Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
CARTA-CIRCULAR Nº 1.427
Às
Instituições Financeiras Públicas e Privadas
Para inclusão no Manual de Crédito Agroindustrial (MCA), encaminhamos anexo
o capítulo 17, no qual estão consolidadas as disposições aplicáveis à linha de crédito do
Segmento Agroindustrial do Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento
dos Cerrados (PRODECER AGROINDUSTRIAL), objeto da Circular n° 952, do 08.08.85.
Brasília (DF), 19 de julho de 1936.
DEPARTAMENTO DO CREDITO INDUSTRIAL
E PROGRAMAS ESPECIAIS
José Valder Nogueira
CHEFE
Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.
MANUAL DE NORMAS E INSTRUÇÕES
CRÉDITO AGROINDUTRIAL
Índice dos Capítulos e Seções
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16 - PROGRAMA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA A AGROINDÚSTRIA (PRONAGRI)
1 - Disposições Preliminares
2 - Modalidades de Aplicação dos Recursos
3 – Beneficiário
4 - Finalidades
5 - Alçadas
6 - Proposta
7 - Estudo de Viabilidade dos Projetos
8 - Análise dos Projetos
9 - Arrendamento Mercantil
10 - Subscrição de Ações e Debêntures
11 - Financiamento
12 - Refinanciamentos
13 - Auditoria
14 - Acompanhamento
Documentos:
1 - Licitações Internacionais
2 - Diretrizes para Aquisições
3 - Modelo de Proposta
4 - Roteiro para Elaboração de Projetos
5 - Roteiro para Análise de Projetos
6 - Demonstrativo - PRONAGRI - Valores Contratados
8 - PRONAGRI - Valores de Principal Vencidos e não Pagos
9 - PRONAGRI - Juros Vencidos e não Pagos
10 - PRONAGRI - Situação dos Projetos
11 - Relação das Represas que são ou foram Mutuarias do Programa Agroindústria (PAGRI)
12 -. Carta-convênio
13 - Carta Proposta
14 - Critérios para o Cálculo da Correção Monetária e das Taxas de Juros
15 Autorização de Débitos
17 - PROGRAMA DE COOPERAÇÃO NIPO-BRASILEIRA PARA O DESENVOLVIMENTO
DOS CERRADOS - (PRODECER II) - SEGMENTO INDUSTRIAL (*)
1 - Disposições Preliminares
2 - Beneficiários
3 - Finalidade dos Créditos
4 – Pedidos de Enquadramento
5 - Resposta de Financiamento
6 - Estudo de Viabilidade dos Projetos
7 - Análise dos Projetos
8 - Assistência Técnica e Gerencial
9 - Condições de Financiamento
10 - Refinanciamentos
MANUAL DE NORMAS E INSTRUÇÕES
CRÉDITO AGROINDUTRIAL
Índice dos Capítulos e Seções
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
Documentos:
1 - Convênio para Execução do PRODECER II
2 - Modelo de Proposta de Financiamento
18 - (a utilizar)
19 - NORMATIVOS NEO CODIFICADOS
1 - Resoluções
2 - Circulares
3 – Cartas-Circulares
4 - Comunicados
20 – LEGISLAÇÃO BÁSICA
1 – Decreto-Lei n. 413, de 09.01.69 4..
2 - Decreto n. 75.688, de 02.05.75
3 - Decreto n. 84.449, de 30.01.80
4 - Decreto n. 76.593, de 14.11.75
5 - Decreto n. 80.762, de 18.11.77
6 - Decreto n. 83.700, de 05.07.79
7 - Decreto n. 84.575, de 18.03.80
8 – Decreto-Lei n. 1.413, de 14.08.75
9 - Decreto n. 76.389, de 03.10.75
10 - Portaria n. 323, de 29.11.78
11 - Portaria n. 158, de 03.11.80
12 - Lei n. 6938, de 31.08.81
13 - Decreto n. 88.351, de 01.06.83
14 - Lei n. 7.256, de 27.11.84
15 - Decreto n. 90.880, de 30.01.85
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados –
(PRODECER II)
SEÇÃO: Disposições Preliminares - 1
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1 - O segmento Agroindustrial do Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o
Desenvolvimento dos Cerrados (PRODECER AGROINDUSTRIAL) tem por objetivo básico o
aproveitamento, em escala de industrialização, dos produtos de origem vegetal e animal gerados
nas Arcas de cerrado, de forma a contribuir para o fortalecimento econômico e social dessas
regiões, em particular dos produtores e cooperativas ali sediadas.
2 - O PRODECER AGROINDUSTRIAL é administrado e coordenado pelo Banco Central e pela
Companhia de Promoção Agrícola (CAMPO).
3 - Cabe ao Banco Central a execução financeira do programa, nas condições estabelecidas pelo
Conselho Monetário Nacional, e a seleção dos agentes financeiros.
4 - Cabe A CAMPO a coordenação técnica do programa.
5 - O PRODECER AGROINDUSTRIAL é desenvolvido nos Estados da Bahia, Minas Gerais,
Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
6 - Podem ser agentes financeiros do PRODECER AGROINDUSTRIAL o Banco do Brasil, o
Banco Nacional do Crédito Cooperativo e os bancos regionais, estaduais e de desenvolvimento.
7 - Os agentes financeiros e a CAMPO devem firmar convênio específico, nos termos do
documento n. 1 deste capítulo, para execução do programa.
8 - O PRODECER AGROINDUSTRIAL está subordinado às normas gerais do MCA que não
colidirem com as disposições deste capítulo.
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados –
(PRODECER II)
SEÇÃO: Beneficiários - 2
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
1 - Podem ser beneficiárias do PRODECER AGROINDUSTRIAL pequenas e médias empresas,
inclusive cooperativas de colonização e de produtores rurais, cujos projetos integrem os
seguintes segmentos industriais:
a) indústria da carne;
b) agroindústria de beneficiamento,
c) atividades correlatas.
2 – Consideram-se integrantes da indústria da carne:
a) os abatedouros;
b) os frigoríficos;
c) as cooperativas ou empresas que se dediquem à industrialização ou ao processamento de
carnes em geral.
3 – Consideram-se integrantes da agroindústria de beneficiamento:
a)o beneficiamento de cereais;
b)a produção de óleos vegetais;
c) o processamento ou industrialização de:
I - leite e seus derivados;
II - fibras têxteis;
III - frutas;
IV - outras matérias-primas de origem agropecuária
4 – Consideram-se integrantes do segmento atividades correlatas:
a) a produção de insumos agropecuários, inclusive fertilizantes e calcário agrícola;
b) o processamento de alimentos em geral, inclusive frigorificados ou congelados;
c) a fabricação de embalagens para alimentos;
d) a fabricação de implementos agrícolas;
e) a prestação de serviços de armazenagem a frio;
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados –
(PRODECER II)
SEÇÃO: Beneficiários - 2
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
f) a execução de infraestrutura econômica de apoio à comercialização de produtos agropecuários.
5 - Os projetos que objetivem a prestação de serviços de armazenagem a frio somente podem ser
enquadrados se de interesse de cooperativas de produtores ou empresas privadas.
6 – Excluem-se dos benefícios do programa os projetos voltados para o beneficiamento ou
industrialização de fumo e cana-de-açúcar.
7 - As cooperativas devem ser constituídas predominantemente de mini, pequenos e médios
produtores rurais, observado o critério de classificação estabelecido pelo Conselho Monetário
Nacional.
8 – Consideram-se pequenas e médias empresas, para efeito do disposto no item 1;
a) aquelas cujo montante de vendas, no ano civil imediatamente anterior ao da apresentação da
proposta, não tenha ultrapassado o equivalente a 85.000 (oitenta e cinco mil) MVR, vigente ao
final do mencionado período, admitida a exclusão do IPI e do ICM;
b) aquelas cuja previsão de faturamento anual, a plena capacidade e a preços constantes, não
exceda o teto de que trata a alínea anterior, quando se tratar de empresas em constituição.
9 - Depende de autorização do Banco Central o deferimento de empréstimos a pequenas e
médias empresas que tenham vínculos diretos ou indiretos, de coligação ou controle, com:
I - empresas cujo faturamento global, no ano civil anterior ao da apresentação da proposta, tenha
ultrapassado o equivalente a 85.000 (oitenta e cinco mil) MVR, vigente ao final do mencionado
período admitida a exclusão do IPI e do ICM;
II – instituições financeiras.
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados –
(PRODECER II) – Segmento Agroindustrial - 17
SEÇÃO: Finalidades dos Créditos - 3
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1 - Podem ser objeto de financiamento pelo programa:
a) a implantação, ampliação, reforma modernização ou relocalização de unidades industriais;
b) o capital de giro próprio, indispensável ao normal funcionamento da empresa ou cooperativa
no ano seguinte à conclusão do projeto.
2 - Os financiamentos dão cobertura aos investimentos relacionados com a execução da planta
industrial incluída no projeto, tais como:
a) construção civil;
b) máquinas e equipamentos;
c) instalações, montagens e frete;
d) veículos de carga, novos e de fabricação nacional, quando integrantes do projeto global;
e) equipamentos antipoluentes necessários ao tratamento de resíduos da produção industrial;
f) móveis e utensílios, de escritório e laboratório;
g) estudo de viabilidade;
h) “engineering
i) ensaios operacionais;
j) preparação de pessoal de nível técnico vinculado ao projeto;
l) assistência técnico-gerencial durante a implantação do projeto;
m) outros itens que a CAMPO considerar indispensáveis.
3 - Não são passíveis de apoio financeiro pelo programa, ainda que façam parte do projeto:
a) aquisição de terreno;
b) aquisição de unidades já construídas ou em construção;
c) aquisição isolada de veículos de carga.
4 - O custo de elaboração do projeto, para fins de financiamento, não pode ultrapassar 1% (um
por cento) do valor dos investimentos aprovados.
5 - O capital de giro não pode ser objeto de financiamento isolado.
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados –
(PRODECER II) – Segmento Agroindustrial - 17
SEÇÃO: Pedidos de Enquadramento - 4
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1 - O proponente deve obter da CAMPO o enquadramento no programa, previamente à
elaboração do projeto definitivo.
2 - O pedido de enquadramento deve ser entregue pelo proponente diretamente A CAMPO no
seguinte endereço: SEPN - Q 516 - Bloco A - 4o. andar - Brasília (DF).
3 - O pedido de enquadramento deve ser instruído com 1 via do estudo sobre localização,
dimensionamento e aspectos técnicos do empreendimento.
4 - A CAMPO deve comunicar por escrito ao proponente e ao agente financeiro por este
escolhido o deferimento ou o indeferimento do pedido de enquadramento.
5 - Enquadrado o pedido pela CAMPO, o proponente deve ingressar com a proposta de
financiamento no agente financeiro.
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados –
(PRODECER II) – Segmento Agroindustrial - 17
SEÇÃO: Proposta de Financiamento - 5
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1 - A proposta de financiamento, elaborada na forma do Documento n. 2 deste capítulo deve ser
apresentada ao agente financeiro pelo proponente tão logo seu pedido de enquadramento tenha
sido aprovado pela CAMPO.
2 - A proposta deve conter estimativa dos investimentos programados, baseada em cotações
recentes para os equipamentos, obras civis e demais bens e serviços requeridos pelo
empreendimento.
3 - A proposta deve conter ainda a estimativa do capital de giro próprio indispensável ao
financiamento da empresa após a execução do empreendimento.
4 - O agente financeiro deve autorizar a elaboração do projeto, se julgar viável o deferimento da
proposta.
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados –
(PRODECER II) – Segmento Agroindustrial - 17
SEÇÃO: Análise dos Projetos - 7
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
1 - O projeto referente à proposta de financiamento deve ter aferida sua viabilidade técnica,
econômica e financeira.
2 - O projeto deve ser elaborado pela CAMPO ou por pessoas físicas ou jurídicas qualificadas
por ela indicadas.
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados –
(PRODECER II) – Segmento Agroindustrial - 17
SEÇÃO: Análise dos Projetos - 7
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
1 - A análise da viabilidade técnica, econômica e financeira do projeto é de responsabilidade da
CAMPO ou de pessoa por ela delegada.
2 - É reservado ao agente financeiro, na qualidade de responsável pelo risco da operação, o
direito homologatório da análise do projeto.
3 - Deve ser dispensada ênfase aos seguintes itens na análise do projeto:
a) idoneidade, capacidade gerencial e experiência dos administradores da empresa;
b) situação econômico-financeira da empresa;
c) cálculo das relações “Divida/Patrimônio Líquido” e “Dívida/Ativo Real”, levando em conta a
situação anterior e posterior à implantação do projeto;
d) disponibilidade e origem do capital de giro necessário às operações atuais e futuras da
empresa.
4 - A análise do projeto não deve ser confiada a elementos ou firmas com qualquer vinculação de
interesse com o proponente ou com seus sócios majoritários ou dirigentes.
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados –
(PRODECER II) – Segmento Agroindustrial - 17
SEÇÃO: Assistência Técnica e Gerencial - 8
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
1 - A assistência técnica e gerencial é obrigatória durante a fase de implantação do projeto.
2 - A assistência técnico-gerencial é prestada pela CAMPO ou por pessoas físicas ou jurídicas
por ela indicada.
3 - O prestador da assistência técnico-gerencial pode cobrar do proponente até 1% a.a., calculado
sobre o saldo devedor do financiamento.
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos Cerrados –
(PRODECER II) – Segmento Agroindustrial - 17
SEÇÃO: Condições de Financiamento - 9
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
1 - Os empréstimos sujeitam-se aos seguintes limites de financiamento:
a) empreendimentos localizados nas áreas de atuação da SUDAM, SUDENE e na região Centro-
Oeste.......................................................................................................................................90%
b) empreendimentos localizados em outras regiões...............................................................80%
2 - Os financiamentos não podem exceder o equivalente a 20.000 (vinte mil) vezes o MVR, por
beneficiário, salvo em autorização especial do Banco Central.
3 - O prazo máximo dos financiamentos é de 10 (dez) anos, já incluídos até 3 (três) anos de
carência.
4 - A parcela financiável de capital de eira deve comportar-se rio teto de 30% (trinta por cento)
dos investimentos fixos financiáveis.
5 - O agente financeiro deve adotar o prefixo “PRODECER AGROINDUSTRIAL” para
caracterizar as operações realizadas.
TÍTULO: CRÉDITO AGROINDUSTRIAL
CAPÍTULO: Programa de Desenvolvimento dos Cerrados – (PRODECER II) – 17
SEÇÃO: Refinanciamentos - 10
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
1 - O Banco Central assegura o refinanciamento de 100% (cem por cento) das parcelas
desembolsadas pelo agente financeiro.
MCA 17 DOCUMENTO N.1
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
CONVÊNIO QUE ENTRE SI FAZEM A COMPANHIA DE
PROMOÇÃO AGRÍCOLA - CAMPO E O BANCO PARA
EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE COOPERAÇÃO NIPO-
BRASILEIRA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS
CERRADOS - PRODECER II.
A CIA. DE PROMOÇÃO AGRÍCOLA - CAMPO, Empresa Privada de Desenvolvimento
Agrícola, com sede em Brasília-DF, CGC/MF 20.512.356-0001-11, a seguir denominada
CAMPO representada pelo seu Diretor Presidente e pelo Diretor Financeiro e o BANCO com
sede em CGC/MF doravante denominado celebram o presente Convênio sob as cláusulas e
condições seguintes:
CLÁUSULA PRIMEIRA: o objetivo do presente Convênio é definir os procedimentos para a
implementação do Programa de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento dos
Cerrados - PRODECER II, doravante denominado PRODECER II, entre a CAMPO e o BANCO
a primeira na qualidade de coordenadora do processo de acompanhamento operacional do
PRODECER II a o segundo na qualidade de agente financeiro do Banco Central do Brasil
(BACEN) para o programa.
CLÁUSULA SEGUNDA: a CAMPO prestará os seguintes serviços de Assistência Técnica aos
participantes do projeto:
a) elaboração de planos simples, projeto técnico ou projeto integrado; e
b) orientação técnica e gerencial, a nível de imóvel ou produtor.
PARÁGRAFO PRIMEIRO: por solicitação do BANCO a CAMPO poderá, ainda, prestar os
seguintes serviços:
a) elaboração de laudo técnico a nível de propriedade para prorrogação de financiamentos;
b) avaliação de imóveis rurais e de bens passíveis de penhor cedular, não integrantes das
garantias iniciais dos projetos por ela elaborados;
c) realização de perícias relativas ao PROAGRO e Seguro Rural, de acordo com as normas
vigentes do BACEN e/ou do Agente Segurador.
PARÁGRAFO SEGUNDO: a CAMPO e o BANCO determinarão por acordo mútuo, a
necessidade de elaboração de plano, projeto ou projeto integrado, na dependência da
complexidade do empreendimento.
CLÁUSULA TERCEIRA: o custo da elaboração do projeto técnico, projeto integrado ou plano
Simples é de 2% sobre o valor dos empréstimos nos créditos rurais, e de 1% nos projetos
agroindustriais.
MCA 17 DOCUMENTO N.1
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
CLÁUSULA QUARTA: a remuneração da orientação técnica e gerencial é devida á base de até
2% a.a. sobre os saldos devedores á época de apuração dos juros após o primeiro ano de vigência
da operação, durante o período de duração da orientação técnica e gerencial.
CLÁUSULA QUINTA: pelos serviços prestados,: previstos no PARÁGRAFO PRIMEIRO DA
CLÁUSULA SEGUNDA, a remuneração será a seguinte:
CLÁUSULA SEXTA: a CAMPO somente terá direito ás remunerações previstas neste
Convênio, se comprovar ao BANCO a prestação dos serviços correspondentes, mediante entrega
de documento hábil.
CLÁUSULA SÉTIMA: as remunerações previstas neste Convênio são pagas diretamente pelo
BANCO A CAMPO, de acordo com as normas do BACEN.
CLÁUSULA OITAVA: as remunerações previstas neste Convênio observarão os seguintes
prazos e condições:
CLÁUSULA NONA: as responsabilidades da CAMPO a do BANCO para plena execução do
presente Convênio ficam assim pactuadas:
a) a CAMPO se compromete a:
a.1 - selecionar os participantes do PRODECER II e orientá-los na elaboração a
encaminhamento de proposta de financiamento ao BANCO;
a.2 - coordenar a programação anual dos trabalhos e das metas a serem alcançadas no Estado, em
conjunto com o BANCO e com as demais instituições envolvidas no PRODECER II;
a.3 - coordenar o desenvolvimento do PRODECER II em suas diversas etapas;
a.4 – questionar junto às instituições envolvidas no PRODECER II com vistas á obtenção de
créditos específicos e à implantação da infra-estrutura para o atendimento de participantes do
Projeto;
a.5 – preparar e submeter ao BANCO, que encaminhará ao BACEN, até o último dia útil de
outubro de ceda ano, um orçamento prevendo para o ano seguinte o montante dos suprimentos
necessários aos créditos destinados às atividades programadas, a. serem concedidos aos
participantes do Projeto;
a.6 - responsabilizar-se pela elaboração dos planos, projetos técnicos ou projetos integrado; e
pela prestação da assistência técnica aos participantes do Projeto, segundo metodologia
apropriada;
a.7 - elaborar, por solicitação do BANCO, laudos de prorrogação de financiamento, avaliação
imóveis e bens passíveis de penhor cedular, bem como laudos periciais para o PROAGRO ou
Seguro Rural,
a.8 - locar técnicos, em número suficiente e necessário para, a qualquer tempo, fazer cumprir as
alíneas anteriores;
a.9 – responsabilizar-se pelo fluxo de informações a ser encaminhado ao BANCO e às demais
instituições, sobre os trabalhos em andamento através de relatórios sistemáticos a serem
elaborados pelos técnicos locais, segundo esquema a ser definido com o BANCO;
a.10 - elaborar os planos e projetos em formulários apropriados, para o fim específico do projeto
a ser definido juntamente com o BANCO;
MCA 17 DOCUMENTO N.1
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
a.11 - manter um técnico responsável pala Coordenação Geral dos trabalhos, o qual constituirá
elo de ligação da parte executiva coe os demais setores envolvidos; -
a.12 - após receber a proposta de financiamento aprovada pelo BANCO, elaborar o plano,
projeto técnico ou projeto integrado, decidindo sobre sua viabilidade técnica e econômico-
financeira;
a.13 - encaminhar o plano ou projeto, através de correspondência ao BANCO para efeito de
formalização do crédito;
a.14 - efetuar a modificação dos referidos documentos, se indispensável, preferentemente através
do técnico que os elaborou e submetê-los novamente à consideração do BARCO;
a.15 - prestar assistência técnica aos participantes do Projeto, durante a implantação do plano ou
projeto;
a.16 - visitar os empreendimentos com freqüência tal que os serviços não sofram solução de
continuidade por falta de orientação, fornecendo ao BANCO, de acordo com o modelo a ser
decidido entre as partes, relatórios que abordarão, obrigatoriamente, aspectos referentes a:
a.16.1 - efeitos decorrentes da assistência técnica e dos procedimentos tecnológicos em
aplicação;
a.16.2 - comportamento do mutuário diante da assistência, mormente suas condições de assimilar
e utilizar novas tecnologias, e seu desempenho administrativo;
a.16.3 - indicações técnicas recomendadas;
a.16.4 - fatos ou ocorrências que possam determinar a alteração do projeto, com previsão de suas
conseqüências;
a.16.5 - irregularidades que possam afetar os objetivos do financiamento ou a segurança e
regularidade da operação;
a.16.6 - estimativa sobre a produção e produtividade do empreendimento;
a.16.7 - opinar sobre a liberação das importâncias constantes do orçamento ou cronograma de
aplicação do crédito, após prévia verificação do andamento do empreendimento;
a.17 - comunicar ao BANCO, tão logo tenha conhecimento, a ocorrência de quaisquer
irregularidades que recomendem seja acatada a utilização do crédito ou possam provocar o
malogro do empreendimento;
a.18 - credenciar, junto ao BANCO, os técnicos que irão atuar na prestação da assistência
técnica:
a.19 - esclarecer aos financiados, pelos meios ao seu alcance, sobre os programas
governamentais de estímulo à produção agropecuária, especialmente no que tanga à Política de
Preços Mínimos;
a.20 - tomar todas as providências pertinentes a quaisquer disposições legais ou regulamentares,
decorrentes da exigência ou recomendação dos Conselhos Federal e Regionais de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia, Medicina-Veterinária e Economia, relacionados com o presente
Convênio;
a.21 - dar prioridade, na medida do possível, ao atendimento de representantes do BANCO,
sempre que se tratar de assuntos relacionados ao presente Convênio.
b) o BANCO se compromete a:
b. 1 - coletar, exclusivamente através da CAMPO, as propostas de financiamento dos
participantes do PRODECER II,
b.2 - fazer o cadastro doa participantes indicados, decidindo sobre a viabilidade econômica;
MCA 17 DOCUMENTO N.1
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
b.3 - submeter as propostas aprovadas à CAMPO, para elaboração do plano ou projeto, conforme
o caso;
b.4 - comunicar, por escrito, à CAMPO, o nome do participante, em caso de recusa de
financiamento, com as justificativas devidas;
b.5 - avaliar as garantiam, sem ônus para o participante, se discordar do valor consignado no
plano ou projeto;
b.6 - formalizar os financiamentos, sob aviso A CAMPO, e exercer os controles de sua execução,
seguindo as normas do BACEN;
b.7 - autorizar A CAMPO, por escrito, a execução e/ou cancelamento dos serviços ajustados na
cláusula 2a., § lo. deste Convênio, fornecendo-lhe, quando for o caso, cópia da proposta ou do
instrumento de crédito;
b.8 - prestar, sempre que solicitadas, informações A CAMPO, sobre o andamento contábil das
operações, desde que com autorização, por escrito, do beneficiário do crédito;
b.9 - não alterar os objetivos dos planos e/ou projetos apresentados, inclusive orçamentos, sem
prévio entendimento com a CAMPO;
b.10 - só liberar as importâncias constantes do orçamento e cronograma de aplicação com a
recomendação, por escrito, de técnico da CAMPO;
b.11 - somente decidir sobre pedidos de prorrogação de vencimento de dívidas com base em
parecer de técnico da CAMPO;
b.12 - fornecer A CAMPO, por escrito, o saldo devedor de financiamento a ser prorrogado, na
data do pedido, para a elaboração do laudo técnico de prorrogação;
b.13 - dar conhecimento A CAMPO das normas do crédito, rural e agroindustrial em geral e do
PRODECE II em particular, baixadas pelo BACEN, bem como orientações operacionais, com
vistas ao bom desempenho da assistência técnica;
b.14 - comunicar à CAMPO a liquidação dos financiamentos, à medida que ocorrerem;
b. 15 - comunicar à CAMPO, de imediato, qualquer ocorrência de irregularidade detectada com
relação ao produtor rural;
b.16 - informar A CAMPO o total dos resgates do principal e juros previstos nos empréstimos
concedidos através do PRODECER II.
CLÁUSULA DÉCIMA: a CAMPO poderá subcontratar com terceiros, que preencham as
condições necessárias, a realização de serviços previstos neste Convênio.
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: a CAMPO e o BANCO designarão seus responsáveis para,
na qualidade de coordenadores, dirimirem dúvidas e resolverem dificuldades que, porventura,
surgirem na aplicação do presente Convênio.
PARÁGRAFO ÚNICO: quando necessário, os representantes se reunirão a fim de traçar, em
conjunto, a programação a ser adotada no Projeto.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA: o presente Convênio entrará em vigor após sua assinatura e
terá vigência durante o prazo do programa, se não houver denúncia das partes, por escrito, com
antecedência mínima de 180 (cento e oitenta) dias.
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA: este Convênio poderá ser rescindido, no todo ou em parte,
no caso de não cumprimento de qualquer de suas cláusulas, hipótese em que a parte inadimplente
MCA 17 DOCUMENTO N.1
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
deverá ser notificada, pala outra, por escrito, com antecedência mínima de 180 (cento e oitenta)
dias.
CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA: os casos omissos serão resolvidos de comum acordo pelos
representantes das partes convenentes.
CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA: para solução de qualquer pendência relativa a este Convênio,
fica eleito o foro de Brasília-DF.
E para firmeza e validade do que ficou estipulado, lavrou-se o presente termo em 3 (três) vias, o
qual depois de lido e achado certo, vai assinado pelas partes convenentes e pelas testemunhas.
Brasília (DF),
CIA. DE PROMOÇÃO AGRÍCOLA-CAMPO
BANCO
TESTEMUNHAS:
MCA 17 DOCUMENTO N.2
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
MODELO DE PROPOSTA DE FINANCIAMENTO
Ao
BANCO
(Endereço)
Prezados Senhores,
Pretendendo obter colaboração financeira desse Banco, A conta do Programa de
Desenvolvimento dos Cerrados (PRODECER II), apresentamos a seguir as principais
características de nossa empresa a do projeto a ser elaborado:
1 - DADOS DA EMPRESA
1.1 - Razão Social
1.2 - Localização (endereço completo)
1.3 - Objetivo social
1.4 - Data de constituição
1.5 - Administração
1.6 - Capital Social e Reservas (posição em ):
I - Capital:
- Autorizado.............................. Cr$
- Subscrito................................. Cr$
- Integralizado........................... Cr$
II – Reservas............................. Cr$
1.7 - Composição:
I - pequenas e médias empresas
- Nacional......................%
- Estrangeiro..................%
II - Cooperativas:
- Mini e pequeno produtor...............%
- Médio produtor.............................%
- Grande produtor............................%
1.8 - Controle de capital (principais acionistas/cotistas)
1.9 - Faturamento no último exercício: (preencher se tratar de pequena ou média empresa).
2 - EMPREENDIMENTO PROGRAMADO
MCA 17 DOCUMENTO N.2
Carta-Circular nº. 1.427, de 01.07.86.
2.1 - Objetivos (resumo)
2.2 - Localização (endereço completo)
2.3 - Investimentos programados
2.3.1 - inversões fixas
2.3.2 - capital de giro
2.4 - Fontes de recursos
2.5 - Natureza e valor das garantias oferecidas
2.6 - Prazo solicitado (de carência e amortização).
Aguardando o pronunciamento de V. Sas, subscrevemo-nos.
Atenciosamente,
_____________________
(Assinaturas)