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  • Renascimento Cultural e Cientfico

    O Renascimento foi um movimento artstico, cultural e cientfico que se desenvolveu inicialmente na Itlia e foi difundido pela Europa entre os sculos XV e XVI.

    - Crtica aos valores medievais e pela revalorizao dos valores da Antigidade Clssica ( greco-romana ).

    O bero do Renascimento foi a Itlia > Intenso desenvolvimento comercial das cidades italianas que exerciam o monoplio sobre o comrcio no mar Mediterrneo;

    -Desenvolvimento e ascenso de uma nova classe social a burguesia comercial que passava a difundir novos hbitos de consumo;-O urbanismo e a disseminao do luxo e da opulncia; -Influncia da cultura grega, atravs do contato comercial das cidades italianas com o Oriente, especialmente Constantinopla;-O Mecenato, prtica exercida pelos burgueses, prncipes e papas, de financiar os artistas, procurando mostrar o poderio da cidade e ampliar o prestgio pessoal;

    Caractersticas do Renascimento Os homens que viviam sob a Renascena criticavam a cultura medieval, excessivamente teocntrica, e defendiam uma nova ordem de valores.

    Os principais aspectos do Renascimento foram:- racionalismo valorizao da razo- antropocentrismo homem no centro- universalismo descoberta do mundo- naturalismo, acentuando o papel da natureza;- individualismo, valorizando o talento e o trabalho; - humanismo - valorizao do homem

    Humanismo Criticava de valores medievais e defesa de uma nova ordem de idias

    Valorizao do progresso e da razo.> divulgao dos valores renascentista pela Europa.

    No Renascimento desenvolveram-se as artes plsticas, a literatura e os fundamentos da cincia moderna.

    Artes Plsticas.

    As obras renascentistas so caracterizadas pelo naturalismo e retratam o dinamismo comercial do perodo. Os estilos desenvolvidos levaram a uma diviso da Renascena em trs perodos: o Trecento (sculo XIV) , o Quattrocento ( sculo XV ) e o Cinquecento ( sculo XVI).

    TRECENTO - destaque para a pintura de Giotto ( 1276/1336 ) que muito influenciou os demais pintores;QUATROCENTO - perodo de atuao dos Mdicis, que financiaram os artistas. Loureno de Mdici foi o grande mecenas da poca.Destaques para Botticelli ( 1444/1510 ) e Leonardo da Vinci (1452/1519).CINQUECENTO - O grande mecenas do perodo foi o papa Jlio II que pretendia reforar a grandiosidade e o poder de Roma. Iniciou as obras da nova baslica de So Pedro. O autor do projeto foi Bramante e a decorao cargo de Rafael Snzio e Michelngelo.Michelngelo ( 1475/1564 ) apesar de destacar-se como o pintor da capela Sistina foi o grande escultor da Renascena.

    LiteraturaGraas imprensa, os livros ficaram mais acessveis, facilitando a divulgao de novas idias.PRECURSORESTrs grandes autores do sculo XIV:Dante Alighieri (1265/1321),autor de A Divina Comdia, uma crtica concepo religiosa; Francesco Petrarca, com a obra frica e Giovanni Boccaccio que escreveu Decameron.

  • LiteraturaGraas imprensa, os livros ficaram mais acessveis, facilitando a divulgao de novas idias.PRECURSORESTrs grandes autores do sculo XIV:Dante Alighieri (1265/1321),autor de A Divina Comdia, uma crtica concepo religiosa; Francesco Petrarca, com a obra frica e Giovanni Boccaccio que escreveu Decameron.

    Alguns importantes nomes

    Itlia Maquiavel, fundador da cincia poltica com sua obra O Prncipe, cuja tese central considera que os fins justificam os meios. Contribuiu para o fortalecimento do poder real e lanou os fundamentos do Estado Moderno.Campanella, que relatou a misria italiana no livro A Cidade do Sol.

    Frana Rabelais, que escreveu Gargntua e Pantagruel; Montaigne, que foi o autor de Ensaios.

    Holanda Erasmo de Roterdan, considerado o "prncipe dos humanistas" que satirizou e criticou a sociedade da poca. Sua obra-prima O Elogio da Loucura ( 1569 ).

    Inglaterra Shakespeare, autor de magnficos textos teatrais.

    Espanha Miguel de Cervantes, com o clssico Dom Quixote de la Mancha.Portugal Cames, que exaltou as viagens portuguesas na sua obra Os Lusadas.

    Cincia Moderna

    Racionalismo valorizao da matemtica, da experimentao e da observao sistemtica da natureza Cincia moderna

    Nicolau Coprnico- demonstrou que o Sol era o centro do universo (heliocentrismo) em oposio ao geocentrismo ( a Terra como o centro).Giordano Bruno -divulgou as idias de Coprnico na Itlia. Considerado herege foi queimado na fogueira em 1600.Kepler -confirmou as teorias de Coprnico e elaborou uma srie de enunciados referentes mecnica celeste.Galileu Galilei - inaugurador da cincia moderna e aprofundou as idias de Coprnico, pressionado pela Igreja negou as suas idias.

    Crise do Renascimento

    O Renascimento entra em decadncia aps a perda de prestgio econmico das cidades italianas, em decorrncia das Grandes Navegaes -que muda o eixo econmico do Mediterrneo para o Atlntico; e da Contra-Reforma Catlica que limitou a liberdade de expresso.

    A Reforma Religiosa

    O contexto da reforma Renascimento Crticas instituio clerical.

    Escndalos envolvendo a igreja- venda de indulgncias pagamento em troca de perdo dos pecados

    - Abusos de poder e desmoralizao do clero

    - Crise de religiosidade dos membros da burguesia j que igreja criticava aspectos como a usura e a comercializao com direito a lucro.

    Causas da Reforma

    - A explorao dos camponeses pela Igreja -a Senhora feudal. A vontade de terras para o cultivo leva esta classe a apoiar a Reforma;- Interesses da nobreza alem nas terras eclesisticas;

  • - A condenao da usura pela Igreja feria os interesses da burguesia comercial;- O processo de centralizao poltica, onde era interesses dos reis o enfraquecimento da autoridade papal;- A centralizao desenvolve o nacionalismo, aumentando a crtica sobre o poder de Roma em outras regies.

    Sacro Imprio Romano Germnico: A Reforma Luterana

    - Monge agostiniano que rompeu com a Igreja Catlica em virtude da venda de indulgncias, efetuada pela Igreja para a construo da baslica de So Pedro pelo papa Leo X.- Lutero protestou atravs da exposio de suas 95 teses, condenando, entre outras coisas a venda das indulgncias.

    Suas principais idias reformistas eram:- Justificao pela f: a nica coisa que salva o homem a f, o homem est diante de Deus sem intermedirios;- A idia de livre-exame, significa que todo homem poderia interpretar livrmente a Bblia, segundo a sua prpria conscincia;Sendo assim, a Igreja e o Papado perdem sua funo.

    - As idias de Lutero agradaram a nobreza alem que passou a se apropriar das terras eclesisticas. A revolta atingiu as massas camponesas -que queriam terras - e foi duramente criticada por Lutero.

    Suia: Reforma Calvinista

    - Defesa da teoria da predestinao, onde o destino do homem condicionado por Deus. Dizia haver sinais de que o indivduo era predestinado por Deus para a salvao: o sucesso material e a vontade de enriquecimento, pois a pobreza era tida como um desfavorecimento divino.

    A valorizao do trabalho, implcita na teoria; bem como a defesa do emprstimo de dinheiro a juros contribuem para o desenvolvimento da burguesia e representam um estmulo para o acmulo de capitais.

    Inglaterra: Reforma Anglicana

    Henrique VIII o reformador da Inglaterra, atravs do Ato de Supremacia, aprovado em 1513, que colocou a Igreja sob a autoridade real - nascimento da Igreja Anglicana.A justificativa para o rompimento foi a negativa do papa Clemente VII em dissolver o casamento de Henrique VIII com Catarina de Arago.

    Alm disto, havia um enorme interesse do Estado nas propriedades eclesisticas, para facilitar a expanso da produo de l.

    A Contra-Reforma

    Diante do sucesso e da difuso das idias protestantes, a Igreja Catlica inicia a sua reforma, conhecida como Contra-Reforma. As principais medidas - tomadas no Conclio de Trento - foram:

    Proibio da venda de indulgncias;Criao de seminrios para a formao do clero;O Index - censura de livros;Restabelecimento da Inquisio;Manuteno dos dogmas catlicos;Proibida a livre interpretao da Bblia;Reafirmao da infalibilidade papal.

    Com a Contra-Reforma fundada a ordem religiosa Companhia de Jesus, fundada por Incio de Loyola em 1534, com o intuito de fortalecer a posio da Igreja Catlica em pases catlicos e difundir o catolicismo na

  • sia e merica.

    Exerccios

    1. (UEL)O Renascimento, amplo movimento artstico, literrio e cientfico, expandiu-se da Pennsula Itlica por quase toda a Europa, provocando transformaes na sociedade. Sobre o tema, correto afirmar que:

    a) o racionalismo renascentista reforou o princpio da autoridade da cincia teolgica e da tradio medieval.

    b) houve o resgate, pelos intelectuais renascentistas, dos ideais medievais ligados aos dogmas do catolicismo, sobretudo da concepo teocntrica de mundo.

    c) nesse perodo, reafirmou-se a ideia de homem cidado, que terminou por enfraquecer os sentimentos de identidade nacional e cultural, os quais contriburam para o fim das monarquias absolutas.

    d) o humanismo pregou a determinao das aes humanas pelo divino e negou que o homem tivesse a capacidade de agir sobre o mundo, transformando-o de acordo com sua vontade e interesse.

    e) os estudiosos do perodo buscaram apoio no mtodo experimental e na reflexo racional, valorizando a natureza e o ser humano.

    2.(Enem)(...) Depois de longas investigaes, convenci-me por fim de que o Sol uma estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta dela e de que ela o centro e a chama. Que, alm dos planetas principais, h outros de segunda ordem que circulam primeiro como satlites em redor dos planetas principais e com estes em redor do Sol. (...) No duvido de que os matemticos sejam da minha opinio, se quiserem dar-se ao trabalho de tomar conhecimento, no superficialmente, mas duma maneira aprofundada, das demonstraes que darei nesta obra. Se alguns homens ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra mim o abuso de invocar alguns passos da Escritura (sagrada), a que toram o sentido, desprezarei os seus ataques: as verdades matemticas no devem ser julgadas seno por matemticos. (COPRNICO, N. De Revolutionibus orbium caelestium)

    Aqueles que se entregam prtica sem cincia so como o navegador que embarca em um navio sem leme nem bssola. Sempre a prtica deve fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um caso uma regra geral, experimente-o duas ou trs vezes e verifique se as experincias produzem os mesmos efeitos. Nenhuma investigao humana pode se considerar verdadeira cincia se no passa por demonstraes matemticas. (VINCI, Leonardo da. Carnets)

    O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para exemplificar o racionalismo moderno

    a) a f como guia das descobertas.

    b) o senso crtico para se chegar a Deus.

    c) a limitao da cincia pelos princpios bblicos.

    d) a importncia da experincia e da observao.

    e) o princpio da autoridade e da tradio.

    3. Leia este trecho, em que se faz referncia construo do mundo moderno:

    ... os modernos so os primeiros a demonstrar que o conhecimento verdadeiro s pode nascer do trabalho interior realizado pela razo, graas a seu prprio esforo, sem aceitar dogmas religiosos, preconceitos sociais, censuras polticas e os dados imediatos fornecidos pelos sentidos. (CHAU, Marilena. "Primeira filosofia". 4. ed. So Paulo: Brasiliense, 1985. p. 80.)

    A leitura do trecho nos permite identificar caractersticas do Renascimento. Assinale a afirmativa que contm essas caractersticas.

    a) nova postura com relao ao conhecimento, a qual transforma o modo de entendimento do mundo e do

  • prprio homem.

    b) ruptura com as concepes antropocntricas, a qual modifica as relaes hierrquicas senhoriais.

    c) ruptura com o mundo antigo, a qual caracteriza um distanciamento do homem face aos diversos movimentos religiosos.

    d) adaptaes do pensamento contemplativo, as quais reafirmam a primazia do conhecimento da natureza em relao ao homem.

    4. (PUC-MG) O Renascimento, enquanto fenmeno cultural observado na Europa Ocidental no incio da Idade Moderna, encontra-se inserido no processo de transio do feudalismo para o capitalismo, expressando o pensamento e a viso de mundos prprios de uma sociedade mercantil e, portanto, mais aberta e dinmica. Manifestando-se principalmente atravs das artes e da filosofia, o movimento renascentista tinha como eixo

    a) a sabedoria popular e o domnio da maioria, como mecanismo de combate ao poder aristocrtico e de oposio aos novos segmentos sociais em ascenso.

    b) a oposio a todas as religies organizadas, pois os princpios religiosos impediam a liberdade de opinio e tornavam o homem alienado. A igualdade jurdica de todos os indivduos, suprimindo-se os privilgios de classe e equiparando os direitos e obrigaes dos cidados.

    c) a liberdade de trabalho inerente a qualquer pessoa, como instrumento capaz de possibilitar a criao e o crescimento do ser humano, sendo necessrio abolir as corporaes de ofcio.

    d) a valorizao do homem por sua razo e por suas criaes, difundindo a confiana nas potencialidades humanas e superando o misticismo dominante no perodo medieval.

    e) o Racionalismo e o Geocentrismo (convico de que tudo pode ser explicado pela razo e pela cincia; concepo de que a Terra o centro do universo).

    5. (Uneb-BA)Leia atentamente os relatos a seguir:

    "O pintor que trabalha rotineira e apressadamente, sem compreender as coisas, como o espelho que absorve tudo o que encontra diante de si, sem tomar conhecimento".Experincia, me de toda a certeza

    S o pintor universal tem valor

    So trechos de Leonardo da Vinci, personagem destacada do Renascimento. Neles, o autor exalta compreenso, experincia, universalismo, valores que marcaram o:

    a) Teocentrismo, como princpio bsico do pensamento moderno.

    b) Epicurismo, em aluso aos princpios dominantes na Idade Mdia.

    c) Humanismo, como postura ideolgica que configurou a transio para a Idade Moderna.

    d) Confucionismo, por sua marcada oposio ao conjunto dos conhecimentos orientais.

    e) Escolasticismo, dado que admitia a f como nica fonte de conhecimento.

    Gabarito:

    1. e

    2. d

    3. a

    4. d

    5. c


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