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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS Fundada em 3 de Abril de 1985
Registada base de dados da UNESCO (Organizações/Poesia)
Boletim Informativo e Cultural N.º 67 – Ano XXIX – Abril—Maio —Junho 2014
Rua Américo de Jesus Fernandes, 16-A - 1800-023 Lisboa Email: [email protected]– Tlfs 917637525 - 917282837 - 931167429 - 218055374
EDITORIAL Lutando amargamente contra a adversidade dos tempos pardacentos que se atravessam a nossa querida associação lá vai resistindo sem quaisquer apoios ou suportes. No decorrer desta realidade há que enaltecer a total en-trega e dedicação exemplar dos seus associa-dos fiéis seguidores da causa que escolheram defender. Iluminados por essa estrelinha brilhante que nos faz apro-ximar e respirar o encanto e enlevo da poesia, uma menina encanta-da, flor viva e brilhante do nosso jardim, tal a sua riqueza, alegria e encantadora beleza, vamos transformar nossas mentes em perfuma-dos botões de rosa que suavizem nossos corações e purifiquem as almas que nos alimentam e rejuvenescem e perpetuam. Com o vos-so total apoio, como foi notado na nossa última Assembleia Geral, que decorreu sob um civismo exemplar e com o total empenho e dedicação da atual direção todos os nossos problemas ou dificulda-des serão superadas, fazendo esquecer a aspereza dos momentos difíceis que se vivem na nossa sociedade portuguesa. É um momento ingrato e de sacrifício que terá ou deverá ser partilhado por todos. Aos meus queridos associados peço que participem nos nossos even-tos e programas traçados ou criados para todos vós, para dar mais força e expressão à causa que nos une e enaltece. Para isso apelo a todo o membro da nossa APP que, se possível ou dentro das suas possibilidades estejam cada vez mais presentes já que com a sua sempre desejada e preciosa presença todos nos sentimos dinamiza-dos facilitando-nos a nossa ação e o desejo profundo de cumprir, de ir mais além na realização dos nossos desejos com mais segurança e alegria. Sim devemos ser sonhadores já que o sonho alimenta a vida quando dentro dos limites da segurança e da razão. Não calculam a enorme alegria que senti e sinto, ao ouvir as vossas doces vozes, os vossos cantos e dizeres e ao sentir as vossa presença, a frescura e o sublima-do das vossas poesias, murmúrios da alma, passados à mente atra-vés do coração. Por fim, faço um apelo: tentem angariar um novo sócio para que venham reforçar a nossa causa dando continuidade ao sonho de fazer perpetuar a nossa encantadora menina, a nossa APP. É um desafio que vos apresento para podermos abraçar um futuro seguro. Temos no nosso seio valores que nos envaidecem e engran-decem e outros que ultimamente têm surgido no horizonte. Unidos, acreditem-nos que tudo poderemos vencer dando beleza e forma à nossa causa e à poesia, fonte inesgotável de beleza e divino encanto. Como homem que pretende ser simples, um cidadão comum, um aprendiz de poeta sonhador, que nunca lutou por títulos ou lugares de relevância ou de exceção sente-se realizado ao tornar-se um elo útil na comunidade ou grupo em que está inserido, amando e ser amado, respeitando e ser respeitado para assim reforçar e engran-decer a causa que servimos. Infelizmente, no desenrolar da vida, no desdobrar dos dias, escolhos surgem, às vezes, inesperadamente do nada que nos fazem alterar temporariamente o rumo pensado ou traçado. Mas, com o apoio de todos os elementos da direção e o carinho e calor humano que todos me têm dado, tudo irei pessoalmente ven-cer. A todos o meu profundo reconhecimento. Bem hajam pela vossa entrega e suporte.
O Presidente: António Pais da Rosa
A poesia vai… às Escolas, Centros de Dia, Bibliotecas,
Espaços de Cultura, Universidades…
Continuamos a aceitar inscrições dos nossos associados vo-
luntários para o projeto:
“A POESIA VAI ÀS Escolas, Centros de Dia, Universidades,
ou outras instituições”. Precisamos de constituir uma base de apoio organizada como
“banco de poetas voluntários disponíveis” para o efeito.
Por favor, caro/a associado/a voluntarie-se indicando-nos dias/
horas /zonas em que podemos contar com a sua disponibilida-
de para itinerância poética.
O boletim APP é uma
janela aberta por onde
Envie-nos notícias relevantes sobre eventos poéticos
para serem publicadas
Damos as boas-vindas aos novos associados e repetimos o apelo:
« Que cada um traga mais um!»
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
CIDADE DE SÃO PAULO
(Homenagem pelos 460 Anos da
Cidade de São Paulo - 1554-2014)
Minha Cidade de São Paulo
tão querida,
linda Cidade, de Poetas... Trovadores...
São Quatrocentos e Sessenta Anos de
vida,
és um jardim, que tem belezas multicores.
Cidade bela, muito bela e enaltecida,
que foi o berço em que nasci, ornado em flores;
és tu São Paulo encantadora e tão florida,
és minha terra, meu rincão, terra de amores.
A minha vida no teu solo rico e belo,
colhe a beleza nos teus dias bem vividos, pois em teu solo tem jardins bem mais floridos.
O meu viver nesta Cidade é tão singelo,
vivendo os dias com amor bem mais risonhos,
posso viver e reviver meus lindos sonhos...
Wilson de Oliveira Jasa (Ass. 169)
SEMPRE A. P. P.
MOMENTO DE FESTA
NA SEDE DA APP EM LISBOA
FALTA
CUMPRIR-SE
ABRIL!
“Novos ratos mostram a avidez
antiga”
Sophia de Mello Breyner Andresen
Onde param
Os meus sonhos de criança
Quando Abril
Não era, ainda?
Onde estão as flores
Da minha juventude,
A utopia
De fraternidade
E de justiça?
Onde param?
Que é dos delírios
Afoitos e mal dormidos
Das caminhadas
Primaveris?
E o povo, Senil?
Que fizeram do meu País…
Falta cumprir-se
ABRIL!
In LABIRINTO DE PALAVRAS
Conceição Oliveira (Ass. 261)
Naquele dia,
de todos o mais belo…
… os heróis chegaram de madrugada
E com o brilho intenso dos seus olhos
puros
Varreram as trevas velhas e podres Que nos tapavam o horizonte e a espe-
rança.
Naquele dia, de todos o mais belo…
…o povo saiu à rua e as suas gargantas,
(Que se julgavam mudas),
entoaram cânticos sublimes
que falavam de fraternidade e alegria
e soltaram um grito imenso:
Liberdade, Liberdade, Liberdade.
Naquele dia, de todos o mais belo…
…nasceu um anseio em cada peito
E a felicidade foi o destino a cumprir.
Parte do sonho foi por nós vivido
Outra parte terá morrido.
Mas a chama acesa naquele dia…
De todos o mais belo…
Permanece rubra e incandescente
Para incendiar os corações
E guiar a brava gente
Rumo a um glorioso futuro.
Sérgio Figueiredo (Ass. 267)
SEMPRE A. P. P.
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
DO SÉCULO VINTE EU SOU !
Do século 20, é como eu sou, E também a minha alma. Já me chamam de avô,
Com isso mantenho a calma!
Muita gente coitadinha, Diz que do 20 é ser mau.
Mas, não brigo nem a pau, Fico quieto, a sorte é minha !
Essa turma com franqueza, Têm só parte com o diabo. Ser do vinte é uma beleza Assim sendo só me gabo!
No século 21 já estamos, E do outro com saudades. Por isso só lamentamos
E vamos contar as verdades !
Nós dançávamos agarrados, Os sambinhas e valsinhas.
Hoje só dançam espalhados, Como dos galos fogem galinhas !
Lembro ainda com fervor, E falo sempre a suspirar.
Do tempo que tudo era amor E tínhamos um beijo pra dar!
Hoje em dia só um selinho,
um verdadeiro tormento. Bem de longe, nem pertinho,
Parece tocando um instrumento !
Adrianinho da Costa eu sou, Dancei muito agarradinho.
Mas, hoje tudo mudou, Com isso a gente chorou!
Ponho fim por isso agora, Nessa minha conversação. Pró 20 eu vou-me embora
A todos peço perdão!
O Rock eu não aguento, Isso é musica pra esquilo Só no samba eu arrebento O outro vai pra um asilo!
Pró querido século vinte, Estou indo rapidamente.
Neste não há quem aguente, Fica aqui quem for demente!
Adriano Augusto da Costa Filho (Ass. 105).
DE OAXACA ATÉ AO MAR
Pelo caminho real
De Oaxaca até ao mar
Caminhando vou descalça
A pagar uma promessa
Que me pagaram pra eu Pagar mas em seu lugar.
Levo o dinheiro cosido
Na bainha da camisa
E meus pés já em ferida
Pelas pedras que eles pisam
De Oaxaca até ao mar.
Mas quando enfim lá chegar
Ao mar Puerto Escondido,
Com o dinheiro comigo
Levo no peito cingido
Vou arranjar-me um marido
Mais lindo que o sol, mais rijo Que os penedos do caminho,
Seus braços me ampararão
Assim que me vir chegar
Para lhe dar meu coração.
Que não me engana a razão
Pois se o dote não bastar
Então minha boca irá
Em prece aberta pelos seus
Pelos que do alto umbigo
Lhe descem até ao mar,
Venerante como aos deuses, No caminho que é de Elêusis,
Na estrada de Santiago
Lhe beijar cada estrela
Da escaldante Via Láctea
Que os homens trazem escondida,
Cada centelha das mãos
Dele que me guiarão
A encontrar o destino
No mar de Puerto Escondido
Se não houver perecido
No abismo do meu penar Mais fundo que os do caminho
Que descalça vou pisando
E doutros foi prometido,
De Oaxaca até ao mar.
Fernando Lemos (Ass. 266)
O Restaurante Pastelaria
SEM STRESS Rua Carlos Mardel, nº 67, Lisboa
(Cuja proprietária é a nossa associada
Lourdes Patacas)
Está recetivo a acolher os poetas em tertúlia.
É só marcar o dia e vamos lá
ALMOÇAR COM POESIA
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
Da nossa associada Susete Viegas recebemos a grata informa-ção de que o seu livro “As ondas e as marés” já se encontra para consulta e venda na internet em forma de EBook: http://www.leyaonline.com/pt/livros/poesia/as-ondas-e-as-mares http://store.kobobooks.com/pt-PT/ebook/as-ondas-e-as-mares
DADOS BIOGRÁFICOS
Susete Viegas é o pseudónimo de Maria Susete dos
Anjos Godinho Viegas. Nasceu em Lisboa.
É mencionada no DICIONÁRIO CRONOLÓGICO DE
AUTORES PORTUGUESES, vol. V, organizado pelo
Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, coor-
denação de Ilídio Rocha, Publicações Europa -América.
Foi assídua colaboradora em programas de poesia no
extinto" Rádio Mais", Amadora, entre 1989 e 1996, nos
programas "Momento de Poesia" e "Alma dos Poetas", assim como participante em eventos culturais na Bibli-
oteca Municipal da Amadora e Junta de Freguesia da
Venteira (Biblioteca José Régio), da mesma cidade.
Tem publicações de poesia, contos e crónicas, em diver-
sos jornais.
OBRAS DA AUTORA
Poesia:
RUMOS - 1992,; FIO DE LUZ - 1993; NAS ASAS DA MEMÓRIA - MULHERES DE PORTU-
GAL - 1997; CANTOS AO VENTO - 2004.
Está incluída nas seguintes antologias:
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE POETAS, vol. V -
1990, vol. VI - 1991, vol. IX - 2000/2001, vol. X -
2002, vol. XII - 2005, vol. XIII - 2006, vol. XIV -
2007/2008, vol. XV - 2008/2009, vol. XVI - 2011/2012.
100 ANOS FEDERICO GARCIA LORCA
HOMENAGEM DOS POETAS PORTUGUESES, 1998,
Universitária Editora.
FLORILÉGIO DE NATAL, pelos escritores da Tertúlia
"Rio de Prata", 1998,1999, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011. Universi-
tária Editora.
HOMENAGEM A ALMEIDA GARRETT, pelos escri-
tores da Tertúlia "Rio de Prata" - 1999, Universitária
Editora.
ANTOLOGIA DE POESIA ERÓTICA, 1999, Universi-
tária Editora.
TIMOR DO PODER DAS ARMAS À FORÇA DO
AMOR, Antologia coordenada por Maria Teresa Maia
Carrilho. Universitária Editora, 2002-06-28.
CENÁCULO LITERÁRIO MARQUESA DE VALVERDE - 2002, Universitária Editora.
HOMENAGEM A JOSÉ RÉGIO, pelos escritores da
Tertúlia "Rio de Prata" - 2009.
REVISTA DE POESIA SAUDADE - N° 8- 2006, N° 9-
2007, N° 10 - 2008. NERUDA, CEM ANOS DEPOIS -
Reflexos na poesia portuguesa - Universitária Editora.
A JEITO DE HOMENAGEM A EUGÉNIO DE AN-
DRADE, FOlio Edições, O Primeiro de Janeiro.
POETÂNEA 3- pelos escritores da Tertúlia "Rio de Pra-
ta".
HOMENAGEM A TEIXEIRA Pascoaes - pelos escri-
tores da Tertúlia " Rio de Prata" e convidados. HOMENAGEM A JOAQUIM EVÓNEO - A PALAVRA
É UMA ESPADA. Coordenador Julião Bernardes.
Antologias bilingue:
FLORILÉGIO DE NATAL, pelos escritores da Tertúlia
"Rio de Prata" - 2000, Universitária Editora.
INTERLÚDIO POÉTICO- POETIC INTERLUDS, -
2003, Universitária Editora
MULHER !
A ti mulher que a vida desencanta
Vê o azul dos céus, como é divino.
Sai desse limbo e vai pintar a manta;
-Voa com os passarinhos -
Qual destino?
Procura a tua praia, vê as marés como vão e voltam, tal como a vida.
Procura piso certo para os teus pés.
Não feches teu coração, tu és guari-
da!
Os filhos vão à conquista dos desejos.
Tu és farol que lhes guia o caminho.
Teus gestos modelam, enche-os de beijos!
Em teu voo liberta o preconceito.
As agruras torneiam-se de mansinho
Para o amor, põe rosas no teu peito...!
"Pr'a que as possam colher devagarinho"
Virgínia Branco (Ass. 24)
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
Nova réstia de luz e esperança
surge no horizonte da APP
No sentido de se continuar a manter o sonho de expandir a
influência e prestígio da nossa Associação e a tentar levar os
encantos da beleza da poesia a todos os cantos deste retân-
gulo sagrado, cantado por nobres gentes, poetas consagra-
dos, em tempos idos e recentes, aproveitei a minha desloca-
ção a terras da Beira, mais propriamente a Canas de Senho-
rim, minha terra natal, para dar a conhecer a nossa APP,
Falei das suas gentes, dos seus valores, dos seus associados, enfim, de toda a organização. Acreditem que encontrei mui-
ta gente com um grau de interesse e recetividade que jamais
previa. Notei a existência de grandes valores nas artes e le-
tras, no canto e no dizer poesia. Há que nos aproximarmos
para moldar a causa que nos aproxima e engrandece.
No dia, 5 de Abril, um domingo festivo em Canas e Cabanas
do Viriato onde se reuniram num cordão humano povo de
Portugal, numa homenagem singela ao Dr. Henrique de
Sousa Mendes, tive o prazer de contactar com um nosso
associado, ilustre poeta beirão, direcor do Jornal Notícias de
Viseu, o popular e bem conhecido Fernando Abreu. No de-correr do almoço no célebre Restaurante Zé Pataco imensos
assuntos foram levantados, discutidos e analisados, sendo
um deles o modo como se poderia dar vida à nossa causa e à
poesia por terras do interior. Apresentei-lhe o meu desejo
ardente para que ele se viesse a tornar um ponto de influên-
cia e dilatação desta minha/nossa vontade, tornando-se um
polo vivo desta nova fase, como coordenador-delegado, em
toda a Beira Alta.
A sua primeira ação foi acentuadamente negativa já que os
seus múltiplos e variados afazeres e responsabilidades pro-
fissionais lhe fazem ter uma atividade quase descomunal,
desde múltiplas entrevistas, às várias e consecutivas idas ao estrangeiro, na cobertura de notícias entre as diversas comu-
nidades portuguesas espalhadas por esse mundo além, não
lhe sobrando quase espaços temporais livres para outras
atividades, outros sonhos que escrever sobre Viseu, a sua
eterna amada, a menina dos seus olhos...
Mas como a água mole em pedra rija tanto dá até que fura,
lá cedeu ao nosso pedido, tendo como base o apelo da ami-
zade, da nossa alma de beirões, de amantes natos da poesia e
do amor que nos une às gentes lusas que só se entendem
falando a língua de Camões, poeta por nós consagrado, qua-
se divinizado, tornando-se assim o nosso novo Coordenador-Delegado, com sede na encantadora cidade de Viseu, terra
de Viriato e D. Afonso Henriques.
Nossos sonhos ficam a partir de hoje depositados nas suas
mãos e, como tal, muito bem entregues, pois que tudo vai
fazer com todo o nosso inteiro apoio, enaltecendo tudo e
todos.
Mais notícias irão ser dadas no próximo boletim, do agrado
de todos já que, quando os sonhos são grandes a vontade
multiplica-se e o desejo de expansão ou evolução torna-se
maior deixando de ser miragem. As grandes e cordiais ami-
zades entre amigos podem criar laços de afinidade de valor
incomensurável, inconfundível, que se projetam no futuro.
Bem Hajas Fernando Abreu
OS JOGRAIS DA APP VÃO PARTICIPAR NA
INFORMAÇÃO IMPORTANTE
Recebemos pessoalmente, em reunião por si solicitada, na
nossa sede o Associado Raul Ferrão em representação da
Delegação da APP Zona Sul, o qual nos relatou as dificulda-
des de continuação desta Delegação por razões de ordem
pessoal.
Foram-nos entregues as contas referentes a 2013, bem como
algum material que tinha sido adquirido.
Foram-nos também entregues as três cartas de demissão, pelo que consideramos os Associados nomeados para a Delegação
APP Zona Sul desvinculados desta obrigação.
Pôr-do-Sol Alentejano Punha-se o Sol na planície!
Plana, a terra,
Prolongava os horizontes…
O sol, descia lento,
Devagar, Deixando-me apreciar
Aquela hora única.
O astro rei brilhava
Qual metal pesado e polido
E em volta,
o alaranjado das chamas soltas,
Dava uma nota, colorida, viva!
A terra brilhava!
Da cor do ouro.
Da cor do restolho, que deu o pão.
Dispersos, azinheiras e sobreiros Davam a nota que faltava,
Na paisagem
Primitiva e franca,
Do meu Alentejo,
que encantava!...
Felismina Costa (272)
A União faz a força… Junte-se à A. P. P.
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
A nossa Associada Maria Armanda
Limão (nº 262) está de parabéns pela
edição dos seus 2 livros:
Poemas do Coração
Maria Armanda Limão Junto ao Mar
Família APP
Pertencer
ao agregado
De poetas
e escritores
É ter posse
no legado
Aprender com os melhores,
Juntar palavras que crescem
Que criam forma, fermento
Germinam dentro de mim,
Que me acalentam a alma
Transcendo o momento,
Saindo em fio condutor
No sentimento que acalma
Após um acto de amor !
Margarida Moura (Ass. 270)
POEMAS perdidos
Tanto poema perdido,
poemas inacabados,
tanto poeta esquecido
pelos caminhos da vida...
os ombros curvos... Cansados de gritar versos ao vento,
de buscar quem o escute
ao menos por um momento,
sabendo que a maior glória
não é o troféu da vitória;
é ser poeta despido
da vontade de algum dia
ter sido reconhecido...
é ser nada, ser ausente...
é ser poeta...somente…
Aparecida Mello Genaro (Ass. 257)
ENCONTRO DE POESIA DIA 24 DE MAIO 2014
Vamos promover um Picnic com poesia no Parque dos Poetas em Oeiras. O encontro terá início às 12H no parque de me-
rendas (cada um leva o seu petisco). Às 14H iniciaremos uma visita a cada estátua e diremos poe-
mas. Contamos terminar por volta das 17H.
VENHAM TODOS PARTICIPAR NESTA TERTÚLIA DIFERENTE O NOSSO MUNDO É A POESIA!
DIA DE CAMÕES * 10 DE JUNHO 2014
Como é habitual, comemoraremos este dia com uma concen-tração de poetas junto à sua estátua, no Largo de Camões. É quase um dever, para além de ser uma tradição da APP, prestar homenagem a este grande poeta. NÃO FALTEM!
O nosso associado Henrique Ribeiro nº 238 concede
descontos aos associados da APP na impressão de
cartões de visita e outros trabalhos de gráficos.
www.if-pt.com | [email protected]
SEMPRE A. P. P.
PARABÉNS INÊS MAOMÉ POR MAIS UM LIVRO EDITADO
NUA SOB A LUA
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
SONHO DE NATAL…
Esta noite tive um sonho,
Sonho lindo, ao começar…
Sonhei um Mundo risonho
De beleza sem ter par…
Voei às nuvens, suponho,
Voei tanto, até cansar, Porém em local medonho
Sem querer, eu fui pousar…
Era só destruição,
Tudo e tanto arrasado,
Qual raio…, qual trovão…,
Estava tudo finado!!!
Foram grandes as catástrofes,
Guerras…, pestes e o degelo…,
Hiroshima e Nagasaki, E não só…, de meter medo!!!
Bati à porta do Céu
Pedindo misericórdia,
Que o Homem ensandeceu,
Perdoai a nossa história…
Assim, pois eu fui orar
Por toda a Humanidade,
E o Deus eu vi a chorar…
Por tanta infelicidade…
E em nossa direção
Dirigiu o Seu olhar
Estendendo a Sua mão
Quis a Terra abençoar…
E um Anjo então voou
A Maria anunciar:
“Deus o Seu Filho mandou
Em Ti se vai consumar…”
E à Terra o Deus desceu, Com o Bem vencer o Mal…
E assim se abriu o Céu
Nessa noite de Natal…
Foi Seu Filho pequenino,
Que por nós morreu na cruz,
P’ra salvar nosso Destino
Veio à Terra… foi JESUS…
António Boavida Pinheiro (Ass. 132)
À pergunta habitual:
''Por que é que escreve ?''
a resposta do poeta
será sempre a mais curta:
''Para viver melhor''
Autor - Perse , Saint-Jonh
EXPLOSÃO DE AMOR
Quando um grito cresce e ecoa no peito,
Um nó na garganta emudece a voz.
Há águas revoltas correndo no leito
D’um rio indomável que existe em nós.
Ah! Quando... sim, quando... o peito se rasga
Explodindo em cor... calor... alegria.
É instante irreal... nem noite... nem dia, Que em seu desvario, à saudade esmaga.
Ah! Quando o vento, soprando, transporta
A doce ternura desse teu olhar,
Fala o coração... o que a boca calar.
E o que esperei já não mais importa,
Se agora já posso... já posso beijar,
O teu rosto amado e enfim... te abraçar.
Ju Silva (Ass. 264)
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NELSON MANDELA
Um negro de pele Branco de coração Vermelho de coragem
Patriota arco-íris. Dos seus noventa e cinco anos Viveu vinte e sete na prisão, Sua câmara de reflexão, Para libertar a sua África. Aboliu a apartheid
Segregação racial Unindo os conflitantes Inclusive negros e brancos. Tolerante com a injustiça, Traído pela sua consorte, Deixo um exemplo de paz, Independente do revanchismo.
Lutou pelas desigualdades raciais, Pelas doenças transmissíveis, Foi vitorioso nas causas céticas. Digno do seu Premio Nobel da Paz. Jamais será esquecido politicamente, Líder de um povo sofrido, desacreditado, Viveu seus últimos dias com o dever cumprido.
Seu funeral de dez dias será perpétuo. Na lembrança de todos os cidadãos, Independentemente da fronteira, Serão inesquecíveis seus feitos de glória, De sofrimento, de abdicação, pela Paz. Vai um corpo, fica sua alma.
Deixa órfãos seus seguidores, Ficará sua estatua em praças
Em mausoléus suas lembranças.
Chico Luz (Ass. 181)
A PROCURA
A procura da razão da existência Não tem resposta
Não é possível
Chegar a uma conclusão
Não se encontra solução
Continua a aposta.
Ninguém sabe de onde vem
Ninguém sabe para que vem
O destino está traçado
E terá de ser cumprido
Seja alegre ou triste o nosso fado Parece estar definido.
Aparecemos no mundo
Não é nossa a responsabilidade
Mas sentimos lá no fundo
Que há alguma verdade
No facto de supormos que nesta vida
Há uma missão a ser cumprida.
Procuramos a solução
Durante a vida inteira
E quando chegamos ao fim é verdadeira A sensação
De que algo não se cumpriu na tal missão.
Maria Eduarda Joyce Galhoz (Ass. 260)
Frase de 1920 Frase da filósofa russo-americana Ain Rand (judia fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos da América na década de 1920), mostrando uma visão com conheci-mento de causa:
«Quando você perceber que, para produzir precisa de obter a autorização de quem produz nada; Quando comprovar que o dinheiro flui para quem negoceia, não com bens mas com favores; Quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno, por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que eles pro-tegidos de si; Quando perceber que a corrupção é recompensada, e que a honestidade se converte em auto sacrifício; Então poderá afirmar, sem temor de errar, que a sua socie-dade está condenada».
Às vezes…
Às vezes és tu que me inspiras e pões o céu na minha boca.
Rompes todos os clarões que me habitam em silêncio
E afloras o receio que sinto no corpo…
De me entregar
Inteiramente Arrebatadamente a ti…
Às vezes sinto
a dormência dos meus dedos enleados no tempo
Esqueço-me em ti
Nos teus recantos
quero-te num desassossego que me acende a noite.
Inebria-me o luar pousado nos teus olhos
E…às vezes
é em ti que a minha nascente permanece
Fresca
Fluxo que se acosta de mansinho onde tudo acontece…
Às vezes amamo-nos mesmo na penumbra De alvoradas eternas
Mas sempre desenhamos pássaros verdes…
Rosa Fonseca (Ass. 267)
Ser Poeta é…
Ser sócio da A. P. P.
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
Dá um sorriso
Mesmo que as lágrimas
caiam dos teus olhos
como chuva forte
em tarde de Inverno,
dá um sorriso
Mesmo que o teu coração sofra
E a esperança tenha partido
dá um sorriso
Dá um sorriso
à velha senhora
que se faz de tonta
para ter um pouco de atenção,
Dá um sorriso
à criança ladina
que está aprender a dizer mundo
Dá um sorriso
hoje aqui e agora!
Da noite escura
pode sempre nascer um dia de sol
E, o teu sorriso
pode ser a única alegria
do anónimo
que passou agora por ti.
Clotilde Moreira (Ass. 48)
SATÉLITES (Poema Futurista)
Desde o primitivismo paleolítico,
Os índios e sinal com a fumaça,
O desenvolvimento neolítico,
A comunicação durante a caça.
No precário, foi algo descoberto,
Um meio de comunicar –a mímica,
Tudo feito em um pleno céu aberto,
De um mero som, entrou a era da física...
Caixas interligadas com uma linha,
Princípios auditivos, visuais,
Cresce a tecnologia que se alinha,
Avança até em campos siderais.
Sonhos do passado e hoje realidade,
Tantos meios de comunicação,
Satélites que falam de verdade,
A midia toca em quinta dimensão...
Uma vida encantada nos compete,
Sob o teto terreno da informática,
Basta um clique na tela da internet,
O mundo em nossas mãos, como uma mágica...
Muito embora o conforto que nos traz,
O universo ainda vive sempre em guerra,
Necessitando, assim, lições de paz,
Que nos conduzam para a Nova Terra...
Cyntia Porto (Ass. 184)
UM MOMENTO DE TERTÚLIA,
NA CASA DE ADRIANINHO, SÃO PAULO
Tertúlia de Poesia
Dia 16 de Abril pelas 18h00 Quando as palavras ser harmonizam...
Acontece a Poesia
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
Pai
Pai, és o meu ídolo
O protector
que Deus me concedeu.
Tudo faz, para não falhares.
És o amigo, conselheiro
Companheiro que me dá a mão Caminhando a meu lado.
Trabalhas para meu sustento:
Físico, psíquico e social.
Mesmo em horas mortas,
Num vai e vem de ternura
Olhas o meu rosto
Que ainda perdura.
Ter pai presente,
É ter uma fortuna
Das maiores que o mundo tem:
A tua segurança, os teus afectos,
Ajudam-me a crescer Na caminhada da vida.
Pegas-me pela mão:
Sim! És capaz.
Vais-me preparando
Para um futuro audaz.
Dunas, ensinas-me a saltar
Por mais altas que elas sejam.
Ao longo da caminhada
Indo sempre lado a lado,
Até que, chega a idade
Para que, de seguida Me dês a liberdade.
Ficas na penumbra
Vendo-me caminhar,
Ainda com receio
Que eu possa tropeçar.
Não tenho mais palavras
Para te elogiar.
Mas duma coisa ficas certo.
Andes por onde andares,
Serás sempre o pai.
Que este filho vai amar!...
Damásia Pestana (Ass. . 263)
NA TERTÚLIA DA CESVIVER, ONDE
CONHECEMOS A POETA DAMÁSIA PESTANA
Admiração
Que bom que é sair à rua,
Inalar o aroma das flores e sentir,
O fragor de toda a natureza,
O fluir, do movimento que levas…
Nessa roda de sabores
Imaginados, feitos fragância, Dum sentido despertado,
Do ato simples e inalado…
Nas flores coloridas,
Ponho o olhar, nessa paisagem
Desejada e admirada,
Calo a voz de submissão…
Olho com olhos do coração,
Sinto na alma, a singeleza…
Natural, duma emoção Que vê, repara nessa beleza…
O cheiro dos sentidos,
Mexe na emoção do viver,
Desperta, a vontade de ter
Mais amor, paz e harmonia…
Nesta vivência que se aprende,
Nesta inocência que se olha,
Num esquecimento… deste olhar,
Duma elevação do viver…
Que bom é viver…
Que alegria neste dia, cada dia…
Que admiração notar o torpor,
Que aniquila todo o amor…
Flores, sim…
Aromas, que senti…
Cadências que aprendi…
Na vida, que quero para mim…
Ana Matias (Ass. 265)
E S T Ã O A B E R T A S
I N S C R I Ç Õ E S P A R A
O F I C I N A S D E
A R T E D E D I Z E R
N A N O S S A S E D E
C O M O N O S S O
A S S O C I A D O
F E R N A N D O A F O N S O .
C O N T A C T O 2 1 8 8 6 8 0 3 0
com a presença de escritora e cantora angolana Isabel Ferreira
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
O boletim APP é uma janela aberta
por onde se respira poesia
Com a colaboração de todos, cada vez faremos melhor.
BRASIL/PORTUGAL DIVULGANDO POESIA
O MOVIMENTO POÉTICO NACIONAL, São Paulo/Brasil, foi fundado pelo luso-descendente Poeta "SILVA BAR-RETO" e teve como Patrono o poeta/escritor "MENOTTI DEL PICCHIA". O Fundador SILVA BARRETO (Dr. Sebastião Silva Barreto) nascido em Minas Gerais, luso-descendente, seus pais nascidos em Braga e Viana do Castelo, foi eminente poeta brasileiro, participante de imensas associações no Brasil e exterior. No Teto do monumental Palácio Nacional em Sin-tra, está gravado o nome da Família BARRETO. O Movi-mento Poético Nacional, foi fundado em 20/10/1976, portanto, há 37 anos, e é a maior Entidade brasileira de poetas, inclusive com associados em Portugal, Canadá, bem como, com Delega-dos em várias regiões e em seu quadro associativo tem imensos associados de outras Entidades, como da Casa do Poeta de São Paulo e da Associação Portuguesa de Poetas. A Entidade possui sede própria vitalícia, doada em vida pelo eminente poe-ta Dr. Silva Barreto. O Dr. Barreto veio a falecer em Julho de 2010. Ele foi também "Honorifico da "Casa do Poeta " Lam-pião de Gás" de São Paulo. Hoje o M.P.N. conta com mais de 200 associados no Brasil e exterior, com Delegados em vá-rias cidades brasileiras e no exterior e o Jornal trimestral "A Voz da Poesia" e o Boletim Informativo Mensal, com reuniões quinzenas em sua sede e no seu auditório que comporta em média 80 assistentes. A sua sede fica no bairro de " Mirandó-polis/Saúde/Vila Mariana na Capital do Estado de São Paulo. O M.P.N. já editou 3 grandiosas Revistas, nos 25 anos de funda-ção, nos 30 anos também e em 2014, pela atual Vice-Presidente, CREUSA BARRETO. Adriano Augusto da Costa Filho, é o Presidente atual do M. P. N. para o período de 15/03/2014 até 15/03/2017, é luso-descendente de Bragança/Rio Frio e Carção/Vimioso -Portugal, com cidadania portugue-sa, poeta/escritor e Contabilista. Carlos Moreira da Silva, Vice-Presidente de Honra, Advogado, também luso-descendente de Mira e Lorvão/Coimbra/Portugal, António Lafayette Natividade Silva, Presidente de Honra, também é luso-descendente e ex-Presidente do M.P.N. e Casa do Poeta, Creusa Ramos de Brito Barreto, Vice-Presidente, artista plásti-ca, viúva do mestre Silva Barreto e Wilson de Oliveira Jasa, associado do Movimento e 2º Vice-Presidente também Presi-dente da Casa do Poeta de São Paulo, é o Príncipe dos Poetas Paulistanos e poeta internacional participante de inúmeras enti-dades e feitor de 15 Coletâneas da Casa do Poeta de São Paulo, com a sua Editora Jasa. Além das reuniões quinzenais, o Movimento Poético Nacional, exibe-se 3 vezes ao ano no Clu-be " CIRCULO MILITAR DE SÃO PAULO" em seu Salão Verde, que conta com 200 lugares, em MAIO, no Dia das Mães, em Setembro no Dia da Primavera e em Outubro no Dia Nacional da Poesia e Fundação do M.P.N. além de também exibir-se em várias entidades, como: UNIFAI (Universidade Assunção), C.R.C. (Conselho Regional de Contabilidade) e outras Entidades. Possui Delegado em PORTUGAL, o poeta /escritor, Francisco da Costa Andrade, na Região do Porto/Maia e Trás/os/Montes, e já fez vários eventos artísticos em PORTU-GAL, em nome do Movimento Poético Nacional e Casa do Poeta, no DIA DO LIVRO, em anos anteriores e agora em 2014. Portanto, além de possuirmos outros associados em Portugal e temos no Canadá, outro mestre da Poesia como associado e Delegado, EUCLIDES CAVACO, de London/Ontário, onde é Diretor da Rádio da Amizade e mestre poeta e escritor, que anualmente faz excursões a Portugal em grandio-sos eventos. Agora tivemos a honra de ter como ASSOCIA-DA, a brilhante poetisa e maestrina da Poesia, a Diretora/Tesoureira, MARIA DA GRAÇA FERREIRA DE ARAÚ-JO (Maria Melo), da ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PO-ETAS/LISBOA, que com sua brilhante maestria poética virá enfeitar mais ainda o MOVIMENTO POÉTICO NACIONAL, para nossa emoção e honra de termos uma eminente Poetisa em nossos meios poéticos e artísticos. São Paulo, Abril de 2014, M.P.N.
ADRIANO AUGUSTO DA COSTA FILHO.
NOTÍCIA
Protocolo da A. P. P. com a
Biblioteca José Piteira Santos
A APP assinou um protocolo para colaboração com a Bibliote-
ca José Piteira Santos - Amadora, com o seguinte projeto:
Feiras de Livro – Edições Autónomas- “ESPAÇO MENOS 1”
- de 19 a 29 de Setembro, com programação diária:
Dia 19 – 9h30 - Montagem da Exposição para abertura ao pú-blico.
11H00 – Abertura ao Público
15H 00 – Palestra/tertúlia no auditório,
Entre o dia 20 e o dia 26 – Com a presença de autores a desig-
nar brevemente, teremos:
declamação de poesia,
leitura,
apresentações de livros e
sessões de autógrafos.
Dia 26 – 17H – Encerramento com palestra/tertúlia no auditó-rio, (resumo e avaliação dos resultados).
Comecem pois a preparar as vossas obras dando a conhecer à
direção da APP da vossa disponibilidade para abraçar e colabo-
rar neste projeto.
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
E por todos repartida,
Com amor e equidade,
Porque sem água não há vida,
E sem vida não há Humanidade!
Mas, Senhor,
Fazer compreender isto ao agiota que passa,
Só com a Tua divina graça.
Porque ele quer tudo,
Sem se importar com a desgraça
Dos desprotegidos da raça humana.
E pior que tudo isto, Senhor,
É ele pensar que até a Ti engana!...
João de Deus Rodrigues (Ass. 144)
22 de Março – Dia Mundial da Água
A água é da Humanidade! Se eu não fosse temente a Deus,
Perguntava-Lhe, humildemente:
Senhor, porque são os filhos teus,
E sempre os mais pobres e aflitos,
A pagarem benesses aos ricos?
Sim, perguntar-Lhe-ia eu: Porque são sempre esses,
A pagar a tanto figurão,
Cercado de mordomias,
Que vive do alheio, todos os dias,
Sem que para isso haja uma razão?
Penso nisto, Senhor,
Do fundo do coração,
E creio que não esteja bem!
Porque há os que não têm o coração no peito,
Mas sim na palma da mão, onde lhes dá mais jeito…
E a minha mágoa aumenta de dureza,
Quando um Elemento da Natureza,
Como é a Água, possa ser oferecido,
Sem razão nem sentido, a cidadãos,
Que juram que ela, em suas mãos, Vai ser tratada e distribuída com equidade,
Na plenitude da liberdade!
E dizem mais, esses malabaristas.
Dizem que os surfistas
Terão sempre as ondas do mar,
Para surfar.
E que nos campos golfistas,
Não faltará, também,
A água dos lençóis freáticos,
Guardada no ventre da Terra-Mãe,
Há milhões de anos, Para poderem praticar
“A nobre arte popular”
Do golfe, tacada a tacada,
Com esmero e sem enganos...
Enquanto dizem ao povo humilde,
Que a chuva é, de facto, uma dádiva de Deus...
Mas que não tenham receio de ficar sem água,
Porque eles tomarão as medidas necessárias,
Normais e extraordinárias,
Gastando os seus “sofridos” dinheiros, Com sábios, técnicos e engenheiros,
Para que a água não falte no mar,
Nem nos rios, nem nos ribeiros…
Tão poluídos que estão eles e o ar.
Coisa que não querem que aconteça.
E, por isso, a água deve ser sua pertença,
Porque são eles que a sabem cuidar…
Ora, Senhor, isto custa-me a suportar,
Sem que se opere em mim uma revolta, sem fim,
Que me faz desesperar.
Ao ver tamanha desfaçatez, Que me provoca, por sua vez,
Uma mágoa que não passa.
Porque a água, Senhor,
Dá-La Tu, a todos, de graça!
E, por isso,
Deve ser de toda a Humanidade.
PARABÉNS JOSÉ MOUTINHO
POR MAIS UM LIVRO EDITADO
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.
Fernando Pessoa
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
SEMPRE RADIOSA
Soube naquela aurora
Pela tristeza do teu olhar
Que mais uma vez ias embora
Mesmo sabendo que ias voltar
Levaste os raios de sol contigo
Naquela hora à tardinha permitiste
Que o dia e a noite ficassem comigo
Para receber alguém que nunca desiste
Chegou
Radiosa abriu-me seus braços
Aconchegou-me no seu peito
Contente banhou-me em lamentação
Deixando-me em embaraços.
Recatado por defeito, Agradeci a meu jeito
E abri meu coração
Voltaste primavera
Alimento da inspiração
Fazes dos poemas novos poetas
Que concebem a imaginação
Excedendo todas as metas
Numa expressão tão sincera
Chegaste primavera Ofereceste-me tua dádiva
Alimentaste meu jardim
E eu…
Esperei sempre por ti!
JoaKim Santos (Ass. 245)
DANÇA (poema de Ecos do Meu Pensar)
O sonho
Enche o espaço
do pensamento
Inunda meu ser Num desabafo longo
De um queixume
Ou na procura absurda
De um desejo.
O sonho
Me absorve plenamente
E me arrebata
Na dureza de me dar toda
À incerteza do sentir
À raiva do acordar.
Não sei se me ofusca Mas esqueço,
Não sei se me eleva
Mas danço,
Num rodopiar
Que embala plenamente
Meu corpo nu
Na nudez do vazio
Que não quero despir
Ao acordar.
Meus pés não pisam Voam
Meu corpo não pesa
Balança
Meu pensamento não decide
Vai
Meu ser é arrebatado
Qual cordão invisível
Que me prende
E desprende meus passos
Qual brisa suave
Que me inebria E me solta.
Teresa de Jesus Duarte Reis (Ass. 160)
JOAKIM SANTOS COM ADRIANINHO
UMA TERTÚLIA DE EMÍLIA VENDA NO PALÁCIO DOS ACIPRESTES
LINDA-A-VELHA
Associação Portuguesa de Poetas
a casa da poesia
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
A simplicidade das palavras.
Gosto de correr pelos trigais
Como uma borboleta viajante
Ser companhia dos pardais
Cujo cantar é deslumbrante
Sinto a liberdade em meu redor
Todo o meu ser parece esvoaçar Ouço "canções" em ré menor
E vejo flores me querendo imitar
Dançam melodias à minha passagem
Afago-as com mãos livres em massagem
Sentindo como me rodeiam com carinho
Grito ao mundo a minha liberdade
Danço musicas em rodopio de verdade
Como se não existisse outro caminho
Ricardo Águia Livre (Ass. 267)
O meu País há-de ser Primavera
Março é meu País
É Quaresma
É rifão
Que diz:
“Cara de anjo”…matinal “Cara de cão”…
Desde o almoço ao serão.
Meu País é Abril
“águas mil”
Bênção e tormenta
Que entorna
E
Retorna
No Maio garrido
Em pedaços de arco-íris
Soltos na Terra lavada Fecunda
Lavrada
Desperta.
Pedaços de arco-íris
Que vestem a Esperança,
Em coração,
Da grande Criação.
Coração rubro, vivo
Futuro a pulsar Rumo ao Verão e Outono
Das colheitas
E
Em fôfa mantinha
Repousa a exuberância,
Ao borralho do
NATAL.
Portugal há-de ser NOVA ERA
Março a Março
PRIMAVERA.
Fernanda Beatriz (Ass. 252)
JOGRAIS APP ESTIVERAM LÁ...
SEMPRE A. P. P.
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Nrº 67 Abril-Maio-Junho 2014 APP - BOLETIM INFORMATIVO E CULTURAL
EVENTOS PROGRAMADOS (para qualquer informação, contacte T 917637525) a) - Terceiras, quartas feiras de cada mês —Tertúlia poética
sala VIP do Estádio Sporting Organização: José Branquinho.
15H ÀS 18H;
b) - Segundas quintas feiras de cada mês— Tertúlia Poética
da Associação de Deficientes das Forças Armadas
Coordenação: Sá Flores/Maria Melo - das 15H ÀS 18H;
c) - Terceiras quintas feiras de cada mês - Palácio Cipres-
tes—Av. Tomás Ribeiro, nº 18 - Linda a Velha—Organização:
. Mª Emília Venda - 15H ÀS 18H;
d)- Segundos sábados de cada mês Restaurante VáVá
(Cruzamento da Av. Roma com Av E.U.A. Lx)
Organização APP - 15H ÀS 18H;
e) - Últimos sábados de cada mês—Universidade Portela Sá-
bios -(Portela de Sacavém Frente Centro Comercial Portela) -
Organização: Carlos C. Luís – 17H ÀS 20H.
h) -Último domingo de cada mês - Sede APP
R. Américo Jesus Fernandes,1 6-A - Lx
(Metro G. do Oriente; autocarros 744/708) - 15h00 ÀS 18h00, -
Todas as 4ªs feiras TERTÚLIA RIO DE PRATA na casa das Bei-ras—Coordenação Julião Bernandes. Todas as 3ªas feiras das 22 às 24H ouça boa música e poesias nossas, coordenação de Joaquim Sustelo no site: http://horizontesdapoesia.listen2myradio.com/ poesia
FICHA TÉCNICA
Nº 67 ANO XXIX. Abril/Maio/Junho 2014 PROPRIEDADE: Ass. Portuguesa de Poetas
Rua Américo de Jesus Fernandes, 16-A 1800-023 LISBOA
T: 218055374 - 917637525 - 917282837 - 931167429 Email: [email protected]
Contribuinte nº 501 522 530 Conta bancária da APP na CGD
(indique sempre nº e nome de sócio) NIB: 003505750000955533069
ISSN-2182-3553 - Dep. Legal nº 232619/05
Conceção Gráfica e Informática: Direção APP REVISÃO : Carlos Cardoso Luís
Impressão: Ideia Fixe - www.if-pt.com
Este Boletim não tem fins comerciais A Associação Portuguesa de Poetas,
fundada em 3 de Abril de 1985, é uma Associação Cultural sem fins lucrativos.
Os autores de artigos assinados são inteiramente responsáveis pelo seu conteúdo.
SABER NÃO OCUPA LUGAR
Curiosidade sobre a cidade de Lisboa: a Feira da Virgem Para quem ainda não sabe, o nome da Feira da Ladra em Lisboa não tem nada a ver com ladras ou la-drões, mas sim com a língua ára-be. De facto a Feira da Ladra re-monta ao século XIII (ou mesmo antes), quando a língua árabe era ainda familiar em Lisboa, apesar das barbaridades cometidas pelos cruzados (supostos cristãos), que a conquistaram aos Mouros. A conquista "cristã" de Lis-boa em 1147 foi um desgraçado desastre para a cidade. Diz-se que o nosso primeiro rei, impotente perante o assalto assassino à população de Lisboa, que vivia civilizada e em comunidade com os cristão arabizados, sofreu por ver que os seus aliados do Norte da Europa, não distinguiam as pessoas, e para eles todos eram infiéis e inimigos, que se deviam matar desapieda-damente. Afonso Henriques queria, sim, a cidade, mas não queria um genocídio. Enfim, entre mortos e feridos, alguns escaparam e a feira passou a ter o seu nome: Feira da Ladra, que realmente quer dizer Feira da Virgem (a Mãe de Jesus), pois "A Virgem" em árabe diz-se "al-aadraa" ..)العذراء( Esta palavra, ouve-se repetidamente na "Nursat", o canal tele-visivo dos Maronitas (Católicos) do Líbano.
HORINZONTAIS: 1-Pedra do moinho 2-Instrumento utilizado nas récitas 3-Pena 4-Dois em números roma-nos 5-Primeiro nome da Poetisa Hatherly 6-Abreviatura da Associa-ção Portuguesa de Poetas 7-Aproveitável 8-Género literário
VERTICAIS: 1-Poeta sem companhia 2-Apelido da Tesoureira da APP 3-Versa 4-Gemido de dor 5-Poeta Italiano do século XIII 6- Três vogais 7-Dores 8-Alimento 9- Diminutivo de Elisabete
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PUBLICADAS NO BOL. 66
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A B I B L I O T E C A A P P
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