Download - Central de Material Esterilizado Enfa. Maria Clara Padoveze Divisão de Infecção Hospitalar
Central de Material Esterilizado
Enfa. Maria Clara Padoveze
Divisão de Infecção Hospitalar
RDC n. 50, 21 de fevereiro de 2002
CME: deve existir quando houver CC, CO, CCA, hemodinâmica, emergência de alta complexidade e urgência.
CME simplificada: em estabelecimentos de sangue e hemocomponentes, laboratórios autônomos ou EAS que não realizam atividades cirúrgicas, pode-se dispensar a CME, inclusive os ambientes de apoio, em favor desta.
CME simplificada:– Sala de lavagem e descontaminação: 4,8
m2
– Sala de esterilização: 3,2 m2
Área de armazenagem e distribuição
RDC n. 50, 21 de fevereiro de 2002
CME – área física
Fluxo unidirecional Revestimento que permita a limpeza e
desinfecção Separar a área suja e limpa Não armazenar artigos esterilizados
junto com outros artigos. Ter controle do armazenamento fora
da CME
Pontos para refletir O que precisa esterilizar? O que basta desinfetar? Qual o método? Comparações entre custos e
benefícios nas escolhas dos processos.
Conceitos básicos
Classificação dos artigos segundo o risco potencial de contaminação
Artigos críticos: esterilização
Artigos semi-críticos: desinfecção de alto nível
Artigos não críticos: desinfecção de nível intermediário/baixo ou apenas limpeza
Conceitos básicos
Ordem decrescente de resistência de microrganismos a germicidas químicos
Prions Esporos bacterianos Micobactéria Vírus não lipídicos ou pequenos Fungos Bactérias vegetativas Vírus lipídicos ou de médios
Pontos importantes
Níveis de processamento: Esterilização: eliminação de esporos Desinfecção de alto nível: eliminação de
micobactérias Desinfecção de nível
intermediário:eliminação de fungos e vírus Desinfecção de nível baixo: desinfecção de
bactérias vegetativas e vírus lipídicos e médios.
Pontos para refletir
Centralização:– Padronização de métodos– Economia de recursos humanos e
materiais– Otimização de equipamentos
Métodos de esterilização: princípios
Esterilização por calor úmido:– transferência do calor latente do vapor –
coagulação de proteínas. Esterilização por calor seco:
– Condução e convexão do calor – coagulação de proteínas
Esterilização por óxido de etileno:– Alquilação de componentes essenciais da célula
ao contato com o agente esterilizante– Ocorre interação físico-química com os artigos.
Métodos de esterilização: parâmetros do processo
Esterilização por calor úmido– Temperatura, tempo, pressão, qualidade
do vapor Esterilização por calor seco
– Temperatura, tempo. Esterilização por óxido de etileno
– Temperatura, tempo, concentração do gás, umidade relativa
Métodos de esterilização: equipamentos
Esterilização por calor úmido– Autoclaves: artigos termo-resistentes e
compatíveis com umidade. Esterilização por calor seco
– Estufas: artigos termo-resistentes (mais altas temperaturas).
Método atualmente em desuso
Esterilização por óxido de etileno– Autoclaves por ETO: artigos termo-sensíveis
Métodos de esterilização: inimigos
Esterilização por calor úmido– Ar– Má qualidade do vapor– Falta de contato com o agente
Esterilização por calor seco– Artigos maus condutores– Falta de espaço para circulação do ar
Esterilização por óxido de etileno– Concentração e umidade relativa inadequada– Resíduos de água– Artigos que absorvem umidade relativa
Métodos de esterilização: controles
Esterilização por calor úmido– IB: B. stearothermophillus– Indicador químico: de processo e interno– Controles físicos
Esterilização por calor seco– IB: B. subtillis (não auto-contido)– Controles físicos
Esterilização por óxido de etileno– IB: B. subtillis– Indicador químico: de processo e interno– Controles físicos
Embalagens Esterilização por calor úmido:
– Caixas perfuradas e embaladas– Papel grau cirúrgico (+ filme plástico)– Papel crepado– Tecido não tecido
Esterilização por calor seco:– Caixas metálicas
Esterilização por óxido de etileno:– Papel grau cirúrgico + filme plástico
Desinfecção Artigos plásticos e borrachas
– Hipoclorito a 1% – Ácido peracético + peróxido de hidrogênio
Artigos metálicos– Glutaraldeído – Álcool a 70%
(O enxágüe é fundamental!) Superfícies
– Hipoclorito de sódio 0,5%– Cloro orgânico (pisos)– Álcool a 70%– Fenol sintético
Lavanderia
Finalidade
Remover sujidade para que a roupa adquira odor e aparência agradáveis, reduzindo a contaminação a níveis aceitáveis, isto é, livre de patógenos em número suficiente para causar doenças aos pacientes
Roupa hospitalar
Transmissão de patógenos Patrimônio institucional Higiene: cartão de visitas
Conceito de roupa
Usada Contaminada
– Processos indistintos Roupa instável ao calor
Processo de lavagem
A seleção do processo de lavagem depende do grau de sujidade– Leve/moderada/pesada
Não deve ser realizado processamento separado para pacientes em isolamento
Processo de lavagem
Etapas Enxágüe Umectação (umectante) Pré-lavagem (detergentes) Lavagem (detergentes) Alvejamento Neutralização Amaciamento
Aspectos importantes
Enxágüe prévio e umectação são importantes Contato com os agentes Evitar coagulação de proteínas e impregnação
de matéria orgânicaLavagem Ação dos detergentes depende:
– do grau de sujidade da roupa – Da qualidade da água (mole/dura)– Da concentração de uso de acordo com
recomendações do fabricante
Aspectos importantes
Alvejamento É feito por cloro ou oxigênio em combinação com
temperaturas (45- 60°C)– Hipoclorito de sódio líquido– Cloro orgânico– Ácido peracético– Peróxido de hidrogênio– Ozônio
Objetiva:– Branqueamento de roupas– Remoção de manchas– Desinfecção química
Aspectos importantes
Uso do clorohexidina Resíduos podem reagir com
hipoclorito de sódio = manchas– Substituir o hipoclorito por oxigênio– Utilizar pré-tratamento das fibras com
ácido oxálico ou hidroclórico a 1% por 10 a 15 segundos antes do alvejamento.
Aspectos importantes
Neutralização Eliminar resíduos alcalinos dos detergentes e
alvejamentoAmaciamento Facilita remoção da máquina Perfuma Oferece conforto Reduz a carga eletrostática dos tecidos Reduz a carga microbiana (quaternários de
amônia)
RDC 50
Sala para recebimento, pesagem, classificação e lavagem (área suja): 25% da área total
Sala para centrifugação, secagem, costura, passagem, separação, dobragem (área limpa): 45%
Sala para armazenagem e distribuição: 30% Rouparia: para cada unidade funcional:
2,2m2
Área física
Separar roupa suja e limpa Área suja é considerada área crítica Roupa separada do cuidado de pacientes,
estocagem de material e alimentos Revestimento liso, portas com visores,
janelas com telas, ralos sifonados Pia para lavagem de mãos Sanitários com vestiário e chuveiro
FluxoTransporte de roupa suja Manipulação mínima Sacos impermeáveis Descarte de pérfuro-cortantes Carros próprios, com tampa e laváveis Área própria de guarda (higienizada) Não arrastar sacos pelo chão EPI
Fluxo
Classificação e área suja EPI: luvas de borracha, uniforme de
manga longa, máscara, óculos de proteção
Fluxo
Lavagem Lavadora convencional Lavadora-extratora
– Roupa mais leve– Chão menos úmido
Tunel de lavagem – remover água residual
Fluxo (área limpa)Centrifugação Centrífuga
– Aspiração do ar ambiente ExtratoraSecagemCalandragem Não deixar roupa tocar no chão Fazer avaliação visual e reprocessar as inadequadas;
reprocessar após conserto Manipular com mãos limpas Uso de uniforme Afastar funcionários c/ lesões de pele, diarréia
Risco biológico
Possibilidade de exposição de pele, olhos, mucosa ou parenteral com fluidos corporais
Identificar situações de risco a partir de funções
Plano de controle de risco ocupacional Campanhas educativas para prevenir
descarte inadequado de pérfuro-cortantes
Serviço de Nutrição e Dietética
Finalidade
Fornecer alimentação adequada às necessidades nutricionais dos pacientes, isenta de contaminação inaceitável– Imunocomprometidos: risco aumentado
de infecções intestinais
Pontos importantes
Doenças microbianas de origem alimentar
Intoxicações: C. botulinum, S. aureus Infecções: Salmonella, Shigella Parasitoses: teníases, ascaridíases
Cuidados no Recebimento
Condições higiênicas e de temperatura do veículo de transporte
Características sensoriais dos alimentos in natura
Embalagem do produto Produtos liofilizados: não endurecidos ou
emplastrados Uniforme e condições de higiene dos
entregadores Madeira ou papelão: não entrar no SND
Armazenamento
Não perecíveis: local limpo e seco Estrados/prateleiras: 25cm do chão e
50cm da parede Perecíveis: câmara frigorífica Crus não contatar com pré-preparados
ou cozidos Câmara fria: prateleiras de grade para
permitir fluxo de ar frio.
Pré-preparo Separar carnes e vegetais Limpar a superfície de trabalho,
utensílios e equipamentos Processamento rápido de gêneros
fora da refrigeração Verduras: solução clorada 250ppm 10’ Descongelamento no refrigerador
Preparo e distribuição
Cocção: 74°C 15 ‘’ Resfriamento rápido antes de congelar
Coleta de amostras 150g cada preparação: 4°C 72h Identificar Obter no final do porcionamento Análise microbiológica suspeita de surto Análise periódica do suprimento de água
Higiene da equipe
Lavagem de mãos (escova) Toalha de papel Uniforme: roupa própria, touca, sapato
fechado Não falar, tossir, espirrar sobre os
alimentos
Higiene do ambiente Separar processamento de crus e cozidos Ventilação adequada Revestimentos lisos e laváveis Escoamento de ralo Lixo: saco a prova de vazamento, cestos com tampas Equipamento, utensílios
– Liquidificador, máquina de moer carne, fatiador de frios– Não usar madeira– Lavagem mecânica: 55-65°C c/ produtos clorados
(250ppm15’’)– Secagem 80-90 °C– Descartáveis para isolamento: desnecessário
RDC 50
Área para recepção e inspeção de alimentos e utensílios
Dispensa de alimentos e utensílios (ta. ambiente, refrigerado, congelado, utensílios)
Área de distribuição de alimentos e utensílios Área para preparo de alimentos (verduras,
legumes, cereais, carnes, massa e sobremesas)
Área para cocção de dietas (normais, especiais, desjejum e lanches)
RDC 50
Área para porcionamento de dietas (normais, especiais)
Área pra distribuição de dietas (normais, especiais) – copa, balcão
Refeitório Área para recepção, lavagem e guarda de
louça, bandeja e talheres Área para lavagem e guarda de panelas Área para recuperação e lavagem e guarda
da carrinhos