade térmica deve idealmente ser menor do que 0,06 W/m°C (condutividade
térmica máxima de um material considerado isolante) e resistência térmica ≥
0,5m²K/W (KRÜGER, 2000).
No Brasil, não há estudos sobre o comportamento térmico de edificações
construídas em Light Steel Frame, por isso não é possível avaliar quais painéis de
vedação são adequados para determinados climas. Entretanto, como a lã de vidro é
um componente amplamente utilizado no tratamento térmico e acústico em
edificações de Steel Frame, é possível avaliar a capacidade de isolamento térmico
apresentada pela lã de vidro por meio de sua condutividade e resistência térmica
(SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
A condutividade térmica da lã de vidro é 0,042 W/m°C, enquanto sua
resistência térmica varia consoante a espessura. 50 mm de espessura de lã de vidro
possui 1,19 m² °C/W de resistência térmica, 75 mm possui 1,78 m² °C/W e 100 mm,
2,38 m² °C/W (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
Dessa forma, quanto maior a espessura, maior a resistência térmica,
apresentando melhor isolamento térmico. Entre os painéis utilizados na estrutura de
26
vedação do aço, os que apresentam lã de vidro possuem os maiores valores de
resistência térmica (KRÜGER, 2000).
4.1.3 Wood Frame
Apesar da sua inflamabilidade, as peças estruturais de madeira evidenciam um
conveniente desempenho a altas temperaturas, melhor que o de outros materiais em
condições severas de exposição. Na realidade, a carbonatação superficial das peças
se transforma numa espécie de “barreira de isolação térmica”. Sendo a madeira um
mau condutor de calor, a temperatura interna cresce mais lentamente, não
provocando maior comprometimento da região central das peças que, desta maneira,
podem manter-se em serviço nas condições em que o aço, por exemplo, já teria
entrado em colapso (escoamento), mesmo não sendo inflamável. Outra característica
importante da madeira com relação ao fogo é o fato de não apresentar distorção
quando submetida a altas temperaturas, tal como ocorre com o aço, dificultando assim
a ruína da estrutura (CALIL; LARH; DIAS, 2003).
Apresentando um espaço de 20 cm a 25 cm entre a parede externa e a interna
de uma Parede Convencional de Wood Frame, são utilizadas mantas de lã de vidro
no interior dos painéis Wood Frame, garantindo uma melhora no desempenho térmico
e acústico do sistema, juntamente com placas de OSB na parte externa (LOPES,
2013).
Segundo o IFBQ (2018), Wood Frame atende a todos os requisitos da Norma
de Desempenho e propicia um conforto térmico comprovado. Para análise do
desempenho térmico das paredes externas, a condutividade térmica das placas
cimentícias foi constatada 0,35W/m.K, das chapas de OSB, 0,17W/m.K, e, da chapa
de gesso para Drywall, 0,35W/m.K.
4.2 Comportamento acústico
4.2.1 Concreto armado
Segundo Baltokoski (2015), a unidade de medida do desempenho acústico é
Dba, sendo o dos blocos cerâmicos considerado bom, variando entre 38 e 42,
conforme dados abaixo:
27
• Tijolo 9cm/ reboco de 1,5cm/ 120kg/m²/ desempenho de 38dBA
• Tijolo 11,5cm/ reboco de 1,5cm/ 150kg/m²/ desempenho de 40dBA
• Tijolo 14cm/ reboco de 1,5cm/ 160kg/m²/ desempenho de 42dBA
Deste modo, percebe-se que os blocos cerâmicos por si só já possuem um bom
isolamento acústico, mesmo havendo uma variabilidade referente ao tipo de tijolo e
espessura de reboco, ainda assim, o construtor possui a possibilidade de melhorar tal
aspecto, que já é bom, trabalhando com diferentes tipos de revestimento que o
mercado oferece.
4.2.2 Wood Frame
As mantas ou lãs isolantes térmicas e absorventes acústicos podem ser
instalados no interior das paredes internas e externas, e sobre os forros nas
coberturas, de acordo com a necessidade do projeto. São empregadas em geral
barreiras radiantes na cobertura, com preferência pelo uso de filmes de alumínio
estruturados ou chapas estruturais LP TechShield. Essas chapas são estruturais de
OSB revestido com papel-folha de alumínio. Por ser uma chapa estrutural, o
Techshield é considerado no contraventamento da estrutura de cobertura. O índice de
reflexão à radiação solar é de 97%, segundo a empresa (SILVA, 2010).
Segundo o IFBQ (2018), Wood Frame atende as exigências da Norma de
Desempenho referente a parte acústica e garante conforto acústico nas edificações.
Na análise do desempenho acústico, foi obtido um resultado de 39dB para a parede
com espessura de 158mm. Dessa forma, atende-se ao estabelecido na Diretriz SINAT
N°005 – Rev.02 (2017) para os ambientes de parede cega de salas e cozinhas entre
uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito eventual, tais como corredores
e escadarias dos pavimentos. No caso do conjunto de paredes (158 mm de
espessura) e portas de unidades distintas separadas pelo hall o valor de DnT,w obtido
foi de 47dB, também atendendo ao critério estabelecido na Diretriz SINAT N°005 –
Rev.02 (2017). Os resultados obtidos de 43 dB para parede de geminação dupla
(justapostas), com espessura total aproximada de 271 mm, atende ao estabelecido
na Diretriz SINAT N°005 – Rev.02 (2017) para parede entre unidades habitacionais
autônomas (parede de geminação), nas situações onde não haja ambiente dormitório.
28
4.2.3 Steel Frame
O isolamento de painéis em Light Steel Frame segue o princípio massa-mola-
massa, onde em lugar de uma parede de massa m, usam-se camadas separadas de
massa, cujo espaço entre elas é preenchido com um elemento absorvente, cujo
objetivo é reduzir a transmissão de som entre as camadas de massa. Os materiais de
alta absorção acústica geralmente são porosos e/ou fibrosos onde parte da energia
sonora que os atravessa é transformada em energia térmica que é dissipada do
material absorvente por convecção, fazendo com que a energia sonora perca
intensidade. A lã de vidro por ser um material fibroso, apresenta grande capacidade
de isolação sonora (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
Nem todo isolante térmico tem boas propriedades acústicas e vice-versa. Por
isso o desempenho acústico da edificação deve ser objeto de análise adequada para
se atingir os níveis desejados de transmissão de ruído. Influenciam no desempenho
acústico o posicionamento e as características de cada elemento usado na
composição global do elemento de vedação interior/exterior e suas interfaces
(SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
O desempenho acústico de um material ser estimado através da Classe de
Transmissão de Som Aéreo (CTSA) que indica, de uma maneira global, a capacidade
do material de reduzir o nível sonoro entre dois ambientes, dada em decibels (dB).
Essa grandeza é obtida em laboratório para determinado componente construtivo, e
não considera o isolamento do ambiente. Entretanto, pode-se proceder a avaliação
acústica do conjunto de elementos construtivos levando-se em consideração valores
obtidos somente para a parede, desde que os demais elementos tenham CTSA maior
ou igual à mesma. Atualmente, o classificador CTSA vem sendo substituído por Rw
(Índice de Redução Acústica) que é baseado na norma internacional ISO 717:1996
(SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
O índice de Rw (Redução Acústica) da lã de vidro em feltros e painéis
combinados com placas de gesso acartonado varia entre 43 e 58 decibels (dB)
dependendo da espessura da lã de vidro (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
29
4.3 Características estruturais
4.3.1 Concreto armado
Segundo Alves (2015) o concreto armado (parte estrutural do chamado sistema
convencional) possui uma grande vantagem que é justamente uma proteção contra
intemperes de corrosão e contra altas temperaturas (até certo tempo), desde que se
tenha usado uma capa protetora, chamada cobrimento, em espessura correta.
Alves (2015) aponta ainda como natural, porém indesejado, no tocante ao
comportamento estrutural do concreto armado, o aparecimento de fissuras. Isto se dá
devido ao fato de o concreto ser muito pouco resistente a tração. No entanto, as
aberturas de fissuras precisam ser controladas pelo engenheiro calculista, quando for
fazer o cálculo das armaduras, pois é de fundamental importância para o não
comprometimento da funcionabilidade estrutural como um todo, além da estética e
patologias de impermeabilização.
Dentre outros aspectos negativos do concreto armado, segundo o mesmo
autor, podemos citar no que diz respeito ao comportamento estrutural:
• Possibilidades de flechas (deflexões) acentuadas, podendo chegar a duas
vezes mais que o permitido, resultado de alteração de volume com o passar do
tempo;
• Baixa resistência do concreto por unidade de volume, o que faz com que as
peças estruturais tenham sempre tamanhos relativamente grandes.
De acordo com Alva (2007), é importante atentar para a previsão de muros de
contenção, quando se fala em estruturas de concreto armado, quando houver subsolo,
e esta também é uma estrutura que precisa ser bem dimensionada, podendo ser feita
in loco ou pré-moldada.
O mesmo autor ainda ressalta a importância da compatibilização perfeita entre
o projeto estrutural em concreto armado e o arquitetônico. O comportamento estrutural
do concreto é algo que precisa ser analisado de maneira sucinta, uma vez que o
sistema tradicional pode seguir diferentes padrões no que diz respeito à resistência,
forças, solicitações e projeto de forma. Independente destas variações, os controles
30
com fissuração, deflexão, fator água cimento e disposição de armaduras deve sempre
ser feito por um profissional capacitado para isto.
4.3.2 Wood Frame
A estrutura é composta por perfis de madeira que em conjunto com as placas
estruturais, chamadas OSB (Oriented Strand Board), que significa Painel de Tiras de
Madeira Orientadas, formam painéis estruturais, que resistem às cargas verticais, dos
telhados e pavimentos, cargas perpendiculares, como ventos transmitindo as cargas
até a fundação. São perfis leves de madeira de reflorestamento, como pinus. A
madeira utilizada deve apresentar três características para ser usada nesse meio:
seca, reta e livre de grandes nós (LOPES, 2013).
Independente do andamento da obra, as unidades de Wood Frame são pré-
moldadas, fazendo com que sejam apenas encaixadas. Mesmo sendo um sistema de
construção inovador, a Wood Frame sofre sua principal falha por não poder ter altura
de suas edificações acima de 5 pavimentos, pois apresenta comprometimento da
estrutura a partir dessa altura (LOPES, 2013).
Um fator que destaca o Wood Frame como alternativa construtiva em território
nacional é a vocação florestal do Brasil. A produtividade volumétrica de madeira varia
entre as taxas médias de 50 m³/há/ano em áreas da Floresta Amazônica, de 25
m³/ha/ano (Pinus) e de 30 m³/ha/ano (eucalipto), em áreas de reflorestamento no Sul
e no Sudeste do país. Na Finlândia, país nórdico cuja economia está fortemente
alicerçada no desempenho do setor florestal, são produzidos, em média, 5 m³/ha/ano.
Nos Estados Unidos da América do Norte, chega-se no máximo a 15 m³/ha/ano e, na
África do Sul, a 18 m³/ha/ano (CALIL; LARH; DIAS, 2003).
Até o momento, o Wood Frame teve sua aplicação concentrada em residências,
edificações educacionais, institucionais e comerciais. Porém a flexibilidade do sistema
o torna aplicável em diversas outras tipologias, que dependem da classificação de
uso. Importante também salientar que o sistema pode ser compatibilizado com outros
sistemas construtivos, como a Alvenaria Convencional e/ou Steel Frame,
caracterizando habitações com tipologias mistas (ABDI, 2015).
31
4.3.3 Steel Frame
Para ajudar a visualizar o Light Steel Frame, pode-se recorrer ao “Drywall”, que
é amplamente utilizado em vedações internas no Brasil, que apesar de não ter função
estrutural, utiliza perfis galvanizados para compor um esqueleto onde são fixadas as
placas para fechamento. Porém, a semelhança acaba nesse ponto, já que o Light
Steel Frame é um sistema muito mais amplo, capaz de integrar todos os componentes
necessários à construção de uma edificação, tendo como o fundamental a estrutura.
Basicamente a estrutura em Light Steel Frame é composta de paredes, pisos e
cobertura. Reunidos, eles possibilitam a integridade estrutural da edificação, resistindo
aos esforços que solicitam a estrutura (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
Nesse sistema a estrutura nunca se apresenta aparente, já que os elementos
estruturais que formam as paredes, pisos e tetos estão sempre encobertos pelos
materiais de fechamento, dessa forma o resultado assemelha-se à de uma construção
convencional (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
A estrutura de perfis de aço galvanizado é a parte principal do sistema Light
Steel Frame. Para compor um conjunto autoportante capaz de resistir aos esforços
solicitados pela edificação, é necessário que o dimensionamento dos perfis e o projeto
estrutural sejam executados por profissional especializado (SANTIAGO; FREITAS;
CASTRO, 2012).
O emprego de aço na construção civil brasileira não tem uma grande expressão
comparado com o potencial do Brasil de produção de aço, pois o Brasil está entre os
maiores produtores de aço do mundo. A China se destaca como o maior produtor
mundial de aço, concentrando pouco mais de 50% da produção mundial. O Brasil, por
sua vez, ocupa a 8ª posição no ranking dos maiores produtores mundiais de aço
(SANTOS; RIBEIRO, 2019).
O sistema construtivo Light Steel Framing é indicado para uso em residências
unifamiliares térreas ou sobrados, edifícios de até 8 pavimentos, hotéis, edifícios da
área de saúde, clínicas, hospitais, comércio em geral, creches, edifícios para
educação e ensino, fachadas de edifícios em geral incluindo os de grande altura,
retrofit e ampliações de edifícios existentes (ABDI, 2015).
Aço é um material que permite adaptações e ampliações sem que haja redução
significativa do espaço interno e aumento da carga nas fundações. Também é 100%
32
reciclável, e as estruturas em desuso podem ser reutilizadas na fabricação de novas,
seja pela montagem e desmontagem, ou pela fundição para a fabricação de novas
peças (ABDI, 2015).
Segundo Santiago, Freitas e Castro (2012), os principais benefícios e
vantagens no uso do sistema Light Steel Framing (LSF) em edificações são os
seguintes:
• Os produtos que constituem o sistema são padronizados de tecnologia
avançada, em que os elementos construtivos são produzidos industrialmente,
onde a matéria prima utilizada, os processos de fabricação, suas
características técnicas e acabamento passam por rigorosos controles de
qualidade;
• O aço é um material de comprovada resistência e o alto controle de qualidade
tanto na produção da matéria-prima quanto de seus produtos, permite maior
precisão dimensional e melhor desempenho da estrutura;
• Facilidade de obtenção dos perfis formados a frio já que são largamente
utilizados pela indústria;
• Durabilidade e longevidade da estrutura, proporcionada pelo processo de
galvanização das chapas de fabricação dos perfis; Facilidade de montagem,
manuseio e transporte devido a leveza dos elementos.
4.4 Aspecto arquitetônico
4.4.1 Concreto armado
Do ponto de vista arquitetônico, o método convencional é dotado de aspectos
positivos.
Alva (2007) aponta a escolha da forma de um edifício em concreto armado
totalmente dependente do projeto arquitetônico, sendo, de maneira geral, a maioria
dos edifícios em concreto armado projetados obedecendo a seguinte logística de
divisão:
• Subsolo, destinado a garagem
• Pavimentos térreos, com ambientes de vivência comum
• Pavimentos tipo, onde se dispõem as unidades habitacionais
33
• ático, onde se encontra a área de manutenção
O mesmo autor ainda faz menção a importância da compatibilização deste
projeto com os demais, como por exemplo, verificar a passagem de vigas em
banheiros, de tal modo que possam sofrer interferência com instalações hidros
sanitárias.
Bastos (2014) menciona a trabalhabilidade como um grande ponto positivo das
estruturas em concreto armado, ou seja, o concreto fresco pode assumir qualquer
forma, o que é uma extrema vantagem para a concepção de estruturas.
Um aspecto negativo citado, ainda, por Bastos (2014) é o uso de formas e
escoras após a moldagem da arquitetura. Isto requer investimento alto, demanda de
mão de obra e tempo para o desenvolvimento da logística do processo de
escoramento.
A arquitetura do sistema convencional é bem flexível em todos os aspectos,
desde à facilidade de adaptação a diferentes formas e volumes, passando pela
aceitação de diversos sistemas de revestimento, até a permissão de que os projetos
complementares se compatibilizem mediante a um minucioso estudo, e este estudo
torna este aspecto, que para muitos pode ser considerado negativo, corrigido. Existem
empresas, por exemplo, que possuem engenheiro ou arquiteto responsável somente
pelas compatibilizações. O fato do tempo de escoramento também pode ser
amenizado através de uma boa inserção deste tempo no planejamento e cronograma
da obra.
4.4.2 Wood Frame
Este sistema de construção permite também a criação de estilos arquitetônicos
dos mais variados e tradicionais, até à arquitetura futurística (VASQUES, 2014).
Uma das primeiras constatações foi a importância da correta representação
dos elementos e dos componentes em Wood Frame nos projetos arquitetônicos
verificou-se que, conforme ocorria na Alemanha e em outros países onde o Wood
Frame é um sistema convencional de construção, os projetos arquitetônicos
necessitam ser pensados à luz do sistema construtivo a ser aplicado. Essa questão
se apresentou como desafio no Brasil, um local onde a cultura arquitetônica e as
soluções técnicas são voltadas para a aplicação da alvenaria e concreto (ABDI, 2015).
34
Wood Frame permite a construção de edificações leves tão resistentes quanto
às de concreto. O sistema, extremamente flexível, permite a utilização de qualquer
tipo de acabamento exterior ou interior e pode ser aplicado em qualquer estilo
arquitetônico. A madeira pode ser processada sem maiores dificuldades, viabilizando
a definição de formas e dimensões, limitadas apenas pela geometria das toras e pelo
equipamento usado para esta operação. Por ser um sistema versátil e simples, tornou-
se método construtivo predominante na América do Norte e no norte da Europa, além
de ser muito utilizado em vários países do mundo (VASQUES, 2014).
4.4.3 Steel Frame
Steel Frame detém uma grande flexibilidade no projeto arquitetônico, não
limitando a criatividade do arquiteto. O uso da estrutura de aço não impõe ao projeto
que ela esteja aparente. Muitos usuários e projetistas descartam a construção em aço
por achar que resultará em uma arquitetura muito peculiar ou “hightech”. Esse receio
é maior quando se trata da arquitetura residencial. Porém, a construção em aço é
muito versátil e viabiliza qualquer projeto arquitetônico, desde que ele seja concebido
e planejado considerando o comportamento do sistema. A racionalização,
industrialização e rapidez de execução, características tão apreciadas na construção
em aço, só são possíveis quando há um planejamento integral da obra, que implica
em um projeto amplamente detalhado. Com o Light Steel Framing não é diferente, o
detalhamento dos projetos tanto de arquitetura, como estrutural ou complementares
são essenciais para o melhor desempenho do sistema e para se evitar patologias
(SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
Por causa das menores dimensões das peças e menor peso próprio, as
estruturas em aço reduzem a carga nas fundações e conferem à construção em aço
um aumento da área útil construída, aproveitando-se melhor o espaço interno. Por
serem mais compactas e leves, as peças de aço fazem que o transporte de materiais
para a obra seja reduzido. O uso desse sistema construtivo também pode reduzir até
40% do tempo de execução de um projeto, por permitir o acúmulo de etapas. Isto é,
enquanto as peças estão sendo fabricadas na indústria, a fundação está sendo feita
no canteiro. Como essa fabricação obedece a rigorosas especificações dimensionais,
na etapa de montagem a estrutura estará nivelada e aprumada, o que serve de guia
para as demais etapas da obra, reduzindo-se o desperdício de materiais (ABDI, 2015).
35
Na construção em aço, como ocorre com toda solução estrutural, o sucesso da
construção está atrelado a um projeto bem compatibilizado. O sistema construtivo
deve ser definido no projeto arquitetônico, para que os benefícios advindos da
construção industrializada sejam apreciados. Para se obter o melhor desempenho, os
detalhes de ligações da construções em aço devem ser considerados, assim como as
interfaces com as vedações. As normas técnicas também devem ser respeitadas para
que não se tenha surpresas durante a obra (ABDI, 2015).
4.5 Vida útil
4.5.1 Concreto Armado
A vida útil é explica como sendo um tempo onde a estrutura em questão
se mantém em perfeitas condições para o uso e solicitação a qual se destina
(ALVES, 2015).
Quanto à durabilidade do concreto, devem ser tomadas providências para
garantir baixo índice de permeabilidade, atentar bem para as normas de concretagem,
respeitar o cobrimento, além de analisar bem o fator entre água e cimento necessário,
respeitando a quantidade mínima de cimento nos traços, de tal modo que a estrutura
de concreto se torna durável a partir do ponto em que possui fissuração controlada
e boa compacidade (ALVES, 2015).
Os mesmos autores ainda afirmam que para uma boa durabilidade é preciso
uma certa disponibilidade das armaduras, especificações de materiais do sistema
construtivo, bem como orientação ao usuário no que diz respeito ao tempo e maneira
de manutenção.
John et all (2001) afirmam que no Brasil os maiores estudos, e sua grande
totalidade se referem a corrosões de armaduras, sendo necessário ainda o estudo
preciso de outros materiais que compõem o sistema.
O fator tempo é algo tendencioso, quando se fala na vida útil de algo. A norma
de desempenho, por exemplo, sugere que uma estrutura de concreto armado deve
durar 50 anos. No entanto, os fatores que influenciam na mesma precisam estar
totalmente alinhados em qualidade, não só no que diz respeito a materiais, bem como
execução, o que torna a durabilidade de estruturas de concreto armado algo impreciso
e relativo.
36
4.5.2 Wood Frame O valor real do tempo vida útil é uma composição do valor teórico da Vida Útil
de Projeto (VUP) somado às ações de manutenção, de utilização, da natureza e da
vizinhança. Sendo a Vida Útil de Projeto (VUP) uma estimativa teórica do tempo que
compõe a vida útil, o valor estimado pode ou não ser atingido em função da eficiência
e constância dos processos de manutenção, cuidados na utilização do imóvel,
alterações no clima ou no entorno da obra etc (NBR 15575, 2013).
A NBR 15575 (2013) estipula prazos de Vida Útil de Projeto em três diferentes
níveis (Mínimo, Intermediário e Superior) para a estrutura, pisos internos, vedação
vertical externa e interna, cobertura e hidros sanitário. Entretanto, o enfoque será dado
na vida útil da estrutura que possui prazo mínimo de 50 anos como sugestão da NBR
15575 (2013).
As características dos materiais e da qualidade da construção como um todo
influenciam na vida útil. Por isso, deve-se examinar as características estruturais do
método construtivo em questão. O método construtivo Wood Frame consegue atender
à exigência da norma de desempenho em termos de vida útil (IFBQ, 2018).
4.5.3 Steel Frame Não há atualmente uma pesquisa do método construtivo Steel Frame que
demonstre o seu atendimento á norma de desempenho. Entretanto, por se tratar se
um método construtivo industrializado, pode-se afirmar que é possível atender ao
critério de vida útil prescrito na norma de desempenho, principalmente devido ao
controle tecnológico e dimensional efetivo na fabricação dos perfis de aço. As
atividades de controle de qualidade devem assegurar que, após o sistema montado e
durante a sua vida útil, os requisitos de projeto e das normas técnicas aplicáveis
tenham sido atendidos (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
O Fabricante deverá manter um programa de garantia da qualidade para
assegurar que seu trabalho esteja de acordo com as especificações das normas
aplicáveis e com os Documentos Contratuais. A Montadora deverá manter um
programa de garantia da qualidade para assegurar que seu trabalho esteja de acordo
com as especificações das normas pertinentes. A Montadora deverá possuir
qualificação e capacidade de executar a Montagem do sistema construtivo, devendo,
37
para isso, fornecer equipamento, pessoal e supervisão proporcionais ao escopo,
magnitude e qualidade exigíveis para cada obra (ABDI, 2015).
4.6 Tipos de fundações
4.6.1 Concreto armado
Segundo Braga (2009), a escolha do tipo de fundação para obras de sistema
convencional varia de acordo com carregamento da edificação, o tipo de solo, a
vizinhança, o cronograma de execução e o custo.
O mesmo autor ainda aponta, dentre os tipos de fundação profunda, a estaca
raiz como de maior destaque, uma vez que não causa incomoda a vizinhança,
diferente de estacas pré-moldadas, metálicas e franki, apesar de a estaca do tipo
hélice contínua vir se destacando muito, devido à alta produtividade e preço
competitivo.
Além disso, pode-se ressaltar, também, incidência do uso de fundações diretas
nas edificações situadas na faixa dos 3 a 10 pavimentos, sendo realizadas com
sapatas ou radiers (BRAGA, 2009).
A fundação do sistema convencional é uma grande vantagem, devido à
variedade de opções tanto para fundações rasas, quanto profundas, variedades que
podem ser decididas por múltiplos fatores, tais como custo, produtividade e tipo
de solo.
4.6.2 Wood Frame
Pelo fato de a estrutura sobre a fundação ser leve e com cargas distribuídas
ao longo das paredes, uma boa solução para a fundação é o radier ou ainda a
sapata corrida. Em países com clima tropical como o Brasil a utilização de
basement wall também pode ser muito interessante para garantir o contorto
térmico da edificação, principalmente daquelas construídas em regiões muito frias
(MOLINA; CALIL, 2010).
Em boa parte das casas industrializadas em wood frame, o único
elemento moldado in-loco é de fundação. Em alguns países, a fundação das
casas em wood frame é composta por estruturas subterrâneas de paredes,
tecnicamente chamadas de “basement wall”, que formam compartimentos abaixo
do nível do solo (com pelo
38
menos 60 cm ou 2 pés), e estes servem para aumentar a temperatura das casas, pois
nesta cota o congelamento não afeta o conforto térmico dos cômodos subterrâneos.
O basement wall sustenta cargas de piso, paredes, telhados e outras cargas da
construção, e pode ser construído tanto em madeira como também em concreto,
sendo o concreto mais utilizado. A transmissão das cargas verticais, neste caso,
acontece de forma não concentrada o que torna a fundação uma etapa bastante
rápida e econômica (MOLINA; CALIL, 2010).
4.6.3 Steel Frame
Por ser muito leve, a estrutura de light steel frame e os componentes de
fechamento exigem bem menos da fundação do que outras construções. As
fundações são construídas seguindo o mesmo processo do concreto armado de forma
que a qualidade final da fundação está intimamente ligada ao correto funcionamento
dos subsistemas que formam a construção. Dessa forma, uma base corretamente
nivelada e em esquadro possibilita maior precisão de montagem da estrutura e demais
componentes do sistema (SANTIAGO; FREITAS; CASTRO, 2012).
A laje radier é a fundação mais comumente utilizada para construções em light
steel framing. O radier é um tipo de fundação rasa que funciona como uma laje e
transmite as cargas da estrutura uniformemente para o terreno. Os componentes
estruturais fundamentais do radier são uma laje contínua de concreto, e eventuais
reforços (ABDI, 2015).
39
5 CONCLUSÃO
5.1 Concreto armado
O sistema convencional, no que diz respeito à estrutura, possui uma grade
vantagem, que é a facilidade de a estrutura atender qualquer parâmetro que se
precise, basta que o engenheiro calculista seja capacitado o suficiente para
desenvolver o projeto.
É necessário também um rigoroso controle com relação a parâmetros como
deflexão e fissuração. Inclusive erros de concretagem podem causar desvio das
propriedades resistivas projetadas, e, devido a isto, o controle tecnológico que todo o
processo exige acaba sendo uma desvantagem, se comparado a simplicidade de
estruturas em Steel Frame, onde somente se precisa montar. No entanto, para
edifícios de porte alto, acima de 8 pavimentos, o Steel Frame não se encaixa.
Ainda referente à estrutura, no entanto, partindo para o lado da infraestrutura,
construir em concreto armado tem grande vantagem da aceitação de qualquer tipo de
fundação, desde as estacas raízes, e a tão utilizada e ascendente hélice contínua,
para as fundações profundas, às sapatas e radiers para fundações do tipo rasa.
A arquitetura do sistema convencional tem uma grande vantagem de poder se
moldar a qualquer forma, uma vez que, no concreto armado, o concerto é lançado de
maneira fluida in loco.
A desvantagem que a arquitetura apresenta é a necessidade de espera da cura
do concreto para descoramento, e reaproveitamento das escoras para execução do
projeto de forma de outros pavimentos, bem como o custo com as formas e assoalhos.
O desempenho, tanto térmico quanto acústico do sistema é considerado bom,
atendendo bem as normas de desempenho, podendo ser potencializados com as
variedades de revestimento existentes, bem como espessura de reboco e
preenchimento dos alvéolos dos blocos cerâmicos.
Para uma durabilidade boa, é preciso que haja não só especificação de uso e
manutenção disponível para os usuários, para que cada parte que compões o sistema
tenha a vida útil esperada, bem como deve haver uma execução criteriosa, segundo
os projetos pedem, e uso de materiais adequados. Isto engloba todo e qualquer
sistema construtivo, não sendo, portanto, vantagem ou desvantagem do sistema
convencional.
40
5.2 Wood Frame
Brasil possui um mercado com condições que favorecem a utilização do Wood
Frame como método construtivo, principalmente devido à sua vocação florestal. Além
disso, Wood Frame pode ser uma alternativa ao concreto armado pelo fato de o Brasil
carecer de soluções sustentáveis na construção civil.
Com o Wood Frame, é possível erguer construções leves tão resistentes
quanto às de concreto armado e apesar de a madeira possuir desvantagens como
inflamabilidade e fácil apodrecimento por organismos xilófagos, tais desvantagens são
eliminadas no sistema leve Light Wood Frame, pois a madeira é tratada com
substâncias preservativas, além de ser envolvida por chapas e membranas. Wood
Frame é o método construtivo predominante do Estados Unidos, Canadá, Alemanha
e Japão. Todos esses países são conhecidos por sua tecnologia e modernidade,
demonstrando que a madeira não é um componente estrutural primitivo.
O método construtivo Wood Frame atende aos mesmos padrões que uma casa
de concreto armado e possui isolação acústica, térmica e vida útil comprovada dentro
dos critérios de desempenho, além de propiciar outras vantagens, como flexibilidade,
sustentabilidade, alta produtividade, racionalização dos recursos e qualidade. Esse
método construtivo não se trata de construções pesadas de madeira, mas sim de
construções de altíssima tecnologia com facilidade de manuseio dos elementos
estruturais, que demandam menos esforço dos trabalhadores.
O sistema leve tipo Light Wood Framing pode ser aplicado em qualquer estilo
arquitetônico, pois a madeira pode ser processada sem maiores dificuldades. Além
disso, permite a utilização de qualquer acabamento exterior e interior. Inúmeros
países do mundo fazem uso do Wood Frame sob uma diversidade de climas, que
abrangem desde regiões desérticas até extremamente frias, e percebe-se uma grande
satisfação dos usuários em relação ao Wood Frame.
Entretanto, Wood Frame conta com algumas barreiras que impedem sua
utilização mais amplamente no Brasil. A primeira barreira é a limitação do próprio
método, já que por se tratar de um sistema construtivo leve, não suporta cargas muito
pesadas, limitando-se a 5 pavimentos. A segunda barreira é a falta de normatização
brasileira aliada à falta de incentivo e participação governamental. O único documento
técnico nacional é o DATec n°20, que se refere apenas a metodologia de construção
41
industrializada, tornando-se limitado. As outras barreiras estão relacionadas com a
resistência dos construtores à inovação, preconceito com a madeira, carência de
profissionais especializados em estruturas de madeira e exigência de mão de obra
especializada.
5.3 Steel Frame
Brasil figura entre os maiores produtores de aço do mundo. Essa característica
pode ser aproveitada na construção civil com uma maior utilização do Steel Frame
como alternativa construtiva em meio a uma cultura firmada no concreto armado. Além
disso, o déficit habitacional brasileiro demanda milhões de moradias e essa condição
requer um método construtivo que construa com rapidez para atender a necessidade
de habitação. Steel Frame enquadra-se como um método construtivo rápido, pois os
perfis de aço são leves e fáceis de manipular, além do processo de montagem ser
intuitivo.
Não há estudo brasileiro sobre o comportamento térmico do Steel Frame, mas
é possível modificar a espessura do material isolante para atingir o valor da
temperatura interna desejado, considerando a condutividade térmica dos materiais de
vedação e a temperatura externa. Um fator que ajuda o alcance do isolamento térmico
ou acústico desejado é que o sistema aceita uma grande variedade de materiais de
vedação, como pode se constatar em outros países que utilizam Steel Frame.
A fabricação do Steel Frame obedece a um rigoroso controle de qualidade,
garantindo o atendimento ao critério de vida útil estipulado na norma de desempenho.
Além disso, o aço é um material construtivo extremamente versátil e flexível, dando
uma maior liberdade ao arquiteto na elaboração do projeto arquitetônico. A
manutenção das instalações elétricas e hidráulicas é muito mais simples e rápida, já
que qualquer reparo é realizado sem a necessidade de quebrar a parede, bastando
desparafusar as placas para acessar o local que necessita de reparo.
Apesar de possuir muitas vantagens, o sistema leve tipo Light Steel Framing
possui empecilhos que minimizam seu uso. Esse sistema construtivo tem limitação de
pavimentos, não suportando grandes cargas. Além disso, a predominância do
concreto armado no Brasil inibe o conhecimento técnico de outros métodos
construtivos e dificulta a contratação de uma mão de obra altamente qualificada em
Steel Frame.
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