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Manejo dos efeitos colaterais e secundários nos
tratamentos usados no câncer de mama
Sergio Mendes Diretor do IBMG
R.B.S.Portuguesa de Beneficência Hospital São José
• Manejo das ondas de calor em pacientes com câncer de
mama com Venlafaxina e Cloridina: estudo clínico randomizado, duplo –cego, placebo controlado.
• Terapia compressiva em pacientes com linfedema após tratamento de câncer de mama: estudo clínico controlado randomizado comparativo da relação entre o volume e a interface na mudança de pressão.
Índice
• Implementação de guideline institucional antiemético para quimioterapia de baixo risco de emese com docetaxel: uma avaliação clínica e de custo.
• Resultados oncológicos e complicações cirúrgicas imediatas do lipofiling em pacientes com câncer de mama:estudo multicêntrico Milão-Paris-Lyon, experiência de 646 procedimentos de lipofiling.
Índice
Artigo 1
Manejo das ondas de calor em pacientes com câncer de mama com Venlafaxina e Cloridina: estudo clínico randomizado, duplo –cego, placebo controlado
Venlafaxina Cloridrato de Placebo 75mg Clonidina 0,1mg n=19 n=39 n=39
Randomização
Boekhout AH et al. Journal of Clinical Oncology, 2011
Critérios de inclusão • Mulheres com historia de câncer de mama acima dos 18 anos • Menopausa natural ou induzida por Quimioterapia • Mulheres na pré menopausa com supressão ovariana (cirúrgico ou químico) •Relatos de 2 episódios de ondas de calor por dia •Nível de estradiol abaixo de 200 pmol/l
Resultados
Venlafaxina e clonidina são eficases no tratamento das ondas de calor em pacientes tratadas por câncer de mama.
Take home message
Artigo 2
Terapia compressiva em pacientes com linfedema após tratamento de câncer de mama: estudo clínico controlado randomizado comparativo da relação entre o volume e a interface na mudança de pressão.
Grupo A Grupo B Braçadeira compressiva Braçadeira compressiva (20-30 mmHg) (44-58 mmHg) n = 18 n = 18
Damstra RJ and Partsch H. Journal of Vascular Surgery, 2009.
Randomização
Critérios de Inclusão - Pós tratamento de câncer de mama (>12 meses); - Linfedema em membro superior unilateral (edema moderado: diferença de volume 20-40% ou severo: > 40%)
Critérios de exclusão - Alergia; - Doença sistêmica severa; - Trombose venosa superficial ou profunda agudas; - Doença arterial oclusiva; - Trombofilia
Redução do Edema do Membro Grupo A Média em 24h = 230.5 mL (95% CI, 135.5-283.9) Grupo B Média em 24h = 146 mL (95% CI, 101.2-313.5) p < 0,001
resultado
Ao final do estudo as pacientes do grupo submetido à menor pressão relataram maior tolerabilidade em relação às pacientes do grupo submetidas à maior pressão em relação à dor e desconforto.
Tolerabilidade
Take home message
Braçadeiras compressivas com pressão diária entre 20-30 mmHg são eficazes na redução do linfedema de membro superior, além de apresentarem melhor tolerabilidade em relação às de maior pressão.
Implementação de guideline institucional antiemético para quimioterapia de baixo risco de emese com docetaxel: uma avaliação clínica e de custo.
Artigo 3
Grupo A Grupo B Ondansetron 4 mg + Dexametazona 12 mg Dexametasona 8 mg n = 56 n = 41 - 30 minutos antes do Docetaxel - 30 minutos antes do Docetaxel
- Em ambos os grupos foram administrado 4mg de Ondansetron via oral nos
dias 2 e 3 pós Docetaxel
Hayashi T et al. Support Care Cancer, 2011 (on line).
Randomização
4 ciclos de FEC (5-fluoracil 500mg/m2 ; Epirrubicina 100mg/m2 ;
Ciclofosfamida 500mg/m2) cada 21 dias 4 ciclos de EC (Epirrubicina 100mg/m2 ; Ciclofosfamida 600mg/m2) cada 21 dias O+D D 4 ciclos de Docetaxel (70-75 mg/m2) cada 21 dias
Grupo A Grupo B (Onda + Dexa) (D) Náuseas 19,5% 16,1% Vômitos 2,4% 0%
Resultados
Sem diferença estatística significante
Os presentes resultados sugerem que Dexametasona isolada é igualmente eficaz para prevenir náuseas e vômitos e com custo menor quando comparado com a associação Dexametasona e Ondansetron em quimioterapias com Docetaxel de baixo risco de emese.
Take home message
Artigo 4
Resultados oncológicos e complicações cirúrgicas imediatas do lipofiling em pacientes com câncer de mama:estudo multicêntrico Milão-Paris-Lyon, experiência de 646 procedimentos de lipofiling. Plast Surg Reconstr.2011Ago;128(2):347-2 Pety JY,and col.
Background
• Técnica cirúrgica de enxertia de adipócitos autólogos
• Utilizada há décadas na cirurgia plástica • Recentemente utilizada para corrigir defeitos
causados pela cirurgia oncológica da mama
Lipofilling: Cirurgia conservadora
Lipofilling: Reconstrução com prótese
Background
• Faltam dados sobre a segurança oncológica do método
• Estudos em modelos murinos e “in vitro” demonstraram estímulo de células tumorais localmente e á distância
• Adipócitos e pré-adipocitos (ADSC) envolvidos no ciclo celular (autócrino, exócrino e paracrino)
Background
• Séries de caso não demonstraram associação entre lipofilling e recorrência local (RL) e sistêmica (RS)
• Bons resultados cosméticos • Método simples, com poucas complicações e de
fácil reprodutibilidade
Desenho do Estudo
Instituto Europeu de Oncologia- Milão, Itália Paris Breast Center – Paris, França Leon Berrard Centre – Lyon, França
Março de 2000 – Março 2010 646 lipofillings 513 pacientes
Revisão de prontuários Revisão de mamografias
Estudo observacional multicêntrico
Resultados
• 405 casos CDI (78%) • 108 casos CDIS (22%)
• T1: 240 casos • T2: 131 casos • T3: 31 casos
Resultados
• Tempo médio cirurgia oncológica – lipofilling: 39.7 meses (Range: 0-216 meses)
• Follow up médio; 19,2 meses (Range: 1-107 meses)
Resultados
1,5 % 1,1% 3,1 % 5,6%
Take Home Message
• Lipofilling é uma ótima técnica para corrigir defeitos da cirurgia oncológica
• As taxas de complicações são baixas • Evidências clínicas preliminares não demonstram
associação entre lipofilling e RL e RR • Técnica deve ser oferecida dentro de protocolos
de estudo • Mais estudos são necessários para demonstrar
segurança oncológica
0BRIGADO