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Transtornos deaprendizagem
Como lidar com eles?
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Transtornos deaprendizagemComo lidar com eles?
Cartilha sobre
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Prezados alunos e professores do Instituto Federal de Educao,Cincia e Tecnologia Fluminense,
Esta cartilha tem o objetivo de oferecer a alunos, pais e professoresuma nova viso a respeito das necessidades educacionais especiaisque at ento ficaram limitadas quelas de cunho manifesto, ou seja,motoras, visuais e auditivas.As possibilidades de aprender no esto restritas s condies fsicas,mas tambm s condies psquicas. Desta forma, um nmeroreduzido de indivduos no possui, no todo ou em parte, oaparelhamento neuro-fisiolgico necessrio a uma boaaprendizagem.Da a origem do termo transtornos de aprendizagem, focado nestedocumento, que objetiva dirimir as dvidas existentes que povoam ouniverso de professores, pais e escola como um todo.Muitas escolas, na tentativa de cumprir os objetivos legais da incluso,abrem as portas aos alunos com necessidades especiais e os colocam
em salas de aula regulares como prescreve a legislao. No entanto, asdificuldades apresentadas pelos alunos no processo de aprenderesto relacionadas em grande parte inadequao da estruturaeducacional s dificuldades do aluno, isto , no so elas que inibem aaprendizagem, mas a ausncia de condies para isso, pois so orespeito diversidade e a considerao das diferenas os fatoresessenciais para diminuir dificuldades de aprendizagem e asdesvantagens na aprendizagem do aluno. (CEE, 2003, p.4-5)Neste sentido, entre outras aes de ordem elucidativa,
confeccionamos esta cartilha com o objetivo de esclarecer aspectospara os quais a maioria das escolas, entre elas o IF Fluminense, aindano est preparada para lidar, e que dizem respeito a irregularidadesno processo de aprendizagem que transgridem a disponibilidade evontade do professor em
Apresentao
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04 Transtornos de aprendizagem: Como lidar com eles?
transformar este cenrio.Preparar a escola preparar todos os envolvidos no processo, aressaltados, de maneira fundamental, professores, alunos e famlia.
Este apenas um dos muitos passos que a Instituio, atravs doProjeto Educar para Ficar, implementa para a incluso de alunos queaqui se inserem e permanecem em conflito diante de um processodeficiente de aprendizagem.O foco deste documento fundamenta-se nas dificuldades etranstornos que impedem ou dificultam a aprendizagem plena e queno se fazem to evidentes quanto s necessidades motoras, auditivase visuais, j presentes e amparadas em nossa Instituio.
Coordenao do Projeto Educar para FicarFevereiro, 2011.
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1.
O que pode ser considerada necessidadeeducacional especial?O termo surgiu com a Declarao de Salamanca
(1994) cunhado para estabelecer diretrizes embusca da igualdade de oportunidades deescolarizao para todas as pessoas comnecessidades educacionais especiais, retirandodo cenrio escolar qualquer tipo de discriminao,por questes de etnia, raa, idade, religio, culturaou deficincia de qualquer natureza.
2 .Os termos dificuldades de aprendizagem e transtornos
de aprendizagem so equivalentes?Entende-se por dificuldades de aprendizagem aquelas queno se referem a quadros comprometedores de sintomas
neurolgicos, de deficincias motoras e sensoriais e dedistrbios emocionais, mas caracterizam-se por um baixorendimento escolar, uma aprendizagem mais vagarosa e
dificuldades na compreenso de contedos novos.Os distrbios ou transtornos de aprendizagem, entretanto,
esto presentes desde os primeiros anos de vida da crianae se caracterizam por uma maior gravidade,comprometendo diversas reas da aprendizagem.
3 . Como perceber se um aluno portador deum transtorno?Os transtornos esto diretamente associados afatores orgnicos, ou seja, o sucesso daaprendizagem fundamenta-se, primordialmente, naintegridade anatmica e de funcionamento dosrgos que esto diretamente comprometidos coma manipulao das relaes exteriores, assimcomo os dispositivos que legitimam a coordenaodo sistema nervoso central. necessrio, portanto,que haja uma investigao neurolgica sempre quea aprendizagem se veja prejudicada, em qualquerindivduo, de forma recorrente. Alm disso, umhistrico de perdas acadmicas no deve passar
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despercebido para os pais e muito menos para os professoresque acompanham, de forma mais efetiva, o desempenhocognitivo dos alunos em salas de aula. O aluno que apresenta
um comportamento de inquietao, disperso oudescumprimento de tarefas no deve receber o estigmaimediato de aluno desinteressado,descompromissado ou outro que rotule suas aes. Taisatitudes podem se revelar sintomas de um transtorno deaprendizagem.
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Este transtorno comportamental considerado o de maiorincidncia na infncia e na adolescncia. Pesquisas evidenciam que
o TDAH est presente em cerca de 5% da populao em idadeescolar. Trata-se de uma sndrome clnica caracterizada basicamente
pela trade sintomatolgica: desateno, hiperatividade eimpulsividade (TEIXEIRA, 2006, pag.33).
Os comportamentos caractersticos incluem dificuldades deconcentrar a ateno em um nico foco, com atitudes comumente
chamadas de desateno, parecendo uma constante viagem aoutro mundo. H grandes dificuldades de organizao e perdas
frequentes de chaves, material escolar, dinheiro, brinquedos. A criana pode se apresentar inquieta, no conseguindo permanecer
sentada durante muito tempo, fala excessivamente e, muitoraramente, brinca silenciosamente. Os pacientes com esse
diagnstico podem apresentar perdas acadmicas e sociais e, sem otratamento, o quadro pode evoluir para problemas mais graves,tendo em vista a diminuio de sua autoestima ocasionada pelos
frequentes fracassos.Estudos demonstram que o crebro de crianas com esse
transtorno funciona diferentemente dos das crianas consideradasnormais, pois apresentam um desequilbrio de substnciasqumicas que ajudam o crebro a regular o comportamento.
As causas parecem ser multifatoriais, mas o fator mais importante a herana gentica. Medicaes, nestes casos, so necessrias paraque se haja a ampliao dessas substncias qumicas, otimizando o
aporte dos neuro-transmissores e facilitando o controle da ateno.O TDAH pode ser dividido em 3 tipos: (TEIXEIRA, 2006:39)
Transtorno do dficit de ateno/ hiperatividade (TDAH)4.
Quais os transtornos mais comuns quecomprometem a aprendizagem?Como reconhecer cada um deles?
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Desatento
Hiperativo/impulsivo
Crianas desorganizadas, esquecidas,facilmente distradas, cometem
erros por descuido.
Crianas mais agressivas, com maiorestaxas de rejeio pelos colegas,agitadas, inquietas e impulsivas.
Corresponde ao perfil mais prevalente de pacientes com TDAH.
Nestes pacientes, predominam, pelo menos, seis sintomas de cadaum especificado acima. Os pacientes apresentam maior prejuzo nofuncionamento global e possuem grandes perdas acadmicas esociais, devendo ser encaminhadas para os servios deneuropsiquiatria da infncia e da adolescncia.
Combinado
Transtorno desafiador opositivo
Este transtorno pode ser conceituado como padro persistente decomportamentos que agridem e desafiam os outros nas relaessociais. O comportamento da criana ou adolescente observadoem relao a autoridades de forma geral, como pais, tios, avs,professores.Define-se por perda frequente de pacincia, irritabilidade, recusa aobedecer solicitaes ou regras e at mesmo a transferncia deculpa de um determinado ato para outra pessoa, trazendosignificativos prejuzos para a vida social, acadmica e ocupacionaldo jovem.Os jovens com este transtorno evitam participar de atividades emgrupo, recusam-se a pedir ou aceitar ajuda e anseiam por resolversozinhos seus problemas.Via de regra, a criana apresenta uma comorbidade (associao deoutro transtorno) como dficit de ateno, hiperatividade,transtornos de humor e transtornos ansiosos. A ausncia de
diagnstico e tratamento precoces implicam a evoluo para otranstorno de conduta na
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Este tipo de transtorno apresenta-se como sensaes subjetivas dedesconforto, inquietao, ansiedade, podendo desencadearalteraes fsicas como: sudorese, taquicardia, boca seca enervosismo.
Estes transtornos podem ser desdobrados em outros tais como:
Pensamentos repetitivos, intrusivos e sem sentido, que acometem a
mente do indivduo. Apresentam-se sob a forma de repetio depalavras e gestos, pensamentos, geralmente associados a idias delimpeza, contaminao, segurana, agresso ou sexo. Estescomportamentos visam, na verdade, de forma inconsciente, evitarou retardar um sofrimento ou situao temida.
Este se configura com sintomas de ansiedade excessiva einapropriada diante de uma separao iminente ou diante doapego exagerado a um parente ou outra pessoa a quem a criana ligada afetivamente.O sintomas incluem pesadelos, relutncia em se separar dos paispara ir escola ou dormir sozinhos e esto, normalmente,associados a queixas somticas como dores estomacais, dores decabea, no sentido de obter mais ateno e evitar a separao dequem julga que vai perder.Como resultado deste processo, surgem fracasso acadmico,relaes interpessoais prejudicadas e comprometimento de suaautoestima e maturidade.A taxa de incidncia fica em torno de 3,5%, iniciando-se ossintomas por volta de sete anos de idade, com tendncia
Transtorno obsessivo compulsivo
Transtorno de ansiedade de separao
Transtornos ansiosos
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diminuio com o decorrer dos anos.
caracterizado por um medo exagerado e persistente em presenade situaes ou objetos especficos como animais, sangue, altura,lugares fechados, dentre outros.
O medo de enfrentar tais situaes compromete sobremaneira arotina acadmica da criana, as relaes interpessoais,
principalmente quando o fator que ocasiona a fobia se enquadra narotina diria.
Perodos de ataques de pnico inesperados e repetidos seguidos desintomas somticos como sudorese, falta de ar, palpitaes,tremores nas mos, medo de enlouquecer ou de morrer. Uma dascaractersticas que pode acompanhar o transtorno do pnico a
presena de agorafobia medo de estar em lugares abertos oucheios de gente.
Tambm chamada de timidez patolgica, este transtornocaracteriza-se por medo, ansiedade e grande timidez ao se expor a
situaes sociais.No mundo acadmico, isso pode ser verificado quando as crianasou adolescentes se negam a apresentar trabalhos ou participar de
grupos para qualquer atividade, comprometendo assim seudesempenho. Muitos alunos preferem o nus da reprovao a seexpor diante de professores e colegas. A pessoa com fobia socialapresenta manifestaes somticas, ao se ver exposta, tais como
rubor facial, sudorese, tremor, corao acelerado, nervosismo.
Incapacidade da criana de se comunicar verbalmente diante desituaes de exposio social. As crianas apresentam
Fobia especfica
Transtorno de pnico
Fobia social
Mutismo seletivo
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sintomas de ansiedade quando expostas a pessoas que esto forade seu crculo de confiana. Este transtorno compromete ofuncionamento acadmico e est ligado, comumente, a quadros do
transtorno de fobia social.
Este se caracteriza por um transtorno invasivo do desenvolvimento,trazendo prejuzos na interao social, atraso na aquisio dalinguagem e comportamentos estereotipados e recorrentes.Verificado em torno de dois anos e meio de idade, o autismocaracteriza-se pelo grande dficit de comportamento social; osportadores evitam o contato visual e mostram-se alheios voz
humana. No emitem posturas antecipatrias, soindiferentes ao afeto e sua feio no apresenta nenhuma respostaa estmulos afetivos.A inteligncia est comprometida em grande parte das pessoas coma sndrome, e cerca de 70% possuem retardo mental. No entanto,algumas delas podem frequentar escolas e ter uma performanceacadmica satisfatria.
Descrita pela primeira vez pelo mdico austraco Hans Asperger,este transtorno se caracteriza por dficit de socializao, interessescircunscritos, dficit na linguagem e na comunicao. tambmconsiderado um transtorno invasivo do desenvolvimento, mas,diferente do autismo, os portadores desta sndrome podemapresentar desenvolvimento cognitivo normal e no apresentamatraso na aquisio da fala.Sua dificuldade de socializao a torna solitria pelas inadequaesde comportamento e dificuldades no entendimento das relaessociais. H ainda prejuzos na coordenao motora e na percepovisioespacial. Chama a ateno pelos interesses peculiares.
Autismo
Sndrome de Asperger
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Transtorno especfico da leitura caracterizado pela dificuldade dereconhecimento de letras, decodificao e soletrao de palavras.Estas alteraes so provenientes de comprometimento no
desenvolvimento de habilidades fonolgicas. Este mal atinge 3 a4% das crianas em idade escolar e afeta mais meninos do que
meninas.A dislexia compromete a funo de atividade de anlise, por meio
da qual se faz a associao letra-som e o reconhecimento depalavras com acesso a seu significado. A partir da fica
comprometido tambm o processo de construo, no qual ocorre aformao de frases com acesso a seus significados, a compreensodos enunciados e a relao com conhecimentos prvios.
Esta sndrome se manifesta atravs da leitura lenta, dificuldade emler legendas ou entender enunciados e frases, alm de dficit na
escrita, comprometida com inverses, troca ou omisso de letras eerros de concordncia verbal.
Possivelmente, no tendo estudos concretos quanto a isso, h umfuncionamento peculiar do crebro no que diz respeito rea da
leitura e escrita. Acredita-se que exista uma disfuno cerebral emque funes de percepo, repetio, armazenamento, nomeao,
recuperao e acesso informao esto comprometidas.
Dislexia
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Como deve agir o professor ao perceber essasirregularidades?O professor o elemento fundamental no processo de
descoberta dos transtornos. Ao lidar com o aluno nodia a dia, ele muitas vezes o primeiro a perceber airregularidade, em qualquer idade, j que estessintomas s se evidenciam quando o indivduo colocado em situao de aprendizagem e podem tersido despercebidos ou ignorados pela famlia atento. Observado e comprovado algo de irregular, oprofessor deve procurar imediatamente o ncleopedaggico da instituio, caso haja, para colocar a
par os profissionais responsveis.No caso do IF Fluminense, o professor deve procurar aCoordenao do Projeto Educar para Ficar, anexa Coordenao de Apoio ao Estudante (CAE).
5.
De que forma atuam estes profissionais emrelao aos alunos com transtornos?
No caso de ter um ncleo pedaggico, um profissionalentrevistar o aluno e far contato com os pais para a
cincia dos fatos e pareceres dos professores e da equipepedaggica, indicando profissionais adequados para o
diagnstico. Nenhuma outra pessoa deve se precipitar nodiagnstico sob pena de instituir rtulo sobre o aluno e
burlar os seus direitos.
6.
Que profissionais podem ser indicados para avaliao etratamento?O primeiro passo procurar um profissional que estejapreparado e habituado a diagnosticar indivduos comtranstornos de aprendizagem. Uma formao na rea imprescindvel para evitar diagnsticos e tratamentosinadequados. O neuropsiquiatra o profissionaladequado para indicao de tratamentos coadjuvantes,se necessrio: fonoaudiologia, psicologia,
psicopedagogia, etc.
7 .
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8.
9 .
10 .Toda pessoa com transtornos deve tomar
medicamentos?No. Os medicamentos sero indicados
para alguns casos e somente um mdico podeprescrev-los.
Vale ressaltar que alguns pais negam-se aotratamento medicamentoso, alegando efeitos
colaterais que no possuem base cientficacomprovada. Antes de recomendar a medicao,
alguns exames so solicitados pelo mdico
responsvel. Nos casos mais graves, de baseneurolgica invasiva, os remdios so
Os transtornos de aprendizagem tm cura?Como so irregularidades no substrato biolgico, noexiste cura, mas tratamento que, feito de formaresponsvel e contnua, implica a normalidade noprocesso de aquisio de saberes e de convivnciasocial.
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Pode uma pessoa com transtornos chegar idade adulta eingressar num curso superior sem tratamento?
Sim. Muitas delas no foram diagnosticadas na infncia e
trazem consigo um histrico de perdas acadmicas e debaixa autoestima que comprometem sua vida social efamiliar. No entanto, algumas vo superando seus prprios
limites e conseguem chegar universidade,mantendo ainda as dificuldades
inerentes ao quadro e trazendo emsuas lembranas as marcas do
enfrentamento dessas dificuldades.Infelizmente, muitos sujeitos
portadores de transtornosabandonam a escola motivados pelasreincidentes perdas acadmicas e pela
autoestima comprometida. Odiagnstico precoce evita sobremaneira
o risco de aquisio de comorbidadesque interviro de forma arrasadora em
sua vida.
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imprescindveis. Muitos transtornos requerem apenas oacompanhamento de um psicopedagogo, psiclogo oufonoaudilogo, no necessitando do uso de medicao.
Existe alguma legislao que ampara a escola e osalunos portadores destes transtornos?
A primeira delas aquela que lhes garante aConstituio Federal de 1988, Art. 205 que trata a
educao como direito de todos e dever do Estado edeve ser promovida e incentivada com a colaborao da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento dapessoa, seu preparo para o exerccio da cidadania e suaqualificao para o trabalho. O Art. 206. determina que
o ensino seja ministrado com base nos seguintesprincpios: I- igualdade de condies para o acesso epermanncia na escola; J o Art. 208. postula que
dever do Estado com a Educao sendo esta efetivadamediante a garantia de:
III- atendimento educacional especializadoaos portadores de deficincia, preferencialmente narede regular de ensino.
Alm das disposies da Carta Magna, o Estatuto daCriana e do Adolescente (ECA)/1990 dispe sobre a
proteo integral da criana e do adolescente . No Art.4 o Estatuto define as esferas protetivas da criana e
do adolescente: dever da famlia, da comunidade, dasociedade em geral e do poder pblico assegurar, com
absoluta prioridade, a efetivao dos direitos referentes vida, sade, educao, ao esporte, ao lazer,
profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria. O Art.
5. define: nenhuma criana ou adolescente ser objetode qualquer forma de negligncia, discriminao,
explorao, violncia, crueldade e opresso, punido, naforma da lei qualquer atentado, por ao ou omisso,
aos seus direitos fundamentais.
De acordo com a resoluo CNE/CEB n 2/2001, aeducao
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especial enquadra-se como modalidade de educao escolar,entendo-a como processo educacional definido por uma propostapedaggica que assegure recursos e servios educacionais especiais
que apoiem, complementem, suplementem e em alguns casos,extrapolem os servios educacionais comuns no sentido de garantira educao escolar e promovam o desenvolvimento daspotencialidades dos alunos que apresentem necessidadeseducativas especiais.As polticas normativas acima descritas tiveram incio com a LDB9.394/96, respaldadas na Constituio Federal de 1988 conformeacima destacado.
13.
Como deve se portar a famlia neste contexto?A famlia deve ser contactada pela escola logo que
esta perceba algo irregular na aprendizagem dealguns de seus alunos.
Pode ocorrer que a famlia j tenhaconhecimento do problema e, se isso no
acontecer, cabe escola faz-lo de forma sutil eclara para que a prpria famlia no veja isso com
lentes de aumento e acabe por rotular o(a) filho(a),ou, por outro lado, tir-lo(a) da escola, negando-sea enfrentar o problema. de extrema importncia
que famlia e escola se unam no apoio ao
tratamento
12.Os alunos com diagnstico de algum transtorno tmdireito a uma ateno especial em momentos deavaliao?Dependendo do tipo de transtorno diagnosticado, oaluno tem o direito assegurado de fazer sua avaliaoem local apropriado, como o caso, por exemplo, doTranstorno do Dficit de Ateno e da Dislexia. Todoelemento que possa interferir na concentrao do aluno(DA) ou compreesno (Dislexia) e, consequentemente, noseu entendimento s questes da avaliao, implicarum desempenho sofrvel.
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portador do transtorno, no s estimulando-o como mantendo otratamento como auxlio fundamental para a minimizao da
dificuldade.
14 .De que forma o IF Fluminense concretiza a garantia
dos direitos aos alunos com necessidadeseducacionais especiais?
O IF Fluminense possui o Ncleo de Apoio sNecessidades Educacionais Especiais (NAPNEE) quetem, de forma exemplar, apoiado e garantido o
acesso e a permanncia dos alunos com necessidadesespeciais de ordem motora, visual e auditiva,
estabelecendo com professores uma integraonecessria para tanto. O material para os portadoresde tais necessidades preparado no prprio Ncleo,
com a elaborao feita por professores e alunosbolsistas. Para alm disso, h, periodicamente, aoferta de cursos de LIBRAS ( Lngua Brasileira de
Sinais), na tentativa de preparar professores e alunosde licenciaturas para este desafio no cenrio
educacional.Caminhando na mesma direo, surge o Projeto
Educar para Ficar, que desde 2009 tem garantido apermanncia dos alunos com transtornos de
aprendizagem, numa ao apoiada pelo MEC,
financeiramente, pela Reitoria do IF Fluminense epelo campus Campos-Centro.
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O Projeto, em vias de se transformar em Programa pelo seu carterde continuidade, integra uma equipe interdisciplinar que garante
um trabalho de apoio aos alunos nos diversos segmentos
educacionais da Instituio (Ensino Mdio, Tcnico, Ensino deJovens e Adultos, Ensino Superior), no excluindo, at estemomento, nenhum aluno que comprove no ter condies de
suprir os gastos com o tratamento.
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EquipeMaria Lcia Moreira GomesTcnica em Assuntos Educacionaisdo IF Fluminense,Psicopedagoga e Pedagoga Empresarial,Coordenadora do Projeto
Cristina Barreto Tavares
Assistente Social do IF Fluminense,Terapeuta Familiar, Psicopedagoga e
Pedagoga Empresarial,Coordenadora do Projeto
Paula de Paiva BelottiNeuropsiquiatra
Bianca Isabela Acampora FerreiraPsicopedagoga
Rebeca Marques SardinhaFonoaudiloga
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Rachel Vasconcelos G. RibeiroPsicopedagoga
Maria Lcia Seixas de Araujo SoaresPsicloga
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15.
Em que local do IF Fluminense o Projeto efetiva suas aes?O Projeto adquiriu, em 2011, espao prprio para
sua atuao. A sala de atendimento fica situadano Bloco D, anexa CAE (Coordenao de Apoioao Estudante).
Segue abaixo o grfico que ilustra o atendimento realizadoem 2010 no Projeto Educar para Ficar atendendo umuniverso de cerca de 60 alunos.
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Reitora do Instituto Federal Fluminense
Pr-Reitora de Ensino
Diretor Geral do Campus Campos-Centro
Coordenadoras do Projeto Educar para Ficar
Programadora Visual
Cibele Daher Botelho Monteiro
Fabola de Amrio Ney Silva
Jefferson Manhes de Azevedo
Cristina Barreto TavaresMaria Lcia Moreira Gomes
Thalita Rosrio de Oliveira Moreira
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