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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
1
PORTUGUÊS
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 2
REGÊNCIA VERBO-NOMINAL
SINOPSE ESQUEMÁTICA DA REGÊNCIA VERBO-NOMINAL
VERBO OD (sem preposição)
VERBO OI (com preposição)
VERBO AGPASSIVA (com preposição)
VERBO ADADV (com/sem preposição)
NOME CN (com preposição) REGÊNCIA VERBO-NOMINAL E PRONOMES RELATIVOS
Os pronomes relativos – QUE, QUEM, ONDE; O(S) QUAL(IS), A(S) QUAL(IS), CUJO(S), CUJA(S) – poderão vir ou não antecedidos de preposição. a) ( ) A CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) que todos, indignados,
faziam referência foi extinta pelo Senado Federal. b) ( ) A CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) a que todos,
indignados, faziam referência foi extinta pelo Senado Federal. c) ( ) As paliativas medidas contra a violência as quais não podemos concordar carecem de
redefinição advinda dos órgãos competentes. d) ( ) As paliativas medidas contra a violência com as quais não podemos concordar carecem
de redefinição advinda dos órgãos competentes.
TERMO REGENTE
TERMO REGIDO
Esquema Lingüístico I:
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
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a) ( ) As obras de transposição das águas do Rio São Francisco que muitos especialistas fazem
alusão deverão ser executadas pelo Batalhão de Engenharia do Exército. b) ( ) As obras de transposição das águas do Rio São Francisco a que muitos especialistas
fazem alusão deverão ser executadas pelo Batalhão de Engenharia do Exército. c) ( ) Segundo o Ministro da Integração Nacional (Geddel Vieira Lima), as obras da transposição,
que avançarão a partir do Eixo Norte, tornar-se-ão irreversíveis por qualquer Governo que venha a suceder o Presidente Lula.
d) ( ) Segundo o Ministro da Integração Nacional (Geddel Vieira Lima), as obras da transposição, de que avançarão a partir do Eixo Norte, tornar-se-ão irreversíveis por qualquer que seja o Governo que venha a suceder o Presidente Lula.
I. REGÊNCIA VERBAL
CONSIDERAÇÕES GERAIS1
Regência é o mecanismo que regula a relação entre os verbos ou nomes (substantivos e adjetivos) e os seus complementos. Em seu caso, importa saber se a palavra exige ou não outras que complementem o seu sentido e, no caso de exigir, que tipo de complemento é esse. Saliente-se que na Regência – na verbal, sobretudo – são encontradas consideráveis diferenças entre o uso popular ou informal e o uso culto e formal, verificando-se também, em certos casos, divergências entre os próprios gramáticos e dicionaristas, alguns dos quais são menos normativos que descritivos a respeito. A Regência se diz verbal quando o termo regente é um verbo. São a seguir definidos alguns tipos de verbos e indicados aqueles verbos mais propensos a dúvidas. Verbos Transitivos Diretos
Um verbo é transitivo quando não tem sentido completo e por isso exige (rege) um complemento que lhe complete o significado. É chamado transitivo direto quando seu complemento – denominado
1 Manual de Redação – Câmara dos Deputados
Esquema Lingüístico II:
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 4
objeto direto – não vem obrigatoriamente precedido de preposição. Em outras palavras, a noção que ele exprime “transita” diretamente para o objeto: � “Nenhum Deputado poderá solicitar a palavra quando houver orador na tribuna, exceto para
requerer prorrogação de prazo, levantar questão de ordem, ou fazer comunicação de natureza urgentíssima.” (RICD, art. 169)
Nesse exemplo, os termos em itálico e em negrito funcionam como objeto direto porque completam, sem preposição, o sentido dos verbos solicitar, haver, requerer, levantar e fazer (em negrito), que são assim transitivos diretos. Observação: Quando pronome átono, o objeto direto tem a forma o, a, os, as, ou as suas variantes lo(s), la(s), no(s), na(s). Exemplos: � Solicitar a palavra – Solicitá-la; � Fez um comunicado – Fê-lo; � Apurou os votos – Apurou-os; � Levantaram uma questão de ordem – Levantaram-na; � Dão graças a Deus – Dão-nas. O pronome lhe funciona como objeto indireto; conseqüentemente, não pode ser usado como complemento de verbos transitivos diretos. � Eu a vi, e não: *Eu lhe vi; � Os colegas a respeitam e a admiram, e não: *Os colegas lhe respeitam e lhe admiram. Verbos Transitivos Indiretos
Verbo transitivo indireto é aquele que tem o sentido completado por complemento precedido de preposição obrigatória, o qual, por isso, recebe o nome de objeto indireto. No exemplo abaixo, observe-se que o verbo referir-se tem os seus objetos indiretos regidos pela preposição a: � “Nenhum Deputado poderá referir-se, de forma descortês ou injuriosa, a membros do Poder Legislativo ou às autoridades constituídas deste e dos demais Poderes da República [...].” (RICD, art. 73, XII)
Alguns verbos transitivos indiretos que se constroem com a preposição a admitem que o seu objeto indireto tome a forma do pronome lhe(s): � Coube ao Diretor decidir – Coube-lhe decidir; � Estes bens pertencem ao patrimônio público – Estes bens lhe pertencem. Já outros não admitem o pronome átono lhe, mas sim as formas tônicas a ele(s), a ela(s):
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
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� Referir-se às autoridades – Referir-se a elas; � Procederam à votação – Procederam a ela; � Provia a todas as necessidades da casa – Provia a elas. Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Verbo transitivo direto e indireto é aquele que requer dois complementos ao mesmo tempo, um direto e outro indireto: � “Ao Presidente da Comissão compete, além do que lhe for atribuído neste Regimento ou no Regulamento das Comissões, delegar, quando entender conveniente, aos Vice-Presidentes a distribuição das proposições.” (RICD, art. 41, XIX)
Nesse exemplo, a expressão preposicionada aos Vice-Presidentes é objeto indireto e a distribuição das proposições, objeto direto; ambas completam o sentido de delegar, que é um verbo transitivo direto e indireto típico, pois quem delega, delega alguma coisa a alguém. Tal como ocorre com delegar, o objeto direto dos verbos transitivos diretos e indiretos é em geral coisa e o indireto, pessoa (ou ente a quem se destina ou interessa a ação). Mas não faltam verbos que admitem alternância dos dois objetos (de pessoa e de coisa), como por exemplo, avisar: avisa-se alguma coisa a alguém ou avisa-se alguém de alguma coisa. Verbos Intransitivos e Verbos Pronominais
Verbo intransitivo é aquele cuja significação não “transita” para um complemento, isso porque já tem o sentido completo, não necessitando de objeto direto nem indireto: � A semente germinou (floresceu / vingou / murchou / apodreceu). � O prazo para interpor recurso expirou (prescreveu / acabou / findou). � A criança pula, brinca, corre, chora e finalmente adormece. Verbo pronominal é aquele que se usa sempre acompanhado de um pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos) da mesma pessoa que o sujeito, pronome esse que, por fazer parte do verbo, não desempenha função de objeto nem outra qualquer: � O repórter se condoeu (se apiedou / se lembrou) das vítimas da inundação. � Nós nos arrependemos (nos queixamos / nos esquecemos) de nossos erros.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 6
REGÊNCIA DE ALGUNS VERBOS
01. ABDICAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Renunciar voluntariamente, rejeitar, desistir de (VI / VTD / VTI).
NOTA(S) � Geralmente – mas não obrigatoriamente – rege a preposição DE.
a) ( ) O deputado abdicou depois de comprovada a quebra de decoro parlamentar. b) ( ) O deputado abdicou a homenagem que lhe seria prestada. c) ( ) O deputado abdicou o prêmio a que teria direito. d) ( ) O deputado abdicou da homenagem que lhe seria prestada. e) ( ) O deputado abdicou do prêmio a que teria direito. f) ( ) As homenagens a que o senador abdicou eram justas pelas relevantes defesas que
sempre fez dos direitos humanos. 02. ABRAÇAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Apertar nos braços, cingir (VTD); � Adotar, seguir (ideal) (VTD).
a) ( ) Abraçara a deputada fortemente. Abraçara-a fortemente. b) ( ) Abraçara à deputada fortemente. Abraçara-lhe fortemente. c) ( ) Abraçara o senador fortemente. Abraçara-o fortemente. d) ( ) Abraçara ao senador fortemente. Abraçara-lhe fortemente. a) ( ) Abraçou a causa verde com paixão. Abraçara-a com paixão. b) ( ) Abraçou à causa verde com paixão. Abraçara-lhe com paixão. c) ( ) Abraçou o socialismo com a juventude que
o consumia. Abraçou-o com a juventude que o consumia.
d) ( ) Abraçou ao socialismo com a juventude que o consumia.
Abraçou-lhe com a juventude que o consumia.
03. AGRADECER
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Mostrar gratidão (VTD – OD coisa / VTI – OI pessoa / VTDI – OD coisa / OI pessoa) ���� preposição: A.
a) ( ) Em cadeia nacional de rádio e TV, o
presidente agradeceu o novo mandato. ...o presidente o agradeceu.
b) ( ) Em cadeia nacional de rádio e TV, o presidente agradeceu ao povo brasileiro.
...o presidente agradeceu-lhe.
c) ( ) Em cadeia nacional de rádio e TV, o presidente agradeceu o novo mandato ao povo brasileiro.
...o presidente agradeceu-o ao povo brasileiro.
d) ( ) Em cadeia nacional de rádio e TV, o ...o presidente agradeceu-lhe o novo
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
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presidente agradeceu o novo mandato ao povo brasileiro.
mandato.
04. ANSIAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Angustiar, causar mal-estar (VTD); � Pretender, almejar, desejar ardentemente (VTI) ���� preposição: .
a) ( ) O desenrolar das investigações feitas pela PF
ansiou a deputada profundamente. ...ansiou-a profundamente.
b) ( ) Os últimos resultados da investigação ansiaram os deputados de oposição.
...ansiaram-nos.
a) ( ) Quem de nós não anseia pelo sucesso na
vida em sociedade?
b) ( ) Quais de nós não ansiamos por justiça social?
c) ( ) A justiça social que tanto ansiamos deve ser construída com o único recurso disponível: o exercício da cidadania.
05. ASPIRAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Inspirar, inalar, sorver, respirar (VTD); � Pretender, almejar, desejar ardentemente (VTI) ���� preposição: A.
a) ( ) Nas grandes capitais, aspiramos um ar
poluído. ...aspiramo-lo.
b) ( ) Em determinados ambientes, as pessoas aspiram uma grande quantidade de substâncias nocivas à saúde.
...aspiram-na...
c) ( ) A substância em que aspiraste é danosa às vias respiratórias.
a) ( ) A Nação aspira ao desenvolvimento social e
à liberdade econômica.
b) ( ) Todos nós aspiramos à saúde, à paz e à felicidade.
c) ( ) A saúde, por que aspiras agora, não a tens porque levaste um vida desregrada.
06. ASSISTIR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Presenciar, ver (VTI) ���� preposição: A; � Acompanhar, ajudar, socorrer (VTD) ou (VTI) ���� preposição: A; � Caber, ter por competência (VTI) ���� preposição: A; � Residir, morar (VI) ���� preposição: EM.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 8
a) ( ) A população assiste, inerte, às sucessivas quebras de decoro de alguns parlamentares eleitos.
b) ( ) A imprensa registrou e todos assistiram ao debate entre os candidatos à presidência da República.
c) ( ) O debate entre os candidatos à presidência de que todos assistiram foi registrado pela imprensa.
a) ( ) Diariamente, o SAMU assiste as inúmeras
vítimas de acidentes rodoviários. ...assiste-as.
b) ( ) Diariamente, o SAMU assiste às inúmeras vítimas de acidentes rodoviários.
...assiste-lhes.
c) ( ) As inúmeras vítimas com as quais o SAMU assistiu não correm mais risco de vida.
a) ( ) O direito de ir e vir assiste às cidadãs e aos
cidadãos deste país. ...assiste-lhes.
b) ( ) Assiste ao Presidente da República sancionar as leis.
...assiste-lhe.
a) ( ) O cidadão que assiste no Sertão do Estado
sofre as conseqüências nefastas da duradoura estiagem.
b) ( ) Ela assistia em Recife na adolescência. c) ( ) A cidade, aonde ela assistiu na
adolescência, é considerada a Veneza Brasileira.
07. ATENDER
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Tomar em consideração, considerar, levar em conta, acatar; dar solução a, resolver, responder; dar despacho favorável, deferir, aprovar; prestar socorro, acudir (VTD) ou (VTI) ���� preposição: A.
a) ( ) Os grevistas não atenderam os apelos do
governo.
b) ( ) Os grevistas não atenderam aos apelos do governo.
08. CHAMAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Fazer ou mandar vir (VTD); � Apelidar, cognominar, qualificar, tachar (VTD) ou (VTI) ���� preposição A; � Invocar (VTI) ���� preposição POR.
NOTA(S) � No segundo sentido, faz-se acompanhar de um predicativo do objeto (antecedido ou não da preposição DE).
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a) ( ) O líder do Governo chamou os membros da
bancada a fim de discutir a emenda proposta.
...chamou-os.
a) ( ) Os senadores chamaram o líder do governo
traidor/ de traidor. ...chamaram-no.
b) ( ) Os senadores chamaram ao líder do governo traidor/ de traidor.
...chamaram-lhe.
a) ( ) Na agonia em que se achava chamou por
todos os santos.
09. CHEGAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Completar a ação de ir ou vir de algum lugar (VI) ���� preposição _____.
� _________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
� _________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
� _________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
� _________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Esquema Lingüístico: � �
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10. CONSISTIR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Ter por base; resumir-se (VTI) ���� preposição EM.
a) ( ) O plano consiste em promover uma trégua
de preços por tempo indeterminado.
b) ( ) O projeto consiste na promoção da cidadania.
11. CONSTAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Ser composto, constituído (VTI) ���� preposição DE; � Estar escrito, registrado, mencionado (VTI) ���� preposição DE ou EM; � Dar-se como certo (VI).
a) ( ) Segundo noticiado, o grupo que viajou com
dinheiro constava de quatro desembargadores e respectivas esposas.
a) ( ) A forma autoritária como os policiais agiram
consta do / no inquérito aberto pelo delegado titular.
a) ( ) Consta que a bancada de oposição pretende
obstruir a votação do projeto.
12. CUSTAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Ter valor de (VI); � Acarretar, trazer conseqüências (VTDI) preposição A; � Ser difícil, ser custoso (VTI) preposição A.
NOTA(S) � Com o terceiro sentido: (1) a pessoa (ou o pronome pessoal) não funciona com sujeito; (2) a pessoa (ou o pronome pessoal) possui o papel sintático de objeto indireto; (3) o sujeito é uma oração reduzida de infinitivo; (4) a forma verbal deve ficar, obrigatoriamente, na 3ª pessoa do singular.
a) ( ) A campanha do candidato à presidência custou alguns milhões de reais.
a) ( ) A arrogância do Presidente do Senado
custou um exacerbado desgaste a todos os senadores decentes daquela Casa.
a) ( ) Nós, brasileiros e eleitores, custamos a
admitir a corrupção existente em todos os níveis da administração pública.
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b) ( ) Custa a nós, brasileiros e eleitores, admitir a corrupção existente em todos os níveis da administração pública.
Custa-nos, brasileiros e eleitores, admitir a corrupção existente em todos os níveis da administração pública.
c) ( ) Custam aos brasileiros, admitir a corrupção existente em todos os níveis da administração pública.
d) ( ) Custa aos brasileiros, admitir a corrupção existente em todos os níveis da administração pública.
Custa-lhes admitir a corrupção existente em todos os níveis da administração pública.
13. ESQUECER / LEMBRAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Perder da memória, da lembrança; trazer na memória ou ter na memória (VTD) ou (VTI) ���� preposição DE.
a) ( ) Muitos deputados esquecem / lembram
dos compromissos de campanha.
b) ( ) Muitos deputados esquecem / lembram os compromissos de campanha.
c) ( ) O senador tucano Arthur Virgílio se esqueceu / não se lembrou a defesa intransigente que fez da CPMF na gestão de FHC.
d) ( ) O senador tucano Arthur Virgílio se esqueceu / não se lembrou da defesa intransigente que fez da CPMF na gestão de FHC.
e) ( ) A defesa da CPMF na gestão FHC de que o senador tucano esquecera / não lembrara foi largamente exposta em alguns órgãos da imprensa.
f) ( ) A defesa da CPMF na gestão FHC que o senador tucano se esquecera / não se lembrara foi largamente exposta em alguns órgãos da imprensa.
14. IMPLICAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Causar, acarretar, trazer conseqüências (VTD); � Envolver, comprometer (VTDI) ���� preposição EM; � Antipatizar, provocar (VTI) ���� preposição COM.
a) ( ) O corte orçamentário implica em sacrifícios à população.
b) ( ) O corte orçamentário implica sacrifícios à população.
a) ( ) As denúncias do MP implicam o senador
por atos de corrupção ativa.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 12
b) ( ) As denúncias do MP implicam o senador em atos de corrupção ativa.
a) ( ) Sempre implicou na desenvoltura do colega
no Senado.
b) (X) Sempre implicou com a desenvoltura do colega no Senado.
15. INFORMAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Deixar alguém ciente de (fatos, notícias, acontecimentos) (VTDI) ���� preposição A ou DE.
NOTA(S) � O OD poderá representar COISA e o OI PESSOA (prep. A); o OD poderá representar PESSOA e o OI COISA (prep. DE).
� Assim também os verbos: AVISAR, PREVENIR, CERTIFICAR, CIENTIFICAR, LEMBRAR.
a) ( ) Informo as providências tomadas todos os
congressistas.
b) ( ) Informo as providências tomadas a todos os congressistas.
c) ( ) Informo todos os congressistas que as providências foram tomadas.
d) ( ) Informo a todos os congressistas que as providências foram tomadas.
e) ( ) Informo a todos os congressistas das providências tomadas.
f) ( ) Informo todos os congressistas das providências tomadas.
g) ( ) Informo a todos os congressistas de que as providências tomadas.
h ( ) Informo a todos os congressistas que as providências tomadas.
16. OBEDECER / DESOBEDECER
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Submeter-se à vontade de; executar, cumprir as ordens de / Não se submeter à vontade de; executar, cumprir as ordens de (VTI) ���� preposição A;
a) ( ) As reformas obedecem a lógica do
programa de governo.
b) ( ) As reformas obedecem à lógica do programa de governo.
c) ( ) É necessário que as autoridades constituídas obedeçam os preceitos da Constituição.
d) ( ) É necessário que as autoridades constituídas obedeçam aos preceitos da Constituição.
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e) ( ) Os preceitos constitucionais que todos devem obedecer não estão sendo respeitados pelas autoridades constituídas.
17. PAGAR / PERDOAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Dar quantia em dinheiro, remunerar; devolver aquilo que é devido (VTD), (VTI) ou (VTDI) ���� preposição A.
NOTA(S) � O OD deve representar COISA paga e o OI a PESSOA A quem se paga. � Assim também o verbo: PERDOAR.
a) ( ) Quem pagará os gastos excessivos do
Governo?
b) ( ) Quem pagará aos contribuintes? c) ( ) A Receita Federal pagou a restituição do IR
os contribuintes.
d) ( ) A Receita Federal pagou a restituição do IR aos contribuintes.
18. PREFERIR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Escolher (uma entre outras possíveis); gostar mais de (VTDI) ���� preposição A;
� Ter predileção por (VTD)
NOTA(S) � Na primeira acepção, a norma culta não abona as construções com intensificadores (mais, antes, mil vezes) do OD. Da mesma forma, não se admitem construções com comparativos (que, do que) entre o OD e o OI.
a) ( ) O Governo preferiu muito mais o embate
no Congresso do que a revisão das propostas enviadas para votação.
b) ( ) O Governo preferiu o embate no Congresso à revisão das propostas enviadas para votação.
c) ( ) O Governo preferiu a revisão das propostas enviadas para votação do que o embate no Congresso.
d) ( ) O Governo preferiu a revisão das propostas enviadas para votação ao o embate no Congresso.
a) ( ) O Governo Federal preferiu à manutenção
da Medida Provisória.
b) ( ) O Governo Federal preferiu a manutenção da Medida Provisória.
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19. PRESIDIR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Dirigir como presidente; orientar (VTD) ou (VTI) ���� preposição A.
a) ( ) O senador presidiu a Comissão Parlamentar
de Inquérito de forma parcial.
b) ( ) O senador presidiu à Comissão Parlamentar de Inquérito de forma parcial.
c) ( ) O senador presidiu o Conselho de ética de forma parcial.
d) ( ) O senador presidiu ao Conselho de ética de forma parcial.
20. PROCEDER
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Agir, comportar-se (VI); � Provir de, originar-se de, ser proveniente de, descender de (VI) ����
preposição DE; � Ter fundamento, ser verdadeiro (VI); � Realizar, fazer, iniciar (VTI) preposição A.
a) ( ) O Presidente do Senado, segundo fontes
fidedignas, não procedeu corretamente.
b) ( ) Os atletas desaparecidos procederam de Cuba.
c) ( ) Conforme o porta-voz da Presidência, os argumentos levantados pela oposição ao Governo não procedem.
a) ( ) A Comissão Parlamentar de Inquérito
procedeu as várias investigações e nada conseguiu provar.
b) ( ) A Comissão Parlamentar de Inquérito procedeu às várias investigações e nada conseguiu provar.
c) ( ) A Comissão Parlamentar de Inquérito procedeu os inquéritos sem que houvesse a ouvida dos envolvidos.
d) ( ) A Comissão Parlamentar de Inquérito procedeu aos inquéritos sem que houvesse a ouvida dos envolvidos.
21. QUERER
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Desejar, cobiçar (VTD); � Estimar, ter afeto, gostar (VTI) preposição A;
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a) ( ) Alguns postulantes à Presidência do Senado queriam ao cargo apenas pelo poder que dele emana.
b) ( ) Alguns postulantes à Presidência do Senado queriam o cargo apenas pelo poder que dele emana.
a) ( ) Quem não quer um amigo que nos dê a
mão quando precisarmos?
b) ( ) Quem não quer a um amigo que nos dê a mão quando precisarmos?
22. SIMPATIZAR / ANTIPATIZAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Ter simpatia por; ter antipatia com (VTI) ���� preposição COM.
a) ( ) Grande parte do povo brasileiro simpatiza o
Presidente da República.
b) ( ) Grande parte do povo brasileiro simpatiza com o Presidente da República.
23. VISAR
SEMÂNTICA / REGÊNCIA
� Mirar; dar visto (VTD); � Ter em vista; pretender; almejar (VTI) preposição A;
a) ( ) Naquela tensa operação policial, os agentes
visaram o alvo errado: a vítima foi gravemente ferida, enquanto o seqüestrador saiu ileso.
b) ( ) O consulado dos EUA não pretende visar os passaportes de brasileiros que não comprovem o seu real intento em ir para aquele país da América do Norte.
a) ( ) O projeto de transposição das águas do Rio
São Francisco visa o bem-estar de grande parte da população sofrida com a falta de água.
b) ( ) O projeto de transposição das águas do Rio São Francisco visa ao bem-estar de grande parte da população sofrida com a falta de água.
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II. REGÊNCIA NOMINAL
É estabelecida por preposições que ligam um termo regido ou subordinado a um termo regente ou subordinante. O termo regente, neste caso, é sempre um nome, entendido como tal o substantivo, o adjetivo e o advérbio.
REGÊNCIA DE ALGUNS NOMES
ACESSÍVEL A Acostumado a, com Adaptado a, para Afável com, para com Aflito com, em, para, por Agradável a Alheio a, de Alienado a, de Alusão a Amante de Análogo a Ansioso de, para, por Apto a, para Atento a, em Aversão a, para, por Ávido de, por BENÉFICO A CAPAZ DE, PARA Certo de Compatível com Compreensível a Comum a, de Constante em Contemporâneo a, de Contrário a Curioso de, para, por DESATENTO A Descontente com Desejoso de Desfavorável a Devoto a, de Diferente de Difícil de Digno de ENTENDIDO EM Equivalente a Erudito em Escasso de
Impossível de Impróprio para Imune a Incompatível com Inconseqüente com Indeciso em Independente de, em Indiferente a Indigno de Inerente a Insaciável de LEAL A Lento em Liberal com MEDO A, DE NATURAL DE Necessário a Negligente em Nocivo a OJERIZA A, POR PARALELO A Parco em, de Passível de Perito em Permissivo a Perpendicular a Pertinaz em Possível de Possuído de Posterior a Preferível a Prejudicial a Prestes a Propenso a, para Propício a Próximo a, de RELACIONADO A, COM Residente em
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Essencial para Estranho a FÁCIL DE Firme em GENEROSO COM Grato a HÁBIL EM Habituado a Horror a Hostil a IDÊNTICO A
Responsável por Rico de, em SEGURO DE, EM Semelhante a Sensível a Sito em Suspeito de ÚTIL A, PARA VERSADO EM
EXERCITANDO
Fundação Carlos Chagas
01. (TRE-CE – Novembro/2002) – Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase: A) Seus seguidores não supõem de que o pensamento dele seja tão complexo. B) Não pode ser absoluta a soberania política de cuja o povo deve ser o titular. C) Era grande a preocupação em cuja Rousseau manifestava em relação à reforma dos costumes. D) Rousseau não achava de que os males da humanidade poderiam ser sanados por medidas jurídicas. E) Está na admissão de que o povo pode ser enganado, mas não corrompido, uma das contribuições do
pensamento de Rousseau. 02. (TRF – 5ª REGIÃO – Junho/2003) –... é algo que não agrada aos países desenvolvidos. (final do
texto) � A mesma regência exigida pelo verbo grifado acima se encontra na frase: A) Cientistas tentam determinar o tamanho exato das reservas de petróleo no mundo. B) Os preços do petróleo aumentarão rapidamente, com a diminuição das reservas mundiais. C) Outras fontes alternativas de combustíveis são, às vezes, mais caras e poluentes do que o petróleo. D) O hidrogênio poderá ser utilizado como combustível no mundo todo, num futuro próximo. E) O resultado atual das pesquisas depende da solução de alguns problemas, principalmente quanto à
comercialização do hidrogênio. 03. (TRF – 5ª REGIÃO – Junho/2003) – Está correto o emprego da expressão sublinhada na frase: A) Somente são justificáveis os meios que estão em consonância entre seus fins. B) A mentira e o medo não são meios com que se possa lançar mão. C) É indiscutível o pressuposto de que uma pessoa moral não existe como um fato dado. D) Para uma ação ética, os meios que se pode contar devem ser igualmente éticos. E) A boa formação de uma pessoa implica de que seja educada para os valores morais e para as
virtudes.
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04. (TRF – 5ª REGIÃO – Junho/2003) – Está adequado o emprego do elemento sublinhado na frase: A) Uma das armas mais poderosas de cuja se valem os humoristas é o cinismo. B) A percepção asséptica de cada bombardeio em que visam essas transmissões é uma violência em si
mesma. C) É na transmissão higienizada dos bombardeios aonde que as emissoras revelam toda a sua
insensibilidade. D) A trágica experiência da qual todos os envolvidos numa batalha se submetem parece contar pouco
para as emissoras. E) Os critérios por que se pautam os jornais televisivos, nesse tipo de transmissão, não são
minimamente éticos. 05. (TRF – 5ª REGIÃO – Agosto/2003) – A expressão de que preenche corretamente a lacuna da
frase: A) A iniciativa ........ nosso turismo requer é a de um excelente planejamento. B) A falta de planejamento é uma das razões ....... se explica nosso incipiente turismo. C) É preciso ......... haja maiores investimentos nas potencialidades desse setor. D) Uma maior integração nacional, aspiração ........ todo brasileiro tem, seria facilitada com um turismo
bem planejado. E) A diversidade cultural é uma das atrações ....... nosso país dispõe, ao lado das nossas riquezas
naturais. 06. (TRF – 5ª REGIÃO – Agosto/2003) – Está adequado o emprego da expressão sublinhada na
frase: A) Se tudo aquilo de que tememos acontecer, estaremos perdidos. B) As pessoas em cujas depositávamos nossa confiança acabaram por nos trair. C) Os projetos dos quais não há consenso somente serão apreciados amanhã. D) Todos os artigos acerca de cujos haja controvérsia serão analisados depois. E) As medidas sobre as quais não pairam dúvidas serão tomadas imediatamente. 07. (TRE-SP – Maio/2004) – Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: A) A convicção de que muitos abraçam é a de que toda descentralização traria benefícios inerentes com
esse processo. B) A descentralização de recursos, a que tantos aspiram, não é uma medida cujo sucesso possa ser
garantido. C) O Instituto de Natal, em que muitos recorrem como bom exemplo, já conta com alguma verba
federal, cuja a destinação deverá ser proveitosa. D) É preciso criar centros de excelência, onde devem convergir as verbas disponíveis e a quem se
alocarão recursos suplementares. E) A alternativa a cuja o autor faz referência é a de privilegiar as pesquisas que o mérito seja
indiscutível. 08. (TRE-SP – Maio/2004) – Para entender o de que vou aqui tratar não é necessário saber o que são
os buracos negros. � A frase acima permanecerá correta caso se substitua o elemento sublinhado por A) o de que aqui me referirei. B) aquilo que irei aludir.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
19
C) o que aqui me reportarei. D) àquilo de que aqui exporei. E) o de que aqui me ocuparei. 09. (TRE-AP – Janeiro/2006) – É adequado o emprego da expressão sublinhada na seguinte frase: A) O jornal de cujo o Sr. Matter se valeu para contar sua história foi lido pelo cronista. B) A notícia à qual se deparou o cronista estimulou-o a escrever uma crônica. C) O índio Jivaro, com cuja reação o Sr. Matter não contava, espantou-se com a proposta. D) A barbaridade com cuja se espantou o czar era a caça de andorinhas e borboletas. E) A barbaridade à qual serviu ao poeta de tema não costuma espantar os civilizados. 010. (TRF – 4ª REGIÃO – Março/2007) – Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase: A) Manuel Bandeira mostrou-se sensível pela desabusada liberdade dos loucos e dos bêbados. B) Deve-se admitir de que a ausência de qualquer máscara é insuportável na vida social. C) As tensões em que o nosso cotidiano é assaltado talvez fossem ainda maiores sem a providência das
máscaras. D) Não se sabe o que seria de nós se liberássemos os impulsos a que não costumamos dar vazão. E) O fio da navalha, a cujo poder de corte ninguém duvida, figura o risco e a estreiteza do espaço em
que é tão penoso se equilibrar. 011. (TRE-PB – Abril/2007) – Está correto o emprego do elemento sublinhado em: A) Para esses pais, o centro não será o berço, em cujo o filhinho está dormindo? B) O universo, de cujo a Terra já foi considerada centro, revelou-se mais complexo do que supunham
os antigos astrônomos. C) Não será o rosto da amada, de cuja ausência nos ressentimos, o centro do nosso universo? D) O filósofo considerava uma aberração a leitura de um livro à qual nos dispensássemos de
contemplar a beleza da natureza. E) Os argumentos dos quais se prende o autor do texto incluem os que ele considera identificados com
as chamadas “razões do coração”. 012. (TRF – 1ª REGIÃO – Agosto/2007) – Está correto o emprego do elemento sublinhado em: A) O ganho real da meditação é uma hipótese à qual vêm-se ocupando alguns pesquisadores. B) São vários os meios com que dispomos para chegar ao desejado equilíbrio espiritual. C) A meditação a cuja se entregaram budistas e franciscanos surtiu o mesmo efeito sobre os dois
grupos. D) O estreitamento dos laços comunitários é um dos efeitos de que se pode atribuir às práticas da fé
religiosa. E) O reforço da auto-estima seria um benefício do qual todos os crentes poderiam usufruir.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 20
CRASE
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
(1) A palavra CRASE provém do grego KRASÍS (mistura, fusão). Na Língua Portuguesa, o fenômeno
da crase diz respeito, de um ponto de vista fonético e específico, à fusão da preposição A com:
(a) os artigos definidos femininos: A, AS. (b) os pronomes demonstrativos: AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO e A(S) (= AQUELA(S)).
(2) Graficamente, a CRASE é indicada pelo acento grave [`]. (3) A compreensão do fenômeno da CRASE requer que identifiquemos a relação estabelecida entre um
termo denominado REGENTE ou SUBORDINANTE e outro chamado REGIDO ou SUBORDINADO: VERBO (prep. A) OI NOME (prep. A) CN
� TERMO REGENTE ou SUBORDINANTE � Exige um outro termo, denominado REGIDO ou SUBORDINADO.
� TERMO REGIDO ou SUBORDINADO � É exigido por outro, denominado REGENTE ou
SUBORDINANTE.
TERMO REGENTE
TERMO REGIDO
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
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I. OCORRÊNCIAS OBRIGATÓRIAS
TEXTO 1
CERCADOS PELA FEBRE AMARELA
05 10 15 20 25 30
A morte de um morador de área nobre de Brasília desafia o governo ao provar que a
doença chegou às portas das cidades
GREICE RODRIGUES E SÉRGIO PARDELLAS
Os postos de saúde de Brasília e de Goiás viveram, na última semana, uma situação como há muito tempo não se via. Assustados com a ameaça da febre amarela, os habitantes dessas regiões correram aos postos para serem vacinados contra o vírus que provoca a doença. O resultado foram filas imensas, gente chegando de madrugada e um certo clima de pânico no ar. A situação foi criada a partir da divulgação das notícias da confirmação da morte de Graco Carvalho Abubakir, de Brasília, por causa da doença, e de outros três óbitos com suspeita de terem sido provocados pela enfermidade registrados em Goiás e no Paraná desde dezembro. Além disso, até a quinta-feira 10, outros nove casos suspeitos estavam em investigação – um em São Paulo, dois no Distrito Federal e seis em Goiás. Além do alarme entre a população, a situação expôs alguns aspectos bastante preocupantes. O primeiro foi a repetição do triste hábito comum no Brasil de empurrar as responsabilidades por algo negativo. O que se viu na história do administrador de empresas Graco Abubakir, que morreu na terça-feira 8, na capital federal, foi exatamente isso. Ao longo da última semana, autoridades de Brasília e de Goiás quiseram colocar uma nas contas da outra o registro do que aconteceu com o rapaz. “Temos certeza de que ele contraiu a febre amarela em Pirenópolis”, afirmou Milton Menezes, subsecretário de Atenção à Saúde da Secretaria de Saúde de Brasília. De Pirenópolis, cidade turística goiana a 150 quilômetros da capital federal e local onde Graco esteve no final do ano, o secretário de Saúde do município, Aldo da Trindade Siqueira, rebatia. “Não dá para dizer que ele se infectou aqui”, argumentou. De fato, essa é uma resposta difícil. Graco saiu de Brasília no dia 29 de dezembro com a namorada e mais 14 amigos para passar o Réveillon em Pirenópolis. No mesmo dia, reclamou de cansaço e se recusou a participar de um passeio a uma cachoeira próxima do hotel onde estava hospedado. A recusa despertou a atenção da turma. Afinal, o administrador era conhecido por uma disposição infinita. “Se ele fosse chamado para chutar gelo no Alasca, ele iria”, contou à revista ISTOÉ Fernanda Carvalho Abubakir, uma das irmãs de Graco. No dia 31, outro fato preocupou os amigos. Quando passeava em uma cachoeira nos arredores do município, o administrador queixou-se de mal-estar. Dois dias depois, já de volta ao Distrito Federal, ele começou a apresentar fortes dores e febre alta. Graco foi internado no dia 4 de janeiro e morreu quatro dias depois. De acordo com a literatura médica, os sintomas da doença aparecem geralmente de cinco a dez dias após a infecção. Por esse parâmetro e tomando-se em conta as informações sobre as reclamações de falta de disposição de Graco já no dia de chegada a Pirenópolis, pode-se levantar a possibilidade de que a contaminação tenha ocorrido ainda em Brasília. Para reforçar essa
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35 40 45 50 55 60 65 70 75
hipótese, há o fato de a casa de Graco ser no setor de Mansões do Lago Norte, local menos urbanizado e por onde circulam dezenas de filhotes de macacos. Na última semana de dezembro, pelo menos dois primatas apareceram mortos no Parque Nacional de Brasília, próximo à área onde morava Graco, com suspeita da doença. Uma não foi confirmada, mas a outra permanecia sob investigação. E, segundo a Secretaria de Saúde de Pirenópolis, há mais de 50 anos não é registrado um caso na região. Na verdade, embora essa discussão possa parecer secundária, ela é fundamental. O esclarecimento do local da infecção das vítimas é muito importante para entender o caminho de propagação que a doença está tomando no País. O paciente que está sendo acompanhado na capital paulista com suspeita de ter se infectado, por exemplo, esteve nos municípios de Bonito e em Dourados, as duas cidades acerca de 250 quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma região endêmica – onde o vírus está presente continuamente – da forma silvestre da doença. Nesse gênero, o vírus é transmitido pela picada do mosquito Haemagogus ou Sabethes a um indivíduo não imunizado que vive ou visita áreas rurais e florestas onde a enfermidade existe. Já o bancário aposentado Almir Rodrigues da Cunha, que morreu na quarta-feira 9 em Maringá, no Paraná, com suspeita da enfermidade, também pode ter se infectado em um local endêmico. Ele esteve em Caldas Novas, a 162 quilômetros de Goiânia, onde passou a última semana de dezembro. A diferença aqui é que ele estava em uma localidade não tão erma. Isso é inquietante. Há alguns anos, a maior parte dos casos vinha sendo registrada em locais mais remotos. O médico Drauzio Varella, por exemplo, contraiu a doença em 2004 quando fazia uma expedição científica nas selvas da Amazônia. A ocorrência da enfermidade em pontos tão próximos de centros como Goiânia sinaliza que, agora, a doença pode estar perigosamente às portas das grandes cidades. Isso se não ficar confirmado que de fato ela já entrou em Brasília. A chegada do vírus a regiões urbanas seria um desastre. Primeiro porque há 66 anos o País não registra um caso da chamada febre amarela urbana. Neste tipo, a infecção ocorre nas cidades e o inseto transmissor do vírus é o Aedes aegypti, o mesmo responsável pela transmissão do vírus da dengue. Retroceder seis décadas no controle da doença seria uma vergonha. Depois, o fato de o vírus ser transmitido pelo Aedes é um grande problema diante das circunstâncias atuais. Hoje o País vive uma epidemia de dengue, o que significa alto índice de infestação pelo mosquito. E, para complicar, há a perspectiva de que este verão seja marcado pelo crescimento da proliferação do Aedes. “Como nossas cidades estão infestadas pelo mosquito, há um ambiente propício para o crescimento de casos”, afirma Désio Natal, professor do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. O que se teme, portanto, é que esse “exército” de insetos passe também a transmitir o vírus da febre amarela em grandes proporções. E, em comparação com a dengue, a febre amarela é muito mais devastadora. O vírus provoca inflamação nos rins, coração, pulmão e no sistema nervoso central. Além disso, pode causar hemorragia abdominal e pulmonar. “Nem todos que se contaminam apresentam esse quadro. Mas naqueles nos quais a doença evolui quase a maioria morre”, afirma o infectologista Paulo Olzon, professor da Universidade Federal de São Paulo. Os índices de mortalidade ilustram bem essa agressividade. Na febre amarela, ele gira em torno de 30%. Na dengue, não passa de 0,5%. Na avaliação do governo federal, a possibilidade da volta da enfermidade às cidades não existe. “Este risco está descartado”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O que está se vendo hoje é o surgimento de casos isolados, restritos a localidades rurais, segundo o ministro. De qualquer forma, as suspeitas de casos da doença levaram o governo a montar uma operação de guerra. A título de emergência, a Fundação Oswaldo Cruz, fabricante das vacinas contra a enfermidade, liberou dois milhões de doses para serem enviadas às áreas de risco. “A
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vacinação pode funcionar como um cinturão de segurança”, afirma o médico Pedro Tauil, do Departamento de Doenças Tropicais da Universidade de Brasília. Também foram mandados alertas ao Ministério do Turismo e às embaixadas sobre a necessidade de vacinação dos viajantes que procuram as regiões endêmicas. Tudo para afastar o perigo das cidades.
(ISTOÉ, 11/01/2008, ed. 1993 – http://www.terra.com.br/istoe/ - com adaptações)
TEXTO 2
UM RAIO X DA FEBRE AMARELA
05 10
A ocorrência de mortes com suspeita da doença despertou a lembrança das epidemias do
passado DRAUZIO VARELLA Alguns macacos mortos e o aparecimento de dois ou três doentes com suspeita de febre amarela foram suficientes para despertar a lembrança das epidemias do passado. Existem duas formas de transmissão do arbovírus causador da doença: a urbana clássica, em que o mosquito se infecta ao picar seres humanos (ciclo homem-mosquito-homem), e a forma silvestre, na qual ele adquire a infecção quando pica animais na mata, sobretudo macacos (ciclo macaco-mosquito-homem). As características clínicas da febre amarela urbana são iguais às da silvestre; a diferença está nos vetores que transmitem o vírus ao homem: Aedes aegypti (o mosquito da dengue), responsável pela transmissão urbana, e mosquitos do gênero Haemagogus, pela silvestre. (...) Contado a partir da picada do mosquito, o período de incubação é curto: de três a seis dias. O período de infecção dura três ou quatro dias. É marcado pela multiplicação rápida do vírus, por sua disseminação para todos os órgãos e pela instalação abrupta dos sintomas: febre de 39 a 40 graus, calafrios, mal-estar, cefaléia, dores lombares, dores musculares generalizadas, náuseas e tonturas.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 24
15 20 25 30
(...). Curiosamente, costuma seguir-se um período de 24 a 48 horas de remissão, em que a febre pode desaparecer. É nessa fase que a enfermidade traça seu destino: regredir definitivamente ou colocar a vida em risco. (...). Os exames laboratoriais mostram aumento das transaminases proporcional à gravidade do quadro. Nos casos mais benignos, os valores dessas enzimas costumam ficar abaixo de mil unidades, enquanto nos mais graves atingem o dobro ou o triplo desse valor. Um estudo demonstrou que, quando chegam a 5 mil, a mortalidade ultrapassa 80%. (...) O acometimento do fígado provoca anormalidades na produção de proteínas essenciais à coagulação do sangue. As manifestações hemorrágicas mais comuns acometem de forma imprevisível pele, gengivas, mucosa nasal, aparelho digestivo e vias urinárias. Os sangramentos digestivos são responsáveis pelo nome de “vômito negro” atribuído à doença no passado. Cerca de 50% a 60% dos pacientes evoluem com queda da pressão arterial, sangramentos, agitação, delírio, estupor, coma e alterações metabólicas irreversíveis. A morte costuma acontecer no período de sete a dez dias depois do primeiro episódio de febre. (...) Em mais ou menos seis meses as provas de função hepática retornam à normalidade e todos os órgãos se recuperam integralmente. O vírus não deixa seqüelas. A imunidade responsável pela cura é permanente.
(CartaCapital, 11/01/2008 – ed. 478 – http://www.cartacapital.com.br/ - com adaptações)
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
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(1) TERMO REGENTE exige preposição A �������� TERMO REGIDO admite o artigo A(S)
Em relação a esta primeira ocorrência, faz-se necessário perceber as seguintes condições para que o fenômeno da CRASE venha a ocorrer:
EXIGE PREPOSIÇÃO “A” ADMITE ARTIGO DEFINIDO FEMININO “A(S)” Vejamos o uso, ou não, do acento indicador da CRASE em alguns enunciados dos textos anteriores: RECURSOS PRÁTICOS PARA CONFIRMAR A OCORRÊNCIA DA CRASE:
I - Substituir o TERMO REGIDO (palavra feminina) por um termo masculino. Se aparecer ao ou
aos diante da palavra masculina, a CRASE se confirma. � ...Subsecretário de Atenção à Saúde da Secretaria de Saúde de Brasília. (Texto 1: linha 16) � ...Subsecretário de Atenção ao Doente da Secretaria de Saúde de Brasília. � ...procuram as regiões endêmicas. (Texto 1: linha 83) � ...procuram os locais endêmicos. � ...adquire a infecção... (Texto 2: linha 05) � ...adquire o quadro infeccioso... � ...mostram aumento das transaminases proporcional à gravidade do quadro. (Texto 2: linha 17) � ...mostram aumento das transaminases proporcional ao agravamento do quadro. II – Quando o TERMO REGIDO for um topônimo (nome de lugar): Substituir o TERMO REGENTE
pelo verbo VOLTAR. Se aparecer VOLTAR DA, a CRASE se confirma. � A equipe de infectologistas chegou a Brasília. � A equipe de infectologistas chegou de Brasília. � A equipe de infectologistas chegou à Bahia. � A equipe de infectologistas chegou da Bahia. OBSERVAÇÕES:
(a) O acento indicativo da CRASE não deverá ser usado diante de substantivo feminino
empregado em sentido geral, indeterminado.
TERMO REGENTE
TERMO REGIDO
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� Ele tem aversão a mulher. ≠ Ele tem aversão à mulher de seu tio. � Denúncia pode levar o presidente a condenação. ≠ Denúncia pode levar o presidente à
condenação por prevaricação. (b) Em relação às construções em que o termo regido é um topônimo, cabe ressaltar que,
vindo o referido termo determinado, o uso do acento indicativo da CRASE será obrigatório. � Os turistas chegarão, nos próximos dias, a Olinda. ≠ Os turistas chegarão, nos próximos dias, à
Olinda dos grandes carnavais. (c) Nas construções em que haja “A” no singular e o termo regido feminino se encontre no
plural, o uso do acento indicativo da CRASE será proibitivo. � O que está se vendo hoje é o surgimento de casos isolados, restritos a localidades rurais, segundo
o ministro. (TEXTO 1: linha 76) � O povo brasileiro assiste a quebras de decoro parlamentar diariamente. (2) TERMO REGENTE exige preposição A �������� TERMO REGIDO: AQUELE(S), AQUELA(S),
AQUILO ou A(S) = AQUELA(S)
Relativamente a esta segunda ocorrência, é preciso atentar para as seguintes condições a fim de que o fenômeno da CRASE venha a ocorrer:
EXIGE PREPOSIÇÃO “A” AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO, A(S) = AQUELA(S) (INTEGRANDO O TERMO REGIDO) Notemos o uso, ou não, do acento indicador da CRASE em alguns enunciados abaixo: (A)
Governo explicou aquela ocorrência de febre amarela.
TERMO REGENTE (VERBO)
PREPOSIÇÃO PRONOME DEMONSTRATIVO
TERMO REGIDO (PALAVRA FEMININA)
OCORRÊNCIA DA CRASE
...explicou Ø aquela ocorrência...
TERMO REGENTE
TERMO REGIDO
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
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(B)
O infectologista referiu-se aquele surto epidêmico.
TERMO REGENTE (VERBO)
PREPOSIÇÃO PRONOME DEMONSTRATIVO
TERMO REGIDO (PALAVRA
MASCULINA)
OCORRÊNCIA DA CRASE
...referiu-se a aquele surto...
(C)
...são iguais as da silvestre. (linha 06)
TERMO REGENTE (VERBO)
PREPOSIÇÃO PRONOME DEMONSTRATIVO
TERMO REGIDO (PALAVRA FEMININA)
OCORRÊNCIA DA CRASE
...iguais a as (= aquela) (características)...
(3) NAS LOCUÇÕES ADVERBIAIS, PREPOSITIVAS E CONJUNTIVAS FEMININAS
3.1. LOCUÇÕES FEMININAS ADVERBIAIS: à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às
tontas, à direita, à vontade, à revelia... � Governo federal enviou um grupo de infectologistas às escondidas para o local onde ocorreu a
primeira morte causada pela febre amarela. 3.2. LOCUÇÕES FEMININAS PREPOSITIVAS: à maneira de, à moda de, às custas de, à procura
de, à espera de, à mercê de... � Especialistas estão à procura das causas que levaram ao aparecimento da febre amarela na região
de Brasília e de Goiás. 3.3. LOCUÇÕES FEMININAS CONJUNTIVAS: à medida que, à proporção que. � ...sinaliza que, agora, a doença pode estar perigosamente às portas das grandes cidades. (TEXTO 1:
linha 55) � O governo liberará lotes de vacina, à medida que forem confirmados novos casos de febre amarela.
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II. OCORRÊNCIAS FACULTATIVAS
(1) DIANTE DE NOMES PRÓPRIOS FEMININOS
� Dirigiu-se a Amanda com extremada educação. (Dirigiu-se a + Ø Amanda...) � Dirigiu-se à Amanda com extremada educação. (Dirigiu-se a + a Amanda...) OBSERVAÇÃO:
(a) O acento indicativo da CRASE deverá ser usado, obrigatoriamente, se o nome próprio
feminino vier determinado. � Dirigiu-se à encantadora Amanda com extremada educação. (2) DIANTE DE PRONOMES POSSESSIVOS2 FEMININOS NO SINGULAR
� Todos nós sempre fizemos uma carinhosa referência a tua mãe. [...referência a + Ø tua mãe...] � Todos nós sempre fizemos uma carinhosa referência à tua mãe. [...referência a + a tua mãe...] OBSERVAÇÕES:
(a) Com pronomes possessivos femininos no plural, o acento indicativo da CRASE deverá ser
empregado, obrigatoriamente. � Sempre nos dirigimos às tuas irmãs respeitosamente. (b) Estando o pronome possessivo com valor substantivo, a ocorrência do acento indicador da
CRASE é obrigatória. � Creio que esta decisão esteja associada a (à) minha visão de mundo, mas não à tua. (3) APÓS A PREPOSIÇÃO ATÉ
� Naquela manhã, fomos até a praia. [...fomos até a + Ø praia.] � Naquela manhã, fomos até à praia. [...fomos até a + a praia.]
2 Quadro dos Pronomes Possessivos:
1ª pessoa meu, minha, meus, minhas nosso, nossa, nossos, nossas
2ª pessoa teu, tua, teus, tuas vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa seu, sua, seus, suas seu, sua, seus, suas
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III. OCORRÊNCIAS PROIBITIVAS
(1) DIANTE DE PALAVRAS MASCULINAS
� A revista Carta Capital recorreu a Drauzio Varella a fim de apresentar matéria sobre febre amarela. � A matéria da ISTO É faz referência a Graco Carvalho Abubakir, administrador de empresas, que
foi a óbito por ter contraído a febre amarela. OBSERVAÇÃO:
(a) Havendo, subentendidas ou não, as expressões à moda de ou à maneira de, o uso do
acento indicativo da CRASE se torna obrigatório. � Gostava de vestir-se à Fidel Castro. [à maneira de, à moda de Fidel Castro.] (2) DIANTE DE VERBOS
� ...ele começou a sentir fortes dores e febre alta. (Texto 1: linha 27) � ...insetos passe também a transmitir o vírus da febre amarela em grandes proporções. (Texto 1:
linha 67) � ...as suspeitas de casos da doença levaram o governo a montar uma operação de guerra. (Texto 1:
linhas 77-78)
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(3) DIANTE DE PRONOMES3 QUE REJEITAM O ARTIGO DEFINIDO FEMININO
� Procurou a mãe, pois sempre recorria a ela nos momentos de aflição. � A resolução do problema diz respeito a vocês. � Você parece submisso a esta situação vexatória. � Seu jeito orgulhoso justificava a atitude de não pedir nada a ninguém. � Dedicava-se, com carinho, a cada criança abandonada.
3 Quadro dos Pronomes:
Pessoais Retos e Oblíquos:
Retos Oblíquos Átonos Oblíquos Tônicos
1ª pessoa
2ª pessoa
3ª pessoa
eu
tu
ele, ela
me
te
se, o, a, lhe
mim, comigo
ti, contigo
si, consigo, ele, ela
1ª pessoa
2ª pessoa
3ª pessoa
nós
vós
eles, elas
nos
vos
se, os, as, lhes
conosco
convosco
si, consigo, eles, elas
Quadro dos Pronomes Demonstrativos:
1ª pessoa este , esta, isto Estes, estas, isto
2ª pessoa esse, essa, isso Esses, essas, isso
3ª pessoa aquele, aquela, aquilo* aqueles, aquelas, aquilo*
* Estes pronomes podem admitir o emprego do acento indicativo da crase (cf. pág. 26)
Quadro dos Pronomes Indefinidos:
Invariáveis Variáveis
alguém
algo
cada
nada
ninguém
outrem
tudo
algum, alguma, alguns, algumas
certo, certa, certos, certas
muito, muita, muito, muitas
nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas
outro, outra, outros, outras
pouco, pouca, poucos, poucas
qualquer, quaisquer
tanto, tanta, tantos, tantas
todo, toda, todos, todas
vário, vária, vários, várias
Quadro dos Pronomes Relativos:
Invariáveis Variáveis
que
quem
onde
o qual, a qual, os quais, as quais
cujo, cuja, cujos, cujas
quanto, quanta, quantos, quantas
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OBSERVAÇÕES:
(a) Havendo as condições já verificadas, o acento indicador da CRASE deverá ser empregado
na composição do pronome relativo A QUAL, AS QUAIS. Isso se deve ao fato de este pronome permitir a presença do artigo “A(S)”.
� Aquela foi a conclusão à qual chegaram os infectologistas. � Estas foram as orientações às quais todos devem obedecer a fim de se evitar contrair a enfermidade. (b) A QUE / À QUE
� _________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
� _________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________ (4) DIANTE DE NUMERAIS
� De Pirenópolis, cidade turística goiana a 150 quilômetros da capital federal e local onde Graco esteve
no final do ano, o secretário de Saúde do município, Aldo da Trindade Siqueira, rebatia. (TEXTO 1: linhas 16-17)
� ...os sintomas da doença aparecem geralmente de cinco a dez dias após a infecção. (TEXTO 1: linha 29)
� Curiosamente, costuma seguir-se um período de 24 a 48 horas de remissão, em que a febre pode desaparecer. (TEXTO 2: linha 14)
� Lia-se na placa indicativa: “Posto de vacinação contra a febre amarela a 100 metros”.
Esquema Lingüístico: � �
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� O número de aprovados deve chegar a oitenta. OBSERVAÇÕES:
(a) Quando a expressão for constituída por numeral indicativo de hora(s), estaremos diante
de um contexto lingüístico em que se evidencia uma locução verbal feminina (cf. pág. 30). Nesse caso, o emprego do acento indicativo da CRASE é obrigatório.
� O lote com as vacinas chegarão aos pontos críticos à uma hora. � O pronunciamento da autoridade sanitária ocorreu às 19 horas. (b) A ocorrência do acento indicativo da CRASE se dará, obrigatoriamente, antes de numeral
em dois casos: (1) quando houver, subentendido diante do numeral, um substantivo feminino definido, que não se repete por questão de estilo; (2) quando houver explicitamente junto ao numeral um substantivo feminino determinado (de que o numeral é apenas um dos determinativos).
� (1) Li da página 1 à 10. [Li da página 1 a página 10.] � (1) Naquele dia chuvoso, caminhou da rua do Imperador à 7 de setembro. [...caminhou da rua do
Imperador a 7 de setembro .] � (2) Os prêmios serão concedidos às cinco primeiras ouvintes que ligarem para o programa. � (2) Conforme entendimento da bancada de oposição, é possível chegar, de forma consensual, às 15
propostas apresentadas. (c) Na referência a dois elementos (substantivos ou numerais) ligados por: “DE ... A”, o uso do
acento indicativo da CRASE é proibitivo. Entretanto, se na correlação houver determinação pelo artigo “A(S)” – “DA(S) ... A(S)”, o uso do acento será obrigatório.
� Os infectologistas estarão a postos de segunda a sexta, monitorando a ocorrência de novos possíveis
casos. � As turmas de 1ª a 4ª série foram selecionadas para o passeio ecológico. � Os especialistas em febre amarela observaram os infectados da meia-noite à uma hora. � As turmas da 5ª à 8ª série não participarão do passeio ecológico.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
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IV. OUTROS CASOS
(1) DIANTE DA PALAVRA “TERRA”
(a) “Terra”, significando “planeta”, é um substantivo, logo, se houver as condições de que se
fala na (1) ocorrência obrigatória (cf. pág. 26), o acento indicativo da CRASE deverá ser empregado.
� Por razões de ordem técnica, os astronautas não poderão voltar à Terra, na data prevista. (b) "terra", significando "chão firme", "solo", sem especificação, não ocorre acento grave. � Depois do susto, os tripulantes da avariada embarcação retornaram a terra. (c) "terra", significando "chão firme", "solo", com especificação, ocorre acento. � Depois de concluído o curso de mestrado na Alemanha, os irmãos pretendiam regressar à terra de
seus pais. (2) DIANTE DA PALAVRA “DISTÂNCIA”
(a) Se a palavra "distância" estiver determinada, especificada, o "A" deve ser acentuado. Caso
contrário, o uso do acento indicativo da CRASE é proibitivo. � A cidade fica à distância de 70 km daqui. � A cidade fica a grande distância daqui. (3) DIANTE DA PALAVRA “CASA”
(a) Quando empregada no sentido de “lar” e não vier determinada, o uso do acento indicativo
da CRASE será proibitivo. Caso a palavra “CASA” venha especificada e haja as condições indicadas na pág. 26, o acento indicativo da CRASE será obrigatório.
� Naquela noite, regressaram a casa muito tarde. � Naquela noite, regressaram à casa dos tios muito tarde.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 34
EXERCITANDO
Fundação Carlos Chagas
013. (TRE – PI – Maio/2002) – Diga ...... ela que só retornarei ...... casa após ...... duas horas. A) a - a – as B) a - à - às C) à - a - às D) à - à - as E) à - à - às 014. (TRF – 5ª REGIÃO – Junho/2003) – A necessidade de deslocamentos de populações entre
pontos geográficos diferentes deu origem ...... uma infra-estrutura física e ...... criação de veículos que poderiam mover-se ...... velocidades cada vez maiores.
� As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por A) a - a - a B) a - a - à C) à - à – a D) a - à – a E) à - à – à 015. (TRF – 5ª REGIÃO – Junho/2003) – Atente para as seguintes frases: I. À qualquer hora estamos dispostos a assistir à cenas de guerra. II. Àquela hora da noite, ainda estávamos atentos à transmissão das cenas da guerra. III. Daqui a uma hora esse canal passará a transmitir a comunicação que o Presidente fará à Nação. � Quanto à necessidade de usar-se o sinal de crase, está inteiramente correto o que se lê em A) I, II e III. B) I e II, somente. C) I e III, somente. D) II, somente. E) II e III, somente. 016. (TRE – AC – Outubro/2003) – Há plena observância da necessidade de utilização do sinal de
crase em: A) Não espantou à maioria das pessoas que o caso de Amina tenha chegado à uma solução tão feliz,
pois acreditavam que o tribunal nigeriano seria sensível à pressões internacionais. B) Pouco à pouco, a Anistia Internacional e outras organizações congêneres vão ascendendo àquele
mais alto patamar de respeitabilidade, à que sempre fizeram jus. C) Não se impute à corte nigeriana qualquer culpa pelo fato de se ater às leis do país, pois é a estas, e
não a outras, que lhe cabe dar cumprimento. D) Aqui e ali se verifica, à toda hora, algum tolerado desacato às nossas leis; que faríamos se os
nigerianos nos conclamassem a cessação dessa permanente afronta às nossas normas legais?
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
35
E) Tendo em vista à condenação do acusado de sodomia a morte por apedrejamento, e à falta de indícios positivos, não se confira a absolvição de Amina um significado maior do que o de uma concessão.
017. (TRE – AM – Novembro/2003) – Obedecer ...... leis existentes é o instrumento ...... que se deve
recorrer no combate ...... violência, em qualquer lugar. � As lacunas da frase apresentada serão corretamente preenchidas por: A) as – a – a B) as – à – à C) as – à – a D) às – a – à E) às – à – a 018. (TRF – 4ª REGIÃO – Março/2004) – A difusão de novas tecnologias trouxe problemas e
impasses, relativos, principalmente ...... privacidade dos indivíduos e ...... seu direito ...... informação.
� As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por A) à - à - à B) à - à - a C) à - a - à D) a - a - à E) a - à - à 019. (TRF – 4ª REGIÃO – Março/2004) – A presença de núcleos habitacionais próximos ...... regiões
costeiras oferece riscos ...... manutenção do ecossistema marinho, com prejuízos incalculáveis ...... diversas espécies.
� As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por A) as - à - à B) as - a - a C) às - à - à D) às - a - a E) às - à – a 020. (TRE – SP – Maio/2006) – Há falta ou ocorrência indevida do sinal de crase no período. A) Não se estenderam os benefícios da tecnologia àqueles que sempre viveram à margem do
progresso. B) Ao pensamento do autor opõem-se àqueles que preferem a exclusividade à universalização dos
benefícios trazidos pela tecnologia. C) É sobre tudo à luz da ética e da política que se revela claramente a exclusão que em sido imposta à
grande maioria da população do planeta. D) Não se devem levar àqueles que estão excluídos informações falsas, como a de que os avanços
tecnológicos servem a todas as pessoas. E) Quando se atribui a não importa quem seja algum direito exclusivo, a essa exclusividade
corresponderão muitas exclusões.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 36
021. (TRE – MS – Março/2007) – Quanto à acentuação, grafia das palavras e ocorrência de crase, a frase inteiramente correta é:
A) Uma revolução no ensino não se faz de modo fortuito, mas voltada à uma transformação real e
motivada das formas de pensamento. B) Educação não é simples tarefa para filântropos, mas um empreendimento cultural que cabe à
sociedade elevar à níveis de excelência. C) Uma reforma não é o mesmo que uma revolução do ensino: falta àquela o teor de radicalismo
necessário e conseqüente que é inerente a esta. D) O autor recorreu a varias formas verbais no infinitivo para enfatisar o valor de cada ação que julga
imprescindível à uma revolução no ensino. E) Não será à partir de tímidas reformas que se provirá a educação dos meios para, de fato, construir
pessoas e desenvolver idéias. 022. (TRF – 4ª REGIÃO – Março/2007) – A ocorrência do sinal de crase justifica-se apenas na frase: A) Há máscaras que envergamos com relativa naturalidade e àquelas de que nos socorremos com
grande constrangimento. B) As máscaras à que recorrem os atores lembram as que também nós envergamos em nosso dia-a-
dia. C) Quando assistimos à uma peça teatral, intensificamos nossa percepção das verdades simuladas. D) As mentiras por vezes não se distinguem das verdades, sobretudo quando se passa a considerar
àquelas como absolutamente necessárias. E) O autor não se refere a um amigo qualquer, mas àquele a quem pedimos que nos olhe nos olhos. 023. (TRF – 4ª REGIÃO – Março/2007) – Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, a
frase inteiramente correta é: A) Voltam-se à memória os romances a que me dediquei como jovem leitor, bem como os filmes a que
assisti com tanto prazer B) Se à princípio os jovens demonstram pouco interesse pelas ficções, o contínuo estímulo a elas pode
reverter esse quadro. C) Quem se entrega à boa leitura pode avaliar sua inestimável contribuição à uma vida interior mais
rica e mais profunda. D) Ao se referir à ficção de “O Caçador de Pipas”, o autor tomou-a como exemplo essencial a
argumentação que desenvolvia. E) Os que se dedicam à cultivar a boa literatura sabem o quanto é difícil dotar as palavras de um
sentido verdadeiramente essencial. 024. (TRF – 1ª REGIÃO – Agosto/2007) – Há equívoco no uso do sinal de crase em: A) Muita gente se mantém à margem da religião, mas não da meditação. B) O valor atribuído à meditação é, para alguns, indiscutível. C) Não cabe à ninguém desprezar os benefícios da espiritualidade. D) Quem assiste às manifestações de fé costuma sair impressionado. E) Deve-se à prática da meditação o efeito de um maior equilíbrio.
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PONTUAÇÃO
Embora o texto escrito esteja, de certo modo, “impossibilitado” de evidenciar determinados elementos (mímica, gestos e outros comportamentos explicitados pelos interlocutores em situação real de comunicação), ele dispõe de um recurso para tornar concretas, tanto quanto possível, algumas características do texto falado: a pontuação. É o uso adequado deste recurso que dá ao texto escrito clareza, ritmo, entonação, evitando erros de interpretação e, ao mesmo tempo, projetando o discurso escrito para o universo do compreensível, inteligível. Observe: ���� O apóstolo Estevam Hernandes, fundador da Igreja Renascer em Cristo deixou a cadeia nos EUA
no dia 29 de dezembro e começou a cumprir a pena de prisão domiciliar. (Folha Online – 02/01/2008)
���� Sua fotografia "Flower Power" concorreu ao Prêmio Pulitzer, e foi tirada em um protesto pacifista em
Washington no dia 22 de outubro de 1967 (UOL – 24/01/2008)
���� O presidente afirmou a oposição não tem uma pauta propositiva para o Brasil
���� O presidente afirmou: “A oposição não tem uma pauta propositiva para o Brasil.”.
���� “O presidente”, afirmou a oposição, “não tem uma pauta propositiva para o Brasil.”. SINAIS QUE MARCAM PAUSA
VÍRGULA
[ , ]
Menor pausa;
PONTO-E-VÍRGULA
[ ; ]
Pausa média que se situa entre a vírgula e o ponto;
PONTO
[ . ]
Pausa mais acentuada.
SINAIS QUE MARCAM MELODIA E ENTONAÇÃO
DOIS-PONTOS
[ : ]
PONTO-DE-INTERROGAÇÃO
[ ? ]
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PONTO-DE-EXCLAMAÇÃO
[ ! ]
RETICÊNCIAS
[ ... ]
ASPAS
[ “ ” ]
PARÊNTESES
[ ( ) ]
TRAVESSÃO
[ - ]
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EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
VÍRGULA
[ , ]
(A) NO INTERIOR DA ORAÇÃO
01. SEPARA ELEMENTOS DE MESMA FUNÇÃO SINTÁTICA
���� A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e
secretárias.
���� O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
���� Estavam famintos, cansados, tristes.
���� Motoristas, cobradores, fiscais aderiram ao movimento grevista. OBS: (a) Mesmo que o E venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula
dever ser empregada.
���� Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
02. ISOLA VOCATIVO
���� “Onde é que aprendeu isso, menino?” (Gilvan Lemos) ���� “Traz a aguardente, Inês!” (Raimundo Carrero) 03. ISOLA APOSTO
���� Gilvan Lemos, escritor pernambucano, administra a narrativa com extrema habilidade.
���� Ariano Suassuna, Secretário de Cultura de Pernambuco, apresentará sua célebre aula-espetáculo no próximo mês.
04. ISOLA ADJUNTO ADVERBIAL4 E PREDICATIVO DESLOCADOS
���� Na calada da noite, eles tecem a corrupção.
���� Crianças, no lixo da feira, catam frutas e verduras estragadas.
4 Quando o adjunto adverbial é de pequeno porte (um advérbio), o uso da vírgula é facultativo:
���� Hoje, estou triste. ���� Hoje estou triste.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 40
���� Indignado, o cidadão repreendeu o policial por abuso de autoridade.
���� Atentos, todos estavam diante da palestra proferida pelo renomado jurista. 05. ISOLA EXPRESSÕES EXPLICATIVAS5
���� A líder do PT, Ideli Salvatti, apresentou estudos que mostram a não redução de preços com o fim da
CPMF, isto é, os empresários continuam a aumentar o valor de seus produtos, obtendo lucros estratosféricos.
���� Eles brincaram o carnaval em Recife, aliás, em Olinda. 06. ISOLA CONJUNÇÕES COORDENATIVAS DESLOCADAS6
���� Os empresários aumentaram os lucros com o fim da CPMF. O argumento da oposição de que haveria
queda no preço de alguns produtos, portanto, não se confirmou.
���� Os escritores morrem; suas obras, porém, permanecem. 07. SEPARA ELEMENTOS REPETIDOS
���� Ele disse: “Obrigado, obrigado!”.
���� “Está certo, está certo.” – respondeu ele. 08. SEPARA LOCAL DA DATA, Endereços
���� Recife, 26 de fevereiro de 2008.
���� Av. Engº José Estelita, 00007. (B) ENTRE ORAÇÕES 01. SEPARA ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS
���� “Ele baixou a cabeça, respirou fundo, descruzou as pernas, passou a mão nos cabelos.”
(Raimundo Carrero) 02. SEPARA ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS
���� Amo-te, todavia partirei.
���� Ou você me aceita do jeito que sou, ou vou-me embora desta casa.
5 Algumas expressões explicativas: ISTO É, A SABER, POR EXEMPLO, ALIÁS, OU MELHOR... 6 Algumas Conjunções coordenativas: CONTUDO, TODAVIA, PORÉM, ENTRETANTO, NO ENTANTO; PORTANTO, POIS (CONCLUSIVO) etc.
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���� Os investimentos na área social sempre estiveram comprometidos, pois os corruptos de plantão tratam de desviar a finalidade de tais investimentos.
���� “Penso, logo existo.” 03. SEPARA ORAÇÕES INTERCALADAS
���� “O presidente”, afirmou a oposição, “não tem uma pauta propositiva para o Brasil.”. ���� “Coisa de narrador”, disse Luzia, “de gente acostumada na praia”. 04. SEPARA ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS EXPLICATIVAS7
���� A dívida externa do Brasil, que era de US$ 165 bilhões em dezembro de 2002, gira, hoje, em
torno de menos de US$ 4 bilhões.
���� Não gosto de pessoas, que mentem.
���� Os cariocas, que gostam adoram o mar, estão sempre de bem com a vida. 05. SEPARA ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS8 PRECEDENDO AS PRINCIPAIS
���� “Como era dia de chuva, dormi no balanço do trem.”
���� “Por mais que eu me esforçasse, eu não conseguiria.”
���� “Como as aves do céu e as flores puras, abro meu peito ao sol.”
���� “Caso não se combata a corrupção, o nosso país estará fadado ao insucesso.”
���� Conforme entendimento entre os líderes governistas e oposicionistas, a relatoria da CPI ficará a cargo do partido com a maior bancada no Congresso Nacional.
���� A fim de que sejamos um país democrático e garantidor dos direitos dos cidadãos, precisamos combater a corrupção em todos os níveis da administração pública.
���� À medida que as investigações se aprofundavam, o senador corrupto se angustiava.
���� Quando se combate a corrupção em todos os setores da administração pública, sobram mais investimentos para a área social.
(C) OUTROS EMPREGOS DA VÍRGULA 01. INDICA ELIPSE DE UM ELEMENTO DA ORAÇÃO
���� Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, (vezes) estrebuchava como um animal.
���� Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicido; a irmã, (diz que) que foi um acidente.
7 Além das Orações subordinadas Adjetivas Explicativas, há as RESTRITIVAS. Estas NÃO devem ser separadas por
vírgulas, pois são essenciais ao sentido da frase. 8 Além das Orações subordinadas Adjetivas Explicativas, há as RESTRITIVAS. Estas NÃO devem ser separadas por
vírgulas, pois são essenciais ao sentido da frase.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 42
02. SEPARA O PARALELISMO DE PROVÉRBIOS
���� Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
���� Ouvir cantar o galo, sem saber onde. 03. APÓS A SAUDAÇÃO EM CORRESPONDÊNCIA (SOCIAL OU COMERCIAL)
���� Com muito amor,
���� Respeitosamente, OBS: (b) Não se separa sujeito do verbo ou verbo de seus complementos por vírgula: ���� Muitos deputados, usam o cargo em benefício próprio.
���� Muitos deputados, usam o cargo em benefício próprio.
���� Muitos deputados usam, o cargo em beneficio próprio.
���� Muitos deputados usam o cargo em benefício próprio.
PONTO-E-VÍRGULA
[ ; ]
01. SEPARA ITENS DE UMA ENUMERAÇÃO
���� Em seu discurso, o presidente referiu-se ao pagamento da dívida externa (nunca antes feito
por nenhum governante); ao papel social de algumas iniciativas; ao embrião de um projeto que deseja fazer do país uma nação justa e democrática; à necessidade de se rebelar contra uma elite dirigente que só pensa em seu próprio umbigo; à idéia de que o país é do povo e não de alguns poucos!
OBS: Para Celso Luft o ponto-e-vírgula "é inevitável sobretudo entre os vários membros de
enumeração e paralelismo cuja estrutura interna contenha vírgula", como neste período: ���� Participaram daquela reunião: Roberto M. Lacerda, 43 anos, que veio a ser reitor entre 72 e
76; Caspar Stemmer, engenheiro, mais tarde prefeito do câmpus, também reitor de 76 a 80; Ernani Bayer, hoje membro do CFE; Acácio Santiago, professor, e toda a equipe técnica.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
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02. SEPARA ORAÇÕES ADVERSATIVAS (ADVERSATIVAS E CONCLUSIVAS)
���� Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.
���� Era incrível a variedade dos adornos; contudo, a pessoa que os escolhera não devia ter gosto apurado.
���� Há muitos modos de afirmar; há um só de negar tudo. [conj. adversativa implícita]
���� As doses eram diminutas; tinham, portanto, de aguardar longo prazo pelo efeito.
���� A natureza das relações sociais constitui a base do desenvolvimento das capacidades humanas; logo, das qualificações.
���� Tinha a pedra na mão, mas já não era necessária; jogou-a fora. [conjunção conclusiva subentendida]
03. SEPARA OS CONSIDERANDOS, INCISOS DE LEIS OU DECRETOS E OS DIVERSOS ITENS DE
UMA ENUMERAÇÃO
���� O Governo do Estado,
Considerando que...; Considerando que...; Considerando, finalmente, que..., decreta
���� Constataram os técnicos vários problemas:
a. vazamento de água; b. ruptura da rede em três pontos; c. alteração do medidor.
���� Art.14. Os infratores das disposições desta Lei ficam sujeitos às seguintes sanções:
I. notificação; II. multa; III. cassação do atestado; IV. embargo da obra.
OBS: É importante observar que se usa letra minúscula depois de ponto-e-vírgula. A única exceção fica
por conta dos Considerandos. Caso você opte pela inicial maiúscula em cada item/linha de uma enumeração, feche todos eles com o ponto-final.
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PONTO
[ . ]
01. INDICA O TÉRMINO DE UMA FRASE DECLARATIVA DE UM PERÍODO SIMPLES OU
COMPOSTO
���� Desejo-lhe uma feliz viagem.
���� A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com primor.
���� O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.
OBS: O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
DOIS-PONTOS
[ : ]
01. INDICA UMA ENUMERAÇÃO
���� Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu,
levado de um ímpeto irresistível... (Machado de Assis) 02. INDICA UMA CITAÇÃO
���� Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
- Afinal, o que houve? 03. INDICA UM ESCLARECIMENTO
���� A oposição, enfim, conseguiu seu intento: acabar com a CPMF. Não porque desejasse o fim da
contribuição, mas por uma tomada de decisão política e mesquinha. 04. USADO NA INTRODUÇÃO DE EXEMPLOS, NOTAS OU OBSERVAÇÕES
���� Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada
um por sua vez, isoladamente).
���� Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
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���� Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc.
OBS: A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de
vírgula: Querida amiga: Prezados senhores,
PONTO-DE-INTERROGAÇÃO
[ ? ]
01. INDICA UMA PERGUNTA DIRETA
���� O criado pediu licença para entrar:
- O senhor não precisa de mim?
- Não obrigado. A que horas janta-se?
- Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
- Bem.
- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?
- Não.
(José de Alencar)
PONTO-DE-EXCLAMAÇÃO
[ ! ]
01. INDICA ADMIRAÇÃO, SURPRESA, ASSOMBRO, INDIGNAÇÃO...
���� - Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito
repousante, Jacinto!
���� - Então janta, homem! (Eça de Queiroz)
OBS: O ponto-de-exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas: Oh!
Valha-me Deus!
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RETICÊNCIAS
[ ... ]
01. ASSINALA INTERRUPÇÃO DO PENSAMENTO
���� - Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo
saberá...
(Júlio Dinis)
02. ASSINALA SUPRESSÃO EM PARTES DO TEXTO
���� O primeiro e crucial problema de lingüística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da
linguagem. Encarava-a como um sistema de signos... Considerava a lingüística, portanto, com um aspecto de uma ciência mais geral, a ciência dos signos...
(Mattoso Camara Jr.)
03. ASSINALA AUMENTO DA EMOÇÃO
���� As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram
estas: "Morrerei, Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... e morro, porque não posso, nem poderei jamais resgatar-te.”
(Camilo Castelo Branco)
ASPAS
[ “ “ ]
01. ANTES E DEPOIS DE CITAÇÕES TEXTUAIS
���� Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é
dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana.". 02. ASSINALA ESTRANGEIRISMOS, NEOLOGISMOS, GÍRIAS E EXPRESSÕES POPULARES OU
VULGARES
���� O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada
vez mais descarado.
(Veja)
���� Na semana passada, o senador republicano Charles Grassley apresentou um projeto de lei que pretende "deletar" para sempre dos monitores de crianças e adolescentes as cenas consideradas obscenas.
(Veja)
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português
47
���� Popularidade no "xilindró" Preso há dois anos, o prefeito de Rio Claro tem apoio da população e quer uma delegada para primeira-dama.
(Veja)
���� Com a chegada da polícia, os três suspeitos "puxaram o carro" rapidamente. 03. PARA REALÇAR UMA PALAVRA UMA EXPRESSÃO
���� Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "não" sonoro.
���� Aquela "vertigem súbita" na vida financeira de Ricardo afastou-lhe os amigos dissimulados.
TRAVESSÃO
[ - ]
01. INDICA A MUDANÇA DE INTERLOCUTOR NO DIÁLOGO
���� - Que gente é aquela, seu Alberto?
- São japoneses.
- Japoneses? E... é gente como nós?
- É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos.
- Mas, então não são índios?
(Ferreira de Castro)
02. RELEVAR CERTAS PALAVRAS OU EXPRESSÕES
���� Maria José sempre muito generosa - sem ser artificial ou piegas - a perdoou sem restrições. ���� Um grupo de turistas estrangeiros - todos muito ruidosos - invadiu o saguão do hotel no qual
estávamos hospedados. 03. SUBSTITUIR A VÍRGULA OU OS DOIS-PONTOS
���� Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana
– acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase.
(Raul Pompéia)
04. LIGAR PALAVRAS OU GRUPOS DE PALAVRAS FORMADORAS DE UM “CONJUNTO” NO
ENUNCIADO
���� A ponte Rio-Niterói está sendo reformada.
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Aspectos Morfossintáticos e Semânticos do Português 48
���� O triângulo Paris-Milão-Nova York está sendo ameaçado, no mundo da moda, pela ascensão dos estilistas do Japão.
PARÊNTESES
[( )]
01. DESTACA, NUM TEXTO, QUALQUER EXPLICAÇÃO OU COMENTÁRIO
���� Todo signo lingüístico é formado de duas partes associadas e inseparáveis, isto é, o significante
(unidade formada pela sucessão de fonemas) e o significado (conceito ou idéia). 02. INCLUIR DADOS INFORMATIVOS SOBRE BIBLIOGRAFIA (AUTOR, ANO DE PUBLICAÇÃO,
PÁGINA ETC.)
���� Mattoso Câmara (1977:91) afirma que, às vezes, os preceitos da gramática e os registros dos
dicionários são discutíveis: consideram erro o que já poderia ser admitido e aceitam o que poderia, de preferência, ser posto de lado.
03. INDICA MARCAÇÕES CÊNICAS NUMA PEÇA DE TEATRO
Abelardo I - Que fim levou o americano?
João - Decerto caiu no copo de uísque!
Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já!
(sai pela direita)
(Oswald de Andrade)
04. ISOLA ORAÇÕES INTERCALADAS COM VERBOS DECLARATIVOS, EM SUBSTITUIÇÃO À
VÍRGULA E AOS TRAVESSÕES
���� Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros
apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.
ASTERISCO
[ * ]
01. REMETE A UMA NOTA NO PÉ DA PÁGINA OU NO FIM DE UM CAPÍTULO DE UM LIVRO
���� Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contêm o
morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que este afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria etc.
* É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras palavras.
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02. SUBSTITUI UM NOME PRÓPRIO QUE NÃO SE DESEJA MENCIONAR
���� O Dr.* afirmou que a causa da infecção hospitalar na Casa de Saúde Municipal está ligada à falta de
produtos adequados para assepsia.
EXERCITANDO
01. (http://diafonsoparanapuka.blogspot.com) – Use o código proposto abaixo, considerando o
emprego da(s) vírgula(s):
(A) Separa elementos com a mesma função sintática (B) Separa aposto (C) Separa vocativo (D) Separa adjunto adverbial deslocado (E) Separa oração adverbial que precede a principal (F) Separa oração coordenada sindética
( ) “Na rua, encontrou Sofia com uma senhora idosa e outra moça.” (MA) ( ) “No dia seguinte, Quincas Borba acordou com a resolução de ir ao Rio de Janeiro...” (MA) ( ) “Mãe, te botaram esse nome por causa do samba?” (GL) ( ) “A marmita, o prato e a colher ficaram ali...” (GL) ( ) “A sala tinha os costumes da solidão:pequena, acanhada, vazia...” (RC) ( ) “Ele, Judas, também mergulhava.” (RC) ( ) “Quando voltou para casa, não podia estar mais quieto...” ((RC) ( ) “Ele, o pai, falava sobre política e economia, examinando a caótica situação do país, mas sem
citar nomes de homens públicos.” (RC) 02. (http://diafonsoparanapuka.blogspot.com) – Questão referente ao emprego da vírgula
(Fragmentos extraídos de Gabriela Soledade – Raimundo Carrero). Observe:
“Ouve, ainda, (1) os demoníacos relinchados de Imperador, (2) sabe de sua inquietação, (3) de sua angústia.” “ – Traz a aguardente, Inês!” (4)
• Use C (CERTO) ou E (ERRADO), considerando as afirmações abaixo:
( ) Em (1), as vírgulas foram usadas para solar expressão de caráter explicativo. ( ) Em (2), a vírgula separa orações coordenadas assindéticas. ( ) Em (3), a vírgula, localizada depois de INQUIETAÇÃO, separa termos possuidores de mesma
função sintática. ( ) A função sintática, aludida no item anterior, é objeto indireto. ( ) Em (4), a vírgula separa aposto. 03. (http://diafonsoparanapuka.blogspot.com) – Justifique o uso da vírgula em cada caso, fazendo
a relação.
(1) “As árvores gemem, o vento assovia.” (2) “...quando Inês consegue acender a vela, os santos surgem inteiros, tranqüilos diante da
angústia.”
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(3) “Logo poderei descer, tranqüilamente, os batentes da casa-grande.” (4) “Quando sente, porém, os lábios úmidos...”
( ) Para separar o adjunto adverbial deslocado. ( ) Para separar a oração adverbial que aparece antes da oração principal. ( ) Para separar orações coordenadas assindéticas. ( ) Para separa conjunção coordenativa deslocada. 04. (http://diafonsoparanapuka.blogspot.com) – Identifique a opção cuja indicação da ordem dos
sinais de pontuação deve substituir corretamente os asteriscos. • “ * Minha filha * onde está a toalha * Traga a toalha, rápido, por favor. Faça * minha filha, faça esse
favor a seu aposentado.” (RC)
a) Travessão, dois-pontos, ponto-de-exclamação, dois-pontos; b) Travessão, dois-pontos, ponto-de-exclamação, ponto-e-vírgula; c) Travessão, vírgula, vírgula, vírgula; d) Parênteses, vírgula, ponto-de-
interrogação, dois-pontos; e) Travessão, vírgula, ponto-de-interrogação, vírgula.
05. (http://diafonsoparanapuka.blogspot.com) – Há erro do emprego da vírgula na alternativa:
a) “Enquanto Jeremias rezava a oração de encerramento, os meninos-soldados, deslocando a multidão, formavam a guarda de honra...” (RC)
b) “O sol bate-lhe nas costas, projeta-lhe a sombra no passeio do lado oposto...” (GL) c) “Era uma novidade no quarteirão. Vizinhos entravam a ver o que sucedera ao pequeno; na rua,
crianças e moleques, espiavam pasmados.” (MA) d) “Maria Benedita sorriu de um modo tão particular, que a outra não insistiu.” (MA) e) “Silencioso, Jeremias aguardou: talvez ela desejasse que ele parasse de ler.” (RC)
06. (http://diafonsoparanapuka.blogspot.com) – Observe as frases extraídas de Quincas Borba –
Machado de Assis:
I – “Quando Rubião chegou à esquina do Catete, a costureira conversava com um homem...” II – “Era perto de duas horas quando saiu da janela; fechou-a e foi meter-se na cama...” III – “Durante alguns meses, Rubião deixou de ir ao Flamengo.”
Assinale a alternativa correta:
a) Em I, há erro de pontuação. b) Em II, não poderíamos substituir os dois-pontos por vírgula. c) Em III, poderíamos, sem ferir a norma-padrão, eliminar a vírgula depois de “meses”. d) Em I, a vírgula poderia ser deslocada para depois de “conversava”, sem que tal procedimento
viesse a ferir a norma-padrão. e) Por se tratar de um adjunto adverbial deslocado de “grande porte”, a vírgula não poderia se
omitida em III. 07. (http://diafonsoparanapuka.blogspot.com) – Observe o fragmento abaixo, a descrição feita a
respeito dos sinais de pontuação empregados e, em seguida, assinale a alternativa incorreta:
“Duelo, solitário e inquieto, (1) contra a noite...(2) dentro da noite. Ela, a noite, (3) a um só tempo, superposta e enraizada no cerne da Terra, domina a Cidade Adormecida e, dominando-A, domina-me; e, dominando-me, encarcera-me na Distância Agreste de Ti: (4) Amo Você...Amo você... e Teu Rosto (Rota Nebulosa? Navegação Incerta?(5)) é a única e mais inefável imagem presente nesta ausência sem nome: saudade indelével.”
(Registros de Uma Saudade Inominável – Recortes Dis-sonantes –Getsêmani De La Cruz)
a) Em (1), as vírgulas separam predicativos deslocados.
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b) Em (2), as reticências indicam suspensão do sentido no final do período, sugerindo melancolia. c) Em (3), as vírgulas isolam aposto. d) Em (4), os dois-pontos anunciam vocativo. e) Em (5), os pontos-de-interrogação foram empregados para indicar dúvida.
08. (http://diafonsoparanapuka.blogspot.com) – Observe os itens abaixo (Fragmentos extraídos
de Gilvan Lemos, O Anjo do Quarto Dia): I – “Quando reaparece, o sol já vai alto.” II – “Codó vem cadavérico, chupado.” III – “Se aqui tivesse praia eu ia me queimar...” Você conclui que, quanto ao emprego da vírgula:
a) Todos estão corretos; b) Todos estão incorretos; c) Apenas I está correto; d) Apenas II está incorreto;
e) Apenas III esta incorreto.