Boletim do Centro de Documentação e Informação
Carta Náutica Setembro 2015
«Operadores Logísticos 2015» - Filipe Barros, Alexandra Gomes, Rita Simões de Sousa
Das últimas aquisições…
Neste número:
Das últimas
aquisições
- Operadores
Logísticos 2015
Das nossas
estantes
- Roteiro das
barras de Lisboa
e do rio Tejo até
Valada
Revista do mês
- Jornal da
Economia do Mar
Boletim
Bibliográfico
- Agosto de 2015
Há uns anos
- Doca de Santo
Amaro
Poesia pelo
porto
- Eugénio de
Andrade
Ligações
Interessantes
- APTMCD -
Agência
Portuguesa do
Transporte
Marítimo de Curta
Distância
Foto Final
Contactos
Das nossas estantes…
Revista do mês
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Boletim Bibliográfico
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“APTMCD altera estatutos” - Jornal da Economia do Mar
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agosto 2015
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POLARIS - um simulador de navegação e manobra de alta definição - Revista da
Marinha - julho/agosto 2015
O Boletim Bibliográfico é editado periodicamente pelo Centro de
Documentação e Informação.
A sua finalidade é dar a conhecer ao leitor todas as publicações
que deram entrada no CDI, revistas ou livros; nele figuram,
igualmente, as informações destacadas durante o mês, sob a
forma de legislação ou de artigos.
As publicações não periódicas, ou livros, são apresentadas através
da catalogação enquanto as publicações periódicas podem ser
visualizadas através dos índices dos respetivos artigos de modo a
que facilmente o leitor possa escolher o tema que o interesse.
As publicações periódicas são regularmente enviadas a todos os
leitores que as tenham solicitado mas qualquer leitor pode
requisitar ao CDI a disponibilização de livro ou artigo avulso que
pretenda.
Operadores logísticos 2015
coord. ed. Filipe Barros; coord. est. Alexandra Gomes; text. Rita Simões de Sousa,
Logística Moderna, [Alcochete], 2015, 123 págs.
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Connecting to compete 2014 : trade logistics in the global economy [Documento
eletrónico], The World Bank, 2014, 59 págs.
Há uns anos...
Poesia pelo porto
Mar, Mar e Mar - Eugénio de Andrade
Cem Poemas Portugueses sobre Portugal e o Mar,
José Fanha e José Jorge Letria,
Ed. Terra Mar, 2003, 280 págs.
Tu perguntas, e eu não sei,
eu também não sei o que é o mar.
É talvez uma lágrima caída dos meus olhos
ao reler uma carta, quando é de noite.
Os teus dentes, talvez os teus dentes,
miúdos, brancos dentes, sejam o mar,
um mar pequeno e frágil,
afável, diáfano,
no entanto sem música.
(…)
Um pedaço de lua insiste,
insiste e sobe lenta arrastando a noite.
Os cabelos da minha mãe desprendem-se,
espalham-se na água,
alisados por uma brisa
que nasce exatamente no meu coração.
O mar volta a ser pequeno e meu,
anémona perfeita, abrindo nos meus dedos.
Doca de Santo Amaro
Este mês, destacamos o estudo “Operadores Logísticos 2015”, desenvolvido pela
Logística Moderna, que pretende apresentar ao mercado uma análise e caracterização do
panorama nacional das empresas classificadas como operadores logísticos, a operar em
Portugal, tendo em consideração os principais desafios e aspetos afetos à sua atividade.
Este é o terceiro estudo publicado pela Logística Moderna, no âmbito de um projeto
iniciado em 2013, relativo ao desenvolvimento de estudos de mercado sobre a atividade
logística em Portugal. Este estudo, em particular, incide sobre a atividade das empresas
consideradas operadores logísticos, ou seja, empresas que têm a responsabilidade de
planear, organizar e monitorizar os processos de uma ou várias fases da cadeia de
distribuição, abrangendo as áreas de aprovisionamento, transporte, armazenagem,
manuseamento e acondicionamento de bens e distribuição.
O estudo, apresentado em junho passado, baseia-se em dados
recolhidos, entre setembro de 2014 e janeiro de 2015, junto de 33
empresas do mercado nacional e destaca aspetos relativos à faturação
das empresas, estrutura de custos, recursos humanos, formação,
certificação, frota, imobiliário, gestão de transportes, equipamentos de
movimentação de cargas, sistemas de informação, gestão de armazém e
de transportes, assim como os principais investimentos, perspetivas
futuras e internacionalização.
«Roteiro das barras de Lisboa e do rio Tejo até Valada» - Joaquim António Martins
Este “Roteiro das Barras de Lisboa e do Rio Tejo até Valada” apresenta, ao longo de cerca
de 380 páginas, todas as informações necessárias para a navegação no Tejo, desde as
aproximações à Barra do Tejo até Valada do Ribatejo, nomeadamente a descrição da
orografia, dos pontos notáveis dos limites das batimétricas e enfiamentos dos baixos do
Tejo e dos fundeadouros; as diretrizes sobre as entradas de dia e de noite,
particularizando os casos das entradas e saídas em ocasião de mau tempo ou de
nevoeiro; a informação sobre as correntes de maré; as instruções para a navegação e
permanência no Porto de Lisboa; a descrição dos cais e pontes-cais e das manobras mais
adequadas em cada caso. Com este livro, pode ficar a saber, entre outras coisas, todos
os pormenores sobre as manobras de atracar e de desatracar em vários pontos do rio,
com diferentes condições de maré, de tempo e com vários tipos de navios; os vários
sentidos para onde correm as águas em várias alturas da maré; a melhor cala para
navegar até Vila Franca de Xira e os problemas ecológicos de certos locais do rio.
O livro é ainda enriquecido com um conjunto de mapas e várias
fotografias, algumas da coleção privada do autor, um antigo piloto da
Barra de Lisboa. Apesar de já não ser um livro recente, é, talvez, o
livro mais completo sobre as condições de navegação, morfologia,
infraestruturas portuárias, etc., do Rio Tejo, obrigatório não só para
todos os que exerçam atividades profissionais em ligação com o Tejo,
mas também para desportistas náuticos e para todos os interessados
em usufruir deste rio.
Roteiro das barras de Lisboa e do rio Tejo até Valada
Joaquim António Martins,
Joaquim António Martins, Linda-a-Velha, 1995, 379 págs.
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Lisboa e portos da zona centro : roteiro para a navegação de recreio : costa de
Portugal, Instituto Hidrográfico, 1998, 111 págs.
Aprofundamento e manutenção da barra grande do Tejo : condições de prática das
barras do Tejo pela navegação, Mário Teles e Spínola Pitta, APL, 2000, 15 págs.
Este artigo, publicado no Jornal da Economia do Mar de agosto passado, e baseado numa
entrevista efetuada à Dr.ª Isabel Ramos, da Divisão de Logística e diretora executiva da
APTMCD (Agência Portuguesa de Transporte Marítimo de Curta Distância), incide sobre a
atividade desta agência, destacando a recente alteração aos seus estatutos, que
contempla o alargamento do seu objeto à cabotagem nacional e ao transporte fluvial de
carga e potencia a complementaridade desta forma de transporte marítimo com outros
modos de transporte de mercadorias. Efetivamente, ao ampliar o seu âmbito, a APTMCD
abre portas a representantes de outros tipos de transporte marítimo, para além dos do
âmbito da longa distância, e a representantes dos sectores ferroviário e rodoviário,
procurando, assim, reforçar o transporte marítimo de curta distância no contexto
nacional e europeu, e promover a intermodalidade no short sea shipping. Para a
APTMCD, o êxito da intermodalidade passa pela cooperação e pelo desenvolvimento de
parcerias nacionais e europeias com operadores logísticos, transitários, operadores
ferroviários e rodoviários de mercadorias.
Ainda relativamente à recente atividade desta associação, a APTMCD
decidiu criar a marca Short Sea Portugal, que deverá ser registada
até ao final do ano. Com a criação desta marca, com denominação
em inglês, esta agência aposta na sua europeização e
internacionalização, num momento em que está em curso a revisão
da Estratégia Marítima Europeia, lançada pela Comissão Europeia em
2009 para um horizonte até 2018, e em que se prepara a criação de
uma agência europeia de short sea shipping, com a participação de
clusters de short sea shipping de vários países, entre os quais a
APTMCD, com o objetivo de potenciar o transporte marítimo de curta
distância na Europa, através, principalmente, da remoção de
barreiras administrativas, como sejam a duplicação de controlos nas
fronteiras e a ausência da harmonização de documentos.
A APTMCD (Agência Portuguesa de Transporte Marítimo de Curta Distância), ou Short Sea
Portugal, foi criada no quadro do Livro Branco para a política de Transportes da União
Europeia, lançado em 2000 pela DGTREN. A APTMCD tem como principal missão a de
promover o Transporte Marítimo de Curta Distância (TMCD) como alternativa viável para
o transporte de mercadorias na Europa, com vista à redução dos congestionamentos e
dos acidentes nas estradas europeias, à redução do consumo energético do transporte de
mercadorias na Europa, à redução da emissão de gases nefastos ao ambiente, à melhoria
da mobilidade sustentada e à diversificação dos modos de transporte de mercadorias.
Assim, com o mote “Transporte Marítimo de Curta Distância—o melhor
caminho para a Europa” a APTMCD traçou como principais objetivos a
difusão do TMCD como um modo de transporte economicamente
viável, seguro e amigo do ambiente; a promoção de alternativas de
TMCD com especial enfoque nas que favorecem soluções intermodais
de transporte porta-a-porta; o estudo e análise de medidas que
atenuem e ultrapassem as burocracias e obstáculos limitativos do
sucesso do TMCD, entre outros.
As atividades da APTMCD destinam-se, de uma forma geral, a todos os agentes
económicos e decisores ligados à cadeia de abastecimentos e à logística.
Este mês recuamos uns anos no tempo e relembramos este artigo
publicado no número 293 do “Porto de Lisboa—Boletim
Magazine” (boletim informativo publicado pela APL) sobre a reconversão
da Doca de Santo Amaro em porto de recreio, onde se fala do papel
desta doca na atividade do porto de Lisboa ao longo dos tempos.
Já na década de 90, a APL procedeu ao arranjo desta doca e
da sua envolvente, reconvertendo-a em doca de recreio,
com o objetivo de proporcionar uma oferta de serviços de
qualidade à náutica de recreio e de atrair, não só
praticantes de desportos náuticos, mas também visitantes
que pretendessem usufruir de uns momentos aprazíveis
junto ao Tejo, contribuindo, assim, para uma abertura
efetiva da cidade ao rio.
Doca de Santo
Amaro - fragatas
com toros de
pinho
s/d
Acervo do CDI
O início da construção desta doca data de 1897, fazendo parte das grandes obras de
melhoramento do porto de Lisboa, executadas pelo empreiteiro Hersent. Inicialmente,
destinava-se ao abrigo de pequenas embarcações costeiras e fluviais, sendo também
conhecida, nesta altura, por “Doca do Pinho”, pois a descarga de madeira era feita aqui.
Nos anos 20 do século passado, esta doca servia também de apoio à segunda gare de
pequena velocidade dos “Caminhos de Ferro do Sul e Sueste”, destinada a servir o lado
ocidental da cidade. Ao longo dos anos foi cumprindo o seu papel de doca de abrigo de
pequenas embarcações, recebendo barcos de pesca, dragas, barcos de recreio e outros,
tendo ainda funcionado nela um terminal de areias.
Doca de Santo Amaro (1997)