PORTUGAL. Alto Comissariado da SaúdeAtlas do Plano Nacional de SaúdeLisboa: Alto Comissariado da Saúde, 2010. – 144 p.
ISBN 978-989-96263-5-5
Depósito Legal 307114/10
Editor Alto Comissariado da SaúdeAv. João Crisóstomo, 9, 1º piso1049-062 LisboaPORTUGALTel:+ 351 213 305 076Fax: + 351 213 305 097www.acs.min-saude.pt
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Impressão www.textype.pt
Tiragem 500 exemplares
1ª Edição – Lisboa, Março de 2010
1. Nota Introdutória
O Alto Comissariado da Saúde 013
O PNS 2004-2010 013
Algumas desagregações geográficas utilizadas no PNS 2004-2010 015
2. Contexto Demográfico, Económico e Social
Considerações Gerais 024
População Residente Estimada 026
Pirâmides Etárias da População Residente Estimada 027
População Residente Estimada dos 0-14 anos 028
População Residente Estimada com 65+ anos 029
Taxa Bruta de Natalidade 030
Índice Sintético de Fecundidade 031
Taxa Bruta de Mortalidade 032
Taxa de Crescimento Migratório 033
Taxa de Crescimento Efectivo 034
População Residente em Áreas Predominantemente Urbanas 035
Qualificação Académica 036
População Residente com pelo menos a Escolaridade Obrigatória 036
Taxa de Desemprego 037
População Média Empregada, segundo a Profissão 038
População Empregada Não Qualificada 038
Alojamentos Familiares Não Clássicos (Censos 1991 e 2001) 039
Abstenção nas Eleições para as Câmaras Municipais 040
Resumo 041
Índice
ALTO COMISSARIADO DA SAÚDE
Índice Atlas do Plano Nacional de Saúde
3. Recursos Físicos e Humanos e Acções Desenvolvidas
Considerações Gerais 044
Hospitais Públicos 046
Hospitais Privados 047
Centros de Saúde 048
Unidades de Saúde Familiar 049
Cuidados Continuados Integrados 050
Médicos Especialistas 051
Médicos Medicina Geral e Familiar e Clínicos Gerais 052
Enfermeiros 053
Enfermeiros nos Hospitais Públicos e Privados 054
Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica em Hospitais Públicos 055
Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica em Hospitais Privados 055
Rácio entre Urgências Hospitalares e Consultas Externas 056
Demora Média em Internamento Hospitalar 057
Primeiras Consultas no Total de Consultas Externas 058
Resumo 059
4. Despesa em Saúde e Consumo de Medicamentos
Considerações Gerais 062
Despesa em Saúde no PIB 064
Despesa Pública e Privada com Cuidados de Saúde Primários na Despesa Total com Cuidados de Saúde
064
Beneficiários com Processamento de Subsídio por Doença 065
Despesas em Medicamentos na Despesa em Saúde 066
Despesa total em medicamentos no PIB 066
Consumo em Euros de Medicamentos per capita – Mercado total 067
Medicamentos Genéricos no Mercado Total de Medicamentos 068
Consumo de Ansiolíticos, Hipnóticos e Sedativos e Antidepressivos (SNS) 069
Consumo de Cefalosporinas no Consumo Total de Antibióticos (Ambulatório)
070
Consumo de Quinolonas no Consumo Total de Antibióticos (Ambulatório) 071
Resumo 072
5. Determinantes e Estilos de Vida
Considerações Gerais 076
Consumo de Tabaco 078
Consumo de Álcool 079
Mortes por Acidentes de Viação Atribuíveis ao Álcool 079
Índice Atlas do Plano Nacional de Saúde
Internamentos por Causas 100% Atribuíveis ao Consumo de Álcool 080
Utentes na Rede Pública de Tratamento da Toxicodependência (1ª Consulta) 081
Alimentação 082
Obesidade 082
Mortalidade por Acidentes de Trânsito com Veículos a Motor (<65 anos) 083
Mortalidade por Acidentes Laborais 084
Resumo 085
6. Como se Nasce, Vive e Morre
Considerações Gerais 090
Esperança de Vida à Nascença 092
Nascimentos em Mulheres com Idade de Risco (<20 anos e ≥ 35 anos) 093
Nascimentos Pré-termo 094
Crianças com Baixo Peso à Nascença 095
Taxa de Mortalidade Perinatal 096
Taxa de Mortalidade Infantil 097
Auto-avaliação Positiva do Estado de Saúde 098
População Residente por Tipo de Doença Crónica Existente 098
Internamentos Hospitalares por Diabetes 099
Esperança de Vida aos 65 anos 100
Anos de Vida Saudável aos 65 anos 101
Taxa de Mortalidade Prematura 102
Taxa de Mortalidade Evitável por Cuidados de Saúde 103
Taxa de Mortalidade Evitável por Prevenção Primária 103
Resumo 104
7. Programas Prioritários
Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Cardiovasculares 108
Considerações Gerais 108
Mortalidade por Doença Isquémica Cardíaca (DIC) antes dos 65 anos 109
Doentes Admitidos nas Unidades Coronárias pela Via Verde (INEM) 110
Letalidade Intra-hospitalar por AVC 110
Mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) antes dos 65 anos 111
Doentes Admitidos nas Unidades AVC pela Via Verde (INEM) 112
Letalidade Intra-Hospitalar por AVC 112
Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas 113
Considerações Gerais 113
Mortalidade por Cancro da Mama Feminina antes dos 65 anos 115
Rastreios do Cancro da Mama Feminina de base populacional 116
Índice Atlas do Plano Nacional de Saúde
Mortalidade por Cancro do Colo do Útero antes dos 65 anos 117
Rastreios do Cancro do Colo do Útero de base populacional 118
Mortalidade por Cancro do Cólon e Recto antes dos 65 anos 119
Rastreios do Cancro do Cólon e Recto de base populacional 120
Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção VIH/sida 121
Considerações Gerais 121
Casos de infecção pelo VIH 122
Internamentos Hospitalares por VIH 123
Mortalidade por SIDA antes dos 65 anos 124
Plano Nacional de Saúde Mental 125
Considerações Gerais 125
Mortalidade por Suicídio antes dos 65 anos 126
Mortalidade por Doenças Atribuíveis ao Álcool antes dos 65 anos 127
Resumo 128
Anexo
Correspondência entre os concelhos e as diversas desagregações geográficas
133
Lista de Abreviaturas Atlas do Plano Nacional de Saúde
Lista de Abreviaturas
ACES Agrupamentos de Centros de SaúdeACS Alto Comissariado da SaúdeACSS Administração Central do Sistema de SaúdeAPU Área Predominantemente UrbanaARS Administração Regional de SaúdeAVC Acidente Vascular CerebralCCI Cuidados Continuados IntegradosCEE Comunidade Económica EuropeiaCID Classificação Internacional de DoençasCNDC Coordenação Nacional para as Doenças CardiovascularesCNDO Coordenação Nacional para as Doenças OncológicasCS Centro de SaúdeCSP Cuidados de Saúde PrimáriosDDD Dose Diária DefinidaDGS Direcção-Geral de SaúdeDIC Doença Isquémica CardíacaGDH Grupo de Diagnóstico HomogéneoHFA-WHO Health For All – World Health OrganizationIDT Instituto da Droga e da ToxicodependênciaIMC Índice de Massa CorporalINE Instituto Nacional de EstatísticaINEM Instituto Nacional de Emergência MédicaINML Instituto Nacional de Medicina LegalINS Inquérito Nacional de SaúdeINSA Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo JorgeLPCC Liga Portuguesa Contra o CancroLVT Lisboa e Vale do TejoMGF Medicina Geral e FamiliarMS Ministério da SaúdeMTSS-GEP Ministério do Trabalho e da Segurança Social -
Gabinete de Estratégia e PlaneamentoNUT Nomenclatura de Unidade Territorial para fins estatísticosOECD Organisation for Economic Co-operation and DevelopmentPIB Produto Interno BrutoPNS Plano Nacional de SaúdePVP Preço de Venda ao PúblicoSICA Sistema de Informação Contratualização e AcompanhamentoSNS Serviço Nacional de SaúdeTDT Técnico de Diagnóstico e TerapêuticaTMP Taxa de Mortalidade Padronizada
Lista de Abreviaturas Atlas do Plano Nacional de Saúde
U-AVC Unidades de AVCUC Unidade de ConvalescençaU-CIC Unidades de Cuidados Intensivos CoronáriosUCP Unidade de Cuidados PaliativosUE União EuropeiaULDM Unidade de Longa Duração e ManutençãoULS Unidade Local de SaúdeUMDR Unidade de Média Duração e ReabilitaçãoUSF Unidade de Saúde FamiliarVIH Vírus da Imunodeficiência Humana
01. Nota Introdutória Atlas do Plano Nacional de Saúde 003
Nota Introdutória
O Atlas do Plano Nacional de Saúde (PNS) pretende ser um instrumento facili-tador do acesso à informação e surge na sequência da monitorização e avaliação do PNS 2004-2010 e do processo de construção do novo PNS 2011-2016.
O Atlas pretende reunir e disponibilizar informação relacionada com a saúde que se encontra dispersa em fontes e suportes muito diversos e descrever a evo-lução de algumas desagregações geográficas utilizadas.
O Atlas apresenta um conjunto de indicadores do PNS 2004-2010 bem como outros considerados relevantes no contexto da saúde, divididos por 7 capítulos: i) Nota introdutória; ii) Contexto demográfico, económico e social; iii) Recursos humanos e físicos e acções desenvolvidas nos cuidados de saúde; iv) Despesa em saúde e consumo de medicamentos; v) Determinantes e estilos de vida; vi) Como se nasce, vive e morre; vii) Programas prioritários (doenças cardiovascula-res, doenças oncológicas, infecção VIH/sida e saúde mental).
Para cada indicador é apresentada, sempre que a informação disponível o per-mita, uma “ficha” constituída por um gráfico com a evolução temporal em Por-tugal Continental, Regiões (NUT II do D.L. de 1999), UE15 e UE27, um mapa com a distribuição geográfica do indicador no último ano disponível (o mais desagregado possível ou com a desagregação mais adequada), um mapa com a evolução entre o primeiro ano e o último ano (diminuiu, manteve, aumentou), fontes, método de cálculo e, no caso dos indicadores do PNS, a Meta preconizada para 2010.
Para além dos indicadores apresentados neste Atlas, o ACS disponibiliza outros desagregados geograficamente em www.websig.acs.min-saude.pt.
Alta Comissária da SaúdeMaria do Céu Soares Machado
Gabinete de Informação e ProspectivaMaria Luisa Couceiro (coordenação)Ricardo AlmendraMaria Isabel Alves
01. Nota Introdutória Atlas do Plano Nacional de Saúde004
O Alto Comissariado da Saúde
O Alto Comissariado da Saúde (ACS), de acordo com a Lei Orgânica (218/2007) é um serviço central do Ministério da Saúde (MS), integrado na administração directa do Estado e dotado de autonomia administrativa.
O ACS tem por missão garantir o apoio técnico à formulação de políticas e ao planeamento estratégico da área da saúde, em articulação com a programação financeira, assegurar o desenvolvimento de programas verticais de saúde, asse-gurar a coordenação das relações internacionais, acompanhar e avaliar a execu-ção de políticas, dos instrumentos de planeamento e dos resultados obtidos, em articulação com os demais serviços e organismos do MS e assegurar a elaboração, acompanhamento e avaliação do Plano Nacional de Saúde.
O PNS 2004-2010
Para monitorizar e avaliar a efectividade do Plano Nacional de Saúde (PNS) 2004-2010 foram definidos 122 indicadores de desempenho e respectivas Metas prioritárias (a alcançar em 2010), divididos por 14 áreas de intervenção organiza-das em settings (escolas, prisões, centros de saúde, hospitais, locais de trabalho, etc.) e pelo ciclo de vida (nascer com saúde, crescer com segurança, uma juven-tude à procura de um futuro saudável, uma vida adulta produtiva e um envelheci-mento activo). Desenvolve, ainda, uma abordagem à gestão integrada da doença (neoplásicas, cardiovasculares, infecciosas, mentais e traumatismos).
A abordagem centrada na família e no ciclo de vida justifica-se pelo facto de permitir uma melhor percepção, mais integrada, do conjunto de problemas de saúde que devem ser priorizadas para os diferentes grupos etários, nos diferentes papéis sociais que vão assumindo ao longo da vida.
Ao longo dos anos de implementação do PNS 2004-2010 têm sido criados vários mecanismos formais e informais de monitorização e avaliação da sua per-formance.
Através da internet é possível aceder a dois desses mecanismos, mais rela-cionados com os 122 indicadores previamente definidos e respectivas Metas: o microsite “Indicadores e Metas do PNS” (desde 2007) e a plataforma tecnológica “WebSIG – Mapas interactivos” (desde 2008).
01. Nota Introdutória Atlas do Plano Nacional de Saúde 005
• O microsite “Indicadores e Metas do PNS”
O microsite “Indicadores e Metas do PNS” mostra de forma sucinta (em gráfi-cos e tabelas) a evolução dos indicadores do PNS 2004-2010.
A informação é apresentada para Portugal Continental, desagregada por Região (NUT II) e por Região e Género. Todos os valores são comparados com a Meta estabelecida para 2010 e com o melhor valor do conjunto de países da UE. São ainda introduzidas pequenas análises sobre a evolução do indicador.
Encontram-se disponíveis duas versões: português e inglês. Na versão por-tuguesa os indicadores são apresentados segundo as NUT II do D.L. nº 317/99 de 11 de Agosto e na versão inglesa segundo as NUT II do D.L. nº244/2002 de 5 de Novembro, por serem estas as oficialmente utilizadas pela Comissão Europeia.
As versões são acessíveis através da página oficial do Alto Comissariado da Saúde (www.acs.min-saude.pt).
• WebSIG – Mapas Interactivos.
O WebSIG é uma plataforma tecnológica assente em sistemas de informação geográfica, que permite analisar a evolução (a diferentes escalas) dos indicado-res do PNS e seu posicionamento em relação à Meta estabelecida para 2010. A informação é apresentada na forma geográfica (mapas), gráfica e alfanumérica (tabelas).
Os indicadores disponíveis na aplicação podem ser desagregados a diferentes níveis geográficos (concelho, distrito, ACES, NUT III, NUT II, UE27) e temporais, bem como por género.
Com o desenvolvimento desta plataforma, pretende-se criar-se/desenvol-ver-se sistemas integrados de recolha de informação que possibilitem: a) agre-gação e integração numa única base de dados da informação proveniente de dife-rentes fontes; b) difusão e partilha de informação por diferentes actores (político, gestor, profissional de saúde, sociedade civil e cidadão); c) realização de análises espaciais e temporais fundamentais na avaliação de padrões e tendências.
01. Nota Introdutória Atlas do Plano Nacional de Saúde006
Também o WebSIG – Mapas interactivos está disponível em português e em inglês,
Esta plataforma é acessível através do site oficial do Alto Comissariado da Saúde (www.acs.min-saude.pt) onde é possível aceder ao microsite “Indicadores e Metas do PNS” e, através deste, à nova plataforma interactiva (www.websig.acs.min-saude.pt).
Algumas desagregações geográficas utilizadas no PNS 2004-2010
A análise da distribuição espacial dos indicadores de saúde segundo diferentes níveis de desagregação geográfica tem-se revelado como uma importante ferra-menta de planeamento a diferentes níveis, ao permitir analisar os fenómenos sob diferentes perspectivas.
No entanto, não existe uma única desagregação geográfica ideal para a aná-lise da distribuição dos dados em saúde sendo necessário adequar sempre a escala de análise a um conjunto de factores dos quais se destaca (i) o tipo de dados; (ii) a natureza do fenómeno em estudo; (iii) os objectivos da análise; (iv) as limitações no acesso à informação; (v) o tempo estipulado para a realização da análise, entre outros.
A escolha da escala de análise condiciona os resultados, podendo exaltá-los ou dissimulá-los, e gerar respostas que apenas são válidas a esse mesmo nível. Por exemplo, para um conjunto de pressupostos, a análise dos dados ao nível do concelho pode ser a mais adequada por permitir estudar mais pormenori-zadamente alguns aspectos relacionados com o evento de saúde sem se perder informação e sem apresentar a instabilidade das estimativas de risco inerentes ao estudo de pequenos números em áreas mais reduzidas. No entanto, para um outro conjunto de pressupostos poderá só fazer sentido a análise a grandes esca-las devido ao reduzido número de casos ou à dificuldade de os padronizar em relação a áreas mais pequenas.
01. Nota Introdutória Atlas do Plano Nacional de Saúde 007
• Divisões Administrativas
A constituição das divisões administrativas ao longo dos séculos não é linear nem consensual. Julga-se que os distritos, enquanto divisão, datam de 1835 extinguindo as províncias e comarcas que existiam até então, que os concelhos têm a sua origem nas cartas de foral que os reis atribuíam a certas terras e aos territórios limítrofes, de forma a estabelecer a sujeição destes apenas à Coroa e as freguesias na rede paroquial fixada no séc. XI e depois documentada nas Inqui-rições do séc. XII.
No entanto, foi apenas em 1976 com a Constituição da República que Portugal se organizou nas divisões que se mantêm até hoje.
Actualmente, existem em Portugal Continental 18 distritos, 278 concelhos e 4050 freguesias.
Limites administrativos:
Limite de DistritoLimite de ConcelhoLimite de Freguesia
Figura 1. Distritos, Concelhos e Freguesias de Portugal Continental (2009)
Fonte: Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (2009)
ALTO COMISSARIADO DA SAÚDE
01. Nota Introdutória Atlas do Plano Nacional de Saúde008
• NUTS
Em 1986 (Resolução de Conselho de Ministros nº34/86 de 5 de Maio), foi criada, no âmbito da CEE, entre o Office Statistique, os serviços da Comissão e os Estados Membros uma norma comum, que se designa por Nomenclatura das Uni-dades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS). Estas unidades geográficas foram definidas com o objectivo de uniformizar as delimitações espaciais adoptadas pelos diversos sectores administrativos nacionais bem como a adopção de regras e procedimentos estatísticos comuns às Comunidades Europeias, permitindo a comparação da informação. Esta nomenclatura constitui a matriz delimitadora da recolha e compilação da informação estatística de base regional e é constituída por três níveis de agregação para unidades territoriais (níveis I, II e III).
D.L. de 1999 D.L. de 2002
Norte
Centro
Alentejo
Algarve
Lisboa e Vale do Tejo
Centro
Norte
Alentejo
Algarve
Lisboa
Limites administrativos:
NUT IIINUT II
Figura 2. NUTS II e III, segundo a legislação de 1999 e de 2002
Fonte: Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (2009), DL 163/99 de 13 de Maio, DL 317/99 de 11 de Agosto, DL 244/2002 de 5 de Novembro
ALTO COMISSARIADO DA SAÚDE
01. Nota Introdutória Atlas do Plano Nacional de Saúde 009
Em 1989 (D.L. nº 46/89 de 15 de Fevereiro) alterou-se a constituição das NUTS definidas em 1986, por não haver correspondência entre os seus limites e as regi-ões e zonas agrárias que constituem à data uma parcela significativa da compila-ção nacional de informação estatística de base regional.
Em 1999 (D.L. nos 163/99 e 317/99 de 13 de Maio e de 11 de Agosto, respec-tivamente) é definida uma nova delimitação das NUTS na sequência da anterior criação dos municípios de Vizela, Trofa e Odivelas e da passagem do concelho de Gavião da Região de LVT para o Alentejo.
Em 2002 (D.L. nº 244/2002 de 5 de Novembro), as NUTS sofreram uma rees-truturação em virtude das alterações na estrutura administrativa do País bem como o perfil socioeconómico das Regiões, embora se continuassem a utilizar em diversas situações as antigas NUTS. Os concelhos constituintes das Regiões Norte e Algarve mantiveram-se enquanto alguns de Lisboa e Vale do Tejo passaram para o Centro e outros para o Alentejo. As novas NUTS II passaram-se a designar Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve.
• Comarcas
O Instituto Nacional de Medicina Legal é uma das fontes produtoras de infor-mação estatística à qual o ACS solicita informação, havendo mesmo um indicador do PNS 2004-2010 cujos dados são recolhidos por esta instituição (Número de Mortes por Acidentes de Viação atribuíveis ao Álcool).
A informação disponibilizada por esta instituição encontra-se organizada por Delegações do INML – Norte (Porto), Centro (Coimbra) e Sul (Lisboa) – que inte-gram os Gabinetes Médico-Legais.
O Decreto-Lei nº 131/2007, de 27 de Abril, define a área de actuação de cada uma destas Delegações e a localização dos Gabinetes Médico-Legais (31, incluindo ilhas), segundo Comarcas.
De acordo com a Proposta de Lei nº124 de 2008, o Governo propõe uma nova matriz territorial das circunscrições judiciais que agrega as actuais comarcas em circunscrições territoriais de âmbito geográfico mais alargado, tendo por base o modelo de organização territorial das Nomenclaturas de Unidade Territorial Para Fins Estatísticos III (NUTS III). Passam a existir cinco distritos judiciais, delimitados a partir das NUTS II, e 39 circunscrições de base, em resultado da agregação das actuais 231 comarcas.
ALTO COMISSARIADO DA SAÚDE
01. Nota Introdutória Atlas do Plano Nacional de Saúde010
• Regiões de Saúde
Em 1982 (D.L. nº254/82 de 29 de Junho) são criadas as Administrações Regio-nais de Saúde (ARS), que vêm substituir as antigas Administrações Distritais de Serviços de Saúde (definidas em 1975). Segundo o diploma, as novas ARS tinham como território de actuação o distrito enquanto não fossem criadas as regiões administrativas previstas na Constituição da República.
Em 1990 a publicação da Lei de Bases da Saúde (D.L. nº 48/90 de 24 de Agosto) prevê a organização do sistema de saúde em Regiões de Saúde que poderiam ser divididas em sub-regiões de saúde, de acordo com as necessidades das popula-ções e a operacionalidade do sistema.
D.L. de 1993 D.L. de 2007
Limites administrativos:
Administração Regional de Saúde
Norte
Centro
Alentejo
Algarve
Lisboa e Vale do Tejo
Lisboa e Vale do Tejo
Centro
Norte
Alentejo
Algarve
Figura 3. Regiões de Saúde, segundo a legislação de 1993 e de 2007
Fonte: Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (2009), DL 11/93 de 15 de Janeiro, DL 222/2007 de 29 de Maio
ALTO COMISSARIADO DA SAÚDE
01. Nota Introdutória Atlas do Plano Nacional de Saúde 011
Em 1993 com a publicação do estatuto do Serviço Nacional de Saúde (Decreto-Lei n.º 11/93, de 15 de Janeiro) criam-se novas ARS e extinguem-se as de 1982. De acordo com o novo diploma, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) passa a organizar-se em 5 Regiões de Saúde (e respectivas ARS) que por sua vez se dividem em 18 sub-regiões de saúde: a) Norte (Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real; b) Centro (Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu; c) Lisboa e Vale do Tejo (Lisboa, Santarém e Setúbal; d) Alentejo (Beja, Évora e Portalegre; e) Algarve (Faro).
Em 1995, as ARS passam a ter delimitação geográfica correspondente às uni-dades de nível II da NUTS, previstas no Decreto-Lei Nº 46/1989, de 15 de Fevereiro.
Em 2007 (de acordo com o D.L. nº 222/2007 de 29 de Maio), a jurisdição ter-ritorial da área de influência das Administrações Regionais de Saúde (ARS) passa a corresponder às NUTS II previstas no D.L. nº 317/99 de 11 de Agosto.
• ACES
A Lei Orgânica do Ministério da Saúde aprovada pelo Decreto-Lei n.º 212/2006 de 27 de Outubro e alterada pelo Decreto-Lei n.º 234/2008 de 02 de Dezembro consagra a extinção progressiva das sub-regiões de saúde, por diploma próprio, até 31 de Dezembro de 2007.
A extinção das Sub-Regiões de Saúde, aliada à necessidade de criar órgãos de gestão mais flexíveis e mais próximos do cidadão implicou um novo desenho do modelo organizacional dos centros de saúde.
Em 2008 o D.L. nº 28/2008 de 22 de Fevereiro cria os Agrupamentos de Cen-tros de Saúde (ACES), serviços públicos de saúde que agrupam um ou mais cen-tros de saúde.
O diploma fixa em 74 o número máximo de ACES, sendo a delimitação da sua área geográfica por portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças, Administração Pública, Administração Local e Saúde, ouvidos os municípios da área abrangida, sob proposta fundamentada do conse-lho directivo da respectiva ARS, I. P.
A delimitação geográfica dos ACES deve corresponder a NUTS III, a um agru-pamento de concelhos ou a um concelho, considerando a necessidade de gestão mais eficiente dos recursos disponíveis e dos factores geodemográficos.
Podem ainda ser criados ACES correspondentes a grupos de freguesias, ouvido o município respectivo.
ALTO COMISSARIADO DA SAÚDE
01. Nota Introdutória Atlas do Plano Nacional de Saúde012
A. Trás os Montes IA. Trás os Montes IIDouro IDouro IIAlto Minho
Ave I
Ave IIAve III
Cávado ICávado IICávado III
Grande Porto IGrande Porto IIGrande Porto IIIGrande Porto IVGrande Porto VGrande Porto VIGrande Porto VIIGrande Porto VIII
Matosinhos
Baixo Vouga IBaixo Vouga IIBaixo Vouga III
Beira Int. Norte IBeira Int. Norte IIBeira Interior Sul
Baixo Mondego IBaixo Mondego IIBaixo Mondego III
Cova da Beira
E. Douro e Vouga IE. Douro e Vouga II
Dão Lafões IDão Lafões IIDão Lafões III
Grande Porto IX
Médio Tejo IMédio Tejo II
Oeste I
Oeste II
Pinhal Int. Norte IPinhal Int. Norte IIPinhal Int. Sul
Pinhal Litoral IPinhal Litoral II
Serra da Estrela
Alentejo Central IAlentejo Central IIBaixo AlentejoAlentejo LitoralAlgarve IAlgarve IIAlgarve III
Grande Lisboa IGrande Lisboa IIGrande Lisboa IIIGrande Lisboa IVGrande Lisboa VGrande Lisboa VIGrande Lisboa VIIGrande Lisboa VIIIGrande Lisboa IXGrande Lisboa XGrande Lisboa XIGrande Lisboa XII
Lezíria ILezíria II
Norte Alentejano
P. Setúbal IP. Setúbal IIP. Setúbal IIIP. Setúbal IV
Tâmega ITâmega IITâmega III
Agrupamentos deCentros de Saúde:
Em Anexo a este Atlas disponibiliza-se a tabela com a correspondência entre os concelhos e as diversas desagregações geográficas identificadas.
Figura 4. Agrupamentos de Centros de Saúde, segundo a legislação de 2008
Fonte: Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (2009), Diário da República (1ª série) nº 54 de 18 de Março de 2009, Portarias 272 a 276
ALTO COMISSARIADO DA SAÚDE