Ano 16
n.1jan/abril
2007
Ano 16 n.1 janeiro/abril de 2007 2 Senac e Educao Ambiental
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Senac e educao ambiental. Vol. 1, n. 1 (1992)- . Rio de Janeiro : Senac/DN, 1992- .v. : il.
Quadrimestral.
1.Educao ambiental - Peridicos. 2. Ecolo-gia Peridicos. I. Senac.
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Senac e Educao Ambiental 3 Ano 16 n.1 janeiro/abril de 2007Senac e Educao Ambiental 3 Ano 16 n.1 janeiro/abril de 2007
A notcia no era exatamente nova. Mas, de maneira surpreendente, caiu como uma verdadeira bomba no mundointeiro no incio deste ano, como se, finalmente, a humanidade tivesse acordado de um longo perodo de hibernao.
O teor da informao contida num relatrio produzido por um painel de mais de 2.000 cientistas, sob a coordena-o da ONU era muito claro: as atividades que emitem gases de efeito estufa esto sendo responsveis, sim, porum processo de aquecimento global. Em outras palavras, o ser humano est provocando um fenmeno de conse-qncias muito graves e que poderia at, a longo prazo, inviabilizar a sobrevivncia da prpria espcie no planeta.
Independentemente dos cenrios traados alguns mais otimistas e outros, claramente catastrofistas , o fato que,a partir da divulgao desse relatrio, ningum mais pode ignorar a gravidade do processo de aquecimento global ouas suas causas. A grande questo : o que fazer para reduzir o seu ritmo e, na melhor das hipteses, revert-lo?
As respostas variam muito, segundo o setor de onde provm, e vo de solues tcnicas e de natureza estritamen-te econmica at propostas radicais, de ruptura de paradigma civilizatrio, passando por mudanas de naturezaapenas comportamental.
Para o mercado, por exemplo, a negociao de crditos de carbono, prevista no Protocolo de Kioto, uma dassadas para atenuar o problema. Partindo do princpio de que o aquecimento global um fenmeno em escalamundial e, portanto, vlida qualquer iniciativa de reduzir a emisso de gases de efeito estufa , no importa ondeseja feita pases e empresas tm investido crescentes somas em projetos que contribuem para esse objetivo.
Este tipo de iniciativa tem sido, porm, criticada por alguns setores ambientalistas, para os quais propostas como estano vo ao cerne do problema, pois buscam solues para as questes ambientais sem romper a lgica do mercado,dentro da qual a natureza apenas mais uma mercadoria. Dessa forma, afirmam esses crticos, o mercado de carbono,como outras iniciativas similares, no coloca em discusso a necessidade urgente de uma mudana no modelo desociedade atualmente hegemnico no mundo por definio, um consumidor voraz e insacivel dos recursosnaturais do planeta. Alm disso, alegam, iniciativas como a do mercado de carbono no questionam a utilizaodesigual dos recursos naturais do planeta. Por ltimo, lembram que os habitantes dos pases ricos no s consomemmuito mais que o das naes em desenvolvimento, como tm um estilo de vida infinitamente mais poluidor.
Seja como for, o mercado de crditos de carbono uma realidade e, portanto, deve ser melhor conhecido por todosos que se preocupam com os problemas ambientais globais. E por isso, ele , juntamente com a questo doaquecimento global, o tema de Capa desta edio.
Na seo Entrevista, o ambientalista mexicano Enrique Leff analisa as razes da crise ambiental atual e os desafiosepistemolgicos e filosficos que a humanidade enfrenta para instituir uma nova racionalidade planetria. A vidafoi transtornada pela lgica do mercado e pelo poder tecnolgico, levantando um problema ontolgico, epistemo-lgico e tico sem precedentes, alerta.
Outro destaque desta edio a reportagem sobre o Aqfero Guarani, um gigantesco manancial de gua docelocalizado em terras do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Apresentado muitas vezes pela mdia como o maiormar subterrneo de gua doce do mundo, esse reservatrio ainda est envolto em mitos e idias equivocadas.Mas, como mostra nossa reportagem, um esforo de pesquisa multinacional comea a desvendar seus segredose a relacionar as necessidades socioeconmicas e ambientais com as reais potencialidades do reservatrio.
Alm dessas matrias, voc ter a oportunidade de conhecer projetos que conciliam a proteo ao meio ambientecom a busca por maior qualidade de vida para a populao, como o Poema, na Amaznia, os do Centro EscolaMangue, em Pernambuco, e o Mova Capara, no Esprito Santo. Tambm poder conhecer a enorme biodiversida-de do Amap, que comea finalmente a ser desvendada aps uma srie de expedies cientficas.
Ano 16 n.1 janeiro/abril de 2007 4 Senac e Educao Ambiental
88888Entrevista
Enrique Leff:Enrique Leff:Enrique Leff:Enrique Leff:Enrique Leff: preciso romper preciso romper preciso romper preciso romper preciso romper
com a idia decom a idia decom a idia decom a idia decom a idia deum progressoum progressoum progressoum progressoum progressosem limitessem limitessem limitessem limitessem limites
Em entrevista exclusiva, oconhecido ambientalista mexi-cano analisa as razes da crise
ambiental atual e os desafios quea Humanidade enfrenta para
instituir uma nova racionalidadeem nvel planetrio.
2020202020Capa
Aquecimento global:Aquecimento global:Aquecimento global:Aquecimento global:Aquecimento global:o desafio do sculoo desafio do sculoo desafio do sculoo desafio do sculoo desafio do sculo
Relatrio feito por cientistas detodo o mundo no deixa maismargem dvida de que as
emisses de gs carbnico estorelacionadas ao aquecimento
global. Em todo o mundo, prolife-ram propostas e aes para tentar
se reverter esse processo. Entre asaes j em andamento, est a
negociao de crditos nas bolsasde mercado de carbono, um
mercado que cresce rapidamenteem vrios pases, inclusive o Brasil.
44Especial
Aqfero Guarani:Aqfero Guarani:Aqfero Guarani:Aqfero Guarani:Aqfero Guarani:o que se conheceo que se conheceo que se conheceo que se conheceo que se conhecedesse bem pblicodesse bem pblicodesse bem pblicodesse bem pblicodesse bem pblico
multinacionalmultinacionalmultinacionalmultinacionalmultinacional
Novas pesquisas sobre o aqfero,que relacionam necessidades
socioeconmicas e ambientais comas reais potencialidades do reserva-
trio, comeam a dar uma idiamais precisa do que se pode
esperar desse enorme manancial degua potvel. Uma boa gesto
pblica do aqfero com vistas aseu uso sustentvel depende
desse conhecimento.
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166666BiodiversidadeBiodiversidadeBiodiversidadeBiodiversidadeBiodiversidade
Desvendando as riquezas
do Amap
Biodiversidade do estado maisconservado do Brasil comeou a ser
desvendada atravs de srie deexpedies cientficas. Parceria
interinstitucional aposta no desenvol-vimento auto-sustentado da regio
3232323232Educao AmbientalEducao AmbientalEducao AmbientalEducao AmbientalEducao Ambiental
Que viva o mangue!
Projeto que concilia preservao dosmangues com gerao de renda, a
partir da produo artesanal ecultural, valoriza saber tradicional e
resgata auto-estima de comunidadede pescadores de Recife
3434343434CulturaCulturaCulturaCulturaCultura
O cinema como aliado daeducao ambiental
Cinema e educao ambientalmobilizam jovens capixabas noentorno do Parque Nacional do
Capara, em um festival que usa astima arte para promover cidadania
e conscientizao ambiental
3 63 63 63 63 6Qualidade de vidaQualidade de vidaQualidade de vidaQualidade de vidaQualidade de vida
Por uma alimentao
mais saudvel
Produtores brasileiros naturaisconquistam mercados no exterior e
ampliam tambm o mercado internopara alimentos sem resquciosqumicos e cujos mtodos de
cultivo regeneram o solo e as guas
4040404040Solues SustentveisSolues SustentveisSolues SustentveisSolues SustentveisSolues Sustentveis
Na Amaznia, pobreza e meio
ambiente viram Poema
Parceria entre os setores pblico eprivado e organizaes no-gover-namentais nacionais e estrangeirasd origem a um projeto que buscapropiciar melhor qualidade de vida
aos povos tradicionais da Amaznia,aliada preservao do meio
ambiente
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