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PROFA. ASSICLEIDE DA SILVA BRITO
DISCIPLINA: METODOLOGIA EINSTRUMENTAÇÃO PARA O ENSINO DE
QUÍMICA.
HENRI WALLON
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HENRI WALLON
COMO A CRIANÇA PENSA:O CONCEITO DE SINCRETISMO PARA
MOSTRAR COMO AS CRIANÇASMESCLAM REALIDADES E IMAGINAÇÃO
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HENRI WALLONHenri Paul Hyacinthe Wallon (França, 15 de junho de 1879 - 1 de dezembro de 1962)foi filósofo, médico, psicólogo e político francês, e
marxista convito. Posições Teóricas
A obra de Henri Wallon é perpassada pela idéia deque o processo de aprendizagem é dialético: não é
adequado postular verdades absolutas, mas, sim,revitalizar direções e possibilidades.
Uma das consequências desta postura é a crítica àsconcepções reducionistas: Wallon propõe o estudoda pessoa completa, tanto em relação a seu caráter
cognitivo quanto ao caráter afetivo e motor. ParaWallon, a cognição é importante, mas não maisimportante que a afetividade ou a motricidade.
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JEITO PRÓPRIO DE PENSAR: AS CRIANÇASOBSERVAM A REALIDADE À SUA VOLTA POR UM
PRISMA DIFERENTE DO UTILIZADO PELOADULTOS E PERMEIAM SEUS RELATOS DEDADOS REAIS, MITOS E FANTASIAS.
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• No final do século 19 e no início do 20, o pesquisador francês seempenhou em analisar o desenvolvimento infantil e entender oscaminhos da inteligência na criança.
“As crianças têm tambémcorpo e emoções (e não
apenas cabeça) na sala de
aula”.
“A criança responde àsimpressões que as
coisas lhe causam comgestos dirigidos a
elas”
“O indivíduo é social não como
resultado de circunstâncias externas,mas em virtude de uma necessidadeinterna”
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• Sincretizar significa reunir, e é isso que os pequenos fazem. Aotentar explicar as coisas, eles reúnem realidade e fantasia semdistinção. Embaralham todas as ideias em um mesmo plano e
veem o mundo de forma global e generalizada.• A maneira como a criança pensa é influenciada por dois fatores:
sua capacidade cognitiva e as referências que recebe do meio.
• Wallon explica que o pensamento infantil tem características
particulares, diferentes das dos adultos. A principal delas é opensamento por meio de pares complementares. A criança nãoconsegue explicar um objeto sem relacionado a outro.
• Chuva – vento verde – azedo.
• Essa aparente confusão acontece porque a criança ainda não écapaz de coloca os objetos em um sistema de categoriaspreestabelecido, no qual cada coisa tem um significado.
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• Entre as principais estratégias de respostas estão a tautologia, aelisão e a fabulação.
•
Tautologia: repetição de uma ideia dada – “Como é o sal? Ésalgado”. Na impossibilidade de dar uma resposta a uma questão,o menos arriscado é repetir o primeiro termo dado pela pessoaque perguntou.
• Elisão: fugir do tema e passar de um assunto a outroaparentemente diferente: “O barco boia porque tem água e é demadeira. Às vezes, a gente faz cestos de palhas e sofás”.
• Fabulação: é a tentativa de preencher as lacunas do relato,
imaginando, inventando e ampliando. Por exemplo, a criança, aoser questionada de onde veio, diz que saiu do repolho.
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• Cheio de significados e sentidos, e repleto de conexões subjetivas, o jeito como os pequenos explica o mundo à sua volta, não deve ser tomado como verdade, mas tampouco deve ser reprimido.
• “disciplinar inteiramente o pensamento, sejam quais forem os termoscomo isso se explicam, pode recorrer a fechar os caminhos quepermite recombinações suscetíveis de construir o pensamento por caminhos inéditos.
• É aqui que o sincretismo, de ligar tudo a tudo, pode levar ao novo.
• É preciso, portanto, oferecer a criança condições para que exerça seupensamento e sua expressão e possa evoluir.
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• Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança mastambém suas emoções para dentro da sala de aula. Fundamentousuas idéias em quatro elementos básicos que se comunicam o
tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formaçãodo eu como pessoa. Militante apaixonado (tanto na política comona educação), dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar,excluir. Ou seja, “a própria negação do ensino”.
• As emoções, para Wallon, têm papel preponderante nodesenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o alunoexterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são
manifestações que expressam um universo importante eperceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais deensino.
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AFETIVIDADE • As transformações fisiológicas em uma criança
(ou, nas palavras de Wallon, em seu sistemaneurovegetativo) revelam traços importantes decaráter e personalidade.
• “A emoção é altamente orgânica, altera a
respiração, os batimentos cardíacos e até otônus muscular, tem momentos de tensão edistensão que ajudam o ser humano a seconhecer”.
• “A emoção causa impacto no outro e tende a sepropagar no meio social”. A afetividade é umdos principais elementos do desenvolvimentohumano.
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MOVIMENTO • Segundo a teoria de Wallon, as emoções dependem fundamentalmente da
organização dos espaços para se manifestarem.
• A motricidade, portanto, tem caráter pedagógico tanto pela qualidade do gestoe do movimento quanto por sua representação.
• Por que, então, a disposição do espaço não pode ser diferente? Não é o casode quebrar a rigidez e a imobilidade adaptando a sala de aula para que as
crianças possam se movimentar mais? Mais que isso, que tipo de material édisponibilizado para os alunos numa atividade lúdica ou pedagógica?
• Conforme as idéias de Wallon, a escola infelizmente insiste em imobilizar acriança numa carteira, limitando justamente a fluidez das emoções e do
pensamento, tão necessária para o desenvolvimento completo da pessoa.
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• Estudos realizados por Wallon com crianças entre 6 e 9 anos mostramque o desenvolvimento da inteligência depende essencialmente decomo cada uma faz as diferenciações com a realidade exterior. Primeiro
porque, ao mesmo tempo, suas idéias são lineares e se misturam – ocasionando um conflito permanente entre dois mundos, o interior,povoado de sonhos e fantasias, e o real, cheio de símbolos, códigos evalores sociais e culturais.
•
É na solução dos confrontos que a inteligência evolui. Wallon diz que osincretismo (mistura de idéias num mesmo plano), bastante comumnessa fase, é fator determinante para o desenvolvimento intelectual. Daíse estabelece um ciclo constante de boas e novas descobertas.
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O EU E O OUTRO • A construção do eu na teoria de Wallon depende essencialmente do
outro. Seja para ser referência, seja para ser negado. Principalmente apartir do instante em que a criança começa a viver a chamada crise deoposição, em que a negação do outro funciona como uma espécie deinstrumento de descoberta de si própria..
• Isso se dá aos 3 anos de idade, a hora de saber que “eu” sou.“Manipulação (agredir ou se jogar no chão para alcançar o objetivo),sedução (fazer chantagem emocional com pais e professores) eimitação do outro são características comuns nessa fase”.
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WALLON NA ESCOLA: HUMANIZAR AINTELIGÊNCIA
Diferentemente dos métodos tradicionais (que priorizam ainteligência e o desempenho em sala de aula), a propostawalloniana põe o desenvolvimento intelectual dentro de umacultura mais humanizada. A abordagem é sempre a de considerar a pessoa como um todo. Elementos como afetividade, emoções,movimento e espaço físico se encontram num mesmo plano.As atividades pedagógicas e os objetos, assim, devem ser trabalhados de formas variadas. Numa sala de leitura, por exemplo, a criança pode ficar sentada, deitada ou fazendo
coreografias da história contada pelo professor. Os temas e asdisciplinas não se restringem a trabalhar o conteúdo, mas aajudar a descobrir o eu no outro. Essa relação dialética ajuda adesenvolver a criança em sintonia com o meio.
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• Para pensar
• A teoria de Henri Wallon ainda é um desafio para muitospais, escolas e professores. Sua obra faz uma resistênciacontumaz aos métodos pedagógicos tradicionais. Numaépoca de crises, guerras, separações e individualismoscomo a nossa, não seria melhor começar a pôr em práticanas escolas idéias mais humanistas, que valorizem desdecedo a importância das emoções?
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REFERÊNCIA:
• CRUZ, L. C.; et al. Teorias da Aprendizagem. Curso de Pós-
graduação – ACCESSU Educação Superior. Faculdade Ateneu.Fortaleza, 2008, 93 p.
• LAKOMY, Ana Maria. Teorias cognitivas da aprendizagem. 2ed. ver. e atual. Curitiba: Ibpex, 2008, 93 p.
• SALLA, Fernanda. Sessão Teoria Passada a Limpo. HenriWallon. Revista Nova Escola. Ano XXVI. Nº 245, setembro,2011.
• http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/henri-
wallon-307886.shtml. acesso em 18 de setembro de 2011, as17:49h.