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Ferramentas para pesquisa aplicada em Economia Internacional taxionomias, nomenclaturas,classificações estatísticas de comércio, bancos de dados e indicadores
Marcelo F. MazzeroPós-graduando em Economia Aplicada pela ESALQ-USP
Docentes responsáveis:Profa. Dra. Luciana Togeiro de
AlmeidaProf. Dr. Carlos A. Cinquetti
Grupo de pesquisa em Economia Internacional
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Ensinar na prática como conduzir uma pesquisa descritiva em Economia Internacional com foco em comércio, competitividade e meio ambiente, desde a escolha de uma taxionomia até o uso de indicadores para apresentar os resultados obtidos na manipulação (consulta e agregação) dos dados.
Objetivo do cursoMarcelo F. Mazzero, [email protected]
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19h-20h50: introdução teórica e prática
20h50-21h10: intervalo
21h10-21h55: espaço para tirar dúvidas com relação a sua pesquisa
Programação do 1o. e 2o. dia
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1.1 Definição◦ A palavra “taxonomia” vem do grego táxis, que
significa arranjo; e nomia, significando método
◦ É uma ciência que abarca identificação, descrição, nomenclatura e classificação
◦ Em Economia, taxionomia pode ser compreendida como um sistema de classificação com diversos critérios segundo o interesse do cientista
1 Introdução às Taxionomias
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1.1 As taxionomias da CEPAL (Comisión Económica para América Latina y el Caribe)◦ A CEPAL possui algumas taxionomias para
sistematizar a análise do padrão de comércio dos países da América Latina e do Caribe
◦ Classificação segundo o destino de consumo (CEPAL, 1992)
◦ Classificação segundo a intensidade tecnológica (LIMA; ALVAREZ, 2011) São taxionomias basicamente adaptadas,
respectivamente, de Pavitt (1984) e de Lall (2000)
1 Introdução às Taxionomias
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2.1 Definição◦ O termo “nomenclatura” vem do latim
nomenclatura, que significa método para classificar objetos
◦ Em Economia, nomenclatura pode ser compreendida como um classificador hierárquico para a identificação de produtos comercializáveis
2 Introdução às Nomenclaturas
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2.2 A nomenclatura SITC (Standard International Trade Classification)◦ É uma classificação utilizada principalmente para análise
de fluxos de comércio mantida pela Divisão de Estatística das Nações Unidas
2 Introdução às Nomenclaturas
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2.2 A nomenclatura SITC (Standard International Trade Classification)◦ Classifica os produtos comercializáveis e, portanto,
possibilita medir as variações do fluxo de recursos materiais de um país ou região
◦ É a classificação com maior série histórica (desde 1962, inclusive para o Brasil) de dados (exportação, importação, reexportação e re-importação)
◦ Exatamente por este motivo, é a mais utilizada
◦ A última revisão mantém correspondência com a HS2007 aos níveis de grupos e de rubricas básicas
2 Introdução às Nomenclaturas
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2.3 A nomenclatura HS (Harmonized Commodity Description and Coding System)◦ É uma classificação para tratamento alfandegário e
comércio mantida pela World Customs Organization (WCO)
2 Introdução às Nomenclaturas
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2.3 A nomenclatura HS (Harmonized Commodity Description and Coding System)◦ Segundo Lima e Alvarez (2011), é uma classificação para
múltiplos propósitos, dentre os quais: i) servir de base para o estabelecimento de tarifas alfandegárias; ii) elemento vital para definição de procedimentos e controles alfandegários
◦ Utilizada nos principais bancos de dados de comércio internacional (UN COMTRADE; UNCTAD TRAINS; WTO IDB e CTS)
◦ Série histórica (desde 1989, inclusive para o Brasil) com dados (exportação, importação) mais detalhados
2 Introdução às Nomenclaturas
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3.1 Por tipo de produto segundo a intensidade tecnológica◦ É uma taxionomia adaptada de Lall (2000) pela
Divisão de Comércio Internacional e Integração da CEPAL
◦ Está estruturada a partir da intensidade tecnológica dos produtos que os países em desenvolvimento comercializam Segundo Lall (2000), essa taxionomia, enquanto não
altamente agregada, pode unir atividades de diferentes níveis de complexidade tecnológica sob a mesma categoria de produtos
3 Classificação Estatística dos Fluxos de Comércio Internacional
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3.1 Por tipo de produto segundo a intensidade tecnológica
◦ os primários estão baseados fundamentalmente em recursos naturais e têm complexidade tecnológica inferior a dos produtos industrializados: frutas frescas, carnes, arroz, cacau, chá, café, madeira, carvão, petróleo, gás, minerais concentrados, sucata
3 Classificação Estatística dos Fluxos de Comércio Internacional
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3.1 Por tipo de produto segundo a intensidade tecnológica
◦ as manufaturas baseadas em recursos são, em sua maioria, simples (ausência de complexidade na forma ou estrutura) e intensivas em trabalho, mas algumas categorias podem fazer uso de capital, de escala de produção e/ou de conhecimento técnico: frutas e carnes processadas, bebidas, produtos de madeira, óleos vegetais, metais básicos (exceto aço), derivados de petróleo, cimento, pedras preciosas, vidro
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3.1 Por tipo de produto segundo a intensidade tecnológica
◦ as manufaturas com baixa tecnologia utilizam processos industriais estáveis e bem difundidos: têxteis, vestuário, calçados, artigos de couro, malas, cerâmicas, estruturas metálicas simples, móveis, joias, brinquedos, produtos de plástico
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3.1 Por tipo de produto segundo a intensidade tecnológica
◦ as manufaturas com média tecnologia são, em grande medida, bens de capital e intermediários e usam de forma intensiva conhecimento técnico e escala de produção: veículos de passageiros, comerciais e motocicletas e suas peças, fibras sintéticas, produtos químicos e tintas, fertilizantes, plásticos, ferro e aço, canos e tubos, máquinas e motores, máquinas industriais, bombas, barcos, aparelhos elétricos para união, corte, proteção e/ou conexão de circuitos elétricos, barcos, relógios
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3.1 Por tipo de produto segundo a intensidade tecnológica
◦ as manufaturas com alta tecnologia são produzidas com tecnologia de ponta, que requer maciços investimentos na concepção de produtos e em pesquisa e desenvolvimento: produtos de escritório e de processamento de dados, equipamentos de telecomunicações e de geração de energia, aparelhos de televisão, transistores, turbinas, produtos farmacêuticos, aeroespacial e ópticos, instrumentos de precisão, câmeras fotográficas
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3.1 Por tipo de produto segundo a intensidade tecnológica
◦ outros bens não classificados segundo a tecnologia incorporada: produtos de eletricidade, filmes cinematográficos, gravuras, operações especiais, ouro não monetário, obras de arte, moedas, animais de estimação
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4.1 O banco de dados UN COMTRADE (United Nations Commodity Trade Statistics Database)◦ É a base de dados de comércio exterior mais abrangente,
acessada e utilizada Cobre quase 99% do comércio mundial de mercadorias e o
período entre 1962 e 2013
◦ Contém dados anuais e, recentemente, mensais de exportação, importação, reexportação e re-importação de mais de 200 países Essas estatísticas de comércio internacional de mercadorias
são fornecidas pelas agências nacionais de estatística de cada país e padronizadas pela Divisão de Estatística das Nações Unidas (valor em US$; quantidade em kg)
4 Introdução às Ferramentas de Comércio Internacional
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4.3 Consultando e agregando os dados◦ Parte 1
Acessar a página do UN COMTRADE em <http://comtrade.un.org>
Coletar os dados, seguindo a nomenclatura SITC, das exportações do Brasil para o mundo (i) totais e (ii) da categoria B.3.1 (Produtos de indústrias automotrizes) para os anos de 2010, 2011 e 2012
Agregrar os dados no programa Microsoft Excel
Plotar dois gráficos, um com o valor das exportações e o outro com o volume (das exportações)
Identificar qual é o principal grupo de produtos responsável pela tendência dos gráficos e qual sua participação relativa na própria categoria e no total exportado
4 Introdução às Ferramentas de Comércio Internacional
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COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE - CEPAL. El comercio de manufacturas en América Latina: evolución y estructura 1962-1989. Santiago de Chile: Naciones Unidas, 1992. Série Estudios e informes de la CEPAL, n. 88.
LALL, S. The Technological Structure and Performance of Developing Country Manufactured Exports, 1985-1998. Oxford, UK: Queen Elizabeth House, University of Oxford, 2000. Série QEH Working Papers, No. QEHWPS44. Disponível em: <http://www3.qeh.ox.ac.uk/RePEc/qeh/qehwps/qehwps44.pdf>. Acesso em: 1 jul. 2012.
LIMA, J. E. D; ALVAREZ, M. Manual de Comércio Exterior y Política Comercial: nociones básicas, clasificaciones e indicadores de posición y dinamismo. Santiago de Chile: Naciones Unidas - CEPAL, 2011.
MAZZERO, M. F. Análise Ambiental do Comércio Bilateral Brasil-China. 2012. 78 f. Monografia (Graduação) - Departamento de Economia, Faculdade de Ciências e Letras - FCL, Universidade Estadual Paulista - UNESP, Araraquara, 2012.
Referências WORLD CUSTOMS ORGANIZATION - WCO. HS
Nomenclature 2012 Edition. Disponível em: <http://www.wcoomd.org/en/topics/nomenclature/instrument-and-tools/hs_nomenclature_2012/hs_nomenclature_table_2012.aspx>. Acesso em: 1 fev. 2013.
WORLD TRADE ORGANIZATION - WTO; UNITED NATIONS CONFERENCE ON TRADE AND DEVELOPMENT - UNCTAD. A Practical Guide to Trade Policy Analysis. Geneva: WTO Publications, 2012. 200 p. Disponível em: <http://www.wto.org/english/res_e/publications_e/wto_unctad12_e.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2012.
UNITED NATIONS. Department Of Economic And Social Affairs. Standard International Trade Classification: Revision 4. New York: United Nations Publication, 2006. Série Statistical Papers, M n. 34/Rev. 4. Disponível em: <http://unstats.un.org/unsd/publication/SeriesM/SeriesM_34rev4E.pdf >. Acesso em: 1 jul. 2012.
UNITED NATIONS. Department Of Economic And Social Affairs. UN COMTRADE: United Nations Commodity Trade Statistics Database. Disponível em: <http://comtrade.un.org>. Acesso em: 23 maio 2012.
Marcelo F. Mazzero, [email protected]