Download - Arte Pará 2012
AR
TE PAR
Á 2012 - A
no 31
ARTE PARÁ ANO 31
Museu do Estado do Pará
Museu de Arte Sacra
Espaço Cultural Casa das Onze Janelas
Museu Paraense Emílio Goeldi
FUNDAÇÃO ROMULO MAIORANA
Curador Paulo Herkenhoff
Belém-PA
2013
11 de outubro a 11 de dezembro de 2012
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Arte Pará registra caminhos percorridos e estreitam vínculos com a arte contemporânea
O Arte Pará reúne, estuda, apresenta
e lega às gerações futuras testemunhos e
modos de pensar, agir e sentir sobre a arte
contemporânea; propõe novos olhares
sobre as obras dos artistas, possibilidades
de articulações e aproximações sobre a
produção artística.
Para o visitante, cada vez mais, o Arte Pará
constitui o local onde acontecem atividades
agradáveis, ligadas aos diversos aspectos
da cultura e associadas ao encontro com o
artista, ao desenhar descansado e ao exercício
do diálogo constante com as obras.
Desde a sua criação nos anos 1980, o
Arte Pará procura atingir esses objetivos e
detém um papel significativo no cenário
da cultura da região Norte, fomentando a
participação de estudantes na construção do
conhecimento e viabilizando o acesso à arte
a diversas camadas sociais, realizando ações
inclusivas.
Ao caminhar para a 31ª edição, sob a
curadoria de Paulo Herkenhoff, verificamos
que as obras apresentadas com os artistas
selecionados e convidados complementam
os núcleos já existentes, registram caminhos
percorridos e estreitam vínculos com a
produção contemporânea.
Agradecemos com grande entusiasmo
às empresas Supermercados e Supercenter
Nazaré, Unimed Belém, Marko Engenharia,
Faculdade Integrada Brasil Amazônica
(FIBRA) e Vale, bem como o valioso apoio do
Ministério da Cultura, Governo do Estado do
Pará, Secretaria de Cultura, Secretaria de Obras
Públicas, Setrans-Bel, Sol Informática e Mendes
Publicidade, que ampliam significativamente
e contribuem com este projeto, em termos
qualitativos e quantitativos, inscrevendo,
assim, um papel importante para a cidadania,
a cultura e a arte.
Dessa forma, a FRM registra o seu
reconhecimento à generosidade de artistas,
colecionadores, curadores, educadores,
estudantes, pesquisadores e empresas que
auxiliam na efetivação desta realidade.
Lucidéa Maiorana Presidente da Fundação
Romulo Maiorana
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O Caminho da Fé
As vozes vêm da alma, do inconsciente coletivo
ou não, pedem passagem e se desnudam. São
identidades cartográficas traçadas pelos tradicionais
ou inusitados meios de expressão, ansiosas pelo
transe do encontro e confronto com os destinatários
de origem e formação diversificados, gerando, na
sinergia, outras cartografias.
A “febre” que toma conta de Belém na segunda
semana de outubro, o Círio de Nazaré, aguça ainda
mais os sentidos e ilumina os caminhos do Arte
Pará – o qual, já de algum tempo para cá, deambula
simultaneamente de um espaço para outro, tal qual
a procissão.
Um salão de arte, nestes confins e com tantas
ousadias, já no caminho da sua 31ª edição, sem
nenhuma descontinuidade, desmerece qualquer
comentário e se credencia à canonização, por ser
mais um milagre da arte. Ou da fé, tanto faz.
Paulo ChavesSecretário de Cultura do Estado
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Arte Pará 31 Anos
O que podemos aprender de um evento de
arte que completa trinta e um anos de existência
ininterrupta? É como o ciclo de uma vida, que se
renova e acompanha as mudanças internas e externas
que o mundo está sempre nos apresentando, seja em
momento de crise ou de emoção.
O Arte Pará nasceu em 1980, com a ideia do
jornalista Romulo Maiorana, de fomentar e divulgar a
produção de artistas locais. E, hoje, o Arte Pará é uma
proposta de nacionalização e de troca, que vai além
das artes visuais e chega ao processo de educação de
uma nova geração.
O Arte Pará é uma empreitada de apaixonados.
Daqueles que veem na arte a possibilidade de um
mundo melhor. Um mundo em que a expressão
humana seja plena. Daqueles que querem um
ambiente artístico que ultrapasse seus próprios
limites. Que as tramas da arte permitam a construção
de criticidade e postura diante da realidade.
A edição deste ano aponta um caminho de estradas.
Nossa artista homenageada, Paula Sampaio, com o seu
estilo singular e tímido de peregrina atravessa a Rodovia
Transamazônica, com todas as suas intempéries, na
geografia e na vida humana. Consegue desvendar
um caminho poético, político e social. O trabalho de
Paula segue a premissa da FRM, com uma publicação
autoral que compõe esta 4a edição, proposta aos artistas
homenageados, objetivando produzir e catalogar a
história da arte na Amazônia.
Jorane Castro transitou entre Belém e Paris, onde
volta o caminho a Belém trazendo uma estética que
vai além do regional; uma estética do mundo. Guy
Veloso, comprometido com suas raízes, busca, através
do seu trabalho, dar um grito de liberdade. Alberto Bitar
desenha o espaço com cheios e vazios. Desenvolve o
seu trabalho percorrendo caminhos urbanos e rurais.
Delson Uchôa, com sua experiência entre a cor e suas
grandes dimensões pictóricas, descobre no Bicho da
Seda uma brincadeira de instante poético. Rodrigo
Braga, um artista sutil e de uma força estética veemente
no seu trabalho, faz incomodar os sentidos entre a
vida e arte. Paulo Nazaré, com seus pés caminhantes
desafia todas as estradas para mostrar que a arte não
tem fronteiras. Berna Reale, neste caminho, confirma
com audácia a sua proposta política e provocativa
entre a arte e sociedade. A arte de Berna traduz uma
palavra: coragem!
Parabenizo a todos os artistas selecionados, aos
premiados e aos convidados. Agradeço especialmente
aos patrocinadores e o apoio das empresas que
se associam a este projeto, que partilhamos com o
Ministério da Cultura.
Agradeço à equipe incansável das Organizações
Romulo Maiorana, à equipe do educativo e à curadora
educacional Vânia Leal, à coordenadora do Projeto
Arte Pará, Daniela Sequeira, ao curador assistente
Armando Queiroz e, com gratidão, ao Curador do
Arte Pará 2012, nosso grande mentor humano e
intelectual, Paulo Herkenhoff.
Roberta MaioranaDiretora Executiva da Fundação Romulo Maiorana
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A 31ª edição do Arte Pará reúne artistas
de todo o Brasil – uma clara adesão ao mais
tradicional evento de arte da região Norte do país.
São projetos que apresentam alguns dos desafios
da cultura contemporânea, tensionamento entre
sensualidade e racionalidade, fricções no cotidiano
e perplexidades do sujeito.
Os convidados discutem o lugar do artista nos
processos da sociedade global e a necessidade
do reconhecimento da natureza intrínseca dos
paradigmas específicos de cada comunidade.
Os percursos e jornadas na arte, no oposto da
indústria do turismo, propõem roteiros em que o
sujeito se reconhece na relação com o Outro, seja
o estrangeiro, o vizinho ou o espectador da obra.
Em Belém, do outro lado do rio, pela selva, pelo
semiárido ou em alguma região do mundo, o artista
é aquele que não conhece fronteiras, transgredindo
limites, equilibrando-se ou atuando na linha de
risco. Paula Sampaio, artista homenageada no
31º Arte Pará, percorre estradas, sobretudo a
Transamazônica, na construção de transimaginários
formados por fragmentos do corpo em relação com
o meio, sujeitos deslocados, imagens e vozes.
Seu discurso move-se como um espesso caudal
de linguagem, como mecânica e de significantes
fluídos, conduzido por um olhar feminino.
O olho transita pelas metrópoles nas construções
de Alberto Bitar. Em vídeo ou fotografia, o tempo,
o clima, o crescimento urbano são frestas para a
perplexidade do olhar sobre a cidade mutante. Toda
metrópole é uma imensidão singular. Bitar não
se envolve com a autoimagem das cidades como
dados de acumulação do capital, na competição
pelo controle simbólico na cena internacional.
A fotografia de Guy Veloso desdobra-se em
ângulos de captura da cena do exercício da fé. O
conjunto transita entre a interioridade do ser, o
êxtase e o corpo em estado de sublimação. Se é
possível rezar sem entender as palavras (Derrida),
em Veloso, o espectador, não importando a sua
religião, comunga dos momentos de encontro com
o sagrado. Contra as primazias e fundamentalismos
religiosos, o artista aponta para a etimologia da
palavra religião e a ideia de “religar” os homens,
acima de seus conflitos.
Paulo Nazareth deambula. Basta-lhe ir e estar
com gente e comunidades. Ele só se compreende
nas relações entre suas possibilidades básicas, a
extraterritorialidade e os atos mínimos de diálogo
com o ambiente novo e com a surpresa do Outro. A
distância e o distanciamento são os que promovem
encontros. Em qualquer circunstância, o artista
é aquele que, do quase nada, inventa hipóteses
significativas para ressignificar o mundo. Nenhum
outro lugar – apenas Belém – teria o privilégio
Percursos no Arte Pará
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de ser o ambiente das ações mais significativas
de Berna Reale. Nua, seu corpo despe o véu que
oculta a ideologia e o poder, torna visível a norma
social cínica e o aparelho de Estado, desassossega
virtudes e desacomoda o imencionável. Quanto
mais desprotegido o corpo ou mais frágil seu estado,
mais violento é o discurso que exige um espectador
calado. O pasmo, no entanto, pede atenção ao
mapa que se desvela como distribuição do corpo
indomado na cidade: afetividade e violência
positiva – Palomo é pomba-macho e garanhão.
Rodrigo Braga explora o equilíbrio com o
ambiente em fricção, com dúvidas sobre o
lugar do homem no mundo. O conceito de
“humanimalidade” articula a unidade entre corpo,
morte e prazer, e borra fronteiras entre o humano
e o “animal”; não tem existência estável em seu
discurso. Reconhecer a dimensão animal do
sujeito e a diferença edificante da subjetividade é
uma indagação de autorreconhecimento. Desejo,
ideologia, valores, conhecimento e arte diferenciam
o homem dos animais e são também a força que
indiferencia destinatários de direitos morais. Braga
problematiza tal paradoxo.
O cinema de Jorane Castro dá voz a guardiões
da diferença através de uma viagem ao Brasil
profundo, ora tão próximo, ora tão distante, mas
essencialmente vivo. De tão vivo, é excluído. Sua
viagem é um tempo social antigo e resistente ao
apagamento. O campo é uma noção de civilização
formada pelo conjunto de saberes e práticas
necessários à sobrevivência material e à produção
de vida simbólica. Do cotidiano mais simples às
contradições dos ribeirinhos amazônicos nas
cidades, o cinema de Jorane é um processo sinfônico
das vozes extraídas do silêncio e da obliteração
social no quadro de exclusões do capitalismo.
O pintor Delson Uchôa visita a caatinga, árida
e desbotada pelo excesso de luminosidade, e
distribui cor. O ambiente natural acede à condição
de paisagem. A terra pobre torna-se pródiga em
flores e frutos da luz. Essa é sua pintura seca,
seda sintética de sombrinhas made in China, que
também alude aos jogos planares dos Bichos de
Lygia Clark. Na caatinga, o sublime é espanto
perplexo, pois o Bicho da Seda também revê
criticamente sua condição material. Essa cor se
propaga pelo dumping de mercadorias chinesas
produzidas com a exploração da mão de obra
degradantemente barata, produto descartável e
antiecológico. Essa é a matéria sensorial e perversa
do pintor do século XXI.
Paulo HerkenhoffCurador
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Museu do Estado do Pará
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DELSON UCHÔAArtista Convidado
Sala expositiva
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Maceió-ALSérie Bicho da SedaFotografia | 2012
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Maceió-ALSérie Bicho da SedaFotografia | 2012
12
Maceió-ALSérie Bicho da SedaFotografia | 2012
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Maceió-ALSérie Bicho da SedaFotografia | 2012
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BERNA REALEArtista Convidada
Sala expositiva
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Belém-PAPalomoPerformance | 2012
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PAULO NAZARETHArtista Convidado
Sala expositiva
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Belo Horizonte-MGImpressão fotográfica sobre papel algodão Edição: 1PA | 2011
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Belo Horizonte-MGSem TítuloImpressão fotográfica sobre papel algodãoEdição: 1PA |2011/2012
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Belo Horizonte-MGSem Título - Da Série: Notícias de AméricaImpressão fotográfica sobre papel algodãoEdição: 1PA | 2012
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Belo Horizonte-MGPão e CircoImpressão fotográfica sobre papel algodãoEdição: 1PA | 2012
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Belo Horizonte-MGSem Título - Da Série: Notícias de América Impressão fotográfica sobre papel algodão Edição: 1PA | 2012
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PAULA SAmPAiOArtista Homenageada
Sala expositiva
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Belém-PAFotografia/VídeoFotografia: Paula SampaioLago formado pela Hidrelétrica de Tucuruí-PA | 2011
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GUY VELOSO
RODRiGO BRAGAArtistas Convidados
Sala expositiva / Intermezo
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GUY VELOSOArtista Convidado
Belém-PACamisa Jesus | 2004Círio de Nazaré, Belém-PADiapositivo (analógico)Homem de costas com tatuagem cruz | 2012
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Rio de Janeiro-RJFlock of BirdFotografia | 2012
RAQUEL VERSiEUXArtista Selecionada
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Rio de Janeiro-RJDesejo EremitaFotografia | 2012
RODRiGO BRAGAArtista Convidado
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Sala expositiva
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SÁViO STOCO Artista Selecionado
Manaus-AMInacabandoAssemblage | 2012
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CORPOS INFORMÁTICOS (Bia Medeiros: coordenadora)Brasília-DFIa-sem-verVídeo-arte | 2012Edição: Márcio H. Mota
CORPOS iNFORmÁTiCOS Prêmio Especial
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Cambé-PRLivro azulObjeto | 2011-2012
EmANUEL mONTEiRO Artista Selecionado
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São Paulo-SPDiferenciada culturalmente de suas matrizes formadoras, fortemente mestiçada,
dinamizadas por uma cultura sincrética e singularizada pela redefinição de traços culturais delas oriundos (RIBEIRO, 1995)
Instalação | 2012
SERGiO BONiLHALUCiANA OHiRAArtistas Selecionados
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Rio de Janeiro-RJEstratosEscultura | 2012
ViCTOR GARCEZ Artista Selecionado
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Belém-PARabada nas ruas do mercado de carneFilhote no tronco de corte de peixePirarucu no isopor esculpido pelo trabalhoFotografia | 2012
THiAGO CASTANHOSÉRGiO COimBRAArtistas Selecionados
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ALBERTO BiTARArtista Convidado
Sala expositiva
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Para Alberto,
Nova sala, nova configuração. O fotógrafo e sua
sensibilidade. O abandono do trânsito entre moradias
já não habita somente a imagem fotográfica; vem
para fora, vem de onde veio. Vem do espaço, da
única réstia de luz a iluminar o sutil, o indizível.
Tudo que carrega em si a melancolia das horas de
espera. Vermeer e o sol dourado do Novo Mundo. O
caminhão de mudanças que não chega. O caminhão
de mudanças que se vai. Vozes e latidos de cão
penetram o vazio da sala escura. Inúteis, os móveis já
não confortam os corpos que ali viviam. Murmúrios
de outras casas se deitam no assoalho frio rente às
molduras adormecidas. Torpor de quem não quer
deixar para trás o que quer levar consigo. Nova casa,
casa-morada. O vídeo, a paisagem, o vazio do quarto,
da sala, de si, em si. Do vento que passa, da rua que
passa, da vida que não passa e, dentro de casa, chora.
Somente quem busca o silêncio interior é capaz de
ouvir a voz que atravessa réstias de luz.
Armando QueirozCurador Adjunto
Belém-PACompletude [da série Sobre o Vazio]Fotografia | 2010
Todo o Vazio Vídeo | 2010
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Belém-PAO senhor é meu pastor e nada me faltaráPerformance | 2012
ViCTOR DE LA ROCQUE Artista Selecionado
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Belém-PAO VaqueiroFotografia | 2005
JORANE CASTROArtista Convidada
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Belém-PAExtracorpo ou base mágica para o artista quando surfistaInstalação | 2012
DANiELLE FONSECA Artista Selecionada
41
YARA DE PiNA mENDONÇA Artista Selecionada
Goiânia-GOSem Título 3Instalação | 2012
42
JORANE CASTROArtista Convidada
Belém-PACinema | 2012
43
Belém-PAInvisíveis Prazeres CotidianosDocumentário | 2004Fotografia: Pablo Ramírez Durón
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Goiânia-GOImpenetrabilidade [políptico]Fotografia | 2012
GRUPO EmPREZA Grande Prêmio
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GiLVAN TAVARESArtista Selecionado
Belém-PAPoéticas de um tempo...de lugarInstalação de parede composta de 15 peças | 2012
Sala expositiva / corredor
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Belém-PASoldado da borrachaInstalação | 2012
PAULO SAmPAiO Artista Selecionado
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Salão das Artes
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Rio de Janeiro-RJDa Série Avesso à pinturaPintura | 2012
ALEXANDRE PAESArtista Selecionado
51
Brasília-DF Série: “Escondendo meu animal”Pintura | 2012
ALiCE LARAPrêmio Especial
52
Belém-PACadeirasCachorro de porcelanaSem TítuloFotografia | 2012
EmÍDiO CONTENTE Artista Selecionado
53
São Paulo-SPHorscharch [Série Variações]Retrato 1 [Série Variações]Sagrados Corações [Série Variações]Fotografia | 2012
PEDRO Di PiETRO Artista Selecionado
54
Mairipora-SPCanto para OgumMinotauroMeu coração brasileiroGravura | 2012
SiDNEY AmARAL Artista Selecionado
55
São Paulo-SP5.576 offline views e contando # 310.174 offline views e contando # 31.262 offline views e contando # 3Fotografia | 2012
RENAN TELES Artista Selecionado
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Nova Lima-MGSufocamento [Políptico da Série Madeira de Lei]Fotografia | 2012
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PEDRO DAViD Prêmio Especial
58
Brasília-DFAmor 1“estou fazendo amor com outra pessoa, mas meu coração vai ser pra sempre seu”Pintura – Óleo sobre estofado de sofá e toalha de mesa | 2012
CAmiLA SOATO Artista Selecionada
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CHiCO FERNANDES Artista Selecionado
Rio de Janeiro-RJCage RageFotografia | 2011
60
Belém-PAEstranhe-seInstalação | 2012
TEODORO NEGRÃO Artista Selecionado
61
Rio de Janeiro-RJDrawing Itself-Desenho em SiFotografia | 2012
JORGE SOLEDAR Artista Selecionado
62
63
São Paulo-SPSem Título [Cavaletes]Vídeo-arte | 2011
ANDRÉ TERAYAmAArtista Selecionado
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Galeria FidanzaMuseu de Arte Sacra
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GUY VELOSOArtista Convidado
Sala expositiva
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Belém-PAFiéis em transe, Festa de Exu, Ilha de Outeiro Diapositivo (analógico) | agosto de 2011
67
Belém-PATranse, Festa de Exu, ilha de Outeiro
Diapositivo (analógico) | agosto de 2010
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Belém-PARitual de iniciação, CandombléDiapositivo (analógico) | 2010
69
Belém-PA Ritual de Candomblé
Diapositivo (analógico) | 2010
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Casa das Onze JanelasSala Gratuliano Bibas
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Embarque: Ato de embarcar-se. Embarcar: v.t.d. 1. Pôr dentro
de uma embarcação. T.i. 2. Entrar (em embarcação, trem,
avião, etc.) para viajar. 3. Pop. Deixar-se levar.
Artista homenageada do 31º Arte Pará, a fotógrafa
Paula Sampaio convida-nos ao embarque. Ao deixar-se
levar. Este projeto foi concebido justamente como ação
de percurso, não necessariamente linear. Assim sugere
o curador Paulo Herkenhoff, ao referir-se às possíveis
trajetórias pelas quais podemos acompanhar a artista: “ao
embarcar, perder-se, desnortear-se...”. Deixar-se levar
por caminhos diversos, tramar relações insubordinadas
ao que já está posto. Construir significados outros que
não nos levem somente ao esquecimento pretérito e à
incerteza do devir.
“A artista vem ao longo dos anos realizando projetos
e ensaios de fotografia sobre os processos de migração
e colonização na Amazônia, a partir do cotidiano das
comunidades que vivem às margens das grandes estradas
abertas na região nos últimos 50 anos, principalmente as
rodovias Belém-Brasília e Transamazônica. Desde 1990
revisita estes locais com especial interesse nas memórias
orais e o patrimônio imaterial das comunidades.” Assim,
lemos em seu currículo de vários interesses e ações,
todos eles desembocando em questões referentes ao uso
da natureza e à fragilidade humana num ambiente de
equilíbrio precário e hostil, como este vivido até hoje no
processo “civilizatório” da Amazônia.
Tome assento – repica solene e discreto o sino
que anuncia mais uma viagem. O assento pode ser de
madeira bruta – um simples banco de correr. Não se
assuste! Muitos assim foram transportados nas costas de
caminhões lotados, embarrigados de gente, farinha e
promessas de futuro, penetrando a densidade da mata
na recém-rasgada Transamazônica. Entranhas terrosas de
um mundo em transição, numa lógica alheia aos bichos
e povos da floresta. Tome tento! Essas viagens podem
ir ao seu encontro e a vinda de sua família para cá; ou
levar-nos a um futuro bem próximo, que está diante dos
nossos olhos. Olhos de ver, olhos de decidir.
Armando QueirozCurador da Artista Homenageada
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PAULA SAmPAiOArtista Homenageada
Belém-PAAs rotasFotografia/Mapa/TextoFotografia: Paula Sampaio - Rodovia Transamazônica/PA |1994Texto: Paula Sampaio | 2011Arte/Mapa: Eli Sumida | 2011Instalação |2011
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Belém-PANós, os outrosFragmento da série Nós.Fotografia | 2004
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Museu Paraense Emílio Goeldi
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Arte Pará 2012 no Museu Goeldi
ViandanteViandante
on the roadpé na estradasete léguas
Paulo Paula e Paulocurador fotógrafa andarilhoeditor flagrantes estampilhorodovia estrada e rastilho
partidas e chegadasentradas sem bandeirascruzando as fronteiraspor via transitóriao transe nosso em trânsitoparada obrigatória
no Museu que é de Ciênciacom a arte a confluênciatranseuntes visitantesigualmente passageirostrilheiros aventureiros lugares novos e perdidosescancarados e subentendidosrealidades trivialidadescidades e possibilidadessomos todos viajantes
Wanderlust Fernwehpelo Brasil adentropelo mundo aforanem todos os caminhos levam a Romavagabondo che son iovagabondo che non son altro
a chegada não é uma metasó uma etapa, escapa à socapapapa-papa papachibé o igarité na vaga da maré
vagando divagando extravagandovagando
Horácio HiguchiMuseu Paraense Emílio Goeldi
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Belém-PASérie Nau FrágilNau frágil 1 - Coleção Ornitológica do Museu Paraense Emílio Goeldi, Uirapuru-de-chapéu-azul | 2009
Nau frágil 2 - Cabedelo, no estado da Paraíba, início da rodovia Transamazônica, Oceano Atlântico | 2009
Nau frágil 3 - Igarapé em Tauá, Sayuri - pequeno lírio branco| 2009Base de captura: digitalFotografia
PAULA SAmPAiOArtista Homenageada
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PAULO NAZARETHArtista Convidado
Sala expositiva
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Belo Horizonte-MGSem Título Instalação | 2012
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Ilha do Combu
A ilha do Combu está entre o rio Guamá e a baía
do Guajará e é contornada por inúmeras ilhas. “A
cidade tem uma área continental de 173,17 km2 e
insular de 342,52 km2. Considerada, em tamanho
e espaço territorial, a quarta maior ilha de Belém,
está situada às margens do rio Guamá, ao norte,
circundada ao sul pelo furo São Benedito, a leste
pelo furo da Paciência e a oeste pela baía do Guajará.
A ilha é entrecortada por vários igarapés, sendo
os igarapés Combu e Piriquitaquara os de maior
densidade populacional. O igarapé Combu tem sua
foz no rio Guamá e o Piriquitaquara está à margem
do furo da Paciência. A ilha do Combu apresenta
uma formação típica do estuário amazônico e situa-
se a 1,5 km ao sul da cidade de Belém. Apresenta
uma área de 15 km2 de várzea, com composição
florística variada, árvores de grande porte e sub-
bosque, matas primária e secundária e solos
razoavelmente férteis, onde há a predominância do
açaizeiro.
81
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Um fato de grande relevância e que permeia e
norteia muitas hibridações e mestiçagens no mundo
contemporâneo é aquele que indaga sobre o papel da
diferença das culturas, identidades e subjetividades.
Um suporte com muitas possibilidades para o
artista1. É assim que a arte contemporânea parte para
a experimentação de objetos, espaços, materiais e
diálogos, colocando num campo de possibilidades
o ambiente (lugar) enquanto poética de um fazer
indutivo que provoca os artistas para que tracem uma
espécie de paisagem, na qual a arte tem seu lugar.
Acredito que este ambiente proposto por Paulo
Herkenhoff no Projeto Arte Pará de 2005, na construção
da arte por vários eixos ao expandir o espaço expositivo
para além das salas convencionais do “salão”, como,
por exemplo, o Complexo Ver-o-Peso, o Mercado de
Carne e a própria cidade, suscita uma discussão a partir
de inúmeras vertentes de ordem artística, cultural,
social ou filosófica – e que não implica comodidade
ou prazer, e sim ambientes que demandam uma
interpretação, um esforço aplicativo, uma vontade de
estabelecer uma relação.
Neste sentido, reporto-me à paisagem amazônica,
com seus elementos poéticos, políticos e sociais. Este
ambiente tão longínquo no imaginário de muitos,
até mesmo de seus habitantes, é a proponente de
muitos diálogos.
1 CANCLINI, Nestor Garcia. As culturas híbridas em tempos de globalização. In: Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EDUSP, 2003.
A Amazônia é um todo heterogêneo que
abriga complexidades a serem consideradas. Sua
biodiversidade, seus fazeres cotidianos tão cheios
de saber originam um ambiente subjetivo de
ficção, e, portanto, de filosofias; e outra parte que,
desde a modernidade, desenvolve-se em função da
insatisfação com a desordem, e, às vezes, com a
ordem do mundo.
Esse lugar que é comum para os seus habitantes,
compreende uma relação tão mútua e tão íntima,
que se estabelece um vínculo afetivo. Porém, para
entender essa complexidade, nós, pesquisadores,
artistas, curadores, educadores, enfim, estudiosos
da criatividade, da circulação e do consumo
culturais, temos que nos preocupar cada vez mais
em entender os dados brutos, os movimentos
socioeconômicos que regem, com novas regras,
os mercados científicos e artísticos, assim como a
nossa instável vida cotidiana.
A Amazônia, longe de estar num patamar de
unidade, constitui-se na diferença; e pensar a arte
e a cultura compele a discussão que levaria em
conta os fatores geopolíticos, seus atores e suas
consequências culturais que estão na base dos
conflitos. Herkenhoff aponta alguns caminhos
norteadores que comungam com a produção
de alguns artistas comprometidos com a crítica e o
reconhecimento de profundas mudanças estruturais
que ocorreram na Amazônia nas últimas décadas do
século XX.
Ilha do Combu: entre o rio e a cidade a arte acontece
83
O artista da Amazônia é depositário
de uma herança cultural e de valores.
Também testemunha cotidianamente uma
experiência dramática e perversa. Como
conciliar desenvolvimento, respeito às
populações tradicionais (índios, ribeirinhos,
quilombolas e outros grupos), ecologia,
sustentabilidade, progresso, conhecimento,
justiça social e geopolítica? [...] Alguns
caminhos inscrevem a produção da região
amazônica no plano internacional. Seus
artistas têm uma intimidade com o valor
simbólico da Amazônia, a diversidade
cultural de tempos assincrônicos, a floresta
e a biodiversidade, enfim, muito mais.
(HERKENHOFF, 2010, p. 90)2
Estes ambientes de contradições cotidianas
descritas por Herkenhoff formam uma ampla rede
de pesquisa para os artistas contemporâneos locais,
que atravessam no olhar a superação das fronteiras
legais, produzindo uma arte que conflui para a
universalidade; e na urbana Belém amazônica
convivem sedimentações identitárias3 que formam,
na dinâmica cotidiana de populações ribeirinhas, a
convivência com o rio e, ao mesmo tempo, em um
espaço tão curto, uma população cuja urbe torna-a
2 MANESCHY, Orlando. Consultoria/Paulo Herkenhoff. Amazônia, A Arte. Rio de Janeiro: Imago, 2010. Catálogo de arte.
3 CANCLINI, Nestor Garcia. As culturas híbridas em tempos de globalização. In: Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EDUSP, 2003.
cega de sentidos, de calma e até mesmo de beleza,
que converge contraditoriamente para um ambiente
extremamente complexo, onde o cotidiano simples
ao mesmo tempo contrapõe-se drasticamente ao
cotidiano acelerado, construído no centro da cidade.
E nessa confluência está a ilha do Combu,
conformada entre os inúmeros espaços insulares do
município de Belém, em que a cidade toma aspectos
ora como paraíso, ora como estranhamento, porque
conforme o barco vai navegando, o silêncio nas
águas do rio anuncia essa distância e uma nova
dimensão se apresenta, porque o barulho da cidade
vai ficando para trás.
Coloco-me no lugar do caboclo ribeirinho
da ilha do Combu, que da ilha observa a “cidade
grande”, e me vejo envolta junto com ele nas teias
das relações da modernidade, na natureza, com os
recursos naturais, com o rio, restaurantes, energia
elétrica, turistas, e um fluxo dinâmico de barcos
que circulam no rio e forjam novas relações com a
natureza.
O entorno aparente da Ilha, a mata e o rio
à frente, com os trapiches de madeira em que
aportam os barcos que chegam, são relações que
se estabelecem com e nas comunidades do Combu.
A singularidade da ilha e das pessoas que lá estão,
evidenciam a paisagem em um lento cotidiano
percebido por qualquer morador de Belém ou de
outro lugar do mundo. Trata-se de um ambiente
84
amparado por outro olhar. As imagens da ilha do
Combu são representativas do mundo amazônico
cristalizado na memória que vem de fora ou que
vem de dentro.
É nesse contexto que o Arte Pará, através da
proposição de Paulo Herkenhoff, reuniu quatro
artistas que se deslocam em um fluxo que permite
a expansão das relações estabelecidas em uma
dinâmica cultural múltipla, formada por vários
pontos de contato no mundo.
Assim, Paula Sampaio, Alexandre Sequeira,
Jorane Castro e Thiago Castanho, no dia 20 de
novembro, numa terça-feira, a partir das 18h00,
na quadra do Adilson (ADRISON) reuniram a
comunidade da ilha do Combu e do seu entorno, e
convidados de Belém, para a exposição “Tem Arte
Pará no Combu”, com o objetivo de celebrar a arte
no outro lado do rio.
O horário de partida do barco foi às 17h00, com
saída programada do Porto Beira Rio.
Ao entrarmos no barco, a fotógrafa Paula
Sampaio, artista homenageada do 31º Arte
Pará, convida-nos ao Embarque, projeto criado
pelo pensamento de seguir variados percursos,
pelos quais acompanhamos a artista nos espaços
expositivos do Arte Pará e nas muitas rotas criadas
por ela. A rota agora seria segui-la num pô-pô-pô,
que é um nome dado em alusão onomatopeica ao
ruído que fazem os pequenos barcos a motor que
aqui navegam. Paula seguia hasteando ao vento
a Fotoinstalação-Árvore para ser libertada mais
adiante – e de longe podíamos observar a artista
numa imersão simbiótica com o vasto rio, que trazia
consigo o barulho da embarcação, seguida de uma
trilha sonora produzida pela artista, que tocava no
barco onde estávamos.
O início foi a batida de um sino, seguida pelas
músicas que compassavam com o barco grande e o
pô-pô-pô que seguia na nossa frente e, por vezes,
desviava para os lados, mas a rota se cumpria e nos
prendia num tempo que nos desnorteava para dentro
e para fora, orquestrando o grafo, a escrita da artista,
ali sozinha, a esmo, nas ondas da maré. Imaginei
seus embarques por outras rotas da Amazônia,
sejam em sua moto, caminhão, barcos e outros
meios, afinal, ela atravessou a Transamazônica ao
longo de vinte anos com sua câmera fotográfica.
A imagem impressa de um tronco de árvore que
ela fotografou no “Lago do Esquecimento”, nome
que traz a edição de um vídeo para a primeira etapa
do projeto de documentação fotográfica sobre o
lago de Tucuruí, no Pará, o segundo maior lago
artificial do Brasil, onde a artista se deparou com um
cemitério de árvores e um refúgio para as pessoas
que não foram indenizadas e moram no topo das
ilhas em torno de Tucuruí, coloca-nos diante de um
desafio no Arte Pará. O que fazemos diante de tanta
incongruência na Amazônia? Esse lago precisou
morrer para gerar energia? O fato é que junto com
ele foram-se vidas e tudo o que foi perdido para a
sua formação: áreas indígenas, cidades e inúmeras
espécies animais e vegetais.
Ouvindo-a falar para os mediadores, ficou esse
registro: “Há 30 anos e nada mudou, mas temos
que nos rebelar de algum jeito para provocar as
discussões, nem que sejam umas fotinhas”.
85
Paula, naquele cair da tarde nos fez sair das
expectativas habituais e nos colocou em situação
de vertigem, beirou a dúvida, como um convite
necessário para a reflexão. Quando o barco ancorou
na ilha, Paula já tinha libertado o “tronco amarrado
às margens do lago no cemitério das árvores”,
impresso nas bandeiras. Agora, simbolicamente,
o tronco está livre naquele rio. Através da arte é
possível libertar os seres.
Quando pisamos na ilha, fomos direto para a
quadra do Adrisom para ver a exposição fotográfica de
Alexandre Sequeira, com a série “Meu Mundo Teu”.
Nesta série, o artista promoveu o conhecimento de
dois adolescentes, por cartas e fotografias, nas quais
Tayana Wanzeler, moradora do bairro do Guamá,
na cidade de Belém, e Jefferson Oliveira, morador da
ilha do Combu descrevem suas vidas em detalhes, por
meio da troca de cartas e imagens realizadas através da
experimentação de registros fotográficos com câmeras
artesanais de um e dois orifícios, além de câmeras
convencionais com dupla exposição, resultando em
experimentações fotográficas diversas, com imagens
sobrepostas dos dois mundos: o do bairro do Guamá
e o da ilha do Combu; e da proposição de Alexandre,
que coloca Tayana e Jefferson como coautores das
imagens reveladas.
As imagens propostas e conduzidas por Sequeira
resultam na construção de narrativas entrelaçadas
dos dois jovens, através da interatividade e das
relações afetivas que se estabelecem com seus
lugares, através dos elementos simbólicos que
animam esse convívio da percepção, capazes de
transmitir a dimensão do acontecido.
Essa articulação nem sempre é fácil e requer
sutileza e sensibilidade, características peculiares
em Alexandre, que valoriza o trabalho e a vida das
pessoas, de onde compõe uma narrativa precisa
sobre os caminhos percorridos e as relações que todo
viajante estabelece, pois o artista é um andarilho.
Quando estávamos montando a exposição na
quadra, D. Aldelina, a Sra. Raimunda Nascimento, a
Sra. Maria de Fátima e a Sra. Patrícia acompanhavam
atentamente, ficavam horas olhando as imagens, e se
reconheciam na fusão das imagens dos dois mundos.
Foi um momento ímpar vê-las observar a
exposição com um olhar desprovido de qualquer
conceito já pronto da arte. Parecia que aquele
momento confirmava o objetivo do trabalho de
Alexandre na sua forma final, que é a de uma história
para contar, convertendo-se em possibilidades
poéticas. A Sra. Raimunda, conhecida como
“Mundica”, avó da família, comentou ao observar
uma imagem que registrava a cozinha de sua casa,
que já havia sido demolida: “O professor Alexandre
trouxe nossa casa de volta”.
A câmera fotográfica e Alexandre tornam-se,
neste trajeto, agentes e sujeitos na realidade da
ilha do Combu. O processo dialogado reflete a
câmera participativa, que integra no cotidiano dos
sujeitos a presença do artista como construtor da
realidade. A fotografia age como parte indissociável
da experiência humana.
O encontro com o outro se mistura com a ética
do trabalho, que é um pensamento no fotográfico
como uma filosofia de vida, afinal, para ele não
86
existe ser humano superior – há sempre uma
integração com a natureza.
A noite caía na ilha e era grande o movimento dos
barcos que chegavam das comunidades próximas.
Era a hora do cinema – e Jorane Castro, nossa
cineasta, iria fazer o lançamento oficial do filme
Ribeirinhos do Asfalto, que após percorrer mais de
30 festivais nacionais e internacionais e conquistar
dois prêmios em Gramado, iria exibir o filme para a
comunidade na qual ele foi inspirado.
Filmado em locais tradicionais de Belém,
como Ananindeua, Marituba, ilha do Combu o e o
mercado popular Ver-o-Peso, mostra de forma sutil a
presença dos personagens/sujeitos, pela interação e
familiaridade com o contexto do filme e o contexto
da ilha, que exibe a vida acontecendo diante das
câmeras que nos levam a penetrar nos momentos da
vida cotidiana e situações corriqueiras. Jorane capta
essa essência na Amazônia ao trazer para a reflexão
a vida das pessoas e suas relações com os outros, e
nos faz dela participar.
A cultura amazônica se expressa no filme através
da jovem Deisy (Ana Letícia), que gostaria de morar
na grande Belém, mas mora na ilha do Combu, do
outro lado do rio, isolada da cidade que costuma
contemplar à distância, não está sendo considerada
como algo anterior e que é preciso ser mostrado
no filme. O cinema a céu aberto no Combu criou
um espaço de realização do filme e um ambiente
também privilegiado para a reflexão antropológica,
pois é pensado como o lugar do encontro com o
espaço em que “observadores” e “observados” não
estão separados – se ligam, se juntam, se aliam, pois
a observação é recíproca e a troca estabelecida,
sobre o qual recai o foco da paisagem interna dos
personagens.
Ao final da sessão de cinema, a celebração foi
por conta dos Chefs Thiago e Felipe Castanho, da
cozinha paraense, que confirmam na cena nacional
e internacional a legitimação da gastronomia, e
juntamente com as cozinheiras da ilha, criaram um
cardápio com os ingredientes amazônicos.
Mais do que criar um cardápio, a experiência
na ilha, para Thiago, confirma um retorno ao
lugar de onde vem a motivação prazerosa do seu
trabalho. Os pais de Thiago, Sr. Francisco e Sra.
Carmem, começaram toda a história com a criação
do restaurante Remanso do Peixe, o qual traz o
maneirismo, o conceito da relação intimista com
a natureza, vivenciada em seus lugares de origem,
no interior do estado. Thiago nos conta que cresceu
observando essas nuances no restaurante da família,
na cidade de Belém; e embora não tenha vivido
no interior como seus pais, sua memória afetiva e
observações naturalmente constroem o conceito
do seu trabalho, agora em seu cantinho de criação,
no restaurante Remanso do Bosque, em Belém,
e também em suas andanças pelo mundo afora.
87
Já trabalha com a comunidade do Combu e de lá
expande sua pesquisa através da farinha, chocolate
e, principalmente, do ir e vir da cidade para a Ilha,
pois é lá que encontra a inspiração para seus pratos,
que nos tocam pelos sentidos.
Assim, artistas convidados, curadores,
professores, patrocinadores do Arte Pará, moradores
da ilha e arredores e a equipe da Fundação Romulo
Maiorana degustaram mingau de banana da terra
com leite de coco, vatapá com cuscuz de farinha
d’água e, para sobremesa, bolo de macaxeira
com calda de maracujá e mousse de chocolate do
Combu. A ação na ilha do Combu provocou uma
verdadeira interação entre todos ali presentes. Isto
suscitou uma percepção de deslocamento, desafiou
a rotina dos sentidos, a qual nos alimentou de toda
sorte de coisas e depois nos libertou para exercitar
a imaginação, alargando as fronteiras da criação de
maneira livre e intuitiva.
A arte aconteceu entre o rio e a cidade. O curador
Paulo Herkenhoff, ao dirigir essa ação, alinhou os
olhares dos quatro artistas, e convictamente todos
sentiram-se à vontade para contar suas histórias, com
a mesma paixão do idealizador. Nós fomos felizes
em nossa travessia, com um desejo em comum de,
através da arte, fazer da ilha do Combu um lugar de
encanto e confronto, um lugar que nos coloca para
pensar.
Vânia Leal MachadoCuradora Educacional do Arte Pará
88
Belém-PAFotoinstalação | 2012Travessia Belém/ilha do Combu
PAULA SAmPAiOArtista Homenageada
89
Belém-PAÁrvoreFotoinstalaçãoFotografia: Baía de Guajará | 2012
90
ALEXANDRE SEQUEiRAArtista Convidado
Belém-PAMeu Mundo TeuFotografia | 2007
91
Belém-PAJefferson OliveiraTaynara Wanzeler
Meu Mundo Teu Girau e hot dogPaneiros e panelasCírio no GuamáFotografia | 2007
92
JORANE CASTROArtista Convidada
Belém-PARibeirinhos do AsfaltoFicção | 2011
93
Belém-PARibeirinhos do AsfaltoFicção | 2011Com Dira Paes e Letícia Azevedo
94
Belém-PASabores do Combu
THiAGO CASTANHOArtista Convidado
95
Belém-PASabores do Combu
96
AÇÃO EDUCATIVA NA ILHA DO COMBU
97
98
A educação sempre teve importância para a
Fundação Romulo Maiorana, desde a sua criação, em
1980. O Projeto Pedagógico atinge um patamar, com
a implantação da curadoria pedagógica integrada aos
segmentos do projeto curatorial proposto por Paulo
Herkenhoff, abrindo, assim, caminhos de construção e
conhecimento sobre um discurso de educação para a
arte na Amazônia.
A eleição desse princípio organizador do projeto
educativo curatorial se justifica por três razões: em
primeiro lugar, por entender os espaços expositivos
como reverberação do compromisso social e cultural em
suas diversas proposições, pela forma como a mostra vai
colocar os visitantes em contato com maneiras de pensar
e viver no mundo. Em segundo lugar, por entender
que a medição é a linha de frente do projeto e precisa
estar nutrida e preparada para o grande jogo da arte, ao
convocar o outro para o contato íntimo do fazer artístico
e, cada vez mais, firmar sua responsabilidade social
perante a vida e, simultaneamente, ali no jogo, gerar
conhecimento. Em terceiro lugar, envolver o público na
experiência que a trama das obras expostas promove e,
fundamentalmente, exercitar a capacidade destas para
a reflexão crítica do mundo em que estão inseridas.
Portanto, com esse propósito, tecer a arte a cada encontro,
nela mesma, com suas faces políticas e sociais.
Diante dessas premissas, promovemos a antecipação
das ações educativas num período que antecede a
abertura do salão, que faz um trabalho de formação
com os estudantes das IES – Instituições de Ensino
Superior – para a mediação cultural e ações educativas
nos espaços expositivos, e um trabalho pontual com
professores da rede pública estadual. Acreditamos que
diante do processo de formação estamos dando um
passo significativo no que se refere à qualidade, à rede
de desdobramentos de suas ações e ao fortalecimento
de relações e parcerias firmadas com instituições de
pesquisa e extensão.
O Seminário de Educação Reflexões e
instrumentalização sobre a Mediação Cultural na Arte
Contemporânea reuniu educadores, críticos, curadores
e artistas que estão pensando e produzindo arte na
Amazônia. Dessa forma, Paulo Herkenhoff, Roberta
Maiorana, Daniela Sequeira, Alexandre Sequeira, Janice
Lima, Marisa Mokarzel, Guy Veloso, Alberto Bitar,
Orlando Maneschy, Paula Sampaio, Zenaide Paiva,
Armando Queiroz, Márcia Pontes, Ademar Júnior,
Valério Silveira, artistas convidados e selecionados,
juntamente com a curadoria educacional do Arte
Pará, foram propositores de reflexões e aproximações,
numa ação conjunta em transformar e ampliar nossa
plataforma de ação junto ao grande público.
Ressaltamos aqui a participação ativa de estudantes,
pois o Projeto Arte Pará conta com a colaboração de
empresários que disponibilizam ônibus para a rede
escolar. E, com esse propósito, temos alcançado escolas
distantes, cujos alunos ainda não tinham entrado
em um museu – e quando experimentam as ações
Educação para a arte na Amazônia: diálogos e celebrações
99
AÇÕES EDUCATIVAS
100
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102
103
educativas, verificamos que a celebração acontece.
Vale aqui agradecer à Senhora Carmem Peixoto, que
acredita no projeto e fortalece esse acontecimento,
deixando marcas que nos impulsionam a sonhar e
realizar aproximações.
Outro ganho assertivo é o encarte Especial Arte
Pará - O Liberalzinho, que atualmente é a maior
mídia pedagógica do Brasil com cunho jornalístico –
5.000 encartes – que ficam nos espaços expositivos
e cumprem a missão de estender o Arte Pará para as
escolas, espaços culturais e outros lugares do país
através do público flutuante/viajante, que é expressivo.
Um ponto importante é que o encarte especial também
é veiculado no Jornal O Liberal, no domingo do Círio
de Nossa Senhora de Nazaré – dia de maior tiragem
do Jornal que circula na Amazônia. Dessa forma,
acreditamos que o Projeto Arte Pará cumpre a missão
de estabelecer uma política de ação com lugares e
espaços para integração.
A arte como linguagem é força de transformação.
E nosso trabalho se dá em favor desse coletivo, que
amplia o nosso território e nossa plataforma de ação,
que dispara e ativa nossa percepção, observação,
interpretação e que nos permitem a cada edição ouvir
as diversificadas vozes que são projetadas pelas obras
dos artistas e pela equipe curatorial.
Com esse querer, quatro espaços de convívio
foram, por dois meses, uma celebração, transformando
o Museu do Estado do Pará (MEP), o Museu Paraense
Emílio Goeldi (MPEG), o Espaço Cultural Casa das
Onze Janelas e a Galeria Fidanza, no Museu de
Arte Sacra, em lugares de encontro, troca, convívio,
silêncio, dúvida, alegria, comunhão, enfim, em
momentos de desconcertos dos sentidos que a arte
provoca e, paralelamente, de produção e geração de
conhecimentos através da educação para a arte na
Amazônia, num sentido transnacional.
O Educativo deseja, planeja e realiza questões
que trazem consigo maneiras de comunicação. O Arte
Pará se firma há 31 anos como um projeto que tem o
propósito de fortalecer nossas relações de produtores
de arte na Amazônia, em comunhão com o Brasil.
Desejamos que você participe dessa dialógica – só
assim a troca acontecerá; só assim a arte será celebrada!
Vânia Leal MachadoCuradora Educacional do Arte Pará
104
“Uma sociedade só é artisticamente desenvolvida
quando ao lado de uma produção artística de alta
qualidade há também uma alta capacidade de
entendimento desta produção pelo público”. É com este
pensamento que a arte educadora Ana Mae Barbosa
nos apresenta “A imagem no ensino da arte”1, obra
produzida no final da década de 1980, e que até os
dias atuais é uma referência na formação de professores
de artes visuais.
Não há dúvidas de que o Brasil e o Pará são
lugares com produção artística contemporânea de alta
qualidade. Porém, qual público acompanha, aprecia e
usufrui essa produção?
Em outubro de 2007, quase 20 anos após a
publicação do livro de Barbosa, o Ministério da
Cultura e o IBGE divulgaram uma pesquisa2 com dados
alarmantes. Entre outras informações, consta que 92%
dos brasileiros nunca frequentaram museus e 93,4%
jamais visitaram alguma exposição de arte. Certamente,
da pequeníssima parcela de pessoas que frequentam
exposições, grande parte é formada por artistas e
pessoas ligadas ao universo das artes. A exclusão
cultural é um entrave ao exercício da cidadania plena,
que requer o acesso aos bens culturais do país.
1 BARBOSA. Ana Mae Tavares Bastos. A imagem no ensino da Arte: anos oitenta e novos tempos. 2. ed. São Paulo: Perspec-tiva, 1994.2 MINISTÉRIO DA CULTURA. Diálogos culturais. Disponível em: http://www.leidepatrocinio.com.br/incentivo_cultural/aplicativos/Diagn%C3%B3stico_Lei_Rouanet.pdf Acesso em: 22 dez. 2012.
Com relação à arte contemporânea,
especificamente, a situação do acesso deve ser mais
delicada. Celso Favaretto nos diz que muitas pessoas
ainda não entraram no domínio das transformações que
aconteceram no campo da arte no século XX, e pensam
a arte conforme os padrões tradicionais dos séculos
anteriores3. Isso dificulta o contato com as produções
da atualidade. De fato, grande parte do público que
frequenta exposições tende a destinar mais atenção às
etiquetas das obras do que às próprias obras.
Assim, mais do que garantir o acesso aos bens
e serviços culturais, com ações como vale cultura
e estímulo à queda de preços de livros, conforme
prevê o Programa Mais Cultura, do Minc, é necessário
estimular e promover o diálogo entre a produção
artística e o grande público, por meio de processos
educativos. Não basta apenas proporcionar o contato
do público com a arte. É necessário mediar esse contato
com contextualização histórica, educando os sentidos,
fomentando a fruição das obras, a leitura das obras de
arte contemporânea, estimulando o apreciador a parar,
observar, sentir, refletir, interagir, produzir, formular
hipóteses, questionamentos e perceber novas estéticas
e novas formas de beleza.
Tem sido este o empenho do Salão Arte Pará
nestes últimos anos, por meio de parcerias com
escolas. O resultado disto é que em 2012, 70%
³ Isto é arte? autoria de Elaine Schmidlin; coordenação de Mirian Celes-te Martins e Gisa Picosque. Videoteca do Instituto Arte na Escola. São Paulo: Instituto Arte na Escola, 2006.
Arte-educação em arte contemporânea
105
do público do Salão foi constituído por alunos do
ensino fundamental, médio e alunos de faculdades.
Museus e escolas são espaços educativos por
excelência e propícios à vivência artística. Aqueles,
conservando, guardando, expondo e comunicando
o patrimônio cultural, enquanto estas constroem e
sistematizam o conhecimento em arte, estimulando
novas experiências.
Além das parcerias com escolas e faculdades, este
ano foram realizados, pelo Salão Arte Pará, encontros
de formação com professores de arte da rede pública
estadual, nos quais foram apresentadas e discutidas
questões referentes ao Salão, à arte contemporânea,
à educação em arte no ensino fundamental e médio,
metodologia de ensino, atividades, ensino polivalente
(ainda presente no ensino de arte), educação em espaços
expositivos etc.
De todas essas atividades realizadas, uma que
mereceu destaque e fechou com chave de ouro a
série de encontros foi justamente a que estimulou a
nós, professores, a termos outros olhares em relação
à obra “Bicho da Seda”, de Delson Uchôa. Buscou-
se uma apropriação conjunta dessa obra, por meio
de jogos teatrais. A leitura das fotografias de Uchôa
estimulou uma releitura com movimentos corporais
e manipulação de sombrinhas que, por sua vez,
provocou novas formas de olhar a obra, estimulando
uma compreensão que fosse além do esquema leitura
de etiqueta – visualização rápida da obra.
Ações como estas, realizadas pela curadoria
educacional do Salão Arte Pará, tendo à frente a
professora Vânia Leal, são imprescindíveis para
que a arte seja não apenas para profissionais e
estudantes de arte, mas para um grande público, que
deve compreendê-la como conhecimento que não
estacionou na Mona Lisa ou na Semana de 22, mas que
expressa e reflete questões da atualidade e, sobretudo,
pode ser fonte de prazer estético, assim como filmes
televisionados, seriados de TV, músicas populares... É
necessário evidenciar o caráter educativo do museu
através da construção de novos olhares. Para isso,
iniciativas como as parcerias com escolas e formação
dos professores de arte são fundamentais para que
estes possam promover, por meio do acesso aos
bens culturais do país, o exercício da cidadania e o
consequente desenvolvimento artístico do país.
Humberto Jardel Freitas de MeloProfessor de Arte da rede estadual de ensino (SEDUC)
106
ARTISTAS CONVIDADOS E SELECIONADOS
mUSEU DO ESTADO DO PARÁ - mEPALICE LARAPrêmo EspecialBrasília-DF [email protected]érie: “Escondendo meu animal”Pintura | 2012
ALBERTO BITARArtista ConvidadoBelé[email protected] [da série Sobre o Vazio]Todo o Vazio Vídeo | 2010Fotografia | 2012
ALEXANDRE PAESArtista SelecionadoRio de Janeiro – [email protected] Série Avesso a pinturaPintura | 2012
ANDRÉ TERAYAMAArtista SelecionadoSão [email protected] Título [Cavaletes]Vídeo-arte | 2011
BERNA REALEArtista ConvidadaBelé[email protected] | 2012
ImagensDiego FeitosaL.Franco Minervino
Assistente de CâmeraArmando Viana
EdiçãoL. Franco Minervino
ProduçãoBerna RealeVictor RealeSgt. Arnaldo ValenteTen.Alexandre da Silva CorrêaPedro MacedoBia CabralDilcélio CardosoMárcia Cadete
Agradecimentos:Ten. Cel. Janderson VianaRegimento da Polícia Montada “Cassulo de Melo”Ten. Cel. Raimundo RayolGerlandson Fernandes Oliveira da Silva - Ag.Trânsito CTBELEquipe da CTBEL
CORPOS INFORMÁTICOSPrêmio EspecialBrasí[email protected]ídeo-arte | 2012Edição: Márcio H. Mota(Bia Medeiros: coordenadora)Adauto Soares, Camila Soato, Diego Azambuja, Fernando Aquino, Luara Learth, Maria Eugênia Matricardi, Mariana Brites, Márcio H. Mota, Mateus de Carvalho Costa,Natasha de Albuquerque
CAMILA SOATO Artista SelecionadaBrasí[email protected] 1“estou fazendo amor com outra pessoa, mas meu coração vai ser pra sempre seu”Pintura – Óleo sobre estofado de sofá e toalha de mesa | 2012
CHICO FERNANDES Artista SelecionadoRio de [email protected] RageFotografia | 2011Foto: Marcos Bonisson
DANIELLE FONSECA Artista SelecionadaBelé[email protected] ou base mágica para o artista quando surfistaInstalação | 2012
DELSON UCHÔAArtista ConvidadoMaceió[email protected]érie Bicho da SedaFotografia | 2012Fotografias individuais dos trabalhos, Celso Brandão
EMÍDIO CONTENTE Artista SelecionadoBelé[email protected] de porcelanaSem TítuloFotografia | 2012
EMANUEL MONTEIRO Artista SelecionadoCambé[email protected] azulObjeto | 2011-2012
GUY VELOSOArtista ConvidadoBelé[email protected] de costas com tatuagem cruz | 2012Camisa Jesus | 2004Círio de Nazaré, Belém-PADiapositivo (analógico)
GILVAN TAVARESArtista SelecionadoBelém-PAPoéticas de um tempo...de lugarInstalação de parede composta de 15 peças | 2012
GRUPO EMPREZA Grande PrêmioGoiâ[email protected]/[email protected] [políptico]Fotografia | 2012
JORANE CASTROArtista ConvidadaBelé[email protected] VaqueiroFotografia| 2005
Invisíveis Prazeres CotidianosDocumentário | 2004Fotografia: Pablo Ramírez Durón
JORGE SOLEDARArtista SelecionadoRio de [email protected] Itself-Desenho em SiFotografia | 2012
PAULA SAMPAIOArtista HomenageadaBelé[email protected] Lago do EsquecimentoVideo/FotografiaFotografia: Lago formado pela hidrelétrica de Tucuruí/PA. 2011 – em curso. Base de captura: Negativo PxBVídeo: Leo Bitar (desenho de som), Nando Lima (edição) e Paula Sampaio (fotografias)Coleção de postaisDistribuídos em todos os locais expositivos e na Ilha do Combu Ver Site: www.paulasampaio.com
PAULO NAZARETHArtista ConvidadoBelo [email protected]ão e CircoImpressão fotográfica sobre papel algodão Edição: 1PA | 2012Sem Título - Da Série: Notícias de América Impressão fotográfica sobre papel algodão Edição: 1PA | 2012Sem Título - Da Série: Notícias de América Impressão fotográfica sobre papel algodão Edição: 1PA | 2012Sem Título - Da Série: Notícias de América Impressão fotográfica sobre papel algodão Edição: 1PA | 2012Sem Título Impressão fotográfica sobre papel algodão Edição: 1PA | 2011/2012Sem Título - Da Série: Notícias de AméricaImpressão fotográfica sobre papel algodão. Edição: 1PA | 2012Sem Título Impressão fotográfica sobre papel algodão. Edição: 1/5 + 2PA | 2010Sem Título Impressão fotográfica sobre papel algodão. Edição: 1PA | 2011
PAULO SAMPAIO Artista SelecionadoBelém-PASoldado da borrachaInstalação | 2012
PEDRO DAVID Prêmio EspecialNova [email protected] [Políptico da Série Madeira de Lei]Fotografia | 2012
PEDRO DI PIETRO Artista SelecionadoSão [email protected] [Série Variações]Retrato 1 [Série Variações]Sagrado Corações [Série Variações]Fotografia | 2012
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RAQUEL VERSIEUXArtista SelecionadaRio de [email protected] of BirdFotografia | 2012
RENAN TELES Artista SelecionadoSão [email protected] offline views e contando # 310.174 offline views e contando # 31.262 offline views e contando # 3Fotografia | 2012
RODRIGO BRAGAArtista ConvidadoRio de Janeiro-RJwww.rodrigobraga.com.brDesejo EremitaFotografia | 2012
SÁVIO STOCOArtista Selecionado [email protected] | 2012
SERGIO BONILHA e LUCIANA OHIRAArtistas Selecionados São [email protected] culturalmente de suas matrizes formadoras, fortemente mestiçada, dinamizadas por uma cultura sincrética e singularizada pele redefinição de traços culturais delas oriundos (RIBEIRO, 1995)Instalação | 2012
SIDNEY AMARALArtista Selecionado [email protected] para OgumMinotauroMeu coração brasileiroGravura | 2012
TEODORO NEGRÃO Artista Selecionado Belé[email protected]ção | 2012
THIAGO CASTANHO e SÉRGIO COIMBRAArtistas Selecionados Belé[email protected] [email protected] no tronco de corte de peixeRabada nas ruas do mercado de carnePirarucu no isopor esculpido pelo trabalhoFotografia | 2012
VICTOR DE LA ROCQUEArtista Selecionado Belé[email protected] senhor é meu pastor e nada me faltaráPerformance | 2012
VICTOR GARCEZ Artista Selecionado Rio de [email protected] | 2012
YARA DE PINA MENDONÇAArtista Selecionada Goiâ[email protected] Título 3Instalação | 2012
mUSEU DE ARTE SACRA – GALERiA FiDANZAGUY VELOSOArtista ConvidadoBelé[email protected]Êxtase
“Oxumaré” (Orixá do arco-íris). Trasladação, procissão que antecede o Círio de Nazaré, Belém-PA, 2011.
Promesseiro. Trasladação, procissão que antecede o Círio de Nazaré, Belém-PA, 2010. Diapositivo (analógico).
Fiéis em transe, Festa de Exu, Ilha de Outeiro, distrito de Belém-PA, agosto de 2011. Diapositivo (analógico).
Menina trajada para festa de Iemanjá espera o ônibus dentro de um açougue. Belém-PA, 1991. Diapositivo (analógico).
Ritual de Tambor de Mina, Belém-PA, 2011.
Slide (analógico).
Fiéis em transe, Festa de Exu, Ilha de Outeiro, distrito de Belém-PA, agosto de 2011. Diapositivo (analógico).
Trasladação, procissão que antecede o Círio de Nazaré, Belém-PA, 2011. Diapositivo (analógico).
Dupla exposição acidental de dois fotogramas: Trasladação, procissão que antecede o Círio de Nazaré, Belém-PA, outubro de 2011; Companhia Moderno de Dança no Theatro da Paz, Belém-Pará, abril de 2012. Diapositivo (analógico).
Ritual de Candomblé, Belém-PA, 2010. Diapositivo (analógico).
Ritual de Candomblé, Belém-PA, 2010. Diapositivo (analógico).Fotografia | 2012
Cópias: Ricardo Tilkian. Adesivagem: Tiago Vilela. Revelação dos slides: Albany Lobo e Erivaldo Albuquerque. Direção vídeo: Guy Veloso e Emídio Contente. Edição vídeo: Emidio Contente. Divulgação: Deborah Cabral.Criação título da mostra: Vânia Leal. Pesquisa: Deize Melo, Edivânia Câmara e o autor. Agradecimentos: Daniela Sequeira, Cia de Dança Moderno em Cena, Diretoria do Círio, Mãe Rosângela, Mãe Rita, Mãe Zenaide, Pai Babá, Pai Brasil, Pai Walmir, Pai Tayando, Paulo Chaves e Roberta Maiorana.
mUSEU GOELDiPAULA SAMPAIOArtista HomenageadaBelé[email protected]érie Nau FrágilNau frágil 1 - Coleção Ornitológica do Museu Paraense Emílio Goeldi, Uirapuru-de-chapéu-azul | 2009 Nau frágil 2 - Cabedelo, no Estado da Paraíba início da rodovia Transamazônica, Oceano Atlântico| 2009 Nau frágil 3 - Igarapé em Tauá, Sayuri - pequeno lírio branco| 2009 Fotografia Base de captura: digital
CASA DAS 11 JANELASPAULA SAMPAIOArtista HomenageadaBelé[email protected] rotasFotografia/Mapa/TextoFotografia: Paula Sampaio Rodovia Transamazônica/PA | 1994Texto: Paula Sampaio | 2011Arte/Mapa: Eli Sumida | 2011Instalação
Nós, os outrosFragmento da série Nós.Local: Santa Isabel do Pará.Fotografia | 2004 Base de captura: Negativo PxB
iLHA DO COmBUPAULA SAMPAIOArtista HomenageadaBelé[email protected]ÁrvoreFotoinstalaçãoFotografias: Baia de Guajará | 2012Travessia Belém/Ilha do CombuA todas as pessoas entrevistadas e fotografadas que compõem os projetos “Antônios e Cândidas têm sonhos de sorte”, Refúgio, Nós, Folhas Impressas, Nau Frágil e O Lago do Esquecimento e das Comunidades do Cumbu e do Lago de Tucuruí, em especial atenção.
ALEXANDRE SEQUEIRAArtista ConvidadoBelé[email protected] Mundo Teu
Jefferson OliveiraTaynara Wanzeler
Girau e hot dogPaneiros e panelasCírio no Guamá[2007]À família Oliveira, em especial ao Sr. Jonas Oliveira, Sra. Aldelina Oliveira, Sr. Adilson Gouveia de Souza e Sra. Raimunda Nascimento da Silva. À família Wanzeler, em especial à Sra. Maria de Fátima Nunes Wanzeler e à Srta. Patricia Wanzeler.
JORANE CASTROArtista ConvidadaBelé[email protected] do Asfalto - Ficção | 2011Com Dira Paes e Letícia AzevedoAgradecimentos:Comunidade do igarapé da ilha do Combu: Adilson Gouveia de Souza, Jonas Oliveira, Aldelina Oliveira e Raimunda Nascimento da Silva. Saldosa Maloca; Neneca; Praticagem da Barra de Belém.
THIAGO CASTANHOArtista ConvidadoBelé[email protected] [email protected] do Combu
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EXPOSiÇÃO
Concepção e CuradoriaPaulo Herkenhoff
Curadoria Adjunta Arte Pará 2012Armando Queiroz
Curadoria EducacionalVânia Leal Machado
Coordenação GeralRoberta MaioranaDaniela Sequeira
Assistente de CoordenaçãoFabrícia Sember
Assessoria de imprensaMárcia Carvalho
Júri de Seleção e PremiaçãoAlexandre Sequeira Clarissa DinizDelson UchôaYuri FirmezaPaulo Herkenhoff
Projeto de montagemRoberta Maiorana
Gerente de montagemMarta Freitas
Equipe de montagemAlmir Figueiredo, Cristiano Damasceno, Évila Nascimento, João Duarte, Marson Rewber, Mário Kelsen
Apoio de montagemJosenildo Monteiro, Manoel Santos Jr., Paulo Ponte
motoristaAureliano Lins, David Dantas
Equipe ApoioMEP, MAS, Museu Paraense Emílio Goeldi, Espaço Cultural Casa das Onze Janelas
SegurançaSecurity Amazon
Serviço GeraisAmazon Service
ElétricaAraújo Abreu
CATÁLOGO
Curadoria Geral do Arte Pará Ano 31Paulo Herkenhoff
Curadoria Adjunta Arte Pará Ano 31Armando Queiroz
Coordenação GeralRoberta MaioranaDaniela Sequeira
Coordenação EditorialVânia Leal Machado
Projeto GráficoDaniela Sequeira
Editoração EletrônicaEzequiel Noronha Jr.
Fotografias CatálogoEverton Ballardin
Assistente de FotografiaOtávio Tsuyoshi Iwabuchi
Fotografias EducativoOtávio Tsuyoshi Iwabuchi
Tratamento de imagensRetrato Falado
TextosArmando QueirozHumberto Jardel Freitas de MeloLucidéa MaioranaHorácio HiguchiPaulo Chaves FernandesPaulo HerkenhoffRoberta MaioranaVânia Leal Machado
Revisão de textosMárcia CarvalhoIraneide Silva
impressãoRM Graph
Todas as imagens e informações contidas nos textos são de inteira responsabilidade de seus autores.
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CURADORIA EDUCACIONAL
EDUCADORES
museu do Estado do ParáAdemilton Azevedo de Arruda JúniorFlávia Duarte dos SantosNataliane Maria Galdino de SouzaNely Neymar Mendes Queiroz CastroSávio Senna Rocha de OliveiraThaise Daria Rocha Farias
Espaço Cultural Casa das Onze JanelasAna Carolina Corrêa Pelerano de AlmeidaAvany Cristina Soares Martins
museu Paraense Emílio GoeldiAndreia Souza da silvaDilermando Gadelha de Vasconcelos NetoDurval Monteiro SoeiroEleones júnior da Silva SantosJosé Roberto Amaral Nunes
Galeria Fidanza – museu de Arte SacraFrancisco césar Carvalho do NascimentoTaciana Cássia Couto Rodrigues
Seminário de Educação e Arte 31ª Edição Arte Pará 2012Da Série Sobre o VazioAlberto Bitar Êxtase: Processos na fotografia Guy Veloso Mediação em Espaços CulturaisJanice LimaAtravessando ImagensMarisa Mokarzel Amazônia, Lugar da Experiência. Orlando Maneschy EmbarquePaula Sampaio Projeto Arte Pará/Ética na Mediação/ Processos Mediação Arte Contemporânea Vânia Leal
Conversa aproximada do artista no Espaço Expositivo Grupo Empreza (Go), Grande PrêmioAlice Lara (DF) Prêmio Especial Danielle Fonseca (PA) Artista selecionadaDelson Uchôa (AL) Artista convidadoYara Mendonça (GO), Artista selecionadaAlexandre Sequeira (PA), Artista convidadoGuy Veloso (PA), Artista convidadoGilvan Tavares (PA) Artista selecionadoCuradores: Paulo Herkenhoff, Armando Queiroz, Orlando Maneschy e Marisa Mokarzel
PROGRAmAÇÃO DO NÚCLEO DE OFiCiNASWorkshop “Um olhar fotográfico sobre o Arte Pará Valério Silveira
Fotografia de “rua”: da poética à práticaGuy Veloso
Oficinas sistemáticas no Museu do Estado do Pará
Coordenação do Núcleo OficinaMárcia Helena PontesEducadores ministrantes das oficinasAdemilton Azevedo de Arruda Júnior - Oficina de Pintura com Giz de CeraFlávia Duarte dos Santos - Oficina de pintura e colagem
Nataliane Maria Galdino de Souza - Oficina de pintura com tinta guacheNely Neymar Mendes Queiroz Castro - Oficina de pintura com tinta guache e folhas de árvoresThayse Farias - Oficina de pintura com tinta guache
Oficina “ Imagem Corpórea”Emiliano Picanço Registro de Imagens: Renan Bahia
Seminário Arte Educação “Reflexões e instrumentalização na Arte Contemporânea Arte Pará 2012 para professores da rede Estadual e municipal de Ensino.
PROFESSORES Alessandra Rossy Marques da SilvaAlessandra Nunes BezerraAna Cristina Chaves Neves da SilvaAna Gisele AlencarAna Giselle C. MonteiroAna Rosália LoboAndréa Paula Pereira de AzevedoAry Fernando Nemer CruzBárbara Trindade Freire Benedita do Socorro Barbosa Guimarães DiasCarolyne Bastos LisboaCléa PalhaCleide Ruiz costaCintia AlbuquerqueDavi Santos de Souza Fernando Cesar Souza FonsecaFrancinete Barbosa CorrêaGil Vieira CostaHumberto Jardel Freitas de Melo Isabelle Pires Costa SantosIvana GaiaJoaquim Raimundo RibeiroJeiel da Silva SouzaJosé Eden Barbosa MagalhãesJosé Francisco Bastos MendesJose Humberto Nunes FilhoJoaquim PalhanoKátia Regina dos Santos CaminhaLeila Carvalho GonçalvesLetícia Silva e silvaLidia Azevedo RodriguesLuciane PaixãoManoel Garcia SoaresMaria do Socorro Duarte Faro BrasilMaria do Socorro Vulcão NevesMaria Rosalina ArraesMaria Rosilene Andrade da SilvaMarta Georgia Martins de SouzaMichele Geny Machado Torres Nazaré do Socorro Santana ValentePablo José de Souza MufarrejPaulo Sérgio O‘de Almeida Rafaela Cordeiro do CarmoRita de Cássia Martins MenezesRosangela do Socorro Ferreira ModestoRuy Benedito Nascimento CostaSandra Regina da Fonseca PaesVanessa do Socorro M. CoelhoWaldéia da Conceição Castro
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AGRADECimENTOS
Governo do Estado do Pará
Secretaria Executiva de Cultura (SECULT)
Secretaria Executiva de Educação (SEDUC)
Secretaria de Estado de Obras Públicas (SEOP)
Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém
(SETRANSBEL)
Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM)
Coordenação de Educação e Extensão do SIM
Coordenação de Montagem e Curadoria do SIM
Comunidade da Ilha do Combu
Espaço Cultural Casa das Onze Janelas
Círculo Engenharia
Hotel Hilton Belém
Mendes Comunicação
Museu do Estado do Pará (MHEP)
Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG)
Museu de Arte Sacra (MAS)
Ministério da Cultura
RM Graph
Projeto O Liberal na Escola
Sol Informática
Restaurante Remanso do Bosque
Restaurante Pomme D’or
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Faculdade de Estudos Avançados do Pará (FEAPA)
Escola Superior Madre Celeste (ESMAC)
Universidade da Amazônia (UNAMA)
Galeria Mendes Wood
Tintas Veloz
D’Avila - Comunicação Visual & Serigrafia
Produções & Cia
Araújo Abreu
Security Amazon
Service Amazon
A todos os artistas selecionados e convidados, pesquisadores, curadores, fotógrafos, colaboradores e à equipe das ORM, que contribuíram para a realização deste projeto.
Ana Buarque de Hollanda, Ademar Queiroz Junior, Adilson Gouveia de
Souza, Adolfo Gomes, Alda Dantas, Aldelina Oliveira, Alison Borges, Alexandre
da Cunha Barata, Alexandre Renda, Alípio Martins, Ana Cláudia Hage, Ana
Maura Lopes, Antonio Eutálio Correa, Antonio Nakaruca, Armando Queiroz,
Bruno Cantuária, Camila Kzan, Carmem Cal, Carmem Peixoto, Carmem
Castanho, Carol Abreu, Carol Albuquerque, Caroline Lisboa, Celso Brandão,
Claudia Leão, Clara Costa, Cláudio Cavalcanti Ribeiro, David Dantas, Delson
Luiz da Cruz, Eder Oliveira, Edgar Augusto Proença, Edgard Romero Rodrigues
Alves, Elza Lima, Elza Tavares, Edy Carrapatoso, Edilene Portilho, Eli Sumida,
Emídio Contente, Everton Ballardin, Evandro Carlos de Souza Lima, Fagner
Monteiro, Fátima do Socorro Marques, Felipe Castanho, Felipe Dmab, Francisco
Santos, Frank Roushevel, Gilberto Massoud, Glenn Harvey Shepard Jr, Haroldo
Tuma, Heidy Bastos, Helenilton Menezes, Horácio Higuchi, Ivanuza Araújo
Ferreira, Ian Ferreira, Íris Letiere, Jonas Oliveira, Joaquim Passarinho, José Maria
Vilhena, José Francisco Dias Marinho, Júlio César Silva, Juliana Barroso, Juliana
Macêdo, Jurandir Barbosa, Krisnia Lopes Cardoso, Leo Bitar, Lourenço D’Avila,
Luciana Akim, Luciano Dias, Luana Couto, Ludmila Souza Azevedo, Luís
Peixoto, Luis Quintas Cerqueira, Luiz Brazil Júnior, Luiz Peixoto, Márcia Helena
Pontes, Marcio Campos, Marcio Rolim, Maria de Fátima Nunes Wanzeler, Maria
Christina, Maria Eugênia Abatayguara, Maria Simone Silva Gomes Barbosa,
Marisa Mokarzel, Mário Martins, Marcos Moraes, Marcos Klautau, Matthew
Wood, Miguel Chikaoka, Milena Claudino, Milton Soeiro, Nando Lima, Natali
Ikikame, Nelson Rodrigues Sanjad, Nilson Damasceno, Nilson Gabas Junior,
Nilson Pinto, Norberto Tavares Ferreira, Norma Aguiar, Odecir Luiz Prata da
Costa, Oswaldo Forte, Oswaldo Mendes, Oswaldo Mendes Filho, Oswaldo
Reis, Paula Souza, Paulo Chaves Fernandes, Paulo Fernandes Gomes, Paulo
Herkenhoff, Paulo Assunção, Padre Ronaldo Menezes, Paulo Roberto Santi,
Patricia Wanzeler, Pedro Mendes, Raimunda Nascimento da Silva, Raimundo
José Neves do Nascimento, Ricardo Piquet, Roberto Ferreira, Rose Mendes
Meira, Ravy Bassalo, Raimundo Amilson Pinheiro, Rose Silveira, Sérgio Melo,
Suely Nascimento, Thiago Castanho, Thiago Leite, Tomé Coelho Mendes, Wânia
Martins, Wanda Okada, Weneide Costa, Zenaide Pereira de Paiva.
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Lucidéa MaioranaPresidente
Roberta MaioranaDiretora Executiva
Daniela SequeiraAssessora Geral
Fabrícia SemberAssistente Executiva
Aureliano LinsEstrutura da FRM
Fundação Romulo MaioranaAv. Romulo Maiorana, 2. 473 – Marco – CEP: 66.093-055Fones: (91) 3216.1142 e 3216.1125 – Fax: (91) 3216.1125E.mail: [email protected]: jornal O Liberal.Belém – Pará – BrasilWebsite: www.frmaiorana.org.br
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Angela C. dos Santos CRB 1314
F9624a Fundação Romulo Maiorana.
Arte Pará 2012 / Coordenadoras, Roberta Maiorana, Daniela Sequeira; Organização Vânia Leal Machado; Curadoria geral e organização, Paulo Herkenhoff; Curadoria Adjunta e organização Armando Queiroz - Belém, 2013.
112 p. Título Original: Arte Pará Ano 31 ISBN: 978-85-62494-07-9
I.Maiorana, Roberta. II. Sequeira, Daniela. III. Machado, Vânia Leal. IV. Herkenhoff, Paulo. V. Queiroz, Armando. VI. Título.
CDD 709.81
Este catálogo foi impresso pela RM Graph, no papel Couchê fos-co 150 g/m2 para o miolo e no papel Cartão Supremo Duodesign 350g/m2 para a capa. Foi utilizada a tipologia CG Omega. A tiragem inicial foi de 500 exemplares.
AR
TE PAR
Á 2012 - A
no 31