- Aula 6 -Técnicas anestésicas para mandíbula
2009©Lêonilson Gaião
Anestesias terminais
Anestesia terminal infiltrativa supraperiostal;Anestesia terminal infiltrativa subperiostal;Anestesia terminal infiltrativa intra-septal;Anestesia terminal infiltrativa peridendal ou intra-ligamentar;Anestesia terminal infiltrativa intrapulpar.
Anestesia terminal infiltrativa supraperiostal Punciona-se a mucosa sem atingir o periósteo;
Indicações
Exérese de lesões (mucocele);Diminuição do sangramento (vasoconstrição);Região anterior da mandíbula de crianças.
TécnicaDistende-se a mucosa com os dedos polegar e indicador para baixo e para fora;Punciona-se a mucosa bucal na altura do dente a que sofrerá a intervenção ou sob a lesão;Posiciona-se o bisel da agulha voltado para o osso ou sob a lesão;Com uma agulha curta depositamos ¾ do tubete.
Anestesia terminal infiltrativa subperiostal
O anestésico é depositado
sob o periósteo, junto ao
tecido ósseo.
Indicações
Pode ser utilizada na região anterior de mandíbulas de crianças;Contra indicada em adultos.
TécnicaDistende-se a mucosa com os dedos polegar e indicador para baixo e para fora;Punciona-se a mucosa bucal na altura do dente a que sofrerá a intervenção;Posiciona-se o bisel da agulha voltado para o osso;A agulha é introduzida até chegar ao tecido ósseo;Com uma agulha curta depositamos ¾ do tubete.
OBS:
A aplicação desta técnica sempre causará dor durante a deposição do anestésico, sendo empregada como técnica anestésica complementar.
Anestesia terminal infiltrativa intra-septal
O anestésico é depositado no septo ósseo de dois dentes contíguos, onde passa rapidamente pela estrutura óssea esponjosa, atingindo assim o ligamento periodontal.
Indicações
Pode ser utilizada em todas as papilas interdentais;Tanto pelo lado vestibular como lingual;Grande aplicação em periodontia, prótese, dentística e odontopediatria.
Anestesia terminal infiltrativa peridendal ou intra-ligamentar
O anestésico é depositado junto as fibras do
ligamento periodontal, e através da microcirculação, o anestésico chega ate a câmara pulpar.
Indicações
Exodontias, pulpotomias e preparos cavitários;Complementar ao DI (1º molar) .
Técnica Colocamos a agulha entre o dente e o seu ligamento, caso o paciente refira dor injetamos o anestésico;Caso não ocorra a referência
temos o sucesso da técnica.
Anestesia terminal infiltrativa intrapulpar
Esta técnica tem por objetivo a anestesia direta da polpa dentária
Indicações
Endodontia (biopulpectomia);Exodontia (odontosecção).
Técnica Introduz-se a agulha dentro
da polpa dentária,
procurando inseri-la
se possível dentro
dos canais radiculares.
Bloqueios regionais na mandíbula
Anestesia do nervo mentoniano.Anestesia do nervo bucal;Anestesia do nervo lingual;Anestesia do nervo alveolar inferior;Anestesia do nervo mandibular;
Nervo mentonianoe incisivo
Ramos terminais do alveolar inferior;O nervo incisivo também é anestesiado;
ASPIRAÇÃO-5,7%
Considerações anatômicasForame Mentoniano
Em adultos jovens se localiza eqüidistante entre a borda inf. e a crista do processo alveolar;Próximo ao ápice dos pré-molares;A luz do forame está voltada ligeiramente para cima e para trás;Em desdentados se encontra mais superiormente.
Indicações
Intervenções cirúrgicas nos tecidos moles da região;Houver processos patológicos que contra indiquem a anestesia infiltrativa.
Técnica A agulha penetra em um ângulo de 45° em relação ao corpo da mandíbula;Penetra na região de fundo de sulco, compatível a raiz mesial do 1° molar inf.;O conjunto seringa-agulha penetra de cima para baixo e de trás para frente;
Áreas anestesiadasMentoniano
Mucosa da da boca do forame até a linha média;Pele do lábio inferior;Mento
IncisivoFibras nervosas pulpares para os pré-molares, canino e incisivos
Nervo bucal Pode ou não ser anestesiado durante o bloqueio NAI;Responsável pela inervação sensitiva dos tecidos moles e periósteo bucais adjacentes dos molares inferiores;
ASPIRAÇÃO- 0,7%
Técnica •Área de introdução- mucosa distal e bucal do 2° ou 3º molar;
•O nervo passa sobre a borda anterior do ramo;
•Introduzir a agulha ate atingir o osso;
•Recuar 1mm e depositar o anestésico.
Nervo alveolar inferior
Mais utilizada e difundida;15 a 20% de fracassos;Anestesia
Alveolar inferiorMentoniano;Incisivo;Lingual (muito comum)
ASPIRAÇÃO-10-15%
Áreas anestesiadas
Dentes mandibulares;
Corpo e porção inf. do ramo;
Mucosa ant. ao primeiro molar;
2/3 ant. da língua e assoalho bucal;
Tecidos moles linguais e periósteo.
VantagemUma única injeção produz uma grande área de anestesia.
Desvantagens•Pontos de reparo intra-bucais
pouco confiáveis;
•Aspiração positiva (10-15%).
Osteologia mandibular
Técnica diretaPlano oclusal paralelo ao solo;Colocamos o dedo no vértice do trígono;Dedo-evidência o ponto de punção (depressão entre a linha oblíqua externa e ligamento pterigomandibular e em altura supero-inferior 1 cm acima do plano oclusal).
Tomamos como apoio a região de pré-molares do lado oposto;A agulha é introduzida até que atinja o tecido ósseo ( sendo injetado lentamente anestésico durante a introdução);Recuamos a agulho 1 a 3 mm do tecido ósseo e injetamos o restante do tubete.
Forame-plano oclusal
Ponto de apoio
Em crianças a mandíbula ainda esta em desenvolvimento e desta forma o forame se encontra abaixo do nível oclusal, sendo necessário o conjunto agulha-seringa entre em um ângulo de 5° com o plano oclusal.
Técnica indireta ou três posições
Possui como grande vantagem sobre a técnica direta a não necessidade de anestesias complementares (bucal e lingual);Possui 3 tempos sendo o terceiro igual a técnica direta.
Técnica –indireta Plano oclusal paralelo ao solo;Colocamos o dedo no vértice do trígono;Dedo-evidência o ponto de punção (depressão entre a linha oblíqua externa e ligamento pterigomandibular e em altura supero-inferior 1 cm acima
do plano oclusal).
A agulha penetra inicialmente 5mm atingindo o nervo bucal onde depositamos ¼ do tubete (1ª posição);
Após introduzimos mais 5 mm e injetamos outro ¼, bloqueando o nervo lingual(2ª posição);
Retiramos a agulha de modo a deixar apenas a ponta no interior dos tecidos;Giramos o conjunto ate a área de pré-molares;Reintroduzimos até tocar o osso e recuamos 1 a 3 mm e depositamos a ½ restante.
Mandibular Gow-GatesAnestesia sensitiva em praticamente todo o V3;Nervos anestesiados:
Alveolar inferior, mentoniano, lingual, incisivo, milo-hióideo, auriculotemporal e bucal;
Áreas anestesiadas:Dentes mand., mucoperiósteo e mucosa bucal, 2/3 anteriores da língua, tecidos moles linguais, corpo da mand. e porção inf. do ramo e pele sobre o zigoma, bochecha e região temporal.
ASPIRAÇÃO-2%
Indicações
Múltiplos procedimentos;Quando precisar de anestesia dos tecidos moles bucais desde o 3º molar até a linha média;Quando um bloqueio DI for mal sucedido.
Técnica Recomendado o uso de agulha longa calibre 25;Paciente com a boca aberta;Área de introdução-mucosa na face mesial do ramo, em uma linha que vai da incisura intertragos até o ângulo da boca,distal ao segundo molar superior;
ss
Área alvo-região foveana do côndilo;A profundidade da inserção não deve ultrapassar 25 a 27 mm;É injetado o conteúdo inteiro do tubete após o contato com a região foveana;O paciente permanece com a boca aberta por 20 a 30 seg;Aguardar de 4 a 7 minutos.
Aspectos de segurança
Tocar o osso com a agulha antes de administrar o anestésico;Antes de injetar fazer a aspiração;O calibre do V3 pode ser exagerado sendo necessário maior quantidade de anestésico.
Mandibular transzigomáticae masseterino
Técnica extra-bucal de bloqueio do nervo mandibular;Pode ser chamada de subzigomática;Exige bons conhecimentos de anatomia e experiência.
Indicações
Trismo, ou impossibilidade de abrir a boca;Sempre que necessitarmos intervir na mandíbula
Ressecção de tumoresFraturas múltiplasOsteomielites
Técnica Localização da incisura mandibular;e arco zigomático;Marcação dos pontos sob a pele.
O local de introdução da agulha é o centro do “transferidor”;Usamos agulha de 7 a 9 cm;A agulha entra num ângulo de 90° com a pele.
MASSETERINO-2 a 3 cm a agulha toca na incisura mandibular;A agulha penetra 4 a 5 cm até encontrar um reparo ósseo;Recuamos 1 cm e tornando a impulsiona-la (mais posteriormente);Injetamos 3 ml de solução anestésica.
Mandibular e DI de Vazirani-Akinosi
• Técnica intra-bucal, com boca fechada;
Indicações • Pacientes com abertura bucal limitada (trismo);
• Falha em outra técnica técnica .
ASPIRAÇÃO-<10%
Vantagens Relativamente atraumático;Pode ser realizado com a boca fechada;Produz anestesia bem sucedida quando há nervo alveolar bífido.
Desvantagens•Dificuldade em visualizar o trajeto da agulha;
•Sem contato ósseo;
Técnica Usamos agulha longa calibre 27;Puncionamento- na borda lingual do ramo da mandíbula diretamente adjacente a tuberosidade, na altura do 2º ou 3º molar superior.
Área alvo- tecidos moles da face medial do ralo;Bisel orientado para a linha média;Em posição 8 horas colocar o polegar na coronoide;Orientação sup-inf pelo plano oclusal;Agulha post. ligeiramente para o lado;Introduzir 25 mm.
Falhas
Ramo muito largo ou angulado;Agulha muito curta;Ponto de introdução muito baixo.