De onde vem a palavra “gótico”?
O termo “arte gótica” é uma expressão depreciativa,
oriunda da expressão italiana maniera degli goti que
significa “ao modo dos godos”, numa referência ao
conceito de barbárie, imperfeito ou incivilizada que foi
usada por artistas do Renascimento como Rafael
Sanzio (1483-1520) e Giorgio Vasari(1511-1574), que
buscavam enaltecer a tradição clássica em detrimento
da produção artística do medievo.
Contexto HistóricoO período relacionado à arte gótica tem como característica marcante:
*a expansão das cidades e da atividade comercial,
*a burguesia se destaca enquanto nova categoria social,
*é o momento da construção de grandes igrejas catedrais
*do surgimento das universidades enquanto centros de produção de conhecimento no meio urbano.
Universidade de Oxford – Inglaterra-1090- 1117
Arquitetura Gótica
Uso dos arcos ogivais que permitem uma intensa verticalidade, pois diminuem o peso das construções
Substituição das pesadas paredes do estilo românico por vitrais
Estilo sofisticado e urbano
Arte didática e narrativa : ensina a fé aos fiéis ( a catedral pode ser “lida” como um livro
Busca da espiritualidade (DEUS é LUZ)
Arcos: arcos de volta quebrada ou os arcos de ogiva eram os mais empregados nas construções góticas. Frequentemente eram decorados com algumas esculturas.
Abóbodas: as mais utilizadas no estilo gótico foram as abóbadas de nervuras (cruzaria). São estruturas côncavas utilizadas nos tetos.
Arcobotante: estrutura em forma de meio arco, as quais eram utilizadas para conferir maior sustentação às altas construções góticas.
Florão: em forma de flor, esses elementos decorativos feitos em pedra eram colocados em locais altos do exterior das construções.
Vitrais: pedaços de vidros coloridos e com temas religiosos marcam o estilo gótico. Os vitrais foram muito usados como ornamentos no interior das catedrais góticas pois permitiam maior entrada de luz nas construções.
Rosácea: elemento decorativo circular e colorido preenchido com vitrais, o qual era utilizado nos portais de entradas das igrejas. Permitiam maior entrada de luz e recebe esse nome pois tem a forma de uma rosa.
Gárgulas: estrutura situada nas calhas dos telhados com o intuito de escoar água. Normalmente, eram adornadas com figuras animalescas e monstruosas. Há lendas de que essas criaturas eram guardiões das igrejas e durante a noite ganhavam vida.
Elementos da Arquitetura Gótica
Catedral de Notre Dame de Paris - infográfico
Arquitetura gótica
Catedral de Milão na Itália iniciada em 1396
•Arte monumental e suntuosa
•Verticalidade das construções
•Torres pontiagudas e esguias
•Grande ornamentação
•Paredes mais finas e leves
•Maior número de janelas e
portas
•Grande iluminação interior
•Planta arquitetônica com
formato de cruz latina
Escultura Gótica
As esculturas passaram a
ter seu volume
gradativamente
desconectado das
paredes e colunas,
• Tornam-se mais
independentes,
favorecendo o trabalho
com a plasticidade,
• Apresentam mais
movimento e
naturalismo
Na produção de livros pelos scriptoria,
as iluminuras se desenvolveram com
maior ornamentação (motivos florais e
geométricos), acompanhados de miniaturas e ampla riqueza de
detalhes, seja pelas formas, seja pelos
pigmentos e materiais utilizados. Um
grande destaque foi o atelier dos
irmãos Limbourg que produziram o
famoso livro iluminado “As Ricas Horas
do Duque de Berry”.
Pintura gótica: intensidade dramática,
naturalismo; sugestão espacial e
humanização dos santosA Lamentação é de um sentimento de comoção e pesar. Giotto lançou mão do confronto de dois rostos com o intuito de intensificar o efeito dramático. Aqui é a Virgem, sua face contorcida de dor, que encara os olhos já apagados do filho. As outras figuras reagem de maneiras diversas à tragédia – algumas observam estoicamente enquanto os anjos, incapazes de conter sua angústia, dilaceram os céus com seu pranto.
Um grupo de homens e mulheres lamenta a morte de seu Salvador, enquanto anjos esperam sua chegada no reino dos céus.
Gestos emocionados, expressões sofridas e cores claras aumentam a intensidade do pesar de Maria, debruçada sobre o corpo morto de Cristo.
Giotto provocou uma revolução na pintura. Foi um dos pintores a dar a ilusão de vida real, em termos de emoção e espaço, numa superfície plana.
Bibliografia
GOMBRICH, E. J. (1999) A História da Arte. Rio de Janeiro, LTC.
HAUSER, Arnold (1982) História Social da Literatura e da Arte.
V 1. São Paulo, Mestre Jou.
JANSON, H. W. (1993) História Geral da Arte. São Paulo,
Martins Fontes
ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte como História da
Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1998
“Temos a arte para não
morrer da verdade”
FRIEDRICH NIETZSCHE