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CURSO DIREITO TRIBUTÁRIO – TEORIA E EXERCÍCIOS AFRF (ESAF) PROF. ALBERTO MACEDO

AULA 11 – GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO – ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

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Conteúdo

1. GARANTIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ......................................... 2

1.1. PRESUNÇÃO DE FRAUDE NA ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO DE BENS OU RENDAS ........................................................................................... 5

1.2. PENHORA ON-LINE ..................................................................... 5

1.3. PROVA DE QUITAÇÃO DE TODOS OS TRIBUTOS ............................. 6

2. PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO .................................... 10

2.1. NA FALÊNCIA ............................................................................ 11

2.2. NOS PROCESSOS DE INVENTÁRIO E ARROLAMENTO ...................... 15

2.3. NOS PROCESSOS DE LIQUIDAÇÃO JUDICIAL OU VOLUNTÁRIA ........ 17

2.4. CONCURSO DE PREFERÊNCIA ENTRE PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO ............................................................................ 17

1. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ................................................... 32

1.1. FISCALIZAÇÃO .......................................................................... 32

1.2. DÍVIDA ATIVA ........................................................................... 42

1.3. CERTIDÕES NEGATIVAS ............................................................. 47

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1. GARANTIAS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza ou das características do tributo a que se refiram. Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda.

GARANTIAS do crédito tributário => Normas que tratam de proteger o

direito do Estado de haver o crédito tributário que lhe é devido.

As garantias previstas no CTN NÃO SÃO UMA LISTA TAXATIVA, porque o próprio CTN permite à lei ordinária dos entes políticos (U, E, DF, M) prever outras.

Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.

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TOTALIDADE DOS BENS E DAS RENDAS RESPONDE PELO PAGAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: Não é só o bem envolvido no tributo que responde, mas a totalidade dos bens e rendas. Exemplo: Se eu tenho uma dívida de IPTU que ultrapassa o próprio valor do bem imóvel, isso não impede de eu ser cobrado no valor total da dívida. RESPONDEM PELO PAGAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO...

...do SUJEITO PASSIVO, seu ESPÓLIO, ou

sua MASSA FALIDA,...

...de QUALQUER origem ou natureza,...

... a TOTALIDADE dos bens e das rendas,...

...INCLUSIVE os gravados por ÔNUS REAL ou

CLÁUSULA de INALIENABILIDADE ou

IMPENHORABILIDADE,...

...SEJA QUAL FOR A DATA da constituição do ônus ou

da cláusula,...

...EXCETUADOS unicamente os bens e rendas que a LEI declare ABSOLUTAMENTE

IMPENHORÁVEIS.

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ÔNUS REAIS => São obrigações que limitam a fruição e a disposição da

propriedade. Representam direitos sobre coisa alheia e prevalecem erga omnes. Exemplos: servidão predial, enfiteuse, usufruto, uso, habitação, superfície, hipoteca, penhor e anticrese.

Assim, num imóvel hipotecado, ou seja, dado em garantia a uma dívida que seu proprietário possui, a hipoteca (garantia real que o credor tem de que o devedor honrará a dívida) não prevalece sobre a dívida tributária que o proprietário possua.

BENS IMPENHORÁVEIS ≠ BENS ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS BENS ABSOLUTAMENTE IMPENHORÁVEIS => art.649, exceto seu inciso I, CPC: (i) Móveis, pertences e utilidades domésticas que guarnecem a

residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;

(ii) Vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;

(iii) Vencimentos, subsídios, soldos, salários, remunerações, proventos de aposentadoria, pensões, pecúlios e montepios; as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, exceto quando em caso de penhora para pagamento de prestação alimentícia;

(iv) Livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício de qualquer profissão;

(v) Seguro de vida; (vi) Materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas

forem penhoradas; (vii) Pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que

trabalhada pela família; (viii) Recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação

compulsória em educação, saúde ou assistência social;

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(ix) Quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários mínimos;

(x) Recursos públicos do fundo partidário recebidos, nos termos da lei, por partido político.

Como o art.184, CTN, fala que inclusive os gravados por cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade respondem pelo crédito tributário, os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, apesar de absolutamente impenhoráveis pelo art.649, I, CPC, respondem também pelo crédito tributário, POIS PREVALECE A NORMA GERAL TRIBUTÁRIA, com força de lei complementar.

1.1. PRESUNÇÃO DE FRAUDE NA ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO DE BENS OU RENDAS

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

NOTIFICADO OFICIALMENTE o sujeito passivo a respeito DA INSCRIÇÃO do crédito na Dívida Ativa da Fazenda Pública, qualquer começo de alienação ou oneração do bem ou renda gozará de PRESUNÇÃO ABSOLUTA de fraude. A fraude É AFASTADA se o devedor comprovar que reservou bens ou rendas suficientes para o pagamento da dívida inscrita.

1.2. PENHORA ON-LINE

Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a

indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades

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que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído pela LC nº 118, de 2005) § 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite. (Incluído pela LC nº 118, de 2005) § 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade

houverem promovido. (Incluído pela LC nº 118, de 2005) Órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens => REGISTRO PÚBLICO DE IMÓVEIS; DETRAN Autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais => BANCO CENTRAL, COMISSÃO DE VALORES IMOBILIÁRIOS Quando a Procuradoria do ente político ajuíza a ação de execução fiscal, instruída com a Certidão de Dívida Ativa, e o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal ou não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz se vale de um sistema informatizado chamado “Bacen Jud”, disponibilizado pelo Banco Central, para que o juiz faça o bloqueio da conta bancária do devedor, ATÉ O LIMITE do valor total exigível.

1.3. PROVA DE QUITAÇÃO DE TODOS OS TRIBUTOS

Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de todos os tributos.

A exigência da prova de quitação dos tributos deve ser feita por aqueles que têm o poder de controle sobre certos atos judiciais ou administrativos.

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É o caso do juiz no processo de falência, que encerra a falência por sentença, se aprovadas as contas do administrador judicial (art.156, Lei 11.101/2005).

Art. 191-A. A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei.

Conforme o art.47 da Lei 11.101/2005, “a recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica”. A Recuperação Judicial é concedida por decisão judicial. Mais uma vez, o juiz com o poder-dever de exigir a prova da quitação dos tributos. Art.151, CTN => Suspensão de exigibilidade do crédito tributário Art.205, CTN => Prova de quitação de tributo por certidão negativa Art.206, CTN => Certidão positiva com efeito de negativa Ou seja, se houver alguma hipótese de suspensão de exigibilidade e a consequente certidão positiva com efeito de negativa emitida, essa situação equivale à prova de quitação de tributos exigida para a concessão de recuperação judicial, nos termos do art.191-A, CTN.

Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas.

O juiz que tem que proferir a sentença de homologação de partilha ou adjudicação também tem o poder-dever de exigir a prova da quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas. Essa exigência também há para a partilha amigável (extrajudicial), nos termos do art.1.031, CPC:

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Art. 1.031. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos do art. 2.015 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, será homologada de plano pelo juiz, mediante a prova da quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas

rendas, com observância dos arts. 1.032 a 1.035 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.441, de 2007)

Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre.

Aqui, em vez do juiz, a cobrança da exigência recai sobre a autoridade administrativa. O dispositivo do CTN fala em quitação dos tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. Por aqui, se uma empresa quisesse celebrar contrato de fornecimento de sua mercadoria para um Estado, bastaria que estivesse somente com as obrigações relativas ao ICMS em dia. Mas, na verdade, a Lei 8.666/1993 prevê a necessidade de prova de regularidade fiscal com as três Fazendas, federal, estadual e municipal, para habilitação nas licitações (art.27, IV, c/c art.29, III), ou seja, mais exigente que o art.193, CTN.

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EXIGÊNCIA DA PROVA DE QUITAÇÃO DOS TRIBUTOS:

01- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL TRIBUTÁRIO ESAF) O crédito tributário, face à sua importância como principal fonte de receita no orçamento público, é cercado de diversos privilégios e garantias. Sobre esses, é incorreto afirmar-se que: (A) como regra, respondem pelo seu pagamento a totalidade dos bens e de rendas, de qualquer natureza ou origem, do sujeito passivo. (B) na execução fiscal, existe hipótese em que o juiz pode decretar a indisponibilidade dos bens e direitos do sujeito passivo. (C) a existência de um rol de disposições no Código Tributário Nacional pertinente às garantias e privilégios do crédito tributário não impede o surgimento posterior de outras, referentes a tributos específicos, em suas respectivas leis de regência. (D) nos casos de falência, o crédito tributário e todos os seus acréscimos legais encontram-se igualmente posicionados na ordem de preferência. (E) os créditos trabalhistas preferem ao crédito tributário. Resolução (A) CORRETO. Art.184, CTN.

Extinção das obrigações do falido

Concessão de Recuperação Judicial

Sentença de Julgamento de Partilha

ou Adjudicação

Contrato ou Proposta

em Concorrência Pública

Juiz

Departamento da Administração Pública da U, E, DF, M, ou

Autarquia

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(B) CORRETO. na execução fiscal, existe hipótese (DE O DEVEDOR TRIBUTÁRIO, DEVIDAMENTE CITADO, NÃO PAGAR NEM APRESENTAR BENS À PENHORA NO PRAZO LEGAL E NÃO FOREM ENCONTRADOS BENS PENHORÁVEIS) em que o juiz pode decretar a indisponibilidade dos bens e direitos do sujeito passivo (art.185, CTN). (C) CORRETO. a existência de um rol de disposições no Código Tributário Nacional pertinente às garantias e privilégios do crédito tributário não impede o surgimento posterior de outras, referentes a tributos específicos, em suas respectivas leis de regência (art.183, CTN). (D) INCORRETO. nos casos de falência, o crédito tributário e todos os seus acréscimos legais DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO encontram-se igualmente EM POSIÇÃO distinta, na ordem de preferência. A multa tributária só prefere os créditos subordinados (art.186, parágrafo único, III, CTN). (E) CORRETO. Art.186, caput, CTN. GABARITO: D

2. PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Preferências Art.186, caput. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. [...]

Quando há falência, recuperação judicial, inventário, arrolamento e liquidação de empresas, há cobrança coletiva de créditos, e aí, aplicam-se essas regras de preferência. - Os vencimentos dos créditos são antecipados - Os créditos são ordenados em classes - Só se passa a pagar para a classe seguinte quando a classe acima foi integralmente paga

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Pelo art.187, caput, CTN, “A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento”. Isso quer dizer que os credores em geral têm que ter seus créditos habilitados na cobrança coletiva de créditos, ou seja, no processo que tramita no juízo universal. Mas a Fazenda Pública não necessita disso. A Ação de Execução Fiscal proposta pela Fazenda Pública continua seu curso, sendo uma exceção àquele juízo universal. Mas, como o crédito tributário não tem preferência absoluta (o que veremos a seguir), se satisfeito o credor (Fazenda Pública) no processo de execução fiscal, esse crédito tributário é remetido ao juízo falimentar para lá ser distribuído conforme a ordem legal de preferência (REsp 399.724 RS).

2.1. NA FALÊNCIA

Art.186, Parágrafo único. Na falência:

FALÊNCIA

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

INVENTÁRIO ou ARROLAMENTO

LIQUIDAÇÃO DE

EMPRESAS

COBRANÇA C

OLE

TIV

A

DE C

RÉDIT

OS

(Juízo U

niver

sal)

REGRAS S

OBRE O

S P

RIV

ILÉGIO

S D

O

CRÉDIT

O T

RIB

UTÁRIO

(a

rt.1

86 a

190, CTN)

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I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e III – a multa tributária prefere apenas aos créditos

subordinados. 2.1.1. Créditos Extraconcursais O art.188, caput, CTN, traz a definição de créditos tributários extraconcursais:

Art. 188, caput. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. [...]

Mas o conceito de créditos extraconcursais é mais amplo, abrangendo, por exemplo, quaisquer créditos que surgiram em decorrência da administração da massa falida, após a decretação da falência. Entre esses, podemos citar (i) as remunerações devidas ao administrador judicial da massa falida e aos seus auxiliares e (ii) os créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência (créditos trabalhistas extraconcursais) (art.84, I, Lei nº 11.101/2005) A lista completa dos créditos extraconcursais na falência encontra-se no art.84 da Lei nº 11.101/2005. 2.1.2. Importâncias Passíveis de Restituição As IMPORTÂNCIAS PASSÍVEIS DE RESTITUIÇÃO são os bens pertencentes a terceiros que no momento da decretação da falência estavam sob o poder do devedor. Também se incluem neste conceito a coisa vendida a crédito que foi entregue ao devedor dentro dos 15 dias anteriores ao requerimento de falência, caso ainda não alienada, conforme art.85, Lei 11.101/2005.

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2.1.3. Créditos Com Garantia Real, No Limite do Valor do Bem Gravado Se um banco efetua empréstimo para uma empresa, e para garantir esse empréstimo, constitui-se, em garantia, hipoteca (espécie de garantia real) sobre imóvel da empresa, o crédito decorrente dessa garantia real prevalece sobre o crédito tributário, até o limite do valor do bem imóvel. Lembre-se: Garantia real constituída após a inscrição do crédito tributário em dívida ativa = PRESUNÇÃO DE FRAUDE. 2.1.4. Créditos Decorrentes de Legislação do Trabalho – Limite de 150 Salários Mínimos Por Credor Limites e condições créditos legislação trabalhista (art.186, parágrafo único, II, CTN) =>

Limite de 150 salários mínimos por credor, para evitar abusos ao se considerar de natureza alimentícia salários milionários (art.83, I, Lei 11.101/2005).

2.1.5. Crédito Tributário Extraconcursal Contestado

Art.188, § 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não

puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada. § 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de concordata.

O crédito tributário extraconcursal, surgido no decorrer do processo de falência, deve ser pago ou contestado imediatamente pela massa falida, pois ainda não está definitivamente constituído. Se contestado, não vai ser no juízo falimentar, mas sim no juízo especializado em matéria tributária.

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A partir do exposto acima, temos a seguinte ordem de preferência dos créditos, na FALÊNCIA:

Detalhes sobre essa classificação podem ser vistos no art.83 da Lei nº 11.101/2005.

2º) Créditos com garantia real, até o limite do valor do bem gravado

3º) Créditos tributários, excetuadas as multas tributárias

4º) Créditos com privilégio especial

5º) Créditos com privilégio geral

8º) Créditos subordinados

1º) Créditos da Legislação do Trabalho, limitados até 150 salários mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho

6º) Créditos quirografários

7º) Multas contratuais, multas tributárias e penas pecuniárias por infração de leis penais ou administrativas

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2.2. NOS PROCESSOS DE INVENTÁRIO E ARROLAMENTO

Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento. Parágrafo único. Contestado o crédito tributário, proceder-se-á na forma do disposto no § 1º do artigo anterior.

Processo de INVENTÁRIO => processo onde se avaliam bens do de cujus e, depois de pagos os impostos, as dívidas e as despesas forenses, partilha-se entre os sucessores o que sobrar. Processo de ARROLAMENTO => procedimento simplificado, quando há acordo entre herdeiros maiores e capazes sobre a partilha e os valores ou valor dos bens não ultrapassa um mínimo legal (arts.1.031 a 1038, CPC).

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Lembra-se do diagrama da responsabilidade tributária pessoal do espólio, do sucessor e do cônjuge meeiro, na Aula 09? FG1 FG2 FG = FATO GERADOR Em momento 1, nem há de cujus ainda: O vivo é o contribuinte Em momento 2, existe o espólio: Para FG1: DE CUJUS - CONTRIBUINTE ESPÓLIO - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA PESSOAL (art.131, III, CTN) Para FG2: ESPÓLIO - CONTRIBUINTE INVENTARIANTE - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA “SOLIDÁRIA” (art.134, IV, CTN) Em momento 3: Para FG1: DE CUJUS - CONTRIBUINTE SUCESSOR E MEEIRO - RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA PESSOAL (art.131, II, CTN)

MORTE =

ABERTURA DA

PARTILHA

Momento 1 Momento 2 Momento 3

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Então, “os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio, exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento” de que fala o art.189, caput, CTN, são aqueles de FG1 e FG2. Se houver crédito tributário contestado, deve-se proceder da mesma forma prevista no §1º do art.188, CTN (art.189, parágrafo único, CTN).

2.3. NOS PROCESSOS DE LIQUIDAÇÃO JUDICIAL OU VOLUNTÁRIA

Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da liquidação.

Ocorre a liquidação da pessoa jurídica de direito privado quando seu ativo é transformado em dinheiro a fim de ser distribuído aos sócios, depois de efetuados os pagamentos de todas as dívidas e encargos da sociedade. ATENÇÃO: NA LIQUIDAÇÃO, A PREFERÊNCIA É ABSOLUTA PARA OS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS.

2.4. CONCURSO DE PREFERÊNCIA ENTRE PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO

Art. 187. Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: I - União; II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; III - Municípios, conjuntamente e pró rata.

Os credores em geral têm que ter seus créditos habilitados na cobrança coletiva de créditos. Mas a Fazenda Pública não necessita disso. O que há é o concurso de preferência ocorre entre as Fazendas Públicas dos entes federados.

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Esse tratamento diferenciado privilegiando, primeiro a União, e depois, os Estados, Distrito Federal e Territórios, foi considerado constitucional pelo STF, ainda na vigência do ordenamento anterior (Emenda Constitucional 01/1969 à CF1967), conforme súmula 563:

O concurso de preferência a que se refere o parágrafo único do art.187 do Código Tributário Nacional é compatível com o disposto no art. 9º, I, da Constituição Federal.

O art.29 da Lei 6.830/1980 estendeu a essas pessoas jurídicas de direito público às respectivas autarquias, o que o STF entendeu não extrapolar o trazido pelo CTN (RE 54.990 SP). Nesse concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público, se sobrar algum crédito após a União ter seus créditos satisfeitos, esse saldo restante é dividido proporcionalmente entre Estados e Distrito Federal proporcionalmente, conforme o valor do crédito de cada um. Se sobrar algum crédito após os Estados e o Distrito Federal terem seus créditos satisfeitos, esse saldo restante é dividido proporcionalmente entre os Municípios proporcionalmente, conforme o valor do crédito de cada um. 02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 2005 ESAF) Consoante o caput do art. 186 do Código Tributário Nacional, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. Entretanto, por força de alteração legislativa havida recentemente no referido artigo, e de súmula editada pelo Superior Tribunal de Justiça, pode-se afirmar que, na falência, o crédito tributário: (A) Prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado. (B) Para que possam preferir ao crédito tributário, os créditos decorrentes da legislação do trabalho serão limitados à quantia equivalente a 100 (cem) salários-mínimos. (C) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a habilitação em processo de falência. (D) Não prefere à restituição de adiantamento de contrato de câmbio, que deve ser atendida antes de qualquer crédito. (E) A multa tributária não prefere aos créditos subordinados.

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Resolução (A) ERRADO. NÃO Prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado (art.186, parágrafo único, I, in fine, CTN). (B) ERRADO. Para que possam preferir ao crédito tributário, os créditos decorrentes da legislação do trabalho serão limitados à quantia equivalente a 100 150 (cem cento e cinquenta) salários-mínimos (art.186, parágrafo único, II, CTN c/c art.83, I, Lei 11.101/2005). (C) ERRADO. A cobrança judicial do crédito tributário NÃO é sujeita a habilitação em processo de falência (art.187, caput, CTN). (D) CERTO. Não prefere à restituição de adiantamento de contrato de câmbio, que deve ser atendida antes de qualquer crédito. É o teor da Súmula 307, STJ:

A restituição de adiantamento de contrato de câmbio, na falência, deve ser atendida antes de qualquer crédito.

(E) ERRADO. A multa tributária não prefere APENAS aos créditos subordinados (art.186, parágrafo único, III, CTN). GABARITO: D 03- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) Os bens do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida gravados por ônus real respondem pelo pagamento do crédito tributário da Fazenda Pública. ( ) Não se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução, na hipótese de terem sido reservados bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida em fase de execução. ( ) Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas. (A) F, V, F (B) F, F, V (C) F, F, F

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(D) V, V, V (E) V, V, F Resolução (V) Art.184, CTN. (V) Art.185, CTN. (V) Art.192, CTN. GABARITO: D 04- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) Observe as seguintes proposições e verifique se cada uma delas é verdadeira (V) ou falsa (F). Em seguida, assinale a opção que ofereça a seqüência correta. 1.ª - Os créditos tributários devem ser pagos antes do referente a obrigações trabalhistas, rateando-se entre os trabalhadores o resíduo, se o patrimônio do devedor for insuficiente para o pagamento integral do direito destes. 2.ª - Contestado o crédito tributário, o litígio processar-se-á à parte, prosseguindo normalmente o processo de falência; porém reservam-se neste bens suficientes para o total pagamento do crédito tributário e os acréscimos legais, se a massa falida não puder garantir o crédito tributário na forma diferente. 3.ª - Segundo decorre a contrario sensu da letra do Código Tributário Nacional, isoladamente considerada, pode ser admitida proposta, em concorrência pública junto ao Estado, de quem deva tributos somente à União. (A) V, V, V (B) F, V, V (C) F, F, F (D) V, F, F (E) F, F, V Resolução 1.ª – FALSO. Os créditos tributários devem ser pagos antes DEPOIS do referente a obrigações trabalhistas, RESSALVADOS OS CRÉDITOS DERIVADOS DA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO QUE SUPERAREM O LIMITE DE

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150 SALÁRIOS MÍNIMOS POR CREDOR (art.186, caput, CTN, c/c art.83, I, Lei 11.101/2005). OBSERVAÇÃO: ESSE ITEM ERA FALSO TAMBÉM À ÉPOCA DA PROVA, POIS JÁ HAVIA RESSALVA À LEGISLAÇÃO DO TRABALHO E, PELA JURISPRUDÊNCIA, CRÉDITOS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO. 2.ª – VERDADEIRO. (art.188, §1º, CTN). 3.ª - VERDADEIRO. A ALTERNATIVA FALA “ISOLADAMENTE CONSIDERADA” PARA DEIXAR CLARO QUE NÃO QUER CONSIDERAR OUTRA LEGISLAÇÃO A RESPEITO. ENTÃO, CONSIDERANDO SÓ O CTN, OS TRIBUTOS CUJA PROVA DE QUITAÇÃO É NECESSÁRIO SÃO SOMENTE OS DA FAZENDA PÚBLICA INTERESSADA. NESSE SENTIDO, A ALTERNATIVA ESTÁ VERDADEIRA. MAS CABE REGISTRAR QUE A LEI 8.666/1993 PREVÊ A NECESSIDADE DE PROVA DE REGULARIDADE FISCAL COM AS TRÊS FAZENDAS, FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL PARA HABILITAÇÃO NAS LICITAÇÕES (art.27, IV, c/c art.29, III, CTN), OU SEJA, MAIS EXIGENTE QUE O ART.193, CTN. GABARITO: B 05- (ADVOGADO IRB BRASIL RESSEGUROS 2006 DIREITO TRIBUTÁRIOS ESAF) Da obrigação tributária principal decorre o crédito tributário, com a mesma natureza. Sobre a obrigação tributária, nos termos do art. 113 e seguintes do Código Tributário Nacional (Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966), é correto afirmar-se que (A) em processo de falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo falimentar pelo prazo de um ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. (B) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos do Código Tributário Nacional. (C) a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ou não ao fato gerador da respectiva obrigação, desde que se exclua totalmente a responsabilidade do contribuinte. (D) uma vez verificado o nascimento da obrigação tributária, com a realização do fato gerador, o sujeito passivo torna-se imediatamente compelível ao pagamento do tributo pertinente, sendo desnecessária a

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prática de quaisquer atos formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipóteses. (E) a responsabilidade por infrações da legislação tributária somente é excluída pela denúncia espontânea da infração quando acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora. Resolução (A) CERTO. Art.133, §3º, CTN. (B) ERRADO. a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos do Código Tributário Nacional a serem estabelecidos em lei ordinária (art.116, parágrafo único, CTN). (C) ERRADO. a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ou não ao fato gerador da respectiva obrigação, desde que se exclua EXCLUINDO totalmente a responsabilidade do contribuinte OU ATRIBUINDO-A A ESTE EM CARÁTER SUPLETIVO DO CUMPRIMENTO TOTAL OU PARCIAL DA REFERIDA OBRIGAÇÃO (art.128, CTN). (D) ERRADO. PARA o sujeito passivo torna-se imediatamente compelível ao pagamento do tributo pertinente, É NECESSÁRIA a prática DO LANÇAMENTO POR PARTE do sujeito ativo (art.142, CTN). (E) ERRADO. a responsabilidade por infrações da legislação tributária somente é excluída pela denúncia espontânea da infração quando acompanhada, SE FOR O CASO, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora (art.138, CTN). GABARITO: A 06- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF) Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I. O Código Tributário Nacional veda que lei estadual autorize os órgãos da administração pública estadual direta a aceitar proposta em concorrência pública sem que o proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública Estadual, relativos à atividade em cujo exercício concorre. II. Os créditos tributários vencidos e vincendos, exigíveis no decurso do processo de falência, devem ser pagos preferencialmente a quaisquer outros

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e às dívidas da massa, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho e os protegidos por garantia real. III. A cobrança judicial do crédito tributário não está sujeita à habilitação em inventário, exceto se houver herdeiro civilmente incapaz. (A) Somente I é verdadeira. (B) Somente II é verdadeira. (C) Somente I e II são verdadeiras. (D) Somente I e III são verdadeiras. (E) Todas são falsas. Resolução I. FALSA. O Código Tributário Nacional NÃO veda que lei estadual autorize os órgãos da administração pública estadual direta a aceitar proposta em concorrência pública sem que o proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública Estadual, relativos à atividade em cujo exercício concorre. ISSO POR CAUSA DA EXPRESSÃO CONSTANTE NO INÍCIO DO ART.193, CTN: “SALVO QUANDO EXPRESSAMENTE AUTORIZADO POR LEI”. II. FALSA. Os créditos tributários vencidos e vincendos, exigíveis no decurso do processo de falência, devem ser pagos preferencialmente a quaisquer outros e às dívidas da massa (DÍVIDAS DA MASSA SÃO CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS. TÊM PREFERÊNCIA SOBRE OS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS – art.186, parágrafo único, I, CTN), ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho e os protegidos por garantia real (NO LIMITE DO VALOR DO BEM GRAVADO - art.186, parágrafo único, I, CTN) ou do acidente de trabalho (art.186, caput, CTN). III. FALSA. A cobrança judicial do crédito tributário não está sujeita à habilitação, em inventário, exceto se houver herdeiro civilmente incapaz SEM EXCEÇÃO (Art.187, CTN). GABARITO: E 07- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie as afirmações adiante e marque, em seguida, a opção de resposta correta. I. Compete exclusivamente à União instituir contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou

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econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, ressalvada a faculdade conferida aos Estados e ao Distrito Federal para instituir contribuição de intervenção no domínio econômico que se destine ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. II. O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro. III. Na hipótese de não terem sido reservados bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário regularmente constituído e inscrito em dívida ativa. (A) somente I e II são verdadeiras. (B) somente I e III são verdadeiras. (C) somente II e III são verdadeiras. (D) somente III é verdadeira. (E) somente II é verdadeira. Resolução I. FALSA. Compete exclusivamente à União instituir contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, ressalvada a faculdade conferida aos Estados e ao Distrito Federal para instituir contribuição de intervenção no domínio econômico que se destine ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes (art.149, caput, CF88). II. VERDADEIRA. Súmula 112, STJ:

“o depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro”.

III. FALSA. NA ÉPOCA DA PROVA, A ALTERNATIVA ERA FALSA, POIS AINDA NÃO TINHA ADVINDO A LC 118/2005, QUE ALTEROU (ANTECIPOU) O MOMENTO A PARTIR DO QUAL SE PRESUMIA FRAUDULENTA A ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃÕ DE BENS OU RENDAS: DE “crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução” PARA “crédito tributário regularmente constituído e inscrito em dívida ativa” (art.185, CTN). GABARITO: E

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08- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a resposta correta. ( ) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na forma estabelecida pelo Código Tributário Nacional impede que corra o prazo prescricional da ação da Fazenda Pública para cobrança do crédito. ( ) O crédito tributário prefere a qualquer outro, ressalvados os créditos protegidos por garantia real habilitados em processo falimentar e os decorrentes da legislação trabalhista. ( ) Inclui-se na expressão “crédito tributário” a multa moratória imposta em decorrência do não pagamento do tributo na época do vencimento. ( ) Na hipótese de haver herdeiros incapazes civilmente, a cobrança judicial do crédito tributário fica sujeita à habilitação em inventário. (A) F, V, V, V (B) F, F, V, V (C) F, F, F, V (D) V, F, V, F (E) V, V, F, F Resolução (V) PORQUE COM A suspensão da exigibilidade do crédito tributário AINDA NÃO HOUVE A CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. (F) O crédito tributário prefere a qualquer outro, ressalvados os créditos protegidos por garantia real habilitados em processo falimentar e os decorrentes da legislação trabalhista OU DO ACIDENTE DO TRABALHO. (V) Inclui-se na expressão “crédito tributário” a multa moratória imposta em decorrência do não pagamento do tributo na época do vencimento, PORQUE “A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária” (art.113, §3º), e “O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta” (art. 139). (F) A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento (Art. 187, CTN). GABARITO: D

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09- (AUDITOR TCE SP 2008 FCC) A respeito das garantias e privilégios do crédito tributário, é correto afirmar: (A) O crédito tributário prefere a qualquer outro, inclusive os créditos decorrentes da legislação do trabalho. (B) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. (C) A multa tributária não prefere aos créditos subordinados, na falência. (D) O crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais, na falência. (E) São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. Resolução (A) ERRADO. O crédito tributário prefere a qualquer outro, inclusive RESSALVADOS os créditos decorrentes da legislação do trabalho OU DO ACIDENTE DO TRABALHO. (ART.186, CAPUT, CTN). (B) ERRADO. A cobrança judicial do crédito tributário NÃO é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. (ART.187, CAPUT, CTN). (C) ERRADO. A multa tributária não prefere aos créditos subordinados, na falência. (ART.186, PARÁGRAFO ÚNICO, III, CTN). (D) ERRADO. O crédito tributário NÃO prefere aos créditos extraconcursais, na falência. (ART.186, PARÁGRAFO ÚNICO, I, CTN). (E) CORRETO. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. (ART.188, CAPUT, CTN). GABARITO: E 10- (PROCURADOR DE CONTAS TCE AMAZONAS 2006 FCC) Tendo em conta as alterações no Código Tributário Nacional produzidas pela Lei Complementar no 118/05, em matéria de garantias, privilégios e preferência do crédito tributário, é correto afirmar: (A) O crédito tributário, em qualquer hipótese, preferirá a todos os outros. (B) Não se presume fraudulenta a alienação de bens ou rendas, por sujeito passivo em débito com a Fazenda Pública, por crédito regularmente inscrito como dívida ativa.

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(C) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordada, inventário ou arrolamento. (D) A concessão de recuperação judicial não depende de apresentação da prova de quitação dos tributos. (E) Na hipótese do devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos. Resolução (A) ERRADO. O crédito tributário, em qualquer hipótese, preferirá a todos os outros, RESSALVADOS OS CRÉDITOS DECORRENTES DA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO OU DO ACIDENTE DE TRABALHO. (ART.186, CTN). (B) ERRADO. Não se presume fraudulenta a alienação de bens ou rendas, por sujeito passivo em débito com a Fazenda Pública, por crédito regularmente inscrito como dívida ativa. (ART.185, CTN). (C) ERRADO. A cobrança judicial do crédito tributário NÃO é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordada, inventário ou arrolamento. (ART.187, CAPUT, CTN). (D) ERRADO. A concessão de recuperação judicial não depende de apresentação da prova de quitação dos tributos. (ART.191-A, CTN). (E) CORRETO. Na hipótese do devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos. (ART.185-A, CTN). GABARITO: E 11- (PROCURADOR DO MUNICÍPIO JABOATÃO DOS GUARARAPES 2006 FCC) Sobre o crédito tributário é correto afirmar: (A) Na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais e às importâncias passíveis de restituição, bem como aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. (B) Presumir-se-á fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, mesmo que, pelo devedor, tenham sido reservados bens suficientes para o pagamento total da dívida inscrita.

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(C) Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora e não sendo encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, limitada ao valor total exigível. (D) A cobrança judicial do crédito tributário está sujeita a concurso de credores, habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário e arrolamento. (E) A concessão da recuperação judicial independe, em qualquer situação, da apresentação da prova de quitação de todos os tributos devidos pela empresa recuperanda. Resolução (A) ERRADO. Na falência, o crédito tributário NÃO prefere aos créditos extraconcursais e NEM às importâncias passíveis de restituição, bem como NEM aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. (ART.186, PARÁGRAFO ÚNICO, I, CTN). (B) ERRADO. Presumir-se-á fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, POR CRÉDITO TRIBUTÁRIO REGULARMENTE INSCRITO COMO DÍVIDA ATIVA mesmo que SALVO SE, pelo devedor, tenham TIVEREM sido reservados bens suficientes para o pagamento total da dívida inscrita. (ART.185, CTN). (C) CORRETO. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora e não sendo encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, limitada ao valor total exigível. (ART.185-A, CTN). (D) ERRADO. A cobrança judicial do crédito tributário NÃO está sujeita a concurso de credores, habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário e arrolamento. (ART.187, CAPUT, CTN). (E) ERRADO. A concessão da recuperação judicial independe DEPENDE, em qualquer situação, da apresentação da prova de quitação de todos os tributos devidos pela empresa recuperanda. (ART.191-A, CTN). GABARITO: C 12- (PROCURADOR PGM MANAUS 2006 FCC) Em nosso sistema processual tributário, a presunção de fraude à execução (A) é relativa, pois admite prova em contrário produzida pelo executado.

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(B) não alcança os atos de oneração de bens pelo executado. (C) torna anulável os atos de disposição de bens praticados pelo executado. (D) pode ser invocada pela Fazenda Pública quando o executado aliena ou onera bens a partir do lançamento de ofício de crédito tributário. (E) pode ser invocada pela Fazenda Pública quando o executado aliena ou onera bens a partir da inscrição do débito fiscal como dívida ativa. Resolução (A) ERRADA. é relativa ABSOLUTA, pois admite prova em contrário produzida pelo executado. QUANDO A ALIENAÇÃO OU ONERAÇÃO DE BENS OU RENDAS, OU SEU COMEÇO, POR SUJEITO PASSIVO EM DÉBITO PARA COM A FAZENDA PÚBLICA, SE DER COM CRÉDITO TRIBUTÁRIO REGULARMENTE INSCRITO COMO DÍVIDA ATIVA. (ART.185, CAPUT, CTN). (B) ERRADA. não alcança os atos de oneração de bens pelo executado INICIADOS OU EFETUADOS APÓS ESTAR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO REGULARMENTE INSCRITO COMO DÍVIDA ATIVA. (ART.185, CAPUT, CTN). (C) ERRADA. torna anulável NULOS os atos de disposição de bens praticados pelo executado INICIADOS OU EFETUADOS APÓS ESTAR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO REGULARMENTE INSCRITO COMO DÍVIDA ATIVA. (ART.185, CAPUT, CTN). (D) ERRADA. NÃO pode ser invocada pela Fazenda Pública quando o executado aliena ou onera bens a partir do lançamento de ofício de crédito tributário, MAS ANTES DA INSCRIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO EM DÍVIDA ATIVA. (ART.185, CAPUT, CTN). (E) CORRETA. pode ser invocada pela Fazenda Pública quando o executado aliena ou onera bens a partir da inscrição do débito fiscal como dívida ativa. (ART.185, CAPUT, CTN). GABARITO: E 13- (AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL PARAÍBA 2006 FCC) Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará (A) a indisponibilidade dos bens do devedor e a comunicação aos órgãos que prestam serviço público de proteção ao crédito, para que lancem seu nome no rol dos inadimplentes, nos termos do Código de Defesa do Consumidor.

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(B) a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens. (C) a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio de carta registrada com AR, aos órgãos do Ministério Público e Polícia Civil. (D) o confisco dos seus bens e direitos que futuramente adquirir, comunicando a decisão aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais. (E) a indisponibilidade dos bens do devedor, de seus herdeiros e sócios, comunicando a decisão, preferencialmente por meio de intimação pessoal, às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais. Resolução (A) ERRADO. a indisponibilidade dos bens do devedor e a comunicação aos órgãos que prestam serviço público de proteção ao crédito, para que lancem seu nome no rol dos inadimplentes, nos termos do Código de Defesa do Consumidor. DA DECISÃO, PREFERENCIALMENTE POR MEIO ELETRÔNICO, AOS ÓRGÃOS E ENTIDADES QUE PROMOVEM REGISTROS DE TRANSFERÊNCIA DE BENS, ESPECIALMENTE AO REGISTRO PÚBLICO DE IMÓVEIS E ÀS AUTORIDADES SUPERVISORAS DO MERCADO BANCÁRIO E DO MERCADO DE CAPITAIS, A FIM DE QUE, NO ÂMBITO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, FAÇAM CUMPRIR A ORDEM JUDICIAL. (ART.185-A, CAPUT, CTN). (B) CORRETO. a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens. (ART.185-A, CAPUT, CTN). (C) ERRADO. a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio de carta registrada com AR, aos órgãos do Ministério Público e Polícia Civil. ELETRÔNICO, AOS ÓRGÃOS E ENTIDADES QUE PROMOVEM REGISTROS DE TRANSFERÊNCIA DE BENS, ESPECIALMENTE AO REGISTRO PÚBLICO DE IMÓVEIS E ÀS AUTORIDADES SUPERVISORAS DO MERCADO BANCÁRIO E DO MERCADO DE CAPITAIS, A FIM DE QUE, NO ÂMBITO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, FAÇAM CUMPRIR A ORDEM JUDICIAL. (ART.185-A, CAPUT, CTN). (D) ERRADO. o confisco dos A INDISPONIBILIDADE DE seus bens e direitos que futuramente adquirir, comunicando a decisão aos órgãos e entidades

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que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais. (ART.185-A, CAPUT, CTN). (E) ERRADO. a indisponibilidade dos bens do devedor, de seus herdeiros e sócios, comunicando a decisão, preferencialmente por meio de intimação pessoal ELETRÔNICO, às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais. (ART.185-A, CAPUT, CTN). GABARITO: B 14- (AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL PARAÍBA 2006 FCC) Seja qual for a natureza ou o tempo de sua constituição, o crédito tributário prefere (A) a qualquer outro, ressalvados apenas os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho e, na falência, os créditos extraconcursais ou as importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, e os créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. (B) a qualquer outro, sem exceção. (C) apenas aos créditos decorrentes da legislação do trabalho, sem qualquer limite e condição. (D) a qualquer outro, ressalvados apenas os créditos extraconcursais e os créditos decorrentes da legislação do acidente do trabalho. (E) a qualquer outro, ressalvados apenas os créditos extraconcursais ou as importâncias passíveis de restituição, bem como os créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado, desde que não seja decretada a falência do devedor. Resolução (A) CORRETA. a qualquer outro, ressalvados apenas os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho e, na falência, os créditos extraconcursais ou as importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, e os créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. (ART.186, CTN). (B) ERRADA. a qualquer outro, sem exceção., RESSALVADOS APENAS OS CRÉDITOS DECORRENTES DA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO OU DO ACIDENTE DO TRABALHO E, NA FALÊNCIA, OS CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS OU AS IMPORTÂNCIAS PASSÍVEIS DE RESTITUIÇÃO, NOS TERMOS DA LEI

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FALIMENTAR, E OS CRÉDITOS COM GARANTIA REAL, NO LIMITE DO VALOR DO BEM GRAVADO. (ART.186, CTN). (C) ERRADA. apenas aos créditos decorrentes da legislação do trabalho, sem qualquer COM limite e condição ESTABELECIDOS PELA LEI, NO CASO DA FALÊNCIA. (ART.186, PARÁGRAFO ÚNICO, II, CTN). (D) ERRADA. a qualquer outro, ressalvados apenas os créditos extraconcursais, NA FALÊNCIA, e os créditos decorrentes da legislação do acidente do trabalho. (ART.186, CAPUT e PARÁGRAFO ÚNICO, I, CTN). (E) ERRADA. a qualquer outro, ressalvados apenas os créditos extraconcursais ou as importâncias passíveis de restituição, bem como os créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado, desde que não seja QUANDO decretada a falência do devedor. (ART.186, CAPUT e PARÁGRAFO ÚNICO, I e II, CTN). GABARITO: A 15- (PROCURADOR DO ESTADO MARANHÃO 2003 FCC) Nos termos do art. 188 do Código Tributário Nacional são encargos da massa falida, os créditos tributários vencidos e vincendos, exigíveis no decurso do processo de falência. Neste caso, a massa falida figura como (A) responsável tributário. (B) contribuinte. (C) substituto tributário. (D) sucessor tributário. (E) agente de arrecadação. Resolução Se são créditos tributários cujos fatos geradores são da época em que a massa falida era administrada, então ela era contribuinte. GABARITO: B

3. ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

3.1. FISCALIZAÇÃO

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3.1.1. Poderes das Autoridades Fiscais Dispositivos da CF88 importantes sobre Fiscalização Tributária: 3.1.1.1. Pressupostos Constitucionais

Art.37, XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

Art.145, §1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Art. 167. São vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas [...] a destinação de recursos [...] para realização de atividades da administração tributária, como determinado[...] pelos arts. [...] 37, XXII,[...].

3.1.1.2. Legislação Tributária sobre Fiscalização Voltando ao CTN:

Art. 194. CTN. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação.

As diversas atividades das autoridades administrativas em sua atuação de fiscalização têm de ser reguladas pela LEGISLAÇÃO tributária por conta da especificidade de cada tributo.

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Por exemplo. A fiscalização do IPTU deve possuir procedimentos específicos estabelecidos pela legislação bem distintos daqueles da fiscalização do Imposto de Renda, por exemplo, que atua muito mais com documentação contábil, na necessidade de se verificar a renda do contribuinte.

Art.194, parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

PESSOA NATURAL ou JURÍDICA; IMUNE ou ISENTA; CONTRIBUINTE ou NÃO

NÃO IMPORTA, A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA SOBRE FISCALIZAÇÃO A ELAS SE APLICA

Além de a condição de imunidade e de isenção deverem ser periodicamente checadas pela fiscalização, pessoas que se encontrem nessas situações podem ser eleitas pela lei para ser responsáveis tributárias. Por exemplo, nada impede de a lei municipal prever uma entidade beneficente que goze de imunidade tributária de ser responsável tributária por reter na fonte o ISS relativo aos serviços que ela toma de prestadores de serviço. 3.1.1.3. Prerrogativa de Examinar Livros Comerciais, Documentos etc.

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram.

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A lei não pode excluir ou limitar o direito do Fisco de realizar o exame nos objetos e documentos em geral do contribuinte, mas esse só deve alcançar até onde vai o interesse da fiscalização. É o sentido da Súmula 439, STF:

Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação.

O prazo de prescrição é de 5 anos a contar da constituição definitiva do crédito tributário, mas ele está sujeito a várias hipóteses de interrupção (por exemplo, despacho do juiz que ordena a citação) e de suspensão (por exemplo, no curso do processo de execução, de 1 ano enquanto não localizado o devedor ou encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora). Então, não é correto afirmar que os livros e documentos deverão ficar guardados por 5 anos. É muito mais que isso, em regra. LIVROS OBRIGATÓRIOS => o Fisco não pode exigir um livro comercial não obrigatório, mas se o sujeito passivo o possuir, não pode se negar a apresentá-lo ao Fisco, caso solicitado. 3.1.1.4. Pessoas Obrigadas a Prestar Informações ao Fisco

Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos, comissários e liquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

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“QUE A LEI DESIGNE” => deixa clara a não taxatividade da lista de pessoas obrigadas a prestar informações à autoridade fiscal em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Ou seja, a LEI ORDINÁRIA do ente tributante pode listar outros obrigados a prestar informações ao Fisco. 3.1.1.5. Instituições Financeiras e o Sigilo Bancário A LC 105/2001 ampliou os poderes de investigação do Fisco, passando este a ter acesso, independentemente de autorização judicial, aos livros e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras. Neste mister, recente julgado do STF, de 15.12.2010, entendeu que a LC 105/2001 (juntamente com a legislação que rege a matéria: Lei 9.311/1996 e Decreto 3.724/2001) é conflitante com a CF88, pelo afastamento do sigilo bancário do cidadão, pessoa natural ou jurídica, em favor da Receita Federal, sem ordem emanada do Poder Judiciário.

RE 389.808 PR SIGILO DE DADOS – AFASTAMENTO. Conforme disposto no inciso XII do artigo 5º da Constituição Federal, a regra é a privacidade quanto à correspondência, às comunicações telegráficas, aos dados e às comunicações, ficando a exceção – a quebra do sigilo – submetida ao crivo de órgão equidistante – o Judiciário – e, mesmo assim, para efeito de investigação criminal ou instrução processual penal. SIGILO DE DADOS BANCÁRIOS – RECEITA FEDERAL. Conflita com a Carta da República norma legal atribuindo à Receita Federal – parte na relação jurídico-tributária – o afastamento do sigilo de dados relativos ao contribuinte.

No entanto, o tema foi também objeto de Repercussão Geral no RE 601.314 SP, que ainda aguarda julgamento. Veja ementa do reconhecimento da repercussão geral (em 22.10.2009):

CONSTITUCIONAL. SIGILO BANCÁRIO. Fornecimento de informações sobre movimentação bancária de contribuintes, pelas instituições financeiras, diretamente ao fisco, sem prévia autorização judicial (lei

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complementar 105/2001). Possibilidade de aplicação da lei 10.174/2001 para apuração de créditos tributários referentes a exercícios anteriores ao de sua vigência. RELEVÂNCIA JURÍDICA DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

Em suma, a discussão da repercussão geral reside em dois pontos: 1º) Se a LC 105/2001, particularmente seu art.6º, fere os princípios constitucionais da proteção à intimidade e ao sigilo de dados, previstos no art.5º, X e XII, CF88; 2º) Se a facultatividade, dada à Receita Federal, de utilizar as informações prestadas pelas instituições financeiras – inicialmente para a fiscalização da extinta CPMF – pode se estender para verificar a existência de crédito tributário de outros tributos relativos a períodos anteriores ao de sua vigência (Lei nº 10.174/2001 que alterou o §3º do art.11 da Lei nº 9.311/1996). 3.1.1.6. Auxílio de Força Pública

Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção.

Um dos fundamentos constitucionais expressos para esse dispositivo é o art.37, XVIII:

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.

O “e reciprocamente” autoriza, ao menos em tese, que a autoridade administrativa estadual ou municipal peça auxílio para a força pública federal. 3.1.2. Deveres das Autoridades Fiscais

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3.1.2.1. Dever de Documentar o Início e o Prazo Máximo do Procedimento de Fiscalização

Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas. Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que se refere este artigo.

3 funções para o Termo de Início de Fiscalização: (i) Precisar o início do prazo para o procedimento fiscal; (ii) Possibilidade de antecipar o termo inicial do prazo decadencial

(art.173, parágrafo único, CTN), se esse início de fiscalização se der antes do primeiro dia do exercício àquele em que poderia ter sido efetuado o lançamento (art.173, I, CTN);

(iii) Afastar a possibilidade de denúncia espontânea por parte do sujeito passivo, prevista no art.138, CTN.

O prazo para conclusão do procedimento fiscal pode ser prorrogado. 3.1.2.2. Vedada a Divulgação de Informações Obtidas em Razão do Ofício

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. § 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes: I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade

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respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. § 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo

regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. § 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: I – representações fiscais para fins penais; II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; III – parcelamento ou moratória.

Exceções à Não Divulgação de Informação (SEM quebra do sigilo fiscal): (i) Requisição de Autoridade Judiciária – equipara-se a autoridade

judiciária para os fins dessa requisição as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, conforme manifestou-se o STF no MS 24.749 DF.

(ii) Solicitações de Autoridade Administrativa no Interesse da

Administração Pública, com o objetivo de investigar o sujeito passivo por prática de infração administrativa.

SEM quebra porque é divulgação só para autoridade pública. Exceções à Não Divulgação de Informação (COM quebra do sigilo fiscal): (i) Representação Fiscal para Fins Penais – quando, na fiscalização, a

autoridade administrativa detecta a configuração, por exemplo, de crime contra a ordem tributária em tese. Tem, assim, que representar para fins penais ao Ministério Público, titular da ação penal pública.

Só haverá crime contra a ordem tributária (arts. 1º e 2º da Lei

8.137/1990) se o crédito se mantiver, no fim do processo administrativo fiscal. Por isso que o art.83 da Lei 9.430/1996 prescreve que a representação fiscal para fins penais só será

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encaminhada ao Ministério Público após proferida a decisão final na esfera administrativa, e sendo mantido o crédito tributário.

(ii) Inscrição na Dívida Ativa – importante porque a partir da sua

publicação no diário oficial considera-se intimado o devedor, e consequentemente presume-se fraudulenta qualquer alienação ou oneração de bens ou rendas (art.185, CTN)

(iii) Parcelamento ou Moratória. 3.1.2.3. Assistência Mútua para Fiscalização e Permuta de Informações

Art. 199. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio. Parágrafo único. A Fazenda Pública da União, na forma estabelecida em tratados, acordos ou convênios, poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos.

Depende de LEI ou CONVÊNIO => no âmbito NACIONAL.

≠ Depende de ACORDO ou CONVÊNIO => no âmbito INTERNACIONAL. 16- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Sobre a Administração Tributária e o poder de fiscalizar, assinale a opção correta. (A) Iniciado o procedimento fiscalizatório pela autoridade administrativa, com a lavratura de Termo de Início de Fiscalização, tem-se a antecipação do prazo decadencial que, normalmente, ocorreria com o lançamento. (B) Diante de requisição da autoridade administrativa de apresentação de informações sigilosas, não pode o agente público responsável pelo deferimento negar-se a entregá-la. (C) Em que pese o dever de sigilo da autoridade fiscal, o Código Tributário Nacional autoriza a divulgação de informações relativas a representações

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fiscais para fins penais, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e parcelamento ou moratória. (D) A Constituição Federal estabeleceu que as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, independentemente a existência de lei ou convênio. (E) Verificada a existência de crime contra a ordem tributária, praticado por particular, deve a autoridade administrativa representar ao Ministério Público, mesmo antes de proferida decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência do crédito tributário. Resolução (A) ERRADA. Iniciado o procedimento fiscalizatório pela autoridade administrativa, com a lavratura de Termo de Início de Fiscalização, tem-se a antecipação DO INÍCIO do prazo decadencial que, normalmente, ocorreria com o lançamento. E MESMO ASSIM, SOMENTE SE ELA OCORRER ANTES DO PRIMEIRO DIA DO EXERCÍCIO SEGUINTE A QUE SE REFERE O ART.173, I, CTN. (B) ERRADA. Diante de requisição da autoridade administrativa de apresentação de informações sigilosas, não pode o agente público responsável pelo deferimento negar-se a entregá-la. SE É UM AGENTE PÚBLICO, SENDO DE OUTRO ENTE TRIBUTANTE, HÁ QUE HAVER CONVÊNIO ENTRE OS ENTES (art.199, parágrafo único, CTN). (C) CORRETA. Art.198, §3º, CTN. (D) ERRADA. A Constituição Federal estabeleceu que as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, independentemente a existência NA FORMA de lei ou convênio (art.37, XXII, CF88). (E) ERRADA. Verificada a existência de crime contra a ordem tributária, praticado por particular, deve a autoridade administrativa representar ao Ministério Público, mesmo antes SÓ DEPOIS de proferida decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência do crédito tributário (art.83, Lei 9.430/1996). GABARITO: C

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3.2. DÍVIDA ATIVA

Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.

No diagrama “Constituição do crédito tributário” (Aula 10), vimos que se o crédito tributário persistir, após as possibilidades de sua extinção ou exclusão, ele estará definitivamente constituído. A partir daí, como diz o art.201, CTN, se: (i) esgotado o prazo fixado em lei para o seu pagamento; ou (ii) houver decisão final que manteve o crédito tributário, então ele será encaminhado para INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA. INSCREVER O CRÉDITO TRIBUTÁRIO EM DÍVIDA ATIVA = registrar o devedor com sua dívida no cadastro da Procuradoria (“repartição administrativa competente”) do ente político, lavrando-se um termo (TERMO DE INSCRIÇÃO DA DÍVIDA ATIVA) no livro da dívida ativa (livro este que hoje é eletrônico).

Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.

A partir desse termo, gera-se a CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA, título executivo extrajudicial que irá instruir a ação de execução fiscal.

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Art.202. Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.

3.2.1. Presunção de Certeza e Liquidez – Efeito de Prova Pré-Constituída

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

CERTEZA – que já está confirmada pelo direito como existente. LIQUIDEZ - com valor preciso, já delimitado. O fato de os juros de mora continuarem correndo não afasta a liquidez da certidão, bastando que sejam conhecidos os índices oficiais de juros para se chegar ao valor atualizado. A PRESUNÇÃO É RELATIVA – admite prova em contrário, como, por exemplo, se o devedor tributário aparece com o comprovante de pagamento do tributo que lhe é cobrado em fase de execução fiscal. Será extinta sua obrigação. 3.2.2. Omissão ou Erro nos Requisitos do Termo de Inscrição

Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.

Se o vício apresentado for mero defeito formal, sem afetar o direito de defesa do contribuinte, entende o STF que não há necessidade de decretação de nulidade da certidão (AgRg no AI 81.681).

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Também não é possível substituir a Certidão de Dívida Ativa (CDA) por conta de erro material no lançamento. Aqui, cabe sim novo lançamento, bem como o decorrente direito ao contraditório e à ampla defesa, num novo processo administrativo fiscal (REsp 87.768 SP). 3.2.3. Se Dívida Tributária, Não Suspensão do Prazo Prescricional na Inscrição Pelo art.2º, §3º, da Lei nº 6.830/80, a INSCRIÇÃO do débito NA DÍVIDA ATIVA SUSPENDE O PRAZO PRESCRICIONAL POR ATÉ 180 DIAS. Veja:

Art.2º, § 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.

Mas, houve uma mudança jurisprudencial no entendimento da aplicabilidade da suspensão de 180 dias prevista na Lei nº 6.830/80 para as dívidas TRIBUTÁRIAS. Como ela é uma lei ordinária, e prescrição TRIBUTÁRIA deve ser regida por lei complementar, conforme preceitua o art.146, III, ‘b’, CF88, essa suspensão de 180 dias não se aplica às dívidas de obrigações TRIBUTÁRIAS. Veja o mais recente acórdão do STJ que confirma esse entendimento:

AgRg no Ag 1054859 / SP Relator Ministro HERMAN BENJAMIN Data do Julgamento: 14/10/2008 Ementa TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. AUSÊNCIA DE CITAÇÃO. NÃO-INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. ART. 174 DO CTN. PREVALÊNCIA SOBRE O ART. 2º, § 3º, DA LEI 6.830/1980. 1. A suspensão do lapso prescricional de 180 (cento e oitenta) dias prevista no art. 2º, § 3º, da Lei 6.830 somente é aplicável às dívidas de natureza não-tributária. Em hipóteses como a dos autos, em que se trata de execução de crédito relativo a Imposto de

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Renda, a matéria é regulada pelo art. 174 do Código Tributário Nacional. 2. Agravo Regimental não provido.

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DIAGRAMA PÓS CONSTITUIÇÃO DEFINITIVA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO:

Constituição definitiva crédito tributário

OU

Esgotado o prazo para pagamento

INSCRIÇ

ÃO d

o

Cré

dito tributá

rio

em D

ívida

Ativa

Juiz defere a inicial e manda citar o executado para:

- Pagar: ou

- Garantir o juízo

Garantido o juízo, o

executado oferece

Embargos

Daqui para frente: Alienação ou Oneração de

Bens ou Rendas =

PRESUNÇÃO DE FRAUDE (exceto se reservou bens ou rendas suficientes)

Decisão Final em Processo Regular

Em

issã

o d

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Garantir como? 1) Depósito em dinheiro 2) Fiança Bancária 3) Nomear Bens à Penhora

Juiz julga e

decide em 1ª Instância

Prazo limite para se sanar a nulidade na Certidão de Dívida

Ativa

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3.3. CERTIDÕES NEGATIVAS

Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição.

3.3.1. Certidão Positiva com Efeito de Negativa

Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

3 situações de Certidão Positiva com Efeito de Negativa: (i) Existência de Créditos Não Vencidos (ii) Créditos em Curso de Cobrança Executiva em que Tenha Sido

Efetivada a Penhora – se já houve a penhora de bens que garantem a dívida, não há por que não permitir a emissão da Certidão Positiva com Efeito de Negativa, já que o direito do Fisco está garantido.

(iii) Créditos cuja Exigibilidade esteja Suspensa – são as hipóteses do art.151, CTN.

3.3.2. Dispensa da Apresentação da Certidão Negativa

Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os

participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de

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mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator.

Essa é uma hipótese muito aplicável no caso de licitações, em que uma demora na emissão da certidão negativa, ou positiva com efeito de negativa, pode levar o contribuinte a perda de prazo no procedimento licitatório, com sua consequente exclusão do mesmo. 3.3.3. Certidão Negativa Emitida com Erro Contra a Fazenda Pública

Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza

pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcional que no caso couber.

Erro contra a Fazenda Pública => não gera responsabilidade pessoal ao

funcionário

Dolo ou Fraude => responsabilidade pessoal do funcionário.

Pela literalidade do dispositivo, para fins de concurso público, não haverá responsabilidade solidária do funcionário com o sujeito passivo. 3.3.4. Contagem de Prazos na Legislação Tributária

Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.

Um exemplo: Prazo de 15 dias, a contar da data do fato gerador do tributo, para apresentar determinada declaração.

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Fato gerador em 01.02 (3ª feira). 4ª feira de cinzas em 16.02 (meio expediente). Quando vence o prazo para entrega da declaração? Se fato gerador em 01.02, começa a contagem em 02.02. Último dia seria 16.02. Mas como 16.02 não é dia de expediente normal, não pode vencer nesse dia o vencimento do prazo, vencendo, então, somente, em 17.02. Ou seja, 17.02 é o último dia para a entrega da declaração. 17- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Assinale, abaixo, a opção que, segundo decorre do Código Tributário Nacional, contém afirmação falsa. (A) A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída, dispensando a autoridade exeqüente, portanto, do ônus de provar sua legitimidade. (B) A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior ou o erro a eles relativo são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente. (C) A nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado, o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. (D) À certidão positiva, de que conste a existência de créditos não vencidos, o Código Tributário Nacional atribuiu o mesmo efeito de certidão negativa. (E) A certidão de que conste a existência de créditos vencidos mas que estejam em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa, tem efeito de certidão negativa. Resolução (A) FALSA. A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta RELATIVA de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída, dispensando a autoridade exeqüente, portanto, do ônus de provar sua legitimidade. É UMA MANIFESTAÇÃO DE PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE, LEGITIMIDADE E VERACIDADE (art.204, CTN). (B) VERDADEIRA. Art.203, CTN.

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(C) VERDADEIRA. Art.203, CTN. (D) VERDADEIRA. Art.206, CTN. (E) VERDADEIRA. Art.206, CTN. GABARITO: A 18- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Diz o Código Tributário Nacional que “a legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação”. A legislação mencionada, salvo disposição em contrário, aplica-se, exclusivamente, (A) a pessoas naturais ou jurídicas que sejam contribuintes do imposto a que alude a norma respectiva. (B) a pessoas naturais ou, quando se trate de pessoa jurídica, a seus diretores ou representantes legais. (C) a todas as pessoas que se achem em seu campo de incidência, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. (D) a pessoas jurídicas que sejam contribuintes ou responsáveis por tributos em geral ou pelo tributo específico a que se refira. (E) a pessoas naturais ou jurídicas não imunes, inclusive às que sejam isentas ou não tributadas por força de norma infraconstitucional (leis, decretos etc.). Resolução (A) ERRADO. NÃO EXCLUSIVAMENTE A contribuintes (ART.194, parágrafo único, CTN). (B) ERRADO. a pessoas naturais ou, quando se trate de pessoa jurídica, a seus diretores ou representantes legais. ACRESCENTE-SE AS QUE TAMBÉM NÃO SÃO CONTRIBUINTES (ART.194, parágrafo único, CTN). (C) CERTO. a todas as pessoas que se achem em seu campo de incidência, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal (ART.194, parágrafo único, CTN). (D) ERRADO. a pessoas jurídicas que sejam contribuintes ou responsáveis por tributos em geral ou pelo tributo específico a que se refira. ACRESCENTE-SE AS PESSOAS NATURAIS (ART.194, parágrafo único, CTN).

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(E) ERRADO. a pessoas naturais ou jurídicas não imunes, inclusive às que sejam isentas ou não tributadas por força de norma infraconstitucional (leis, decretos etc.) ACRESCENTE-SE AS QUE GOZEM DE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA OU DE ISENÇÃO DE CARÁTER PESSOAL. (ART.194, parágrafo único, CTN). GABARITO: C 19- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) A legislação tributária que regular, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação, aplica-se apenas (A) às pessoas naturais residentes e domiciliadas no País, que sejam ou devam ser inscritas no cadastro de pessoas físicas (B) às pessoas jurídicas, que sejam contribuintes do tributo a que se refira, inscritas ou não no cadastro próprio (C) a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal (D) a pessoas em geral, contribuintes ou não, inclusive às imunes e às que gozem de isenção de caráter pessoal (E) a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às que gozem de imunidade tributária Resolução (A) ERRADO. às pessoas naturais residentes e domiciliadas no País, que sejam ou devam ser inscritas no cadastro de pessoas físicas FF(art.194, parágrafo único, CTN). (B) ERRADO. às pessoas jurídicas, que sejam contribuintes do tributo a que se refira, inscritas ou não no cadastro próprio (art.194, parágrafo único, CTN) (C) ERRADO. a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às INCLUSIVE AS que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal (art.194, parágrafo único, CTN) (D) CERTO. (art.194, parágrafo único, CTN) (E) ERRADO. a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às que gozem de imunidade tributária (art.194, parágrafo único, CTN). GABARITO: D

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20- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010 DIREITO TRIBUTÁRIO ESAF) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou decisão proferida em processo regular. Sobre a dívida ativa, julgue os itens a seguir: I. o termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de materializar a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição administrativa, instrumentalizando pela Fazenda Pública, ação executória fiscal pertinente; II. a inscrição em dívida ativa pressupõe prévio inadimplemento do contribuinte; entretanto, é necessária a prévia notificação deste para pagamento antes do ajuizamento da ação fiscal; III. tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do tributo devido e, portanto confessado a obrigação correspondente, deveria ter efetuado o pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o realizando, o crédito tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União; IV. a inscrição em dívida ativa (art. 201 do CTN), enquanto ato interno da Administração (controle de legalidade), não tem influência no curso do prazo prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento espontâneo da obrigação tributária. Estão corretos: (A) apenas os itens I, II e III. (B) apenas os itens I, III e IV. (C) apenas os itens I e II. (D) apenas os itens II, III e IV. (E) todos os itens estão corretos. Resolução I. CORRETO. o termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de materializar a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição administrativa, instrumentalizando pela Fazenda Pública. E ESSA DÍVIDA É MATERIALIZADA QUANDO NELE CONSTAM: (i) o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis; (ii) sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; (iii) a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; (iv) a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; (v) a

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data em que foi inscrita; (vi) sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito (art.202, CTN). II. ERRADO. a inscrição em dívida ativa pressupõe prévio inadimplemento do contribuinte; entretanto, é necessária a prévia notificação deste para pagamento antes do ajuizamento da ação fiscal. É PRESUNÇÃO RELATIVA (art.204); III. CORRETO. Tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do tributo devido e, portanto confessado a obrigação correspondente, deveria ter efetuado o pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o realizando, o crédito tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União. AQUI SE DESCREVEU O LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. EM NÃO OCORRENDO O PAGAMENTO CORRESPONDENTE, NÃO É NECESSÁRIO NOTIFICAR O CONTRIBUINTE PARA EVENTUAL PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. PODE-SE INSCREVER O CRÉDITO TRIBUTÁRIO, JÁ CONSTITUÍDO, NA DÍVIDA ATIVA. ESSE É O ENTENDIMENTO DO STJ:

Súmula 436, STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.

IV. CORRETO. a inscrição em dívida ativa (art. 201 do CTN), enquanto ato interno da Administração (controle de legalidade), não tem influência no curso do prazo prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento espontâneo da obrigação tributária. SE HOUVER ADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA, EXTINGUIU-SE O CRÉDITO TRIBUTÁRIO, NÃO HAVENDO QUE FALAR EM INSCREVÊ-LO EM DÍVIDA ATIVA. SENDO DÍVIDA ATIVA TRIBUTÁRIA, ELA NÃO TEM INFLUÊNCIA SOBRE O PRAZO PRESCRICIONAL, POIS, CONFORME DECIDIU O STJ, “A SUSPENSÃO DO LAPSO PRESCRICIONAL DE 180 (CENTO E OITENTA) DIAS PREVISTA NO ART. 2º, §3º, DA LEI 6.830 SOMENTE É APLICÁVEL ÀS DÍVIDAS DE NATUREZA NÃO-TRIBUTÁRIA” (AgRg no Ag 1054859 / SP). É QUE ESSA MATÉRIA, PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIA, SÓ PODE SER REGULADA POR LEI COMPLEMENTAR (ART.146, III, ‘b’, CF88). GABARITO: B 21- (ANALISTA TÉCNICO DA SUSEP – ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS GESTÃO DE TRIBUTOS 2010 – ESAF) A atividade fiscalizatória, essencial

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à manutenção do equilíbrio financeiro governamental, considerando o grau de relevância das receitas oriundas dos tributos no orçamento, possui determinadas prerrogativas de acordo com o Código Tributário Nacional-CTN. Sobre o tema, assinale a opção incorreta. (A) A atividade de fiscalização decorre de lei e não pode ser inibida; já o resultado da fiscalização está sujeito ao mais amplo controle judicial. (B) O CTN prevê obrigação inequívoca de qualquer pessoa jurídica de dar à fiscalização tributária amplo acesso aos seus registros contábeis, bem como às mercadorias e aos documentos respectivos. (C) Havendo negativa ou mera obstaculização, por parte da pessoa sujeita à fiscalização, à exibição de livros e documentos contábeis, pode o Fisco buscar, judicialmente, acesso a eles, desde que haja a fundada suspeita de irregularidade. (D) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar arquivos ou documentos de comerciantes, ou da obrigação destes de exibi-los. (E) Se o agente da Administração Pública Tributária exigir a apresentação dos livros e o contribuinte negá-los, poderá haver o lançamento do crédito tributário por arbitramento. Resolução (A) CORRETA. A atividade de fiscalização decorre de lei e não pode ser inibida (“NÃO TÊM APLICAÇÃO QUAISQUER DISPOSIÇÕES LEGAIS EXCLUDENTES OU LIMITATIVAS DO DIREITO DE EXAMINAR MERCADORIAS, LIVROS, ARQUIVOS, DOCUMENTOS, PAPÉIS E EFEITOS COMERCIAIS OU FISCAIS, DOS COMERCIANTES INDUSTRIAIS OU PRODUTORES, OU DA OBRIGAÇÃO DESTES DE EXIBI-LOS” – art.195, caput, CTN); já o resultado da fiscalização está sujeito ao mais amplo controle judicial (art.5º, XXXV, CF88 – “A LEI NÃO EXCLUIRÁ DA APRECIAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO LESÃO OU AMEAÇA A DIREITO”). (B) CORRETA. O CTN prevê obrigação inequívoca de qualquer pessoa jurídica de dar à fiscalização tributária amplo acesso aos seus registros contábeis, bem como às mercadorias e aos documentos respectivos (arts.195 e 197, CTN). (C) INCORRETA. Havendo negativa ou mera obstaculização, por parte da pessoa sujeita à fiscalização, à exibição de livros e documentos contábeis,

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pode o Fisco buscar, judicialmente, O AUXÍLIO DA FORÇA PÚBLICA FEDERAL, ESTADUAL OU MUNICIPAL PARA TER ACESSO A ELES acesso a eles, desde que haja a fundada suspeita de irregularidade (art.200, CTN). (D) CORRETA. Art.195, CTN. (E) CORRETA. Se o agente da Administração Pública Tributária exigir a apresentação dos livros e o contribuinte negá-los, poderá haver o lançamento do crédito tributário por arbitramento (“..., SEMPRE QUE SEJAM OMISSOS OU NÃO MEREÇAM FÉ AS DECLARAÇÕES OU OS ESCLARECIMENTOS PRESTADOS, ...” – art.148, CTN). GABARITO: C 22- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL TRIBUTÁRIO ESAF) Em determinados casos previstos em lei, como para participar de concorrência pública, ou para ter deferido seu programa de recuperação judicial, poderá ser exigido que o contribuinte faça prova da quitação de seus tributos por meio de certidão negativa de tributos. Entretanto, tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão positiva em que conste: I. a existência de crédito não vencido. II. a existência de crédito em curso de cobrança judicial, em que esteja garantido o juízo, por penhora ou depósito em garantia. III. a existência de crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. IV. a existência de crédito prescrito. Estão corretos: (A) Apenas os itens I, II e III. (B) Apenas os itens I e II. (C) Apenas os itens I, III e IV. (D) Apenas os itens II, III e IV. (E) Todos os itens. Resolução I. CORRETO. Art.206, CTN. II. CORRETO. Art.206, CTN. III. CORRETO. Art.206, CTN.

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IV. INCORRETO. a existência de crédito prescrito. NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL PARA ESSA HIPÓTESE. GABARITO: A 23- (ANALISTA TÉCNICO DA SUSEP – ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS GESTÃO DE TRIBUTOS 2010 – ESAF) - Depois de esgotado o prazo fixado (em lei ou decisão final proferida em processo administrativo fiscal) para o pagamento de determinado tributo, o crédito respectivo é inscrito em dívida ativa tributária, por meio de um termo de dívida ativa. Assinale, entre os itens a seguir, o único que não é de indicação obrigatória no respectivo termo para todos os tributos. (A) O nome do devedor e a indicação de seu domicílio. (B) O número do processo administrativo de que se originar o crédito. (C) A origem e a natureza do crédito, com a menção específica à disposição legal em que seja fundado. (D) A data em que foi inscrita. (E) A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos. Resolução (A) É OBRIGATÓRIO (art.202, I, CTN). (B) SENDO O CASO, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. NÃO É OBRIGATÓRIO (art.202, V, CTN). (C) É OBRIGATÓRIO (art.202, III, CTN). (D) É OBRIGATÓRIO (art.202, IV, CTN). (E) É OBRIGATÓRIO (art.202, II, CTN). GABARITO: B 24- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL PGFN DIREITO TRIBUTÁRIO 2006 ESAF) Considerando os temas “administração tributária” e “repartição de receitas tributárias”, julgue os itens abaixo e marque, a seguir, a opção que apresenta a resposta correta. I. A pessoa jurídica imune está obrigada a submeter-se ao exame de sua contabilidade pela autoridade fiscal. II. Os profissionais submetidos às regras do sigilo profissional não estão obrigados a auxiliar o Fisco com informações de seus clientes.

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III. Pertencem aos municípios o equivalente a 25% da arrecadação da União havida com o Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – IR de contribuintes domiciliados em seu território. IV. Os estados têm direito à parcela da arrecadação da União havida com o Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI. (A) Todos os itens estão corretos. (B) Todos os itens estão errados. (C) Apenas o item I está errado. (D) Apenas o item III está errado. (E) Apenas o item II está correto. Resolução I. CERTO. Art.194, parágrafo único, CTN. II. CERTO. Os profissionais submetidos às regras do sigilo profissional não estão obrigados a auxiliar o Fisco com informações de seus clientes. É O CASO DE ADVOGADOS, MÉDICOS, PSICÓLOGOS, SACERDOTES etc. III. ERRADO. Pertencem aos municípios o equivalente a 25% 100% da arrecadação da União havida com o Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – IR de contribuintes domiciliados em seu território INCIDENTE NA FONTE, SOBRE RENDIMENTOS PAGOS, A QUALQUER TÍTULO, POR ELES, SUAS AUTARQUIAS E PELAS FUNDAÇÕES QUE INSTITUÍREM E MANTIVEREM (art.158, CF88). IV. CERTO. Os estados têm direito à parcela da arrecadação da União havida com o Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI. NO CASO, 21,5% DE IPI + IRFONTE PARA FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS (ART.159, I, “A”, CF88), E 10% IPI PARA ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (ART.159, II, CF88). GABARITO: D 25- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIO – 2006 ESAF) Em determinadas situações, como para participar de processo licitatório promovido pela Administração Pública, a lei pode exigir que o contribuinte comprove estar em dia com os tributos e contribuições que deva recolher, por meio de certidão negativa. Sobre esta, podemos afirmar que

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(A) tem os mesmos efeitos de certidão negativa documento firmado pela autoridade competente que indique a existência de crédito vincendo, ou sob execução garantida por penhora, ou com a exigibilidade suspensa. (B) será sempre expedida nos termos em que tenha sido solicitada pelo interessado, no prazo de 15 (quinze) dias da data de entrada do requerimento na repartição. (C) a certidão negativa expedida com culpa, dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o servidor que a expedir, pelo crédito e juros de mora acrescidos. (D) caso o servidor seja responsabilizado pessoalmente, na via administrativa, pelo fornecimento de certidão que contenha erro contra a Fazenda Pública, não há que se falar em responsabilidade criminal. (E) havendo permissão legal, poderá ser dispensada a prova de quitação de tributos, ou seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito. Resolução (A) CORRETA. Art.206, CTN. (B) ERRADA. será sempre expedida nos termos em que tenha sido solicitada pelo interessado, no prazo de 15 10 (quinze dez) dias da data de entrada do requerimento na repartição (art.205, parágrafo único, CTN). (C) ERRADA. a certidão negativa expedida com culpa, dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o servidor que a expedir, pelo crédito e juros de mora acrescidos (art.208, caput, CTN). (D) ERRADA. caso o servidor seja responsabilizado pessoalmente, na via administrativa, pelo fornecimento de certidão que contenha erro contra a Fazenda Pública, não há que se falar em responsabilidade criminal ISSO NÃO EXCLUI A RESPONSABILIDADE CRIMINAL (art.208, parágrafo único, CTN). (E) ERRADA. havendo permissão legal INDEPENDENTEMENTE DE DISPOSIÇÃO LEGAL PERMISSIVA, poderá ser dispensada a prova de quitação de tributos, ou seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito (art.207, CTN). GABARITO: A 26- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIO – 2006 ESAF) É vedada a

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divulgação, por parte da Fazenda Nacional e de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. Trata-se de regra contida no Código Tributário Nacional que consagra o sigilo fiscal, a que se submetem todos os servidores da administração tributária, que, no entanto, comporta algumas exceções. Avalie os itens abaixo e, em seguida, marque a opção correta. I. A autoridade judiciária pode requisitar informações protegidas por sigilo, no interesse da justiça. II. Não é vedada a divulgação de informações relativas a representações fiscais para fins penais. III. A Fazenda Pública da União poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos, independentemente de previsão em tratados, acordos ou convênios. IV. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderão permutar entre si informações sigilosas, desde que haja expressa previsão legal. (A) Todos os itens estão corretos. (B) Há apenas um item correto. (C) Há três itens corretos. (D) Há dois itens corretos. (E) Todos os itens estão errados. Resolução I. CORRETO. A autoridade judiciária pode requisitar informações protegidas por sigilo, no interesse da justiça (art.198, §1º, I, CTN). II. CORRETO. Não é vedada a divulgação de informações relativas a representações fiscais para fins penais (art.198, §3º, I, CTN). III. ERRADO. A Fazenda Pública da União poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos, independentemente de DESDE QUE HAJA previsão em tratados, acordos ou convênios (art.199, CTN). IV. ERRADO. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderão permutar entre si informações sigilosas, desde que haja expressa previsão legal OU EM CONVÊNIO (art.199, caput). GABARITO: D

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27- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 – ESAF) Considerando o tema “administração tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) É legal o exame dos livros contábeis das pessoas imunes. ( ) Mesmo os profissionais submetidos às regras do segredo profissional devem prestar, quando solicitadas, informações ao Fisco sobre seus clientes. ( ) Fica automaticamente inscrito em Dívida Ativa o tributo lançado não pago e não objeto de impugnação ou recurso administrativo. ( ) É ilegal a concessão de certidão positiva com efeito de negativa se existente crédito tributário ainda não vencido. (A) V, F, F, V (B) F, F, F, V (C) F, F, V, V (D) V, F, F, F (E) V, V, F, V Resolução (V) É legal o exame dos livros contábeis das pessoas imunes (art.194, parágrafo único, CTN). (F) Mesmo os profissionais submetidos às regras do segredo profissional NÃO devem prestar, quando solicitadas, informações ao Fisco sobre seus clientes (art.197, parágrafo único, CTN). (F) Fica automaticamente inscrito A inscrição em Dívida Ativa o tributo lançado não pago e não objeto de impugnação ou recurso administrativo NÃO É AUTOMÁTICA. (F) NÃO É ilegal a concessão de certidão positiva com efeito de negativa se existente crédito tributário ainda não vencido (art.206, CTN). GABARITO: D 28- (GESTOR FAZENDÁRIO GEFAZ – MG 2005 ESAF) (A) Os livros obrigatórios contendo a escrita fiscal e comercial devem ser conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários das operações a que se refiram. (B) As pessoas imunes não podem ser submetidas a nenhuma espécie de fiscalização. (C) É vedado, em qualquer hipótese, o intercâmbio de informações sigilosas entre entes da Administração Pública.

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(D) É possível, desde que haja requerimento expresso e identificado, a divulgação pelo servidor de informações fiscais obtidas em razão do cargo. (E) É vedada a comunicação ao Ministério Público de conduta supostamente criminosa, conhecida em razão do cargo. Resolução (A) CERTA. Art.195, parágrafo único, CTN. (B) ERRADA. As pessoas imunes não podem ser submetidas a nenhuma espécie de fiscalização (art.194, parágrafo único, CTN). (C) ERRADA. É vedado, em qualquer hipótese, o intercâmbio de informações sigilosas entre entes da Administração Pública SERÁ REALIZADO MEDIANTE PROCESSO REGULARMENTE INSTAURADO, E A ENTREGA SERÁ FEITA PESSOALMENTE À AUTORIDADE SOLICITANTE, MEDIANTE RECIBO, QUE FORMALIZE A TRANSFERÊNCIA E ASSEGURE A PRESERVAÇÃO DO SIGILO (art.198, §2º, CTN). (D) ERRADA. É possível, desde que haja requerimento expresso e identificado, a divulgação pelo servidor de informações fiscais obtidas em razão do cargo APENAS NOS TERMOS DO CTN. (E) ERRADA. NÃO É vedada a comunicação ao Ministério Público de conduta supostamente criminosa, conhecida em razão do cargo (representações fiscais para fins penais – art.198, §3º, I, CTN). GABARITO: A 29- (GESTOR FAZENDÁRIO GEFAZ – MG 2005 ESAF) (A) Considera-se automaticamente inscrito em dívida ativa o tributo vencido e não pago, que não tenha sido objeto de impugnação ou recurso administrativo. (B) Só depois de inscrito em dívida ativa é que o crédito pode ser considerado exigível. (C) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem presunção relativa de liquidez e certeza. (D) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem presunção absoluta de liquidez e certeza. (E) A certidão positiva com efeito de negativa de débitos pode ser concedida apenas nos casos em que a exigibilidade do tributo estiver suspensa. Resolução

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(A) ERRADO. o tributo vencido e não pago, que não tenha sido objeto de impugnação ou recurso administrativo, NÃO É automaticamente inscrito em dívida ativa. NORMALMENTE, AS LEGISLAÇÕES DOS ENTES POLÍTICOS PREVÊEM UM PRAZO PARA A SUA INSCRIÇÃO. (B) ERRADO. Só depois de ENCERRADA A INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA é que o crédito pode ser considerado exigível, QUANDO ENTÃO PODE SER INSCRITO EM DÍVIDA ATIVA (art.201, CTN). (C) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem presunção relativa de liquidez e certeza (art.204, CTN). (D) ERRADO. A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem presunção absoluta RELATIVA de liquidez e certeza (art.204, CTN). (E) ERRADO. A certidão positiva com efeito de negativa de débitos pode ser concedida apenas nos casos em que a exigibilidade do tributo estiver suspensa. PODE TAMBÉM QUANDO EXISTÊNCIA DE CRÉDITOS NÃO VENCIDOS E EM CURSO DE COBRANÇA EXECUTIVA EM QUE TENHA SIDO EFETIVADA A PENHORA (art.206, CTN). GABARITO: C 30- (PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL PGDF 2004 ESAF) Marque a assertiva que apresenta resposta correta. (A) Pedido de compensação de exação tida por inconstitucional com tributos da mesma espécie, formulado administrativamente, impede a Fazenda Pública de ajuizar execução fiscal sem antes apreciar e decidir o pleito. (B) É permitida a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. (C) Constitui requisito essencial do termo de inscrição da dívida ativa a indicação do período de apuração das infrações. (D) Não tem os mesmos efeitos de certidão negativa a certidão de que conste a existência de créditos tributários cuja exigibilidade esteja suspensa. (E) A dívida ativa regularmente inscrita goza de presunção absoluta de certeza e liquidez. Resolução

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(A) CORRETA. Pedido de compensação de exação tida por inconstitucional com tributos da mesma espécie, formulado administrativamente, impede a Fazenda Pública de ajuizar execução fiscal sem antes apreciar e decidir o pleito. SUSPENDE COMO RECLAMAÇÃO (IMPUGNAÇÃO) (art.151, III, CTN). (B) ERRADA. NÃO É permitida a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial (art.170-A, CTN). (C) ERRADA. Constitui requisito essencial do termo de inscrição da dívida ativa a indicação do período de apuração das infrações. NÃO É REQUISITO ESSENCIAL DO TERMO DE INSCRIÇÃO DA DIVIDA ATIVA (art.202, CTN). (D) ERRADA. Não tem os mesmos efeitos de certidão negativa a certidão de que conste a existência de créditos tributários cuja exigibilidade esteja suspensa (art.206, CTN). (E) ERRADA. A dívida ativa regularmente inscrita goza de presunção absoluta RELATIVA de certeza e liquidez (art.204, caput, CTN). GABARITO: A 31- (PROCURADOR JURÍDICO DA CÂMARA DE VEREADORES MUNICÍPIO SANTA BÁRBARA D’OESTE 2010 FMP-RS) Pedro é citado em ação de execução fiscal, como devedor de determinada quantia relativa a Imposto Municipal. Efetuada a penhora sobre bem que garante a totalidade da dívida, Pedro tem direito à (A) certidão negativa de débito. (B) certidão positiva de débito. (C) certidão positiva de débito com efeito de negativa. (D) certidão de dívida ativa, narrando a penhora. (E) certidão judicial narratória, apenas. Resolução

Art. 206, CTN. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

No art.206, CTN, apresentam-se as hipóteses de certidão positiva com efeito de negativa.

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GABARITO: C 32- (DEFENSOR PÚBLICO-RO 2010 FMP-RS) Assinale a alternativa correta: (A) Na classificação dos créditos falimentares, os créditos trabalhistas e por acidente de trabalho preferem a todos os outros, inclusive aos extraconcursais. (B) A preferência dos créditos trabalhistas derivados da relação empregatícia está limitada a cento e cinqüenta salários mínimos por credor. (C) Os créditos tributários preferem aos créditos com garantia real ou especial. (D) Os créditos parafiscais não gozam de prioridade alguma, sendo classificados como quirografários. (E) Todas as alternativas anteriores estão incorretas. Resolução (A) ERRADA. Na classificação dos créditos falimentares, os créditos trabalhistas e por acidente de trabalho preferem a todos os outros, inclusive EXCETO aos extraconcursais (art.84 c/c art.83 Lei 11.101/2005). (B) CORRETA. A preferência dos créditos trabalhistas derivados da relação empregatícia está limitada a cento e cinqüenta salários mínimos por credor. (C) Os créditos tributários NÃO preferem aos créditos com garantia real ou especial (art.186, parágrafo único, I, CTN). (D) ERRADA. Os créditos parafiscais não gozam de prioridade alguma, sendo classificados como quirografários GOZAM DA MESMA PRIORIDADE QUE OS TRIBUTÁRIOS. (E) ERRADA. Todas as alternativas anteriores estão incorretas. GABARITO: B

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Questões Comentadas e Resolvidas nesta Aula 01- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL TRIBUTÁRIO ESAF) O crédito tributário, face à sua importância como principal fonte de receita no orçamento público, é cercado de diversos privilégios e garantias. Sobre esses, é incorreto afirmar-se que: (A) como regra, respondem pelo seu pagamento a totalidade dos bens e de rendas, de qualquer natureza ou origem, do sujeito passivo. (B) na execução fiscal, existe hipótese em que o juiz pode decretar a indisponibilidade dos bens e direitos do sujeito passivo. (C) a existência de um rol de disposições no Código Tributário Nacional pertinente às garantias e privilégios do crédito tributário não impede o surgimento posterior de outras, referentes a tributos específicos, em suas respectivas leis de regência. (D) nos casos de falência, o crédito tributário e todos os seus acréscimos legais encontram-se igualmente posicionados na ordem de preferência. (E) os créditos trabalhistas preferem ao crédito tributário. 02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 2005 ESAF) Consoante o caput do art. 186 do Código Tributário Nacional, o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho. Entretanto, por força de alteração legislativa havida recentemente no referido artigo, e de súmula editada pelo Superior Tribunal de Justiça, pode-se afirmar que, na falência, o crédito tributário: (A) Prefere aos créditos com garantia real, no limite do bem gravado. (B) Para que possam preferir ao crédito tributário, os créditos decorrentes da legislação do trabalho serão limitados à quantia equivalente a 100 (cem) salários-mínimos. (C) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a habilitação em processo de falência. (D) Não prefere à restituição de adiantamento de contrato de câmbio, que deve ser atendida antes de qualquer crédito. (E) A multa tributária não prefere aos créditos subordinados. 03- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta.

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( ) Os bens do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida gravados por ônus real respondem pelo pagamento do crédito tributário da Fazenda Pública. ( ) Não se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução, na hipótese de terem sido reservados bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida em fase de execução. ( ) Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas. (A) F, V, F (B) F, F, V (C) F, F, F (D) V, V, V (E) V, V, F 04- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) Observe as seguintes proposições e verifique se cada uma delas é verdadeira (V) ou falsa (F). Em seguida, assinale a opção que ofereça a seqüência correta. 1.ª - Os créditos tributários devem ser pagos antes do referente a obrigações trabalhistas, rateando-se entre os trabalhadores o resíduo, se o patrimônio do devedor for insuficiente para o pagamento integral do direito destes. 2.ª - Contestado o crédito tributário, o litígio processar-se-á à parte, prosseguindo normalmente o processo de falência; porém reservam-se neste bens suficientes para o total pagamento do crédito tributário e os acréscimos legais, se a massa falida não puder garantir o crédito tributário na forma diferente. 3.ª - Segundo decorre a contrario sensu da letra do Código Tributário Nacional, isoladamente considerada, pode ser admitida proposta, em concorrência pública junto ao Estado, de quem deva tributos somente à União. (A) V, V, V (B) F, V, V (C) F, F, F (D) V, F, F (E) F, F, V

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05- (ADVOGADO IRB BRASIL RESSEGUROS 2006 DIREITO TRIBUTÁRIOS ESAF) Da obrigação tributária principal decorre o crédito tributário, com a mesma natureza. Sobre a obrigação tributária, nos termos do art. 113 e seguintes do Código Tributário Nacional (Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966), é correto afirmar-se que (A) em processo de falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo falimentar pelo prazo de um ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário. (B) a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos do Código Tributário Nacional. (C) a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ou não ao fato gerador da respectiva obrigação, desde que se exclua totalmente a responsabilidade do contribuinte. (D) uma vez verificado o nascimento da obrigação tributária, com a realização do fato gerador, o sujeito passivo torna-se imediatamente compelível ao pagamento do tributo pertinente, sendo desnecessária a prática de quaisquer atos formais por parte do sujeito ativo, em quaisquer hipóteses. (E) a responsabilidade por infrações da legislação tributária somente é excluída pela denúncia espontânea da infração quando acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora. 06- (AUDITOR-FISCAL DO TESOURO ESTADUAL AFTE-RN 2005 ESAF) Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I. O Código Tributário Nacional veda que lei estadual autorize os órgãos da administração pública estadual direta a aceitar proposta em concorrência pública sem que o proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública Estadual, relativos à atividade em cujo exercício concorre. II. Os créditos tributários vencidos e vincendos, exigíveis no decurso do processo de falência, devem ser pagos preferencialmente a quaisquer outros e às dívidas da massa, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho e os protegidos por garantia real.

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III. A cobrança judicial do crédito tributário não está sujeita à habilitação em inventário, exceto se houver herdeiro civilmente incapaz. (A) Somente I é verdadeira. (B) Somente II é verdadeira. (C) Somente I e II são verdadeiras. (D) Somente I e III são verdadeiras. (E) Todas são falsas. 07- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie as afirmações adiante e marque, em seguida, a opção de resposta correta. I. Compete exclusivamente à União instituir contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, ressalvada a faculdade conferida aos Estados e ao Distrito Federal para instituir contribuição de intervenção no domínio econômico que se destine ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. II. O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro. III. Na hipótese de não terem sido reservados bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida, presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário regularmente constituído e inscrito em dívida ativa. (A) somente I e II são verdadeiras. (B) somente I e III são verdadeiras. (C) somente II e III são verdadeiras. (D) somente III é verdadeira. (E) somente II é verdadeira. 08- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a resposta correta. ( ) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na forma estabelecida pelo Código Tributário Nacional impede que corra o prazo prescricional da ação da Fazenda Pública para cobrança do crédito. ( ) O crédito tributário prefere a qualquer outro, ressalvados os créditos protegidos por garantia real habilitados em processo falimentar e os decorrentes da legislação trabalhista.

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( ) Inclui-se na expressão “crédito tributário” a multa moratória imposta em decorrência do não pagamento do tributo na época do vencimento. ( ) Na hipótese de haver herdeiros incapazes civilmente, a cobrança judicial do crédito tributário fica sujeita à habilitação em inventário. (A) F, V, V, V (B) F, F, V, V (C) F, F, F, V (D) V, F, V, F (E) V, V, F, F 09- (AUDITOR TCE SP 2008 FCC) A respeito das garantias e privilégios do crédito tributário, é correto afirmar: (A) O crédito tributário prefere a qualquer outro, inclusive os créditos decorrentes da legislação do trabalho. (B) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. (C) A multa tributária não prefere aos créditos subordinados, na falência. (D) O crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais, na falência. (E) São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. 10- (PROCURADOR DE CONTAS TCE AMAZONAS 2006 FCC) Tendo em conta as alterações no Código Tributário Nacional produzidas pela Lei Complementar no 118/05, em matéria de garantias, privilégios e preferência do crédito tributário, é correto afirmar: (A) O crédito tributário, em qualquer hipótese, preferirá a todos os outros. (B) Não se presume fraudulenta a alienação de bens ou rendas, por sujeito passivo em débito com a Fazenda Pública, por crédito regularmente inscrito como dívida ativa. (C) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordada, inventário ou arrolamento. (D) A concessão de recuperação judicial não depende de apresentação da prova de quitação dos tributos. (E) Na hipótese do devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos.

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11- (PROCURADOR DO MUNICÍPIO JABOATÃO DOS GUARARAPES 2006 FCC) Sobre o crédito tributário é correto afirmar: (A) Na falência, o crédito tributário prefere aos créditos extraconcursais e às importâncias passíveis de restituição, bem como aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. (B) Presumir-se-á fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, mesmo que, pelo devedor, tenham sido reservados bens suficientes para o pagamento total da dívida inscrita. (C) Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora e não sendo encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, limitada ao valor total exigível. (D) A cobrança judicial do crédito tributário está sujeita a concurso de credores, habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário e arrolamento. (E) A concessão da recuperação judicial independe, em qualquer situação, da apresentação da prova de quitação de todos os tributos devidos pela empresa recuperanda. 12- (PROCURADOR PGM MANAUS 2006 FCC) Em nosso sistema processual tributário, a presunção de fraude à execução (A) é relativa, pois admite prova em contrário produzida pelo executado. (B) não alcança os atos de oneração de bens pelo executado. (C) torna anulável os atos de disposição de bens praticados pelo executado. (D) pode ser invocada pela Fazenda Pública quando o executado aliena ou onera bens a partir do lançamento de ofício de crédito tributário. (E) pode ser invocada pela Fazenda Pública quando o executado aliena ou onera bens a partir da inscrição do débito fiscal como dívida ativa. 13- (AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL PARAÍBA 2006 FCC) Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará (A) a indisponibilidade dos bens do devedor e a comunicação aos órgãos que prestam serviço público de proteção ao crédito, para que lancem seu nome no rol dos inadimplentes, nos termos do Código de Defesa do Consumidor.

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(B) a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens. (C) a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio de carta registrada com AR, aos órgãos do Ministério Público e Polícia Civil. (D) o confisco dos seus bens e direitos que futuramente adquirir, comunicando a decisão aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais. (E) a indisponibilidade dos bens do devedor, de seus herdeiros e sócios, comunicando a decisão, preferencialmente por meio de intimação pessoal, às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais. 14- (AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL PARAÍBA 2006 FCC) Seja qual for a natureza ou o tempo de sua constituição, o crédito tributário prefere (A) a qualquer outro, ressalvados apenas os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente do trabalho e, na falência, os créditos extraconcursais ou as importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, e os créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. (B) a qualquer outro, sem exceção. (C) apenas aos créditos decorrentes da legislação do trabalho, sem qualquer limite e condição. (D) a qualquer outro, ressalvados apenas os créditos extraconcursais e os créditos decorrentes da legislação do acidente do trabalho. (E) a qualquer outro, ressalvados apenas os créditos extraconcursais ou as importâncias passíveis de restituição, bem como os créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado, desde que não seja decretada a falência do devedor. 15- (PROCURADOR DO ESTADO MARANHÃO 2003 FCC) Nos termos do art. 188 do Código Tributário Nacional são encargos da massa falida, os créditos tributários vencidos e vincendos, exigíveis no decurso do processo de falência. Neste caso, a massa falida figura como (A) responsável tributário. (B) contribuinte.

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(C) substituto tributário. (D) sucessor tributário. (E) agente de arrecadação. 16- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Sobre a Administração Tributária e o poder de fiscalizar, assinale a opção correta. (A) Iniciado o procedimento fiscalizatório pela autoridade administrativa, com a lavratura de Termo de Início de Fiscalização, tem-se a antecipação do prazo decadencial que, normalmente, ocorreria com o lançamento. (B) Diante de requisição da autoridade administrativa de apresentação de informações sigilosas, não pode o agente público responsável pelo deferimento negar-se a entregá-la. (C) Em que pese o dever de sigilo da autoridade fiscal, o Código Tributário Nacional autoriza a divulgação de informações relativas a representações fiscais para fins penais, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e parcelamento ou moratória. (D) A Constituição Federal estabeleceu que as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, independentemente a existência de lei ou convênio. (E) Verificada a existência de crime contra a ordem tributária, praticado por particular, deve a autoridade administrativa representar ao Ministério Público, mesmo antes de proferida decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência do crédito tributário. 17- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Assinale, abaixo, a opção que, segundo decorre do Código Tributário Nacional, contém afirmação falsa. (A) A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída, dispensando a autoridade exeqüente, portanto, do ônus de provar sua legitimidade. (B) A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior ou o erro a eles relativo são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente. (C) A nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado, o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.

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(D) À certidão positiva, de que conste a existência de créditos não vencidos, o Código Tributário Nacional atribuiu o mesmo efeito de certidão negativa. (E) A certidão de que conste a existência de créditos vencidos mas que estejam em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa, tem efeito de certidão negativa. 18- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Diz o Código Tributário Nacional que “a legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação”. A legislação mencionada, salvo disposição em contrário, aplica-se, exclusivamente, (A) a pessoas naturais ou jurídicas que sejam contribuintes do imposto a que alude a norma respectiva. (B) a pessoas naturais ou, quando se trate de pessoa jurídica, a seus diretores ou representantes legais. (C) a todas as pessoas que se achem em seu campo de incidência, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal. (D) a pessoas jurídicas que sejam contribuintes ou responsáveis por tributos em geral ou pelo tributo específico a que se refira. (E) a pessoas naturais ou jurídicas não imunes, inclusive às que sejam isentas ou não tributadas por força de norma infraconstitucional (leis, decretos etc.). 19- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) A legislação tributária que regular, em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo de que se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização da sua aplicação, aplica-se apenas (A) às pessoas naturais residentes e domiciliadas no País, que sejam ou devam ser inscritas no cadastro de pessoas físicas (B) às pessoas jurídicas, que sejam contribuintes do tributo a que se refira, inscritas ou não no cadastro próprio (C) a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal (D) a pessoas em geral, contribuintes ou não, inclusive às imunes e às que gozem de isenção de caráter pessoal

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(E) a pessoas em geral, contribuintes ou não, exceto às que gozem de imunidade tributária 20- (FISCAL DE RENDAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010 DIREITO TRIBUTÁRIO ESAF) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou decisão proferida em processo regular. Sobre a dívida ativa, julgue os itens a seguir: I. o termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de materializar a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição administrativa, instrumentalizando pela Fazenda Pública, ação executória fiscal pertinente; II. a inscrição em dívida ativa pressupõe prévio inadimplemento do contribuinte; entretanto, é necessária a prévia notificação deste para pagamento antes do ajuizamento da ação fiscal; III. tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do tributo devido e, portanto confessado a obrigação correspondente, deveria ter efetuado o pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o realizando, o crédito tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União; IV. a inscrição em dívida ativa (art. 201 do CTN), enquanto ato interno da Administração (controle de legalidade), não tem influência no curso do prazo prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento espontâneo da obrigação tributária. Estão corretos: (A) apenas os itens I, II e III. (B) apenas os itens I, III e IV. (C) apenas os itens I e II. (D) apenas os itens II, III e IV. (E) todos os itens estão corretos. 21- (ANALISTA TÉCNICO DA SUSEP – ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS GESTÃO DE TRIBUTOS 2010 – ESAF) A atividade fiscalizatória, essencial à manutenção do equilíbrio financeiro governamental, considerando o grau de relevância das receitas oriundas dos tributos no orçamento, possui determinadas prerrogativas de acordo com o Código Tributário Nacional-CTN. Sobre o tema, assinale a opção incorreta. (A) A atividade de fiscalização decorre de lei e não pode ser inibida; já o resultado da fiscalização está sujeito ao mais amplo controle judicial.

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(B) O CTN prevê obrigação inequívoca de qualquer pessoa jurídica de dar à fiscalização tributária amplo acesso aos seus registros contábeis, bem como às mercadorias e aos documentos respectivos. (C) Havendo negativa ou mera obstaculização, por parte da pessoa sujeita à fiscalização, à exibição de livros e documentos contábeis, pode o Fisco buscar, judicialmente, acesso a eles, desde que haja a fundada suspeita de irregularidade. (D) Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar arquivos ou documentos de comerciantes, ou da obrigação destes de exibi-los. (E) Se o agente da Administração Pública Tributária exigir a apresentação dos livros e o contribuinte negá-los, poderá haver o lançamento do crédito tributário por arbitramento. 22- (ANALISTA JURÍDICO SEFAZ-CE 2006 DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL TRIBUTÁRIO ESAF) Em determinados casos previstos em lei, como para participar de concorrência pública, ou para ter deferido seu programa de recuperação judicial, poderá ser exigido que o contribuinte faça prova da quitação de seus tributos por meio de certidão negativa de tributos. Entretanto, tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão positiva em que conste: I. a existência de crédito não vencido. II. a existência de crédito em curso de cobrança judicial, em que esteja garantido o juízo, por penhora ou depósito em garantia. III. a existência de crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. IV. a existência de crédito prescrito. Estão corretos: (A) Apenas os itens I, II e III. (B) Apenas os itens I e II. (C) Apenas os itens I, III e IV. (D) Apenas os itens II, III e IV. (E) Todos os itens. 23- (ANALISTA TÉCNICO DA SUSEP – ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS GESTÃO DE TRIBUTOS 2010 – ESAF) - Depois de esgotado o prazo fixado (em lei ou decisão final proferida em processo administrativo fiscal) para o pagamento de determinado tributo, o crédito respectivo é inscrito em dívida ativa tributária, por meio de um termo de dívida ativa. Assinale, entre

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os itens a seguir, o único que não é de indicação obrigatória no respectivo termo para todos os tributos. (A) O nome do devedor e a indicação de seu domicílio. (B) O número do processo administrativo de que se originar o crédito. (C) A origem e a natureza do crédito, com a menção específica à disposição legal em que seja fundado. (D) A data em que foi inscrita. (E) A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos. 24- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL PGFN DIREITO TRIBUTÁRIO 2006 ESAF) Considerando os temas “administração tributária” e “repartição de receitas tributárias”, julgue os itens abaixo e marque, a seguir, a opção que apresenta a resposta correta. I. A pessoa jurídica imune está obrigada a submeter-se ao exame de sua contabilidade pela autoridade fiscal. II. Os profissionais submetidos às regras do sigilo profissional não estão obrigados a auxiliar o Fisco com informações de seus clientes. III. Pertencem aos municípios o equivalente a 25% da arrecadação da União havida com o Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – IR de contribuintes domiciliados em seu território. IV. Os estados têm direito à parcela da arrecadação da União havida com o Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI. (A) Todos os itens estão corretos. (B) Todos os itens estão errados. (C) Apenas o item I está errado. (D) Apenas o item III está errado. (E) Apenas o item II está correto. 25- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIO – 2006 ESAF) Em determinadas situações, como para participar de processo licitatório promovido pela Administração Pública, a lei pode exigir que o contribuinte comprove estar em dia com os tributos e contribuições que deva recolher, por meio de certidão negativa. Sobre esta, podemos afirmar que (A) tem os mesmos efeitos de certidão negativa documento firmado pela autoridade competente que indique a existência de crédito vincendo, ou sob execução garantida por penhora, ou com a exigibilidade suspensa.

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(B) será sempre expedida nos termos em que tenha sido solicitada pelo interessado, no prazo de 15 (quinze) dias da data de entrada do requerimento na repartição. (C) a certidão negativa expedida com culpa, dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o servidor que a expedir, pelo crédito e juros de mora acrescidos. (D) caso o servidor seja responsabilizado pessoalmente, na via administrativa, pelo fornecimento de certidão que contenha erro contra a Fazenda Pública, não há que se falar em responsabilidade criminal. (E) havendo permissão legal, poderá ser dispensada a prova de quitação de tributos, ou seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensável para evitar a caducidade de direito. 26- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DIREITO TRIBUTÁRIO – 2006 ESAF) É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Nacional e de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. Trata-se de regra contida no Código Tributário Nacional que consagra o sigilo fiscal, a que se submetem todos os servidores da administração tributária, que, no entanto, comporta algumas exceções. Avalie os itens abaixo e, em seguida, marque a opção correta. I. A autoridade judiciária pode requisitar informações protegidas por sigilo, no interesse da justiça. II. Não é vedada a divulgação de informações relativas a representações fiscais para fins penais. III. A Fazenda Pública da União poderá permutar informações com Estados estrangeiros no interesse da arrecadação e da fiscalização de tributos, independentemente de previsão em tratados, acordos ou convênios. IV. A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderão permutar entre si informações sigilosas, desde que haja expressa previsão legal. (A) Todos os itens estão corretos. (B) Há apenas um item correto. (C) Há três itens corretos. (D) Há dois itens corretos. (E) Todos os itens estão errados.

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27- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 – ESAF) Considerando o tema “administração tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) É legal o exame dos livros contábeis das pessoas imunes. ( ) Mesmo os profissionais submetidos às regras do segredo profissional devem prestar, quando solicitadas, informações ao Fisco sobre seus clientes. ( ) Fica automaticamente inscrito em Dívida Ativa o tributo lançado não pago e não objeto de impugnação ou recurso administrativo. ( ) É ilegal a concessão de certidão positiva com efeito de negativa se existente crédito tributário ainda não vencido. (A) V, F, F, V (B) F, F, F, V (C) F, F, V, V (D) V, F, F, F (E) V, V, F, V 28- (GESTOR FAZENDÁRIO GEFAZ – MG 2005 ESAF) (A) Os livros obrigatórios contendo a escrita fiscal e comercial devem ser conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários das operações a que se refiram. (B) As pessoas imunes não podem ser submetidas a nenhuma espécie de fiscalização. (C) É vedado, em qualquer hipótese, o intercâmbio de informações sigilosas entre entes da Administração Pública. (D) É possível, desde que haja requerimento expresso e identificado, a divulgação pelo servidor de informações fiscais obtidas em razão do cargo. (E) É vedada a comunicação ao Ministério Público de conduta supostamente criminosa, conhecida em razão do cargo. 29- (GESTOR FAZENDÁRIO GEFAZ – MG 2005 ESAF) (A) Considera-se automaticamente inscrito em dívida ativa o tributo vencido e não pago, que não tenha sido objeto de impugnação ou recurso administrativo. (B) Só depois de inscrito em dívida ativa é que o crédito pode ser considerado exigível. (C) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem presunção relativa de liquidez e certeza. (D) A certidão da dívida ativa constitui título executivo extrajudicial e tem presunção absoluta de liquidez e certeza.

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(E) A certidão positiva com efeito de negativa de débitos pode ser concedida apenas nos casos em que a exigibilidade do tributo estiver suspensa. 30- (PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL PGDF 2004 ESAF) Marque a assertiva que apresenta resposta correta. (A) Pedido de compensação de exação tida por inconstitucional com tributos da mesma espécie, formulado administrativamente, impede a Fazenda Pública de ajuizar execução fiscal sem antes apreciar e decidir o pleito. (B) É permitida a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. (C) Constitui requisito essencial do termo de inscrição da dívida ativa a indicação do período de apuração das infrações. (D) Não tem os mesmos efeitos de certidão negativa a certidão de que conste a existência de créditos tributários cuja exigibilidade esteja suspensa. (E) A dívida ativa regularmente inscrita goza de presunção absoluta de certeza e liquidez. 31- (PROCURADOR JURÍDICO DA CÂMARA DE VEREADORES MUNICÍPIO SANTA BÁRBARA D’OESTE 2010 FMP-RS) Pedro é citado em ação de execução fiscal, como devedor de determinada quantia relativa a Imposto Municipal. Efetuada a penhora sobre bem que garante a totalidade da dívida, Pedro tem direito à (A) certidão negativa de débito. (B) certidão positiva de débito. (C) certidão positiva de débito com efeito de negativa. (D) certidão de dívida ativa, narrando a penhora. (E) certidão judicial narratória, apenas. 32- (DEFENSOR PÚBLICO-RO 2010 FMP-RS) Assinale a alternativa correta: (A) Na classificação dos créditos falimentares, os créditos trabalhistas e por acidente de trabalho preferem a todos os outros, inclusive aos extraconcursais. (B) A preferência dos créditos trabalhistas derivados da relação empregatícia está limitada a cento e cinqüenta salários mínimos por credor. (C) Os créditos tributários preferem aos créditos com garantia real ou especial.

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(D) Os créditos parafiscais não gozam de prioridade alguma, sendo classificados como quirografários. (E) Todas as alternativas anteriores estão incorretas.

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Gabarito das Questões

01-D 02-D 03-D 04-B 05-A 06-E 07-E 08-D 09-E 10-E 11-C 12-E 13-B 14-A 15-B 16-C 17-A 18-C 19-D 20-B 21-C 22-A 23-B 24-D 25-A 26-D 27-D 28-A 29-C 30-A 31-C 32-B


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