UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
PRO REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DEPARAMENTO DE APOIO A PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
AVALIAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA DE DIFERENTES
ORIGENS EM AMBIENTES AQUÁTICOS PRESENTES NO ENTORNO DA CIDADE
DE MANAUS.
Bolsista: Arthur Maciel Leão, CNPq
Manaus-AM
2011
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
PRO-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
DEPARAMENTO DE APOIO A PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
RELATÓRIO SEMESTRAL
PIB-E/0055/2010
AVALIAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DE MATÉRIA ORGÂNICA DE DIFERENTES
ORIGENS EM AMBIENTES AQUÁTICOS PRESENTES NO ENTORNO DA CIDADE
DE MANAUS.
Bolsista: Arthur Maciel Leão, CNPq
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Tereza Cristina Souza de Oliveira
Manaus
2010
3
RESUMO
O ambiente amazônico sendo bastante complexo diante do seu regime hidrológico, com
grande variação sazonal, com sua magnitude em relação à presença de biomassa e a
ocorrência de ocupação desordenada de população nas margens de corpos hídricos,
favorece a entrada de diferentes origens da matéria orgânica nos ambientes aquáticos da
região. Essa questão é muito importante para a cidade de Manaus que cresceu em torno de
densa malha hidrográfica, e que, portanto, contribui com grande carga poluidora para as
micro-bacias de drenagem. Conhecer a contribuição de diferentes origens da matéria
orgânica, proveniente da degradação natural de material vegetal em águas pretas de
igarapés naturais, ou provenientes de igarapés poluídos presente nas bacias de drenagem
na cidade de Manaus, é importante para entender as baixas concentrações de oxigênio
dissolvido registradas em ambientes naturais, ou seja, onde não ocorrem emissões de
esgotos domésticos e industriais. Este estudo pretende mostrar a contribuição de matéria
orgânica em diferentes ambientes aquáticos no entorno da cidade de Manaus, utilizando
alguns parâmetros indicadores de qualidade da água, em amostras de águas brancas (rio
Solimões), águas pretas (rio Negro e igarapé Tarumã-Açú) e em águas poluídas de igarapés
da rede de drenagem da cidade de Manaus (ig. do São Raimundo e ig. do Educandos), em
diferentes fases hidrológicas. Os teores de matéria orgânica obtidos nos diferentes
ambientes aquáticos serão comparados. Os parâmetros indicadores de qualidade da água
utilizados na relação com o registro de matéria orgânica foram os sólidos em suspensão,
turbidez, cor, pH, oxigênio dissolvidos, e DBO. A utilização desses parâmetros, nesse
referido estudo é importante, pois estes podem ser determinados por métodos analíticos de
baixo custo, que podem apresentar resultados com boa precisão e exatidão. A realização da
série de parâmetros, também possibilitará a formação do aluno graduando na prática de
ensaios laboratoriais, empregando métodos analíticos, estudo estatístico, assim como
aplicá-los no contexto da problemática ambiental no que se refere à contaminação de
corpos hídricos por esgotos. Os dados registrados nas amostras de água de diferentes
ambientes aquáticos fortalecem a indicação de complexidade do ambiente amazônico onde
alguns parâmetros naturalmente não correspondem às faixas e valores de referência padrão
estabelecidos na Resolução ambiental do Conama 357/05, que dá enquadramento aos
corpos hídricos. O nível de matéria orgânica indicada pela DQO, observada nos pontos do
rio Negro e rio Tarumã-açu (44,3 e 56,8 mg L-1), considerados naturais, sem nenhuma
descrição aparente de poluição, apresenta-se no nível ou até com registro de valores um
pouco mais elevados, do que os valores encontrados no ig. Midú e Educandos (42,9 e 50,5
mg L-1), que são estes ambientes intensamente poluídos, com visualização aparente
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alarmante, diante do odor, cor da água e presença de lixo. No entanto, a matéria orgânica
presente nos pontos de água presta deve-se a degradação de biomassa, e não da fonte
provável de esgoto doméstico e industrial.
Palavras-chaves: matéria orgânica; ambientes aquáticos; Manaus.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO __6
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ___ ________9
2.1 Relação entre Matéria orgânica e os parâmetros de análise. _ _______9
2.2 Determinações sobre a cor da água __10
2.3 Determinações sobre a turbidez ________10
2.4 Determinações sobre a série de sólidos _____ ___11
2.5 Determinações e dados sobre o pH _____ _________12
2.6 Determinações e dados sobre o oxigênio dissolvido (OD) ______________13
2.7 Determinações e dados sobre DBO ________15
2.6 Determinações e dados sobre DQO _ _______16
3 MÉTODOS UTILIZADOS _ _ 17
3.1 Áreas de estudo __17
3.2 Amostragem ________17
3.3 Metodologia de análises_ _ _18
3.3.1 Potencial Hidrogeniônico – (pH) _ _18
3.3.2 Turbidez _ _18
3.3.3 Cor verdadeira _ _18
3.3.4 Serie de Sólidos – Sólidos Suspensos (SS) _ _______19
3.3.5 Oxigênio Dissolvido – (OD) ________19
3.3.6 Demanda Bioquímica de Oxigênio – (DBO) _ _______19
3.3.7 Demanda Química de Oxigênio – (DQO) ________20
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ___ _ _21
4.1 Qualidade da água dos corpos hídricos estudados e diferenças ambientais _21
5 CONCLUSÃO ______________________________ __25
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _____ __________ _________25
7. CRONOGRAMA ________________________________________________29
ANEXO I ___________________________________________________________30
6
1 INTRODUÇÃO
A degradação de um ambiente aquático que exerce tanta influencia na floresta
amazônica deve ser analisado de modo a perceber se há algum impacto ambiental
existente. A grande quantidade de água doce torna esta região importante para o mundo
moderno onde a falta de acesso à água limpa atinge mais de um bilhão de pessoas, de
acordo com alerta feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os problemas
relacionados à falta de acesso à água adequada matam mais de 1,6 milhões de pessoas
todos os anos. Segundo a OMS, 90% das mortes ocorrem entre crianças menores de cinco
anos, principalmente em países mais pobres. Compreendendo que o crescimento
desordenado da cidade de Manaus nas margens desses corpos hídricos, em conjunto com
falta de saneamento básico e tratamento de água adequado, favorece a contaminação
desses ambientes. É necessário realizar um estudo analítico para indicação da
contaminação no ambiente aquático (MILLER, 2007).
O estudo sobre a distribuição de variáveis físicas e químicas, tendo em vista a
matéria orgânica, em um ambiente aquático é bastante usual para a emissão de diagnóstico
de qualidade da água, requeridos em estudos de impacto ambiental. Se pensarmos em um
meio ambiente aquático natural, sem as influências do homem e da civilização. Um rio, por
exemplo, estabelece-se no mesmo um equilíbrio de seu ecossistema. O qual inclui a própria
água, a macro e micro fauna nela presente, a flora e fauna presentes nas margens do rio, o
oxigênio do ar, microrganismos diversos, peixes, répteis, etc (VON SPERLING, 2007). Neste
ciclo de equilíbrio, a cadeia alimentar procede assim como todos os seres vivos aeróbicos,
de peixes até seres menores, respiram o oxigênio dissolvido. Galhos e folhas, assim como
excrementos em decomposição fornecem matéria orgânica para os microorganismos.
Porém, esgotos domésticos, bem como muitos tipos de resíduos industriais, são
constituídos basicamente, de matérias orgânicas (ESTEVES, 1998; TUNDISI, 2008).
A diferente origem de matéria orgânica no ambiente aquático, natural ou
antropogênica, é um dos principais questionamentos para a indicação de diagnóstico de
qualidade da água. Pois a matéria orgânica influência diretamente a concentração de
oxigênio dissolvido, no qual é um dos principais indicadores de qualidade da água. À medida
que a matéria orgânica aumenta, começará um desequilíbrio no consumo da mesma, pois
os microrganismos que mais se beneficiam quando há excesso de alimento se proliferam de
forma rápida, sendo que a população de peixes não aumenta em igual velocidade. As
conseqüências na biota devido à alteração de matéria orgânica são notáveis, mas além
delas as mudanças podem ser observadas e avaliadas nos parâmetros físico-químicos da
água.
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A determinação química de matéria orgânica, se de origem natural ou antropogênica,
nos ajuda determinar influências no ambiente, sendo importante para diagnósticos
ambientais. Além da forma direta de determinação, o estudo com parâmetros físicos e
químicos pode indicar a contribuição da matéria orgânica proveniente de diferentes origens.
Entre estes parâmetros, está a série de sólidos totais na coluna d’água, o pH, o oxigênio
dissolvido, a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e a demanda química de oxigênio
(DQO). Há, também, outros parâmetros que estão relacionados a esses parâmetros, os
quais são a temperatura, a turbidez e a cor. Esses indicadores ambientais podem variar
conforme a sazonalidade e intensos períodos de chuva (VON SPERLING, 2005).
Assim como a caracterização de sólidos na água é muito importante, pois é a forma
como muitos compostos e substâncias estão presentes no ambiente aquático. Nos estudos
de controle de poluição das águas naturais, principalmente nos estudos de caracterização
de esgotos sanitários e de efluentes industriais, as determinações dos níveis de
concentração das diversas frações de sólidos resultam em um quadro geral da distribuição
das partículas com relação ao tamanho (sólidos em suspensão e dissolvidos) e com relação
à natureza (fixos ou minerais e voláteis ou orgânicos). Deve ser destacado que, embora a
concentração de sólidos voláteis seja associada à presença de compostos orgânicos na
água, não propicia qualquer informação sobre a natureza específica das diferentes
moléculas orgânicas eventualmente presentes que, em geral, em ambiente aquático poluído
é composta principalmente por algas, protozoários, flocos de bactéria e esgoto. Os sólidos
fixos estão presentes na amostra, principalmente por material geoquímico como os
argilominerais.
A determinação dos sólidos voláteis permite avaliar os sólidos de composição
orgânica existentes na amostra. A turbidez apresenta o potencial de incidência da luz
através da água ou transparência da água. Quanto maior a turbidez, menor será a
penetração de luz. Um corpo hídrico pode apresentar elevada turbidez pela presença de
materiais sólidos em suspensão originado do carregamento destes para o corpo hídrico. A
turbidez de corpo hídrico não deve ser confundida com sua cor verdadeira, a turbidez
influencia na cor aparente (VON SPERLING, 2005). Impurezas podem ser coloridas, assim
como compostos orgânicos dissolvidos, taninos, resultam em tons marrons escuros, ou
partículas de alga podem dar tons de verde. Logo, a cor aparente é a cor de toda a mostra
consistindo de todo material dissolvido ou suspenso, e a cor verdadeira é obtida retirando o
material suspenso. A influência do pH sobre os ecossistemas aquáticos naturais dá-se
diretamente devido a seus efeitos sobre a fisiologia das diversas espécies.
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Também o efeito indireto é muito importante podendo, em determinadas condições
de pH, contribuírem para a precipitação de elementos químicos tóxicos como metais
pesados; outras condições podem exercer efeitos sobre as solubilidades de nutrientes.
Desta forma, as restrições de faixas de pH são estabelecidas para as diversas classes de
águas naturais, tanto de acordo com a legislação federal, quanto pela legislação estadual.
Os critérios de proteção à vida aquática fixam o pH entre 6 e 9. As concentrações de
oxigênio dissolvido estão diretamente relacionadas com sua demanda bioquímica de
oxigênio (DBO), sendo esta uma forma indireta de determinar o teor de matéria orgânica em
corpo hídrico. A DBO indica ambientes contaminados com esgoto sanitário, verificada pelo
potencial do consumo de oxigênio dissolvido por microorganismos que trabalham na
degradação dessa matéria orgânica (CETESB, 2008).
Na Amazônia, um corpo hídrico com água branca “barrenta” como a do rio Solimões,
possui maior concentração de sólidos em suspensão e turbidez do que uma água clara ou
como a dos igarapés ou rios presente em ambientes não impactados, que possui baixa
turbidez (SEYLER & BOAVENTURA, 2003; HORBE et al. 2005). No caso do rio negro, a
matéria orgânica é mais elevada devido à decomposição de galhos e folhas, o acido húmico
gerado tornas as águas mais ácidas, quase esterilizadas, com um pH entre 3,5 a 6,5.
No entanto, os igarapés na cidade de Manaus recebem grande carga de esgotos
domésticos, alterando essas propriedades. O conhecimento da contribuição dessas
variáveis ambientais em diferentes ambientes aquáticos como em corpo hídrico de água
preta, água branca, ou corpo hídrico recebedor de contribuição urbana, favorece a produção
de dados comparativos para auxiliar em diagnóstico de impactos ambientais (OLIVEIRA,
2007a, 2007b e 2008).
Este estudo tem o objetivo de avaliar diferentes ambiente aquáticos envolvendo água
preta, água branca e água poluída, utilizando a determinação de matéria orgânica por DQO,
relacionando-a com outros indicadores auxiliares como a cor, a turbidez, o pH, os sólidos
em suspensão, o oxigênio dissolvido e a demanda bioquímica de oxigênio (DBO). Os
registros desses indicadores ambientais podem favorecer estudos futuros sobre diagnóstico
de diferenciação de fontes de poluição, e a influência da presença natural de matéria
orgânica atuante na influência do nível de oxigênio dissolvido no ambiente aquático.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Relação entre matéria orgânica e os parâmetros de análise.
A matéria orgânica (MO) dissolvida no volume d'água constitui-se de um conjunto de
substâncias provenientes da excreção, secreção e de processos intermediários da
decomposição de organismos terrestres e aquáticos. Incluindo principalmente proteínas,
aminoácidos, ácidos graxos, resinas e compostos genericamente conhecidos como
compostos húmicos, em concentrações que dependem da origem, das condições físicas do
meio aquático, da bacia de drenagem e dos organismos decompositores (WETZEL, 1975;
BIANCHINI, Jr., 1985). A matéria orgânica pode interagir com a biota da seguinte maneira:
1) Como fonte de energia ou carbono orgânico para algas e bactérias;
2) Como fator acessório de crescimento, fornecendo vitaminas, por exemplo;
3) Exercendo efeitos tóxicos em larvas e algas;
4) Formando complexos orgânicos com elementos traço ou com poluentes
sintéticos, de efeitos benéficos ou não;
5) Reduzindo a radiação eletromagnética (REM) no meio aquático, prejudicando os
organismos que dela necessitam (WETZEL, 1975; WITTE et al., 1982), entre
outras.
O equilíbrio entre as variáveis físico-químicas, a composição de substâncias e
biológicas na água, vai depender da influência de todos os ecossistemas que estão
presentes nos corpos d’águas. Esse processo vai envolver, por exemplo, o ciclo hidrológico,
a lixiviação dos solos pelas chuvas, a derrubada de florestas e a ocupação por população
que está presente nos grandes centros (ESTEVES, 1988; CAMPOS, 1994; DUPRÉ et al.
1996; SHILLER, 1997; FORTI et al., 1997; VIERS et al., 1997; BARD, 2002).
Para a caracterização da qualidade da água, utilizam-se parâmetros que
representam variáveis físicas, químicas e biológicas (Resolução CONAMA 357/05,
CETESB, 2004). Entre estes parâmetros, estão a série de sólidos totais na coluna d’água, o
pH, o oxigênio dissolvido e a demanda bioquímica de oxigênio (DBO) e a própria
determinação da matéria orgânica (MO) na amostra de água, usando a demanda química
por oxigênio (DQO). Outros parâmetros que estão relacionados são utilizados também, os
quais são a temperatura, a turbidez e a cor.
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2.2 Determinações sobre a cor da água
A cor de uma amostra de água está associada ao grau de redução de intensidade
que a luz sofre ao atravessá-la e essa redução dá-se por absorção de parte da radiação
eletromagnética. Como água é uma simples molécula de 3 átomos (H2O), todas as suas
absorções eletrônicas ocorrem apenas na região ultra violeta e portanto não são as
responsáveis pela cor da água na região visível do espectro.
Logo sua cor é devido à presença de sólidos dissolvidos, principalmente material em
estado coloidal orgânico e inorgânico. Das interações físicas da matéria orgânica na água, a
conseqüência mais facilmente observável é a alteração da aparência da água, tornando-a
mais escura. Embora a coloração de águas naturais seja atribuída aos compostos húmicos,
não pode ser descartada a influência de complexos organometálicos de íons férricos ou
mangânicos (WETZEL, 1975; OADES, 1982). A cor natural não apresenta uma escala que
oferece risco direto à saúde, porém algumas das matérias orgânicas dissolvidas na água
que fazem a cor podem gerar produtos potencialmente cancerígenos como o trihalomentos,
clorofórmio. A Escala platina-cobalto, também designada por escala Pt/Co(pcu) ou escala
APHA-Hazen, é uma escala padronizada de avaliação da cor da cor da água
especificamente concebida para detectar os tons de amarelo típicos de efluentes urbanos e
de águas contendo matéria orgânica. Em 1952 a ASTM publicou um padrão baseado no
índice de cor de Hazen, o qual se mantém em vigor com a designação de ASTM D1209,
Standard Test Method for Color of Clear Liquids (Platinum-Cobalt Scale), West
Conshohocken, PA, 2000. Normas semelhantes foram adaptadas por organismos de gestão
da qualidade e de padronização de múltiplos espaços econômicos. Na União Européia o uso
da escala Pt/Co é obrigatório na avaliação da qualidade das águas para consumo humano,
nos termos da Diretiva 80/778/CEE do Conselho, de 15 de Julho de 1980, relativa à
qualidade das águas destinadas ao consumo humano. É Importante não se confundir a cor
aparente da água com sua cor verdadeira. No valor da cor aparente pode estar incluída uma
parcela devida a turbidez da água. Quando esta for removida que se obtém a cor verdadeira
(VON SPERLING, 2005).
2.3 Determinações sobre a turbidez
A turbidez de uma amostra de água é o grau de atenuação de intensidade que um
feixe de luz sofre ao atravessá-la. A redução dá-se por absorção e espalhamento, uma vez
que as partículas que provocam turbidez nas águas são maiores que o comprimento de
onda da luz branca.
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A presença de algas, plâncton, matéria orgânica, e outras substâncias provenientes
de processos de erosão do solo e emissão de esgoto doméstico e industrial contribuem para
influenciar a turbidez um corpo hídrico (TAKIYAMA, 2007; VON SPERLING, 2007). A
turbidez natural não apresenta inconvenientes sanitários, porém os sólidos em suspensão
podem servir de abrigo para microorganismos patogênicos. (VON SPERLING, 2005). Alta
turbidez reduz a fotossíntese de vegetação enraizada submersa e algas. Esse
desenvolvimento reduzido de plantas pode, por sua vez, suprimir a produtividade de peixes.
A turbidez também pode influenciar nas comunidades biológicas aquáticas. As partículas
suspensas absorvem calor da luz, deixando a água mais quente, isso faz com que a
concentração de oxigênio na água diminua. Alem de que alguns organismos não
sobrevivem em águas quentes.A turbidez é expressa como unidade nefelométrica de
turbidez (NTU - Nephelometric Turbidity Unity), o aparelho mede a água através de um raio
de luz, que passa pela amostra, atingido um sensor. Um segundo sensor, em um ângulo
diferente do primeiro, mede a luz espalhada pelas partículas da água.
2.4 Determinações sobre a série de sólidos
A caracterização de sólidos na água é muito importante, pois é a forma como muitos
compostos e substâncias estão presentes no ambiente aquático e todos os contaminantes
da água entram nas seria de sólidos. Por esta razão os sólidos são analisados
separadamente, antes de se apresentarem os diversos parâmetros de qualidade da água.
(VON SPERLING, 2005). A matéria orgânica, no geral, em ambiente aquático poluído é
composta principalmente por algas, protozoários, flocos de bactéria e esgoto (VON
SPERLING, 2005). Deve ser destacado que, embora a concentração de sólidos voláteis seja
associada à presença de compostos orgânicos na água, não propicia qualquer informação
sobre a natureza específica das diferentes moléculas orgânicas. No geral, em ambiente
aquático poluído, ela é composta principalmente por algas, protozoários, flocos de bactéria e
esgoto. Inclusive, alguns iniciam o processo de volatilização em temperaturas diferentes,
sendo a faixa compreendida entre 550-600ºC uma faixa de referência. Alguns compostos
orgânicos volatilizam-se a partir de 250ºC, enquanto que outros exigem, por exemplo,
temperaturas superiores a 1000ºC.O conhecimento da fração de Sólidos Voláteis apresenta
particular interesse nos exames do lodo do esgoto, e nos processos de lodos ativados e
oxidação total para se saber a quantidade de matéria orgânica tomando parte do processo.
A Série de sólidos proporciona avaliar a quantidade de entrada de sólidos na coluna
d’água, podendo complementar o entendimento se a origem de sólidos é de fontes
biodegradáveis, pela diferença entre sólidos totais e sólidos totais fixos e voláteis.
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A medição de sólidos em suspensão dá-se pela determinação de resíduos não
filtráveis total. Os sólidos totais são os resíduos resultantes da evaporação da água a 104 -
105°C. Por isso, a série de sólidos totais é considerada um parâmetro importante no
contexto de emissões de esgoto sanitário, para avaliar a fração biodegradável de esgoto
bruto e tratado (PEREIRA, 2007; VON SPERLING, 2005).
2.5 Determinações e dados sobre o pH
O pH refere-se a uma medida que indica se uma solução líquida é ácida (pH < 7, a
25 °C), neutra (pH = 7, a 25 °C), ou básica/alcalina (pH > 7, a 25°C).Uma solução neutra só
tem o valor de pH = 7 a 25 °C, o que implica variações do valor medido conforme a
temperatura. A variação de pH influência o equilíbrio de compostos químicos que ocorrem
naturalmente ou em processos unitários de tratamento de águas e assim como na biota
presente (VON SPERLING, 2005). O pH nos rios é diretamente afetado pela geologia da
fonte da água, mudanças atmosféricas e outros contaminantes químicos. O pH se torna um
problema quando esta muito baixo, em rios altos onde o enxofre e nitrogênio atmosféricos
diminuem de maneira significante o pH, ou em rios alcalinos em que o íon bi-carbonato é
produzido na fotossíntese elevando o pH. Valores muito elevados de pH também podem
estar associados a proliferação de algas. Assim valores muito altos, ou muito baixos,
também são indicativos da presença de efluentes industriais. (VON SPERLING, 2005). O
Quadro 2.5 mostra abaixo mostra os efeitos do pH em diferentes seres presente nos corpos
hídrico.
pH Mínimo pH Máximo Efeitos 3,8 10,0 Ovos de peixe podem chocar, mas os peixes nascem deformados.
4,0 10,1 Limites das mais resistentes espécies de peixes
5,4 11,4 Peixes evitam águas alem desse limite 6,0 7,2 Melhor alcance para ovos de peixe 6,0 1,0 Larvas de mosquito são destruídas nesse ph 3,3 4,7 Larvas de mosquito vivem nesse alcance
7,5 8,4 Melhor alcance para algas Quadro 2.5- Efeitos do pH sobre espécies aquáticas. Fonte: <http://www.state.ky.us/nrepc/water/wcpph.htm>, acessado em Janeiro de 2011, tradução própria.
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Valores de pH e sua influencia em águas do rio Negro, mas especificamente, na
bacia do Tarumã-Açu, são descritos por Santana (2007). Os valores de pH das águas do rio
Negro, mas especificamente, na bacia do Tarumã-Açu, são descritos por Santana (2007)
variando entre 4,29 e 6,85. Este resultado é diferente do observado em ecossistemas
aquáticos preservados da região de Manaus, que é formado por águas pretas com valores
de pH variando entre 3,00 e 5,00 (SIOLI, 1975; CLETO FILHO & WALKER 2001). Os
valores descritos por Santana (2007) são similares aos observados nos igarapé do
Quarenta, 4,90 – 6,40 (SILVA, 1996) e igarapés do Distrito Industrial, 4,77-6,77(SAMPAIO,
2000) que são áreas contaminadas por metais pesados. Os valores de pH em torno de 6,5,
tal como registrados nos corpos hídricos existentes nas proximidades do aterro sanitário a
alta quantidade de matéria orgânica, propicia a existência de um ambiente redutor; com a
conseqüente redução da concentração de oxigênio dissolvido na água (Øygard et al., 2004).
Segundo Pinto et al (2009), que registrou o pH em corpos hídricos amazônicos. Os
menores valores de pH foram observados nas estações a montante e a jusante da foz dos
igarapés São Raimundo e Educandos , em junho, e são similares aos de outros trabalhos no
rio Negro e em outros rios de água preta sem influência antrópica. A foz desses tributários,
no entanto, está descaracterizada, em virtude da entrada de substâncias alcalinas,
comprovado pelo aumento da alcalinidade nestes locais em comparação com aquela das
demais estações, cujas concentrações são normais para águas pretas.
2.6 Determinações e dados sobre o oxigênio dissolvido (OD)
O oxigênio proveniente da atmosfera dissolve-se nas águas naturais, por ser um gás
solúvel e também devido à diferença de pressão parcial. Este mecanismo é regido pela Lei
de Henry, que define a concentração de saturação de um gás na água. O oxigênio
dissolvido é essencial para todo organismos aeróbico presente em um corpo hídrico.
Durante a estabilização de matéria orgânica, as bactérias usam oxigênio nos seus
processos respiratórios, podendo vir a causar uma grande redução da sua concentração no
meio. (VON SPERLING, 2005). Então níveis significativamente abaixo dos valores de
saturação, freqüentemente ocorrem em águas superficiais poluídas. O oxigênio proveniente
da atmosfera dissolve-se nas águas naturais, devido à diferença de pressão parcial. Este
mecanismo é regido pela Lei de Henry, que define a concentração de saturação de um gás
na água. Pode considerar-se que água aquecida artificialmente tenha sofrido poluição
térmica, devido à diminuição de solubilidade dos gases com o aumento de temperatura
(COLIN BAIRD, 2008).
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A taxa de reintrodução de oxigênio dissolvido em águas naturais através da
superfície depende das características hidráulicas e é proporcional à velocidade, sendo que
a taxa de aeração superficial em uma cascata é maior do que a de um rio de velocidade
normal, que por sua vez apresenta taxa superior à de uma represa, coma velocidade
normalmente bastante baixa. Outra fonte importante de oxigênio nas águas é a fotossíntese
de algas. Este fenômeno ocorre em maior proporção em águas eutrofizadas, ou seja,
aquelas em que a decomposição dos compostos orgânicos lançados levou à liberação de
sais minerais no meio, especialmente os de nitrogênio e fósforo, que são utilizados como
nutrientes pelas algas.
Esta fonte não é muito significativa nos trechos de rios à jusante de fortes lançamentos
de esgotos. A contribuição fotossintética de oxigênio só é expressiva após grande parte da
atividade bacteriana na decomposição de matéria orgânica ter ocorrido. Bem como após
terem se desenvolvido também os protozoários que, além de decompositores, consomem
bactérias clarificando as águas e permitindo a penetração de luz.Este efeito pode “mascarar”
a avaliação do grau de poluição de uma água, quando se toma por base apenas a
concentração de oxigênio dissolvido. Sob este aspecto, águas poluídas são aquelas que
apresentam baixa concentração de oxigênio dissolvido (devido ao seu consumo na
decomposição de compostos orgânicos), enquanto que as águas limpas apresentam
concentrações de oxigênio dissolvido elevadas, chegando até a um pouco abaixo da
concentração de saturação. A concentração de OD, ao nível do mar, na temperatura de
20ºC, é igual a 9,2 mg/L (ou ppm). Alguns peixes necessitam de água que contenha pelo
menos 5 ppm de oxigênio dissolvido para manter-se vivos (COLIN BAIRD, 2008). Valores de
OD superiores à saturação são indicativos da presença de algas realizando fotossíntese,
com geração de oxigênio puro. Valores de OD bem inferiores à saturação são indicativos de
presença de matéria orgânica proveniente de esgotos (VON SPERLING, 2005). Silva
registra, em seu artigo, alguns níveis de OD em igarapés da cidade de Manaus. O alto
consumo de OD nas estações a jusante do igarapé do Quarenta, da cidade, é atribuído aos
lançamentos dos esgotos e efluentes industriais que reduzem o OD à 0,15 mg/L. Já no
igarapé do Barro Branco, da cidade, um ambiente natural de floresta o oxigênio dissolvido
apresentou valores superiores a 6 mg/L. Pinto et al (2009), fala que a oscilação do oxigênio
dissolvido (OD) na orla do rio Negro foi expressiva, cerca de uma ordem de grandeza, sobre
o menor valor. Nas estações de menor influência antrópica ficou entre 7,3 e 8,9 mg/L em
novembro e entre 4,7 e 5,6 mg/L, em junho.
15
Na foz dos tributários São Raimundo e Educandos, onde ocorre transporte de grande
carga de poluentes, chegou próximo de zero, com a concentração máxima de 0,7 mg/L.A
jusante destes, embora esteja, também, sob fortes impactos, teve teores de água bem
aerada (4,7-7,3), em junho e novembro, respectivamente.
2.7 Determinações e dados sobre DBO
O principal efeito ecológico da poluição orgânica em curso d'água é o decréscimo
dos teores de OD causada pela respiração dos microorganismos que se alimentam da
matéria orgânica. Da mesma forma, é fundamental o adequado fornecimento de oxigênio
para que os microorganismos possam realizar seus processos de estabilização da matéria
orgânica. O potencial de poluição de um determinado despejo pode ser medido pelo
consumo de oxigênio. A demanda bioquímica de oxigênio (DBO) retrata a quantidade
oxigênio necessária para estabilizar, através de processos bioquímicos, a matéria orgânica
cabornácea.
Uma estabilização completa demora muito, em termos práticos, então se
convencionou proceder a analise no 5º dia e fosse efetuado a 20ºC, já a temperatura
interfere na velocidade do metabolismo bacteriano. Tendo-se dessa forma a DBO5, também
conhecida como DBO padrão (VON SPERLLING, 2005). Os maiores aumentos da DBO,
num corpo d’água, são provocados por despejos de origem predominantemente orgânica. A
presença de um alto teor de matéria orgânica pode induzir ao completo esgotamento do
oxigênio na água, provocando o desaparecimento de peixes e outras formas de vida
aquática. As principais vantagens do teste da DBO são que, indica a taxa de degradação do
corpo aquático, taxa de consumo de oxigênio por processos bioquímicos em função do
tempo e a aproximação da quantidade de oxigênio requerido para estabilização biológica da
matéria orgânica presente. O teste também tem suas desvantagens como a inibição de
microorganismo que pode ocorrer através de metais e outras substâncias tóxicas, e também
há necessidade de inibir os organismos responsáveis pela oxidação da amônia, para evitar
que o consumo de oxigênio para nitrificação não interfira na demanda carbônica (VON
SPERLLING, 2005). Pinto (2009), relaciona valores da DBO em igarapés de Manaus. A
DBO é apresentada em porcentagem do oxigênio dissolvido e ratifica seu comportamento
espacial e temporal.
Nas estações dos igarapés São Raimundo e Educandos, que representam os locais
de maior contribuição, foram observados os menores teores desse gás e, conseqüente
demanda de todo oxigênio do local foi consumido em processos biológicos, imediatamente
16
após coleta. Sendo isso cerca de 90% do oxigênio dissolvido loca. Em contrapartida, os
menores valores ocorreram nos pontos de menor contribuição antrópica.
2.8 Determinações e dados sobre DQO
Usualmente não há necessidade de se caracterizar as matérias orgânicas em termos
de proteínas, gorduras, carboidratos, e etc. A demais há grande dificuldade na determinação
laboratorial dos diversos componentes da matéria orgânica nas águas residuais, face à
multiplicação de formas e compostos em que esta pode se apresentar. Sendo assim
utilizam-se métodos indiretos para quantificação da matéria orgânica ou seu potencial
poluidor, como a demanda química de oxigênio (DQO) (VON SPERLING, 2005). O teste da
DQO mede o consumo de oxigênio em função da oxidação química da matéria orgânica. O
valor obtido é uma indicação indireta do teor de matéria orgânica presente. A DBO
representa uma oxidação bioquímica, pois é realizada por microorganismos, já a DQO
corresponde a uma oxidação química de matéria orgânica, realizada de um forte oxidante
em meio ácido. A DQO é uma determinação mais rápida da demanda de oxigênio de uma
amostra de água. O fato da DQO utilizar um forte oxidante em meio ácido a torna tão rápida,
porém pode interferir na analise. Um oxidante como o íon dicromato Cr2O7-2, em solução
oxida é um oxidante tão forte que oxida substancias que não constituem uma ameaça real
para o conteúdo de oxigênio na amostra. No entanto, o método não oxida hidrocarbonetos
ou muitos alcanos, que são resistentes em quaisquer circunstâncias á degradação de águas
naturais (COLLING BAIRD, 2008). Pode se relacionar os dois processos, DBO e DQO, e
dependendo da magnitude da relação pode se tirar conclusões sobre a biodegradabilidade
da matéria orgânica (VON SPERLLING, 2005).
17
3 MÉTODOS UTILIZADOS
3.1 Áreas de estudo
A avaliação da presença de matéria orgânica foi realizada em diferentes ambientes
aquáticos no entorno da cidade de Manaus. Este trabalho tem como objetivo realizar coletas
em corpos hídricos de águas pretas (rio Negro, Tarumã-Açu), águas brancas (Solimões) e
de águas poluídas de igarapés (Mindú e Educandos), sendo estes receptores de esgoto
doméstico da rede de drenagem da cidade.
O Quadro 3.1 mostra a área de estudo abrangendo pontos de coleta, devidamente
georreferenciado.
Descrição dos Pontos Ambiente aquático Latitude Longitude
Montante do Careiro da Várzea – rio Solimões Água branca -S3°11’47.00” -O59°52’37.81”
Jusante do Careiro da Várzea – rio Solimões Água branca -S3°11’10.60” -O59°52’02.34”
Igarapé Tarumã-Açu – Praia Dourada Água preta -S3° 00’ 56.6” -O60° 05’ 17.9
Rio Negro – Píer do Tropical Hotel Água preta -S3° 04’ 12.2” -O60° 05’ 43.0”
Igarapé Educandos – Av. Silves Água poluída -S3° 07’ 9.96” -O59° 58’ 42.0”
Igarapé do Mindú – Avenida das Torres Água poluída -S3° 04’ 12.2” -O 60° 5’ 43.0”
Quadro 3.1 - Pontos de coletas referenciados geograficamente. Fonte: Aparelho GPS GARMIN em campo, 2010.
3.2 Amostragem
As coletas foram realizadas procurando manter uma periodicidade mensal de
avaliação, para possível acompanhamento de resultado para serem registrados nas
diferentes fases hidrológicas de vazante, seca, enchentes e cheia (BITTENCOURT &
AMADIO, 2007), para comparação da variação sazonal influente no comportamento dos
parâmetros a serem determinados.
Foram realizadas amostragens de novembro/2010 a maio/2011, no entanto as
coletas no rio Solimões - Careriro da Várzea forma coletadas de fevereiro a maio/2011. As
amostras foram coletadas utilizando uma garrafa especifica para campo, onde uma amostra
é separada para avaliação imediata dos parâmetros oxigênio dissolvido, pH e temperatura,
através de equipamentos com eletrodos portáteis. Enquanto outras amostras são
18
armazenadas em garrafas de polietileno e mantidas em ambiente refrigerado, para posterior
analise laboratorial.
O Anexo I mostra o registro fotográfico em coleta realizada.
3.3 Metodologia de análises
As metodologias de amostragem analítica e de análises laboratoriais, utilizadas para
a determinação das variáveis escolhidas, seguiram o Standard Methods for the Examination
of Water and Wastewater (SMWW) – 21st, publicado pela APHA (2005).
3.3.1 Potencial Hidrogeniônico – (pH)
O pH foi medido em campo pelo método potenciômetro, utilizando-se um pHmêtro
portátil, marca HANNA e modelo HI-9125. O aparelho foi previamente calibrado antes de
cada coleta e levado com água deionizada entre cada ponto. A cada ponto de coleta, uma
amostra foi retirada do corpo hídrico e medida no aparelho, o processo foi repetido para uma
estabilização do valor registrado. A temperatura, tanto atmosférica quanto do corpo hídrico,
foram registradas junto com valor do pH. Amostra é avaliada em conjunto com outros
aparelhos medidos em campo.
3.3.2 Turbidez
A turbidez foi medida no mesmo dia da realização da coleta, por turbidimetria em
laboratório, utilizando-se um turbidímetro de marca HANNA e modelo HI-98703. O aparelho
é calibrado a cada coleta mensal. De cada amostra recolhida em campo e encaminhadas ao
laboratório foram retiradas três alíquotas de 10 ml, e submetidos ao aparelho para
determinação em triplicata. As amostras são submetidas separadamente e sem filtração do
conteúdo, os valores observados foram expressos em NTU. As amostras submetidas ao
aparelho são descartadas, enquanto que as amostras recolhidas do campo são mantidas
para avaliação de outros parâmetros.
3.3.3 Cor verdadeira
A cor verdadeira foi determinada por espectrofotometria, em um espectrofotômetro
no laboratório. De cada amostra recolhida em campo e encaminhadas ao laboratório foi
filtrada uma alíquotas de 100 mL com membrana de microfibra de vidro de 47 mm diâmetro
19
e um filtrador a vácuo marca MA e modelo 520 NS. Da alíquota filtrada foram recolhida três
alíquotas de 10 mL e submetidos ao aparelho para determinação em triplicata. O
espectrofotômetro utilizado é calibrado a cada coleta. Os valores observados são expressos
em pcu. As amostras submetidas ao aparelho são descartadas assim como as amostras
filtradas enquanto que as amostras recolhidas do campo são mantidas para avaliação de
outros parâmetros.
3.3.4 Serie de Sólidos – Sólidos Suspensos (SS)
Das amostras coletadas em campo e encaminhadas ao laboratório foi filtrada
alíquota de 100 mL, com um filtro analítico de 47mm (microfibra de vidro) de diâmetro e um
filtrador a vácuo marca MA e modelo 520 NS. O filtro analítico previamente pesado (m1)
após a filtragem foi levado para estufa a 103°C durante 1 h, e posteriormente resfriado em
dessecador. O filtro seco, com os sólidos em suspenção retidos, é pesado em balança
analítica. Este processo deve ser repetido até obtenção de peso constante (m2). Esse
processo é realizado em triplicata para cada amostra. Realiza-se o cálculo de SS (SS = (m2
– m1) 1000/V; onde V é o volume em L da amostra-alíquota filtrada).
3.3.5 Oxigênio Dissolvido – (OD)
O oxigênio dissolvido foi medido em campo, por um oxímetro digital portátil marca
HANNA e modelo H-9146. O aparelho é previamente calibrado antes de cada coleta e
levado com água deionizada entre cada ponto. Em cada ponto de coleta, uma amostra foi
retirada do corpo hídrico e medida no aparelho.
3.3.6 Demanda Bioquímica de Oxigênio – (DBO)
As amostras são recolhidas em campo utilizando-se frascos do tipo, numerados e
com volumes conhecidos. Determinado a concentração de oxigênio dissolvido (OD) por
método de Winkler modificado. As amostras recolhidas em campo e encaminhadas ao
laboratório foram tratadas com soluções de sulfato manganoso, iodeto alcalino azida e
finalmente com ácido sulfúrico concentrado. O precipitado inicial de hidróxido manganoso –
Mg(OH2), combinou-se com o oxigênio dissolvido da amostra formando um precipitado
castanho de hidróxido mangânico MgO(OH2). Após a adição de ácido sulfúrico concentrado,
o sulfato mangânico formado agiu como agente oxidante liberando o iodo livre do iodeto de
potássio. O iodo, estequiométrico ao oxigênio dissolvido da amostra foi titulado com uma
solução de 0,025 mol L-1 de tiossulfato de sódio utilizando goma de amido como indicador.
Anotou-se o volume de tiossulfato de sódio gasto. Determinando a DBO pela mesma análise
20
após 5 dias de coleta, seguindo o mesmo método proposto por WINKLER, durante os cinco
dias de incubação a 20 °C, cobriu-se o vidro com papel alumínio para evitar qualquer tipo de
luz. Na análise fixou-se as amostras com MnSO4 e azida sódica. Após 30 min, colocando-se
3 mL de H2SO4 50%.
Logo depois, passa este volume para um erlenmeyer de 250 mL. Titulou-se com
NaSO3 0,0125N até a coloração amarelo claro. Adiciona-se +/- 1 mL de amido 1% e
continua-se a titulação até a coloração azul passar para a incolor. Realizaram-se cálculos de
diferença de concentração entre OD e DBO (APHA, 2005).
3.3.7 Demanda Química de Oxigênio – (DQO)
As amostras são recolhidas em campo, e encaminhadas ao laboratório, são transferidas 50
mL da amostra não filtrada para um erlenmeyer de 250 mL. Adicionou-se 50 mL de água
destilada, 5 mL de ácido sulfúrico 24%, 10 mL da solução de permanganato de potássio
(KMnO4) 0,01 N e levou-se à ebulição por 10 minutos. Retirou-se da chapa aquecedora e,
em seguida, adicionaram 10 mL de ácido oxálico 0,01 N, titulando com solução de
permanganato de potássio (KMnO4) 0,01 N, até cor rosa persistente e anotar o volume
consumido. O excesso de permanganato reage com um volume de oxalato de sódio
equivalente ao volume de permanganato, e o excesso de oxalato é titulado com
permanganato. Através de relação estequiométrica se expressa em termos de mg.L-1.
21
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Qualidade da água dos corpos hídricos estudados e diferenças ambientais
Para indicar a qualidade da água dos corpos hídricos estudados foram realizados os
cálculos de média e desvio padrão entre todos os dados registrados para cada ponto de
coleta (Tabela 2). Os valores para os parâmetros determinados foram comparados com os
valores de referência estabelecidos pela Resolução Conama 357/05 que norteia a indicação
de qualidade da água de um corpo hídrico para o enquadramento na Classe 2.
Pode-se observar na Tabela 4.1 que a maioria dos parâmetros registrados encontra-
se fora dos padrões estabelecidos pela Resolução Conama 357/05 como boa qualidade da
água. Observando que esse comportamento ocorre independente do tipo de água.
Os parâmetros que se destacam ficando foram dos padrões de qualidade foram: Cor,
OD e Turbidez.
Os valores de turbidez e cor possivelmente foram mais elevados devido aos períodos
de coleta, por terem iniciados durante a seca dos rios e período de início das chuvas
intensas da região. O que acarretou no registro de valores elevados nesses primeiros
meses, devido à concentração de substâncias e de material como sólidos. Além da seguida
entrada de maior quantidade de material lixiviado dos solos durante as chuvas. A
distribuição de alguns parâmetros determinados durante as fases hidrológicas pode ser
observados na Figura 4.1.
O OD aparece menor que o valor padrão de referência em três pontos de coleta, é
um dos principais parâmetros, indicador de qualidade das águas devido o seu uso na
respiração de organismos. Nos rios da Amazônia é comum observar a sua concentração
abaixo do valor requerido, mas, no entanto, o comportamento da biota aquática não é
necessariamente modificado, devido a sua adaptação no ambiente natural.
A Figura 4.1 mostra a variação de alguns parâmetros como a DQO, os sólidos em
suspensão e a turbidez ao longo das coletas de novembro/2010 a maio/2011. O
comportamento diferenciado entres os corpos hídricos também podem ser observados.
O ponto no rio Negro apresenta valores para o indicador de matéria orgânica, a
DQO, mais elevados na seca, ficando mais estáveis após fevereiro quando o rio já estava
enchendo. O comportamento da DQO no ig. Mindú está no mesmo nível do rio Negro,
porém, com comportamento variado ao longo dos períodos. Isto devido aos igarapés,
sobretudo os presentes na zona urbana de Manaus, que são mais sensíveis a influência das
chuvas e escoamento superficial.
22
Água branca Água Preta Água Poluída Tipos de água/ Corpo d’água
Rio Solimões Rio Solimões Rio Tarumã-açu Rio Negro Ig. Educandos Ig.Mindú
Paramêntros
Conama 357/05
Classe 2
Careiro
Montante
Careiro
Jusante Praia Dourada Tropical Hotel
Av. Silves
Av. das
Torres
Cor até 75 Pt/Co 109 ±43,5 105 ±31,8 90,3 ±18,9 86,6 ±26,0 80,3 ±24,2 86,9 ±44,2
DBO até 5 mg/L 0,39 ±0,023 0,42 ±0,025 1,60 ±0,11 0,44 ±0,15
DQO - 28,3 ±0,37 28,4 ±0,36 44,6 ±8,14 53,8 ±3,65 42,9 ±19,5 50,5 ±8,83
OD >5 mg/L 5,69 ±0,79 4,69 ±0,93 4,50 ±1,94 5,60 ±1,55 5,34 ±2,1 4,03 ±1,75
pH 6,0 a 9,0. 6,98 ±0,095 7,08 ±0,054 6,22 ±0,42 5,37 ±0,8 6,91 ±0,14 6,95 ±0,14
Sólidos
Suspensos - 107 ±19,6 96,4 ±3,898 7,33 ±2,33 9,30 ±6,14 20,7 ±5,5 14,0 ±5,84
Turbidez até 100 UNT 103 ±22,9 113 ±35,5 29,5 ±39,7 38,0 ±48,2 27,6 ±12,5 27,9 ±6,12
Tabela 4.1 – Registro de parâmetros indicadores de qualidades da água em diferentes tipos de água, e a comparação com os valores de referenica segundo CONAMA 357/-5.
23
Figura 4.1: Distribuição de DQO, Sólidos em suspensão e Turbidez nas fases hidrológicas.
Demanda Química de Oxigênio - DQO
0
10
20
30
40
50
60
70
Nov Dez Fev Mar Abr Mai
seca enchente cheia
mg
L-1
rio Negro, Tropical Hotel ig Mindú Careiro Jusante
Sólidos em suspensão
0
20
40
60
80
100
120
Nov Dez Fev Mar Abr Mai
seca enchente cheia
mg
L-1
Turbidez
020406080
100120140160
Nov Dez Fev Mar Abr Mai
seca enchente cheia
UN
T
24
A diferença entre os corpos hídricos pode ser avaliada observando a Figura
4.2, na qual mostra a distribuição do indicador da matéria orgânica – DQO
juntamente com demais parâmetros registrados nos diferentes tipos de água.
Figura 4.2: Distribuição de parâmetro indicador da matéria orgânica – DQO e demais
parâmetros registrados no estudo em diferentes tipos de água.
A apresentação da água branca mostra-se em destaque em relação á água preta e
poluída, devido à apresentação dos elevados valores de sólidos em suspensão, da turbidez,
e dos valores mais baixos para a DQO. O que confirma a principal influência, desse local
estudado, sobre o histórico do rio Solimões e suas características naturais predominantes,
com elevado carga de transporte de sedimentos em suspensões proveniente dos Andes, em
sua formação e do fenômeno das terras caídas em locais a montante desse rio.
0102030405060708090
100110120
Água brancaCareiro
Montante
Água brancaCareiroJusante
Água pretaPraida
Dourada
Água pretaTropical hotel
Água poluídaIg. Educandos
Água poluídaIg.Mindú
Sól. Susp. (mg L-1) Turbidez (UT) Cor (mg Pt/Co L-1) DQO(mg L-1)
0,000,501,001,502,002,503,003,504,004,505,005,506,006,507,007,50
Água brancaCareiro
Montante
Água brancaCareiroJusante
Água pretaPraida
Dourada
Água pretaTropical hotel
Água poluídaIg. Educandos
Água poluídaIg.Mindú
DBO (mg L-1) OD (mg L-1) pH
25
As águas prestas apresentaram as maiores concentrações de DQO, porém os
menores registros de sólidos em suspensão. Também, apresenta menores valores de DBO
se comparado às águas braças. Isto quer dizer que existe maior teor de matéria orgânica e
conseqüentemente maior demanda bioquímica de oxigênio. Ambiente característico de
apresentação de material coloidal proveniente da degradação de biomassa.
Vale ressaltar que o nível de matéria orgânica foi registrado maior até que no igarapé
poluído, isto deve influenciar na concentração de oxigênio dissolvido (OD), porém a
correção de OD com DQO entre os valores registrados não foi significativa, necessitando
ainda dos dados serem melhores avaliados.
5. CONCLUSÃO
Os dados registrados nas amostras de água de diferentes ambientes aquáticos
fortalecem a indicação de complexidade do ambiente amazônico onde alguns parâmetros
naturalmente não correspondem às faixas e valores de referência padrão estabelecidos na
Resolução ambiental do Conama 357/05, que dá enquadramento aos corpos hídricos.
O nível de matéria orgânica observada nos pontos do rio Negro e rio Tarumã-açu,
considerados naturais, sem nenhuma descrição aparente de poluição, apresenta-se no nível
ou até com registro de valores um pouco mais elevados do que os valores encontrados no
ig. Midú e Educandos, que são ambientes intensamente poluídos, com visualização
aparente alarmante, diante do odor, cor da água e presença de lixo. No entanto, a matéria
orgânica presente nos pontos de água presta deve-se a degradação de biomassa, e não da
fonte provável de esgoto doméstico e industrial
Diante de muitas variáveis – períodos hidrológicos, diferentes tipos de água,
parâmetros com comportamento diverso, identificou-se grau elevado de dificuldades para o
tratamento de dados. Porém, os diversos métodos analíticos empregados nesse estudo,
desde técnicas de amostragens até os métodos de determinação, foram satisfatórios para o
enriquecimento do conhecimento e práticas laboratoriais.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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558p. 2007.
WETZEL, R.G. Limnology. Philadelphia, W.B. Saunders, 743p. 1975.
29
7. CRONOGRAMA
Nº Descrição Ago
2010 Set Out Nov Dez
Jan
2011 Fev Mar Abr Mai Jun Jul
1 Revisão bibliográfica R R R
2 Aquisição e preparação
.de material de coleta R R
3 Realização de coletas
de água R R R R R R
4 Entrega de Relatório
parcial R
5 Apresentação parcial NR
6 Análises laboratoriais: R R R R R R R
7 Tratamento de dados R R R R R
8 Elaboração de relatório
final R R
6. Apresentação final NR
30
ANEXO I
• Registro fotográfico realizado durante as atividades de coleta e análise.
31