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Vitria, ES2010
Tomate
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2010 - IncaperInstituto Capixaba de Pesquisa, Assistncia Tcnica e Extenso Rural
Rua Afonso Sarlo, 160 - Bairro Bento Ferreira - CEP: 29052-010 - Vitria-ES - BrasilCaixa Postal: 391 - Telefone geral: (27) 3137 9888 - Telefax DCM: (27) 3137 [email protected] | www.incaper.es.gov.br
Todos os direitos reservados nos termos da Lei no9.610, que resguarda os direitos autorais. proibida a reproduo total ou parcial, por qualquer meio ou forma, sem a expressa autorizaodo Incaper.
ISBN 978-85-89724-17-3Editor: DCM/IncaperTiragem: 2.000Junho 2010
Chefe do Departamento deComunicao e Marketing
Coordenao editorial
Projeto grfico, editoraoeletrnica, arte-finalizao e capa
Reviso de portugus
Ficha catalogrfica
Crditos das fotos
Fotos da capa
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Joo Anselmo Molino
Lilim Maria Ventorim Ferro
Laudeci Maria Maia Bravin
Raquel Vaccari de Lima Loureiro
Cleusa Zanetti Monjardim
Augusto Barraque, Laudeci MaMaia Bravin,
Arquivos dos autores e Arquivos do Incaper
635.642I59t2010
Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistncia Tcnica e ExtensoRural. Tomate. Vitria, ES: Incaper, 2010.430 p.
ISBN 978-85-89724-17-3
1. Tomate I. Instituto Capixaba de Pesquisa, AssistnciaTcnica e Extenso Rural II. Ttulo
Equipe de edio
O texto desta obra foi composto na famlia de tipos Myriad Pro no corpo 11/16.Miolo impresso em papel couch fosco 115 g.
Augusto Barraque|
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Apresentao
O objetivo da elaborao deste livro foi reunir em uma obra tcnica as
principais tecnologias de produo, colheita e ps-colheita do tomate, tendo
por base princpios de produo que sejam economicamente viveis, de
reduzido impacto sobre o homem e o meio ambiente, visando obteno de
frutos que atendam aos requisitos dos mercados mais exigentes em termos
de padro de qualidade e segurana do alimento.
Para a sua elaborao, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistncia
Tcnica e Extenso Rural (Incaper) adotou como estratgia congregar
especialistas das principais reas do conhecimento da cultura do tomate,buscando organizar em uma obra as experincias e conhecimentos tcnico-
cientficos mais relevantes gerados com a tomaticultura no Estado do
Esprito Santo, agregando a esses os resultados de pesquisas locais e de
diversos pesquisadores do Brasil, conhecedores do perfil dos agricultores e
da realidade de produo deste Estado. E tambm alicerar uma atividade
que representa a base econmica de muitas famlias, que tm na cultura do
tomate a esperana de manter sua dignidade e visualizar seus sonhos. Nunca
como proposta da verdade absoluta, mas instigando o debate reflexo e
acreditando em construir, a partir do conhecimento j adquirido pela prtica
e pela academia, um mundo cada vez melhor.
Assim sendo, o Incaper, com este novo produto, disponibiliza para o
setor agrcola uma obra indita no Estado do Esprito Santo, com contedo
diversificado, de elevado valor pblico, preenchendo mais uma lacuna na
demanda de referncias para a melhoria do padro tecnolgico da agricultura
capixaba.
Evair Vieira de MeloDiretor-presidente do Incaper
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Palavra do Secretrio de Agricultura
TOMATE: DESTAQUE ENTRE AS HORTALIAS
O Esprito Santo autossuficiente na produo da maioria das hortalias
consumidas no Estado com excedentes exportveis, sendo o tomate o principal
responsvel por esta proeza. Ocupa o 8 lugar no ranquig nacional, mesma
posio ocupada pelo Brasil em escala mundial. Posio de destaque!
Mais do que isso, exporta tomate para vrios Estados importantes da
federao como os da regio Nordeste, So Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais
e at para Braslia.
Sua importncia econmica e social altamente significativa, pois em
700 propriedades so cultivados cerca de 2 mil hectares/ano, que ocupa 10
mil trabalhadores diretos, produzem em torno de 140 mil toneladas, e geram
aproximadamente R$ 100 milhes. Os nmeros impressionam!
Importante realar que essa atividade altamente intensiva de mo de
obra, tendo em vista que a cada hectare ocupa, em mdia, cinco trabalhadores
rurais. Da sua importncia social!
Cabe ainda destacar que o Esprito Santo tradicional produtor destahortalia, com utilizao de duas pocas distintas de plantio: a de vero,
realizada nas regies de montanhas, que se traduz em cerca de 60% da rea
cultivada, e a de de inverno, naturalmente realizada nas regies quentes.
Garantia de oferta de produo!
O nvel tecnolgico da cultura considerado muito alto, uma vez que se
posiciona nos mesmos patamares de outros importantes estados produtores,
tais como Gois, So Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A produtividade
oscila entre 60 a 70 toneladas por hectare, perdendo apenas para Gois que
chega a 80 t/ha, porm este produz, principalmente, o tomate industrial.
Do total produzido, em torno de 70% comercializada atravs de
caminhoneiros para diversos mercados nacionais. Do volume de produo
que fica no Estado, 20 a 30% passa pela Central de Abastecimento do Esprito
Santo (Ceasa-ES) e desses 72% comercializado na Grande Vitria, sendo
76% em rede de supermercados e quiles, e 24% em feiras livres e cozinhas
industriais. Mercado diversificado!A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento Aquicultura e
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Pesca (Seag), atravs do Instituto Capixaba de Pesquisa Assistncia Tcnica
e Extenso Rural (Incaper), vem conduzindo um programa de Produo
Integrada (PI) para as propriedades que cultivam este fruto, que consiste
em introduzir o conceito de Boas Prticas Agrcolas (BPA), visando garantir
produtos de qualidade e ganhos nos indicadores de sustentabilidade. Os
mercados esto mais exigentes.
Da mesma forma, atravs do Instituto de Defesa Agropecuria e
Florestal do Esprito Santo (Idaf) essa Secretaria mantm um programa de
Monitoramento de Resduos de Agrotxicos, que tem proporcionado ganhos
significativos nas aes de carter educativo, preventivo e fiscalizatrio
atividade. Medida mais que necessria!
Ainda tem se desenvolvido programas de capacitao de tcnicos eprodutores, tanto em BPA, quanto em Tecnologia de Aplicao Adequada
de Agrotxicos, em parceria com o Servio Nacional de Aprendizagem Rural
(Senar). Na mesma direo, a Seag tem criado mecanismos para ampliao da
rede de extenso rural, atravs de aes tcnicas compartilhadas, tanto com
a iniciativa privada, quanto com as Prefeituras, atravs de suas Secretarias
Municipais de Agricultura. Qualificao e parcerias so fundamentais!
Pela importncia dessa atividade para o Estado do Esprito Santo, e pela
performance que ela apresenta, o tomate merece a dedicao dos autoresque culminou na publicao desta obra, to esperada pelos diversos agentes
da cadeia produtiva, especialmente para os produtores que j esto vendo
seu produto ser comercializado no Mercosul. Conquista merecida!
Parabns a todos que fazem da cultura do tomate um caso de sucesso
do agronegcio capixaba!
Enio Bergoli da CostaSecretrio de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag)
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DedicatriaEsta obra dedicada aos agricultores capixabas, em especial queles
que vm construindo a tomaticultura no Estado do Esprito Santo. Aos
pesquisadores, extensionistas e aos profissionais ligados comercializao e
ao processo de fiscalizao, que vm contribuindo com a construo dessa
histria, e aos professores das diversas instituies de ensino superior e mdio,
que, com os seus ensinamentos, transferem e fazem crescer o conhecimento
da Olericultura no Brasil. Suas lutas e seus ideais permitiram o momento de
destaque desta importante olercola para a economia do Estado do Esprito
Santo e do pas. Nesse contexto, prestamos nossas homenagens a pessoas
que muito influenciaram na construo desta histria, liderando, ensinandoou transferindo seus conhecimentos aos tcnicos, aos agricultores ou atuando
na formao de profissionais:
Engenheiro Agrnomo Aquira Mizubuti (in memoriam)Professor da UFV, Viosa/MG
Engenheiro Agrnomo Fernando Antnio Reis Filgueira (in memoriam)Professor da UFU, Uberlndia/MG
Tcnico Agrcola Gilberto Luiz Mazzo (in memoriam)Extensionista do Incaper
Engenheiro Agrnomo Jones Pelzio CamposProfessor aposentado da UFV, Viosa/MG
Engenheiro Agrnomo Jos de Barros FernandesExtensionista aposentado do Incaper
Engenheiro Agrnomo Larcio ZambolimProfessor da UFV, Viosa/MG
Engenheiro Agrnomo Vicente Wagner Dias CasaliProfessor da UFV, Viosa/MG
Homenagem especial Associao Brasileira de Horticultura (ABH) e sua atual diretoria,
liderada pelo Professor Paulo Csar Tavares de Melo e o Dr. Dimas Menezes,
que, juntamente com todos aqueles que a dirigiram com dedicao e
compromisso durante esses 50 anos, vm contribuindo para a transformaoda olericultura neste pas.
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Agradecimentos
Ao Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistncia Tcnica e Extenso Rural
(Incaper), pelo apoio tcnico, financeiro e operacional para a confeco destaobra, em especial aos seus servidores ligados direta ou indiretamente ao
Departamento de Comunicao e Marketing, pelo esforo e dedicao nos
servios de editorao: Augusto Carlos Barraque, Dirley Paulina Nodari de
Castro, Laudeci Maria Maia Bravin e Lilim Maria Ventorim Ferro.
Ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA) pela
coordenao dos trabalhos com a Produo Integrada (PI) e ao Conselho
Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), pelo
financiamento do projeto da PI Tomate de Mesa no Esprito Santo, quepermitiram a retomada dos trabalhos com a cultura do tomate no Estado e
a reorganizao de uma equipe multidisciplinar, o que motivou e resultou
na elaborao desta obra. Em especial agradecemos ao Dr. Jos Rozalvo
Andrigueto e ao Dr. Luiz Carlos Bhering Nasser pela liderana nesse processo
da PI no Brasil.
Aos autores e revisores pela dedicao, esforo e empenho na
elaborao e reviso dos captulos, primando sempre pela qualidade tcnica,pela atualidade e veracidade das informaes contidas em cada parte deste
livro.
A todas as instituies cujos profissionais participaram na elaborao e
no lanamento desta obra, que esperamos possa atender a sua finalidade de
contribuir para o desenvolvimento da tomaticultura, atravs da melhoria do
seu sistema de produo.
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Autores
Antnio Alberto SilvaEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Solos e Nutrio de Plantas, Professor da UFVViosa/MG [email protected]
Carlos Alberto Simes do CarmoEngenheiro Agrnomo, M.Sc. Fitotecnia, Pesquisador do IncaperCRDR-Centro Serrano, Domingos Martins/ES [email protected]
Celso Luiz MorettiEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fitotecnia, Pesquisador Embrapa/HortaliasBraslia/DF [email protected]
Cludio Pagotto Ronchi
Engenheiro Agrnomo, D.Sc. Fisiologia Vegetal, Professor UFV/Campus de Rio ParanabaRio Paranaba/MG [email protected]
David dos Santos MartinsEngenheiro Agrnomo, M.Sc. Entomologia, Pesquisador do IncaperVitria/ES [email protected]
Dirceu PratissoliEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Entomologia, Professor CCA-UFESAlegre/ES [email protected]
Eveline Monteiro Cordeiro de Andrade
Nutricionista, D.Sc. Cincia e Tecnologia de Alimentos, Professora UNIFALAlfenas/MG [email protected] Cludio Lopes de FreitasEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fitotecnia, Professor da UFERSAMossor/RN [email protected]
Gustavo Costa de AlmeidaEngenheiro Agrnomo, CEASAMINASContagem/MG [email protected]
Hlcio CostaEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fitopatologia, Pesquisador do IncaperCRDR-Centro Serrano, Domingos Martins/ES [email protected]
Jacimar Luis de SouzaEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fitotecnia/Agroecologia, Pesquisador do IncaperCRDR-Centro Serrano, Domingos Martins/ES [email protected]
Jos Aires VenturaEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fitopatologia, Pesquisador do IncaperVitria/ES [email protected]
Jos Mauro de Sousa BalbinoEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fisiologia Vegetal, Pesquisador do IncaperCRDR-Centro Serrano, Domingos Martins/ES [email protected]
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Jos Srgio SalgadoEngenheiro Agrnomo, M.Sc. Solos e Nutrio de Plantas, Pesquisador do IncaperVitoria/ES [email protected]
Leonardo Falqueto CalimanEngenheiro Agrnomo, Empresrio e Produtor Rural
Venda Nova do Imigrante/ES [email protected]
Lino Roberto FerreiraEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Agronomia, Professor da UFVViosa/MG [email protected]
Lcio Lvio Fres de CastroEngenheiro Agrnomo, M.Sc. Recursos Hdricos, Pesquisador do IncaperCRDR-Centro Serrano, Domingos Martins/ES [email protected]
Lus Henrique Lopes de FreitasTcnico em Agropecuria, Departamento de Fitotecnia/UFVViosa/MG
Luiz Carlos PrezottiEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Solos e Nutrio de Plantas, Pesquisador do IncaperCRDR-Centro Serrano, Domingos Martins/ES [email protected]
Marcos Jos de Oliveira FonsecaEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Produo Vegetal, Pesquisador Embrapa/Agroindstria de AlimentosGuaratiba/RJ [email protected]
Maria Elizabete Oliveira Abaurre
Engenheira Agrnoma, M.Sc. Fitotecnia, Pesquisadora do IncaperCRDR-Centro Serrano, Domingos Martins/ES [email protected]
Mrio PuiattiEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Biologia Vegetal, Professor da UFVViosa/MG [email protected]
Maurcio Jos FornazierEngenheiro Agrnomo, M.Sc. Entomologia, Pesquisador do IncaperCRDR-Centro Serrano, Domingos Martins/ES [email protected]
Rosana Maria Alto Borel
Economista, Tcnica Planejamento do IncaperCRDR-Centro Serrano, Domingos Martins/ES [email protected]
Tarcsio da SilvaEstatstico, CEASAMINASContagem/MG [email protected]
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Revisores Tcnicos
Andr Guaroni MartinsEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Solos e Nutrio de Plantas, Pesquisador do Incaper
Carlos Alberto Simes do CarmoEngenheiro Agrnomo, M.Sc. Fitotecnia, Pesquisador do Incaper
Csar Jos FantonEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Entomologia, Pesquisador do Incaper
Csar Pereira TeixeiraEngenheiro Agrnomo, M.Sc. Fitotecnia, Pesquisador do Incaper
Cludio Pagotto Ronchi
Engenheiro Agrnomo, D.Sc. Fisiologia Vegetal, Professor da UFV, Rio Paranaba/MG
Edgar Antonio FormentiniEngenheiro Agrnomo, Extensionista do Incaper
Francisco Xavier Ribeiro do ValeEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fitopatologia, Professor da UFVFrederico de Pina MattaEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Melhoramento de Plantas, Professor do CCA-UFES
Joo Batista Silva ArajoEngenheiro Agrnomo, M.Sc. Fitotecnia, Pesquisador do Incaper
Jos Aires VenturaEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fitopatologia, Pesquisador do Incaper
Jos Mauro de Sousa BalbinoEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fisiologia Vegetal, Pesquisador do Incaper
Jos Altino Machado FilhoEngenheiro Agrnomo, M.Sc. Cincias Agrrias, Pesquisador do Incaper
Lilim Maria Ventorim FerroAdministradora de Empresa, M.Sc. Economia Domstica, Tcnica Planejamento do Incaper
Lino Roberto FerreiraEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Agronomia/Produo Vegetal, Professor da UFV
Luciano Macal FazoloEconomista, Extensionista do Incaper
Lcio Lvio Fres de CastroEngenheiro Agrnomo, M.Sc. Recursos Hdricos, Pesquisador do Incaper
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Luiz Fernando Ganassali de Oliveira JuniorEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fisiologia e Manejo Ps-colheita, Professor da UFES
Marcelo Antnio ThomazEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Fitotecnia, Professor do CCA-UFES
Maria Amlia Gava FerroEngenheira Agrnoma, D.Sc. Gentica e Melhoramento de Plantas, Pesquisadora Embrapa/Incaper
Maria da Penha AngelettiEngenheira Agrnoma, M.Sc. Fitotencia, Pesquisadora do Incaper
Marlon Vagner Valentim MartinsEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Produo Vegetal, Pesquisador do Incaper
Ricardo da Silva BaptistaEngenheiro Agrnomo, Extensionista do Incaper
Romrio Gava FerroEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Gentica e Melhoramento de Plantas, Pesquisador do Incaper
Scheilla Marina BraganaEngenheira Agrnoma, D.Sc. Fitotecnia, Pesquisadora do Incaper
Vera Lcia Rodrigues Machado BenassiBiloga, D.Sc. Entomologia, Pesquisadora do Incaper
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Sumrio
CAPTULO 1
UTILIZAO DOS PRINCPIOS DA PRODUO INTEGRADA NATOMATICULTURA1. INTRODUO ..........................................................................................................2. DEMANDA MERCADOLGICA ........................................................................3. ORIGEM DA PRODUO INTEGRADA ..........................................................4. O SISTEMA DE PRODUO INTEGRADA ....................................................5. A PRODUO INTEGRADA NO BRASIL ........................................................6. A PRODUO INTEGRADA NO ESPRITO SANTO ....................................7. CONSIDERAES FINAIS ...................................................................................
8. REFERNCIAS ..........................................................................................................
CAPTULO 2SISTEMA ORGNICO DE PRODUO DE TOMATE1. INTRODUO ..........................................................................................................2. O AGROECOSSISTEMA ORGNICO ................................................................2.1 PRINCPIOS GERAIS DA AGRICULTURA ORGNICA ....................................2.1.1 A construo do agroecossistema produtivo e a converso ...2.1.2 Diversificao e equilbrio ecolgico ....................................................
2.1.3 Teoria da trofobiose ......................................................................................2.1.4 Manejo e conservao do solo .................................................................2.1.5 Fertilizao do solo e reciclagem de matria orgnica ................2.2 MANEJO DO SISTEMA ORGNICO ...................................................................3. MANEJO ORGNICO DO TOMATEIRO DE MESA........................................3.1 CULTIVARES, CLIMA E POCA DE PLANTIO ...................................................3.2 FORMAO DAS MUDAS ...................................................................................3.3 PREPARO DO SOLO E ADUBAO ...................................................................3.4 PLANTIO E ESPAAMENTO .................................................................................3.5 MANEJO DA CULTURA .........................................................................................
3.6 PRAGAS E DOENAS ............................................................................................3.7 COLHEITA E RENDIMENTO ..................................................................................3.8 CUSTO DE PRODUO ........................................................................................4. REFERNCIAS ..........................................................................................................
CAPTULO 3CARACTERSTICAS SOCIOECONMICAS DO CULTIVO DOTOMATEIRO NO ESTADO DO ESPRITO SANTO1. INTRODUO ..........................................................................................................
2. MERCADO NACIONAL .........................................................................................3. PANORAMA DA TOMATICULTURA NO ESPRITO SANTO .....................
23252628293031
32
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59616365
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3.1 CARACTERIZAO DO SISTEMA DE PRODUO .......................................3.1.1 Mo de obra e o uso de insumos .............................................................3.1.2 Arrendamento da terra ................................................................................3.2 COMERCIALIZAO E ORIGEM DOS RECURSOS .........................................4. CONCLUSO ............................................................................................................5. REFERNCIAS ..........................................................................................................
CAPTULO 4FISIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DO TOMATEIRO1. INTRODUO ..........................................................................................................2. INTERAO GENTIPO X AMBIENTE ..........................................................3. GERMINAO .........................................................................................................4. CRESCIMENTO VEGETATIVO .............................................................................5. FLORESCIMENTO ...................................................................................................
6. ESTRUTURA REPRODUTIVA ..............................................................................7. DESENVOLVIMENTO DA ESTRUTURA REPRODUTIVA AT A
ANTESE ......................................................................................................................7.1 FATORES AMBIENTAIS ..........................................................................................7.2 REGULADORES DE CRESCIMENTO ...................................................................8. FRUTIFICAO E DESENVOLVIMENTO DO FRUTO .................................8.1 FATORES AMBIENTAIS ..........................................................................................8.2 REGULADORES DE CRESCIMENTO ...................................................................9. DESENVOLVIMENTO DO FRUTO AT O INCIO DO
AMADURECIMENTO .............................................................................................10. AMADURECIMENTO DO FRUTO ...................................................................11. DISTRBIOS FISIOLGICOS ...........................................................................11.1 ABSCISO DE FLORES E DE FRUTOS .............................................................11.2 PODRIDO ESTILAR (PE) OU APICAL DE FRUTOS ....................................11.3 RACHADURAS DE FRUTOS ...............................................................................12. REFERNCIAS .......................................................................................................
CAPTULO 5CLIMA, POCA DE PLANTIO E CULTIVAR1. INTRODUO ..........................................................................................................2. CLIMA .........................................................................................................................3. POCA DE PLANTIO ..............................................................................................4. CULTIVARES .............................................................................................................4.1 VARIEDADE, CULTIVAR E HBRIDO ...................................................................4.1.1 Grupo Santa Cruz ...........................................................................................4.1.2 Grupo Caqui ....................................................................................................4.1.3 Grupo Salada ....................................................................................................4.1.4 Grupo Saladete ou Italiano .......................................................................
4.1.5 Grupo Cereja ....................................................................................................4.1.6 Grupo Holands (tipo cacho ou penca) ....................................................
767779808283
8586879091
92
939395979799
99101104105106108109
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5. REFERNCIAS ..........................................................................................................
CAPTULO 6PRTICAS CULTURAIS1. INTRODUO ...........................................................................................................2. LOCAL DE PLANTIO ................................................................................................3. PREPARO DO SOLO ...............................................................................................4. PRODUO DE MUDAS ......................................................................................5. SUBSTRATO .............................................................................................................6. TRANSPLANTIO ......................................................................................................7. ESPAAMENTO .......................................................................................................8. TUTORAMENTO ......................................................................................................9. AMONTOA .................................................................................................................10. DESBROTA ..............................................................................................................
11. PODA OU CAPAO ..........................................................................................12. PODA DE FOLHAS ...............................................................................................13. RALEAMENTO DE PENCAS ..............................................................................14. ROTAO DE CULTURA E ADUBAO VERDE ........................................15. COBERTURA DO SOLO ......................................................................................16. REFERNCIAS .......................................................................................................CAPTULO 7MANEJO DA GUA PARA A CULTURA
1. INTRODUO .........................................................................................................2. NECESSIDADE DE GUA PARA A CULTURA ...............................................3. DISPONIBILIDADE DE GUA NO SOLO PARA AS PLANTAS ................3.1 CAPACIDADE DE CAMPO E PONTO DE MURCHA PERMANENTE ...........4. A GUA PARA A CULTURA DO TOMATE .......................................................5. SISTEMAS DE IRRIGAO PARA A CULTURA .............................................6. MTODOS PARA DETERMINAO DA IRRIGAO .................................7. ESTIMATIVA DE PARMETROS PARA O CLCULO DA IRRIGAO ..7.1 EVAPOTRANSPIRAO ........................................................................................7.2 GUA DISPONVEL NO SOLO .............................................................................8. DETERMINAO DA NECESSIDADE HDRICA EM
MICROIRRIGAO ................................................................................................8.1 CLCULO DO VOLUME DE GUA POR GOTEJADOR ..................................9. REFERNCIAS ..........................................................................................................
CAPTULO 8NUTRIO E ADUBAO DO TOMATEIRO1. INTRODUO ..........................................................................................................2. CALAGEM ..................................................................................................................
3. CLCULO DA QUANTIDADE DE NUTRIENTES A SER APLICADA .......4. ADUBAO ORGNICA .......................................................................................
130
133135136137138139140141144144
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5. SINTOMAS DE DEFICINCIAS E PARTICULARIDADES DOSNUTRIENTES ............................................................................................................
5.1 NITROGNIO ...........................................................................................................5.2 FSFORO .................................................................................................................5.3 POTSSIO .................................................................................................................5.4 CLCIO ......................................................................................................................5.5 MAGNSIO ...............................................................................................................5.6 ENXOFRE ..................................................................................................................5.7 BORO .........................................................................................................................5.8 ZINCO ........................................................................................................................5.9 SILCIO .......................................................................................................................6. ANLISE FOLIAR ....................................................................................................7. FERTIRRIGAO ....................................................................................................8. QUALIDADE DA GUA ........................................................................................
9. SALINIZAO DO SOLO .....................................................................................10. REFERNCIAS .......................................................................................................
CAPITULO 9PRINCIPAIS PRAGAS DA CULTURA DO TOMATEIRO ESTAQUEADONA REGIO DAS MONTANHAS DO ESPRITO SANTO1. INTRODUO .........................................................................................................2. VETORES DE VIROSES ..........................................................................................2.1 TRIPES, LACERDINHA ...........................................................................................
2.2 MOSCA-BRANCA ....................................................................................................2.3 PULGO-DA-BATATINHA .....................................................................................2.4 PULGO-VERDE ......................................................................................................3. TRAAS, MINADORES E BROCAS ...................................................................3.1 TRAA DO TOMATEIRO .......................................................................................3.2 MOSCA-MINADORA, LARVAMINADORA ....................................................3.3 BROCA-PEQUENA; BROCA-PEQUENA-DO-TOMATEIRO; BROCA-
PEQUENA-DO-FRUTO ..........................................................................................3.4 LAGARTA DA ESPIGA-DO-MILHO; BROCA-GRANDE-DO-TOMATE;
BROCA-GRANDE-DO-FRUTO; BROCO ..........................................................4. MTODOS DE AMOSTRAGEM DAS PRINCIPAIS PRAGAS ....................5. PRAGAS QUE OCORREM EM SURTOS ...........................................................5.1 COLEPTEROS .........................................................................................................5.1.1 Desfolhadores ..................................................................................................5.1.1.1 Larva alfinete; Vaquinha verde-amarela; Brasileirinho; Patriota ....5.1.1.2 Vaquinha da batatinha; Burrinho da batatinha; Vaquinha das
solanceas; Burrinho das solanceas ......................................................5.1.2 Broqueadores de caule e razes ..............................................................5.1. 2.1 Bicho-de-tromba-do-elefante ....................................................................
5.1.2.2 Broca-do-caule-do-tomateiro; Bicho-de-tromba-de-elefante ........5.2 LEPIDPTEROS ......................................................................................................
174174175176176178178178179179180180182
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5.2.1 Pragas Iniciais ...................................................................................................5.2.1.1 Lagarta rosca ...................................................................................................5.2.2 Desfolhadores .................................................................................................5.2.2.1 Lagarta das solanceas ................................................................................5.2.3 Brocas dos frutos ............................................................................................5.2.3.1 Lagarta-da-maa-do-algodoeiro ..............................................................5.2.3.2 Broco ................................................................................................................5.2.3.3 Falsa-medideira-da-couve ..........................................................................5.2.3.4 Traa-da-batatinha ........................................................................................5.3 ORTPTEROS ..........................................................................................................5.3.1 Pragas iniciais ..................................................................................................5.3.1.1 Grilo preto ..........................................................................................................5.3.1.2 Cachorrinho dgua; Grilo toupeira; Paquinha ....................................5.4 HEMPTEROS/HETERPTEROS ..........................................................................
5.4.1 Percevejo ............................................................................................................5.4.1.1 Percevejo-do-tomate; Chupador-do-tomate ........................................5.4.1.2 Percevejo-de-renda; Mosquito-do-tomateiro ......................................5.5 CAROS ....................................................................................................................5.5.1 caro .....................................................................................................................5.5.1.1 caro rajado ......................................................................................................5.5.1.2 caro-branco; caro tropical; caro da rasgadura; caro da
queda do chapu do mamoeiro ................................................................5.5.1.3 Microcaro; caro do bronzeamento .....................................................
6. CONTROLE DE VETORES .....................................................................................7. CONTROLE DE TRAAS E BROCAS .................................................................8. CONTROLE DA MOSCA-MINADORA .............................................................9. BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS .....................................................................CAPITULO 10DOENAS DO TOMATEIRO NO ESTADO DO ESPIRITO SANTO:RECONHECIMENTO E MANEJO1. INTRODUO .........................................................................................................2. DOENAS CAUSADAS POR FUNGOS ............................................................2.1 FUNGOS DA PARTE AREA .................................................................................2.1.1 Mela ou requeima ..........................................................................................2.1.2 Pinta-preta ........................................................................................................2.1.3 Septoriose .........................................................................................................2.1.4 Mancha de estenflio ....................................................................................2.1.5 Odio e mancha de oidiopsis .....................................................................2.1.6 Mancha de cladosporium ...........................................................................2.2 FUNGOS DE SOLO .................................................................................................2.2.1 Murcha de fusarium ......................................................................................
2.2.2 Murcha de verticillium .................................................................................2.2.3 Mofo cinzento ..................................................................................................
207207207207207207208208210210210210210211
211211211211211211
212212
213214215226
227228228228233237239242245247247
253257
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2.2.4 Podrido ou mofo de esclerotnia ..........................................................2.2.5 Murcha de esclerdio ou podrido do colo ...................... .......... .......3. DOENAS CAUSADAS POR BACTRIAS ......................................................3.1 MURCHADEIRA ......................................................................................................3.2 TALO-OCO ................................................................................................................3.3 MANCHA BACTERIANA .......................................................................................3.4 PINTA BACTERIANA ..............................................................................................3.5 CANCRO BACTERIANO ........................................................................................4. DOENAS CAUSADAS POR NEMATOIDES ................................................4.1 NEMATOIDES DAS GALHAS ................................................................................5. DOENAS CAUSADAS POR VIRUS E FITOPLASMAS ................................5.1 MOSAICO-AMARELO ............................................................................................5.2 VIRA-CABEA DO TOMATEIRO ..........................................................................5.3 MOSAICO COMUM ................................................................................................
5.4 RISCA OU MOSAICO Y ..........................................................................................5.5 BROTO-CRESPO ......................................................................................................5.6 TOPO-AMARELO E AMARELO-BAIXEIRO ........................................................5.7 MOSAICO - Geminivirus(complexo de espcies) .......................................5.8 CLICE GIGANTE ...................................................................................................7. REFERNCIAS .........................................................................................................CAPTULO 11MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO TOMATEIRO
1. INTRODUO ..........................................................................................................2. MANEJO INTEGRADO DE PLANTAS DANINHAS ......................................3. CARACTERSTICAS DAS PLANTAS DANINHAS E SEUS
PREJUZOS AO TOMATEIRO ..............................................................................4. ASPECTOS DA COMPETIO DE PLANTAS DANINHAS ........................5. PERODO CRTICO DE COMPETIO DAS PLANTAS DANINHAS ......6. MTODOS DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS ..............................6.1 CONTROLE PREVENTIVO .....................................................................................6.2 CONTROLE CULTURAL .........................................................................................6.3 CONTROLE MECNICO ........................................................................................6.4 CONTROLE QUMICO ...........................................................................................6.4.1 Principais herbicidas recomendados para a cultura do
tomateiro ...........................................................................................................6.4.1.1 Clethodim .........................................................................................................6.4.1.2 Fluazifop-p-butil .............................................................................................6.4.1.3 Metribuzin ........................................................................................................6.4.1.4 Trifuralin ............................................................................................................7. DICAS PARA DETECO DE RESDUOS DE HERBICIDAS EM
ESTERCO BOVINO .................................................................................................
8. REFERNCIAS ..........................................................................................................9. APENDICE .................................................................................................................
261265267267271274277282288288291291295297
299300301303306314
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330333
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340
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CAPITULO 12APLICAO DE DEFENSIVOS NA CULTURA DO TOMATE1. INTRODUO ..........................................................................................................2. EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL ...........................................2.1 LUVAS ........................................................................................................................2.2 BOTAS IMPERMEVEIS .........................................................................................2.3 JALECO E CALAS .................................................................................................2.4 BON RABE ...........................................................................................................2.5 VISEIRA FACIAL ......................................................................................................2.6 RESPIRADORES (MSCARAS) ............................................................................2.7 AVENTAL ...................................................................................................................2.8 LIMPEZA DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL ..................3. APLICAO DE DEFENSIVOS AGRCOLAS .................................................4. EQUIPAMENTOS PARA APLICAO DE DEFENSIVOS AGRCOLAS
NO TOMATEIRO ......................................................................................................4.1 PULVERIZADOR COSTAL MANUAL ..................................................................4.2 PULVERIZADOR COSTAL MOTORIZADO ........................................................4.3 PULVERIZADOR ACOPLADO SOBRE RODAS ................................................4.4 PULVERIZADOR ESTACIONRIO .......................................................................4.5 PULVERIZADOR DE BARRA ACOPLADO AO TRATOR .................................5. PONTAS DE PULVERIZAO ............................................................................5.1 PONTAS DE JATO PLANO .......................................................................................5.2 PONTAS DE JATO CNICO ...................................................................................
6. TAMANHO DAS GOTAS .......................................................................................7. COBERTURA DO ALVO .........................................................................................8. USO DE SURFATANTES ........................................................................................9. SISTEMA DE CONDUO DA CULTURA ........................................................10. VOLUME DE CALDA ............................................................................................11. CALIBRAO DO PULVERIZADOR ..............................................................12. AVALIAO DOS PULVERIZADORES ANTES DO INCIO DAS
OPERAES ..........................................................................................................13. CONDIES AMBIENTAIS NA APLICAO DE DEFENSIVOS
AGRCOLAS ...........................................................................................................14. PRESSO DE TRABALHO .................................................................................15. MISTURA DE DEFENSIVOS AGRCOLAS NO TANQUE DO
PULVERIZADOR ...................................................................................................16. DESTINO FINAL DAS EMBALAGENS VAZIAS ..........................................17. REFERNCIAS .......................................................................................................
CAPITULO 13MANEJO NA COLHEITA E PS-COLHEITA1. INTRODUO ..........................................................................................................
2. PADRO DE QUALIDADE DO TOMATE ..........................................................
349351352353354354354354355355355
356356359359360362363364366
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3. CAUSAS E CONSEQUNCIAS DA PERDA DO PADRO DEQUALIDADE .............................................................................................................
4. FISIOLOGIA DO AMADURECIMENTO DO TOMATE .................................4.1 DESORDENS FISIOLGICAS ...............................................................................5. PONTO DE COLHEITA ..........................................................................................6. CUIDADOS NA COLHEITA E PS-COLHEITA ...............................................7. PROCEDIMENTOS E MANEJO EM PS-COLHEITA DOS FRUTOS ......7.1 SELEO E CLASSIFICAO ..............................................................................7.1.1 Grupos .................................................................................................................7.1.2 Subgrupos .........................................................................................................7.1.3 Classes ou calibres .........................................................................................7.1.4 Tipos ou graus de seleo ou categoria ...............................................7.1.5 Requisitos gerais ............................................................................................7.2 LAVAGEM DOS FRUTOS .......................................................................................
7.2.1 Qualidade da gua ........................................................................................7.2.2 Agentes qumicos antimicrobianos .......................................................7.2.3 Sade e higiene dos trabalhadores .......................................................7.3 INFRAESTRUTURA DA CASA DE EMBALAGEM ............................................7.4 EMBALAGEM ...........................................................................................................7.5 ARMAZENAMENTO REFRIGERADO .................................................................7.6 TRANSPORTE ..........................................................................................................8. RASTREABILIDADE ...............................................................................................9. POSSIBILIDADE DE USO COMO PRODUTO MINIMAMENTE
PROCESSADO .........................................................................................................10. REFERNCIAS .......................................................................................................CAPITULO 14COMERCIALIZAO DO TOMATE1. INTRODUO ..........................................................................................................2. COMERCIALIZAO DE TOMATE SANTA CRUZ NAS CEASAS DA
REGIO SUDESTE ..................................................................................................3. LEGISLAO NA COMERCIALIZAO DE PRODUTOS
HORTCOLAS ...........................................................................................................3.1 A CLASSIFICAO DE PRODUTOS HORTCOLAS ..........................................3.1.1 Embalagem ........................................................................................................3.1.2 Rotulagem ..........................................................................................................4. UTILIZAO DO MARKETING NA COMERCILIZAO DE FRUTAS
E HORTALIAS ........................................................................................................5. REFERNCIAS ..........................................................................................................
384385387388389392392394394394395395396
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Captulo 1
UTILIZAO DOS PRINCPIOS DA PRODUOINTEGRADA NA TOMATICULTURA
Jos Mauro de Sousa BalbinoJos Srgio Salgado
David dos Santos Martins
1. INTRODUO
Busca-se, com a implantao da Produo Integrada (PI) para o tomate,
envolver, organizar e normatizar a cadeia produtiva dessa cultura, visando
desenvolver aes que levem a uma produo economicamente vivel e
socialmente justa, eliminao do uso de defensivos extremamente txicos,
reduo da quantidade de tratamentos fitossanitrios por ano nas culturas,
reduo da presso seletiva sobre predadores das pragas, diminuio
dos riscos de contaminao do solo, da gua, do fruto e do prprio homem
e capacitao de tcnicos e agricultores envolvidos no agronegcio.
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Captulo 1
Enfim, busca-se a implementao de um sistema produtivo sustentvel que
proporcione a produo de frutos com padro de qualidade, visando atender
tanto o mercado nacional como o internacional.
A normatizao que vem sendo implementada para o tomate tem por
base as experincias acumuladas, principalmente com a Produo Integrada
de Frutas (PIF).
A Produo Integrada (PI) surgiu na Europa como uma extenso do
manejo integrado de pragas e evoluiu, ocupando muitas reas em pases
tradicionalmente produtores de frutas. Na Amrica do Sul, a Argentina foi
o primeiro pas a implant-la. No Brasil, iniciou-se com a cultura da ma,
marco da PI no pas, e no Estado do Esprito Santo, iniciou-se com a cultura
do mamo.O uso da PI vem se intensificando em diversas regies produtoras
de frutas e hortalias da Alemanha, ustria, Sua, Itlia, Espanha, Blgica e
Portugal. Nesses pases, as frutas e hortalias obtidas da PI so certificadas,
sendo preferidas pelos grandes canais de comercializao (SANHVEZA, 2000).
Quanto produo de hortalias, a Espanha o pas que tem a maior rea
cultivada com esse sistema (LOPES; SILVA, 2010).
No Brasil, os estudos com a Produo Integrada de hortalias iniciaram-
se recentemente com as culturas da batata e do tomate de mesa e paraindstria, visando atender a sustentabilidade da cultura e as exigncias de
mercados.
O tomate, principal olercola produzida no Esprito Santo, apresenta
alta infestao de pragas e incidncia de doenas, exigindo frequentes
intervenes com defensivos nos sistemas de produo convencional. Estas
intervenes aumentam a probabilidade de contaminao dos agricultores,
do ambiente e do consumidor, sendo esse o principal impacto desse sistemade produo.
Assim sendo, para a tomaticultura e para a agricultura de maneira geral,
o desafio que se apresenta a substituio do manejo convencional, baseado
no uso intensivo dos insumos agrcolas, muitas vezes utilizados de forma
abusiva, por sistemas alternativos, apoiados na utilizao racional e eficiente
desses produtos, de forma a estimular os processos biolgicos e manter e/ou
recuperar o potencial da biodiversidade ambiental (PROTAS, 2003).
Neste captulo, sero abordados aspectos relacionados s exigncias demercado, a proposio das normas da Produo Integrada, como alternativa
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Utilizao dos princpios da produo integrada na tomaticultura
para atender a essas demandas, com nfase para o tomate, e apresentar
alguns avanos obtidos pela PI, principalmente no Estado do Esprito Santo.
2. DEMANDA MERCADOLGICA
Embora no Brasil a produo de hortalias seja de aproximadamente 19
milhes de toneladas, menos de 2% so exportados (EMBRAPA, 2010). Esses
resultados refletem, em parte, limitaes desse segmento, quando buscam
competir em mercados mais exigentes e apontam para a necessidade de
aes emergenciais que favoream a sua competitividade. Nesse contexto,
destacam-se: o planejamento e a adequao da infraestrutura da base de
produo, a qualidade do produto, a segurana do alimento, a logstica dedistribuio e o marketing para os diversos produtos. Ou seja, h muito o que
ser realizado para se conquistar mercados mais exigentes.
O cenrio mercadolgico internacional sinaliza que cada vez mais
ser valorizado o aspecto qualitativo e o respeito ao ambiente na produo
agrcola. Os pases maiores importadores e as principais frutas exportadas
pelo Brasil, por exemplo, mostram a grande potencialidade do mercado ainda
existente nesse setor, tendo em vista, principalmente, o aperfeioamento dos
mercados, a mudana de hbitos alimentares e a necessidade de alimentosseguros (SANHUEZA; ANDRIGUETO; KOSOSKI, 2003). Nesse sentido,
fundamental que seja entendido por todos os envolvidos nas cadeias
produtivas das diversas hortalias que esse segmento dever seguir o mesmo
propsito, e o tomate, como uma das principais culturas no setor, dever
servir de um desses modelos tanto no sentido de atender ao mercado interno,
quanto para garantir padro de qualidade para exportao. Assim sendo,
vale como referencial para o tomate as mesmas questes que vm sendoapontadas de maneira geral pelos mercados mais exigentes: (i) movimento
dos consumidores, principalmente europeus, na busca de frutas e hortalias
sadias e com ausncia de resduos de defensivos prejudiciais sade humana;
e (ii) a presena de importantes cadeias de distribuidores e de supermercados
europeus, que tm pressionado exportadores de frutas e hortalias para
o estabelecimento de regras de produo que levem em considerao:
ausncia de resduos de agroqumicos, adequao do ambiente e condies
de trabalho e higiene do produto e do trabalhador (ANDRIGUETO; KOSOSKI,2003; SANHUEZA; ANDRIGUETO; KOSOSKI, 2003).
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Captulo 1
Tambm o mercado interno vem apontando e exigindo mudanas
rpidas e radicais para o segmento produtivo, seja para distribuio in natura,
seja para processamento ou para refeies coletivas. Mostra que h grandes
oportunidades dentro do agronegcio, mas que essas oportunidades exigem
mudanas de comportamento pelas pessoas envolvidas, visando a alteraes
no padro tecnolgico de gerenciamento da produo e sua distribuio,
estabelecendo um compromisso de buscar um processo sustentvel e de
melhoria continuada.
Para que essa atividade se torne sustentvel, fundamental que se
procure, mais do que um produto de qualidade, uma produo de qualidade.
Esta produo de qualidade um nome genrico que apresenta mltiplos
aspectos. No sentido amplo, implica que os produtos devam apresentar certosrequisitos como gosto, consistncia, maturao, apresentao, inexistncia
de resduos txicos acima dos nveis permitidos, e que a tecnologia utilizada
seja de mnimo impacto sobre o meio ambiente e no prejudique a sade do
agricultor (PROTAS, 2003).
O vertiginoso crescimento das atividades industriais, ocorrido no
ltimo quarto do sculo XX, despertou, principalmente nas comunidades
mais esclarecidas, uma forte conscientizao de que a natureza no infinita
em sua capacidade de absorver os impactos de todas as atividades humanas,no ritmo em que vem ocorrendo, sem que sejam alteradas as condies
ambientais globais. Especificamente no caso da produo agrcola, os
grandes benefcios decorrentes da utilizao dos defensivos, descobertos a
partir da dcada de 40, traduzidos em maior eficcia e facilidade de utilizao,
bem como na soluo de problemas fitossanitrios at a insolveis, foram
perturbados pela frequncia de ocorrncias de efeitos secundrios. Dentre
esses efeitos vale ressaltar a possibilidade de intoxicao do homem e deanimais domsticos, a degradao do ambiente e, em particular, o efeito
sobre os organismos auxiliares benficos, a poluio da gua e do solo pelos
defensivos e a seleo de organismos de espcies de pragas com resistncia
aos defensivos em uso (PROTAS, 2003).
3. ORIGEM DA PRODUO INTEGRADA
Os primeiros trabalhos com a PI surgiram na Alemanha e Sua na dcadade 70 e posteriormente na Itlia com a PIF. A PI surgiu como uma extenso
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Utilizao dos princpios da produo integrada na tomaticultura
do manejo integrado de pragas, uma vez que, juntamente, agricultores e
pesquisadores constataram que era possvel estender esses conhecimentos
para produzir frutas com qualidade, reduzir o uso de defensivos e o impacto
ambiental, desde que as prticas fossem realizadas dentro do pomar de
forma integrada (FACHINELLO, 2003). Porm, foi a partir dos anos 80 e 90
que a PI tomou grande impulso em funo do movimento de consumidores
que buscavam frutos sadios, com qualidade e sem resduos de defensivos
(SANSAVINI, 1998). No entanto, apenas em 1993, a Organizao Internacional
de controle Biolgico e Integrado contra os Animais e Plantas Nocivos (OICB)
publicou as diretrizes gerais para pomceas, e em 1997, para frutas de caroo
(CROSS; DCKER, 1994; CROSS et al., 1996, apud FACHINELLO, 2003).
A adoo do sistema de produo integrada evoluiu em curto espao detempo, tomando conta de muitas reas existentes em pases tradicionalmente
produtores de frutas. Na Amrica do Sul, a Argentina foi o primeiro pas a
implantar o sistema, em 1997 (ANDRIGUETO; KOSOSKI, 2003), seguindo-se no
mesmo ano o Uruguai, que, embora tenha iniciado as primeiras discusses
sobre o tema em 1994, somente em 1997 iniciou formalmente o primeiro
programa de produo integrada em frutas e um ano depois em hortalias
(NUNES et al., 2003).
Quanto s hortalias, a Espanha vem desenvolvendo a PI para cultivosob tnel desde o incio da dcada de 90, havendo uma evoluo do processo
que permitiu a aprovao, em dezembro de 1997, de um regulamento
especfico para a Produo Integrada de tomate sob tnel. Assim sendo,
segue-se a tendncia de adoo de mtodos mais racionais para o manejo
de pragas e a aplicao de tecnologias voltadas para o respeito ao ambiente
(BELTA; LASTRES, 2005).
A Organizao Internacional de controle Biolgico e Integrado contraos Animais e Plantas Nocivos (OICB) define a PI como o sistema de produo
que gera alimentos e demais produtos de alta qualidade, mediante a aplicao
de recursos naturais e regulao de mecanismos para a substituio de
insumos poluentes e a garantia da sustentabilidade agrcola. A PI enfatiza
o enfoque do sistema holstico, envolvendo a totalidade ambiental como
unidade bsica; o papel central do agroecossistema; o equilbrio do ciclo
de nutrientes; a preservao e o desenvolvimento da fertilidade do solo e a
diversidade ambiental como componentes essenciais; e mtodos e tcnicasde controle biolgico e qumico cuidadosamente equilibrados, levando-
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Captulo 1
se em conta a preservao ambiental, o retorno econmico e os requisitos
sociais (ANDRIGUETO; KOSOSKI, 2002).
A PI, alm de ser uma proposta de agricultura sustentvel sob o ponto
de vista ecolgico, social e econmico, uma possibilidade de sobrevivncia
e garantia de concorrer com os mercados externos, pois as normas tcnicas
so aceitas pela sociedade e pelos distribuidores (FACHINELLO, 2003).
4. O SISTEMA DE PRODUO INTEGRADA
A PI um sistema de diretrizes tcnicas e de normas, sendo as
especificidades definidas, por consenso, por meio de um Comit Gestor
Voluntrio. Este conjunto de normas busca a produo de alimentos e outrosprodutos de alta qualidade com a utilizao racional dos recursos naturais e
de mecanismos reguladores para controlar os insumos agrcolas, assegurando
uma produo agrcola sustentada, auditada por Organismos de Avaliao da
Conformidade (OAC) nacionais ou internacionais.
A PI baseada em trs componentes bsicos:
preveno: com base na utilizao de cultivares resistentes, proteoaos inimigos naturais, fertilizao dirigida e diversificao de cultivos e outras
de ao similares;observao: aplicao de sistemas de alerta, de medidas quarenten-
rias e adoo de nveis de danos para monitoramento e deteco de pragas e
doenas e capacitao e aperfeioamento da equipe envolvida no processo; e
interveno: por intermdio da adoo de mtodos mecnicos, qu-micos e biolgicos para controle de pragas e doenas, como o emprego de
feromnios, produtos biolgicos, inimigos naturais e produtos fitossanitrios
registrados no Ministrio da Agricultura Pecuria e Abastecimento (MAPA).As normas da PI esto organizadas em 15 reas temticas, distribudas
em normas tcnicas obrigatrias, recomendadas, proibidas e permitidas com
restries (ANDRIGUETO; KOSOSKI, 2002). As reas temticas contempladas
so:
capacitao de recursos humanos;organizao de produtores;recursos naturais;
material propagativo;implantao de lavoura;
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Utilizao dos princpios da produo integrada na tomaticultura
nutrio de plantas;manejo e conservao do solo;recursos hdricos e irrigao;manejo da parte area;proteo integrada da planta;colheita e ps-colheita;anlise de resduos;processo de empacotadoras (casas de embalagem);sistema de rastreabilidade e cadernos de campo eassistncia tcnica.Com essas normas busca-se, com a integrao, o envolvimento e a
organizao da cadeia produtiva do tomate, visando desenvolver aes quelevem a atender aos objetivos e s metas da PI.
5. A PRODUO INTEGRADA NO BRASIL
No Brasil, a busca de solues tecnolgicas que viabilizassem tcnica
e economicamente a produo integrada iniciou em 1997, com a cultura
da ma, por intermdio de um projeto de pesquisa multi-institucional e
interdisciplinar liderado pela Embrapa Uva e Vinho. Devido ao seu sucesso,
esse projeto foi levado a condio de programa de referncia para outras
cadeias produtivas no pas (PROTAS, 2003). Aps a incluso de vrias fruteiras
no programa, em 2004, outras solicitaes foram enviadas ao Ministrio da
Agricultura, Pecuria e Abastecimento (MAPA), dentre as quais a incluso de
projetos para a Produo Integrada de hortalias, como tomate para indstria
e para mesa, batata, gengibre, inhame e taro.
Uma das aes prioritrias do programa da produo integrada no Brasilconsiste num sistema de produo orientada e de livre adeso por parte dos
agricultores e das empacotadoras, que poder ser utilizado como ferramenta
para se concorrer nos mercados nacional e internacional (ANDRIGUETO;
KOSOSKI, 2003).
Os avanos com os projetos da PI no Brasil levaram construo do seu
marco legal com base na Normativa n 20 do MAPA em 2001 (ANDRIGUETO;
KOSOSKI, 2002).
O marco legal da PI no Brasil composto pelas Diretrizes Gerais para
a Produo Integrada, pelo Regulamento de Avaliao da Conformidade,
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Captulo 1
pelas definies e conceitos da PI, pelo Regimento Interno da Comisso
Tcnica, pelos Formulrios de Cadastro e outros componentes (ANDRIGUETO;
KOSOSKI, 2002; ANDRIGUETO; KOSOSKI, 2003; MARTINS, 2003).
6. A PRODUO INTEGRADA NO ESPRITO SANTO
No Estado do Esprito Santo, o projeto da produo integrada teve seu
incio com a cultura do mamo, efetivamente implantado no comeo de 2001.
Esse projeto marcou tambm a implantao das aes visando produo
integrada com essa cultura no Brasil (MARTINS; YAMANISHI; TATAGIBA, 2003).
Os principais benefcios alcanados com a implantao da PI de
Mamo tm sido verificados quanto reduo na utilizao dos defensivose suas consequncias nos aspectos ambientais, toxicolgicos e econmicos;
organizao da base produtiva, ao treinamento e profissionalizao de
tcnicos e agricultores (MARTINS, 2003).
Em razo dos resultados alcanados com a PI Mamo e da exigncia do
mercado pela qualificao de outros produtos, o Incaper estendeu essa linha
de trabalho, solicitando ao MAPA novos projetos contemplando as culturas do
morango (COSTA et al., 2004) coco, tomate para mesa e as razes e tubrculos
(gengibre, inhame e taro).No final de 2004, iniciou-se, no Esprito Santo, um conjunto de aes
buscando-se adotar os princpios da PI na cultura do tomate de mesa,
tendo sido realizados, a partir do ano de 2005, seminrios e divulgao de
materiais esclarecendo sobre as normas que regulamentam esse sistema
de produo e cursos tcnicos sobre a cultura com base nas normas da PI.
Concomitantemente, criou-se um comit para elaborao preliminar das
normas tcnicas especficas para a produo integrada do tomate (BALBINOet al., 2006). As normas para o tomate tm tambm por base o marco legal
da produo integrada descrito na Normativa n 20 do MAPA (ANDRIGUETO;
KOSOSKI, 2002).
O conjunto de normas para o tomate nesse sistema visa, alm do
padro de qualidade dos frutos, reduzir os impactos da sua produo sobre o
ambiente, no que se refere principalmente aos cuidados com o solo, a gua e
os inimigos naturais, visando minimizar a ocorrncia das principais doenas
e pragas que atacam a cultura, o que certamente acarretar reduo naaplicao de defensivos. Assim, por consequncia, estar contribuindo para
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Utilizao dos princpios da produo integrada na tomaticultura
atenuar a degradao do ecossistema, propiciando uma tendncia para uma
agricultura de carter sustentvel, com maior segurana do alimento.
A PI exige normalmente ajustes no sistema produtivo, e para tanto tem-
se realizado acompanhamentos de lavouras com vistas a serem referncias
para a cultura, incluindo, nesse caso, ajustes para o monitoramento de pragas
e doenas (BALBINO et al., 2006; FORNAZIER; PRATRISSOLI; BALBINO, 2006) e
testes de cultivares melhor adaptados ao sistema (COSTA; CARMO; VENTURA,
2007).
7. CONSIDERAES FINAIS
A produo integrada tem evoludo no mundo em resposta sexigncias de mercado pela gerao de alimentos limpos e com reduzido
impacto negativo sobre o meio ambiente.
Para que os avanos que se procura alcanar dentro do agronegcio
do tomate se consolidem necessria a implementao de mais aes que
busquem uma produo sustentvel e uma viglia permanente, visando
minimizar os retrocessos oriundos de diversos princpios culturais, h muito
imbudos em vrios agentes envolvidos no desenvolvimento de sua cadeia
produtiva.O conjunto de manejo para o tomate visa, alm do padro de qualidade
dos frutos, a aes de reduo dos impactos da sua produo sobre o meio
ambiente, evitando a contaminao do solo e da gua e correta avaliao
da ocorrncia das principais pragas e doenas, para seu adequado e efetivo
controle, reduzindo o uso de defensivos. Assim sendo, contribui para a
proteo do ecossistema, propiciando uma tendncia para uma agricultura
de carter sustentvel, com maior segurana do alimento.Merece tambm destaque o fato de que cada vez mais os mercados vm
exigindo produtos de elevado padro de qualidade, oriundos de sistemas de
produo voltados para o princpio da sustentabilidade ambiental e a busca
da preservao da sade do agricultor e dos consumidores.
No Brasil, verifica-se que a atual tendncia deva ser orientar a todos os
agentes da cadeia produtiva, no sentido de no s aplicar tcnicas visando a
maior produtividade, mas tambm utilizar aquelas que permitam a gerao
de produtos de melhor padro de qualidade para consumo. Neste contexto, adefinio de um sistema de Produo Integrada para o Tomateiro (PI Tomate)
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Captulo 1
no Estado do Esprito Santo significa, no plano tecnolgico, uma equiparao
aos pases com agricultura mais desenvolvida; no plano mercadolgico, a
habilitao para competir tanto no mercado interno quanto no externo; e
no plano estratgico, a possibilidade da oferta de produtos diferenciados,
capazes de conceder garantia da sustentabilidade da cultura no Estado.
8. REFERNCIAS
ANDRIGUETO, J. R., KOSOSKI, A. R. (Org.) Marco legal da produointegrada de frutas do Brasil. Braslia, DF: MAPA/SARC, 2002.
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2006.
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Utilizao dos princpios da produo integrada na tomaticultura
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Captulo 1
PRODUO INTEGRADA DE FRUTAS, 5., 2003, Bento Gonalves, Anais...Bento Gonalves, RS: Embrapa Uva e Vinho, 2003.
SANSAVINI, S. Integrated fruit production: process, issues, prospects after ten
years experience. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 15., 1998,Poos de Caldas: MG, Anais... Poos de Calda, MG.
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Sistema orgnico de produo de tomate
Captulo 2
SISTEMA ORGNICO DE PRODUODE TOMATE
Jacimar Luis de Souza
1. INTRODUO
No campo da alimentao, certamente um dos maiores desejos de umapessoa consumir tomates sem resduos de agrotxicos, principalmente pela
quantidade ingerida e pela forma de consumoin naturadesta hortalia na dieta
diria. Este captulo apresenta inicialmente os princpios gerais e as tcnicas
de produo da agricultura orgnica para aplicao no cultivo do tomate
orgnico de mesa. Posteriormente, enfoca-se o manejo orgnico especfico
da cultura do tomate, detalhando as variveis tecnolgicas, cultivares,
formao de mudas, preparo do solo, adubao orgnica, biofertilizao
suplementar, tratos culturais adaptados ao sistema, controle alternativo de
Foto:LaudeciM.
M.B
ravin(DomaineOrgnicos).
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Captulo 2
pragas e doenas, colheita e rendimento, alm da avaliao e do desempenho
econmico da cultura. As tecnologias e os resultados apresentados, ao
contrrio do pensamento da maioria dos tcnicos e agricultores deste pas,
indicam plena viabilidade tcnica e, especialmente, econmica da produo
dessa importante espcie em sistema orgnico.
2. O AGROECOSSISTEMA ORGNICO
2.1 PRINCPIOS GERAIS DA AGRICULTURA ORGNICA
A produo de alimentos orgnicos no significa apenas substituir
insumos sintticos por insumos orgnicos no manejo dos cultivos que sepretende fazer. Representa muito mais que isto. Subentende-se cumprir
requisitos no mbito dos direitos trabalhistas, do estatuto da criana e
do adolescente, dos princpios e das tcnicas de produo e, em algumas
situaes, da certificao dos produtos, para alcance de credibilidade no
mercado.
Neste momento, sero enfocados alguns desses aspectos citados,
especialmente os relacionados a um apropriado planejamento tcnico
do sistema produtivo, apresentando as etapas necessrias para se chegar produo orgnica do tomate de mesa de forma sustentvel e eficaz,
sem perder a ideia da insero da cultura no contexto geral da agricultura
orgnica.
2.1.1 A construo do agroecossistema produtivo e a converso
Ecossistema um sistema funcional de relaes entre organismosvivos e seu ambiente, delimitado arbitrariamente, mantendo um equilbrio
dinmico no espao e no tempo. A manipulao e a alterao dos ecossistemas
pelo homem, com o propsito de estabelecer uma produo agrcola,
tornam os agroecossistemas muito diferentes dos ecossistemas naturais, ao
mesmo tempo em que se conservam processos, estruturas e caractersticas
semelhantes. Os agroecossistemas, comparados aos ecossistemas naturais,
tm muito menos diversidade funcional e estrutural, alm do que, quando a
colheita o enfoque principal, h perturbaes em qualquer equilbrio que setenha estabelecido, e o sistema s pode ser mantido se a interferncia externa
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Sistema orgnico de produo de tomate
com trabalho e insumos for mantida (ALTIERI,1989; GLIESSMAN, 2000).
O desafio de criar agroecossistemas sustentveis o de alcanar
caractersticas semelhantes s de ecossistemas naturais, permitindo manter
uma produo desejada. Um agroecossistema que incorpore as qualidades de
ecossistemas naturais de estabilidade, equilbrio e produtividade assegurar
melhor a manuteno do equilbrio dinmico necessrio para estabelecer
uma base ecolgica de sustentabilidade, principalmente quando se pensa
na produo de um determinado produto, como o tomate de mesa, no
presente caso. Isto pressupe que o referido cultivo deva ser realizado dentro
de um processo, por exemplo, rotacionado com outras espcies, e/ou que
o ambiente onde se insira conte com um grau de diversificao dos fatores
envolvidos que garanta o mnimo de estabilidade ecolgica. Caso contrrio,representaria uma produo com substituio de insumos sintticos por
insumos orgnicos apenas e no uma agricultura orgnica plena.
Nesse sentido, Gliessman (2000) prope os seguintes princpios
orientadores para a converso de propriedades agrcolas a sistemas
agroecolgicos:
PRINCPIOS ORIENTADORES DA CONVERSO DE SISTEMASAGRCOLAS PARA AGROECOLGICOS
O processo dessa converso pode ser complexo, exigindo mudanas
nas prticas de campo, na gesto da unidade de produo agrcola em
seu dia-a-dia, no planejamento, no marketing e na filosofia. Os seguintes
princpios podem servir como linhas mestras orientadoras neste processo
geral de transformao:
Mover-se de um manejo de nutrientes, cujo fluxo passa atravs dosistema, para um manejo baseado na reciclagem de nutrientes, como umacrescente dependncia em relao a processos naturais, tais como a fixao
biolgica do nitrognio e as relaes com micorrizas.
Usar fontes renovveis de energia, em vez das no-renovveis.Eliminar o uso de insumos sintticos no-renovveis oriundos de fora
da unidade produtiva, que podem potencialmente causar danos ao ambiente
ou sade dos produtores, assalariados agrcolas ou consumidores.
Quando for necessrio, adicionar materiais ao sistema de produo,usando aqueles que ocorrem naturalmente, em vez de insumos sintticos
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Captulo 2
manufaturados.
Manejar pragas, doenas e ervas espontneas, em vez de control-las.
Restabelecer as possveis relaes biolgicas que possam ocorrernaturalmente na unidade produtiva, em vez de reduzi-las ou simplific-las.
Estabelecer combinaes mais apropriadas entre padres de cultivo epotencial produtivo e limitaes fsicas da paisagem agrcola.
Usar uma estratgia de adaptao do potencial biolgico e genticodas espcies de plantas agrcolas e animais s condies ecolgicas da
unidade produtiva, em vez de modific-la para satisfazer as necessidades das
culturas e animais.
Enfatizar a conservao do solo, gua, energia e recursos biolgicos. Incorporar a ideia de sustentabilidade a longo prazo no desenho emanejo geral do agroecossistema.
Entretanto, muito antes das questes relativas ao agroecossistema,
situa-se o homem contido nele. Nessa direo, Pereira (2000) discute a
converso do homem e o perodo de transio da propriedade, acrescentando
substancial contribuio, relatada nos pargrafos listados a seguir.
A prtica da agroecologia um processo que passa por um estilo devida, isto , transformar transformando-se. Como processo, passa por vrias
dimenses ou etapas importantes. Uma delas se refere converso ou perodo
de transio, que vem a ser aquele perodo de tempo varivel que preciso
para a propriedade passar do modelo convencional ao sistema agroecolgico
ou orgnico, ou seja, constituir-se num agroecossistema.
Por converso, entende-se um processo gradual e crescente de
desenvolvimento interativo na propriedade at chegar a um agroecossistema.Est orientado para a transformao do conjunto da unidade produtiva,
gradativamente, at que se cumpra por completo o todo. S aps transposta
essa fase, isto , cumprido o conjunto de requisitos para a produo orgnica,
atendendo s normas observadas pelas entidades certificadoras, que se
pode obter o selo orgnico. A transio deve ser feita a partir de pequenas
glebas, iniciando-se pelas reas mais apropriadas, num processo crescente.
Essa etapa ou fase do processo contempla pelo menos trs dimenses
principais: educativa, biolgica e normativa.
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Por fim, considerar que o processo deve ser conduzido segundo umasequncia lgica e explcita, isto , um projeto de converso. Este projeto
basicamente constitui-se de um diagnstico de toda a propriedade, levantando
todos os recursos disponveis, alm das relaes sociais e comerciais que esta
mantm, assim como a ocupao da rea e o seu respectivo rendimento fsico
e econmico.
Neste diagnstico, so identificadas as principais dificuldades ouentraves, assim como o potencial da propriedade. Nesta fase, tambm so
identificadas as necessidades do agricultor, incluindo a sua capacitao. O
projeto deve incluir um cronograma e um fluxograma entre as atividades,
estabelecendo-se metas claras e viveis.
O aspecto comercial tambm extremamente importante nesteprocesso. Um projeto bem feito no poder prescindir desta fase ou etapa.
Os canais de comercializao devem ser previamente identificados e
definidos.
A certificao uma opo para assegurar aos agricultores ummercado diferenciado. A rea ou propriedade estar convertida quando se
tiverem cumpridos os prazos e prescries previstas nas normas, quando
somente ento estar habilitada a receber o selo de qualidade.
2.1.2 Diversificao e equilbrio ecolgico
A monocultura representa um dos maiores problemas do modelo de
produo agrcola praticado atualmente, porque, no existindo diversificao
de espcies numa determinada rea, as pragas e doenas ocorrem de forma
mais intensa sobre a cultura, por ser a nica espcie vegetal presente no local.
Portanto, o monocultivo torna o sistema de produo mais instvel e sujeitos adversidades do meio.
Os equilbrios biolgico ambiental e econmico de grandes regies
no podem ser mantidos com as monoculturas. A diversificao de culturas
o ponto-chave para a manuteno da fertilidade dos sistemas, para o controle
de pragas e doenas e para a estabilidade econmica regional. Nesse aspecto,
choca-se frontalmente com a ideia de especializao agrcola, frequentemente
levada ao extremo nas monoculturas regionais. Historicamente, as
monoculturas regionais apenas se tm viabilizado com doses crescentes de
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Captulo 2
agroqumicos ou com a incorporao de novas terras em substituio quelas
j exauridas (KHATOUNIAN, 2001).
Reforando o tema, Gliessman (2000) relata que a monocultura uma
excrescncia natural de uma abordagem industrial da agricultura, e suas
tcnicas casam-se bem com a agricultura de base agroqumica, tendendo a
favorecer o cultivo intensivo do solo, a aplicao de fertilizantes inorgnicos,
a irrigao, o controle qumico de pragas e as variedades especializadas de
plantas com estreita base gentica que as tornam extremamente suscetveis
em termos fitossanitrios. A relao com os agrotxicos particularmente
forte; cultivos da mesma planta em grandes reas so mais suscetveis a
ataques devastadores de pragas especficas e requerem proteo qumica.
Sistemas de produo diversificados so mais estveis, porque dificultama multiplicao excessiva de determinada praga e doena e permitem que
haja um melhor equilbrio ecolgico no sistema de produo, por intermdio
da multiplicao de inimigos naturais e outros organismos benficos.
Assim, uma propriedade que utiliza a prtica orgnica fundamental-
mente tem que se preocupar em buscar primariamente diversificar a paisagem
geral, de forma a restabelecer a cadeia alimentar entre todos os seres vivos,
desde micro-organismos at animais superiores e pssaros. Para tanto, se
faz necessrio compor uma diversidade de espcies vegetais, de interessecomercial ou no, recomendando que se opte por espcies locais, adaptadas
s condies edafoclimticas da regio. Como exemplo, em reas marginais
s glebas de produo e nas bordas de riachos pode-se proceder ao plantio
de espcies como goiaba, ing, pitanga, araana, birib, nspera, abacate,
calabura, jamelo, amora, uva japonesa, dentre outras.
Alm disso, fundamental tambm proceder ao manejo da vegetao
espontnea. Este manejo pode ser realizado de trs formas (Figura 1), visandopermitir a conservao natural da vegetao do prprio local, conforme
segue:
1. Manter as reas de refgio fora das reas cultivadas para interesse
comercial, inclusive reas com alagamento natural, visando preservar ao
mximo os aspectos naturais estabelecidos pelo ecossistema local ao longo
de anos.
2. No utilizar intensivamente o solo, procedendo ao planejamento de
faixas de cultivo intercaladas com faixas de vegetao espontnea, chamadas
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de corredores de refgio. Para diviso dos talhes de plantios deixar corredores
de 2,0 a 4,0 m de largura, para abrigar a fauna local.
3. Proceder ao controle parcial da vegetao ocorrente dentro das
reas cultivadas, aplicando a tcnica de capinas em faixas para culturas com
maiores espaamentos nas entrelinhas (tomate, pimento, couve-flor etc.)
e manter a vegetao entre os canteiros para culturas cultivadas por esse
sistema de plantio (alface, cenoura, alho etc.).
Figura 1 - Corredores de refgio entre plantio de morango e tomate ( esquerda),capina em faixa em cultivo de quiabo ( direita), manejo de ervas espontneasentre canteiros de morango (abaixo), em sistema orgnico de produo.
Esses trs aspectos anteriores sero os responsveis pela maior
estabilidade do sistema produtivo e representaro uma diminuio expressiva
de problemas com pragas e doenas, to comuns em sistemas desequilibrados
ecologicamente. Vale lembrar que o no cumprimento desses princpios tem
sido uma das maiores falhas em propriedades rurais, mesmo com prticas
orgnicas, em franca atividade no Brasil.Para completar, o estabelecimento de um desejvel nvel de diversidade
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Captulo 2
gentica e a adoo de um sistema de produo com culturas diversificadas,
de interesse comercial, tambm so fundamentais. Para tanto, recomenda-se
que se adote um plano de uso do solo de forma mais sustentvel possvel,
procedendo ao planejamento dos plantios, visando permitir o descanso
(pousio) e a revitalizao dos solos, no mximo de dois em dois anos, por
intermdio do plantio solteiro ou misto de leguminosas (exemplo: mucuna-