ATUALIZAÇÃO TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
04/27/23
Liú Campello Porto - ESCS – HMIBwww.paulomargoto.com.br
Brasília, 26 de novembro de 2014
Problema de saúde pública Incidência de 1,5/1000 nascidos vivos
108 paises /14 M de nascimentos(World Health Organ 2013)
• Prevenção primária: Orientação higieno-dietética para gestantes
• Prevenção secundária: Tratamento fetal• Prevenção terciária: Tratamento pós-natal
– investimento França e Áustria => queda da prevalência
Capretti 2014 • Triagem PN mesmo em países de baixa incidência• (Navarro 2011, Capretti 2014 , Sagel 2012)
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Qual a forma de prevenção mais eficaz?
Prevenção primária– Água tratada (Krueger W.S., Kijlstra A. 2014)
– Verduras: somente cozidas (> 55º C)!
• NÃO há destruição dos oocistos por congelamento ou higienização
(Maenz 2014)
-Hipótese: transmissão sexual do T. gondii (taquizoítos no sêmen)
(Flegr, J.a. 2014) 17/10/02 Liú Campello de Mello 13
06/09/02 Liú Campello de Mello 4
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Manifestações clínicas PTRCIU%
BP HE Ict Microcrania
Calcif Hidrocefalia
Atraso DNPM
Convulsão
Altpsiquiátri
ca38 62 14 7 27 10 45 27
33 43
23OR 3
23 23OR 21
58OR 75
48OR 53
25OR 18
0.58
Navarro 2014 (23 cç)Caldeira 2011 (58 cç)Campello Porto 2013 (519 cç)
10%
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Manifestações clínicas e as cepasGestantes imunes podem adquirir a infecção?
Tipo I maior virulência (Jones 2014)
P30 e ROP18 resposta linfocítica especifica (CD4+ e CD8 + ) e produção de citocinasSorotipo NE-II
prematuridade e severidade (NCCCTS 2012)
Cepas atípica reinfecção de gestante imune
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Tipo I, II, IIIDiversos sorotipos
Manifestações clínicas e imunologia do hospedeiro
Gene NALP1 •alelos suscetíveis à toxoplasmose•produção de citocinas => progressão da infecção (Witola2011)
Gene ALOX12 • Alterações psiquiátricas (esquizofrenia, bipolar e suicídio) •diminuição da expressão de receptores de dopamina (Witola2014)
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MANIFESTAÇÕES OCULARES% RC Vitreíte Visão
sub normal
estrabismo nistagmo ptose microftalmia
Soares201135 cç
35 50 29 12
Caldeira201258 cç
40 70 1 1
Navarro 2014 23 cç
58 16 55 32 19
Campello Porto 2012 524 cç
64OR 215
15OR 32
Faucher 2012 27 cç
19 30
Berrébi 2010666 cç
26
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Por que as manifestações oculares são mais severas América do Sul (Brasil) ?
Brasil lesões oculares mais severas do que na Europa Tipo I
Sorotipo NE-II > incidência de RCCepas com tropismo ocular e neuronal (Pfaff 2014)
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Qual a idade mais frequente de aparecimento das lesões oculares?Quais pacientes terão recidivas?
Faucher 201227 crianças
19 8,7 12
1ª LESÃO Ao nascimento Antes 5 anos Antes 10 anos
Berrébi 2010 39 85 96
666 Cç tratadas
Severidade associada a infecção precoce na gestação, tratamento tardio, presença de sinais clínicos e RC ao nascimento, tratamento pós natal de curta duração
Recidivas Presença ao nascimento
Tratamento fetal Tratamento pós-natal
Campello Porto 201359 cç
Risco de recidiva 19 vezes maior
Fator Protetor Não Fator Protetor
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Diagnóstico?
IgM Sensibilidade 62-85%
>3,0 UI/mL => TC
• Teste do papel filtro (“teste da mamãe” e
“teste do pezinho”)
Reis 2013, Lago 2014
Imunoensaio• Maior sensibilidade
especificidade
• BioPlex - Bio-Rad lab- França
Garin 2014
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Teste de Avidez
• antes do tratamento
• Resultado Baixa Avidez => TC• Resultado Alta Avidez => sem correlação com TC
• Vidas –bioMérieux
• C R N T 2014
Teste de Avidez Western Blot
• Identifica a Molecula rGRA-7 taquizoíto
• recomLine, Germany• Platelia ELISA (BioRad, USA)
• Deshpand P 2013
Teste de Avidez convencional
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Testes moleculares
• Diagnóstico de soroconversão precoce
• Diferencia Ac materno/RN
• Touafek F 2011 Khammari 2013
PCR
• Liquido Amniótico– S= 86%– E= 100% = Infecção
fetal
• Sangue- Associado à Retinocoroidite
• Montpellier 2012Remington 2013
Imunoblot
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Tratamento Probabilidade % Risco de TC (modelo univariado)
Ausência de tratamento fetal
16 9.0
Tratamento iniciado no 1º trim
3.2
Tratamento iniciado no 2º trim
6.5 2.0
Tratamento iniciado no 3º trim
11.3 3.0
Continuo 6.3
Interrompido 10 0.33
Campello Porto 201204/27/23 Liú Campello Porto - ESCS - HMIB
Qual o manejo clínico?
Espiramicina
Pirimetamina + sulfadiazina + ácido folínico
Triagem mensal e tratamento
precoceMenor
severidadade
Wallon M 2013
Diminuição da taxa de
transmisssão
Comprovação de infecção
fetal (PCR LA e US)
Soroconversão na gestante
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Tratamento pós-natal? Quando?
Gestante IgM +sem diagnóstico
fetal (PCR e US)Não tratar imediatamente
Doses terapêuticas
Pirimetamina
Ác. folínico
Sullfadiazina
7.5 mg 2 vezes/sem
100mg/Kg/dia
0.3 – 1.0 mg/Kg /dia
Wallon 2013, Lipka 2014 B.) a B.)
Gestante IgM +
Iniciar tratamento após nascimentoRN IgM +RN IgG + com
sinais clínicos
04/27/23 Liú Campello Porto - ESCS - HMIB 10 mg 3 vezes/sem
Como tratar lesão ocular ativa?Tratamento
• Pirimetamina+ sulfadiazina + prednisona
• Sulfametoxazol+trimetoprim+prednisolona
• Intravítreo de clindamicina: evita efeitos colaterais, mais rápido e eficaz
• 1 aplicaçao a cada 1 ou 2 sem
Prevenção das recidivas
• Sulfametoxazol + trimetoprim
• Esquema tríplice 14 meses América do Sul
• Intravitreo: clindamicina e dexametasona 6 semanas. Regressão = a tratamento sistêmico
• Drogas em estudo: artemísia e artemisona Maenz 2014
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• Esquema tríplice por 1 ano
• HC = mensal• FO
• Esquema tríplice por 2 anos
• HC = mensal• FO
Acompanhamento
1º ao 5º ano trimestral > 6º ano semestral
1º ano mensal2º ano bimestral3º ano trimestral
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liucampello.blogspot.com
Obrigada !
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