OS NOVOS CORREDORES ENERGÉTICOS E A GUERRA CIVIL NA SÍRIA: VELHOS E NOVOS ATORES
AUTORAS Fernanda Corrêa e Fernanda Delgado abril.2018
A FGV Energia é o centro de estudos dedicado à área de energia da Fundação Getúlio Vargas, criado com o
objetivo de posicionar a FGV como protagonista na pesquisa e discussão sobre política pública em energia no
país. O centro busca formular estudos, políticas e diretrizes de energia, e estabelecer parcerias para auxiliar
empresas e governo nas tomadas de decisão.
SOBRE A FGV ENERGIA
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conSultoreS eSpeciaiSIeda Gomes Yell Magda Chambriard Milas Evangelista de Souza Nelson Narciso Filho Paulo César Fernandes da Cunha
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Esta breve análise geopolítica objetiva olhar os
ataques ocorridos à Síria em abril de 2018, consi-
derando que uma disputa de poder entre Rússia e
Estados Unidos envolve não só um embate pela influ-
ência no Oriente Médio, mas também as questões
de dependência energética da Europa em relação ao
petróleo e aos derivados russos.
1. A SÍRIAA primeira questão que deve ser problematizada
neste texto é o conceito do que convencionalmente
se chama de Primavera Árabe. Os movimentos sociais
que modificaram a estrutura política, econômica e
social no Oriente Médio tiveram como base o pensa-
mento de mudança, a supressão do autoritarismo
dos governos locais e o sentimento de insatisfação
e libertação das camadas populares, insufladas pelos
novos tipos de guerras eletrônicas e cibernéticas. Na
Síria, no entanto, esta sustentação é contestada por
Há quem diga que a guerra civil na Síria é uma disputa
interna por domínio de territórios que incluem diver-
sos atores, iniciada, a partir de 2011, com a denomi-
nada Primavera Árabe. Porém, ao se analisar a fundo,
essa guerra tem características internas e externas, e
envolve a fragmentação e o domínio de territórios do
Estado sírio. Muitos grupos e países, cada um com
suas próprias agendas, estão envolvidos, tornando a
situação muito mais complexa e longeva.
OPINIÃO
OS NOVOS CORREDORES ENERGÉTICOS E A GUERRA CIVIL NA SÍRIA: VELHOS E NOVOS ATORES
Fernanda Corrêa e Fernanda Delgado
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acusações contra o governo de Bashar al-Assad de
corrupção, desemprego, autoritarismo, queda da
produção agrícola, desrespeito aos direitos humanos,
entre outros, além das chamadas guerras híbridas1.
A Síria, em geral, é um país em que as diversas cultu-
ras e grupos étnicos convivem harmoniosamente. O
litoral do Estado sírio tem dois grandes portos: o
de Lataquia e o de Tartus. Lataquia abriga o maior
porto da Síria, uma cidade de maioria sunita, mas
também com muitos residentes xiitas que migraram
das montanhas vizinhas, e minorias cristãs. Além
desses povos, a região também recebeu fluxos
migratórios iraquianos após os atentados terroristas
de 11 de setembro de 2001. A Lataquia é o reduto
familiar de Assad e era conhecida pelo seu empre-
endedorismo e pacifismo, assim como pelas belas
atrações turísticas. Desde 1963, o partido Ba’ath, ao
qual Assad é filiado, instituiu em Lataquia o estado
de emergência, que concedia às forças de segu-
rança deter quaisquer pessoas que ameaçassem a
segurança nacional, controlando os meios de comu-
nicação social e restringindo a liberdade de reunião
e associação. Apenas em março de 2011 o governo
anunciou o fim do estado de emergência. A partir de
2012, Rabia, bastião estratégico no distrito costeiro
de Lataquia, passou a ser controlada por grupos
terroristas, entre eles a Frente Al-Nusra (atual Tahrir
al-Sham), braço sírio da Al-Qaeda até o rompimento
em 2016. Salma, outra localidade estratégica de Lata-
quia, também foi tomada, em 2012, por forças terro-
ristas. A retomada das duas localidades, em 2016,
se deu pelo bombardeio contra os grupos terroris-
tas pelas forças pró-governo de Assad em conjunto
com a Rússia.
2. OS GASODUTOSRecep Tayyp Erdogan, Presidente da Turquia, antes
da Primavera Árabe, era aliado estratégico de Bashar
al-Assad. Em 2009, o Qatar propôs ao governo Sírio
a construção de um gasoduto que atravessaria Arábia
Saudita, Jordânia e Síria até a Turquia e de lá abastece-
ria a Europa. Isso reduziria a dependência europeia do
gás russo2 e ampliaria as oportunidades das indústrias
destes países de exportar óleo e gás para a Europa.
Assim, durante longo tempo, o governo de Erdogan
se tornou um dos maiores investidores na Síria.
Contudo, Erdogan, acreditando que, por a Síria
estar na lista da Doutrina Bush como patrocinadora
do terrorismo internacional, Assad teria o mesmo
destino que Ben Ali, na Tunísia, Hosni Mubarak, no
Egito, e Kaddaffi, na Líbia, rompeu a aliança estraté-
gica logo no início da Primavera Árabe. Além disso,
Assad estava em via de concretizar outra proposta
de parceria: uma nova rota de gasoduto que atra-
vessaria o Irã, o Iraque e a Síria. O que Erdogan não
considerou foi a possibilidade de que Putin interviria
em favor de Assad (Figura 1).
Para o Iraque e o Irã, grandes produtores de petró-
leo, uma nova rota de transporte através da Síria
enfraqueceria a política energética russa e amplia-
ria as oportunidades de mercados na Europa.
Mesmo com as sanções do Conselho de Segurança
da ONU contra o programa nuclear iraniano, os
europeus veem no Irã a possibilidade de reduzir a
sua dependência do gás russo.
1 Essas guerras híbridas envolveram o emprego de tecnologias de comunicação e de informação, que inflamaram ainda conflitos armados já existentes, promovidos por velhos e novos atores, como os curdos, a oposição ao governo de Assad, o Estado Islâmico, e os muitos anos de fragmentação política, econômica e social do Estado sírio.
2 Na atualidade, quase 39% das importações de óleo cru feitas pela União Europeia vêm da Rússia e de outras ex-repúblicas soviéticas que permanecem na sua zona de influência, como o Azerbaijão e o Cazaquistão.
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Por não ter uma produção expressiva (e aparente-
mente nem recursos em seu subsolo para tal) resta
à Síria transformar seu território em um enorme
corredor energético, o que o coloca como ponto
central nas discussões sobre o futuro da política
energética da Europa. De fato, ambos os corre-
dores energéticos (tanto o proposto pela Turquia,
quanto o proposto por Irã e Iraque) que buscam
atravessar a Síria diminuiriam os custos logísticos
ao desviarem do périplo africano, tratando-se de
rotas mais seguras para o transporte das exporta-
ções e com trajeto mais curto.
Dessa forma, quem detém a Síria detém a saída
para o Mediterrâneo, e desestabilizar o governo
sírio e retirar Assad de seu controle é estraté-
gico para a Turquia, a Jordânia, a Arábia Saudita,
o Qatar, a União Europeia e os EUA. Já para a
Rússia, torna-se vital manter Assad no controle do
país (Figura 2).
Figura 1: Infraestrutura de dutos no Oriente Médio
Fonte: Al Jazeera
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3. OS EUAIsso posto, o papel norte americano nesse imbró-
glio é mais complexo do que a garantia de abas-
tecimento de petróleo e derivados. Atualmente,
apenas 19% do petróleo consumido pelos EUA
são importados (EIA, 2017). A maior parte do cru
(e derivados) advém de nações que já são parcei-
ras dos Estados Unidos, e quase metade dele vem
por terra3. Em 2017, apenas 17% desse total veio
dos países do Golfo Pérsico (EIA, 2017), e a maior
parte disso saiu da Arábia Saudita, maior produ-
tora da região e com quem Washington tem laços
políticos e comerciais bem estabelecidos. Mesmo
que haja a necessidade de se garantir fontes de
3 Através de oleodutos e gasodutos desde o Canadá e o México.
abastecimento por questões de segurança ener-
gética, não existe, na realidade, uma premissa de
dependência norte-americana ao óleo do Oriente
Médio. O que existe é uma disputa de poder com
a Rússia, que envolve não só um embate pela
influência no Oriente Médio propriamente dito,
mas ainda uma herança da Guerra Fria.
Vale relembrar que desde os atentados terroris-
tas de 2001, a Doutrina Bush e a lista de países
patrocinadores do terrorismo internacional têm
sido mantidas e aprimoradas pelos governantes
que o sucederam. O cientista político estaduni-
dense Mearsheimer em suas obras defende que
Figura 2: Aliados e inimigos da Síria
Fonte: Al Jazeera
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os interesses dos Estados mais poderosos sempre
prevalecerão. Nesse sentido, o discurso da política
de antiterrorismo internacional, desde então, tem
motivado os EUA e países europeus a burlarem as
decisões tomadas no Conselho de Segurança da
ONU em prol de seus interesses. Assim sendo,
esse discurso motivou os EUA e países europeus a
contrariarem a resolução do Conselho e invadirem
o Iraque em 2001, alegando a suposta existência
de armamentos de destruição em massa, mesmo
com a Agência Internacional de Energia Atômica
(AIEA) afirmando não haver tais indícios. Bush saiu
da presidência com a popularidade mais baixa da
história dos EUA, no entanto, a suspeita de que
outros países no Oriente Médio dispusessem de
arsenais nucleares e químicos continuou motivando
o Ocidente a propor sanções e ações militares
contra esses países.
De igual forma, por suspeitar de que o Irã estava
desenvolvendo armas nucleares e descumprindo o
Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
(TNP), do qual é signatário, o candidato à presi-
dência dos EUA, Mitt Romney, em 2012, afirmou,
sem qualquer evidência, que, se eleito, declararia
guerra contra o Irã e a Síria imediatamente após a
sua eleição. Embora Obama tenha vencido as elei-
ções presidenciais com um tom mais moderado
sobre intervenções militares, impôs sanções contra
o programa nuclear iraniano e, em 2013, ameaçou
intervir militarmente na Síria caso ficasse compro-
vado que Assad havia lançado armas químicas
contra inocentes. Ainda em 2013, Obama mobi-
lizou a opinião pública internacional para propor
ações político-militares contra a Síria. Motivada por
interesses estratégicos que remontam à década de
1920, a França, por meio de seu serviço de inteli-
gência, alegou ter provas de que Assad possuía um
arsenal de armas químicas e agentes tóxico, e que o
Governo teria, em agosto de 2013, utilizado armas
químicas contra o povo sírio, resultando na morte
por asfixia de mais de 1.400 pessoas. Em abril de
2017, voltando ao mesmo impasse sobre o emprego
de armas químicas por Assad, o atual Presidente
dos EUA, Donald Trump, autorizou um ataque à
base aérea na cidade de Khan Shaykhun, em Homs.
Foram lançados 59 mísseis modelo Tomahawk de
dois navios estadunidenses no mar Mediterrâneo.
Tanto no dilema nuclear iraniano quanto no dilema
químico sírio, a Rússia despontou-se como principal
ator conciliador das tensões do jogo político inter-
nacional. Ter uma potência regional como aliado
estratégico no Oriente Médio e manter a integri-
dade territorial e o governo de Assad são estratégi-
cos para a Rússia.
4. A RÚSSIAE assim, a Rússia se tornou a maior jogadora no
cenário estratégico na relação Europa-Oriente
Médio. Nesse cenário, a Rússia acusa os EUA e os
países europeus de terem agravado a crise huma-
nitária na Síria e terem apoiado o Estado Islâmico.
Em comunicado oficial, Putin afirmou que, “com as
suas ações, os EUA pioram ainda mais a catástrofe
humanitária na Síria. Eles levam sofrimento para a
população civil, e de fato, toleram os terroristas que
torturam há sete anos o povo sírio”. Por outro lado,
os EUA sustentam que Assad ordenou em abril
de 2018 um ataque com armas químicas contra
inocentes. Em suas palavras, Trump afirmou que “a
área dessa atrocidade está cercada pelo Exército
sírio e é inacessível. O presidente Putin, a Rússia e
o Irã são responsáveis por apoiar o animal Assad”.
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EUA, Inglaterra e França montaram uma nova
coalizão, sem consultar o Conselho de Segurança
da ONU, e desconsiderando as afirmações de
inspetores da Organização para a Proibição de
Armas Químicas (OPAQ) de que não há evidên-
cias de que Assad tenha ordenado tampouco
que o ataque com armas químicas tenha ocor-
rido, realizaram, em 13 de abril de 2018, ataques
militares sobre áreas dominadas pelo governo
da Síria. Os alvos, segundo o Departamento de
Defesa dos EUA, foram um centro de pesquisa
e produção de armas químicas e biológicas, em
Damasco, um armazém de armas químicas e uma
base, ambos em Homs. Ao centro de pesquisa, a
coalizão lançou 76 Tomahawks, ao armazém foram
lançados outros 22 mísseis, e sobre a base em
Homs foram lançados sete mísseis, todos a partir
de navios no mar Vermelho e no Golfo Pérsico.
Embora o ataque não tenha surtido efeito sobre
as forças do governo de Assad, Putin pediu uma
reunião de emergência do Conselho de Segu-
rança da ONU. Nesta, realizada no dia 14 de abril
(2018), a Rússia colocou em pauta uma proposta
de resolução que condenava a agressão dos EUA
e aliados contra um Estado soberano sem o aval
do CSNU, tratando-se, portanto, de uma violação
à Carta das Nações Unidas e ao Direito Internacio-
nal. Embora a Rússia, a China e a Bolívia tenham
votado favoravelmente, a proposta foi rejeitada
por oito votos contrários (Costa do Marfim, EUA,
França, Holanda, Kuwait, Polônia, Reino Unido e
Suécia), além de quatro abstenções (Cazaquis-
tão, Etiópia, Guiné Equatorial e Peru). Revela-se,
portanto, o impasse existente no seio do Conse-
lho e a polarização acometida sobre as instâncias
de processo decisório global entre os EUA e a
Rússia, sobretudo com a crise na Síria.
5. NOVO ATORES E A GUERRA CONTINUAConforme mencionado, o distrito de Lataquia, antes
da Primavera Árabe, era um reduto totalmente
protegido por Assad. À parte uma pequena base
russa no porto de Lataquia, trata-se de um distrito
com ampla agricultura, e de onde partem as princi-
pais exportações do país: betume, asfalto, cereais,
algodão, frutas, ovos, cerâmica e tabaco. A partir
dos movimentos sociais de 2011, o comércio nesta
região foi extremamente prejudicado. É em Lataquia
também que está localizada a base aérea russa de
Hmeymim. É desta base que os aviões militares e de
transporte russos partem para missões de combate
contra grupos terroristas do Estado Islâmico e da
Frente Al-Nusra (atual Tahrir al-Sham). Um fato inte-
ressante que vale a reflexão é que, de 1920 a 1943,
a Lataquia esteve sob o domínio da França. Em
1939, porém, a França efetivou o tratado que previa
a incorporação da Lataquia ao Estado sírio. Com as
eleições em 1943, a Lataquia foi oficialmente incor-
porada ao Estado sírio. O atual Presidente francês,
Emmanuel Macron, é o mais engajado dos presi-
dentes e, segundo o próprio, foi ele que convenceu
a Trump em manter as forças da coalizão de forma
permanente na Síria, de que os bombardeios teriam
que se limitar às áreas de incidência de armas quími-
cas e propôs uma solução diplomática duradoura em
que todos os atores estatais estivessem envolvidos,
incluindo aliados de Assad – Irã, Iraque e Rússia.
Fica a dúvida se será a França a liderar o bloco
europeu e representá-lo em um acordo de viabili-
zação de um gasoduto atravessando a Síria. O que
se sabe, de fato, é que a França, além do passado
histórico contratualista na região, tem todo o
potencial para articular alianças uni e multilaterais
com a Síria, o Irã e a Rússia, que possam solucionar
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conflitos na região e retomar a parceria Euro Medi-
terrânica, na qual os Estados costeiros e membros
da Europa, com base na doutrina liberal em sua
versão mais ortodoxa da desregulamentação dos
mercados, visam atrair investidores locais e interna-
cionais para a Bacia do Mediterrâneo, ampliando o
comércio com a África e disputando mercados com
a China e os EUA nesta região.
Adicionalmente, na costa mediterrânea da Síria,
além do porto de Lataquia, também fica o porto de
Tartus, o segundo maior do país. Desde a década de
1970, a então União Soviética mantinha uma base
naval em Tartus. Em janeiro de 2017, Assad reno-
vou o contrato de concessão do porto de Tartus à
Rússia como base naval por mais 49 anos. Tartus é
a saída que a Rússia tem para o Mediterrâneo e é a
segunda maior base naval da Rússia fora do território
russo, donde estão alocados cerca de quinze navios
de guerra e de apoio, entre eles, as fragatas com
mísseis de cruzeiro Admiral Gregorovich e Admiral
Essen e os submarinos Varshavyanka e Schuka-B.
Enquanto Assad se garantir a frente do comando
do País, tais bases russas continuarão na Síria; no
entanto, se Assad for derrubado do governo, muito
provavelmente a oposição não permitirá a perma-
nência destas bases na região, resultando em novo
conflito armado sem proporções envolvendo os
velhos e os novos atores no tabuleiro. Quem contro-
lar a Síria será o novo Hegemon.
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Fernanda Corrêa é Doutora em Ciência Política na área de concentração Estudos
Estratégicos pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Diplomada no Curso de Altos
Estudos em Política e Estratégia e no Curso Superior de Defesa pela Escola Superior de
Guerra (ESG). Mestre em História Comparada com ênfase em Relações Internacionais,
Segurança e Defesa Nacional/ Pro-Defesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ). Especialista Lato Senso em História Militar Brasileira pelo Convênio Instituto de
Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB)/ Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (UNIRIO). Graduada em História pela Universidade Gama Filho (UGF). Atualmente,
é assessora na Assessoria de Planejamento Estratégico da empresa pública Amazônia Azul
Tecnologias de Defesa S.A. (AMAZUL). Professora visitante no Programa de Pós-Graduação
em Ciências Militares da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro (ECEME)
e professora adjunta na Divisão de Assuntos de Geopolítica e Relações Internacionais da Escola Superior de Guerra. É
diretora executiva da Associação Brasileira de Geopolítica e condecorada submarinista honorária pela Força de Submarinos
da Marinha do Brasil. Autora de artigos e capítulos de livros, publicados no Brasil e no exterior.
Fernanda Delgado é Pesquisadora na FGV Energia. Doutora em Planejamento
Energético (engenharia), dois livros publicados sobre Petropolítica e professora afiliada
à Escola de Guerra Naval, no Mestrado de Oficiais da Marinha do Brasil. Experiência
Profissional em empresas relevantes, no Brasil e no exterior, como Petrobras, Deloitte,
Vale SA, Vale Óleo e Gás, Universidade Gama Filho e Agência Marítima Dickinson.
Experiente na concepção e construção de planos de negócios para empresas de óleo
e gás, estudos de viabilidade nanceira de projetos e avaliação de empresas. Longa
experiência em planejamento estratégico, fusões e aquisições, análise de negócios,
avaliação econômico-financeira e inteligência competitiva.
Veja a publicação completa no nosso site: fgvenergia.fgv.br
Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a linha programática e ideológica da FGV.