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Três anos sem reajuste na cesta básica
Calçadistas pedirão ao Administrador Provisório que encaminhe junto ao Sindicato Patronal o reajuste na cesta básica
SINDICATO LIVRE CARTÃO VERMELHO
Depois de quase três anos de luta, Movimento Calça-dista consegue vitória histórica e liberta o Sindicato das mãos de Dema e Sônia. Novas eleições vão acon-tecer em setembro
Juiz sentencia que Dema e Sônia não são trabalha-dores calçadistas e não poderão concorrer a nenhum cargo nas eleições de setembro
Trabalhadores de bancas e oficinas devem ter seus direi-tos garantidos
Enfim, eleições
Você sabe o que é Vale Cultura?
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EDITORIAL Sindicato LivreOs últimos três anos não
foram fáceis. Lutamos contra privilégios maio-
res que podíamos imaginar. Para desmontar um “esquema de corrupção” foi preciso muita ousadia, coragem e fé. Apesar de todas as dificuldades, não desistimos. Nossa perseveran-ça se fortaleceu a cada expres-são de apoio de colegas de trabalho, familiares e amigos.
Enfim, o Sindicato dos Calça-distas de Jaú está livre. Agora cabe aos trabalhadores esco-lher uma nova direção, que seja verdadeiramente séria e com-prometida com a luta sindical. Oportunistas virão de toda parte. Já é do conhecimento de todos que Samanta é a nova “laranja” do Dema, mas, em breve, apre-sentaremos a verdadeira Chapa dos Calçadistas. Uma Chapa cujos membros lutaram e se ar-riscaram para libertar o sindi-cato das mãos de empresários gananciosos e exploradores.
CUT e CNTV nos apoiam
Não fizemos nada de forma isolada e não avançaremos se ficarmos sozinhos. Além de cada trabalhador(a) que reconhece que o sindicato é um instrumen-to de luta e patrimônio dos cal-çadistas, recebemos o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Confederação Nacional dos Vestuários (CNTV). Nos-so sindicato está livre e pronto para um novo recomeço. Para-béns para os calçadistas de Jaú.
www.mirocalcadista.blogspot.com.br
Criado pelo Governo Federal em 2013, o Vale Cultura ainda é pouco conhecido entre os trabalhadores. Uma das razões desse desconhecimento é o fato dos sin-
dicatos não se apropriarem do benefício por não compreen-derem a importância da cultura na vida dos trabalhadores. Já imaginou ir ao cinema no final de semana com a
família sem ter que desembolsar o valor dos ingres-sos? Comprar um livro pra você ou para os filhos sem alterar o orçamento familiar? Assistir shows e pe-ças de teatro com ingressos pagos pelo Vale Cultura?
No Programa “Vale Cultura”, os trabalhadores ganham e os patrões não perdem.
COMO FUNCIONA:1) Sindicato negocia com as empresas, de forma indivi-dual, ou firma uma cláusula no Acordo Coletivo;
2) A empresa precisa se cadastra junto ao Ministério da Cultura;
3) Os trabalhadores recebem um cartão magnético com um crédito de R$ 50/mês;
4) O valor pago ao trabalhador pela empresa é abatido em impostos, ou seja, os patrões não perdem nada;
5) Os trabalhadores podem usar o cartão em cinemas, livrarias, shows, circos e teatros.
A gente não quer só comida...Vale Cultura possibilita que trabalhadores
consumam cultura sem afetar o orçamento familiar
Você poderia afirmar com toda certeza que a produção de calçados não é insalubre? Essa e outras perguntas serão esclarecidas num evento do Tribunal Regional do Trabalho que pretende apresentar os problemas mais comuns no se-tor calçadista que impactam na saúde dos trabalhadores. SERVIÇOSeminário Calçado SeguroDia 27 de agosto, das 18h às 21hRua Rodolpho Magnani, 295Referência: sede da OAB de Jau
Saúde e segurança dos trabalhadores na produção de calçados em Jaú
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Calçadistas vão pedir ao Administrador Provisório que encaminhe proposta ao Sindicato Patronal
Três anos sem reajuste na cesta básica
Basta uma ida ao supermerca-do para se cer-
tificar que tudo está mais caro de três anos para cá. Por outro lado, o valor da ces-ta básica dos Calça-distas está congelado em cerca de R$ 80.
Essa situação tem que ser resolvida o mais breve possível. Dessa forma, o Movi-mento Calçadista de-cidiu não esperar as eleições do sindicato para agir novamente. Vale lembrar que já realizamos tentativas
de negociação do rea-juste da cesta básica, mas os patrões oportu-namente decidiram não reajustar o benefício. Agora, depois do reajus-te dos salários, é hora de voltar a tocar no assunto.
Junto com a distri-buição deste boletim, estamos coletando as-sinaturas num abaixo--assinado destinado ao Administrador Provisó-rio do Sindicato, Chicão Monteiro, para que ele encaminhe a reivindica-ção junto ao sindicato patronal. Sua participa-ção é muito importante.
Informalidade não deve ser confundida com irregularidade no setor calçadista
Trabalhadores de bancas e oficinas devem ter seus direitos garantidos
O trabalho infor-mal ou autô-nomo é uma
opção de todo traba-lhador. Mas, se por um lado há comodidade e liberdade de atuação, o calçadista autônomo fica sem direitos tra-balhistas assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho, como férias remune-radas, décimo terceiro e licença maternida-de, entre outros. Em Jaú é comum encon-trar calçadistas sem o vínculo empregatício.
A opção pelo traba-lho informal passa a ser prática irregular quando se torna uma saída dos patrões para reduzir custos e eco-nomizar com os bene-fícios trabalhistas que são um direito conquis-tado pelo trabalhador.
Nossa luta é para que todos os calçadistas tenham qualidade no trabalho e garantia de direitos, esteja ele den-tro ou fora da fábrica.
Luta contra terceirizaçãoA Confederação Nacional do Vestuá-rio (CNTV) e a CUT vêm desenvolvendo ações para que a terceirização não seja aprofundada no Brasil. Um dos grandes riscos é o Projeto de Lei 4.330, de autoria do Ex-Deputado Sandro Mabel (PMDB).
“Se este PL for aprovado em todas as instân-cias, os trabalhadores poderão ser demitidos e contratados de forma precária, sem a ga-rantia dos direitos presentes na CLT”, alertou Cida Trajano, Presidente da CNTV, durante uma das reuniões do Movimento Calçadista.
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CARTÃO VERMELHODema e Sônia estão proibidos de
participar da eleição
A Justiça do Trabalho proibiu os “empresá-rios” Dema e Sônia de participarem da eleição do sindicato. Isso porque ficou
comprovado que eles não fazem parte da cate-goria desde 1995. De forma incisiva, a senten-ça esclarece que os dois apenas se revezavam no poder e que seus salários eram pagos pelo sindicato.
"No mesmo equívoco incorreu a sra. SONIA REGINA FERNANDES, que também é membro da diretoria executiva encabeçada por Rogério, no cargo de Secretária, recebendo salários da entidades sindical desde 1.04.1995 (vide recibo de fl. 368 - ID 8019035). Na verdade - ao que tudo indica - o sr. ADEMAR PEREIRA DA SILVA e a sra. SONIA REGINA FERNANDES, só estão trocando de postos há muitos anos!", diz trecho da sentença.
Até o dia 29 de agosto deverá ser publicado o edital convo-cando a eleição para a nova diretoria do sindicato.
A data faz parte de uma decisão judicial, portanto não tem mais volta. Ainda em setembro, teremos eleição.
FINALMENTE TEREMOS ELEIÇÃO