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Curso Seleção
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Geografia
Curso preparatório para EsPCEx
06 - 2017
Professor Vinícius Vanir Venturini
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Brasil: da sociedade agrária para
sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
Até o início do século XIX - a metrópole portuguesa impôs
barreiras ao desenvolvimento industrial brasileiro.
Alvará de 05 de janeiro de 1785:
D. Maria I determinava a extinção de todas as manufaturas
têxteis da Colônia - com exceção das que produziam panos
grossos para a vestimenta dos escravos.
Favorecimento da Inglaterra.
Em abril de 1808 o Regente D. João revogou a Alvará de 1785,
e em 1809 concedeu isenção aduaneira às matérias-primas
necessárias às fábricas.
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Desenho baseado em uma tela de Frans Post – Coleção de J. de Souza Leão
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D. João abriu os portos ao comércio exterior, fixou uma taxa
de 27% para produtos importados, exceto os portugueses
(taxa de 16%).
Em 1810, por meio de um acordo comercial, os produtos
ingleses passaram a ser taxados em 15% por um período de
15 anos.
Até 1850 - fraco desenvolvimento industrial:
-concorrência de produtos ingleses;
-resistência dos grandes proprietários rurais.
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sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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Estrutura de ocupação nacional
(século XVI)
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Estrutura de ocupação nacional
(século XVII)
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Estrutura de ocupação nacional
(século XVIII)
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Lei Alves Branco (1844):
- devido às dificuldades financeiras do Tesouro, taxava as
importações entre 20% e 60%, conforme o produto tivesse ou
não similar nacional (Manuel Alves Branco – Ministro da
Fazenda).
- 1846 - incentivos tributários às indústrias têxteis;
- 1847 - isenção de taxas alfandegárias às matérias-primas.
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sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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1850 - a Lei Eusébio de Queirós proibia o tráfico de escravos,
provocando:
- mais disponibilidade de capitais;
- a vinda de imigrantes para trabalhar na cafeicultura, entre
eles muitos dominavam técnicas de produção de
manufaturados.
Entre 1861 e 1865 – desenvolvimento do setor têxtil, devido à
Guerra de Secessão nos Estados Unidos da América.
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sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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Colheita de café - Rugendas - Biblioteca Municipal de São Paulo
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Outras razões para o fraco desenvolvimento industrial do
Brasil:
- relações escravagistas de trabalho perduram até a segunda
metade do século XIX;
- pequeno mercado interno;
- Estado dominado por uma aristocracia agroexportadora
(manutenção e expansão da produção de café, Política do Café
com Leite);
- Meios de produção e força de trabalho pouco desenvolvidos.
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A primeira Revolução Industrial no Brasil
- concluída por volta de 1930;
- entre 1880 e 1930 foram implantados alguns setores da
indústria de bens de consumo não-duráveis ou indústria leve
(alimentos, calçados, tecidos, sabões, velas, vestuário,
perfumes, etc. - industria tradicional) - poucos investimentos
de capitais, tecnologias simples e consumo imediato;
- não houve a implantação de indústrias de bens de capital
ou de produção - importação de máquinas -dependência
tecnológica;
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Vista do bairro do Brás, na cidade de São Paulo, em 1910, um
dos bairros industriais e de operários da cidade no início de
sua industrialização.
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A primeira Revolução Industrial no Brasil
Concentração espacial no Sudeste, principalmente no Rio de
Janeiro e São Paulo, devido:
- disponibilidade de capitais acumulados com a cafeicultura;
- existência de rede bancária e comercial;
- disponibilidade de energia elétrica (São Paulo, em 1889, e
Rio de Janeiro, em 1905 - Grupo Light and Power Company);
- existência de ferrovias;
- maior mercado consumidor do país.
- surgimento das ligas operárias (primeiros sindicatos).
- Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918).
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Estrutura de ocupação nacional
(século XIX)
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Estrutura de ocupação nacional
(1890)
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Estrutura de ocupação nacional
(1940)
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Segunda Revolução Industrial do Brasil
Período 1956 a 1961:
- Plano de Metas - governo JK (1956-1961) - 2/3 dos recursos
orçamentários do país para estimular os setores de energia e
transportes;
- Período Desenvolvimentista - internacionalização da
economia brasileira (transnacionais) - Modelo de
Desenvolvimento Associado ao Capital Estrangeiro.
- crescimento de 370% no setor de bens de produção e de
63% no setor de bens de consumo.
Substituição da estrutura espacial em arquipélagos
econômicos pelo modelo centro-periferia.
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Segunda Revolução Industrial do Brasil
Período de 1964 a 1980:
- Modelo econômico dependente, modernização conservadora
(crescimento econômico - poucos avanços na área social);
- significativo desenvolvimento da indústria de bens de
produção, o que levou o Brasil a completar sua Segunda
Revolução Industrial por volta de 1980;
- Entre 1967 e 1974 - “Milagre Econômico Brasileiro” -
Tecnoburocracia - Projeto “Brasil Potência” – crescimento de
mais de 10% ao ano, em média;
Em 1979, pela primeira vez, as exportações de produtos
industrializados superaram as exportações de bens primários.
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Segunda Revolução Industrial do Brasil
Período de 1964 a 1980:
- para financiar a industrialização e o Projeto “Brasil Potência”,
o governo brasileiro realizou um crescente endividamento no
exterior (grande disponibilidade de petrodólares disponíveis nos
mercados financeiros europeu e norte-americano);
Década de 1980:
- Crescimento do PIB: 16,9% entre 1980 e 1991 - “Década
Perdida” - Saldos da balança comercial não eram mais
suficientes para pagar os juros da dívida externa;
- 1985 - Redemocratização;
- Capitais estrangeiros deixaram de ser investidos no setor
produtivo - “Ciranda Financeira” - emissão de títulos pelo governo
(juros altos e correção monetária atrativos).
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Atividade industrial até 1969
(industrialização tardia)
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Terceira Revolução Industrial do Brasil
Década de 1990:
- A economia continuou a apresentar um baixo desempenho,
com crescimento médio anual de 2,72%;
- 1994 - Plano Real - Crescimento do PIB de 5,9%;
- Fragilidade diante da instabilidade econômica e financeira
mundial – Crises: Mexicana (1994), Sudeste Asiático (1997),
Russa (1998);
- pequena expansão do setor industrial - modernização
imposta pela abertura comercial (Globalização);
- Inserção de alguns setores produtivos na 3ª Revolução
Industrial ou Tecnológica.
- Superávits comerciais devido à expansão da agropecuária.
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sociedade urbano-industrial
(industrialização tardia)
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Concentração industrial na Região Sudeste
Concentração industrial nas Regiões Metropolitanas
- manutenção da tendência à concentração industrial no
Sudeste no Governo JK (1956 -1961);
- Plano de Metas baseou-se nas condições favoráveis de infra-
estrutura, qualificação da mão-de-obra e mercado consumidor
existentes no estado de São Paulo;
- O planejamento governamental acreditava na necessidade de
se criar um grande pólo de desenvolvimento, tendo São Paulo
como centro, que atingiria outras regiões do país;
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sociedade urbano-industrial
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Concentração industrial na Região Sudeste
Concentração industrial nas Regiões Metropolitanas
- A política de concentração espacial da atividade econômica
e industrial aprofundou mais os desequilíbrios regionais,
consolidando o Sudeste como o centro industrial, financeiro,
comercial e populacional do país;
- O triângulo formado pelas regiões metropolitanas de São
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte passou a constituir o
“coração econômico do país.
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Estrutura de ocupação nacional
(1990)
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Atividade industrial após 1995
(industrialização tardia)
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Industria nacional
(principais centros industriais)
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Industria nacional
(principais centros industriais)
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Industria nacional
(principais ramos industriais)
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Concentração Industrial em São Paulo
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Concentração Industrial em São Paulo
(1960)
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Concentração Industrial em São Paulo
(1995)
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Concentração Industrial em São Paulo
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Rede de influência
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Meio Técnico-Científico Informacional
- tempos lentos da natureza comandando as ações humanas
- escassez de instrumentos artificiais necessários ao domínio da
natureza.
Mecanização seletiva - conjunto de “ilhas;
- técnicas pré-máquina;
- período técnico-científico (Revolução das comunicações na década
de 1970);
- meio técnico ultrapassa pontos e manchas;
- meio técnico-científico-informacional circunscrito a algumas áreas;
-informação e finanças no processo de globalização configuram uma
“Nova Geografia”;
- agravamento de diferenças regionais; Urbanização interior e
formação da “região concentrada”;
Meios geográficos segundo
Milton Santos
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Meio Técnico-Científico Informacional
- integração nacional no pós-guerra (estradas de rodagem, novas
ferrovias e indústrias);
- integração do território e do mercado (hegemonia paulista).
- aumenta a importância da “região concentrada”; Algumas áreas
periféricas com produção moderna;
- comando técnico das operações produtivas relativamente disperso;
- comando político (regulação normativa, financeira e informacional
tende a se concentrar em um número menor de lugares - no Brasil
esse papel é exercido por São Paulo);
- no Brasil, embora Brasília possa criar grandes normas
impulsionadoras ou limitadoras da ação, o uso dessas normas está
subordinado ao interesse de agentes poderosos.
Meios geográficos segundo
Milton Santos
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Estrutura de ocupação nacional
(do arquipélago ao continente)
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Pós Guerra (1945)
(avanço médico)
Explosão demográfica (pós 2º GM)
Queda da taxa de mortalidade
Processo de descolonização (África e Ásia)
Afirmação étnica
Crescimento populacional
Grandes Navegações
(novos alimentos)
Revolução Industrial
Formação da cidade
(melhoria sanitária)
Se
de
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riza
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o
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1° Ásia
3° América2° África
4° Europa
5° Oceania
População por continente
Obs1: + de 80% da população mundial se concentra na faixa
Temperada do Hemisfério Norte;
Obs2: + de 85% da população mundial se concentra na faixa
litorânea dos continentes (considerada área de risco, pelo
aumento do nível do mar);
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Sudeste Asiático
(Ásia das Monções)
Europa
Centro Ocidental
Costa Leste
Estados Unidos
Área ecúmena: favorável a habitação. Exemplo vale fluvial
(planície fluvial).
Área anecúmena: imprópria, resistente, hostil a habitação.
Exemplo desertos, pólos, altas montanhas e florestas
equatoriais.
Distribuição da população mundial3v
Países mais populosos
Obs1.: somente a China e Índia detém mais de 35% da população
mundial;
Obs2.: a Índia nos próximos anos ultrapassará a China em número
de habitantes (tornando-se o país mais populoso do mundo);
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Conceitos demográficos
Pop. absoluta populoso 1° China, 2° Índia, 3°
EUA, 4° Indonésia e 5° Brasil censo dado quantitativo
Pop. Relativa /dens. Demográfica hab./km2
povoado
Mônaco Brasil país muito populoso, mas pouco povoado
Tx. de Fecundidade n° de filhos por mulher redução
urbanização, anticoncepcionais, ingresso da mulher no
mercado de trabalho e casamento tardio
Cresc. Vegetativo = Tx. de Natalidade – Tx. Mortalidade
País do Norte Cres. Vegetativo negativo (baixa natalidade)
País do Sul Cres. Vegetativo positivo (alta natalidade)
Cres. Demográfico = Cres. Vegetativo + Cres. Migratório
EUA Cres. Demográfico alto imigração
Fed. Russa Cres. Demográfico baixo emigração
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Taxa de fecundidade brasileira
O intenso processo de urbanização, verificado no Brasil principalmente a
partir da década de 1960, foi o principal responsável pela redução das taxas
de fecundidade e a consequente queda das taxas de crescimento
demográfico. É na cidade que as informações e o acesso aos métodos de
contra-concepção são maiores e foi justamente a partir deste período que a
pílula anticoncepcional passou a ser difundida na sociedade brasileira.
As mulheres engrossaram o mercado de trabalho urbano e as famílias
passaram a dispor de menos tempo para se dedicar aos filhos. Além disso,
na cidade as despesas com a criação e formação da criança são maiores
que no meio rural, constituindo um fator inibidor para a formação de famílias
numerosas.
3v
A população brasileira cresceu, em 138 anos, quase 20 vezes,
segundo apontam os resultados do Censo Demográfico 2010,
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em
2010, atingimos a marca de 190.755.799 habitantes. Em 1872,
quando foi realizado o primeiro recenseamento, éramos
9.930.478;
Crescimento demográfico brasileiro
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Crescimento populacional
Regiões (IBGE) População em
2000
População em
2010
Crescimento
(% 2000 - 2010)
Norte 12.900.704 15.865.678 22,98
Nordeste 47.741.711 53.078.137 11,18
Sudeste 72.412.411 80.353.724 10,97
Sul 25.107.616 27.384.815 9,07
Centro-Oeste 11.636.728 14.050.340 20,74
Brasil 166.799.170 190.732.694 12,33
Fonte: IBGE - censo 2010/crescimento da população brasileira
A população brasileira cresceu, em 138 anos, quase 20 vezes,
segundo apontam os resultados do Censo Demográfico 2010,
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em
2010, atingimos a marca de 190.755.799 habitantes. Em 1872,
quando foi realizado o primeiro recenseamento, éramos
9.930.478;
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Apesar do crescimento significativo da população em quase
140 anos, entre 2000 e 2010 o Brasil registrou crescimento
médio anual de 1,17% - a menor taxa observada na série. No
período, as maiores taxas de crescimento foram observadas
nas regiões Norte (2,09%) e Centro-Oeste (1,91%).
As dez Unidades da Federação que mais aumentaram suas
populações se encontram nessas regiões: Amapá (3,45%),
Roraima (3,34%), Acre* (2,78%), Distrito Federal (2,28%),
Amazonas (2,16%), Pará (2,04%), Mato Grosso (1,94%), Goiás
(1,84%), Tocantins (1,80%) e Mato Grosso do Sul (1,66%). De
acordo com o IBGE, a componente migratória contribuiu
significativamente para esse crescimento.
*Haitianos
Dentre as outras três grandes regiões, a Unidade da
Federação que mais cresceu, segundo o IBGE, foi Santa
Catarina (1,55%), influenciada pelo alto crescimento de
Florianópolis e seu entorno, além das regiões de Tijucas,
Itajaí, Blumenau e Joinville, todas no leste do estado.
Crescimento populacional
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Área - total 8.514.876 km2
Região Norte 45,2 %
Região Centro-Oeste 18,9 %
Região Nordeste 18,2
Região Sudeste 10,9
Região Sul 6,8
População - total 191.480.630 hab
Região Norte 15.3591
8%
Região Centro-Oeste 13.8951
7,25%
Região Nordeste 53.5911
28%
Região Sudeste 80.9151
42,25%
Região Sul 27.7191
14,5%
Produto interno Bruto - total R$ 3,03 trilhões
Região Norte 5,1%
Região Centro-Oeste 9,2%
Região Nordeste 13,1%
Região Sudeste 56%
Região Sul 16,6%
Brasil e as Regiões Nacionais
1milhões de habitantes
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Censo de 2010, por Estado
Fonte: IBGE - censo 2010/crescimento da população brasileira
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As regiões Nordeste e Sudeste apresentaram um
crescimento populacional semelhante, de pouco mais de 1%
ao ano, ainda que esta última tenha apresentado uma queda
mais pronunciada, quando comparada com a taxa de
crescimento entre os censos de 1991 e 2000.
A Região Sul, que desde o Censo Demográfico 1970 vinha
apresentando crescimento anual de cerca de 1,4%, foi a que
menos cresceu (com taxa de 0,87%), tendo sido influenciada
pelas baixas taxas observadas nos estados do Rio Grande do
Sul e Paraná, de 0,49% e 0,89%, respectivamente.
Crescimento populacional
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População absoluta em 2010: 195,4 milhões
Estados mais populosos:
São Paulo 41.252.160
Minas Gerais 19.595.309
Rio de Janeiro 15.993.583
Bahia 14.021.432
Rio Grande do Sul 10.695.532
Paraná 10.439.601
Estados menos populosos:
Roraima 451.227
Amapá 668.689
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Estados mais povoados
População relativa: 22,51 hab/km2
Cidades mais populosas:
São Paulo (aglomeração urbana 20.000.00), 11.244.369
Rio de Janeiro (aglomeração urbana 12.000.00), 6.323.037
Salvador 2.892.625
Fortaleza 2.447.409
Brasília 2.562.903
Belo Horizonte 2.375.444
Curitiba 1.746.896
Manaus 1.802.525
Recife 1.536.934
Porto Alegre 1.409.939
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Divisão Regional do Brasil
- Pedro Pinchas Geiger (1967) -
Em 1967, o geógrafo brasileiro
Pedro Pinchas Geiger propôs
uma divisão regional do país,
em três Regiões
Geoeconômicas ou Complexos
Regionais.
Esta proposta se baseia no
processo histórico de
formação do território
brasileiro, levando em conta,
especialmente, os efeitos da
industrialização.
Dessa forma, ela busca refletir
a realidade do país e
compreender seus mais
profundos contrastes.
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Divisão Regional do Brasil
- Pedro Pinchas Geiger (1967) -
De acordo com Geiger, são
três as regiões
geoeconômicas: Amazônia,
Centro-Sul e Nordeste.
Essa organização regional
favorece a compreensão das
relações sociais e políticas do
país, pois associa os espaços
de acordo com suas
semelhanças econômicas,
históricas e culturais.
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Divisão Regional do Brasil
- Pedro Pinchas Geiger (1967) -
Diferentemente da divisão
proposta pelo IBGE, os
complexos regionais não se
limitam apenas às fronteiras
entre os Estados. Nessa
regionalização, o norte de
Minas Gerais, por exemplo,
encontra-se no Nordeste,
enquanto o restante do
território mineiro está
localizado no Centro-Sul.
Essa organização regional é
muito útil para a geografia,
pois oferece uma nova maneira
de entender a história da
produção do espaço nacional
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Divisão Regional do Brasil
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1990) -
O Brasil está dividido em cinco
regiões: Norte, Nordeste,
Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Os estudos da Divisão
Regional do IBGE tiveram
início em 1941, sob a
coordenação do Prof. Fábio
Macedo Soares Guimarães. O
objetivo principal de seu
trabalho foi de sistematizar as
várias "divisões regionais" que
vinham sendo propostas, de
forma que fosse organizada
uma única Divisão Regional do
Brasil para a divulgação das
estatísticas brasileiras.
3v
Divisão Regional do Brasil
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1990) -
A Divisão Regional do Brasil
em mesorregiões, partindo de
determinações mais amplas
em nível conjuntural, buscou
identificar áreas
individualizadas em cada uma
das Unidades Federadas,
tomadas como universo de
análise e definiu as
mesorregiões com base nas
seguintes dimensões: o
processo social como
determinante, o quadro natural
como condicionante e a rede
de comunicação e de lugares
como elemento da articulação
espacial.
3v
Divisão Regional do Brasil
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1990) -
Aplicabilidade: elaboração de
políticas públicas; subsidiar o
sistema de decisões quanto à
localização de atividades
econômicas, sociais e
tributárias; subsidiar o
planejamento, estudos e
identificação das estruturas
espaciais de regiões
metropolitanas e outras
formas de aglomerações
urbanas e rurais.
3v
Divisão Regional do Brasil
- Roberto Lobato Corrêa (1989) -
Roberto Lobato Corrêa divide o
espaço brasileiro em três
regiões, os "Três Brasis", que
se diferenciam entre si por
apresentarem distintas
especializações produtivas,
distintos modos e intensidades
de circulação e consumo, pela
gestão das atividades,
distintas organizações
espaciais e níveis de
circulação interna, inter-
regional e internacional.
Os três grandes conjuntos
regionais apresentados por
Roberto Lobato Corrêa são:
Centro-sul, Nordeste e
Amazônia.
3v
Divisão Regional do Brasil
- Milton Santos (1999) -
O critério principal da
regionalização proposta por
Milton Santos e Maria Laura
Silveira foi o “meio técnico-
científico-informacional”, isto
é, a informação e as finanças
estão irradiadas de maneiras
desiguais e distintas pelo
território brasileiro,
determinado “quatro brasis”:
Região Amazônica - baixas
densidades técnicas e
demográficas.
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Desde 1872, o maior índice de crescimento da população brasileira
foi registrado na década de 50, quando o Brasil crescia 2,99% ao
ano. Isso, de acordo com Fernando Albuquerque, gerente da
Coordenação de População e Indicadores Sociais, porque o Brasil
registrou o declínio de mortalidade após a Segunda Guerra Mundial,
em 1945 e manteve altos os níveis de fecundidade.
3v
Crescimento vegetativo nacional
(1950 – 2020)
Albuquerque explica ainda que a fecundidade só começa a declinar
no início dos anos 60. "Com isso, há diminuição da taxa de
crescimento. Já o declínio de fecundidade se acentua no início dos
anos 80", afirma.
3v
Brasil e o censo de 2010
3v
População brasileira com deficiência
Em dez anos (2000 a 2010), houve um crescimento no número de
pessoas com deficiências no Brasil. Atualmente, é a deficiência
visual a mais recorrente e verificada em todas as faixas etárias.
O Nordeste brasileiro é a região que mais concentra pessoas com
deficiências, seguido do Sudeste.
Em 2010, 61,1% das pessoas com deficiências ainda estavam sem
instrução e/ou possuem apenas o fundamental incompleto e 23,7
milhões não tinham nenhuma ocupação (trabalho).
3v
Nova família brasileira
3vTeorias demográficas
Malthusianismo séc. XVIII Inglaterra observa a
Rev. Industrial relação matemática onde a população
cresce em PG e produção des alimentos em PA um país
é pobre devido a grande população / alta Tx. de Natalidade
contrário aos métodos anticoncepcionais (Sujeição Moral)
Neomalthusianismo séc. XX EUA observam a
Explosão Demográfica reafirmam Malthus: um país
é pobre devido a grande população / alta Tx. de Natalidade
favoráveis aos métodos anticoncepcionais e ao controle de
natalidade (infanticídio feminino, china )
Reformistas ou Marxistas séc. XX (década de 60/70) RCT
afirmam: um país é pobre devido a desigual, injusta
distribuição de renda e de alimentos favoráveis aos métodos
anticoncepcionais e ao planejamento familiar (educação)
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3v 3vPirâmides etárias
(diferentes tipos de pirâmides etárias)
3vPirâmides etárias do Brasil
(país em transição)
2000 2010
+ idosos
+ adultos
- jovens
-crianças
De acordo com o Censo 2010, há 96 homens para cada 100
mulheres no Brasil. A diferença ocorre, segundo o IBGE,
porque a taxa de mortalidade, entre homens, é superior. Mas
nascem mais homens no país: a cada 205 nascimentos, 105
são de homens, segundo o Instituto.
3vPirâmides etárias do Brasil
(país em transição)
3vEstrutura etária do Brasil
(país em transição)
Nas últimas décadas, o Brasil tem registrado redução
significativa na participação da população com idades até 25
anos e aumento no número de idosos. E a diferença é mais
evidente se comparadas as populações de até 4 anos de
idade e acima dos 65 anos. Em 2010 o país tinha 13,8
milhões de crianças de até 4 anos e 14 milhões de pessoas
com mais de 65 anos.
A Região Norte, apesar do contínuo envelhecimento, ainda
apresenta, segundo o IBGE uma estrutura bastante jovem. A
população de crianças menores de 5 anos da Região Norte,
que era de 14,3% em 1991, caiu para 12,7% em 2000,
chegando a 9,8% em 2010. Já a proporção de idosos na
população passou de 3% em 1991 e 3,6% em 2000, para 4,6%
em 2010.
As regiões Sudeste e Sul são as mais envelhecidas do país.
As duas regiões tinham, em 2010, um contingente de idosos
com 65 anos ou mais de 8,1%. Nesse mesmo ano, a
população de crianças menores de 5 anos era de 6,5% no
Sudeste e de 6,4% no Sul.
3vPirâmides etárias do Brasil
(por Estado)
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3vPirâmides etárias do Brasil
(relação de idosos: em verde)
3vPirâmides etárias do Brasil
(relação de idosos: em verde)
3vPopulação Economicamente Ativa -
2001/2013
3vPopulação Economicamente Ativa -
Mundo vs. Brasil
3vPirâmides etárias do Brasil
(razão de dependência)
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3v 3vPressão demográfica
Adultos com 65 anos ou mais no total da população - em %
3vPaíses do BRIC’S
(pirâmides etárias dos países membros)
3vPressão demográfica
Adultos com 60 anos entre 1950 e 2100
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Obs.: três principais indicadores avaliados pelo IDH;
Três dimensões do IDH
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Índice de Desenvolvimento Humano
Obs.: observa-se mais países com Índice de Desenvolvimento
Humano elevado/alto, entre eles o Brasil (75°, 0,755);
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Índice de Desenvolvimento Humano
IDH brasileiro foi calculado em 0,755, o que mantém o país no grupo de
nações com alto desenvolvimento humano, onde também estão Uruguai,
México, Venezuela, Colômbia e Turquia. O número é levemente maior que o
registrado em 2013, de 0,752, mas não evitou que o Brasil caísse no ranking.
Em 2013, Brasil e Sri-Lanka estavam empatados na 74ª colocação, mas em
2014, o Sri Lanka avançou uma posição e passou à frente do Brasil.
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Migração no Mundo
Obs2: infelizmente a imigração nem sempre é pacífica, o choque entre
autóctones (nativos) e alóctones (imigrantes) pode gerar, conflitos,
agressões ou xenofobia; destacando negativamente a Europa, pela
presença de grupos de extrema direita, como os
Neonazistas/Fascistas;
Obs1: conflitos armados, étnicos, intolerância, religiosos ou políticos,
e a fome formam os principais fatores repulsivos; gerando grande
número de refugiados em todo mundo;
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Migração no Mundo
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Migração no Mundo
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Migração no Mundo
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Migração no Mundo
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Migração de “cérebros”
(mão de obra qualificada)
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Migração de “cérebros”
(mão de obra qualificada)
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Migração por gênero
(mulheres)
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Refugiados
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Origem do imigrantes
(refugiados que chegam ao continente europeu)
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Refugiados em números
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Refugiados Sírios no mundo
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Migração no Brasil
Obs.: a partir de 1808 (208 anos), o governo português (Brasil
colônia), incentiva a imigração permitindo a posse de terras
por estrangeiros no Brasil.
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Migração no Brasil
1500 - 1980 (descobrimento), período de imigração,
colonização do Brasil. Ordem cronológica de
imigrantes no Brasil:
Portugueses
Espanhóis
Africanos
Suíços
Alemães
Italianos
Árabes, Sírios
Eslavos, Poloneses
Japoneses
A partir da década de 80 (1980), sucessivas crises
econômicas, aumento do desemprego como da
violência levam os brasileiros a tornam-se
emigrantes.
Relação quantitativa
de imigrantes
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Migração no Brasil
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Imigração no Brasil
(ingressos, destacando os haitianos)
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Brasil cosmopolita
(origem dos refugiados no Brasil nos últimos anos)
Obs.: aproximadamente 20 mil haitianos entre 2012 - 2014,
ingressaram no Brasil, destacando o Estado do Acre como
rota preferencial de ingresso. O Haiti é o país mais pobre das
Américas, e recentemente - 2010, sofreu com terremoto
catastrófico;
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Emigração no Brasil
(egressos, destacando os Estados Unidos)
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Migração quanto ao espaço
Internacional (de um país para outro), exemplo Brasil para
(países que mais recebem brasileiros):
► Estados Unidos “Brazuca” (destaque para Nova
York e Miami);
►Paraguai, “Brasiguaio” (destaque para
agricultora e pecuária na região do Chaco/Pantanal)
Obs.: empresários brasileiros têm migrado para o
Paraguai pelos baixos custos e menor burocracia;
► Japão “Decasségui” (fenótipo, 3K)
► União Europeia: Espanha, Alemanha, Reino Unido
Nacional Intra-regional (mesma região):
Goiana para o Distrito Federal, Cuiabá
(mesma Região Centro-Oeste)
Inter-regional (regiões diferentes):
Recife (PE) para São Paulo (SP)
(Região Nordeste, Região Sudeste)
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Saldo migratório nacional
(“escuro”, são os Estados que mais receberam imigrantes)
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Migração no Brasil
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Migrações inter-regionais no Brasil
(entre os anos de 2005 e 2010)
Obs.: a migração inter-regional caracteriza-se pelo fluxo populacional que
ocorre de uma região para outra. O saldo migratório de uma região é obtido
pela diferença entre o número de entradas e saídas de pessoas em um período
de tempo.
A partir dos anos 1990, registra-se o aumento de um tipo de migração inter-
regional, denominada migração de retorno. Trata- se da volta do migrante para
a sua região (estados e municípios) de naturalidade.;
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Migração no Brasil
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Migração interna no Brasil
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Origem dos imigrantes em São Paulo
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Migração quanto ao tempo
Definitiva ► êxodo rural
Por tempo indeterminado ► bolsa de estudo,
►imigração ilegal
Sazonal (época, estação, transumância, colheita,
safra) ►bóia-fria
►pastores nômades
►veraneio
Pendular ou diária (cidade dormitório)
São José para Florianópolis
dia
noite
Obs.: sendo o processo de
migração mais praticado no
mundo a migração pendular
ou diária;
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Êxodo-rural, “Os Sertões”
(estiagem)
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Tipos de migração no Brasil
Migração de
retorno
Obs.: crise hídrica;