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APOSTILA SOBRE ENFERMAGEM DO TRABALHO E EMERGÊNCIAS
MÉDICAS
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EMENTA DA DISCIPLINA: História da Saúde do trabalhador; As funções dos trabalhadores de enfermagem do Trabalho; Programa s de saúde do trabalhador, Grupos especiais de trabalho; Exames de saúde, Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional(PCMSO); Processos de Esterilização materiais; programas de educação continuada na área do trabalho; qualidade de vida no trabalho; atendimento pré-hospitalar, definição; Sistemas Estaduais de Urgências e Emergências estaduais, avaliação da vítima, reanimação cardio- pulmonar, lesões torácicas, traumatismo cranio encefálico, princípio básicos de imobilização, queimaduras, acidentes com múltiplas vítimas.
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SUMÁRIO PÁGINA
1-História da Saúde Ocupacional...................................................4 2- Normas Regulamentadoras.......................................................6 3-A Enfermagem do Trabalho ......................................................13 4-A Educação de Enfermagem no Brasil.........................................13 5-Atribuições do Técnico de enfermagem.......................................16 6- O Téc. de Enfermagem na empresa...........................................17 7- Programas de Saúde do Trabalhador.........................................19 8- Grupos Especiais.......................................................................22 9-Programa de Controle Biológico...................................................24 10- Normas de Precauções Universais.............................................26 11- Normas e Rotinas de Enfermagem............................................27 12- Controle, preparo e Esterilização de materiais...........................28 13- Anotações e registros de enfermagem.......................................31 14- Integração do Profissional de Enfermagem................................33 15- Aspectos Nutricionais do Trabalhador........................................34 16- Programa de Imunização do Trabalhador...................................35 17- Educação em Saúde Individual e em grupo.................................38 19- Anexos.....................................................................................39 Emergências Médicas 20- Primeiros Socorros....................................................................45 21- Atendimento Pré- hospitalar.......................................................45 22- Sistemas Estaduais de Urgências e Emergências..........................47 23- Hora Dourada...........................................................................48 24- Avaliação e Abordagem Inicial da Vítima.....................................49 25- PCR/RCR...................................................................................53 26- RCR no Suporte Básico de Vida...................................................54 27- Técnicas Manuais de abertura de vias aéreas...............................55 28- RCR no suporte Básico Avançado de Vida.....................................57 29-Choque........................................................................................57 30- Lesões do tórax...........................................................................61 31- Tamponamento cardíaco..............................................................63 32- Tórax Instável.............................................................................64 33- Lesões abdominais.......................................................................66 34- Traumatismo Crânio Encefálico.....................................................67 35- Traumatismo Raquimedular..........................................................68 36- Lesões traumo ortopédicas...........................................................69 37- Queimaduras...............................................................................75 38- Acidentes com múltiplas vítimas....................................................94
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1-História da Saúde Ocupacional
O trabalho surgiu junto com a humanidade. Desde os primórdios o homem teve
necessidade de trabalhar para prover sua existência. Com o passar dos anos e o
surgimento de várias atividades e doenças ligadas ao trabalho foram surgindo estudos a
respeito da saúde ocupacional.
Em 1700, na Itália, foi publicado o livro As doenças dos Trabalhadores de
Bernadino Ramazzini, médico preocupado com o surgimento de várias doenças nos
trabalhadores. Este livro foi um marco na história da Saúde Ocupacional. Este autor foi
considerado o pai da Medicina do trabalho.
Com o surgimento da Revolução Industrial em no final do século XVIII, inicialmente
na Inglaterra, e depois em vários países da Europa, os problemas de saúde nos
trabalhadores se agravaram. A industrialização, com a introdução de máquinas, trouxe
profundas mudanças no mundo do trabalho. As pessoas abandonaram os campos e foram
viver em aglomerados nas cidades em torno das indústrias.
A improvisação dos locais de trabalho, a carga horária extensa( chegando a uma
jornada de 16 horas diárias de trabalho), a utilização de mão de obra feminina e infantil,
precárias condições de higiene e trabalho, favoreceram a ocorrência de vários problemas
ocupacionais.
Os acidentes eram numerosos e fatais, provocadas por máquinas e falta de
equipamento adequado para manuseá-la. Os trabalhadores não eram treinados com
relação ao funcionamento das máquinas e lidavam de forma amadora, contribuindo para o
aumento crescente de acidentes. Além disso, começaram a surgir produtos tóxicos que
eram utilizados na indústria sem qualquer orientação aos trabalhadores, levando a
ocorrência de mortes, principalmente entre crianças. A jornada extensa, que começava de
madrugada e se estendia até à noite, também contribuiu para aumentar os índices de
doenças profissionais.
Aos poucos, esta situação provocou revolta na sociedade que exigiu do governo
providências, pois pessoas estavam morrendo todos os dias devido a precariedade das
condições de trabalho.
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Em 1802, o Parlamento Britânico conseguiu aprovar a “ Lei da Saúde e Moral dos
Aprendizes”, que estabelecia uma jornada de 12 horas de Trabalho, proibindo o trabalho
noturno, e obrigando as fábricas a instalarem sistemas de ventilação.
Com a evolução Industrial as condições de trabalho pioraram, os patrões só
visavam os lucros, e tentavam a todo custo burlar as leis. Nesta época, em 1930, foi
criado o primeiro serviço médico industrial, em todo o mundo, com o médico Robert
Baker, surgindo então a figura do médico na saúde ocupacional.
A partir de 1833, as condições de trabalho começaram a melhorar, em função da
organização dos trabalhadores que começaram a exigir melhores condições de trabalho
vencendo a resistência dos empregadores.
No Brasil, somente em 1940, começaram a se preocupar com as questões
referentes à Saúde do Trabalhador. Neste ano foi fundada a Associação de Prevenção de
Acidentes de Trabalho.
Em 1943, um acontecimento histórico no país para os trabalhadores foi a criação da
CLT- Consolidação das Leis de Trabalho.
Em 1960 foram criados o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço(FGTS) e o Instituto
Nacional de Previdência Social que atualmente é chamado de Instituto Nacional de
Seguridade SociaL(INSS), nos qual os acidentes de trabalho são assegurados. Nesta
década foi Criado o FUNDACENTRO.
Em 8/06/1978, foi aprovada pelo Ministério do Trabalho a Portaria 3.214, que criou 28
Normas Regulamentadoras(NRS), que atualmente são 33NRs e 5 NRs Rurais. Estas
normas orientam empresas e trabalhadores acerca de deveres, obrigações e direitos,
principalmente sob regime celetista.
Desde 1987 todas as empresas do país com empregados em regime celetista tem que ter
um Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho(SEMST). Este serviço
obedece a uma escala de graduação de risco, de acordo com a atividade desenvolvida e
número de empregados, conforme estabelecido na NR 4.
Segue abaixo quadro com principais normas e seus resumos
2-NORMAS REGULAMENTADORAS
NR1 - Disposições Gerais: Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho do Trabalho Urbano, bem
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como os direitos e obrigações do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores
no tocante a este tema específico.
NR2 - Inspeção Prévia: Estabelece as situações em que as empresas deverão
solicitar ao MTb a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem
como a forma de sua realização.
NR3 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as empresas se
sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem
como os procedimentos a serem observados, pela fiscalização trabalhista, na
adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho.
A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, é o artigo 161 da CLT.
NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que
possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em
funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a
integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e
específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da
CLT.
NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Estabelece a
obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e manterem em
funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída exclusivamente por
empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, através da
apresentação de sugestões e recomendações ao empregador para que melhore as
condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 163 a 165 da CLT.
NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define os tipos de
EPI's a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre
que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde e a
integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica,
que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da
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CLT.
NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece a
obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
NR8 - Edificações: Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser
observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas
trabalham.
NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece a obrigatoriedade
de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições
que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física
dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais
NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade: Estabelece as condições mínimas
exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações
elétricas, em suas diversas etapas, incluindo elaboração de projetos, execução,
operação, manutenção, reforma e ampliação, assim como a segurança de usuários
e de terceiros, em quaisquer das fases de geração, transmissão, distribuição e
consumo de energia elétrica, observando-se, para tanto, as normas técnicas oficiais
vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais.
NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais:
Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho,
no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de
materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de
infortúnios.
NR12 - Máquinas e Equipamentos: Estabelece as medidas prevencionistas de
segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à
instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à
prevenção de acidentes do trabalho.
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NR13 - Caldeiras e Vasos de Pressão: Estabelece todos os requisitos técnicos-legais
relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de
modo a se prevenir a ocorrência de acidentes do trabalho.
NR14 - Fornos: Estabelece as recomendações técnicos-legais pertinentes à
construção, operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de
trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, é o artigo 187 da CLT.
NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades, operações e
agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, definindo, assim, as
situações que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores,
ensejam a caracterização do exercício insalubre, e também os meios de proteger os
trabalhadores de tais exposições nocivas à sua saúde.
NR16 - Atividades e Operações Perigosas: Regulamenta as atividades e as
operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações
prevencionistas correspondentes. Especificamente no que diz respeito ao Anexo n°
01: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos, e ao anexo n° 02: Atividades
e Operações Perigosas com Inflamáveis, tem a sua existência jurídica assegurada
através dos artigos 193 a 197 da CLT.A fundamentação legal, ordinária e específica,
que dá embasamento jurídico à caracterização da energia elétrica como sendo o 3°
agente periculoso é a Lei n° 7.369 de 22 de setembro de 1985, que institui o
adicional de periculosidade para os profissionais da área de eletricidade.
NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptaçào das
condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A
fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à
existência desta NR, são os artigos 198 e 199 da CLT.
NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção:
Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que
objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de
segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na
industria da construção civil. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso I da CLT.
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NR19 - Explosivos: Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito,
manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e integridade
física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho.
NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Estabelece as disposições
regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de líquidos
combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física
dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho.
NR21 - Trabalho a Céu Aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas
com a prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, tais
como, em minas ao ar livre e em pedreiras.
NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: Estabelece métodos de
segurança a serem observados pelas empresas que desenvolvam trabalhos
subterrâneos de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de
Segurança e Medicina do Trabalho.
NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra
Incêndios, estabelece as medidas de proteção contra incêndio que devem dispor os
locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos
trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento
jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da CLT.
NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Disciplina os
preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho,
especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas,
alojamentos e água potável, visando a higiene dos locais de trabalho e a proteção à
saúde dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da CLT.
NR25 - Resíduos Industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem
observadas, pelas empresas, no destino final a ser dado aos resíduos industriais
resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a saúde e a integridade
física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da CLT.
NR26 - Sinalização de Segurança: Estabelece a padronização das cores a serem
utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a
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proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores.
NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do
Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar
exercer as funções de técnico de segurança do trabalho, em especial no que diz
respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao Ministério do Trabalho. A
fundamentação legal, ordinária e específica, tem seu embasamento jurídico
assegurado través do artigo 3° da lei n° 7.410 de 27 de novembro de 1985,
regulamentado pelo artigo 7° do Decreto n° 92.530 de 9 de abril de 1986.
NR28 - Fiscalização e Penalidades: Estabelece os procedimentos a serem adotados
pela fiscalização trabalhista de Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz
respeito à concessão de prazos às empresas para no que diz respeito à concessão
de prazos às empresas para a correção das irregularidades técnicas, como também,
no que concerne ao procedimento de autuação por infração às Normas
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho.
NR29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Tem
por objetivo Regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças
profissionais, facilitar os primeiro socorros a acidentados e alcançar as melhores
condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As
disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em
operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que
exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo
e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado.
NR30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário :
Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte
de mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na
cabotagem, na navegação interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como
em plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e embarcações de
apoio marítimo e portuário. A observância desta Norma Regulamentadora não
desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições legais com relação à
matéria e outras oriundas de convenções, acordos e contratos coletivos de trabalho.
NR31 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA
AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E
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AQÜICULTURA: Estabelece os preceitos a serem observados na organização e no
ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o
desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.
NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde: Tem por
finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de
proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem
como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em
geral.
NR33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados: Tem como objetivo
estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o
reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de
forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que
interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
NRR1 - Disposições Gerais: Estabelece os deveres dos empregados e empregadores
rurais no tocante à prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais.
NRR2 - Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural -
SEPATR: Estabelece a obrigatoriedade para que as empresas rurais, em função do
número de empregados que possuam, organizem e mantenham em funcionamento
serviços especializados em Segurança e Medicina do Trabalho, visando à prevenção
de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais no meio rural.
NRR3 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - CIPATR:
Estabelece para o empregador rural, a obrigatoriedade de organizar e manter em
funcionamento uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
NRR4 - Equipamento de Proteção Individual - EPI: Estabelece a obrigatoriedade
para que os empregadores rurais forneçam, gratuitamente, a seus empregados
Equipamentos de Proteção Individual adequados ao risco e em perfeito estado de
conservação, a fim de protege-los dos infortúnios laborais.
NRR5 - Produtos Químicos: Estabelece os preceitos de Segurança e Medicina do
Trabalho rural a serem observados no manuseio de produtos químicos, visando à
prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais.
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3-A Enfermagem do Trabalho
A enfermagem profissional surgiu na INGLATERRA no século XIX após um período
considerado o mais obscuro da profissão, pois não eram aconselhados às moças de
famílias estudarem enfermagem devido a profissão estar vinculada a imagem negativa
perante a sociedade. Somente no alvorecer da ciência, ou seja, na representação moderna
e já com a simbologia de FLORENCE NIGHTINGALE, enfermeira pioneira no
desenvolvimento da profissão, é que a os paradigmas foram ultrapassados e a
enfermagem retomou sua escalada rumo ao crescimento profissional.
A enfermagem profissional moderna surgiu no contexto de emergência do sistema
capitalista europeu, particularmente na Inglaterra, subseguindo à decadência dos sistemas
monástico-caritativos de assistência à saúde das populações, que ocorreu entre os séculos
XVI a XIX. Desde as suas origens, a enfermagem profissional presenciou modos de divisão
social e técnica do seu trabalho e esteve submetida a relações de compra e venda de
força de trabalho, tais como conhecemos contemporaneamente.
O marco do nascimento da enfermagem moderna a data de 9 de julho de 1860, quando
15 candidatas tiveram suas matrículas aceitas na Escola Nightingale, que funcionava junto
ao Hospital St. Thomas, em Londres, pode identificar duas características do emergente
sistema capitalista: a reprodução da divisão do trabalho e a utilização de mulheres em
atividades que exigiam pouca qualificação. O trabalho de enfermagem ou das "criadas de
enfermaria" era comparável ao trabalho doméstico e, conseqüentemente, com baixa
remuneração. Essa primeira escola, que instituiu o padrão curricular de formação da
enfermagem profissional hegemônico no mundo moderno, definia duas categorias para a
formação: as lady-nurses e as nurses. Reproduzindo a estrutura social de classes da
sociedade, as primeiras, oriundas da burguesia, eram preparadas para o ensino e
supervisão, e as nurses, geralmente oriundas da classe baixa, executavam o trabalho de
cuidado direto dos doentes e moravam e trabalhavam no hospital durante o período de
formação. Ou seja, as lady-nurses eram responsáveis pelo trabalho intelectual e as nurses
pelo trabalho manual de enfermagem.
Nesse período de transição da enfermagem tradicional para a moderna, os
instrumentos de trabalho de enfermagem relacionavam-se mais ao treinamento disciplinar
dos agentes do que a elaboração do saber de enfermagem.
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4-A Educação de Enfermagem no Brasil
A formação do pessoal de enfermagem principiou com a criação pelo governo, da Escola
Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras no RIO DE JANEIRO. Esta escola, que é de fato
a primeira escola de enfermagem brasileira foi criada pelo Decreto Federal 791, de 27 de
setembro de 1890 e denomina-se hoje Escola de Enfermagem ALFREDO PINTO
pertencendo à Universidade do RIO DE JANEIRO – UNI -RIO.
Com a reforma de CARLOS CHAGAS em 1920 houve uma reorganização dos serviços de
saúde foi criado o departamento Nacional de Saúde Pública, órgão que executava as
atividades de saúde pública no Brasil.
Neste permeio em 1923, em concordância os governos americano e brasileiro fundaram
a 1a escola brasileira de enfermagem guiado pelos moldes das enfermeiras americanas
adaptada do modelo nightingaleano, a ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY.
O exercício profissional foi regulamentado pela Lei 2.604, de setembro de 1955 e a Lei
2.822 de 14 de junho de 1956 que dispõe sobre o registro de diplomas de enfermeiro
expedidos até o ano de 1950.
Em 1959 aconteceu uma Conferência Internacional do Trabalho e, nesta houve a
recomendação de número 112 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que
conceituou a Medicina do trabalho.
Em 1964 a Escola de Enfermagem da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
incluiu a saúde ocupacional no curso de graduação.
O auxiliar de enfermagem do Trabalho foi incluído na equipe de saúde ocupacional em
1972.
Em 1973 criou-se o CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN) e o CONSELHO
REGIONAL DE ENFERMAGEM.
Somente em 1974 aconteceu o primeiro Curso de Especialização de Enfermeiro do
Trabalho. Em 1975 foi incluído o enfermeiro do trabalho na equipe de saúde ocupacional
através da portaria 3.460 do Ministério do trabalho, neste mesmo ano criou-se O Código
de Deontologia de Enfermagem.
Como podemos constatar a história da enfermagem de trabalho no Brasil é recente, e
inicialmente era vista como atendimento emergencial nas empresas. Contudo, o
desempenho dos profissionais vem demonstrando o oposto, o profissional tornou-se
imprescindível.
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Em 1986 houve uma ratificação da lei anteriormente adotada e fica estabelecido que
os profissionais que podem atuar intitulando-se da enfermagem são os profissionais
atuantes da enfermagem: ENFERMEIROS TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM,
bem como as Parteiras que atualmente são representadas por enfermeiras pós graduadas
em obstetrícia.
O Decreto no 94.406/87 regulamenta a Lei no 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe
sobre o exercício da enfermagem, e dá outras providências:
Art. 4º - São Enfermeiros:
I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino, nos termos da
lei;
II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica, conferidos
nos termos da lei;
Art. 5º. São técnicos de Enfermagem:
I - o titular do diploma ou do certificado de técnico de Enfermagem, expedido de acordo
com a legislação e registrado no órgão competente;
II - o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso
estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no
Brasil como diploma de técnico de Enfermagem.
5-ATRIBUIÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
EM CONSONÂNCIA COM O CÓDIGO DE DEONTOLOGIA
Art. 10 - O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio técnico,
atribuídas à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I - assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência
de Enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de
vigilância epidemiológica;
d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar;
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e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a
pacientes durante a assistência de saúde;
f) na execução dos programas referidos nas letras i e o do item II do Art. 8º.
II - executar atividades de assistência de Enfermagem, excetuadas as privativas do
Enfermeiro e as referidas no Art. 9º deste Decreto:
III - integrar a equipe de saúde.
6-O TÉCNICO DE ENFERMAGEM DO TRABALHO NA EMPRESA
Nas empresas o técnico de enfermagem do trabalho necessita, realizar procedimentos
mais específicos, afim de garantir um controle mais eficaz em relação à prevenção
associada á saúde do trabalhador e em tudo o que envolve o profissional que está sob sua
responsabilidade. Há necessidade de comprometimento integral e imprescindível com o
serviço de saúde ocupacional. O Técnico de enfermagem precisa trabalhar de forma
integrada com os demais profissionais de saúde da empresa (engenheiro, médicos,
técnicos de segurança de trabalho, assistente social, psicólogo) bem como com os
trabalhadores.
O técnico de enfermagem tem que estar atualizado no que concerne as normas da
empresa e entender quais são os pontos críticos do seu trabalho, os possíveis riscos que
possam decorrer de suas imperícias, imprudências e negligências.
Em saúde ocupacional as dúvidas e inseguranças têm que ser sanadas, pois a vida do
trabalhador estará inicialmente nas mãos do técnico de enfermagem, pois na maioria das
ocasiões ele será o primeiro a chegar aos locais de acidentes e sua agilidade, destreza e
boa conduta é que serão o guia do serviço médico da empresa, por este e outros fatos é
que além da técnica existe também o procedimento específico da atuação do técnico de
enfermagem do trabalho. A seguir observaremos as atribuições específicas do serviço de
enfermagem do trabalho nas empresas.
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CONTINUAÇÃO:
7-PROGRAMAS DE SAÚDE DO TRABALHADOR
Introdução:
Atendendo ao Disposto na Lei No 6.514 de 22 de dezembro de 1977, que obriga as
empresas que possuem acima de 01 funcionário com registro na Carteira de Trabalho a
terem programas de correntes das exigências que estão descritas nas Normas
Regulamentadoras da lei acima.
PPRA
É um programa de prevenção de riscos ambientais, que visa a atender as
obrigações contidas na NR 09. A principal característica do PPRA é atender, reconhecer,
avaliar e controlar os riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho. Para efeito legal da NR 09 são considerados Riscos ambientais os agentes físicos,
químicos e biológicos. O PPRA tem a importante missão de promover o bem estar do
trabalhador.
O PCMSO
O Programa de Controle Médico de Saúde tem como finalidade principal proteger os
trabalhadores de eventuais danos que possam ocorrer na exposição a agentes nocivos.
todas as empresas que possuem acima de 01 funcionário registrado , independente do
grau de risco da atividade, está obrigada a elaborar e implementar o PCMSO, conforme a
NR 07 do Ministério do Trabalho.
PCMAT Nr18
LTCAT
PPRA Nr09
PCMSO Nr07
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O PCMSO deve se implantado de acordo com os riscos identificados no PPRA(Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais). Ele determina quais serão os exames realizados pelos
trabalhadores de acordo com os riscos identificados no PPRA. A Elaboração e coordenação
do PCMSO compete ao médico especializado em Medicina do Trabalho.
PCMAT
Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalhador contido na NR 18.
Deve ser realizado pelas empresas que estão enquadradas no grupo da indústria da
construção e que possuem 20 trabalhadores ou mais, conforme determinação da NR 04. O
PCMAT deverá contemplar todas as exigências contidas no PPRA da empresa.
LTCAT
Laudo Técnico das Condições ambientais de Trabalho. É um laudo descrito pelo
engenheiro de segurança do Trabalho ou Médico do Trabalho.
O LTCAT documenta todos os aspectos ambientais que estão inseridos no PPRA da
empresa. Ele identifica todos as condições ambientais, o registro de agentes nocivos e
suas conclusões. Através do LTCAT o trabalhador terá ou não direito a aposentadoria
especial(15, 20 ou 25 anos de contribuição)
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8- Grupos Especiais
O
Programa de controle auditivo é realizado por médicos especialistas na área de
otorrinolaringologia
COMO CRIAR UM PROGRAMA DE CONTROLE AUDITIVO (PCA)
1- Conhecer a situação.
2- Controlar a correta realização das medições.
3- Elaborar alternativas para reduzir a exposição.
4- Criar modelos de solicitação de informação para a empresa.
Como norma geral, sempre que não se pode conversar
normalmente a ½ metro de distância, deve-se suspeitar de que o nível de ruído é maior
do que 80 dB(A), e portanto deve ser avaliado. Para conhecer a situação, solicitar da
empresa que faça as medições ambientais, ou que apresente os resultados.
2) Controlar a correta realização das medições.
GRUPOS
ESPECIAIS
PROGRAMA DE
CONTROLE
AUDITIVO PCA
PROGRAMA
DE
CONTROLE
BIOLÓGICO
PROGRAMA
DE
CONTROLE
RESPIRATÓRIO
20
- Que se realizem sempre na presença de um representante dos trabalhadores.
- Comprovar que se medem todos os postos de trabalho nos lugares onde habitualmente
se colocam os trabalhadores, e na altura de seu ouvido.
- Utilizar dosímetros do ruído e calibrador para avaliar postos de trabalho que impliquem
em mobilidade do trabalhador, ou avaliar exposição de funções que expõem o trabalhador
a diferentes níveis de exposição.
- Avaliar a exposição real de cada função/trabalhador, e não só o nível de ruído da
máquina.
- Realizar dosimetria representativa da atividade em pelo menos 40% a 50% do tempo
da atividade. Realizar duas amostragens se ruído maior que 75 dB(A) ou se o trabalhador
é remanejado constantemente entre postos de trabalho.
-Elaborar alternativas para reduzir a exposição.
a- Analisar informações procedentes da Empresa, sobre os estudos e programas de
prevenção.
-Conhecer as ações realizadas pela empresa para diminuir os limites de exposição ao
ruído, verificando medições antes e depois destas ações, e registros fotográficos e
documentais. .
- Conhecer as justificativas técnicas de que não foi possível reduzir os níveis de ruído por
outro meio, e que portanto se devem utilizar EPIs auditivos.
-Modelo de solicitação dos resultados da audiometria
a. Conhecer os resultados globais dos testes audiométricos com as seguintes informações:
21
- Remanejo para áreas onde a exposição ao ruído seja menor do que 80 dB(A) para
trabalhadoras grávidas, no ultimo trimestre de gestação.
9-Programa de Controle Biológico
A saúde do trabalhador é uma área técnica que busca intervir na relação entre o
sistema de produção e a saúde e a saúde, no sentido de promover um trabalho que
dignifique o homem.
A criação do SUS definiu uma política pautada no direito e em devertes do Estado, com a
promoção, proteção e recuperação da saúde.
Em 1989 foi criada a Assessoria de Saúde do Trabalhador AST que tem por objetivo
consolidar a Vigilância em saúde do Trabalhador no Estado do Rio de Janeiro.
No campo da Vigilância Epidemiológica o Estado do Rio de Janeiro possui o
SINAN(Sistema Nacional de Agravos de Notificação Compulsória)
São considerados agravos de notificação segundo os códigos da CID 10(Classificação
Internacional de doenças). São elas: acidentes de trabalho, intoxicação por metais ou
solventes(inclui benzinismo), intoxicação por agrotóxicos, perda auditiva induzida pelo
ruído(pair), pneumoconiose, dermatose ocupacional, Ler/dort(lesões por esforço
repetitivo/doenças osteo-musculares.
A notificação de acidentes e das doenças relacionadas ao trabalho é obrigação de todo
serviço médico.
As informações do SINAM, de denúncias, de outros programas de saúde, as ações de
vigilância preventiva resultam em ações de vigilância nos ambientes e processos de
trabalho. Estas ações são importantes para analisar problemas como: intoxicações
coletivas, acidente fatal, ou problemas de organização de processo de trabalho.
A vigilância intervém nas empresas de forma interdisciplinar. Sua ação se dá em 3 etapas:
Análise do ambiente, do processo de trabalho e dos instrumentos legais de saúde e
segurança.
Avaliação qualitativa e quantitativa dos riscos;
Medidas de intervenção na causa básica dos problemas identificados.
Na Saúde do Trabalhador, o controle social é exercido através do Conselho Estadual de
Saúde do Trabalhador.
22
Com relação ao programa de controle de biológico o ministério da saúde elaborou um
manual que trata da questão
Os acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos potencialmente contaminados
devem ser tratados como casos de emergência médica, uma vez que as intervenções para
profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B necessitam ser iniciados logo após a
ocorrência do acidente, para a sua maior eficácia.
É importante ressaltar que as medidas profiláticas pós-exposição não são totalmente
eficazes, enfatizando a necessidade de se implementar ações educativas permanentes,
que familiarizem os profissionais de saúde com as precauções universais e os
conscientizem da necessidade de empregá-las adequadamente, como medida mais eficaz
para a redução do risco de infecção pelo HIV ou hepatite em ambiente ocupacional.
Este manual deverá ser revisado periodicamente, de modo a incorporar novos conceitos:
No Brasil, a utilização da vacina para hepatite B é recomendada para todos os
profissionais de saúde. Após exposição ocupacional a material biológico, mesmo para
profissionais não imunizados, o uso da vacina, associado ou não a gamaglobulina
hiperimune para hepatite B, é uma medida que, comprovadamente, reduz o risco de
infecção.
É importante ressaltar que não existe intervenção específica para prevenir a
transmissão do vírus da hepatite C após exposição ocupacional.
10- NORMAS DE PRECAUÇÕES UNIVERSAIS
Precauções Universais, atualmente denominadas Precauções Básicas, são medidas de
prevenção que devem ser utilizadas na assistência a todos os pacientes na manipulação
de sangue, secreções e excreções e contato com mucosas e pele não-íntegra. Isso
independe do diagnóstico.
definido ou presumido de doença infecciosa (HIV/aids, hepatites B e C).
Essas medidas incluem a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.), com
a finalidade de reduzir a exposição do profissional a sangue ou fluidos corpóreos, e os
cuidados específicos recomendados para manipulação e descarte de materiais pérfuro-
cortantes contaminados por material orgânico.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
23
Os equipamentos de proteção individual são: luvas, máscaras, gorros, óculos de proteção,
capotes (aventais) e botas, e atendem às seguintes indicações:
· Luvas - sempre que houver possibilidade de contato com sangue, secreções e
excreções, com mucosas ou com áreas de pele não íntegra (ferimentos, escaras, feridas
cirúrgicas e outros);
· Máscaras, gorros e óculos de proteção - durante a realização de procedimentos em que
haja possibilidade de respingo de sangue e outros fluidos corpóreos, nas mucosas da
boca, nariz e olhos do profissional;
· Capotes (aventais) - devem ser utilizados durante os procedimentos com possibilidade
de contato com material biológico, inclusive em superfícies contaminadas;
· Botas - proteção dos pés em locais úmidos ou com quantidade significativa de material
infectante
11-Normas e Rotinas de Enfermagem
� Utilização e manuseio dos Equipamentos:
Os técnicos necessitam de destreza na hora do manuseio de equipamentos, por isto é
de suma importância estudar os manuais e treinar a utilização dos mesmos com
profissional capacitado.
� Aparelhos Usados nos Serviços de Saúde do Trabalhador
Os principais estão listados abaixo e são de uso contínuo no serviço de saúde ocupacional.
Compõe-se dos mais variados,e vão desde os utilizados para a proteção individual (EPI),
Proteção Coletiva até os comumente utilizados na área hospitalar. demonstrados abaixo:
_Ambú**
_Ambulância**
_Bala de oxigênio**
_ Colar cervical**
_Computador**
_ Coletes**
_ Desfibrilador**
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_Manômetros**
_ Máquina Fotográfica**
_Capacetes diversos**
_Óculos de segurança**
_Prancha longa, **
_Red Block(colete) **
_Protetor Auricular**
_Roupas de Segurança**
_Termômetro digital de geladeira**
12- Controle, Preparo e esterilização de Materiais
� Introdução
Nas unidades empresariais, na modalidade que concerne os serviços médicos e neste
estão contidos o serviço de enfermagem algumas atribuições nossas são em relação a
limpeza e desinfecção de equipamentos para procedimentos invasivos ou não.
Antes de definir o tipo de processo que será utilizado na esterilização de materiais é
importante verificar alguns pontos: qual é a clientela da empresa, quantos atendimentos
terão?..Estas são respostas contidas principalmente no grau de risco e do cliente da
empresa que elabora as regras. Na elaboração destas regras, haverá a necessidade do
técnico de enfermagem informar à empresa alguns procedimentos confiáveis de
esterilização para que esta tenha subsídios para realizar levantamentos e investimentos,
verificando a viabilidade de custo e benefício em adquirir materiais para procedimentos no
próprio serviço médico ou terceirizar o serviço. No relatório a ser elaborado é importante
frisar que o serviço de enfermagem cuida desta tarefa com garantias e eficiências
Normalmente existem no mercado várias opções de componente que visam
esterilizar materiais, demonstraremos apenas os mais utilizados e mais viáveis pois
conservam os instrumentais mais tempo esterilizados de acordo com procedimentos pré -
estabelecidos.
Observação:
Para todos os procedimentos realizados a seguir o material deverá ser previamente
lavado, seco para só então iniciar o processo de esterilização.
25
CALOR ÚMIDO
AUTOCLAVE:
SUA AÇÃO ESTERILIZADORA SE DÁ PELA TERMOCOAGULAÇÃO DAS PROTEÍNAS
BACTERIANAS.
Este é o processo de esterilização indicado para a maioria dos instrumentos cirúrgicos.
Vapor saturado sob pressão. Agente esterilizante : CALOR + UMIDADE . Umidade 100%
relativa (saturação). Penetração do vapor saturado que condensa o calor + precipitação
da umidade (umidifica o microorganismo,amolecendo até a quebra capsular, destruindo os
esporos).
Validade da esterilização: 7 à 15 dias. O perfeito funcionamento da Autoclave deve ser
freqüentemente confirmado e serem sempre observadas:
• Corrosão nas tubulações; presença de sinais de oxidação; partículas metálicas;
presença de óleo e o vapor utilizado na esterilização deve estar isento de toda
impureza (através da utilização de água desmineralizada ou destilada, do contrário,
podem produzir corrosão e manchas nos instrumentos. Para evitar incidentes dessa
natureza deve-se seguir fielmente as recomendações de operação do fabricante da
Autoclave. Os instrumentos devem ser dispostos em bandejas abertas forradas com
campos cirúrgicos, caixas furadas ou cestos aramados em aço inoxidável,
envolvidas externamente com tecido não tecido. Deixar espaço dentro do rack
entre um material e outro para haver circulação do agente esterilizante. As
válvulas, manômetros e registros devem operar corretamente, tendo certa relação
entre si. A pressão do vapor desde a caldeira até a Autoclave deverá ser mantida
no nível recomendado pelo fabricante. Recomenda-se a instalação de filtro de
vapor. na alimentação da Autoclave, com capacidade de filtragem de material
particulado (para solucionar o problema de manchas e corrosão em instrumentos e
pacotes molhados).
• Evitar abrir prematuramente a Autoclave. Isto leva ao surgimento de ar frio
no interior do compartimento do esterilizador, resultando em rápida condensação
do vapor que irá depositar resíduos nos instrumentos, manchando-os.
26
• Evitar abrir a Autoclave rapidamente. Deixe todo o vapor sair primeiro e que o ciclo
de secagem se complete, principalmente se a Autoclave se dispor de bomba à
vácuo.
• Evite exceder a temperatura e o tempo recomendado para a esterilização.
Normalmente, o instrumental deve ficar em Autoclave convencional durante 30
minutos à uma temperatura de 121°C a 132°C. Resfriamento : processo gradativo.
Não colocar o material retirado da Autoclave direta e sobre a superfície fria. Forrar
a superfície com vários campos.
• Em ambos os casos o tempo de penetração + tempo de exposição conta a partir do
momento em que se atingiu a temperatura da esterilização.
Antes de imergir os equipamentos deve-se passar pelo processo de limpeza
manual com escova de cerdas macias com detergente enzimático. Após passar pelo
enxagüe com água destilada ou desmineralizada. Colocar os instrumentos abertos,
submersos no líquido esterilizante escolhido, pelo tempo determinado pelo fabricante. O
enxagüe deve ser feito com água destilada esterilizada e efetuar a secagem com
compressas esterilizadas. Ex: Instrumentos ópticos (fibra óptica, materiais termolábeis,
termosensíveis, endoscópios, laparoscópios).
Este processo não é muito recomendado, pois para ter sua eficiência total, deveria
ser feito em sala totalmente estéril e também há relatos de ação corrosiva do
instrumental.
QUÍMICOS LÍQUIDOS:
SUA AÇÃO ESTERILIZANTE SE DÁ PELA FORMAÇÃO DE COMPOSTOS INCOMPATÍVEIS
COM AS FUNÇÕES CELULARES VITAIS.
Agente químico Esterilizante à base de :
ALDEÍDOS : GLUTACID, CIDEX, GLUTA-LABOR, etc.
Tempo mínimo de exposição do instrumental é de 30 minutos para desinfecção e 10 horas
para esterilização.
Altamente corrosivo.
HIPOCLORITO DE SÓDIO:
Utilizado em unidade de Hemodiálise + Banco de sangue - Tempo de exposição do
instrumental para desinfecção é de 30 minutos. Altamente corrosivo.
27
13- ANOTAÇÕES E REGISTRO
Relatórios / Registros e Anotações.
Registros ou anotações de enfermagem consistem na forma de comunicação escrita de
informações pertinentes ao cliente e aos seus cuidados. Entende-se que os registros são
elementos imprescindíveis no processo de cuidado humano visto que, quando redigidos de
maneira que retratam a realidade a ser documentada, possibilitam à comunicação
permanente, podendo destinar-se a diversos fins (pesquisas, auditorias, processos
jurídicos, planejamento e outros). A comunicação representa uma troca de informação e
compreensão entre as pessoas, com o objetivo de transmitir fatos, pensamentos e
valores. É um processo humano de emissão e recepção de mensagens, no qual existem
Relatório das atividades de Enfermagem do trabalho Manuseio e controle de Arquivo Manuseio e controle de Prontuários
28
dois meios de transmissão: o verbal e o não-verbal. O verbal contempla a linguagem
falada e escrita, enquanto os gestos, as expressões corporais e o toque fazem parte da
forma não-verbal.
O registro é um aspecto vital da prática de enfermagem. Ao longo do tempo, a
forma e a qualidade do registro evoluíram, porém o foco continua a ser o impacto positivo
do cuidado sobre o cliente. Nos Estados Unidos da América, os registros têm se tornado
um dos temas mais desafiadores na enfermagem, pois denota a qualidade do cuidado
prestado e subsidia os financiamentos e reembolsos pelas instituições seguradoras.
Manuseio e controle de Arquivos
Manuseios e Controle de prontuário.
O prontuário do paciente é um importante documento referente não apenas à
anamnese, exame físico, prescrição médica e de enfermagem, resultados de exames, mas
também a todos os cuidados médicos, de enfermagem e de outros profissionais da área
da saúde prestados ao paciente. Serve tanto para analisar a evolução da doença como
para defesa do profissional da saúde, além de ser importante fonte de dados estatísticos
do serviço. No processo assistencial, o prontuário do paciente tem sido a principal fonte de
informações.
Ao se referir ao prontuário do paciente e aos registros relacionados a ele, deve-se
enfatizar que o prontuário consiste numa “... forma de comunicação entre aqueles cujos
talentos profissionais são dirigidos no sentido da sua assistência ao paciente”.
14-INTEGRAÇÃO DO PROFISSIONAL DE SAÚDE
� Aspectos Nutricionais do trabalhador;
� Programa de Imunização do Trabalhador;
29
� Atendimento de socorro de Urgência;
� Técnicas de Educação em saúde individual e em grupo
� Educação continuada
15-Aspectos Nutricionais do trabalhador
O governo Getúlio Vargas garantiu uma refeição, pelo menos, aos trabalhadores, por
meio dos restaurantes mantidos pelo Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS).
Posteriormente, esse encargo foi transferido para os serviços sociais das confederações da
indústria, do comércio, dos bancos, dos marítimos, entre outras.
Os encargos da alimentação e nutrição são suportados, majoritariamente, pelas
empresas; os trabalhadores pagam uma pequena parcela. A meta é ofertar o alimento
básico ao desempregado e às famílias desestruturadas, geralmente vivendo abaixo da
linha da pobreza, estimados em 50 milhões de pessoas.
A função de uma nutrição normal é sustentar a vida, fornecer energia, repor perdas
nutricionais e promover crescimento.
A alimentação influencia as funções do organismo. Se a alimentação for inadequada
pode interferir no desempenho do trabalhador.
Os alimentos são compostos de carboidratos(massas, pães, etc), proteínas(carnes,
peixes, leite), lipídeos( gorduras, óleos), vitaminas, minerais( cálcio, ferro,etc), água.
Para homens com atividade intensa, foi calculada uma dieta de 2800kcal/dia.
Segue abaixo pirâmide alimentar:
30
16-Programa de Imunização do Trabalhador
� Introdução
A vacinação, pela sua importância assume um espaço privilegiado no modelo de gestão e
de atenção à saúde explicitado na Norma Operacional Básica do SUS de 1996 – a
NOB/SUS 96, que tem como modelo de atenção o enfoque epidemiológico, centralizado na
qualidade de vida das pessoas e do seu meio ambiente, e nas relações entre equipe de
saúde e comunidade, onde Estados e Municípios assumem efetivamente o seu papel,
responsabilizando-se pela estruturação e organização do sistema de saúde estadual e
municipal.
ASPECTOS TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS DA ATIVIDADE DE VACINAÇÃO
Organização e funcionamento da sala de vacinação
31
A sala de vacinação é o local destinado à administração dos imunobiológicos, cujas
atividades devem ser desenvolvidas por uma equipe de enfermagem, com treinamento
específico no manuseio, conservação e aplicação dos imunobiológicos. Essa equipe deve
ser composta, preferencialmente, por dois técnicos ou auxiliares de enfermagem,
contando com a participação de um enfermeiro , responsável pela supervisão e
treinamento em serviço.
As principais responsabilidades do pessoal que trabalha em sala de vacinação:
• Orientar e prestar assistência à clientela com segurança, responsabilidade e
respeito;
• Prover periodicamente as necessidades de material e imunobiológicos;
• Manter as condições ideais de conservação de imunobiológicos;
• Manter os equipamentos em boas condições de funcionamento;
• Acompanhar as doses de vacinas administradas de acordo com a meta;
• Buscar faltosos;
• Divulgação dos imunobiológicos disponíveis;
• Avaliação e acompanhamento sistemático das coberturas vacinais e Buscar
periodicamente atualização técnico-cientifica.
Conservação dos imunobiológicos
O sistema de conservação de imunobiológicos é denominado rede de frio e inclui o
armazenamento, transporte e a manipulação destes produtos em condições adequadas de
refrigeração desde o laboratório produtor até o momento em que as mesmas são
administradas.
Na rede de frio destacam-se 5 níveis: nacional, central estadual, regional, municipal e
local.
Administração de imunobiológicos
Os imunobiológicos têm indicações específicas quanto à composição, apresentação, via e
local de aplicação, doses a serem administradas, idade recomendada, intervalo entre as
doses, conservação e validade, os quais deverão ser criteriosamente observados.
● Nesse processo é importante identificar qual o produto a ser administrado,
verificando a caderneta de vacinação, o cartão da criança ou outro documento de
controle ou a indicação médica; preparar e aplicar o imunobiológico segundo a
técnica específica; observar reações imediatas e reforçar as recomendações. As
32
doses da aplicação das vacinas deverão ser anotadas nas fichas de registro
permanente e arquivadas no sistema de fichário da Unidade de Saúde.
Ao final de cada mês, através do controle de mapa diário de vacinação, devem ser
consolidadas e elaborado o relatório mensal de vacinação.
Materiais utilizados na administração dos imunobiológicos
Na sala de vacinação é importante que os procedimentos desenvolvidos garantam a maior
segurança prevenindo infecções nas crianças e adultos atendidos. Para a aplicação de
imunobiológicos é assegurado o uso de seringas e agulhas descartáveis.
Os resíduos da sala de vacinação são compostos de material biológico (imunobiológicos
inutilizados ou vencidos), de resíduos perfurantes (agulhas, ampolas de vacinas e
diluentes) e outros resíduos infectantes (seringas descartáveis e algodão) devendo receber
cuidados especiais na separação, no acondicionamento, na coleta, no tratamento e no
destino final.
A segregação dos resíduos infectantes deverão ser acondicionados e identificados como
material “contaminado”, materiais perfurantes e cortantes deverão ser acondicionados em
recipientes rígidos e da mesma maneira identificados adequadamente.
As formas de disposição final para resíduos de serviços de saúde devem estar
associadas a um determinado tratamento prévio (esterilização físico e química) de forma a
impedir a disseminação de agente patogênicos. O encaminhamento ao destino final deve
ser realizado conforme a organização do sistema de coleta municipal, com indicação de
enterramento em solo não fértil, submetendo-o à combustão ou incineração. O local de
escolha para o procedimento deve ser sempre distante da área urbana, ou de áreas onde
há uma constante mobilização de população.
17-Educação em saúde individual e em grupo
Educação Continuada
Este conteúdo visa à elaboração pelos discentes de uma programação que insira a
saúde individual ou coletiva no contexto das atividades exercidas. As questões
visarão á educação continuada, saúde, vacinação, e treinamento, cujo público alvo é o
empregado de uma empresa fictícia.
33
A estratégia a ser adotada deverá conter os argumentos a serem demonstrados, os
mecanismos, meios estratégicos e objetivos adotado a fim de fazer com que os
empregados permaneçam interessados durante a apresentação dos programas de saúde.
A seguir algumas sugestões .
Estes programas deverão ser trabalhados com o grupo de trabalhadores pré
agendados, de acordo com o PCMSO, através de palestras e Semanas Internas de
Prevenção de Acidentes.(SIPAT).
19- Anexos
1-Conjunto de emergência (carro de parada , suporte de oxigênio e fluxômetro).
2- Ambú + bolsa residual
3-Desfibrilador + manueio
4- colar cervical + manual de colocação
(01)
Câncer de pele
CÂNCER de Próstata
Diabetes Mellitus
Combate ao fumo tétano
1ºsocorros
Campanha do coração e
prevenção a HAS
Campanha do combate ao
sedentarismo
Combate á hanseníase
Campanha de vacinação
Campanha de combate a
tuberculose
34
(02) (03) (3.1)
(04)
(colar cervical)
5- Prancha Longa
35
Equipamentos de Segurança: (Óculos, calçados, protetores auriculares, roupas e cinto)
36
6- Acessórios necessários e imprescindíveis
(Ambulância, computador, máquina digital + kit de instalação e termômetro digital)
Ambulância Termômetro
37
222 000 --- PPPRRR IIIMMMEEE III RRROOOSSS SSSOOOCCCOOORRRRRROOOSSS :::
É o atendimento IMEDIATO e PROVISÓRIO que uma pessoa LEIGA treinada
presta a um acidentado ou portador de mal súbito, antes da chegada do
profissional de saúde.
222111 ---AAATTTEEENNNDDDIIIMMMEEENNNTTTOOO PPPRRRÉÉÉ ---HHHOOOSSSPPPIIITTTAAALLLAAARRR:::
É o atendimento que procura chegar à vítima nos primeiros minutos após ter
ocorrido o agravo à sua saúde que possa levar à deficiência física ou mesmo à
morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe atendimento adequado e
transporte a um hospital devidamente hierarquizado.
AAATTTEEENNNDDDIIIMMMEEENNNTTTOOO HHHOOOSSSPPP IIITTTAAALLLAAARRR :::
Consiste no uso de medidas terapêuticas ou farmacológicas, de equipamentos adicionais
ao usado no suporte básico, com evidências científicas comprovadas e realizadas por
pessoal técnico amparado por lei.
DDD III FFF EEERRR EEENNNCCC III AAAÇÇÇÕÕÕEEE SSS NNNOOOSSS AAATTTEEENNNDDD IIIMMMEEENNNTTTOOOSSS :::
ATENDIMENT
OS
PRIMEIROS
SOCORROS
PRÉ-HOSPITALAR HOSPITALAR
PRINCÍPIOS
FUNDAMENT
AIS
Salvar a vida;
Prevenir e limitar
danos maiores.
Sustentação básica
da vida após o
evento.
Sustentação avançada
da vida após o evento.
FORMAÇÃO Primeiros Socorros BTLS; BLS ATLS; ACLS
PÚBLICO
ALVO
Trabalhadores
voluntários;
Equipes de
emergência nas
empresas.
Profissionais de
saúde;
Profissionais não
oriundos da área de
saúde. (Portaria
GM/MS nº 2.048,
05/11/2002)*
Profissionais de saúde
OBJETIVOS Implantar, Qualificar o pessoal Qualificar
38
DO CURSO conscientizar e
organizar equipes
que atendam os
acidentados no
local da
ocorrência até a
chegada da
equipe
especializada.
que trabalha nas
frentes de resgate
pré-hospitalar, com
regras básicas a
serem aplicadas na
ressuscitação e
transporte para o
hospital.
os profissionais de saúde
visando atendimento
de emergência seguindo
critérios clínicos
de prioridade
e maneira seqüencial.
RECURSOS
NECESSÁRIO
S NO
ATENDIMENT
O
Improvisação com
materiais e
equipamentos
existentes no local
da ocorrência.
Sofisticados e requerem equipes de profissionais
correspondentes ao uso de equipamentos
especializados como respiradores, talas, ....
* Portaria GM/MS nº 2.048, 05/11/2002 - Sistemas Estaduais De Urgência E Emergência -
Regulamento Técnico
* Portaria GM/MS nº 814, 01/06/2001 – Trata dos Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar
Móvel de Urgências
* Portaria GM/MS nº 641, 27/04/2001 – Trata do Trabalho Voluntariado em Saúde.
* Decisão COREN – SP – DIR/01/2001 – Dispõe sobre a regulamentação da assistência de
enfermagem em atendimento pré-hospitalar e demais situações relacionadas com o
suporte básico e suporte avançado de vida.
• Resolução CFM nº 1.529/98 – Trata sobre o serviço de atendimento pré-hospitalar em
nosso país, os chamados socorristas – profissionais não-médicos habilitados para
prestar atendimento de urgência-emergência em nível pré-hospitalar, sob supervisão e
coordenação médica.
PPoorrttaarriiaa nn..ºº 22004488//GGMM ddee 55 ddee nnoovveemmbbrroo ddee 22000022
2222--SSIISSTTEEMMAASS EESSTTAADDUUAAIISS DDEE UURRGGÊÊNNCCIIAA EE EEMMEERRGGÊÊNNCCIIAA -- RREEGGUULLAAMMEENNTTOO TTÉÉCCNNIICCOO
39
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I - PLANO ESTADUAL DE ATENDIMENTO ÀS URGÊNCIAS E
EMERGÊNCIAS
CAPÍTULO II - A REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS
1 - Atribuições da Regulação Médica das Urgências e Emergências:
2 - Regulação do Setor Privado de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel (incluídas as
concessionárias de rodovias):
3 - Regulação Médica de Outras Entidades/Corporações/Organizações
Atendimento Pré- hospitalar fixo.
1 - As Urgências e Emergências e a Atenção Primária à Saúde e o PSF.
2 - Unidades Não-Hospitalares De Atendimento Às Urgências E Emergências.
222 333 ---HHHOOORRRAAA DDDEEE OOOUUURRROOO ooouuu HHHOOORRRAAA DDDOOOUUURRRAAADDDAAA :::
É a primeira hora após o acidente, ou seja, garantir o acesso à sala de operações dentro
de uma hora a partir do momento do ferimento para vítimas seriamente feridas
proporcionando maior taxa de sobrevivência, em torno de 85%.
Dr. R. Adams Cowley, Baltimore.
PPPRRR IIINNNCCC ÍÍÍ PPP IIIOOOSSS DDDOOO AAATTTEEENNNDDD IIIMMMEEENNNTTTOOO IIINNN III CCC III AAA LLL :::
• Somente intervenções críticas são realizadas no local da ocorrência. De maneira geral,
as vítimas são tratadas na unidade de emergência ou nas salas de operações.
40
• O destino da vítima depende da velocidade, julgamento e habilidade das atitudes do
socorrista.
CCCHHHAAAMMMAAADDDOOO DDDEEE AAAMMMBBBUUULLLÂÂÂNNNCCC III AAA :::
1. Pré-atendimento: via de acesso mais curta e alternativas; manter a ambulância pronta
para atender.
2. Atendimento: informação sobre o chamado.
3. Dirija-se ao Local da Ocorrência: avaliação dos riscos, material para extricação,
mecanismo da lesão, número de vítimas.
4. Atitudes no Local da Ocorrência:
- avaliação da cena – exame do local da ocorrência;
- escolha do equipamento – prancha longa com fixador de cabeça, colar cervical, kit de
oxigênio e aspirador, caixa de trauma;
- auto proteção – EPI (luva, máscara, avental, óculos,...);
- acesso à vítima.
5. Dirija-se para o Hospital: intervenções críticas, exame secundário e reavaliação da
vítima.
6. Atitudes no Hospital: assistência até equipe assumir.
222 444 --- AAAVVVAAALLL III AAAÇÇÇÃÃÃOOO EEE AAABBBOOORRRDDDAAAGGGEEEMMM III NNN III CCC III AAA LLL DDDAAA VVV ÍÍÍ TTT IIIMMMAAA :::
• Exame Primário
• Exame Secundário
• Exame de Reavaliação
EEE xxx aaammmeee PPP rrr iiimmmááá rrr iii ooo :::
• Descobrir lesões ocultas;
• Definir intervenções críticas;
• Avaliação global da vítima feita até, no máximo, em 2 minutos;
• Realizado no local da ocorrência.
41
1. Abordagem da vítima
2. Controlar:
A – Estabil izar a coluna cervical, desobstrução das vias aéreas e nível de
consciência;
B – Ventilação e Oxigenação: Ver, Ouvir e Sentir a respiração, colocar oxigênio em
máscara com saco-válvula. A oxigenoterapia, obrigatória em alto fluxo, 12 a 15 L/min,
está indicada em vítimas que necessitam de oxigênio complementar. Tipos de sistemas de
oxigenoterapia:
Catéter nasal; Máscara facial e Máscara com reservatório (máscara de venturi)
C – Circulação:
- Pulso carotídeo
- Pulso radial (periférico): quando ausente a vítima estará em choque
- Enchimento capilar: acima de 2s = choque
- Temperatura e cor da pele: pesquisa de choque
Se a pulsação está presente na carótida e ausente no pulso radial, a PA está entre 60 a
80 mmHg. Sugere choque tardio associado a outros sinais como pulso acima de 100bpm,
pele fria, sudorese, palidez, confusão, fraqueza e sede.
3. Inspeções no:
- Pescoço: jugular; traquéia; cervical e colocar o colar
- Tórax: procura deformidade, contusão, abrasão, penetração, movimento paradoxal,
queimadura, laceração e edema
sentir flacidez, instabilidade e crepitação
Ausculta no 2º e 4º espaços intercostais: sons desiguais percute para pesquisar
pneumotórax hipertensivo ou hemotórax
- Abdome: inspeciona e palpa
- MMII: expor os pés (um membro de cada vez)
42
Palpar pulso pedioso
Ver sensibilidade e motricidade
- MMSS: um membro de cada vez.
4. Controle da hemorragia
5. Dorso: examina e transfere para prancha com colar cervical
6. Decisão de transporte e intervenções críticas.
SÓ SE INTERROMPE O EXAME PRIMÁRIO NA PRESENÇA DE OBSTRUÇÃO DE VIAS
AÉREAS E PCR.
• Situação de LOAD and GO:
1. Ferimento na cabeça com nível diminuído de consciência;
2. Dificuldade respiratória: obstrução de vias aéreas não aliviada por métodos mecânicos
;
3. Choque: sangramento incontrolável e PCR;
4. Abdome flácido e distendido (choque hemorrágico);
5. Instabilidade pélvica;
6. Fraturas bilaterais do fêmur.
• Atendimento no local da ocorrência:
1. Tratamento das vias aéreas;
2. Controle do sangramento grande;
3. Fechar por sucção ferida aberta no peito, estabilizar com as mãos a oscilação do
peito, descomprimir o pneumotórax hipertensivo;
4. Iniciar RCR.
• Vítimas não críticas terão fraturas imobilizadas antes de movê-las para prancha.
43
EEE xxx aaammmeee SSSeee ccc uuunnnddd ááá rrr iii ooo :::
• Exame mais detalhado, realizado sobre a prancha e, no máximo, em 5 minutos;
• Vítima crítica: realizado na ambulância a caminho do hospital;
• Vítima estável: realizado no local da ocorrência.
1. Sinais vitais: vítima em choque instala-se soro sendo 20ml/peso em fluído rápido com
jelco 14 ou 16G
2. História da lesão: Sintomas
Alergias
Medicações
Passado médico
L última refeição
Eventos que precederam a lesão
3. Exame da cabeça aos pés
4. Exame neurológico:
- Nível de consciência: Alerta
V resposta verbal
D resposta somente a dor
Inconsciente
- Motricidade
- Sensibilidade
- Pupilas
EEExxxaaammmeee dddeee RRReeeaaavvvaaa lll iii aaaçççãããooo :::
• Monitorar mudanças da vítima;
• Realizado na ambulância a caminho do hospital;
44
• Realizado a cada 5 minutos em vítimas críticas e 15 minutos nas estáveis;
• Realizado a qualquer momento se a condição piorar.
222 555 --- PPPCCCRRR /// RRRCCCRRR :::
PPPCCCRRR ::: É a interrupção súbita da atividade mecânica ventricular e da respiração.
Morte Clínica – falta de movimentos respiratórios e batimentos cardíacos eficiente na
ausência da consciência, com viabilidade cerebral e biológica.
Morte Biológica Irreversível – deterioração irreversível dos órgãos, que se segue à morte
clínica, quando não se institui as manobras de RCR.
Morte Encefálica/Cerebral – lesão irreversível do tronco e do córtex cerebral, por injúria
direta ou falta de oxigenação, por um tempo, em geral, superior a 5 min. em adulto com
normotermia.
RRRCCCRRR = Ressuscitação Cardiopulmonar
Ressuscitação Cardiorrespiratória
Reanimação Cardiorrespiratória
Reanimação Cardiorrespiratória Cerebral
Reanimação Cardiopulmonar
222666 ---RRRCCCRRR nnnooo SSSuuupppooo rrr ttt eee BBBááá sss iii cccooo dddeee VVV iii dddaaa
45
Conjunto de medidas não-invasivas que são adotadas para retardar a morte cerebral até
que possa instituir as medidas de suporte avançado.
Conjunto de procedimentos de emergência que pode ser executado por profissionais de
saúde ou por leigos treinados, consistindo no reconhecimento de obstrução das vias
aéreas, de parada respiratória e cardíaca e, na aplicação da seqüência do ABC:
A – Abertura das vias aéreas
B – Ventilação artificial
C – Compressão torácica externa
AAA ––– TTTRRRAAATTTAAAMMMEEENNNTTTOOO III NNN III CCC III AAALLL DDDAAA SSS VVV III AAASSS AAAÉÉÉRRREEEAAASSS :::
LÍNGUA – principal causa de obstrução das vias aéreas.
O trauma pode destruir a anatomia da face e das vias aéreas e o sangramento resultante
pode levar à obstrução do fluxo de ar e ao obscurecimento dos pontos de referência das
vias aéreas. Além do risco de ferimento na coluna cervical. A escolha da manobra de
desobstrução irá depender da casuística da vítima.
HIPOXIA – primeiro passo de alteração do nível de consciência
CIANOSE – último passo de alteração do nível de consciência
222 777 --- TTT ééé ccc nnn iii ccc aaa sss MMMaaa nnnuuu aaa iii sss ddd eee AAAbbb eee rrr ttt uuu rrr aaa ddd aaa sss VVV iii aaa sss AAA ééé rrr eeeaaa sss :::
� Elevação da mandíbula: mais indicada sob suspeita de lesão cervical. As mãos
estabilizam a coluna cervical evitando movimentos laterais.
� Elevação do queixo: os dedos do socorrista são colocados no queixo da vítima para
deslocar a mandíbula para frente. A elevação do queixo pode ser seguida com a
inclinação/extensão da cabeça desde que não se trate de vítima de trauma. Na
vítima de trauma, somente o queixo, ou o queixo e o maxilar, deverão se
46
deslocados para frente ao passo que a cabeça e o pescoço deverão ser mantidos
em alinhamento.
� Manobra dos dedos cruzados: limpeza manual da orofaringe.
MMMaaattteeerrr iiiaaaiiisss pppaaarrraaa aaa MMMaaannnuuuttteeennnçççãããooo dddaaa PPPeeerrrmmmeeeaaabbbiii llliiidddaaadddeee dddaaasss VVViiiaaasss AAAééérrreeeaaasss:::
• Cânula de guedel ou orofaríngea: pode ser utilizado em conjunto com a ventilação
máscara enquanto se aguarda um método definitivo, como pôr exemplo, a intubação
traqueal. Pode também ser utilizada no paciente com tubo traqueal. A cânula é
inserida com a parte côncava voltada para cima e quando a metade já estiver
introduzida faz-se uma rotação de 180º e termina a introdução. O tamanho da cânula
é medido do ângulo labial ao lóbulo da orelha da vítima.
• Cânula nasofaríngea: penetração nasal direita usado em trauma de face com
comprometimento da boca.
• Intubação endotraqueal: É o método ideal para o controle da via respiratória durante a
ressuscitação. Ao isolar a via respiratória, previne-se a aspiração de conteúdo gástrico
e de corpos estranhos; permite o uso de ventilação com pressões altas, sem perigo de
distensão gástrica, facilitando a ventilação e a oxigenação alveolar, atua como acesso
para administração de medicamentos. Após a intubação traqueal deve se seguir
imediatamente a ventilação com a unidade bolsa-válvula e oxigênio a 100%. Se a
intubação não for possível será necessário proceder a ventilação antes de tentar
novamente.
BBB ––– TTT ÉÉÉCCCNNN III CCCAAA SSS DDDEEE VVV EEENNNTTT III LLLAAAÇÇÇÃÃÃOOO AAA SSSSSS III SSSTTT IIIDDDAAA :::
Quando não houve ventilação espontânea, institui-se a ventilação sob pressão positiva..
• Ventilação boca a máscara - Pocket mask (substitui o boca-a-boca): máscara de
plástico com entrada de oxigênio e uma válvula unidirecional. A válvula permite que os
gases exalados sejam desviados para fora do sistema. A parte proximal, que contém a
válvula, pode ser removida, permitindo que a máscara possa ser utilizada com a
unidade bolsa-válvula. A técnica para ventilação boca a máscara consiste em o tubo
conectado à entrada de oxigênio na máscara, com fluxo de 10 a 12 L/min, com a via
respiratória aberta.
47
• Ventilação com unidade bolsa-válvula-máscara – ambu (ressuscitador manual):
recomenda-se uso uma unidade com bolsa acessória, que atue como reservatório para
o acúmulo de oxigênio a 100%. Usa-se a traquéia do ambu até a máscara. Pode ser
utilizada com cânulas oro (guedel), nasofaríngea ou sonda traqueal, sendo o último a
forma mais efetiva de ventilação.
• Ventilação com o uso de ventiladores – respiradores: podem ser classificados em
ventiladores ciclados a pressão, a tempo e a volume. Entre os ciclados a pressão os
mais conhecidos são o Bird Mark 7 e Bird Mark 8. Os ventiladores ciclados a volume
são os mais indicados para a ressuscitação.
CCC ––– CCCOOOMMMPPPRRREEESSSSSSÃÃÃOOO TTTOOORRRÁÁÁCCC IIICCCAAA EEEXXXTTTEEERRRNNNAAA :::
Número
de
Socorrista
Ventilações por
Minuto
Compressões
por Minuto
Depressão
Esternal
Relação
C/V
Checagem do
Pulso
1 12/Min 80/100 4 a 5 cm 15/2 1º Min
3/3
2 12/Min 80/100 4 a 5 cm 5/1 1º Min
3/3
222 888 --- RRRCCCRRR NNNOOO SSSUUUPPPOOORRRTTTEEE AAAVVVAAANNNÇÇÇAAADDDOOO DDDEEE VVV IIIDDDAAA :::
Grupo de procedimentos especializados que é instituído enquanto o suporte básico de vida
está em curso. Inclui a intubação traqueal, a intervenção farmacológica, a monitorização
cardíaca, a desfibrilação, a punção pleural com agulha e cuidados pós-ressuscitação.
222 999 --- CCCHHHOOOQQQUUUEEE :::
48
• Perfusão inadequada dos tecidos
• Quadro clínico que resulta da incapacidade do sistema cardiovascular em prover
circulação sangüínea suficiente para os órgãos
• Processo celular com manifestações clínicas
A perfusão tecidual com oxigênio normal requer: 1. Sistema vascular íntegro – distribui sangue oxigenado
2. Troca gasosa adequada – fluido sangüíneo nos pulmões
3. Bomba cardíaca – funcionamento mecânico do coração
4. Volemia normal – incluindo as células do sangue
Fisiopatologia do Choque:
Tecidos oxigênio hemácias
Sem oxigênio aumenta ácido láctico hipóxia
Aumento catecolaminas vasoconstrição periférica
Tipos de Choque:
Taquicardia, Pulso Filiforme Palidez, Fraqueza Taquipnéia Sudorese, Sede Agitação, Desorientação Hipotensão
49
1. Hipovolêmico – perda de fluido suficiente para o enchimento cardiovascular. Pode ser
absoluto (hemorrágico) ou relativo (neurogênico/medular)
Choque hemorrágico:
inicial - perda de 15 a 20% de sangue, taquicardia
tardio - perda de 30 a 45% de sangue, bradicardia ou sem pulso periférico, enchimento
capilar > 2s
Hemorragia interna: hemostasia cirúrgica
Hemorragia externa: I.V. de ringer com lactato ou solução fisiológica até PA sistólica de
90mmHg
2. Cardiogênico – incapacidade do coração em bombear o sangue com eficiência.
Causado pelo IAM, cardiopatias graves, contusão miocárdica. Neste caso, a melhor
posição para a vítima é semi-sentada em virtude da dispnéia
3. Distributivo – vasodilatação tornando o volume sangüíneo insuficiente para encher o
sistema circulatório. Pode ser neurogênico/medular, séptico ou anáfilático
Choque neurogênico/medular – traumatismo raquimedular interrompendo a comunicação
entre o sistema nervoso, o coração e os vasos. Pela falência na regulação vasomotora o
sangue fica restrito à área vascular e não é distribuído. Embora não apresente as
manifestações clássicas do choque hemorrágico, o tratamento é exatamente o mesmo.
Choque séptico – infecção grave por bactérias, vírus ou fungos, produzindo toxinas.
Apresenta desorientação precoce, pele quente e seca.
Choque anáfilático – reação alérgica severa por veneno de inseto, medicamento ou
alimento, produzindo histamina. Apresenta urticária, edema de face e língua, crise de
asma e hipotensão
4. Obstrutivo/Mecânico – obstrução do fluxo sanguíneo: enchimento ou bombeamento do
coração. Causado por tamponamento pericárdico ou pneumotórax compressivo.
VÍTIMA de LOAD and GO imediato.
Diagnóstico do Choque:
Estado clínico e história pregressa da vítima
.
50
A taquicardia é um sinal de choque precoce
A hipotensão (PA sistólica = ou > 80mmHg) é um sinal de choque tardio. De regra geral,
o pulo radial palpável indica PA sistólica = ou > 80mmHg
Manifestações Clínicas:
Iniciais: lúcido, ansioso, sensação de morte iminente e taquicardia. A PA pode ser mantida
estável em virtude do estado compensatório produzido pela vasoconstrição intensa.
Progressivas: com piora da perfusão cerebral provoca agitação, desorientação, torpor e
coma.
Tardias: hipotensão em virtude da redução da perfusão tecidual.
Tratamento do Choque no Pré-Hospitalar:
CHOQUE = LOAD AND GO
1. Alto fluxo de oxigênio = 12 a 15L/min em máscara com reservatório
2. No choque hemorrágico: a hemostasia é feita no exame primário, mas a infusão
venosa é na ambulância.
3. I.V. Ringer com Lactato ou Solução Fisiológica em bolos de 20ml/Kg mantendo PA
sistólica em 90 a 100mmHg. Realizado sob cautela em suspeita de hemorragia interna.
4. Transporte em decúbito dorsal com elevação dos MMII. Exceção para choque
cardiogênico e trauma.
333000 --- LLLEEESSSÕÕÕEEESSS DDDEEE TTTÓÓÓRRRAAAXXX:::
Tipos de Lesões:
Os maiores sintomas de lesões de tórax incluem diminuição da respiração, dor torácica e
distúrbio respiratório. A possibilidade de ocorrer 12 lesões torácicas:
1. Obstrução das vias aéreas 2. Pneumotórax aberto 3. Pneumotórax hipertensivo 4. Hemotórax maciço 5. Instabilidade torácica 6. Tamponamento cardíaco
Risco de vida maciço
7. Contusão miocárdica 8. Ruptura brônquica 9. Contusão Pulmonar 10. Lesão esofagiana 11. Ruptura diafragmática 12. Ruptura da aorta-torácica
Risco de vida potencial
51
PPPnnneeeuuummmoootttóóó rrr aaaxxx aaabbbeee rrr ttt ooo :::
Ferimento pérfuro-contundente no tórax. É uma ferida de sucção. O ar entrará no espaço
pleural, mas não contribuirá para oxigenar o sangue. Resultará em diminuição da
respiração e hipóxia. Colaba-se o pulmão como uma ferida aspirativa.
Avaliação da Vítima:
curativo de 3 pontos, Oxigênio em alto fluxo e Transporte rápido
Permite a saída de ar na expiração e impede a entrada de ar na inspiração
PPP nnn eeeuuummmooo ttt óóó rrr aaa xxx hhh iii ppp eee rrr ttt eee nnn sss iii vvv ooo :::
Uma válvula de desvio é criado tanto no trauma obtuso ou por penetração, onde o ar
pode entrar mas não pode sair do espaço pleural. Causa colapso do pulmão afetado e irá
empurrar a traquéia e o mediastino em direção oposta, comprimindo a veia cava
superior/inferior e, consequentemente, menor retorno venoso para o coração (=
hipotensão). O desvio da traquéia e do mediastino para o lado oposto ao lesado
comprometerá a ventilação do pulmão.
Sinais:
• dispnéia, ansiedade, taquipnéia, diminuição de sons respiratórios (murmúrio vesicular)
• hiperssonância na percussão no lado afetado, distensão das veias do pescoço, desvio
da traquéia para lado oposto
• hipotensão, choque (sinal tardio com perda de pulso radial)
Avaliação da Vítima:
• administrar oxigênio de 12 a 15 L/min
• descompressão por agulha = toracocentese com gelco calibroso (14 ou 16 G) no 2º
espaço intercostal em direção a linha média da clavícula
ou
52
• transporte rápido ao hospital e acesso venoso à caminho
HHHeeemmmooo ttt óóó rrr aaa xxx MMMaaa ccc iii ççç ooo :::
Sangue no espaço pleural. O acúmulo de sangue comprime o pulmão no lado afetado. O
mediastino estará desviado para o lado oposto ao lesado. A veia cava superior/inferior e o
pulmão do lado normal são comprimidos. A perda progressiva de sangue é complicada por
hipoxemia, hipovolemia e distúrbio respiratório. Ansiedade e confusão pode acompanhar
os sinais clínicos de choque hipovolêmico. As veias do pescoço geralmente estão planas,
sem turgência jugular por causa da hipovolemia. Diminuição sons respiratórios e
percussão vagarosa no lado afetado (som maciço = madeira).
Sinais:
• Veias jugulares colabadas, traquéia na linha média ou pouco desviada, morre de
choque hemorrágico.
Avaliação da Vítima:
• Oxigênio sob alto fluxo para assegurar ventilação adequada
• Transporte rápido para hospital
• Acesso venoso à caminho
333 111 --- TTT aaammmppp ooo nnn aaammmeeennn ttt ooo CCCaaa rrr ddd ííí aaa ccc ooo :::
A lesão é por penetração. Com a coleta sangue rapidamente entre o coração e o
pericárdio, os ventrículos serão comprimidos. Como a compreensão do ventrículo
aumenta, o coração é menos capaz de reencher e caí o rendimento cardíaco. O
diagnóstico segue tríade: hipotensão, distensão das veias do pescoço e sons do coração
abafados. A vítima pode ter Pulso Paradoxal – perda do pulso periférico durante a
inspiração. A vítima estará em choque com a traquéia na linha média e sons respiratórios
iguais.
Sinais:
• Turgência jugular, Traquéia centrada, Ausência de bulhas cardíacas
53
Avaliação da Vítima:
• Manutenção das vias aéreas
• Oxigênio sob alto fluxo para assegurar ventilação adequada
• Ventilação assistida
• Acesso venoso à caminho
• Transporte rápido para hospital
• Pericardiocentese só no meio hospitalar
333 222 --- TTT óóó rrr aaa xxx III nnn sss ttt ááá vvv eee lll ((( FFF lll aaa iii ttt CCC hhh eee sss ttt ))) :::
Fratura múltipla de costelas. Ocorre quando 3 ou mais costelas são fraturadas em pelo
menos 2 lugares ou mais. Gera contusão pulmonar importante (hemorragia). Um
segmento da parede do tórax fica independente passando a se movimentar de acordo
com variações da pressão intratorácica. O segmento instável se move na direção
contraria à parede torácica como movimento paradoxal relativo para o restante da parede
= Respiração Paradoxal
A parede torácica também se colaba não permitindo o ar entrar.
A vítima pode desenvolver um pneumotórax ou hemotórax.
Sinais: Insuficiência respiratória
Avaliação da Vítima:
• Manutenção das vias aéreas
• Oxigênio sob alto fluxo para assegurar ventilação adequada
• Ventilação assistida, entubar a vítima e respirador
• Acesso venoso à caminho e sedar a vítima
Não haverá
Troca de ar
Quando inspira a área fraturada irá colabar Quando expira a área fraturada irá encher
Isso contribui
para hipóxia
54
• Monitorização cardíaca
• Transporte rápido para hospital
QQQuuuaaadddrrrooo dddeee SSSiiinnntttooommmaaatttooolllooogggiiiaaa dddaaasss LLLeeesssõõõeeesss dddeee TTTóóórrraaaxxx
Sintomatologia Pneumotórax
Aberto/Hipertensivo
Hemotórax Maciço Tamponamento
Cardíaco
Tórax Instável
Inspeção Ansiedade, queixa de
dor
Sinais do estado de choque Observar penetração de
objeto
Ans
dor
Palpação Procurar perfuração Observar sinais do trauma Não significante Dor intensa no local
da fratura/crepitação
Traquéia Desviada lado oposto Usualmente não desviada Centrada, na linha
média
Desvio do mediastino
podendo desviar a
traquéia
Jugular Distendida, Turgência Não distendida, Colabada,
plana
Distendida, Turgência Não significante
Mediastino Desviado lado oposto Desviado lado oposto Normal Não significante
Respiração Dispnéia/taquipnéia Dispnéia/taquipnéia
tardiamente
Normal Dispnéia, Respiração
paradoxal
Ausculta MV ausente ou
diminuído
MV ausente ou diminuído Normais MV abolidos ou
ausentes
Percussão Hipertimpanismo Maciço (embotado) Não significante Não significante
Pulso Normal Taquicardia no início Paradoxal (sem pulso
na inspiração)
Não significante
Pressão Arterial Hipotensão Hipotensão Hipotensão Hipotensão
Choque Sinal tardio Sinal precoce Sinal à tempo:
taquicardia e pulso
paradoxal
Sinal precoce
OBS No exame clínico ouve-
se o ruído da entrada
de ar pela ferida
Toracocentese
Morre pôr choque
hemorrágico
Elevação da pressão
venosa central. Evolui
rápido para PCR.
Pericardiocentese
Causa hipoxia. Pode
evoluir para
Pneumotórax ou
Hemotórax.
55
33-LESÕES ABDOMINAIS:
Tipos de Lesões: Abertas (Penetrantes)
Fechadas
Mecanismos das Lesões:
As Lesões penetrantes podem ser por arma branca ou de fogo. Ferimentos por arma de
fogo tem maior mortalidade pois o trajeto interno pode ser diferente da lesão interna.
Sinais: choque hipovolêmico, lesão com as vísceras, septicemia.
As Lesões Fechadas causam fraturas de ossos maciços.
Avaliação da Vítima:
1. ABC no exame primário até se encontrar feridas, escoriações, distensão, abdome
com defesa, rigidez, dor, ...
2. A prioridade é a desobstrução das vias aéreas, ventilação pulmonar e manutenção
circulatória.
3. O pulso e a pressão arterial devem ser monitorizados devido ao risco de
hemorragia interna.
4. No caso de evisceração, deve-se cobrir os órgãos com compressas estéreis
umedecidos, sem tentar recolocá-los. O tratamento das lesões abdominais é
cirúrgico.
5. Providencie transporte imediato.
333 444 --- TTTRRRAAAUUUMMMAAATTT III SSSMMMOOO CCCRRRÂÂÂNNN IIIOOO --- EEENNNCCCEEEFFF ÁÁÁ LLL III CCCOOO :::
De modo geral, toda vítima de trauma na cabeça e face possui lesão de coluna cervical.
3 Regiões
Abdome torácico Abdome real (vísceras) Abdome retroperitônio (sangramento nesta área é muito perigoso)
56
Lesões ósseas: as fraturas de crânio não implicam necessariamente de presença de lesão
encefálica. Porém quanto maior sua gravidade maior é a probabilidade de ocorrer lesão
intracraniana. Fraturas de base de crânio podem ser suspeitadas em presença de
rinorragia ou otorragia.
Lesões cerebrais: geralmente não são causadas por trauma direto mas pela colisão, ou
seja, provocadas pela colisão do cérebro contra os ossos do crânio (forças externas
aplicadas contra o crânio e transmitidas ao cérebro). Exceção a arma de fogo. Podem ser
vistas como:
• Lesões primárias: ocorrem no momento do acidente
• Lesões secundárias: ocorrem devido a manipulação da vítima resultando em
hipoxemia, hipoventilação, hipotensão.
Tipos de lesões cerebrais:
• Difusas: ex: concussão (episódio de disfunção cerebral após violento impacto no
cérebro com retorno rápido, provocando perda da consciência ou da memória. É
reversível e transitória)
• Focais: ex: contusão cerebral, hemorragia intracraniana (epidural, subdural e
intracerebrais)
Lesões no couro cabeludo: podem causar hemorragia significativa.
Avaliação da Vítima:
No exame primário deve-se:
1. Determinar o nível de consciência:
A – acordado
V – responde a estímulos verbais
D – reage a dor
I – irresponsiva (neste caso, Load and Go)
2. Avaliar a respiração. Em vítima inconsciente proceder a manobra de elevação da
mandíbula, a cânula orofaríngea e a hiperventilação. Oferecer oxigênio suplementar
em vítimas conscientes sob máscara facial.
3. Estabilizar manualmente a coluna cervical e posterior fixação em prancha longa com
colar cervical rígido.
4. Avaliar circulação e controle de sangramentos importantes.
57
5. Decisões de transporte e intervenções críticas (lesões de tórax e abdome). Transportar
a vítima com a cabeceira elevada.
O exame secundário é realizado na ambulância.
333 555 --- TTTRRRAAAUUUMMMAAATTT III SSSMMMOOO RRRAAAQQQUUU IIIMMMEEEDDDUUU LLL AAARRR :::
Sinais:
• Dor, espasmo
muscular local,
edema, sangramento
eventual, paralisia, disfunção sensorial, choque espinhal:
- perda de impulsos nervosos que controlam os vasos sangüíneos e o coração;
- achados: PA baixa, FC normal ou baixa, pele rosada e morna
Avaliação da Vítima:
1. Manter vias aéreas pérveas através da manobra de elevação da mandíbula. Oferecer
oxigênio e ventilação pulmonar.
2. Estabilizar manualmente a coluna cervical. O colar cervical é colocado quando a vítima
for transferida para prancha.
3. Load and Go.
333 666 --- LLL EEESSSÕÕÕEEE SSS TTTRRRAAAUUUMMMAAATTTOOO ---OOORRRTTTOOOPPPÉÉÉDDD IIICCCAAASSS :::
O corpo humano é constituído de OSSOS, MÚSCULOS e ÓRGÃOS. Os ossos funcionam não
só como elemento de sustentação, mas também como protetor de órgãos. São revestidos
pelos músculos que neles têm um ponto de apoio para desempenho de suas funções.
Lesão Primária:
• Dano à medula no ato da lesão
• A medula é seccionada, torcida, esmagada
• Dano irreversível
Lesão Secundária:
• Lesão tardia à medula por hipóxia, edema, hipotensão e lesão vascular
• Tratamento emergencial visando limitar o dano
58
Os ossos são mantidos unidos graças aos músculos e as superfícies de contatos por ação
de LIGAMENTOS. Estes permitem que haja uma movimentação da articulação de modo
que dentro dos limites fisiológicos, exista uma CONTRAÇÃO e uma DISTENSÃO.
OSSOS – estruturas firmes que dão suporte, proteção e movimentação ao corpo. Existem
cerca de 206 ossos.
LIGAMENTOS – feixes de tecido conjuntivo resistentes que ligam um osso a outro nas
articulações.
TENDÕES – feixes de tecido conjuntivo resistentes que ligam um músculo a um osso,
permitindo o movimento.
MÚSCULOS – existem cerca de 600 músculos dos tipos esquelético, liso e cardíaco. O
músculo esquelético se liga aos ossos pelos tendões e está sob controle do indivíduo. Sua
função é permitir o movimento. O músculo liso permite determinadas funções automáticas
como o movimento do intestino. O músculo cardíaco se assemelha ao músculo esquelético
mas não está sob o controle voluntário.
AAA vvv aaa lll iii aaa ççç ãããooo dddaaa sss LLL eee sss õõõ eee sss TTT rrr aaauuummmaaa ttt ooo --- ooo rrr ttt ooo ppp ééé ddd iii ccc aaa sss :::
1º) Avaliar o mecanismo da lesão
• Carro com colisão na lateral: vítima com lesões de MMSS, tórax, coluna cervical, ombro
e cotovelo
• Queda da própria altura numa superfície rígida: vítima com lesões de MMII, coluna
lombo-sacra, cervical, mãos e TCE.
2º) Exame primário com ênfase no A,B,C
3º) Vítima grave é LOAD and GO
Exame Primário
Vítima
Exame Medidas
Imobilização de fraturas
Vítima Estabilização sobre prancha
longa e transporte rápido
Priorizar tratamento de condições que causem risco de vida.
59
POLITRAUMATIZADO = LESÃO NA COLUNA CERVICAL
Uso de prancha longa, colar cervical e fixação de cabeça são imprescindíveis para o
transporte da vítima.
CCCooommmppp lll iii ccc aaa ççç õõõ eee sss :::
• Lesões de vasos sanguíneos e de nervos periféricos: as grandes artérias das
extremidades ficam junto aos ossos, próximos as articulações. Choque hipovolêmico:
fraturas de fêmur e instabilidade pélvica podem produzir hemorragias volumosas.
PPP eee rrr ddd aaa ppp ooo ttt eee nnnccc iii aaa lll ddd eee sss aaannnggg uuu eee pppooo rrr sss ííí ttt iii ooo ddd eee fff rrr aaa ttt uuu rrr aaa sss
OSSO PERDA
Pelve 1 a 5 L
Fêmur 1 a 4 L
Coluna 1 a 2 L
Perna 0,5 – 1 L
Braço 0,5 – 0,75 L
• Infecção: complicação comum em fraturas abertas
• Síndrome Compartimental: é uma complicação de fraturas e esmagamentos. O
extravasamento de sangue no espaço fechado como tecido muscular pode comprimir
vasos e nervos. O sangramento e o edema da extremidade comprimem a circulação
capilar causando isquemia. Sinais: dor, parestesia, paralisia, pulsos distais ausentes e
palidez.
• Perda de membros
LLL EEE SSSÕÕÕEEE SSS TTTRRRAAAUUUMMMAAATTTOOO ---OOORRRTTTOOOPPP ÉÉÉDDD III CCCAAA SSS
• fraturas de pelve
• fraturas bilaterais de fêmur
• amputações completas ou
60
AAASSSSSSOOOCCC III AAADDDAAASSS AAA CCCOOOMMMPPP LLL IIICCCAAAÇÇÇÕÕÕEEESSS
MMMOOORRRTTTAAA III SSS
incompletas de extremidades
superiores ou inferiores
• fraturas abertas extensas
contaminadas
AAA ooo rrr ddd eeemmm ddd eee ppp rrr iii ooo rrr iii ddd aaaddd eee nnn ooo ttt rrr aaa ttt aaammmeeennn ttt ooo
de fraturas é:
1. coluna vertebral
2. face, arcos costais e esterno
3. crânio
4. pelve
5. extremidades inferiores
6. extremidades superiores
PPP rrr iii nnn ccc ííí ppp iii ooo sss BBB ááá sss iii ccc ooo sss ddd eee IIImmmooobbb iii lll iii zzz aaa ççç ãããooo :::
• Descobrir a lesão
• Remover anéis e braceletes
• Cobrir lesões abertas com bandagens estéreis
• Imobilizar os membros na posição encontrada
• Acolchoar imobilizadores rígidos
• Não reduzir fraturas ou luxações no ambiente pré-hospitalar
• Antes e depois da imobilização verificar: pulsos distais, enchimento capilar,
sensibilidade e motricidade
• A imobilização deve ser entre a articulação distal (abaixo) e proximal (acima) a
lesão
• Se possível, elevar o membro após o procedimento
IIImmmooobbb iii lll iii zzz aaa ççç ãããooo :::
Tipos Vantagens Desvantagens
61
• rígidos: madeira, plástico
ou metal;
• moldáveis: imobilizadores
a vácuo, talas infláveis,
travesseiros, cobertores,
papelão, splints metálicos
• analgesia
• hemostasia
• diminui a lesão
tecidual local
• reduz a incidência de
infecções
• aumento no tempo
extra-hospitalar
EEEqqq uuu iii ppp aaammmeeennn ttt ooo sss :::
• Colar cervical:
vítima de pé ou sentada o colar é colocado pela frente
Vítima deitada o colar entra por trás com velcro dobrado
• Colete de imobilização dorsal (KED): vítima sentada, estável e cena segura
• RED BLOCK: imobilizador de cabeça em vítima deitada
• Prancha longa: vítima em decúbito dorsal ou lateral
• Prancha curta
RRReee ttt iii rrr aaadddaaa ddd ooo CCC aaappp aaa ccc eee ttt eee :::
Caso a vítima esteja de capacete, este deve ser removido, sempre que possível, no
ambiente pré-hospitalar pois dificultam a estabilização do pescoço em posição neutra,
poderá obstruir o acesso as vias aéreas e aumentar os ferimentos à cabeça ou ao
pescoço.
Essa retirada requer atuação de 2 ou mais socorristas: o líder estabiliza manualmente a
cabeça e o pescoço, enquanto o auxiliar retira o capacete. Este procedimento está contra-
indicado na presença de dor cervical ou se houver apenas um socorrista.
RRReee sss ggg aaa ttt eee eee TTT rrr aaa nnn sss ppp ooo rrr ttt eee :::
EXTRICAÇÃO: É a retirada da vítima, de um local de onde ela não pode sair por seus
próprios meios. A extricação pode ser:
• Rápida: vítima inconsciente; local inseguro
utiliza o mínimo de equipamento
62
• Padrão: vítima estável; local seguro
Utiliza equipamentos
SSS eee qqqüüü êêê nnn ccc iii aaa ddd aaa EEExxx ttt rrr iii ccc aaa ççç ããã ooo :::
1) Avaliação da cena
2) Acesso a vítima
3) Exame primário: SBV e estabilização
4) Imobilização priorizando a coluna cervical
5) Afastar obstáculos físicos
6) Remover a vítima
7) Reimobilizar caso necessário
8) Transporte para ambulância
EEE xxx ttt rrr iii ccc aaa ççç ããã ooo eeemmm vvv ííí ttt iii mmmaaa sss ddd eee iii ttt aaaddd aaasss :::
• Rolamento 90º: decúbito dorsal
• Rolamento 180º: decúbito ventral
• Elevação a cavaleiro
Manobra de rolamento: estabilizar manualmente a cabeça e o pescoço e movimentar a
vítima em bloco sincronizadamente.
AAA ttt ééé ccc nnn iii ccc aaa ddd eee ttt rrr aaa nnn sss pppooo rrr ttt eee iii rrr ááá ddd eee pppeee nnndddeee rrr :::
• Situações de risco iminente
• Número de socorristas disponíveis
• Diagnóstico e gravidade da vítima
• Cena do resgate
• Peso da vítima
• Tipo de terreno
� Melhor meio de transporte é o de maca (vítima em bloco)
63
� O comando é realizado pelo socorrista posicionado na cabeça
� Antes do transporte, a vítima deve estar fixada com cintos e o imobilizador de cabeça
� Dobrar os joelhos antes de elevar o peso mantendo a coluna ereta
� Os movimentos devem ser sempre em conjunto com o outro socorrista
3377-- QQUUEEIIMMAADDUURRAASS::
A destruição do revestimento cutâneo causada por queimaduras coloca-se entre os
problemas de difícil solução terapêutica local e geral.
As estatísticas mostram que a porcentagem de sucesso do tratamento do grande
queimado é muito maior naqueles casos que tiveram uma boa conduta no primeiro
atendimento.
Definição:
São lesões decorrentes da ação do calor, frio, produtos químicos, corrente elétrica,
emanações radioativas e substâncias biológicas (animais e plantas), que podem atingir
proporções de perigo para a vida dependendo da:
- Profundidade;
- Extensão;
- Localização.
Fisiopatologia das Queimaduras:
O efeito inicial de uma queimadura é a destruição das células devido a dilatação de
capilares e pequenos vasos locais, o que aumenta a permeabilidade dos capilares. O
plasma extravasa-se para o tecido vizinho, levando a formação de bolhas e edema
(inchaço). O tipo, a duração e a intensidade da queimadura determinam a quantidade e
duração da perda de líquidos.
64
Em geral, o vazamento líquido ocorre com a maior amplitude nas primeiras 24 a 36 horas
após a queimadura, com um máximo por volta de 12 horas após o acidente. O vazamento
capilar não fica confinado somente à área queimada no indivíduo com queimaduras
superiores a 30% da superfície corporal. Pelo contrário, ocorre edema em todo o corpo.
Uma das principais medidas no TRATAMENTO HOSPITALAR da queimadura é a reposição
hídrica.
A perda líquida reduz o volume sangüíneo, por isso o sangue torna-se mais espesso, isto
é, o volume celular aumenta em relação ao volume líquido (plasma) do sangue. Tal
distúrbio diminui a eficácia da circulação.
A perda de líquido reflete na diminuição da pressão arterial levando ao choque. O
aumento relativo do volume celular é evidenciado pelo aumento do hematócrito.
A fisiopatologia pulmonar se enquadra em três categorias: envenenamento por monóxido
de carbono, inalação de fumaça e lesão das vias aéreas superiores. A lesão das vias
aéreas superiores ocorre em virtude dos efeitos do ar ou vapor aquecido e dos gases
químicos nocivos sobre as estruturas das vias aéreas superiores. Esses fatores causam
uma reação inflamatória e edema, que pode resultar em obstrução das vias aéreas em
qualquer momento durante as primeiras 48 horas após o acidente. Os critérios que
sugerem a lesão pulmonar decorrente da queimadura são os seguintes:
- história indicando que a queimadura ocorreu em lugar fechado;
- queimaduras de face, pescoço ou área perilabial;
- pelos nasais queimados;
- rouquidão, mudança de voz, tosse seca, expectoração com fuligem;
- expectoração sanguinolenta, dispnéia (dificuldade de respirar), eritema (pele
avermelhada).
O sistema circulatório também deve ser avaliado rapidamente. Taquicardia (aumento da
pulsação) e hipotensão arterial (diminuição da pressão arterial) ligeira são esperados na
vítima não tratada logo após a queimadura.
65
A hipotermia (diminuição da temperatura) acompanha freqüentemente as grandes
queimaduras, pois a vítima perdeu a regulação microcirculatória da pele para a
temperatura corporal.
Etapas Básicas:
1. Assegurar que o local não oferece perigo para o socorrista pois não adianta tentar
salvar uma pessoa de modo intempestivo e se tornar uma nova vítima. Logo, se você
não tem equipamento de auto- proteção não tente resgatar a vítima queimada,
solicite socorro especializado.
LEMBRE-SE: Por exemplo, se a vítima estiver ligada à eletricidade, não tente manipular,
mesmo que esteja usando luvas de borracha ou pedaços de madeira porque se for alta
voltagem, qualquer corpo, qualquer substância pode se transformar em condutor.
Desligue a corrente elétrica.
2. Interromper o mecanismo de queimadura: lesão por inalação de fumaça; vapor
aquecido; substância química em contato com a pele; contaminação da lesão; roupa
queimada em contato com pele.
LEMBRE-SE: Quanto mais exposta a vítima ficar ao agente causador, pior será a lesão.
3. Remover a(s) vítima(s) para o local antes de iniciar o atendimento da(s) mesma(s).
4. Prestar atendimento a(s) vítima(s) identificando lesões adicionais à queimadura que
necessitem ser priorizadas. Ex: parada cárdio-respiratória.
5. Solicitar socorro especializado.
Anatomia e Fisiologia da Pele:
A pele, a maior estrutura do corpo, é feita de duas camadas:
66
* EDIPERME - Camada mais externa (que podemos ver).
* DERME - Mais profunda, contém os nervos sensórios importantes.
A pele funciona como barreira mecânica entre o corpo e o mundo externo na proteção
de impedir bactérias ou outros microorganismos de entrarem rapidamente no corpo.
Este tecido de revestimento, que delimita o indivíduo de seu meio ambiente, tem como
funções vitais a proteção contra agressões externas, a manutenção dos fluidos no
organismo e a termorregulação, além de desempenhar importante papel sensorial. A
integridade cutânea é fundamental para que a pele possa exercer adequadamente suas
funções de prevenção.
Classificação das Queimaduras:
� Quanto ao Agente Causador:
- Físico: térmico, elétrico, radiação
- Químico: ácidos fortes (ácido sulfúrico, ácido nítrico), petróleo, álcalis (soda cáustica,
amônia anidra)
- Biológico: animais (água-viva, centopéia e taturana), plantas (urtiga)
Exemplos:
- Contato direto com chama, brasa ou fogo: queimaduras térmica e/ou química;
Epiderme Derme Tecido gorduroso subcutãneo Glândula sudorípara Fibras musculares
Rede capilar Gl. Sebáceas Músculo dos pêlos Raiz do cabelo
67
- Contato com gelo ou superfícies congeladas, vapores quentes, líquidos ferventes:
queimadura térmica;
- Sólidos superaquecidos ou incandescentes, radiações infravermelhas e ultravioletas (em
laboratório, em aparelhos ou devido ao excesso de raios solares, eletricidade: queimadura
térmo-física;
- Substâncias químicas (ácidos, soda cáutisca, fenol, nafta, etc): queimadura química;
- Emanações radioativas: queimadura física;
- Contato com animais (larvas, medusa, água-viva e alguns sapos) e plantas (urtiga):
queimadura biológica
Geralmente, as lesões por álcalis são mais graves do que causadas por ácido porque o
álcool penetra rapidamente e mais profundamente.
Nas queimaduras térmicas a profundidade de destruição é proporcional a intensidade e a
duração de exposição ao calor. Nas queimaduras químicas, quanto a toxicidade do agente
causador não é imediatamente neutralizada, pode ocorrer lenta extensão de área lesada.
Nas queimaduras por eletricidade (arco voltaico) apresentam uma característica muito
importante em relação a avaliação. Torna-se difícil das prognóstico de avaliação pois em
alguns casos a lesão dica circunscrita á superfície da pele; em outros, poderá penetrar tão
profundamente até alcançar os ossos, necrosando tecidos e vasos sangüíneos.
� Quanto a Profundidade:
- 1º grau – lesão das camadas superficiais da pele (epiderme)
• Vermelhidão;
• Dor local intensa;
• Não há formação de bolhas.
Ex: aquelas causadas pelos raios solares
- 2º grau – lesão das camadas mais profundas da pele (epiderme e parte da derme)
• Formação de bolhas;
• Desprendimento de camadas da pele;
• Dor, inchaço e ardência local de intensidade variável.
68
- 3º grau – lesão de todas as camadas da pele (epiderme e derme)
• Comprometimento de tecidos mais profundos, músculos até o osso;
• Indolor;
• Cor branca, negra ou marrom;
• É uma queimadura de extrema gravidade.
69
Queimaduras de 1º, 2º e 3º graus podem estar presentes
numa única pessoa.
1º grau 2º grau 3º grau
Espessura Espessura Espessura
Parcial Parcial Total
� Quanto a Extensão da Área Corporal Queimada:
- pequeno queimado: área corporal queimada inferior a 10%;
- médio queimado: área corporal queimada entre 10 a 15%;
- grande queimado: área corporal queimada a partir de 15%.
LEMBRE-SE: Para definir se pequeno, médio ou grande queimado, a avaliação depende
também da profundidade e localização da lesão.
Regra dos Nove:
70
Tem-se uma idéia aproximada da superfície queimada usando a “regra dos nove”.
Cabeça e pescoço – 9% da superfície do corpo
Membro superior esquerdo – 9%
Membro superior direito – 9%
Tórax e abdome (frente) – 18%
Tórax e região lombar (costas) – 18%
Membro inferior esquerdo – 18%
Membro inferior direito – 18%
Área dos órgãos genitais – 1%
Uma medida prática para se calcular a superfície corporal queimada é a área de uma
palma da mão do queimado, pois eqüivale a 1% de sua superfície corporal.
O risco de vida é maior nos grandes queimados:
• Criança com mais de 10% de área corporal queimada
• Adulto com mais de 15% de área corporal queimada
� Quanto a Área Corporal Atingida:
Cabeça e pescoço – 9% Membro superior – 9% (cada) Tronco e abdome – 18% (cada) Órgão genital – 1% Membro inferior – 18% (cada)
71
- mais grave nos: olhos/pescoço/face, órgãos genitais, extremidades, área de dobras do
corpo.
Características das Queimaduras:
Tipo
1º GRAU
2º GRAU
3º GRAU
Causa
Sol ou Chama
Menor
Líquidos quentes
chamas ou faíscas
Produtos químicos
eletricidade
chama, metais
quentes
Cor da Pele
Vermelha
Vermelho
matizado
Branco perolado
e/ou carbonizado
transluzente e
semelhante a
pergaminho
Superfície
Seca sem bolhas Bolhas com
exsudação da pele
Seca com vasos
sanguíneos
trambóticos
Sensação
DOLOROSA
DOLOROSA
ANESTÉSICA
Cicatrização
3-6 DIAS 2-4 SEMANAS
Dependendo da
profundidade
Requer enxerto da
pele
Parada no Processo da Queimadura:
72
Uma medida importante, mais que só tem valor quando aplicada imediatamente após o
acidente, é o resfriamento da área queimada, que pode ser feito envolvendo a vítima em
um lençol embebido em água, bloqueando, assim, a onda de calor que continua agindo no
tecido queimado por alguns minutos. A água não precisa necessariamente estar gelada,
pois a temperatura ambiente já se encontra bem abaixo da temperatura do tecido
queimado.
Princípios Básicos em Primeiros Socorros:
1. Prevenir o estado de choque;
2. Controlar a dor;
3. Evitar a contaminação.
Como se conduzir na prestação de primeiros socorros nas GRANDES e MÉDIAS
QUEIMADURAS:
A – Em caso de QUEIMADURAS TÉRMICAS (líquidos quentes, fogo, vapor, raios solares,
etc):
- deite a vítima;
- coloque a cabeça e o tórax da vítima em plano inferior ao resto do corpo. Levante-lhe as
pernas, se possível, num ângulo de 30º;
- lave o local com água fria limpa e corrente por aproximadamente 15 minutos;
- remove as roupas da vítima fazendo uma estimativa da área corporal queimada;
- coloque um pano limpo e úmido para proteger a lesão e manter a temperatura corporal;
- procure recursos médicos urgentemente: remova-a para um hospital se possível em
ambulância. Não demore!
B – Nas queimaduras por AGENTES QUÍMICOS:
- lave a área atingida com bastante água;
73
- aplique jato de água enquanto retira as roupas da vítima;
- proceda como nas queimaduras térmicas A, prevenido o choque e a dor;
- remova a vítima para um hospital.
-
Como se conduzir na prestação de primeiros socorros nas PEQUENAS QUEIMADURAS:
- lave o local com água fria limpa e corrente por aproximadamente 15 minutos;
- coloque um pano limpo e úmido;
- dependendo da área atingida, procure socorro especializado.
Tipos de Queimaduras que necessitam de Cuidados Especiais:
QUEIMADURA NOS OLHOS:
Podem ser produzidas por substâncias irritantes: ácidos, álcalis, água quente, vapor,
cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido, chama direta.
- lave os olhos com água em abundância ou, se possível, com soro fisiológico, durante
15 minutos, aproximadamente,
- Não esfregue os olhos,
- Não pingue colírios,
- Faça um curativo oclusivo no olho atingido com uma gaze ou pano limpo,
- Consulte um oftalmologista com a maior brevidade possível.
QUEIMADURA POR INALAÇÃO:
- Ferimentos por Inalação de Calor: A inalação de calor pode causar obstrução completo
das vias aéreas através do edema (inchaço) da Hipofaringe, podendo levar a vítima a
morte. EX: Vapor
74
- Ferimentos por Inalação de Fumaça: São resultados de substâncias químicas tóxicas,
inaladas que causam danos estruturais as células do pulmão. Ex: Fumaça de Plástico e
Produtos Sintéticos é a mais perigosa.
Sinais que indicam queimadura nas Vias Aéreas Superiores:
- Lábios Inchados - Indicam a presença de gases quentes e ferimentos por
queimaduras na entrada das vias.
- Estridor (respiração altamente arfante, tosse como latido de cachorro) - Indica edema
severo das vias aéreas com mais de 85% de obstrução. Representa uma emergência
imediata.
Exemplos de queimadura por inalação:
- Queimadura da face
- Pêlos nasais ou pestanas queimadas
- Queimaduras na boca
- Saliva carbonácia (fuliginosa)
- História de estar confinado em um espaço fechado enquanto está sendo queimado
Primeiros Socorros:
- Vítima Exposta à fumaça em um espaço fechado - Vítimas que estavam inconscientes enquanto expostas a fogo ou fumaça - Vítimas com brevidade de respiração após serem expostas a fumaça ou fogo - Vítimas com dor no peito após serem expostas a fumaça ou fogo
75
- Remover a vítima do local do acidente imediatamente e colocar em um lugar
arejado.
- Monitorar os Sinais Vitais e realizar manobras de RCR, se necessário.
- Transportar ao Serviço Especializado
QUEIMADURA ELÉTRICA:
Aspectos Biofísicos da Eletricidade:
A corrente elétrica é carga em movimento. Este pode ser contínuo ou alternado. O
que propaga não é a molécula e sim um campo elétrico.
O campo elétrico na matéria:
Matéria com cargas livres: são condutores = produzem corrente elétrica
Matéria sem cargas livres: são dielétricos ou isolantes = produzem polarização e se for
intenso produz campo isolante.
O corpo humano é um condutor de eletricidade, podendo sofrer ação da eletricidade de
duas formas: fazendo parte da corrente elétrica ou sofrendo a ação de
um arco elétrico onde a corrente elétrica não passa por ele (raio). Um raio cria um campo
elétrico ao redor da
vítima com uma temperatura de 2.500 a 3.000 Celsius. Na queimadura causada por arco
voltaico, tem-se a queimadura térmica e não elétrica.
A resistência elétrica é o obstáculo ao movimento das cargas livres, dependendo do
material, comprimento e secção do condutor.
A corrente elétrica pode causar três tipos de eventos:
Queimadura por fogo quando o equipamento pega fogo;
Queimadura por arco voltaico ou raio;
76
Queimadura propriamente dita pela eletricidade, com caminho de entrada e saída.
Se na avaliação da queimadura, a corrente elétrica não tiver atravessado o
organismo, tem-se uma queimadura térmica e nãoelétrica (arco voltaico ou raio).
A queimadura elétrica produz calor no interior do corpo, e esta produção de calor é maior
nos locais onde há maior resistência, osso por exemplo, causando um impedimento ao
avanço da corrente elétrica e aí se transforma em calor.
Fatores que determinam a gravidade do ferimento por eletricidade:
• O tipo e a quantidade de corrente
• A trajetória da corrente
• Duração de contato com a corrente
Aspectos da Lesão relacionados à Corrente Elétrica:
A lesão da queimadura depende do potencial, da intensidade, da freqüência, do fluxo e
resistência.
Quanto maior a potência maior será a lesão:
01 mA = dá percepção de choque, da existência de uma corrente elétrica
05 mA = gera dor
<10 mA = dá contração/tetanização dos músculos
30 mA = comprometimento respiratório
60 a 1000 mA = fibrilação
> 10.000 mA = convulsão, parada cardíaca
A intensidade da lesão, depende do tipo de corrente:
Corrente alternada: alta tensão, dá tetanização, fica preso/grudado;
Corrente contínua: provoca danos locais.
Sobre a voltagem da corrente elétrica é importante saber que:
Maior voltagem leva . mortalidade;
Baixa voltagem leva = fibrilação
77
Alta voltagem leva a parada cárdiorrespiratória.
Elementos de resistência à corrente elétrica:
A intensidade das lesões depende da resistência à corrente elétrica no organismo:
- Externo: pele
- Interno: osso, gordura, tendão, pele, músculo, sangue, nervos.
O osso tem maior resistência, então gera mais calor, por isso nas adjacências ao osso as
queimaduras costumam ser profundas e graves. Na passagem da corrente elétrica, as
lesões maiores ocorrem nos nervos periféricos e músculos.
78
As lesões da queimadura elétrica têm algumas peculiaridades:
• Características progressiva;
• Caminha para a profundidade;
• Lesões tardias ocorrem entre 4 a 5 dias;
• provoca lesões à distância.
O ponto de entrada da queimadura elétrica tem menor dor que a saída. Normalmente o
ponto de saída da corrente elétrica tem lesões mais graves, especialmente se a corrente
entra e saí por um único ponto. Se a corrente sai por vários pontos, apesar de múltiplas
lesões, são lesões peculiarmente menos graves.
Ferimentos que ocorrem devido o contato elétrico:
Arritmias cardíacas imediatas
Contrações Taquicardia Fibrilação
Ventriculares Ventricular Ventricular
Prematuras
• Queimaduras da pele nos locais de entrada e saída do arco elétrico, geralmente de
3º grau.
• Queimaduras superficiais adicionais por chama podem estar presente devido a
roupa da vítima que é abrasada.
• Fraturas e/ou deslocamento - devido as contrações musculares violentas que os
ferimentos elétricos causam.
• Ferimentos internos - danos musculares, danos aos nervos e possível coagulação
sanguínea intramuscular devido à passagem de corrente elétrica.
Atendimento no Local do Acidente:
Independente do agente causal, os cuidados gerais com a vítima deverão ser os mesmos
a serem tomados em um acidente grave qualquer.
Embora pareça óbvio, vale a pena lembrar que a primeira medida a ser tomada no local
do acidente é AFASTAR A CAUSA.
79
• Priorizar a determinação da segurança do local: se o paciente esta em contato com
a corrente elétrica.
• Remover o acidentado do contato sem se tornar a próxima vítima.
• Em locais seguro realize manobra de R.C.R., se necessário.
• Necessita de um transporte rápido para uma unidade hospitalar.
Na avaliação inicial da vítima com queimadura elétrica considerar a entrada/saída e o
caminho. Avaliar o nível de consciência, pulso (< 120 é o parâmetro ideal). Quando for
necessário a reanimação cárdiorrespiratória, essa terá prioridade sobre o tratamento local
da queimadura, independente da voltagem da corrente que ocasionou o acidente.
Nas queimaduras químicas, deve-se irrigar copiosamente as lesões com água e retirar
vestimenta embebidas no agente causal.
Nas queimaduras por chama direta, procure acalmar o indivíduo para que o mesmo não
corra e aumente as chamas. Oriente-o a deitar-se e rolar vagarosamente para abafar as
chamas, diminuindo a possibilidade de queimaduras de face e vias aéreas.
Dentro dos primeiros 15 minutos do acidente, o resfriamento imediato da áreas
queimadas com água corrente constitui conduta de eleição, por diminuir a dor, limitar
o aprofundamento da queimadura e diminuir o edema inicial.
Contra-indicação formal à utilização da água ocorre, por razões óbvias, nos casos de
queimaduras elétricas enquanto a fonte de eletricidade ainda estiver em contato com a
vítima.
Após esses cuidados iniciais de resfriamento, lavagem e remoção de corpos estranhos
soltos, deve-se proceder a proteção das feridas com panos limpos e umedecidos ou como
substituto ideal, o papel alumínio em rolo, do tipo utilizado em embalagens de alimentos,
com o intuito de diminuir a dor e a contaminação externa da área queimada.
80
O transporte de vítima(s) queimada(s) inclui a transferência do local do acidente para o
Serviço de Saúde da Empresa e, posterior remoção para hospitais especializados.
3388-- AACCIIDDEENNTTEESS CCOOMM MMÚÚLLTTIIPPLLAASS VVÍÍTTIIMMAASS
DESASTRE = CATÁSTROFE = URGÊNCIA COLETIVA = ACIDENTE COM MÚLTIPLAS
VÍTIMAS éé aa iinnaaddeeqquuaaççããoo eennttrree ooss rreeccuurrssooss ddiissppoonníívveeiiss ee ooss nneecceessssáárriiooss ppaarraa ffaazzeerr ffrreennttee
aa uumm ddeetteerrmmiinnaaddoo eevveennttoo..
OOrriiggeemm ddoo AAtteennddiimmeennttoo ddee GGuueerrrraa
Os conceitos de catástrofes e desastres civis ocorreram a partir de 1978, decorrente de
vários acidentes graves e atentados políticos que começou na Europa e, principalmente na
França, a surgir a necessidade de prever e criar uma organização de socorro diferente
para múltiplas vítimas.
Daí a distinção entre:
• Desastre: definida pelos americanos a partir de 5 vítimas
• Catástrofe: definida pelos franceses a partir de 10 vítimas
PPrriinnccííppiiooss BBáássiiccooss ddoo AAtteennddiimmeennttoo ddee UUrrggêênncciiaa IInnddiivviidduuaall
Realizar, o mais rápido possível, no local do acidente ou da emergência clínica,
atendimento de urgência adaptado ao estado clínico-funcional e às lesões do paciente;
Assegurar a estabilização de seu estado clínico por gestos de urgência durante todo o
transporte, até o hospital de destino.
PPrriinnccííppiiooss BBáássiiccooss ddoo AAtteennddiimmeennttoo ddee UUrrggêênncciiaa CCoolleettiivvaa
81
Organização do socorros através de uma cadeia única de comando com uma
organização de salvamento e outra de socorro;
Cada uma dessas cadeias com missões bem definidas e distintas;
Organização de um posto avançado para tratamento e estabilização dos feridos no local
do acidente;
Evacuação ordenada dos feridos levando-se em conta a prioridade do tratamento
definitivo e a capacidade da rede hospitalar existente.
O objetivo da medicina de urgência é salvar o doente grave enquanto na medicina de
guerra é salvar o maior número de vítimas possível e não a mais grave, o mais
rapidamente possível.
DDiiffeerreennççaass eennttrree AAtteennddiimmeennttoo àà UUrrggêênncciiaa IInnddiivviidduuaall ee UUrrggêênncciiaa CCoolleettiivvaa
Catástrofes Urgência Origem
Presentes Ausentes Medicina
Más Boas Condições de pressão
Insuficiente Suficiente Condições psicológicas
Insuficiente Suficiente Pessoal
emprega
Péssimo Ótimo Ambiente de trabalho
UC UI
82
AAtteennddiimmeennttoo ddee CCaattáássttrrooffee
Objetivos
• Tratar o maior número de vítimas possíveis
• O mais rápido possível
• O melhor possível
Logística e estratégia de ação próprias
Cadeia de socorro
83
CCllaassssiiffiiccaaççããoo ddaass CCaattáássttrrooffeess
PPrriinnccííppiiooss GGeerraaiiss ddee AAççããoo
•Organização definida de comando
• Hierarquização e priorização das ações
• Salvamento das vítimas do local do acidente e transporte até um ponto seguro, um
posto avançado
• Triagem e categorização das vítimas após a execução dos primeiros socorros
• Evacuação organizada e priorizada por gravidade das vítimas, até o hospital para
tratamento definitivo.
acidentes de trens, explosões, incêndios, acidentes com materiais tóxicos ou radioativos, guerras.
enchentes, sendo as principais causas terremotos, vendavais, tufões.
Provocadas pelo homem Naturais
84
Bibliografia Recomendada:
BULHÕES, I. Enfermagem do Trabalho. Rio de Janeiro, Vol. 1. LUNA, 1976.
_________, I. Riscos do trabalho de enfermagem. Rio de Janeiro, 1994.
Carvalho, Geraldo Mota de. Enfermagem do Trabalho. Editora: Epu , 1ª Edição.2001
BRASIL. Ministério da Saúde Programa Nacional de Imunização, 2001.
BERLINGUER G. Saúde e Trabalho no Brasil. São Paulo. 1ª ed. ED. Vozes, 1983
RIBEIRO,H. P. e LACAZ, Faz. De que adoecem e morrem os trabalhadores. São Paulo 1ª
ed. 1984.
Manual de PCR do Hospital Sírio Libanês, 2006.
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