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PREPARO EADMINISTRAÇÃO DEMEDICAMENTOS
Enfº Carlos Rocha
Especialista em Docência do Ensino Superior
Administração de Medicamentos
A administração de medicamentos é umadas tarefas de maior responsabilidade da
equipe de enfermagem;
Requer conhecimentos de farmacologia eterapêutica médica, no que diz respeito aação, dosagem, efeitos colaterais, métodos eprecauções na administração de drogas;
Administração de Medicamentos
Como a enfermagem cuidados pacientes 24 horas pordia, encontra-se numaposição ímpar paraidentificar as respostasdestes á medicação,
contribuindo para aassistência ao paciente.
Administração de Medicamentos
Cada indivíduo apresenta manifestaçõesúnicas aos medicamentos, e os fatores queinfluenciam e estas diferenças são:
Idade: fetos e neonatos têm os órgãosimaturos, e são mais vulneráveis aos efeitosdas drogas. Idosos e crianças têm uma
capacidade menor de absorver e eliminar asdrogas.
Administração de Medicamentos
Tamanho: considera-se 70 Kg o peso
médio de um adulto, sendo assim, aposologia para as pessoas menores emaiores deve ser ajustado;
Sexo: mulheres têm mais tecido adiposoque os homens. O tecido adiposo é menosvascularizado que o tecido muscularportanto as mulheres precisam de maisdrogas que os homens,
Administração de Medicamentos
Gestação e lactação: algumas
medicações ultrapassam a barreira daplacenta, é contra indicado o uso da maioriadas drogas durante a gravidez, o mesmoocorre no período de amamentação, poismuitas substâncias podem ser passadas parao lactente pelo leite;
Informações sobre a história clínica:dados como alergias ou reações incomuns auma substância são de valiosa importância.
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Prescrição dos Medicamentos
Prescrição médica: É uma ordem escrita porprofissional capacitado para se preparada pela
equipe de enfermagem, que deve conter:
1. Data, nome do paciente, hospital, UBS(unidade básica de saúde);
2. Nome do medicamento e horários em que omedicamento deve ser ingerido e/ouintervalos entre as doses;
Prescrição dos Medicamentos
3. Via do medicamento;
4. Assinatura e carimbo (contendo registrono conselho regional) do médico ouprofissional qualificado;
5. Deve ser legível.
Prescrição dos Medicamentos
Tipos de prescrição:
Prescrição padrão: deve conter quantodo medicamento o paciente deve recebere por quanto tempo, permanece em efeitopor tempo indefinido ou por períodoespecificado;
Prescrição única: deve conter a
prescrição do medicamento a seradministrado apenas uma vez;
Prescrição de Medicamentos
Prescrição imediata: deve conter aprescrição de um medicamento que o pacientedeve receber imediatamente, no geral para umproblema urgente;
Prescrição verbal: não é o tipo ideal, deveser evitada sempre que possível, pois a PMverbal traz riscos iminentes de erros, podeocorrer em situações de urgências e deve sertranscrita pelo médico o quanto antes.
Cuidados no Preparo
Alguns cuidados e medidas são fundamentais
para o preparo do medicamento e aadministração segura:1. Boa iluminação no local de preparo;2. Concentração;3. Não interromper a tarefa antes de finalizá-la;4. Manter a prescrição médica sempre á frente
enquanto é preparada;5. Ler e conferir o rótulo antes de preparar o
medicamento;
Cuidados no Preparo
6. Não conversar durante o preparo,evitando a contaminação e distração;
7. Os medicamentos devem ser guardadosem local limpo, seco, arejado e livre deraios solares, para assegurar suaconservação;
8. Observar a data de validade;9. Não administrar medicação preparada por
outra pessoa.
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Cuidados Gerais na Administração
Os erros de medicação são passíveis de
prevenção e uma das ferramentas quepodem ser utilizadas neste processo é oemprego pelo profissional dos 9 certosdurante o preparo e administração demedicamentos.
Os 5, 6, ...9...15 certos ???
1º C – Paciente certo 2º C – Droga certa 3º C – Dose certa 4º C – Hora certa 5º C – Técnica certa 6º C – Documentação certa 7º C – Ação certa 8º C – Forma Certa 9º C – Resposta Certa
Motivos da Administração
Prevenir
Aliviar
Curar enfermidades
Vias de Administração
Sublingual Oral Gástrica Retal Vaginal Cutânea ou tópica Nasal Ocular Auricular
Vias de Administração Parenteral:
1. Intramuscular (IM)2. Subcutânea (SC)3. Intradérmica (ID)4. Endovenosa (EV) ou Intravenosa(IV)5. Intrarticular6. Intratecal7. Intracardíaca8. Intrapleura9. Intrarterial10. Intraóssea
Via Sublingual
A medicaçãodeve ser
colocada sob a língua. O cliente deve
permanecer com omedicamento sob a lúngua,até a sua absorção total.
Embaixo da língua.
Absorção rápida.
Mucosa ricamente irrigada.
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Via Oral
Medicação ingerida
através da boca, como:comprimidos, xaropes,cápsulas e drágeas.
Via Inalatória
Os medicamentos inaladospassam rapidamente para a
corrente sanguínea. Os pulmõescontêm uma vasta rede depequenos sacos de ar (alvéolos)que proporcionam uma grandeárea superficial através da qual osmedicamentos podem passar doar inalado para a correntesanguínea.
Ex:Sprays Nasais
Via Oftálmica
São os colírios que são quaseexclusivamente utilizadospara levar um medicamentodiretamente ao olho (ex. paratratar o glaucoma ou umainfecção nos olhos). Ocorretambém alguma absorção
para a corrente sanguínea
Via Tópica
Efeito local, a substância éaplicada diretamente onde sedeseja sua ação. No caso dedoenças oculares, doenças depele, doenças alérgicas.
Ex: Aciclovir – creme notratamento de herpes,cetoconazol – creme utilizado
no caso de micoses.
Via Retal
Em forma de supositório ou
enema retal, sua indicação éimpopular e desconfortável.São aplicados acima doesfíncter anal interno. Indicadasem estado de coma,inconsciência, náuses evômitos. A droga é absorvidapela mucosa retal.
Via Parenteral
Tem efeito sistêmico; recebe-se
a substância por outra formaque não pelo trato digestivo.
Uma vez administrada não épossível retira-la.
Menor perda da substância.
Devem ser preparadas comtécnica asséptica.
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Agulhas
Tamanhos mais comuns: 13 X 4,5 ou 10 X 5 (SC ou ID) 25 X 7, 25 X 8 ou 30 X 8 (IM ou EV). 40 X 12 (aspirar medicamentos de frascos ou ampolas)
SeringasApresentação de Medicação
Parenteral
Ampolas
(líquido)
Apresentação de MedicaçãoParenteral
Frasco Ampola
(pó liofilizado)
Via Intradérmica (ID) Via muito restrita; Indicação: Teste de sensibilidade, BCG(Bacilo de Calmette-Guérin), Teste PPD
(derivado protéico purificado). Ângulação: 15º Volume : 0,1 a 0,5 ml.
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Via Intradérmica (ID)Local apropriado:
Face anterior do antebraçoPobre em pelosPouca pigmentaçãoPouca vascularização Fácil acesso para leitura
Via Subcutânea (SC)
Feito no tecido Subcutâneo a absorção éfeita pelos capilares.
Absorção lenta, através dos capilares, deforma contínua e segura.
Indicação: vacinas,hormônios, insulina,anticoagulantes e sedativos
Volume: de 0,5 a 2 ml Ângulo: 30º, 45º e 90º.
Via Subcutânea (SC)
Local: região escapular;parede abdominal; faceanterior e posterior dobraço; face anterior dacoxa.
Em uso contínuo deve-serodiziar o local daaplicação – necrose local,
absorção comprometida
Via Subcutânea (SC)Complicações Infecções inespecíficas ou
abscesso; Formação de tecido
fibrótico; úlceras ou necrosede tecidos;
Embolias - por lesão devasos e uso de drogasoleosas ou em suspensão;
Fenômeno de Arthus -
formação de nódulos devidoinjeções repetidas em ummesmo local
Via Intra Muscular (IM)
Para a administração de substâncias
irritantes, de difícil absorção, medicamentosoleosos e demais substâncias consideradasconsistentes;
Administração de substâncias que precisamser absorvidas mais rapidamente que pelasvias intradérmicas e subcutânea.
Regiões: Deltóide (D), Face lateral da coxa(FALC), Ventro Glúteo (VG) e DorsoGlúteo (DG).
IM – Deltóide (D)
Aplicação no músculo
deltóide. Volume máximo: 3ml. Ângulo: 90º. Marco topográfico: quatro
centimentros abaixo doacrômio clavicular, no centrodo triângulo.
Contra indicada: crianças de0 a 10 anos.
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IM - FALC Aplicação no vasto lateral
(quadriceps femural). Volume máximo: 4ml. Ângulo: 45º sentido céfalo
podálico. Marco topográfico:
Dermacar trocanter maior econdilo femural, dividirregião em três, aplicar nocentro médio.
Contra indicado: de 0 a 28dias.
IM – Ventro Gluteo (VG) Também conhecida como
Hochestter. Formada pelos músculos
médio e mínimo. Volume máximo: 5ml. Ângulo: 90º. Marco topográfico: Mão
no trocânter maior docliente, dedo médioformando um V com a cristailíaca, e a medicação éaplicada no meio doV.
IM – Dorso Glúteo (DG) Aplicação no glúteo máximo
- quadrante superiorexterno.
Volume máximo: 5ml. Ângulo: 90º. Marco topográfico: traçar
linha partindo da espinhailíaca póstero-superior até ogrande trocanter do fêmur e
puncionar acima desta linha(relativo ao quadrantesuperior externo)
Complicações por Via IM Lesão de nervos: principalmente o nervo
ciático (glúteo); Lesão de vasos: acidentalmente, pode-se
perfurar um vaso sangüíneo; Lesão de tecido subcutâneo por injeções
superficiais: dor, nódulo, abscesso Processos alérgicos: susceptibilidade do
cliente ao medicamento ou produto usadona anti-sepsia.
Outras alterações orgânicas (reação aomedicamento).
Resumo Via Endovenosa (EV)
Introdução de medicação diretamente na
veia. É a via onde se tem a mais rápida ação do
fármaco administrado, em que há aintrodução da medicação diretamente naveia.
Métodos : Misturas em grandes volumesde líquidos; Bolus (bolo) pequeno volumepor acesso venoso já existente ousalinizado; Infusão em paralelo.
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Via Endovenosa (EV)
Vantagens
Resposta rápida
Absorção eficaz
Dosagem precisa
Melhor conforto queas IM
Desvantagens
Incompatibilidadede soluções emedicamentos
esclerose venosa
Reações adversasimediatas
Via Endovenosa
Tipos drogas injetados na veia
• Soluções solúveis no sangue.• Líquidos hiper, iso ou hipotônicos.
• Sais orgânicos.
• Eletrólitos.
• Medicamentos não oleosos, nãocontenham cristais visíveis em suspensão .
Via Endovenosa
Dispositivos
Agulhas . Cateter rígido de inserção periférica -scalps – agulha tipo borboleta.
Cateter flexível de inserção periférica -cânula de poliuretano “jelco”.
Cateter central de inserção periférica – PICC.
CVPR - CVPF
PICC Via Endovenosa
Dispositivos de conexão
Equipo simples duas vias (polifix)
Equipo simples macrogotas.
Equipo microgotas.
Etc.
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Dispositivos de Conexão Via Endovenosa
Locais de Aplicação
Qualquer veia superficial acessível,preferencialmente de grande calibre longede nervos importantes e articulações (estaúltima no caso de soro), de fácil acesso, nãoesclerosada e sem sinais de inflamação.
Via Endovenosa (EV)
Locais de Aplicação
Crianças: veias pediosatibial e fibular (dosmembros inferiores),
jugular e epicraniana(pescoço e cabeça).
Via Endovenosa (EV)
Membros superiores – MMSS
Veias cefálica, basílica - paramanutenção de via venosacontínua.
veia mediana do cotovelo -para coletas de sangue,
para injeções únicas demedicamentos.
Dorso da mão Veias metacarpianas
dorsais.
Para injeções únicas.
Manutenção de viavenosa contínua (evitarnovas punções).
Via Endovenosa (EV) Via Endovenosa (EV)
Região cervical•Veias jugulares - em pacientescom dificuldade de acessovenoso.•Veia subclávia - acesso venosocentral.•Muito utilizada em uti paraadministrar medicamentos einfusão de alimentaçãoparenteral.
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Membros inferiores - MMII•Perna - veia safena magna etibial anterior•Pé - rede dorsal do pé - evitardevido risco de flebites eembolia•Contra-indicada em clientescom lesões neurológicas•Muito utilizada em crianças
Via Endovenosa (EV) Cuidados Adm. Medicação EV
O procedimento requer técnica assépticarigorosa.
A solução medicamentosa deve apresentar-se límpida e perfeitamente diluída.
Aplicar a solução bem diluída e lentamente. Observar rigorosamente as reações do
cliente durante e logo após a aplicação domedicamento.
Luvas de procedimento (EPI).
COMPLICAÇÕES MEDICAÇÕES EV
1. Extravazamento/infiltração - a veia éperfurada e/ou vazamento em torno do localde acesso IV.
Sinais e Sintomas Queimação ou desconforto no local de acesso Calor local
Velocidade de infusão diminuída – obstrução
Edema no local de acesso ou acima dele Sensação de distensão no local de acesso
COMPLICAÇÕES MEDICAÇÕES EV
2. Hipersensibilidade à drogas.
Sinais e Sintomas Reação anafilática
Bronco espasmo
Erupção urticariforme, prurido
Lacrimejamento, coriza Sibilos
COMPLICAÇÕES MEDICAÇÕES EV
3. Flebite – complicação mais comum IV;
associada a medicamentos e soluções ácidas, ,alcalinas ou de alta osmolaridade, uso dedispositivo mais calibroso que o vaso, usoprolongado dispositivo mesmo local
Sinais e Sintomas Calor local
Veia endurecida à palpação Área edemaciada sobre a veia Hiperemia ou sensibilidade na ponta do
dispositivo
COMPLICAÇÕES MEDICAÇÕES EV
4. Choque – pode ocorrer quando a medicação
é administrada com rapidez excessiva
Sinais e Sintomas Parada cardíaca Rubor facial
Cefaléia Síncope Opressão torácica
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COMPLICAÇÕES MEDICAÇÕES EV
5. Infecção Sistêmica – complicação maisgrave IV; mais comum em dispositivos de
acesso vascular central.
Sinais e Sintomas Febre
Calafrios e mal-estar sem causa aparente
COMPLICAÇÕES MEDICAÇÕES EV
6. Espasmo Venoso – pode ocorrer coma infusão de soluções frias ou irritantes,punção venosa traumática
Sinais e Sintomas Palidez pele sobre a veia
Dor ao longo da veia
Velocidade de infusão lenta
Preparo e Administração
Sempre
Higienizar as mãos com água e sabão ouálcool gel no quarto do paciente antes eapós a administração do medicamento.
Organizar e preparar o local
Atenção e silêncio durante o preparo.
Utilizar técnica asséptica.
Preparo e Administração
O que deve conter?
Identificação
Paciente
Medicação
Dose
Via Horário
Preparo e Administração
Exemplo:
CM – Leito A 5 - Antonio Carlos da Silva
Dipirona - 2ml EV -10h
Preparo e Administração
O que identificar?
Copinhos;
Seringas;
Frascos com soluções;
Comprimidos.
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Preparo e Administração
Diluição Consultar tabela de diluição
Observar qual o diluente adequado (AD, SF0,9%, SG 5%, etc.)
Reconstituir até a completa diluição,observar cristais, flocos e outras alterações.
Primeiro preparar o soro no equipo e apósinjetar o medicamento.
Olhai e Vigiai