ANÁLISE GEOAMBIENTAL DO ESTUÁRIO DO RIO JAGUARIBE-CE:
TENSORES NATURAIS E ANTRÓPICOS
PAULA, D. P.¹ ¹Universidade Estadual do Ceará-UECE, Av. Paranjana 1700, (85) 3101 9786, [email protected]
MORAIS, J. O.²
2Universidade Estadual do Ceará-UECE, Av. Paranjana 1700, (85) 3101 9601, [email protected]
PINHEIRO, L. S.³ 3Universidade Estadual do Ceará-UECE, Av. Paranjana 1700, (85) 3101 9601,
[email protected]@uece.br. RESUMO À guisa de proceder o desenvolvimento econômico sustentado nas regiões litorâneas do Estado do Ceará e áreas estuarinas, à exemplo da foz do Rio Jaguaribe vem sendo executado estas atividades de ocupação em dunas, mananciais de manguezais, potencial salineiro, degradando o sistema de falésias e dunas. O Rio Jaguaribe percorre aproximadamente 610 km desde suas nascentes na Serra da Joaninha (Tauá - Ceará) até a sua foz (Fortim – Ceará). A região estuarina do Rio Jaguaribe localiza-se no litoral leste do Estado do Ceará, área que corresponde parte do baixo-curso, percorrendo os municípios de Fortim, Aracati e Itaiçaba. Por isso, este estudo teve como objetivo geral identificar e avaliar os impactos ambientais no estuário do Rio Jaguaribe mediante as transformações da paisagem pela ação natural e antrópica. Na metodologia adotada foram feitos levantamento de materiais bibliográficos, cartográficos, dados climáticos e aspectos geoambientais, processamento e classificação digital das imagens TM-Landsat (órbita 216.063-A) e Quick Bird (2003). Na etapa de campo foi realizado o reconhecimento geral da área de estudo e atualização dos sistemas ambientais e fazendas de camarão, o que resultou no mapeamento de áreas urbanas, fazendas de camarão e sistemas ambientais. A compartimentação dos sistemas ambientais presentes na bacia estuarina do Rio Jaguaribe apresentou as seguintes unidades geológicas e geomorfólogicas: Depósitos Eólicos Litorâneos (faixa praial e dunas móveis), Depósitos Flúvio-aluvionares (planícies fluviais e flúvio-marinha), Formação Barreiras (tabuleiros pré-litorâneos) e o Complexo Cristalino (maciços residuais em cristas e inselbergs). A Formação Barreiras é o depósito mais representativo na área de estudo em termos de dimensão, ocupando uma área correspondente a 518,1 km² cerca de 54,8% da área total. Além dos tensores naturais próprios desta área, outros tensores de ordem antrópica foram identificados na área, tais como: descarga de efluentes domésticos, deposição de resíduos sólidos e escoamento superficial de áreas agrícolas, conseqüentemente, contaminando a fauna, comprometendo a produtividade do sistema e a paisagem, favorecendo, portanto ao desequilíbrio ambiental do ecossistema estuarino do Rio Jaguaribe. A luz destas observações foram georeferenciadas em campo 72 fontes pontuais e difusas de poluição, onde os viveiros de camarão correspondem a 56,5% do total de fontes distribuídas na bacia estuarina. Palavras-chave: Estuário, tensores naturais e tensores antrópicos.
INTRODUÇÃO
À guisa de proceder o desenvolvimento econômico sustentado nas regiões
litorâneas do Estado do Ceará e áreas estuarinas, à exemplo da foz do Rio Jaguaribe vem
sendo executado estas atividades de ocupação em dunas, mananciais de manguezais,
potencial salineiro, degradando o sistema de falésias e dunas.
A bacia do Rio Jaguaribe com seus 72.440 Km2, ocupa, praticamente, a metade do
Estado do Ceará, estando grande parte situada sobre terrenos cristalinos, razão de seu alto
poder de escoamento e conseqüente deficiência no armazenamento de águas subterrâneas
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que acontece precípuamente nas planícies aluviais devido à construção de barragens
subterrâneas.
Por isso, este estudo teve como objetivo geral identificar e avaliar os impactos
ambientais no estuário do Rio Jaguaribe mediante as transformações da paisagem pela ação
natural e antrópica.
ÁREA DE ESTUDO
Segundo dados da Secretaria dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará (SRH,
1992), o Rio Jaguaribe percorre aproximadamente 610 km desde suas nascentes na Serra
da Joaninha (Tauá - Ceará) até a sua foz litorânea (Fortim – Ceará). A região estuarina do
Rio Jaguaribe localiza-se no litoral leste do Estado do Ceará, área que corresponde parte do
baixo-curso, percorrendo os municípios de Fortim, Aracati e Itaiçaba (Figura 1).
620000 625000 630000 635000 640000 645000 650000
9475000
9480000
9485000
9490000
9495000
9500000
9505000
9510000
Aracati
Fortim
Pontal de Maceió
ItaiçabaBarragem de Itaiçaba
Oceano Atlântico
0 5000 10000 15000 20000
Ilha Grande
Ilha do CordeiroIlha do Pinto
Ilha dos Veados
Dunas
Legenda:
Zona Urbana
Ilhas
Lagos e/ou lagoas
Rio Palhano
Lagoa S. Tereza
Lagoa saco da velha
Lagoa Tanque Salgado
Lagoa Alagamar
Rio
Jag
uarib
e
Figura 1: Mapa de localização da área de estudo.
2
O estuário do Rio Jaguaribe possui uma extensão de 36 km e ocupa uma área de
aproximadamente 641.216 km², sendo limitada a montante pela barragem de Itaiçaba. O
Rio Jaguaribe deságua no oceano Atlântico equatorial em uma região onde predominam
praias do tipo arenosas, falésias marinhas e um vasto campo de dunas na margem leste.
METODOLOGIA
Foram feitos levantamento de materiais bibliográficos, cartográficos, dados
climáticos (séries históricas locais e regionais) e aspectos geoambientais, processamento e
classificação digital das imagens TM-Landsat (órbita 216.063-A) e Quick Bird (2003)
cedidas pela Fundação Cearense de Recursos Hídricos e Meteorologia (FUNCEME) e
Superintendência do Meio Ambiente do Estado do Ceará (SEMACE). As informações
extraídas foram utilizadas na confecção do mapa base e dos mapas temáticos, integrados
aos softwares do Sistema de Informações Geográfica (SIG): ARC GIS 8, IDRISI e o
SPRING 4.1.
Na etapa de campo foi realizado o reconhecimento geral da área de estudo e
atualização dos sistemas ambientais e fazendas de camarão, o que resultou no mapeamento
de áreas urbanas, fazendas de camarão e sistemas ambientais. Também, foram
georeferenciados os principais tensores antrópicos e fontes pontuais de poluição presentes
na bacia estuarina do Rio Jaguaribe. Utilizou-se no georeferenciamento um aparelho de
GPS (Sistema de Posição Global) no sistema de coordenadas Universal Transversa de
Mercator (U.T.M) zona 24 sul. As informações extraídas deste monitoramento foram
utilizadas na montagem de um banco de dados em ambiente SIG (Figura 2).
Dados de sensoriamento remoto e geoprocessamento
Imagens de satélite e fotografias aéreas
Fotointerpretação Cartografia digital
Mapas temáticos pré-existentes Banco de Dados
Digitalização
Sistema de Informações Geográficas-SIG
Mapas: - Sistemas Ambientais; - Perfil Unifilar; - Fontes Pontuais de Poluição;
- ARC GIS 8; - IDRISI; - SPRING.
Figura 2: Fluxograma metodológico para o levantamento de informações em ambiente SIG.
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RESULTADOS E DISCUSSÕES
A compartimentação dos sistemas ambientais presentes na bacia estuarina do Rio
Jaguaribe apresentou as seguintes unidades geológicas e geomorfólogicas: Depósitos
Eólicos Litorâneos (faixa praial e dunas móveis), Depósitos Flúvio-aluvionares (planícies
fluviais e flúvio-marinha), Formação Barreiras (tabuleiros pré-litorâneos) e o Complexo
Cristalino (maciços residuais em cristas e inselbergs) (Tabela 1).
Tabela 1:Valor da área em km² das unidades geoambientais presentes na bacia estuarina do Rio Jaguaribe.
Unidade Geoambiental Área (km²) Área (%)
Maciços residuais 92,2 9,8
Dunas 43,2 4,6
Faixa praial 0,9 0,1
Ilhas fluviais 3,1 0,3
Apicum 26,5 2,8
Planície fluvial 78,8 8,3
Planície Fluvio-marinha 182,1 19,3
Tabuleiros pré-litorâneos 518,1 54,8
A Formação Barreiras é o depósito mais representativo na área de estudo em
termos de dimensão, ocupando uma área correspondente a 518,1km² cerca de 54,8% da
área total. Segundo Bigarella (1965), essa unidade data do mioceno superior ao
pleistoceno, quando os sedimentos foram depositados sob condições de clima semi-árido,
sujeito a chuvas esporádicas e violentas, formando amplas faixas de leques aluviais
coalescentes em sopés de encostas mais ou menos íngremes. Em alguns trechos do litoral
de Fortim e do próprio estuário a Formação Barreiras aflora como falésias marinhas e
fluviais respectivamente.
A planície flúvio-marinha ocupa cerca de 182km², que corresponde a 19,3% do
total da área de estudo, sendo formado pela interação dos fatores fluviais e marinhos.
Sendo composta, principalmente, por manguezais que se concentram em sua grande
maioria na margem leste do Rio Jaguaribe. Este ambiente, ao longo dos últimos anos, vem
sendo alvo de intensas transformações por atividades econômicas, destaque para a
carcinicultura, que predomina em termos de área e importância econômica na bacia
estuarina do Rio Jaguaribe (Figura 3).
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Figura 3: Degradação das margens do Rio Jaguaribe para construção de viveiros de camarão.
O litoral leste é o maior produtor e detentor de fazendas instaladas no Estado. De
acordo com os dados disponibilizados pela SEMACE, na região drenada pelo Rio
Jaguaribe existem cerca de 174 empreendimentos instalados, licenciados e não licenciados,
sendo 122 somente na área restrita a bacia do estuário, que envolve os municípios de
Fortim, Aracati e Itaiçaba (Figura 4).
Figura 4: Mapa de Localização das fazendas de camarão licenciadas na bacia do estuário do Rio Jaguaribe.
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Outros tensores de ordem antrópica foram identificados na área, tais como: descarga de
efluentes domésticos, deposição de resíduos sólidos e escoamento superficial de áreas
agrícolas, conseqüentemente, contaminando a fauna, comprometendo a produtividade do
sistema e a paisagem, favorecendo, portanto ao desequilíbrio ambiental do ecossistema
estuarino do Rio Jaguaribe (Tabela 2).
Tabela 2: Tensores de origem antrópica e respectivos impactos sobre o sistema
estuarino do Rio Jaguaribe. Tensor Impacto no estuário Prejuízo
Efluentes domésticos
e resíduos sólidos
• Paisagem
• Coluna d´ água
• Biota
• Comunidade
Local
Qualidade da água para usos múltiplos,
contaminação de organismos
aquáticos, perda de valores estéticos,
paisagísticos e do potencial turístico e
da pesca.
Remoção da
cobertura vegetal
• Paisagem
• Solo
• Curso d´água
• Erosão pluvial
Erosão e carreamento do material
erodido para o interior do canal
estuarino conseqüentemente
dificultando a navegação,
assoreamento dos pequenos tributários
fluviais e perdas socioeconômicas.
Redução da vazão
fluvial
• Paisagem
• biota
• Manguezal
• Circulação
estuarina
Redução de espécies aquáticas,
alteração na produção primária e
biodiversidade, declínio da pesca
artesanal, avanço da maré salina e
dinâmica, aumento da condutividade
elétrica e diminuição do percentual de
oxigênio dissolvido na água
Atividades
econômicas
• Paisagem
• Biota
• Circulação
estuarina
Perda de áreas de manguezais para
construção de viveiros de camarão,
lançamento de rejeitos dos viveiros no
estuário sem prévio tratamento,
alteração no ciclo reprodutivo da fauna
aquática.
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Dentre estes tensores antrópicos foram georeferenciadas em campo 72 fontes
pontuais e difusas de poluição, onde os viveiros de camarão correspondem a 56,5% do
total de fontes distribuídas na bacia estuarina (Figura 5).
Fontes pontuais e difusas de poluição no estuário do Rio Jaguaribe (%)
56%
4%5%
6%6%
4%4%
6%9%
Viveiros de Camarão Olárias Currais
Matadouros Lixões Fab. Textil
Fab. de Mineração Bombas de Captação Outros
Figura 5: Representação gráfica das fontes pontuais e difusas de poluição no estuário do
Rio Jaguaribe.
Esses tensores geram impactos na hidrodinâmica e na circulação estuarina, pois as
descargas de água advindas das gamboas alteram, em determinados trechos, o volume de
água na Zona de Mistura. Como resultado tem-se, entre outros, a diminuição da
produtividade estuarina, má qualidade das águas do estuário, destruição de habitats de
espécies aquáticas, prejuízo nos valores estéticos e paisagísticos locais e diminuição da
qualidade de vida das comunidades locais.
As águas dos viveiros de camarão são renovadas freqüentemente e tem acesso
direto ao estuário através de gamboas. Tal processo lança no estuário os efluentes destes
viveiros. Estes são ricos em nutrientes e possibilitam a poluição do rio. A carcinicultura,
que trata do cultivo de camarão contribui com 33 a 44 t de N e 13 a 39 t de P (ABREU,
2004) (Figura 6).
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Figura 6: Fazenda de camarão instalada na bacia estuarina do Rio Jaguaribe em Aracati.
Outras fontes difusas e pontuais de poluição foram identificadas na área, tais como:
lixão, matadouros, rejeitos industriais, dentre outros. Essas fontes de poluição estão
espacialmente representadas na figura 7. Todas essas contribuições de fontes pontuais e
difusas de poluição comprometem a qualidade das águas: das lagoas próximas, açudes,
reservatórios e canais (como do canal do trabalhador).
Dentre as ações antrópicas a construção da barragem de Itaiçaba promoveu
alterações significativas no estuário do Rio Jaguaribe com redução da vazão de água doce
para o interior do sistema estuarino e interferências no balanço sedimentológico. Vale
salientar que esta obra impediu que a influência da maré salina se prolongasse a montante,
assim limitando a região estuarina ao trecho compreendido entre a foz e a barragem de
Itaiçaba.
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Figura 07: Perfil Unifilar do estuário do Rio Jaguaribe.
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CONCLUSÕES
Na área da bacia estuarina foram identificados sete sistemas ambientais (planície
fluvial, planície flúvio-marinha, faixa praial, dunas móveis, tabuleiros pré-litorâneos,
formação faceira e maciços residuais). A Formação Barreiras é representada pelos
tabuleiros pré-litorâneos e a formação faceira e possui maior expressão, ocupando cerca de
54,8% da área da bacia, recobrindo as seqüências litológicas mais antigas e aflorando no
litoral de Fortim apresentando estruturas sedimentares tipo ruiniformes, produzidas pela
ação pluvial, ravinamentos e voçorocas, produzidas pela ação conjugada da precipitação
pluviométrica e água subterrânea, e solapamento de falésias em período de maré de sizígia.
O principal tensor de origem antrópica identificado na bacia estuarina do Rio
Jaguaribe foi a carcinicultura que, além de ser uma atividade que vem degradando,
principalmente, área de manguezal, contribui com o lançamento de rejeitos dos viveiros no
sistema estuarino sem prévio tratamento.
Os tensores de origem antrópica presentes no sistema estuarino do Rio Jaguaribe
resultam da falta de ordenamento do uso e ocupação do solo. Os problemas levantados no
presente estudo estão, essencialmente, relacionados à falta de planejamento sustentável dos
municípios e suas respectivas atividades econômicas, e, conseqüente, ineficiência dos
serviços de saneamento básico.
A principal interferência da barragem de Itaiçaba, assim com das demais
construídas no Rio Jaguaribe, foi à alteração do fluxo hidrossedimentológico em direção ao
ambiente estuarino comprometendo sua a estabilidade ambiental. A construção de
barragens no Estado do Ceará, em função das irregularidades das chuvas, apesar de
necessária ao desenvolvimento, precisa ser feita em consonância com a capacidade de
suporte dos estuários para que não venha a comprometer o potencial dos recursos naturais.
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10
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