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COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL?
Profa. Dra. Rosália Morais Torres
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA(HAS)
Condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da PA sistêmica.
Associa-se, frequentemente, a alterações dos órgãos-alvo e, também, a alterações metabólicas que aumentam o risco de eventos cardiovasculares fatais e não
fatais
VI Diretrizes Brasileiras de hipertensão arterialArq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51
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ÓRGÃOS ALVO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
Coração Encéfalo Rins Vasos sanguíneos
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EPIDEMIOLOGIA
NO MUNDO:
600 milhões de hipertensos no mundo (OMS): é uma
das doenças de maior prevalência mundial
Ligeiramente mais prevalente em homens que em
mulheres (37,8% e 32,1%)
NO BRASIL:
Prevalência média: 32% da população adulta
Entre 60-69 anos: mais de 50% da população
Acima de 70 anos: 75% da população
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HIPERTENSÃO ARTERIAL E MORTALIDADE
GERAL
•A mortalidade aumenta linearmente
com a elevação da PA acima de 115/75
mmHg.
•Causas de morte: 54% por acidente
vascular encefálico (derrame) e 47%
por doença cardíaca isquêmica (infarto).
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FATORES DE RISCO PARA HAS
IdadeGênero ou etnia
Excesso de peso e obesidade Ingestão de sal
Ingestão de álcoolSedentarismo
Fatores sócio-econômicosGenética
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FATORES RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES
a) CONTROLÁVEIS
Hipertensão arterial Dislipidemia Tabagismo Diabetes mellitus Obesidade Sedentarismo Estresse Anticoncepcionais orais Tolerância diminuída à
glicose Uso de álcool Estresse emocional
b) NÃO CONTROLÁVEIS
Histórico de doença
familiar coronariana
antes dos 55 anos
(homens) e dos 65
anos (mulheres)
Sexo masculino
Pós menopausa
Aumento da idade
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FATORES DE RISCO
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• Risco• alto
Estratificação do Risco Individualdo Paciente Hipertenso
•DCV
•3+ FR ou lesão de órgão-alvo ou DM
• Risco muito alto
•1 a 2 FR
• Risco• alto
• Risco• médio
• Risco baixo
•Sem Fator de risco
•Fator de risco • PA
• Estágio 3• Estágio 2•Estágio 1•Limítrofe
• Normal
• Risco•médio
• Risco muito alto
• Sem risco adicional
• Risco• baixo
• Risco• alto
• Risco muito alto
• Risco• médio
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: CONHECER, TRATAR, CONTROLAR
Alta prevalência e baixa taxa de controle: por que?
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TENDÊNCIAS NO CONHECIMENTO, TRATAMENTO E CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
1976-80 1988-91 1991-94 1999-00
Conhecimento (%) 51 73 68 70
Tratamento (%) 31 55 54 59
Controle (%) 10 29 27 34
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: CONHECER, TRATAR,
CONTROLAR
Alta prevalência versus baixa taxa de controle
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• Risco• alto
Estratificação do Risco Individualdo Paciente Hipertenso
•DCV
•3+ FR ou lesão de órgão-alvo ou DM
• Risco muito alto
•1 a 2 FR
• Risco• alto
• Risco• médio
• Risco baixo
•Sem FR
•Fator de risco • PA
• Estágio 3• Estágio 2•Estágio 1•Limítrofe
• Normal
• Risco•médio
• Risco muito alto
• Sem risco adicional
• Risco• baixo
• Risco• alto
• Risco muito alto
• Risco• médio
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COMO CONTROLAR A HIPERTENSÃO ARTERIAL?
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(
Modificações do estilo de vida no controle da pressão arterial
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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
O objetivo primordial do tratamento da hipertensão
arterial é a redução da morbidade e da mortalidade
cardiovasculares. Assim, os anti-hipertensivos devem não só
reduzir a pressão arterial, mas também os eventos
cardiovasculares fatais e não-fatais
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TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
O tratamento farmacológico se impõe quando as medidas não farmacológicas não são suficientes para o controle da
pressão arterial nos pacientes com hipertensão em fase I e imediatamente após o diagnóstico nos pacientes com
alto risco cardiovascular ou hipertensão em fase II, qualquer que seja o
subgrupo de risco. Em qualquer caso o tratamento não farmacológico sempre deve ser mantido
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![Page 34: C OMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL ? Profa. Dra. Rosália Morais Torres](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081422/552fc130497959413d8d5078/html5/thumbnails/34.jpg)
CLASSES DE ANTI-HIPERTENSIVOS PARA USO CLÍNICO
Diuréticos Inibidores adrenérgicos
Ação central – agonistas alfa-2 centraisBetabloqueadores – bloqueadores beta-adrenérgicosAlfabloqueadores – bloqueadores alfa-1-
adrenérgicosAlfabloqueadores e Betabloqueadores
Bloqueadores dos canais de cálcio Inibidores da ECA Bloqueadores do receptor AT1 da
angiotensina II Vasodilatadores diretos
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![Page 36: C OMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL ? Profa. Dra. Rosália Morais Torres](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081422/552fc130497959413d8d5078/html5/thumbnails/36.jpg)
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![Page 38: C OMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL ? Profa. Dra. Rosália Morais Torres](https://reader035.vdocuments.pub/reader035/viewer/2022081422/552fc130497959413d8d5078/html5/thumbnails/38.jpg)
O MAIOR PROBLEMA NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL: ADESÃO AO TRATAMENTO
estudos diversos apontam controle adequado da HAS em torno de 20% a 40% dos pacientes.
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RAZÕES PARA NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO
1- Não compreender ou interpretar erradamente as instruções
2- Esquecer de tomar o remédio
3- Sofrer reações adversas (o tratamento pode ser considerado pior que a doença)
4- Negar a doença (rejeitando o diagnóstico ou seu significado)
5- Não acreditar que o medicamento pode ajudar
6- Acreditar, equivocadamente, que já recebeu tratamento suficiente
7- Temer efeitos colaterais da medicação
8- Preço dos medicamentos
9- Ser indiferente a seu estado de saúde (apatia)
10- Ser intimidado por obstáculos como: dificuldade em engolir comprimidos ou cápsulas, ter problemas com a abertura de frascos, não saber ler a receita.
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FATORES QUE COMPROMETEM O SUCESSO DO TRATAMENTO
1- Erros de medicação • Não aviar a receita
• Aviar a receita, mas tomar os remédios incorretamente• Tomar um remédio que não foi receitado
2- Contato inadequado com o médico• Demorar para procurar cuidados médicos• Recusar-se a aderir ao tratamento ou ser incapaz disso• tratamento não acessível, conveniente ou financeiramente suportável• Não comparecer às consultas• Abandonar logo o plano terapêutico• Não levar problemas ao conhecimento do médico
3- Resistência ao tratamento• Não cumprir as etapas preventivas recomendadas• Não seguir completamente as instruções• Não participar dos programas de saúde recomendados
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FATORES RELACIONADOS AO PACIENTE
Percepção da doença pelo paciente Atitude do paciente frente ao fato de
ser hipertenso Custo do tratamento Compreensão do impacto do papel das
medidas higieno-dietéticas no contexto do padrão sociocul tural vigente
Assiduidade às consultas O imaginário popular: medo de alguns
efeitos colaterais dos medicamentos
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FATORES RELACIONADOS AO MÉDICO
Capacidade de acolhimento por parte do médico tem papel decisivo, na adesão do paciente ao tratamento.
Simplificação esquema terapêutico Boa interação médico-paciente A importância da abordagem
multiprofissional A participação de vários profissionais da área
da saúde, com uma abordagem multidisciplinar ao hipertenso pode facilitar a adesão ao tratamento e, conseqüentemente, aumentar o controle
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IDOSOS E JOVENS: PARTICULARIDADES NA ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO
Os idosos o os mais jovens abandonam o tratamento mais frequentemente, mas as razões são diferentes:
Entre os mais jovens está a duração do tratamento e a característica de a doença ser assintomática.
Entre os idosos, o uso de um grande número de medicações está relacionado à menor adesão ao tratamento (analgésicos, anti-anginosos, anti-hipertensivos etc), além da dificuldade em conseguir os medicamentos e comparecer às consultas já agendadas