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Desenvolvimento Regional
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Vale do Acaraú
1Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
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Desenvolvimento RegionalAtualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Programa de Desenvolvimento Urbano do Pólo Regional
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Diagnóstico Regional resumido – Vale do Acaraú
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2Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Dimensão físico territorial
I.Dimensão científico-tecnológica
V.
Dimensão ambiental
II.Dimensão econômica
VI.
Dimensão da infraestrutura
III.Dimensão político institucional
VII.
Dimensão social
IV.
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Vale do Acaraú: inserção e contexto
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3 microrregiões distribuídas em 18 municípios
A delimitação atual foi ampliada em
relação à primeira versão do PDR
elaborada em 2004, a qual abrangia
apenas 8 municípios. A ampliação se
deve à necessidade de contemplar
municípios que, baseados em indicadores
socioeconômicos, potencializam o efeito
das intervenções no Vale.
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Dados demográficos e territoriais
Microrregião
Município
Área (Km²)
População Estimada
2015
População Censo 2010
Pop. Urbana
Pop. Rural
Taxa de Urbanização
Coreaú
Coreaú 775,8 22.889 21.954 14.223 7.731 65%
Frecheirinha 181,24 13.541 12.991 7.636 5.355 59%
Moraújo 415,63 8.520 8.070 3.604 4.466 45%
Uruoca 696,75 13.519 12.883 7.671 5.212 60%
Subtotal 2069,42 58.469 55.898 33.134 22.764 59%
Meruoca
Alcântaras 138,61 11.321 10.771 3.448 7.323 32%
Meruoca 149,85 14.674 13.693 7.420 6.273 54%
Subtotal 288,45 25.995 24.464 10.868 13.596 44%
Sobral
Cariré 756,88 18.645 18.347 8.301 10.046 45%
Forquilha 516,99 23.544 21.786 15.473 6.313 71%
Graça 281,87 15.294 15.049 5.815 9.234 39%
Groaíras 155,95 10.847 10.228 7.076 3.152 69%
Irauçuba 1.461,25 23.543 22.324 14.343 7.981 64%
Massapê 566,58 37.560 35.191 23.983 11.208 68%
Miraíma 699,96 13.428 12.800 6.847 5.953 53%
Mucambo 190,6 14.357 14.102 9.066 5.036 64%
Pacujá 76,13 6.168 5.986 3.723 2.263 62%
Santana do Acaraú
969,33 31.596 29.946 15.372 14.574 51%
Senador Sá 423,92 7.367 6.852 5.068 1.784 74%
Sobral 2.122,90 201.756 188.233 166.310 21.923 88%
Subtotal 8.222,36 404.105 380.844 281.377 99.467 74%
Total 10.580,23 488.569 461.206 325.379 135.827 71%
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
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Planejamento urbano: Planos Diretores
Segundo o Estatuto das Cidades, lei federal de 2001, o Plano Diretor é um instrumento básico
que deve orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana dos
municípios. O Estatuto confere obrigatoriedade de elaboração do Plano os municípios que:
Possuem mais de 20.000 habitantes;
São integrantes de regiões metropolitanas;
Possuem áreas de interesse turístico;
Situados em áreas de influência de empreendimentos ou atividades com significativo
impacto ambiental na região ou no país.
___________ ___ ________ ________
Dos 18 municípios que constituem o Vale do Acaraú, 5 possuem mais de 20.000 habitantes de
acordo com o Censo 2010, são eles: Coreaú, Forquilha, Irauçuba, Massapê, Santana do Acaraú e
Sobral. Esses 5 municípios contam com Plano Diretor. Apesar de Cariré ter 18.000 habitantes,
seu Plano Diretor já está em elaboração.
_____ ______ ______ _______ _____ _____ __
_________
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Planejamento urbano: Planos Diretores
No que se refere à Lei de
Ocupação e Uso do Solo e Lei de
Parcelamento do Solo Municipal, 4
dos referidos municípios (Forquilha,
Irauçuba, Massapê, Santana do
Acaraú e Sobral) também contam
com estas leis e apenas um
(Coreaú) não possui.
Ainda em relação aos 05
municípios com mais de 20.000,
destes, 2 não possuem Código de
Obras: Coreaú e Forquilha.
Tabela 1 PLANOS DIRETORES NO VALE DO ACARAÚ
Município Mais de 20.000
habitantes
Plano Diretor
existência
Ano da Lei de Criação
Ano da última atualização
Elaborando o Plano Diretor
Alcântaras não Não - - Não
Cariré não Não - - Sim
Coreaú sim Sim 2008 Não foi atualizado -
Forquilha sim Sim 2008 Não foi atualizado -
Frecheirinha não Não - - Não
Graça não Não - - Não
Groaíras não Não - - Não
Irauçuba sim Sim 2007 Não foi atualizado -
Itaiçaba não Não - - Não
Massapê sim Sim 2012 Não foi atualizado -
Meruoca não Não - - Não
Moraujo não Não - - Não
Miraíma não Não - - Sim
Mucambo não Não - - Não
Pacujá não Não - - Não
Santana do Acaraú sim Sim 2007 2007 -
Senador Sá não Não - - Não
Sobral sim Sim 2000 2009 -
Uruoca não Não - - Não
Fonte: IBGE, 2014
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Planejamento urbano: legislação
Tabela 1 LEIS DE PLANEJAMENTO URBANO NO VALE DO ACARAÚ
Município Legislação sobre parcelamento do solo -
existência Ano da Lei
Legislação sobre zoneamento ou uso e ocupação do solo - existência
Ano da Lei Código de obras – existência
Alcântaras Não - Não - Sim, com legislação específica
Carire Sim, com legislação específica 1943 Sim, com legislação específica 2009 Sim, com legislação específica
Coreau Não - Não - Não
Forquilha Sim, como parte integrante do Plano Diretor - Sim, como parte integrante do Plano
Diretor - Não
Frecheirinha Não - Não - Sim, com legislação específica
Graca Não - Não - Não
Groairas Não - Não - Sim, com legislação específica
Iraucuba Sim, como parte integrante do Plano Diretor - Sim, como parte integrante do Plano
Diretor - Sim, com legislação específica
Itaicaba Não - Não - Não
Massape Sim, como parte integrante do Plano Diretor - Sim, como parte integrante do Plano
Diretor -
Sim, como parte integrante do Plano Diretor
Meruoca Sim, com legislação específica 2011 Sim, com legislação específica 2011 Sim, com legislação específica
Moraujo Sim, com legislação específica 1988 Sim, com legislação específica 1988 Não
Miraima Não - Não - Sim, com legislação específica
Mucambo Sim, com legislação específica 2013 Sim, com legislação específica 2013 Não
Pacuja Não - Não - Não
Santana do Acarau
Sim, como parte integrante do Plano Diretor - Sim, como parte integrante do Plano
Diretor - Sim, com legislação específica
Senador Sá Não - Não - Não
Sobral Sim, com legislação específica 2000 Sim, como parte integrante do Plano
Diretor - Sim, com legislação específica
Uruoca Sim, com legislação específica 1993 Sim, com legislação específica 1993 Não
Fonte: IBGE 2014
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Potencialidades físico territoriais
A lei Federal de Assistência Técnica vigente desde 2008 pode ser aplicada nos municípios com a
finalidade de auxiliar a população de baixa renda em suas construções minorando os efeitos
negativos do crescimento desordenado das cidades.
Existe no Vale uma vida cultural intensa através de festejos sazonais em muitos municípios que
podem, a partir da construção de equipamentos culturais, fortalecer as manifestações artísticas e
contribuir para identidade arquitetônica local.
Existem mercados e feiras que ocorrem com alta frequência em muitos municípios do Vale, porém
os espaços, em sua maioria, são precários. A ampliação e reforma arquitetônica de boa qualidade
destes equipamentos é uma oportunidade para, não só fortalecer a identidade arquitetônica das
cidades, como também atrair eventos intermunicipais nestes espaços.______________
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Fragilidades físico territoriais
Carência de variedade de equipamentos públicos de lazer e esportes. No geral, existem apenas
campos de futebol;
Carência de espaços públicos culturais;
Predominância de morfologia urbana desordenada com traçado viário irregular.
Distribuição da população concentrada em Sobral provocando polarização de usos.
Grande quantidade de habitações precárias.
Ausência de controle urbano por parte do poder público;
Construções contemporâneas carecem de qualidade visual arquitetônica, o que reflete
negativamente na ambiência das cidades.
Ausência de identidade arquitetônica contemporânea, tendo apenas poucos prédios históricos
contribuindo para identidade local. Em muitos casos, esta identidade limita-se às Igrejas matrizes
e a alguns monumentos religiosos.
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11Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Dimensão físico territorial
I.Dimensão científico-tecnológica
V.
Dimensão ambiental
II.Dimensão econômica
VI.
Dimensão da infraestrutura
III.Dimensão político institucional
VII.
Dimensão social
IV.
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
A região do Vale do Acaraú apresenta seus aspectos físicos fortemente marcados pela
semiaridez, cujos efeitos se traduzem na estrutura geológica predominantemente cristalina, na
natureza dos solos, no regime intermitente dos cursos d’água, no baixo potencial hidrogeológico
dos aqüíferos, na fisionomia da vegetação (caatinga arbustiva) e consequentemente na economia
da região.
O regime climático predominante caracteriza-se por apresentar uma pluviometria média anual da
ordem de 693,0mm, cuja repartição das chuvas dentro do ano legal apresenta-se concentrada
num curto período (3 a 5 meses em média). Vale ressaltar, que além de baixa e mal distribuída no
ano médio, a precipitação também está mal distribuída ao longo do tempo provocando a
ocorrência de estiagens prolongadas.
O clima muito quente e semiárido, com chuvas praticamente só no outono, aliado a estrutura
geológica predominantemente cristalina e ao relevo, exercem papel de destaque na rede
hidrográfica da região, a qual apresenta um alto poder de escoamento, resultando numa
fluviometria de caráter intermitente, com grandes picos de cheias nos períodos chuvosos.
Características Ambientais
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Os recursos hídricos superficiais estão distribuídos pelas bacias dos rios Acaraú, Coreaú, Aracati-Mirim e
Aracatiaçu, sendo que 87,5% dos municípios que integram a região apresentam a quase totalidade de
seus territórios posicionados na Bacia do Acaraú. Constitui exceção o município de Alcântaras, cujo
território está integralmente assente na Bacia do Coreaú. Já os municípios de Sobral e Santana do
Acaraú apresentam partes significativas de seus territórios associadas à Bacia do Aracatiaçu, enquanto
que Meruoca e Massapé apresentam pequenas áreas dos seus territórios na Bacia do Coreaú.
A região apresenta boa disponibilidade de recursos hídricos superficiais, contando com oito reservatórios
de grande porte, os quais por terem duração plurianual constituem peças essenciais à defesa contra as
secas, além de permitirem a perenização dos seus cursos d’água, perfazendo um volume acumulado de
1.416,1hm3 e uma vazão regularizada de 450,96hm3/ano com 90,0% de garantia.
Embora predomine na região do PDR Vale do Acaraú solos rasos e pedregosos, os quais respondem por
78,0% do seu território, a maior parte dos solos com potencial hidroagrícola (Aluviões) da região, estão
posicionados ao longo de trechos de rios perenizados. Permitem assim a conjugação do binômio solo-
água, não exigindo para o desenvolvimento da irrigação a implantação de grandes obras hídricas.
Características Ambientais
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Predomínio de solos pouco profundos a rasos e pedregosos
Regime intermitente dos cursos d’água,
Baixo potencial hidrogeológico dos aqüíferos
Pluviometria média anual baixa e mal distribuída no ano médio e também está mal distribuída ao
longo do tempo
Presença de áreas com processo de desertificação configurado já são observadas no domínio do
embasamento cristalino, mais especificamente nos territórios dos municípios de Irauçuba e
Miraíma, sendo decorrentes dos sucessivos desmatamentos para a formação de pastos,
exploração da lenha e plantio de cultivos de subsistência.
Excessiva produção de resíduos sólidos urbanos e sua deposição em aterros controlados ou
lixões, muitos dos quais localizados em áreas inadequadas, contribuindo para a poluição dos
recursos hídricos e degradação dos valores paisagísticos.
Fragilidades Ambientais
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Ausência de tratamento dos efluentes industriais na maioria dos estabelecimentos do setor
secundário, o que se torna mais grave dado a presença de indústrias com elevado potencial
poluidor dos recursos hídricos na região (Segmentos Matadouros e Frigoríficos, Curtumes, Têxtil,
Sucroalcooleiro e Laticínios, entre outros);
A poluição dos recursos hídricos pelo aporte de efluentes domésticos, hospitalares e industriais
dado à ausência ou deficiência dos sistemas de esgotamento sanitário existentes. Em Sobral faz-
se necessário a execução de um programa de conscientização da população quanto ao problema
sanitário causado pela não interligação dos domicílios a rede coletora, já que apenas uma
pequena parcela da população contemplada com sistema de esgotamento sanitário utiliza
efetivamente esse serviço.
A ocupação desordenada do solo urbano, onde se observa a invasão de áreas instáveis pela
população, com destaque para as margens dos cursos e mananciais d’água nas cidades de
Sobral, Santana do Acaraú e Massapê, promovendo a degradação destes ambientes e criando
áreas de riscos relativas a enchentes;
Fragilidades Ambientais
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Quanto ao meio antrópico, nas últimas décadas a ocupação dos espaços urbanos tem se
acentuado, com a população se concentrando em torno das cidades, caracterizando um processo
de inchamento dos centros urbanos, tendo como consequência a geração de pressão de
demanda sobre o conjunto de serviços públicos existentes, dimensionados apenas para o
atendimento da população local.
Fragilidades Ambientais
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Boa disponibilidade de recursos hídricos superficiais, contando com oito reservatórios de grande
porte, os quais por terem duração plurianual constituem peças essenciais à defesa contra as
secas, além de permitirem a perenização dos seus cursos d’água
Potencial, economicamente viável, para o desenvolvimento da indústria da mineração restrito a
minérios de cobre, calcário, granito e argila.
Potencial para o desenvolvimento do turismo ecológico e para a prática de esportes radicais (vôo
livre).
A maior parte dos solos com potencial hidroagrícola (Aluviões) da região, estão posicionados ao
longo de trechos de rios perenizados. Permitem assim a conjugação do binômio solo-água, não
exigindo para o desenvolvimento da irrigação a implantação de grandes obras hídricas.
Potencialidades Ambientais
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Dentre as atividades primárias desenvolvidas na região, merece, ainda, destaque, o
desenvolvimento da piscicultura superintensiva (tanques-redes) praticada nos açudes Ayres de
Sousa e Santo Antônio do Aracatiaçu. Observa-se que a região apresenta um significativo
potencial pesqueiro continental representado pelos açudes de grande e médio porte, nos quais
além da piscicultura extensiva pode ser desenvolvido o cultivo em tanques-rede, e pelos solos não
agricultáveis ao longo dos trechos de rios perenizados, nos quais pode ser praticada a piscicultura
intensiva (tanques escavados no solo), tendo como mercados consumidores Sobral e Fortaleza.
A região da Serra da Meruoca com seu clima ameno e patrimônio paisagístico, representado pela
presença de vegetação de matas úmidas, fontes, cachoeiras, balneários, grutas, mirantes e
pontos altos, apresenta potencial para o desenvolvimento do turismo ecológico e para a prática de
esportes radicais (vôo livre).
A região do PDR Vale do Acaraú apresenta potencial, economicamente viável, para o
desenvolvimento da indústria da mineração restrito a minérios de cobre, calcário, granito e argila.
Potencialidades Ambientais
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Potencial para o desenvolvimento da indústria de reciclagem de lixo, com os municípios de
Forquilha e Sobral já contando com uma usina de reciclagem de plásticos e com uma central de
triagem e prensamento de resíduos sólidos, respectivamente. Além disso, constatou-se o
desenvolvimento de projetos de conscientização da população para importância da coleta seletiva
e posterior reciclagem do lixo nos municípios de Sobral e Santana do Acaraú e as prefeituras de
Sobral, Groaíras e Santana do Acaraú manifestaram interesse na implantação de usinas de
reciclagem em seus municípios.
Potencialidades Ambientais
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Dimensão físico territorial
I.Dimensão científico-tecnológica
V.
Dimensão ambiental
II.Dimensão econômica
VI.
Dimensão da infraestrutura
III.Dimensão político institucional
VII.
Dimensão social
IV.
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Infraestruturas e conectividade
A infraestrutura é não apenas condicionante como também determinante do desenvolvimento regional.
No entanto, face à iminência de proposições regionais neste sentido, deverá ser estabelecido o ponto de
equilíbrio entre dois fatores fundamentais:
a necessidade de desconcentração da infraestrutura para a garantia de uma melhor distribuição
das riquezas e oportunidades;
a otimização da infraestrutura já instalada em determinadas áreas da região, notadamente nas
áreas urbanas.
A malha rodoviária da Região do Vale do Acaraú é compreendida por 1.946,00 km de rodovias
municipais, 1.036,00 km de estaduais e 170,20 km de federais, totalizando 3.152,20 km de rodovias.
Atualmente são cerca de 170,00 km de obras de pavimentação e restauração em andamento na Região
do Vale do Acaraú.
Atualmente toda a malha pavimentada da região do Vale do Acaraú se encontra em boas condições de
trafegabilidade, concluindo-se que a acessibilidade rodoviária é bastante significativa. Sobre a
acessibilidade dos municípios incluídos no PDR - Vale do Acaraú à capital do estado, os mesmos
apresentam distância média a Fortaleza de 310,00 km, tendo como principal acesso a Rodovia BR-222
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Sistema rodoviário interurbano
FIGURA. Mapa de áreas de operação (transportadoras)
Fonte: Detran, CE
FIGURA. Mapa de localização dos municípios da
área de operação 4
Fonte: Departamento Estadual de Rodovias - DER
A área é composta por quarenta municípios, operando vinte
e sete linhas municipais e possui a cidade de Sobral como
único polo regional.
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Usinas Eólicas
Tabela 1 Usinas Eólicas em Construção
Usina Potência (kW) Outorgada Município
Araras 30.000 Acaraú - CE
Ventos de Santa Rosa 30.000 Tianguá - CE
Ventos de São Geraldo 30.000 Tianguá - CE
Ventos de Santo Inácio 30.000 Tianguá - CE
Ventos de Sebastião 30.000 Tianguá - CE
Fonte: ANEEL 2015
Embora não estejam situadas na região do PDR Acaraú fazem parte dos empreendimentos em
construção quatro usinas eólicas no município de Tianguá com potência outorgada de 30.000 KW
cada e uma no município de Acaraú com potência outorgada também de 30.000 KW, municípios
estes que se situam próximos a região.
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Metrô de Sobral
Operado pelo Metrofor, o Metrô de Sobral se
compõe de duas linhas de superfície: A Linha Norte
com 7,20 km de extensão que interliga os bairros
Sumaré e Cohab II e a Linha Norte com 6,70 km de
extensão que interliga os bairros Junco e Novo
Recanto. As linhas possuem doze estações e se
integram na estação Coração de Jesus. Atualmente
o sistema transporta em média mil e quinhentos
passageiros por dia.
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Consumo elétrico
FIGURA. Distribuição de consumo
Fonte: Coelce
FIGURA. Média de consumo mensal da classe residencial
Fonte: Coelce
36,40%
30, 36%
11,40%
6,54%
15,10%
2,00%
DISTRIBUIÇÃO DE CONSUMO
Residencial
Industrial
Comercial
Rural
Público
Próprio
7382 85
101 99
8394 89
96
7481 78 83
9690
75
138
78
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Alc
ânta
ras
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raú
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Mu
cam
bo
Pac
ujá
San
tan
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cara
u
Sen
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r Sá
Sob
ral
Uru
oca
Consumo (wh/mês)
Municípios
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Telefonia móvel e banda larga
Tabela 1 Cobertura de Telefonia Móvel na Região do Vale do Acaraú – Estações de Radio Base e Operadoras de SMP (Serviço móvel Pessoal)
Município
Nºde Estações de
Rádio Base
Empresas em Operação - SMP Empresas em Operação – Banda Larga
Alcântaras 3 Claro, Oi e Vivo Oi
Cariré 8 Vivo e Tim Vivo
Coreaú 5 Claro, Oi e Vivo Oi
Forquilha 5 Claro, Vivo e Tim Tim
Frecheirinha 1 Claro Claro
Graça 3 Claro, Vivo e Tim Claro
Groaíras 4 Claro, Oi e Vivo Oi
Irauçuba 8 Claro, Vivo e Tim Vivo
Massapê 7 Claro, Vivo e Tim Nextel
Meruoca 9 Claro, Oi,Vivo e Tim Claro
Miraíma 1 Claro Claro
Moraújo 3 Claro, Oi e Vivo Oi
Mucambo 2 Claro e Tim Claro
Pacujá 2 Claro e Oi Oi
Santana do Acaraú 7 Claro, Vivo e Tim Claro
Senador Sá 2 Claro e Nextel Nextel *
Sobral 55 Claro, Oi, Vivo,Tim e Nextel Claro, Oi, Vivo,Tim e Nextel
Uruoca 3 Claro e Vivo Claro
Fonte: Anatel * Previsão para 01/06/2017
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Saneamento
Entende-se por Saneamento Básico, segundo a Lei Federal 11.445/2007, o conjunto de serviços,
infraestruturas e instalações operacionais de:
Abastecimento de Água;
Esgotamento Sanitário;
Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais; e
Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos.
Por força dessa Lei, conhecida como sendo a Lei do Saneamento Básico, os municípios devem
elaborar seus Planos Municipais de Saneamento Básico, o denominado “PMSB”.
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Evolução taxas de cobertura (água e esgoto)
Tabela 44 Evolução das Taxas de Cobertura dos serviços de água e esgoto de 2012 à 2014
Municípios
Taxa de cobertura (%)
Abastecimento de água Esgotamento sanitário
Urbana Rural Urbana Rural
2012 2013 2014 2012 2013 2014 2012 2013 2014 2012 2013 2014
Ceará 95,4 91,6 91,6 38,9 29,9 30,3 36,7 36,2 36,2 0,1 0,1 0,1
Alcântaras 86,4 99,5 99,5 11,2 - - 65,7 78,8 77,0 - - -
Cariré 95,8 96,5 97,2 63,0 - - - - - 1,8 -
Coreaú 97,1 98,6 98,7 32,3 - - 38,8 49,8 47,9 - - -
Forquilha 98,7 98,8 98,9 76,9 - - 47,9 50,4 50,4 - - -
Frecheirinha 96,6 98,3 98,4 - - - 19,8 21,3 21,3 - - -
Graça 99,7 100,0 100,0 - - - 22,6 24,1 24,1 - - -
Groaíras 99,9 99,9 99,9 29,2 - - - - - - - -
Irauçuba 98,3 99,4 99,4 32,6 - - 19,4 - - - - -
Massapê 94,7 99,0 99,0 44,9 - - 28,8 42,3 42,3 - - -
Meruoca 92,7 98,6 98,6 22,5 - - - - - - - -
Milagres 75,7 76,0 76,0 21,0 - - - - - - - -
Miraíma 99,5 99,2 99,2 51,8 - - - - - - - -
Missão Velha 84,4 99,5 99,5 48,9 - - 7,2 8,5 8,5 - - -
Moraújo 98,3 98,8 98,8 66,3 - - - - - 13,3 20,0 19,8
Morrinhos 97,3 97,5 97,5 38,2 - - - - - - -
Mucambo 96,0 97,7 97,7 60,9 - - 26,0 26,8 26,8 - - -
Pacujá 97,5 97,5 97,5 45,7 - - - - - - - -
Santana do Acaraú 97,5 99,8 99,8 8,9 - - 10,0 - - - - -
Senador Sá 97,8 98,1 98,1 - - - - - - - - -
Sobral 98,2 98,5 98,5 46,4 66,9 66,9 62,2 70,0 70,0 - - -
Uruoca 95,0 94,9 94,9 36,9 - - 18,3 25,1 25,1 - - -
Fonte: Secretaria da Infraestrutura (SEINFRA).
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Consulta Pública
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Esgotamento sanitário
Sobral e Forquilha
apresentam um percentual
de atendimento acima de
90%. Os demais municípios
têm um expressivo no
atendimento de água,
porém com soluções menos
convencionais. Isto de certa
forma pode ser explicado
pelo fato de que as sedes
municipais citadas são mais
urbanas que as demais.
Tabela 1 Situação Geral de Abastecimento D’água nos Municípios do PDR
Município Domicílios Existentes
Ligações na Rede Geral Individual Poço ou Nascente
Outros
Alcântaras 2.852 1.164 (40,81%) 621 (21,77%) 1.067 (37.41%)
Cariré 5.102 3.734 (73,19%) 420 (8,23%) 948 (18,58%)
Coreaú 5.932 3.947 (66,54%) 277 (4,67%) 1.708 (28,79%)
Forquilha 6.157 5.607 (91,07%) 69 (1,12%) 481 (7,81%)
Frecheirinha 3.754 2.399 (63,91%) 239 (6,37%) 1.116 (29,73%)
Graça 4.272 2.330 (54,54%) 484 (11,33%) 1.458 (34,13%)
Groaíras 3.009 2.567 (85,31%) 45 (1,50%) 397 (13,19%)
Irauçuba 5.574 3.962 (71,08%) 282 (5,06%) 1.330 (23,86%)
Massapê 9.247 6.893 (74,54%) 298 (3,22%) 2.056(22,23%)
Meruoca 3.496 1.542 (44,11%) 1.152 (32,95%) 802 (22,94%)
Miraíma 3.237 1.937 (59,84%) 292 (9,02%) 1.008 (31,14%)
Moraújo 2.121 1.336 (62,99%) 97 (4,57%) 688 (32,44%)
Mucambo 4.226 2.861 (67,70%) 204 (4,83%) 1.161 (27,47%)
Pacujá 1.749 1.242 (71,01%) 27 (1,54%) 480 (27,44%)
Santana do Acaraú
7.522 4.357 (57,02%) 323 (4,29%) 2.842 (37,78%)
Senador Sá 1.824 1.425 (78,13%) 79 (4,33%) 320 (17,54%)
Sobral 50.520 47.572 (94,16%) 426 (0,84%) 2.522 (4,99%)
Uruoca 3.547 2.280 (64,28%) 250 (7,05%) 1.017 (28,67%)
Fonte: IPECE / CAGECE
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Saneamento básico e resíduos sólidos
No setor de saneamento básico, o maior gargalo é o tocante aos esgotos sanitários,
principalmente o condicionamento dos mesmos. Ressalta-se que a exceção de Forquilha e
Sobral, que apresentam percentual de ligações em rede, próximo de 60% e 70%
respectivamente, as demais localidades tem esse índice abaixo dos 30%, além de não existirem
sistemas de rede coletora de esgotos em sete (7) dos municípios integrantes do Vale do Acaraú,
o que caracteriza a precariedade dessa infraestrutura na região..
Também no setor de condicionamento dos resíduos sólidos, após a coleta e transferência, a
existência de lixões ainda é grande.
Quase que a totalidade dos municípios, ainda adota a solução de “Lixões” para a disposição final
de seus resíduos. Somente um (1) município, Sobral, apresenta percentual de coleta superior à
85%. Seis (6) dos municípios tem o percentual de coleta entre 65 e 85%, enquanto outros seis
(6) se encontram entre 50 e 65% e cinco (5) estão abaixo dos 50%;
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Saneamento básico e resíduos sólidos
Entretanto, acenando como uma saída para a melhoria do quadro em que se encontra a região,
dois pontos devem ser salientados como relevantes. O primeiro é a elaboração recente do “Plano
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Sobral – PGIRSS” e a também recente criação do
“Consórcio Municipal para Destinação Final dos Resíduos Sólidos”, denominado “Comderes”.
O segundo ponto ou ação teve sua gênese em 2009, quando os prefeitos de Sobral e de outras
14 cidades se reuniram para elaborar o projeto de gestão associada de todos os seus resíduos,
em uma iniciativa do Ministério das Cidades em parceria com o Governo estadual, por meio da
Secretaria das Cidades e do CONPAM (Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente).
Como resultado, foi criado o Consórcio Municipal para Destinação Final dos Resíduos Sólidos
(Comderes), cuja principal estrutura é um aterro sanitário consorciado que deverá ser construído
anexo ao Aterro Sanitário de Sobral para receber os dejetos advindos das 15 cidades
consorciadas.
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Potencialidades infraestruturais
Expansão Constante da Malha Viária Estadual de Interligação entre os Municípios da Região;
Bom Estado de Conservação da Malha Viária Federal e Estadual;
Bom Serviço Rodoviário Regular de Transporte de Passageiros;
Rede de Transmissão de Energia capaz de atender a demanda da região com segurança;
Universalização do atendimento com energia elétrica dos domicílios urbanos
Alta densidade de acessos na telefonia móvel ou celular;
Utilização do celular com maior freqüência, para acesso à Internet;
Abastecimento de água em 100% dos Municípios do PDR, inclusive seus distritos;
Engajamento dos municípios da região em torno de um projeto de gestão associada dos
resíduos sólidos como um todo
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Fragilidades infraestruturais
Falta de Pavimentação da Malha Viária Municipal
Baixo Estado de Conservação da Malha Viária Municipal;
Inexistência de Serviço Aéreo Regular de Transporte de Passageiros;
Falta de Regulamentação do Transporte Municipal na Maioria dos Municípios, excetuando-se o
município de Sobral;
Baixa densidade de acessos por telefone fixo;
Participação incipiente dos municípios da região do PDR, em projetos de inserção digital do
Governo do Estado;
Dificuldades na preparação do “PMSB”
Falta de condicionamento adequado dos esgotos coletados
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Dimensão físico territorial
I.Dimensão científico-tecnológica
V.
Dimensão ambiental
II.Dimensão econômica
VI.
Dimensão da infraestrutura
III.Dimensão político institucional
VII.
Dimensão social
IV.
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Desenvolvimento humano
O desenvolvimento precisa ser encarado como um processo complexo e contínuo de
transformações e mudanças não só econômicas e políticas, mas principalmente humanas e
sociais, que se materializam pelo crescimento na produção e renda de um determinado local,
este revertido para satisfazer as necessidades básicas do ser humano, tais como: saúde,
educação, alimentação, cultura, lazer, habitação, transporte, entre outros.
Fortalecendo a compreensão de que o desenvolvimento almejado para as regiões do país,
necessariamente, está atrelado ao desenvolvimento das dimensões sociais – saúde, educação,
habitação, cultura, entre outras – primordiais para a superação das graves desigualdades
vivenciadas pela sociedade brasileira, realizaremos o cruzamento de informações em tais
dimensões, que nos proporcionará uma leitura da realidade dos municípios do Vale do Acaraú.
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Evolução das taxas de urbanização
Figura Evolução das Taxas de Urbanização
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
Alc
ânta
ras
Car
iré
Co
reaú
Forq
uilh
a
Fre
chei
rin
ha
Gra
ça
Gro
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Sen
ado
r Sá
Sob
ral
Uru
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Val
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o A
cara
ú
Esta
do
do
Cea
rá
1980
1991
2000
2010
Taxa
de
Urb
aniz
ação
(%
)
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Evolução populacional
O êxodo rural tem efeitos desfavoráveis na
região, provoca o esvaziamento populacional
do campo e reduz a força de trabalho rural,
fato que não é compensado pelo aumento da
produtividade das atividades produtivas do
setor primário. Ocasiona, ainda, o aumento
do contingente urbano de forma
desordenada, provocando problemas de
moradia e desemprego, além de aumentar a
demanda de bens e serviços urbanos. O
migrante rural, geralmente, por ter pouca ou
nenhuma instrução, está desqualificado para
trabalhos tipicamente urbanos, prejudicando
a sua melhoria de renda e a qualidade de
vida nas cidades.
GRAFICO. Evolução populacional da Região do Vale do
Acaraú no período 2000/2010
Fonte: Censos Demográficos 2000 e 2010.
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
TotalUrbana
Rural
2000
2010
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Vale do Acaraú
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Variação do fluxo de imigrantes
O município que apresentou maior
variação relativa no número de
imigrantes no período 2000/2010 foi
Frecheirinha, com uma elevação de
1,29% neste período, o que pode estar
associado ao desenvolvimento da
indústria de confecção. Já os
municípios de Meruoca, Senador Sá,
Miraíma, Mucambo e Cariré
apresentaram variação negativa,
indicando diminuição na participação
relativa da população não natural neste
período.
-0,80
-0,60
-0,40
-0,20
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
Alc
ânta
ras
Car
iré
Co
reaú
Forq
uilh
a
Fre
chei
rin
ha
Gra
ça
Gro
aíra
s
Irau
çub
a
Mas
sap
ê
Me
ruo
ca
Mir
aím
a
Mo
raú
jo
Mu
cam
bo
Pac
ujá
San
tan
a d
o A
cara
ú
Sen
ado
r Sá
Sob
ral
Uru
oca
Figura Variação do Fluxo de Imigrantes no Período 2000/2010
Atualização do Plano de
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Projeção da população
Tabela Projeção da População - 2015/2035
Municípios Projeções Populacionais (Habitantes)
2015 % 2020 % 2025 % 2030 % 2035 %
Alcântaras 11.440 2,30 12.151 2,26 12.905 2,23 13.707 2,19 14.558 2,15
Cariré 18.213 3,66 18.081 3,37 17.949 3,10 17.819 2,85 17.689 2,61
Coreaú 23.012 4,63 24.122 4,50 25.285 4,36 26.504 4,23 27.781 4,10
Forquilha 24.316 4,89 27.140 5,06 30.292 5,23 33.811 5,40 37.737 5,57
Frecheirinha
13.612 2,74 14.264 2,66 14.946 2,58 15.661 2,50 16.410 2,42
Graça 15.168 3,05 15.289 2,85 15.410 2,66 15.532 2,48 15.656 2,31
Groaíras 11.064 2,23 11.968 2,23 12.946 2,23 14.004 2,24 15.148 2,24
Irauçuba 23.849 4,80 25.479 4,75 27.219 4,70 29.079 4,64 31.066 4,59
Massapê 38.388 7,72 41.875 7,81 45.679 7,88 49.828 7,96 54.354 8,02
Meruoca 15.047 3,03 16.536 3,08 18.171 3,14 19.969 3,19 21.944 3,24
Miraíma 13.553 2,73 14.351 2,67 15.195 2,62 16.089 2,57 17.036 2,51
Moraújo 8.637 1,74 9.243 1,72 9.892 1,71 10.586 1,69 11.329 1,67
Mucambo 14.250 2,87 14.399 2,68 14.550 2,51 14.703 2,35 14.857 2,19
Pacujá 6.160 1,24 6.339 1,18 6.523 1,13 6.712 1,07 6.907 1,02
Santana do Acaraú
32.017 6,44 34.230 6,38 36.597 6,32 39.127 6,25 41.833 6,18
Senador Sá 7.576 1,52 8.376 1,56 9.261 1,60 10.240 1,64 11.322 1,67
Sobral 207.249 41,68 228.185 42,53 251.237 43,36 276.617 44,17 304.561 44,96
Uruoca 13.648 2,75 14.459 2,70 15.317 2,64 16.227 2,59 17.191 2,54
Vale do Acaraú
497.199 100,00 536.485 100 579.375 100 626.213 100 677.378 100
Estado do Ceará
9.014.775 5,52 9.614.588 5,58 10.254.311 5,65 10.936.599 5,73 11.664.285 5,81
Fonte: Cálculos Consórcio SPI/OIKOS.
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Pirâmide etária
Na região do Vale do Acaraú, tal como no cenário
configurado pelo Estado do Ceará, os jovens
(menos de 15 anos) respondem por 27,73% da
população total, enquanto que os idosos (mais de
65 anos) são menos representativos (7,49%), o
que é típico de regiões subdesenvolvidas ou em
processo de desenvolvimento. A população em
idade adulta (15 - 64 anos), e que representa a
força de trabalho compreende 64,78% do
contingente populacional. A razão de sexo de
97,39% aponta a predominância feminina na
composição por sexo da população da região. A
estrutura etária da região assemelha-se à do
Estado, podendo-se afirmar que sua população,
também, está passando por processo de transição
demográfica, conforme pode ser visualizado na
configuração apresentada pela sua pirâmide etária
GRAFICO. Pirâmide etária da Região do Vale do Acaraú
2010
Fonte: Censo Demográfico IBGE 2010.
30000 20000 10000 0 10000 20000 30000
0 - 4
10 - 14
20 - 24
30 – 34
40 - 44
50 - 54
60 – 64
70 e +
Mulheres
Homens
População (habitantes)
Faix
a Et
ária
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Rendimentos por domicílioTabela Rendimentos Nominais Mensais dos Domicílios – 2010
Municípios Total %
Classes de rendimento nominal mensal domiciliar (salário mínimo)
Até 2 % 2 a 5 % 5 a 20 % Mais de
20 %
Sem rendimento
%
Alcântaras 2.860 2,31 2.001 69,97 693 24,23 92 3,22 6 0,21 68 2,38
Cariré 5.108 4,12 3.892 76,19 904 17,70 150 2,94 12 0,23 150 2,94
Coreaú 5.942 4,79 4.563 76,79 1.062 17,87 184 3,10 - - 133 2,24
Forquilha 6.154 4,96 3.807 61,86 1.723 28,00 275 4,47 12 0,19 337 5,48
Frecheirinha 3.750 3,02 2.771 73,89 689 18,37 138 3,68 - - 152 4,05
Graça 4.272 3,44 3.502 81,98 542 12,69 70 1,64 11 0,26 147 3,44
Groaíras 3.004 2,42 1.910 63,58 892 29,69 169 5,63 - - 33 1,10
Irauçuba 5.586 4,50 3.877 69,41 828 14,82 209 3,74 30 0,54 642 11,49
Massapê 9.228 7,44 6.393 69,28 2.094 22,69 254 2,75 - - 487 5,28
Meruoca 3.476 2,80 2.294 66,00 870 25,03 170 4,89 20 0,58 122 3,51
Miraíma 3.234 2,61 2.617 80,92 348 10,76 68 2,10 6 0,19 195 6,03
Moraújo 2.113 1,70 1.667 78,89 344 16,28 27 1,28 - - 75 3,55
Mucambo 4.224 3,41 3.105 73,51 621 14,70 177 4,19 11 0,26 310 7,34
Pacujá 1.751 1,41 1.305 74,53 358 20,45 60 3,43 7 0,40 21 1,20
Santana do Acaraú
7.519 6,06 5.078 67,54 1.034 13,75 273 3,63 36 0,48 1.098 14,60
Senador Sá 1.824 1,47 1.339 73,41 374 20,50 61 3,34 - - 50 2,74
Sobral 50.445 40,67 26.785 53,10 15.140 30,01 5.757 11,41 707 1,40 2.056 4,08
Uruoca 3.548 2,86 2.764 77,90 556 15,67 57 1,61 4 0,11 167 4,71
Vale do Acaraú 124.038 100,00 79.670 64,23 29.072 23,44 8.191 6,60 862 0,69 6.243 5,03
Estado do Ceará
2.365.102 100,00 1.348.952 57,04 628.881 26,59 241.930 10,23 42.225 1,79 103.114 4,36
Fonte: IBGE, Censo Demográfico, 2010.
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Analfabetismo
Município
População Analfabeta
De 10 a 17 anos
Taxa de Analfabetismo
De 18 anos a mais
Taxa de Analfabetismo
Alcântaras 0 0 595 8,44
Cariré 60 1,74 1.639 13,56
Coreaú 64 1,53 1.817 12,97
Forquilha 16 0,46 2.061 13,44
Frecheirinha 10 0,39 1.321 16,11
Graça 11 0,35 1.233 13,16
Groaíras 19 1,1 947 13,41
Irauçuba 60 1,37 2.024 14,65
Massapê 41 0,61 2.649 11,85
Meruoca 17 0,7 918 10,21
Miraíma 24 1 1.468 18,63
Moraújo 17 1,13 701 13,6
Mucambo 15 0,57 1.428 15,33
Pacujá 2 0,18 237 5,99
Santana do Acaraú
138 2,48 2.456 12,97
Senador Sá 7 0,54 687 16
Sobral 191 0,6 13.959 10,94
Uruoca 6 0,24 1.439 17,5
Estado 12.006 0,87 573.513 9,99
Fonte: Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Censo Demográfico de 2010.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Saúde
Tabela Unidades de Saúde Ligadas ao SUS – 2014
Município Unidades de Saúde Públicas Unidades de Saúde Privadas
Alcântaras 10 00
Cariré 20 00
Coreaú 19 00
Forquilha 15 00
Frecheirinha 07 00
Graça 13 00
Groaíras 09 00
Irauçuba 13 03
Massapê 15 01
Meruoca 12 00
Miraíma 08 01
Moraújo 08 00
Mucambo 08 01
Pacujá 04 00
Santana do Acaraú 13 00
Senador Sá 04 00
Sobral 66 27
Uruoca 09 00
Total 253 33
Fonte: Ceará. Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará – IPECE. Perfil Municipal 2015.
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Taxa de escolarização
A Taxa de Escolarização Líquida no Ensino Fundamental da região do Vale do Acaraú é de
79,72% e no Ensino Médio é de 49,87%. O município de Sobral se destaca apresentando a maior
taxa de escolarização líquida no ensino fundamental da região, 87,38%; assim como o município
de Pacujá, com a maior taxa de escolarização no ensino médio, 83,32%.
A taxa de Aprovação na região, no Ensino Fundamental é de 94,09%, e no Ensino Médio é de
87,27%. Nesse contexto, destaca-se o município de Forquilha, apresentando uma taxa de
aprovação no ensino fundamental de 98,40%; e o município de Miraíma, apresentando uma taxa
de aprovação no ensino médio de 94,20%, sendo ambas as mais altas da região.
O índice de Reprovação no Ensino Fundamental na região é de 4,51%, e no Ensino Médio é de
5,81%. O município de Alcântaras lidera o ranking regional, apresentando as maiores taxas de
reprovação em ambos os níveis de ensino. Já os municípios de Irauçuba e Miraíma apresentam
as menores taxas de Reprovação no Ensino Fundamental e Ensino Médio, respectivamente.
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Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Habitação e direito à cidadeTabela SITUAÇÃO DOS DOMICÍLIOS NO VALE DO ACARAÚ
Município Total domicílios
Domicílios Rurais
Percentagem Domicílios
Rurais
Domicílios Urbanos
Percentagem Domicílios Urbanos %
Alcântaras 2.859 1.883 65,90% 976 34,10%
Cariré 5.108 2.722 53,30% 2.386 46,70%
Coreaú 5.942 1.954 32,90% 3.988 67,10%
Forquilha 6.153 1.720 28,00% 4.433 72,00%
Frecheirinha 3.752 1.511 40,30% 2.241 59,70%
Graça 4.271 2.483 58,10% 1.788 41,90%
Groaíras 3.004 834 27,80% 2.170 72,20%
Irauçuba 5.587 1.874 33,50% 3.713 66,50%
Massapê 9.229 2.754 29,80% 6.476 70,20%
Meruoca 3.476 1.525 43,90% 1.951 56,10%
Miraíma 3.236 1.441 44,50% 1.795 55,50%
Moraújo 2.113 1.129 53,40% 984 46,60%
Mucambo 4.225 1.389 32,90% 2.836 67,10%
Pacujá 1.750 621 35,50% 1.129 64,50%
Santana do Acaraú
7.517 3.439 45,70% 4.078 54,30%
Senador Sá 1.823 402 22,10% 1.421 77,90%
Sobral 50.445 5.738 11,40% 44.707 88,60%
Uruoca 3.548 1.299 36,60% 2.249 63,40%
Fonte: IBGE 2010
Tabela ESTIMATIVA DE DÉFICIT HABITACIONAL
Município Estimativa do Déficit Quantitativo (2010)
Estimativado Déficit Qualitativo (2010)
Alcântaras 1.058 900
Cariré 2.254 1.497
Coreaú 2.635 2.085
Forquilha 1.904 1.220
Frecheirinha 1.727 1.302
Graça 1.210 773
Groaíras 943 1.220
Irauçuba 1.828 1.161
Massapê 4.714 2.650
Meruoca 1.307 1.098
Miraíma 1.183 738
Moraújo 1.135 840
Mucambo 1.423 901
Pacujá 540 350
Santana do Acaraú 985 1.970
SenadorSá 507 321
Sobral 9.381 9.576
Uruoca 1.862 690
Total 36.596 29.292
Fonte: PEHIS 2010
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Desenvolvimento Regional
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Programa Minha Casa Minha Vida
GRAFICO. Situação das obras PMCMV no Vale do Jaguaribe
2%
13%
22%
63%
não iniciados
até metade
mais da metade
concluídos
Tabela FASES E FAIXAS DE RENDA ATENDIDAS PELO PMCMV
Fase Faixa Renda familiar mensal
Fase 1 Faixa 1 até 1.395,00 reais
Faixa 2 de 1.395,01 a 2.790,00 reais
Faixa 3 De 2.790,01a 4.650,00 reais
Fase 2 Faixa 1 até 1.600,01 reais
Faixa 2 de 1.600,01 a 3.100,00 reais
Faixa 3 de 3.100,01 a 5.000,00 reais
Fase 3 Faixa 1 até 1.800 reais
Faixa 1,5 de 1.800,01 até 2.350,00 reais
Faixa 2 de 2.350,01 até 3.600,00 reais
Faixa 3 de 3.600,01 até 6.500,00 reais
Fonte: Ministério das Cidades, 2016.
De acordo com dados do Ministério das Cidades, de 2009 a agosto de 2015, todos os municípios que
compõem este PDR foram contemplados com empreendimentos do PMCMV nas faixas 1 e 2, somando
54 contratos no Vale do Acaraú. Nenhum destes municípios obteve contratação de empreendimentos
respectivos a faixa 2 e 3. .
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Desenvolvimento Regional
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
O IDH, calculado com
base em três
indicadores - educação
(taxas de alfabetização
e de matrícula escolar
no ensino fundamental,
médio e superior);
renda (PIB per capita) e
longevidade (esperança
de vida ao nascer); foi
criado ONU para
comparar o nível de
desenvolvimento entre
países, estados e
municípios.
Tabela ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO MUNICIPAL DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO VALE DO ACARAÚ, ANOS DE 1991, 2000, 2010
1991 2000 2010 1991/2000 2000/2010 1991/2010
Sobral 0.406 (7º) 0.537 (8º) 0.714 (2º) 3,16 2,89 3,02
Pacujá 0.384 (13º) 0.486 (39º) 0.621 (70º) 2,65 2,48 2,56
Groaíras 0.355 (31º) 0.451 (84º) 0.633 (44º) 2,70 3,45 3,09
Frecheirinha 0.326 (57º) 0.450 (90º) 0.604 (122º) 3,65 2,99 3,30
Moraújo 0.323 (61º) 0.386 (167º) 0.581 (165º) 2,00 4,17 3,14
Santana do Acaraú 0.314 (71º) 0.431 (116º) 0.587 (157º) 3,58 3,14 3,35
Irauçuba 0.314 (72º) 0.428 (121º) 0.605 (121º) 3,50 3,52 3,51
Forquilha 0.314 (73º) 0.464 (62º) 0.644 (30º) 4,43 3,33 3,85
Meruoca 0.306 (84º) 0.440 (104º) 0.618 (77º) 4,12 3,46 3,77
Coreaú 0.302 (94º) 0.406 (151º) 0.610 (98º) 3,34 4,16 3,77
Massapê 0.298 (102º) 0.423 (127º) 0.616 (84º) 3,97 3,83 3,90
Mucambo 0.291 (111º) 0.458 (72º) 0.607 (108º) 5,17 2,86 3,95
Alcântaras 0.285 (120º) 0.422 (130º) 0.600 (133º) 4,46 3,58 4,00
Miraíma 0.269 (138º) 0.394 (160º) 0.592 (148º) 4,33 4,16 4,24
Cariré 0.269 (140º) 0.416 (142º) 0.596 (143º) 4,96 3,66 4,28
Senador Sá 0.249 (161º) 0.377 (172º) 0.603 (126º) 4,72 4,81 4,77
Uruoca 0.235 (171º) 0.394 (161º) 0.566 (179º) 5,91 3,69 4,74
Graça 0.149 (184º) 0.381 (169º) 0.570 (176º) 11,00 4,11 7,32
Variação Percentual (% a.a.)
Município
IDHM
Nota: os números entre parênteses incidam a posição no ranking de cada ano Fonte: Elaborada com base nos dados da PNUD
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Desenvolvimento Regional
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Desigualdade e Índice de Gini
Entre os anos de 2000 a
2010 a desigualdade
decresceu em todos os
municípios, excetuando-
se em Pacujá, que
mantém altas taxas
desde 1991, quando se
posicionava na última
colocação entre os
municípios da região.
Em 2010, o município de
Senador Sá assume a
18º e última posição.
Tabela ÍNDICE DE GINI DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DO VALE DO ACARAÚ, ANOS DE 1991, 2000, 2010
1991 2000 2010 1991/2000 2000/2010 1991/2010
Sobral 0,608 (17º) 0,627 (17º) 0,570 (14º) -1,21 -0,95 -1,07
Pacujá 0,700 (18º) 0,535 (2º) 0,538 (11º) 1,20 0,17 0,66
Groaíras 0,457 (10º) 0,569 (7º) 0,465 (1º) 1,72 -0,38 0,61
Frecheirinha 0,550 (15º) 0,634 (15º) 0,528 (10º) 1,59 -0,16 0,67
Moraújo 0,407 (2º) 0,551 (5º) 0,542 (12º) 1,52 -0,19 0,62
Santana do Acaraú 0,433 (5º) 0,677 (18º) 0,502 (6º) 2,18 -0,83 0,58
Irauçuba 0,500 (13º) 0,581 (9º) 0,513 (7º) 2,50 -1,03 0,63
Forquilha 0,481 (12º) 0,591 (10º) 0,473 (5º) 2,46 -1,04 0,60
Meruoca 0,454 (9º) 0,570 (8º) 0,473 (4º) 2,90 -1,11 0,77
Coreaú 0,531 (14º) 0,522 (1º) 0,559 (13º) 2,79 -0,98 0,79
Massapê 0,451 (8º) 0,568 (6º) 0,597 (15º) 2,64 -0,88 0,77
Mucambo 0,480 (11º) 0,543 (3º) 0,526 (9º) 2,83 -1,03 0,78
Alcântaras 0,443 (6º) 0,601 (12º) 0,624 (16º) 2,81 -1,23 0,66
Miraíma 0,575 (16º) 0,598 (11º) 0,471 (3º) 2,71 -1,50 0,47
Cariré 0,429 (4º) 0,670 (16º) 0,470 (2º) 2,80 -1,49 0,52
Senador Sá 0,363 (1º) 0,607 (13º) 0,689 (18º) 3,20 -1,40 0,75
Uruoca 0,443 (7º) 0,608 (14º) 0,521 (8º) 3,07 -1,29 0,75
Graça 0,408 (3º) 0,550 (4º) 0,645 (17º) 4,11 -1,15 1,31
MunicípioÍndice de Gini Variação Percentual (% a.a.)
Nota: os números entre parênteses incidam a posição no ranking de cada ano Fonte: Elaborada com base nos dados da PNUD
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Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
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Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Índice de Desenvolvimento Municipal
Para o cálculo do índice
procedeu-se inicialmente
a um agrupamento de
indicadores correlatos
como segue:
a) Fisiográficos,
Fundiários e
Agrícolas;
b) Demográficos e
Econômicos;
c) De Infraestrutura de
Apoio; e
d) Sociais.
Tabela ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DA REGIÃO DO VALE DO ACARAÚ, ANOS 2000, 2008, 2010 E 2012
IDM Ranking Classe IDM Ranking Classe IDM Ranking Classe IDM Ranking Classe
Alcântaras 14,98 172 4 13,37 180 4 12,61 172 3 20,38 118 4
Cariré 15,89 166 4 23,10 134 4 15,26 160 3 17,85 147 4
Coreaú 17,49 152 4 24,09 127 4 16,59 142 3 20,51 116 4
Forquilha 25,54 85 3 30,42 64 3 28,07 43 4 25,93 71 4
Frecheirinha 21,00 117 4 27,79 92 3 19,95 101 3 25,22 74 4
Graça 12,99 178 4 20,12 160 4 22,06 88 3 17,26 152 4
Groaíras 32,18 43 3 35,34 40 3 18,57 117 3 23,06 95 4
Irauçuba 18,51 140 4 17,26 173 4 17,14 137 3 21,05 109 4
Massapê 17,86 150 4 27,23 95 3 23,27 81 3 22,24 101 4
Meruoca 19,03 136 4 40,03 21 3 31,52 33 4 37,19 26 3
Miraíma 17,21 155 4 20,95 156 4 13,79 169 3 7,44 184 4
Moraújo 13,9 177 4 19,44 165 4 19,40 108 4 17,96 145 4
Mucambo 15,96 165 4 28,28 88 3 26,63 54 4 24,10 85 4
Pacujá 27,80 63 3 28,06 91 3 24,74 69 4 20,27 121 4
Santana do
Acaraú19,34 132 4 19,29 166 4 15,38 159 3 24,35 82 4
Senador Sá 23,26 99 4 24,15 125 4 14,35 166 3 14,04 169 4
Sobral 65,31 2 1 60,56 3 2 50,22 5 2 51,85 6 2
Uruoca 14,90 173 4 25,27 111 4 19,54 104 3 23,14 94 4
2010 2012Municipios
2000 2008
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
50Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Potencialidades na dimensão social
Ampliação da rede de saúde regional e maiores investimentos no sistema de saúde,
principalmente no nível da atenção primária;
Taxa de mortalidade infantil inferior à estadual em 50% dos municípios da região;
Melhor acompanhamento da saúde das crianças de 0 a 11 meses de idade, resultando na
melhoria dos indicadores de saúde dessa população – aleitamento materno, vacinação,
subdesnutrição – na maioria dos municípios da região;
Erradicação da Mortalidade Materna em 10 municípios da região – 77% deles;
Implementação e ampliação de importantes programas na área de saúde, como por exemplo:
Programa Agente de Saúde e Rede Cegonha;
Fortalecimento e ampliação da Rede de Saúde e suas ações de prevenção e cuidados com a
saúde;
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
51Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Potencialidades na dimensão social
Diminuição da taxa de analfabetismo entre as crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade;
Ampliação dos investimentos no Ensino Infantil e Fundamental, comportando nesses dois níveis
88% das escolas da região, melhorando seus indicadores educacionais, tais como: taxa de
escolarização líquida, taxa de aprovação, taxa de reprovação e taxa de abandono;
Grande Patrimônio Cultural – histórico e arquitetônico listado, registrado e tombado na região,
com foco na cidade de Sobral;
Bens arqueológicos que integram o patrimônio cultural, considerados bens da União, em dez
municípios da região;
Amplas manifestações Culturais e Artísticas na região, com grande riqueza e diversidades
culturais;
Investimentos da área de Esporte e Lazer, na perspectiva do enfrentamento das questões sociais,
da promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida da população da região.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
52Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Fragilidades na dimensão social
Menores investimentos no sistema de saúde secundária e terciária na região como um todo,
ocasionando uma grande procura à tais serviços no município de Sobral;
Santana do Acaraú, Mucambo, Moraújo e Miraíma com taxas elevadas de mortalidade infantil;
Alguns municípios ainda apresentam taxas altas de não aleitamento materno crianças e
subnutridas, entre 0 a 11 meses;
Os municípios de Sobral, Coreaú, Groaíras e Mucambo ainda apresentam taxas de mortalidade
materna, por causas evitáveis;
Elevados índices de doenças do aparelho respiratório, do aparelho circulatório, infecciosas e
parasitárias, que refletem os índices de qualidade de vida que a população vivencia;
Rede de saúde fragilizada no âmbito da atenção secundária e terciária;
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
53Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Fragilidades na dimensão social
Altos índices de analfabetismos entre a população de 18 anos a mais de idade;
Menores investimentos nos Ensinos Médio, Profissionalizante e Superior, tornando a Rede
Escolar insatisfatória para atender toda a região;
Investimentos tímidos na área de Cultura, Esporte e Lazer, na perspectiva de efetiva-los enquanto
direito social, para toda a população regional. Baixo controle urbano em decorrência da ausência
de legislação urbanística em muitos municípios.
Predominância de habitações sem recuos frontais e laterais em todo Vale.
Lógica segregacionista na implantação de grandes projetos através do PCMV em Sobral.
Diminuição dos investimentos do PMCMV nos últimos anos.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
54Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Dimensão físico territorial
I.Dimensão científico-tecnológica
V.
Dimensão ambiental
II.Dimensão econômica
VI.
Dimensão da infraestrutura
III.Dimensão político institucional
VII.
Dimensão social
IV.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
55Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Potencialidades científico-tecnológicas
Potencialidades:
Boa concentração de equipamentos de ensino superior e tecnológico em Sobral;
Existência de Unidades de Pesquisa Aplicada em Sobral com foco na realidade regional;
Boas condições das rodovias que ligam todos os municípios à Sobral;
Bom Serviço Rodoviário Regular de Transporte de Passageiros.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
56Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Fragilidades científico-tecnológicas
Fragilidades:
Insuficiência de capital intelectual necessário à difusão e formação científica;
Falta de cultura administrativa sensível às questões culturais e de desenvolvimento intelectual
para a inovação de processos;
Falta ou insuficiência de infraestrutura de pesquisa e experimentação científica nos municípios
menores.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
57Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Dimensão físico territorial
I.Dimensão científico-tecnológica
V.
Dimensão ambiental
II.Dimensão econômica
VI.
Dimensão da infraestrutura
III.Dimensão político institucional
VII.
Dimensão social
IV.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
58Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
PIB: evolução e estrutura setorial
Tabela PIB a Preços Correntes e Setorial – 2013
Municípios Setor de Atividade (R$ 1.000)
Total Agropecuária Indústria Serviços
Alcântaras 3.655 1.614 40.741 46.010
Cariré 11.055 3.643 67.921 82.619
Coreaú 10.355 3.793 85.175 99.323
Forquilha 7.335 11.317 88.933 107.585
Frecheirinha 9.201 21.530 65.377 96.108
Graça 4.978 2.435 55.516 62.929
Groaíras 2.864 2.542 45.235 50.641
Irauçuba 12.547 15.017 90.299 117.863
Massapê 12.577 10.252 136.465 159.294
Meruoca 5.973 5.296 53.645 64.914
Miraíma 7.462 2.145 47.125 56.732
Moraújo 5.545 1.461 31.714 38.720
Mucambo 3.189 2.875 59.687 65.751
Pacujá 1.706 1.585 28.269 31.560
Santana do Acaraú
20.388 5.613 117.931 143.932
Senador Sá 4.029 1.137 27.165 32.331
Sobral 23.172 955.515 1.930.546 2.909.233
Uruoca 10.118 2.454 50.985 63.557
Vale do Acaraú 156.149 1.050.224 3.022.729 4.229.102
Estado do Ceará 4.880.368 19.361.602 70.394.103 94.636.073
FONTE: IBGE, 2013.
Tabela Estrutura Setorial do PIB a Preços Correntes - 2013
Municípios Setor de Atividade (%)
Agropecuária Indústria Serviços
Alcântaras 7,94 3,51 88,55
Cariré 13,38 4,41 82,21
Coreaú 10,43 3,82 85,76
Forquilha 6,82 10,52 82,66
Frecheirinha 9,57 22,40 68,02
Graça 7,91 3,87 88,22
Groaíras 5,66 5,02 89,32
Irauçuba 10,65 12,74 76,61
Massapê 7,90 6,44 85,67
Meruoca 9,20 8,16 82,64
Miraíma 13,15 3,78 83,07
Moraújo 14,32 3,77 81,91
Mucambo 4,85 4,37 90,78
Pacujá 5,41 5,02 89,57
Santana do Acaraú
14,17 3,90 81,94
Senador Sá 12,46 3,52 84,02
Sobral 0,80 32,84 66,36
Uruoca 15,92 3,86 80,22
Vale do Acaraú 3,69 24,83 71,47
Estado do Ceará 5,16 20,46 74,38
FONTE: IBGE, 2013.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
59Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
PIB per capitaTabela Valor Total e Variação Percentual do PIB Per Capita
Municípios PIB Per Capita (R$) Variação PIB Per Capita (%) Posição
Relativa 2013
2011 2012 2013 2011/2012 2012/2013 2011/2013
Alcântaras 4.151 4.173 4.260 0,54 2,07 2,62 178
Cariré 4.193 4.319 4.603 2,99 6,59 9,78 160
Coreaú 3.929 4.182 4.541 6,45 8,56 15,56 166
Forquilha 4.589 4.758 4.905 3,67 3,1 6,89 140
Frecheirinha 5.756 5.875 7.747 2,07 31,85 34,59 46
Graça 3.843 4.024 4.239 4,7 5,35 10,3 179
Groaíras 4.070 4.340 4.956 6,62 14,21 21,77 135
Irauçuba 4.714 4.931 5.357 4,61 8,64 13,64 113
Massapê 3.846 4.014 4.489 4,36 11,83 16,7 168
Meruoca 4.074 4.262 4.640 4,62 8,86 13,89 157
Miraíma 4.128 4.540 4.399 9,98 -3,1 6,57 174
Moraújo 4.068 4.298 4.765 5,66 10,87 17,15 146
Mucambo 4.428 4.423 4.787 -0,1 8,22 8,11 145
Pacujá 4.623 5.062 5.357 9,51 5,82 15,89 112
Santana do Acaraú
5.032 4.816 5.372 -4,31 11,54 6,74 110
Senador Sá 4.650 4.489 4.624 -3,45 2,99 -0,56 159
Sobral 18.469 15.497 17.138 -16,09 10,59 -7,21 7
Uruoca 4.364 4.605 4.938 5,54 7,22 13,17 137
Estado do Ceará
10.511 11.250 12.393 7,03 10,17 17,91 -
FONTE: IPECE, Anuário Estatístico do Ceará, 2015.
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60Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Potencialidades econômicas
A presença de matérias primas como frutas, granito e argila na região favorece a fixação de
indústrias alimentícias, têxteis, de confecções e de cerâmica, atividades que podem ser
distribuídas entre Sobral e os municípios vizinhos.
Potencial para irrigação de 30.000 ha no Polo de Irrigação do Baixo Acaraú (ADECE, 2013).
Potencial de beneficiamento do babaçu no município de Meruoca.
A piscicultura se apresenta com potencial para desenvolvimento na região, com a presença da
Estação de Piscicultura Osmar Fontenele do DNOCS.
Potencial de beneficiamento do mel de abelha, especialmente nos municípios que apresentam
associações voltadas para essa exploração: Sobral, Meruoca, Mucambo, Cariré, Alcântaras,
Coreaú, Forquilha, Frecheirinha, Graça e Santana do Acaraú.
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61Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Potencialidades econômicas
Vocação da região para a criação de caprinos e ovinos e existência da EMBRAPA Caprinos e
Ovinos em Sobral.
Presença de escritórios de assistência técnica da EMATERCE, além de empresas como o
SEBRAE.
Potencial para implantação de agroindústrias que favoreçam o desenvolvimento da produção
agropecuária da região.
Exploração sustentável do potencial turístico da Serra da Meruoca, através da prática do turismo
ecológico e de aventura.
Potencial para incremento do artesanato da região através da exploração da palha e carnaúba e
outra tipologias.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
62Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Fragilidades econômicas
Aumento dos desmatamentos para produção de carvão provocam prejuízos aos apicultores da
região.
Carência de incentivos públicos e fiscais para desenvolvimento das atividades produtivas.
Insuficiência na oferta de programas voltados à capacitação, pesquisa científica e assistência
técnica, apesar da existência de centros de ensino técnico na região.
Dificuldade de acesso ao crédito.
Dificuldades na comercialização e no escoamento da produção regional.
Deficiência na oferta de serviços de alimentação e hotelaria, principalmente no quesito qualidade.
A deficiência hídrica provocada pelos sucessivos anos de seca constitui entrave para o
desenvolvimento da piscicultura.
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63Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Fragilidades econômicas
Baixo nível de inserção dos municípios da região em roteiros turísticos estabelecidos. Apenas os
municípios de Sobral e Meruoca constam na listagem de municípios turísticos do Estado.
Excesso de intermediação nas cadeias produtivas da região.
Falta de padronização e controle de qualidade dos produtos do pequeno produtor, dificultando sua
inserção nos mercados consumidores.
Baixo nível tecnológico e alta tributação de insumos e produtos agropecuários.
Necessidade de investimentos em tecnologia de manejo do solo, irrigação e regularização
fundiária para melhor aproveitamento agrícola.
A concentração industrial, comercial e de serviços em Sobral provoca atração desproporcional de
mão de obra para este centro regional, provocando esvaziamento produtivo dos municípios de
entorno.
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Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
64Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Dimensão físico territorial
I.Dimensão científico-tecnológica
V.
Dimensão ambiental
II.Dimensão econômica
VI.
Dimensão da infraestrutura
III.Dimensão político institucional
VII.
Dimensão social
IV.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
Vale do Acaraú
65Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Análise das finanças públicas
A análise das finanças públicas dos municípios da região do baixo Jaguaribe demonstra que as
receitas próprias desses municípios tem uma baixa participação no conjunto das receitas totais,
uma vez que tributos como IPTU, ITBI e ISS participam apenas com cerca de 1% da formação da
receita total. Há casos em que chegam, inclusive, a zerar. Tal fato reforça a dependência de
transferências, como o FPM e o ICMS.
Esta problemática da arrecadação municipal própria, contudo, está mais ligada à inexistência de
uma base econômica dinâmica capaz de gerar efeitos no próprio município, do que propriamente
a uma possível incompetência técnica local.
Por fim, o eixo político-institucional deverá incorporar um modelo de gestão integrada e
descentralizada do desenvolvimento sustentável, com a articulação regional por meio de
consórcios intermunicipais, com o Estado e a União e entre os governos municipais, a iniciativa
privada e a sociedade organizada. Além disso, deverá ser desenvolvido um marketing regional e
estimulada a valorização da identidade cultural.
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Desenvolvimento Regional
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Vale do Acaraú
66Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Potencialidades político institucionais
Empresários do município que podem ser estimulados a realizar investimentos locais;
Influência de Sobral na disseminação de atividades econômicas na região
Atração e/ou potencialização de pólos e grupos produtivos;
Parcerias com órgãos externos para investimento no município (órgãos governamentais e terceiro
setor);
Existência de Editais públicos para elaboração de projetos (ministérios, secretarias estaduais,
instituições de economia mista, dentre outras).
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Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
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67Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Fragilidades político institucionais
Ausência de um orçamento participativo na maioria dos municípios
Baixo potencial de receitas tributárias ligadas às atividades econômicas locais
Elevada dependência de transferências
Carência de investidores internos e externos
Elevada participação dos gastos com pessoal
Baixo nível de poupança dos municípios para realização de investimentos
Dificuldade na arrecadação de tributos devido à deficiência no cadastro de imóveis, patrimônio e
econômico.
Atualização do Plano de
Desenvolvimento Regional
Consulta Pública
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68Programa de Desenvolvimento Urbano de Pólos Regionais
Vale do Jaguaribe e Vale do Acaraú
Fragilidades político institucionais
Ações entre órgãos governamentais desarticuladas;
Dificuldade de parcerias com municípios;
Falta de fiscalização eficiente no trânsito do Município;
Cultura assistencialista da população;
Quantidade e Qualificação insuficiente de parte dos servidores;
Baixo nível de cooperação intermunicipal