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APOSTILA DA ESCOLA DE OPTIMIST
DO CLUBE DOS CAIÇARAS
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1
HISTÓRIA DA VELA E DO OPTIMIST ............................................................................................ 2
OBJETIVO DO CURSO E RECOMENDAÇÕES ............................................................................... 3
CONHECENDO O OPTIMIST ........................................................................................................ 4
PARTES DO BARCO ..................................................................................................................... 5
CONHECENDO OS NÓS ............................................................................................................... 6
MONTANDO O OPTIMIST ........................................................................................................... 8
APRENDENDO A DESVIRAR O OPTIMIST .................................................................................. 10
CONHECENDO O VENTO .......................................................................................................... 11
CONHECENDO AS MANOBRAS ................................................................................................ 12
O VELEJO OLHANDO O VENTO ................................................................................................. 15
POSIÇÃO DO OPTIMIST EM RELAÇÃO AO VENTO ................................................................... 18
PERCURSOS .............................................................................................................................. 19
LARGADA .................................................................................................................................. 21
VOCABULÁRIO NÁUTICO ......................................................................................................... 23
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INTRODUÇÃO
Olá, neste curso você vai conhecer a arte de velejar, de movimentar um barco
Optimist a partir do vento, sem necessidade de utilizar motores ou remos. Velejar é um
esporte especial, pois além de exigir força e preparo físico, exige, mais do que qualquer outra
coisa, inteligência e raciocínio. Velejar despertará em você o interesse pelas mais diversas
forças da natureza que, somadas, influenciarão no desempenho do seu barco. Não existe
sensação melhor do que ganhar uma regata e perceber que ninguém soube domar os ventos,
as ondas e as marés melhor do que você.
E, quando você não estiver correndo regatas, vai adorar passear com seu barco,
observar o mar, ver os peixes, os golfinhos e ouvir o delicioso barulho da proa cortando as
ondas. Podemos dizer, portanto, que você a partir de agora é um privilegiado, que muito em
breve será um homem do mar e que, como poucas pessoas, terá um contato amigo e
cúmplice com as águas e com toda essa natureza fantástica que aí está para desfrutarmos.
Bons ventos!!!
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2
HISTÓRIA DA VELA E DO OPTIMIST
Os barcos a vela são utilizados desde a antiguidade e representam uma peça muito
importante para o desenvolvimento da humanidade. As primeiras referências à navegação a
vela foram encontradas em pinturas onde hoje é o Kwait (Oriente Médio) e datam do 5000
a.C..
O Optimist foi projetado em 1947 nos Estados Unidos para velejadores de 8 a 15 anos
de idade. É uma das classes mais numerosas que existem e é um barco considerado um
excelente barco-escola, já tendo iniciado na vela diversos campeões.
O Optimist chegou ao Brasil no ano de 1972
através do Dr. José Gonella Castelo Branco que
descobriu o barco em uma revista náutica francesa. Com
o projeto do barco e a ajuda do Marinheiro Luis (Seu
Luis) construiu os 10 primeiros Optimist do Brasil (um
deles ainda se encontra preso ao teto da garagem
náutica do Clube dos Caiçaras).
O Castelão
Inspirado no Optimist, Dr. Castelo desenvolveu o barco-escola chamado Castelão, tal
barco tem escala maior que o Optimist, o que lhe permite comportar até quatro crianças
mais um instrutor. Seu objetivo é facilitar as primeiras aulas de vela, quando o aluno ainda
não desenvolveu equilíbrio e confiança suficientes para pilotar sozinho um Optimist.
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OBJETIVO DO CURSO E RECOMENDAÇÕES
Neste curso básico de Optimist, passaremos todos os conceitos teóricos e práticos
que consideramos necessários para torná-lo apto a velejar sozinho em um veleiro monotipo,
desde que este seja adequado ao seu porte físico.
Seja bem-vindo a este saudável estilo de vida e bons ventos!
Recomendações
1. É indispensável o uso de colete salva-vidas durante as aulas na água. Este material será
entregue pela escola.
2. Para as aulas na água, o aluno deverá levar apenas objetos essenciais. Bolsas, tênis,
telefones, etc. devem ficar em terra.
3. O aluno só deverá entrar na água após autorização do instrutor.
4. Durante a permanência no bote o aluno deverá permanecer com as pernas para dentro
dos mesmos.
5. Os alunos deverão velejar apenas na área demarcada pelas bóias da escola.
6. O uso de protetor solar ou roupas com proteção UV (boné, lycra e etc..) nos dias quentes é
muito importante. Assim como nos dias frios é recomendado o uso de casaco (casacos de lã
ou impermeáveis são os mais indicados).
7. É importante cada aluno levar sua própria água para hidratação durante o exercício,
evitando não só a sede, como uma possível contaminação ao partilhar a garrafa com colegas.
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CONHECENDO O OPTIMIST
FICHA TÉCNICA:
Comprimento – 2,32 m
Boca (largura) – 1,22 m
Peso – 35 kg
Área Vélica – 4 m²
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PARTES DO BARCO
Proa
A parte da frente da embarcação.
Popa
A parte de trás da embarcação. Onde fica fixado o leme do Optimisit.
Bombordo
O lado esquerdo da embarcação quando se
está olhando para a proa.
Boreste
O lado direito da embarcação quando se está
olhando para a proa.
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CONHECENDO OS NÓS
Todo bom velejador tem obrigação de conhecer os nós de marinharia. Existe uma
infinidade de nós que podem ser utilizados em um barco. Recomendamos o aprendizado da
maior quantidade possível destes nós, principalmente por considerarmos esta prática uma
excelente terapia.
Para este curso, selecionamos quatro nós imprescindíveis ao velejador. Vale lembrar
que o nó eficiente é o que não solta sozinho, mas que é fácil de desfazer, em qualquer
momento, pelo velejador:
Nó de oito
É um nó simples, usado principalmente em pontas de cabos para que estes não
escapem de um moitão. Seu nome deve-se ao seu formato idêntico ao número oito.
Nó de frade
Mesma função do nó de oito.
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7
Nó direito
É utilizado para emendar dois cabos ou unir as pontas de um mesmo cabo. É um nó
fácil, mas devemos ter cuidado para não confundi-lo com o nó torto. Este último por sua vez,
jamais deve ser usado em uma embarcação.
Lais de guia
É extremamente eficiente e útil na maioria das situações. Recomendamos muito
treino no aprendizado deste nó, que para os iniciantes pode parecer complicado.
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MONTANDO O OPTIMIST
1 - Montar a vela;
● Abra a vela no chão;
● Coloque o mastro na testa da vela e comece a amarrar os olhais da vela no mastro;
● Coloque a retranca na esteira da vela e encaixe-a através da boca de lobo ao mostro,
por fim amarre os olhais da vela na retranca;
● Coloque a espicha no tope da vela e prenda no cabo de regulagem que fica no meio
do mastro;
2 - Passe o mastro pela enora do barco e depois encaixe no copo do mastro;
3 - Coloque o moitão na retranca e passe a escota da vela pelos moitões. Se a escota já
estiver montada apenas coloque o moitão na retranca conferindo se a escota não está
torcida;
4 - Amarre o mastro no barco;
5 - Amarre o cabo de reboque no mastro;
6 - Amarre a bolina no barco;
7 - Ao colocar o barco na água coloque o leme e depois a bolina;
Boa velejada!
Antes de entrar na água, observe sempre com muito cuidado e atenção:
● Se os salsichões estão cheios;
● Se o cabo de reboque está sem nós e preso ao barco;
● Se os baldes estão amarrados;
● Se o leme e a bolina estão encaixando sem problemas de ajuste;
● Se o mastro está preso;
● Se a alça de escora está presa;
● Se todos os nós estão corretos e se todo o equipamento está montado conforme a
orientação do professor.
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Boca de lobo, cabo de segurança do
mastro e regulagem do burro.
Detalhe da esteira.
Barco preparado para ir para a água.
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APRENDENDO A DESVIRAR O OPTIMIST
Caso o barco vire, não se assuste, é uma situação que às vezes acontece. Para
desvirar o Optimist, devemos subir na borda do casco, segurando a bolina e jogando o peso
do corpo para trás, até que o barco fique de lado. Suba então na bolina e segurando na borda
do barco, jogue novamente o peso do corpo para trás até que o barco fique novamente “em
pé”. Procure fazer todos esses movimentos da maneira mais suave possível, para que o barco
se posicione de frente para o vento e também para que não vire para o outro lado por cima
de você.
Uma vez desvirado devemos usar os baldes que estão amarrados no barco para tirar a
água de dentro do barco e voltar a navegar.
O professor sempre estará por perto, no bote, dando instruções, fazendo as
correções, dando dicas, orientando na execução das manobras. Ele é o seu apoio na lagoa ou
no mar. Em qualquer necessidade, nunca abandone seu barco. O Optimist não afunda.
Mantenha a calma e aguarde ajuda. Lembre-se de ter sempre água para beber no seu barco.
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11
CONHECENDO O VENTO
A vela é a responsável pela captura da energia do vento, que após algumas reações
aerodinâmicas leva o veleiro ao movimento. O seu formato e sua curvatura, chamada de
“shape”, é muito importante. Sua regulagem é que determinará o quanto o veleiro usará essa
energia do vento a seu favor. Veja o que ocorre quando o vento passa pela vela.
Pela força do vento, a tendência do barco é de girar a favor dele, mas a interferência
da bolina e leme trabalhando juntos compensam essa força de torção, e o resultado é o
deslocamento do barco, conforme diagrama acima.
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12
CONHECENDO AS MANOBRAS
Arribar
Girar a Proa no sentido de afastá-la da linha do vento (contrário de orçar). Para
executar esta manobra o velejador deverá puxar a cana de leme para perto dele.
Importante lembrar que depois de arribar deve-se colocar o leme reto, para que o
barco volte a andar em linha reta e o velejador não perca o controle do barco.
Orçar
Girar a Proa na direção do vento (contrário de arribar). Para executar esta manobra o
velejador deverá empurrar a cana de leme para longe dele.
Importante lembrar que depois de orçar deve-se colocar o leme reto, para que o
barco volte a andar em linha reta e o velejador não perca o controle do barco.
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13
Cambada
Manobra de mudança de direção do barco em que cruzamos a linha do vento contra
o mesmo, ou seja, passando a proa do barco por onde esta vindo o vento. Esta manobra
ocasiona a passagem da vela de um bordo para o outro do barco.
Para cambar, o velejador deverá:
1. Empurrar suavemente a cana de leme, fazendo com que o barco vire em direção à
linha do vento.
2. Quando o barco estiver alinhado com o vento, a vela começará a panejar (bater).
Continue empurrando a cana de leme até que o vento atinja a vela pelo outro lado.
3. Passe para o outro bordo do barco (sempre lado oposto da vela), abaixando a cabeça
para que não bata na retranca, e volte a velejar, regulando adequadamente as velas.
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14
Jibe
É também uma manobra de mudança da direção do barco, sendo que cruzamos a
linha do vento em popa. Em consequência, a manobra é feita com a vela cheia, o que a torna
uma manobra mais rápida. Portanto, no momento do jibe, o velejador deve ter cuidado com
a retranca que poderá passar de um bordo para o outro com muita velocidade.
Para executar o jibe o velejador deverá:
1. Puxar a cana de leme e caçar um pouco a escota, a fim de diminuir o curso da
retranca, quando ela passar.
2. Assim que a vela mudar de lado, o velejador deve passar para o bordo oposto,
abaixando a cabeça para não ser atingido pela retranca.
3. Quando a vela chegar ao outro lado e o velejador estiver sentado na borda, soltar um
pouco a vela para não ter muita pressão.
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15
O VELEJO OLHANDO O VENTO
Contravento
É quando o vento está no sentido contrário à trajetória do barco. Para velejar em
contravento o velejador precisa navegar em zigue-zague em relação ao vento, pois ao
receber o vento exatamente pela proa o barco não consegue avançar.
Para velejar em contravento deve-se:
● Caçar a vela até a quina do barco.
● Abaixar toda a bolina.
● Orçar até o limite antes que a testa da vela comece a panejar. (Se começar a panejar
o velejador deve arribar até que pare).
Detalhe da posição da retranca no contravento (quina do barco).
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Través
É quando o vento atinge a embarcação pelo lado. É a situação em que o barco
desenvolve maior velocidade.
Para velejar com vento de través deve-se:
● Direcionar com o leme (orçando ou arribando) para onde está o rumo.
● Levantar um pouco a bolina
● Deixar a vela o mais solta possível (soltar a escota o máximo possível) até que a testa
da vela comece a panejar. Quando começar a panejar o velejador deve caçar um
pouco a escota.
Detalhe da bolina no vento de través.
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Vento em popa
É o vento que atinge a embarcação no sentido popa - proa. As primeiras embarcações
a vela só conseguiam navegar em vento de popa, de modo que uma das principais evoluções
da navegação à vela foi o desenvolvimento de velas e cascos com capacidade para orçar.
Para velejar no vento em popa deve-se:
● Soltar a vela até a retranca ficar a 90 graus com o barco.
● Levantar a bolina.
● Direcionar com o leme (orçando ou arribando) para onde está o rumo.
● Ficar atento para a manobra do jibe!
Detalhe da posição da vela solta no vento em popa.
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POSIÇÃO DO OPTIMIST EM RELAÇÃO AO VENTO
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19
PERCURSOS
Quando disputamos uma regata de vela é muito importante sabermos o percurso que
temos que fazer com nosso barco para completar a prova. Os percursos são marcados por
boias (normalmente laranjas, vermelhas ou amarelas). Um barco chamado Comissão de
Regatas (CR) é utilizado pelos organizadores para marcar as posições de largada e chegada,
sinalizando instruções através de bandeiras.
Os percursos mais usados são:
Trapezoidal
1. Contravento
2. Través
3. Vento em popa
4. Contravento
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20
Barlavento-Sotavento (“Barla-Sota”)
1. Contravento
2. Vento em popa
3. Contravento
4. Vento em popa
5. Contravento
Triangular
1. Contravento
2. Través folgado
3. Través folgado
4. Contravento
5. Vento em popa
6. Contravento
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21
LARGADA
A largada de uma regata segue o padrão estabelecido nas regras de cada classe. No
Optimist, o procedimento é o seguinte:
5 minutos antes da largada
Sobe bandeira da classe Optimist e tem um aviso sonoro.
4 minutos antes da largada
Sobe bandeira da regra (nos diz a penalidade para quem cruzar a linha imaginaria
antes do tempo). No exemplo utilizaremos a bandeira PAPA (azul com quadrado branco).
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22
1 minuto antes da largada
Abaixa bandeira da regra e é dado um aviso sonoro.
Largada!
Abaixa bandeira da classe e é dado um aviso sonoro.
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23
VOCABULÁRIO NÁUTICO
Neste capítulo, além de dar o significado dos termos náuticos encontrados neste
material, incluímos outros que o velejador certamente ouvirá no meio náutico.
Abalroar: colidir.
Adernar: inclinação sobre um dos bordos.
Adriça: cabo que iça a vela ao mastro.
Amura: o bordo que recebe o vento.
Arribar: guinar para sotavento.
Barlavento: lado de onde sopra o vento.
Boca: largura máxima da embarcação.
Boca de lobo: peça para prender a retranca ao mastro no Optimist
Bolina: peça móvel que tem a função de quilha.
Bombordo: lado esquerdo da embarcação.
Bordejar: velejar alternando o bordo a ser atingido pelo vento, por meio de sucessivas
cambadas.
Boreste: lado direito da embarcação.
Brandal: cabo que sustenta o mastro lateralmente (não tem no Optimist).
Burro: cabo fixado sob a retranca para regular a sua altura.
Caçar: puxar um cabo, contrário de folgar.
Calado: máxima distância vertical a partir da linha d’água em direção à quilha.
Catraca: moitão com a finalidade de caçar cabos (escotas, adriças, etc).
Embarcação: construção feita de modo à flutuar e destinada a transportar pela água pessoas
e coisas.
Enora: a abertura por onde o mastro passa pelo convés do barco.
Escorar: fazer contrapeso, a fim de compensar a força que o vento imprime sobre a vela,
inclinando o barco.
Escota: cabo que determina a principal regulagem de uma vela, geralmente responsável pelo
formato da mesma.
Escotilha: Porta.
Esteira: é o lado inferior da vela.
Estibordo: lado direito da embarcação (mesma coisa que boreste).
Garlindéu: peça que fixa a retranca ao mastro em barcos grandes.
Gurutil: parte superior das velas redondas ou quadrangulares.
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24
Linha d’água: linha que separa a parte “fora da água” da parte “dentro da água” da
embarcação.
Manilha: peça em forma de “u” que tem a função de fixar peças ou cabos em qualquer parte
da embarcação.
Moitão: roldana.
Nó: Medida de velocidade (1 nó = 1,852 km/h).
Orça: capacidade de velejar contra o vento.
Orçar: velejar contra o vento.
Poita: peso no qual é amarrado um cabo com uma bóia na extremidade, tem a função de
âncora.
Popa: parte traseira da embarcação.
Popa rasa: situação em que se veleja com o vento atingindo o veleiro exatamente pela popa.
Proa: parte dianteira da embarcação.
Quilha: parte do barco localizada abaixo da linha d’água que tem a função de compensar a
força lateral gerada pela incidência do vento sobre a vela. A quilha faz com que o barco não
ande de lado e sim para a frente.
Retranca: peça fixada ao mastro que acompanha a esteira da vela.
Stopper: espécie de terminal usado para prender um cabo na altura desejada.
Sotavento: lado para onde sopra o vento.
Testa: lado da vela que acompanha o mastro.
Tope: topo do mastro.
Trimar: regular as velas.
Valuma: parte de trás da vela, mais próxima à popa, por onde o fluxo de ar sai.
Vigia: janela.