UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE BIOCIÈNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOECOLOGIA AQUÁTICA
COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA E QUALIDADE DA
ÁGUA DA LAGOA DO JIQUI, PARNAMIRIM, RN
PATRÍCIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA
NATAL2010
PATRÍCIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA
COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA E QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA
DO JIQUI, PARNAMIRIM, RN
ORIENTADOR: Prof. Dr. NAITHIRITHI T. CHELLAPPA
DOL/CB/UFRN
CO-ORIENTADORA: Profa. Dra. SATHYABAMA CHELLAPPADOL / CB / UFRN
Dissertação apresentada ao Programa de
Pós-Graduação em Bioecologia Aquática do
Centro de Biociências da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, como um
dos requisitos à obtenção do título de Mestre
em Bioecologia Aquática.
NATAL
2010
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do Centro deBiociências
Lima, Patrícia Luiza da Silva Carmo de
Comunidade Fitoplanctônica e qualidade da água da Lagoa do Jiqui, Parnamirim, RN / Patrícia
Luiza da Silva Carmo de. – Natal, RN, 2010.
Xii, 113 f. : Il.
Orientador: Naithirithi T. Chellappa
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centrode Biociências. Programa de Pós-Graduação em Bioecologia Aquática.
1. Qualidade de água – Dissertação 2. Comunidade fitoplanctônica –Dissertação. 3. Ecossistemas de água dulcícola do RN – Dissertação. I. Chellappa,Naithirithi T.. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.
RN/UF/BSE-CB CDU 581.555
III
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE BIOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOECOLOGIA AQUÁTICA
COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA E QUALIDADE DA ÁGUA DA LAGOA DO
JIQUI, PARNAMIRIM, RN
PATRÍCIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA
Esta versão da dissertação, apresentada pela aluna PATRÍCIA LUIZA DA SILVA
CARMO DE LIMA ao Programa de Pós-Graduação em Bioecologia Aquática do Centro de
Biociências, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, foi julgada adequada e
aprovada pelos Membros da Banca Examinadora, na sua redação final, para a defesa e
conclusão do curso para a obtenção do título de Mestre em Bioecologia Aquática.
MEMBROS DA BANCA EXAMIDORA
________________________________________________________Prof. Dr. Naithirithi T. Chellappa, DOL / CB / UFRN (Presidente)
________________________________________________________Profa. Dra. Sathyabama Chellappa, DOL / CB / UFRN
________________________________________________________Profa. Dra. Mércia Rocha da Câmara, Secretaria Municipal da Educação de Natal/RN
_______________________________________________________Prof. Dr. José Zanon de Oliveira Passavante, UFPE (Examinador Externo)
Natal / RN, 24 de março de 2010.
IV
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todas as pessoasque preservam e pensam na importânciada qualidade da água consumida por todoser vivo.
Dedico também a todas as pessoas que
acreditam no meu potencial, me dão força e
amor para enfrentar todos os obstáculos da vida:
minha mãe Mariene, meu esposo Tales e todos os
meus familiares.
V
AGRADECIMENTOS
A Deus por me ouvir todas as noites e por sempre me dar a alegria de fazer o que
gosto, que me deslumbra todos os dias.
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pela oportunidade e por toda a
infraestrutura no aspecto experimental do trabalho.
Ao Professor Orientador Chellappa, símbolo de superação, pela atenção e carinho, que
favoreceram a aprendizagem sobre limnologia.
A professora Bama, exemplo de mulher; Mãe, esposa, amiga, co-orientadora,
pesquisadora, professora e confidente... completa. Meu agradecimento pela riqueza da
convivência durante esse mestrado.
Ao Programa de Pós-graduação em Bioecologia Aquática, nas pessoas dos Professores
Marcos Rogério e Eliane Marinho e dos secretários Jussara, Veridiano e Jair, pela
receptividade, paciência e carinho.
A todos os professores e funcionários do Departamento de Oceanografia e
Limnologia, pelo convívio do dia- a – dia e pela amizade.
Ao laboratório de Bioecologia de Microalgas, nas pessoas de Andressa, Karen, Talita,
Leila, Rafson, Emilly e Fabiana pela companhia diária, além dos momentos de descontração e
aprendizagem.
A CAPES/MEC pelo apoio financeiro durante um ano do mestrado.
A professora Mércia, pelas valiosas correções da qualificação e da defesa da
dissertação.
Ao Professor Dr. José Zanon pelas correções e sugestões da dissertação.
A meus pais, Mariene e Cavalcante, pelo apoio e carinho, principalmente a minha
mãe, pilar da minha vida, dedico esse título. Obrigada!
Aos irmãos, Irene, Henrique e Juliana pelo ânimo e aos sobrinhos Maria Eduarda,
Netinho, Anna Alice, Anna Luiza e Melissa, pela compreensão nos momentos de ausência e
companhia nas horas de lazer.
A tia Irma, apoio significativo na minha existência.
A Tales, marido presenteado por Deus que me fortalece com sua compreensão e
alegria, mesmo a distância.
Aos meus sogros, Anísio e Irany, presença significativa na minha vida.
Aos amigos, Juliana e Jason, pelas sugestões e a todos que contribuíram nessa etapa da
minha vida. Muito obrigada!
VI
EPÍGRAFE
“Cada dia a natureza produz o suficiente para
nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe
fosse necessário, não havia pobreza no mundo e
ninguém morreria de fome”
Mahatma Gandhi
VII
SUMÁRIO
página
RESUMO IX
ABSTRACT X
RELAÇÃO DE TABELAS XI
RELAÇÃO DE FIGURAS XII
1. INTRODUÇÃO GERAL 01
1.1 Qualidade da água para o consumo público 02
1.2 Impacto ambiental nas lagoas de abastecimento público 03
1.3 Biomonitoramento das lagoas 04
1.4 Comunidades fitoplanctônica: resposta a qualidade da água 05
2. OBJETIVOS 09
2.1 Objetivo geral 10
2.2 Objetivos específicos 10
3. MATERIAL E MÉTODOS 11
3.1 Área de estudo 12
3.2 Procedimentos de coletas 15
3.3 Análise das variáveis ambientais e biológicas 15
3.3.1 Índice de pluviosidade e da velocidade do vento 15
3.3.2 Temperatura da água, pH, condutividade elétrica, oxigênio
dissolvido e correnteza15
3.3.3 Transparência da água 15
3.3.4 Nutrientes inorgânicos 18
3.3.5 Variáveis biológicas 21
3.3.6 Índices ecológicos 21
3.3.7 Análise de Clorofila a 23
3.3.8 Índice do Estado Trófico (IET) 24
3.4 Análise Estatística dos Dados 25
3.5 Normalização do Texto 25
VIII
4. RESULTADOS 26
ARTIGO I. Diversidade fitoplanctônica e aspectos físico-químicos da
qualidade da água em uma Lagoa Urbana, RN, Brasil
(Phytoplankton diversity and physical-chemical aspects of water quality of
Lake Jiqui, RN, Brazil)
27
Abstract 29
Introdução 29
Material e métodos 30
Resultados 31
Discussão 33
Agradecimentos 35
Resumo 35
Referências 36
Tabelas 40
Legendas das figuras 49
Figuras 50
5. CONCLUSÕES 59
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GERAIS 61
7. ANEXOS 72
IX
RESUMO
O aumento da degradação ambiental e o uso múltiplo dos recursos hídricos vêm
diminuindo a qualidade da água consumida pelos seres vivos, por isso é importante a sua
avaliação para o adequado gerenciamento desses recursos. Este estudo teve como objetivo
caracterizar a comunidade fitoplanctônica juntamente com a sua variação durante os períodos
de estiagem e de chuva da Lagoa do Jiqui, localizada em Parnamirim, RN, além de analisar os
fatores físico-químicos desses ambientes aquáticos, a fim de contribuir para o conhecimento
da qualidade de água desse manancial utilizada para o abastecimento humano. As coletas das
amostras de água foram realizadas de setembro de 2008 a agosto de 2009. A coleta da
comunidade fitoplanctônica foi realizada em quatro sítios de amostragem (superfície, fundo,
banco da macrófitas e na margem da lagoa sem macrófitas). O fitoplâncton foi coletado
utilizando-se uma rede de plâncton de 20m. Em laboratório, foram realizadas as análises dos
nutrientes e a identificação da comunidade fitoplanctônica. Os resultados indicam que a
concentração da clorofila a foi elevada no fundo com valor média de 1,07 µgL-1 (DP± 1,61).
Durante o período de estudo ocorreu uma dominância das espécies Euglena gracilis,
Trachelomonas sp, Cyclotellas sp, Gomphonema apuncto, Navicula cuspidata var. cuspidata,
Navicula sp, Rhopalodia gibba. Houve homogeneidade entre os valores limnológicos nos
quatro sítios estudados, com diferença significativa entre os períodos de estiagem e de chuva.
A Lagoa do Jiqui é oligotrófica, uma vez que apresenta baixas concentrações de clorofila a,
alta transparência e baixos valores de nutrientes. Os valores da DBO e concentração da
clorofila a se mantiveram abaixo do permitido pelos padrões existentes para águas doces no
Brasil, assim conferindo as águas da Lagoa do Jiqui de boa qualidade, adequada para o
consumo humano.
Palavras chaves: água doce, limno-fitoplâncton, água potável, períodos de estiagem e de
chuva.
X
ABSTRACT
It is important to evaluate the quality of water for proper management of these
resources, since the increase of environmental degradation and the multiple use of water
resources are decreasing the quality of water consumed by living beings. The objective of this
study was to characterize the phytoplankton community and its variations during periods of
dray and rain in Jiqui Lake located in Parnamirim, RN. It was also aimed to analyze the
physical and chemical factors of this environment, in order to contribute to the knowledge of
water quality used for human consumption. The collection of water samples were carried out
in September 2008 to August 2009. The collection of the phytoplankton community was
carried out in four sampling sites (surface, bottom, margin of the lake without macrophytes
and site dominated by macrophytes). Phytoplankton was collected using plankton net of
20m. The analysis of nutrients and identification of phytoplankton were performed in the
laboratory. The results indicate that concentration of chlorophyll a was high in the bottom
with mean value of 1.07 µgL-1 (SD ± 1.61). During the study period there was a dominance
of the following species: Euglena gracilis, Trachelomonas sp, Cyclotellas sp, Gomphonema
apuncto, Navicula cuspidata var. cuspidata, Navicula sp, Rhopalodia gibba. There was
homogeneity between limnological values in the four study sites, with significant difference
between the periods of drought and rain. The Jiqui Lake is considered oligotrophic due to its
low concentrations of chlorophyll a, high transparency and low levels of nutrients. The values
of BOD and chlorophyll a concentration remained below the permitted standards existing for
freshwaters in Brazil, thus the water from Lake Jiqui is of good quality, suitable for human
consumption.
Key words: Freshwater, phytoplankton, drinking water, dry and rainy periods.
XI
RELAÇÃO DE TABELAS
Tabela 1 Características hidrológicas e morfométricas da Lagoa doJiqui, RN. 14
Tabela 2 Valores padronizados de classificação do estado trófico daságuas (CARLSON, 1977 modificado por TOLEDO et al.,1983). 25
ARTIGO ITabela 1 Características hidrológicas e morfométricas da Lagoa do
Jiqui, RN. 40Tabela 2 Médias (valores mínimos e máximos) das variáveis
ambientais da Lagoa do Jiqui distribuídas espaço-temporaldurante o ciclo anual 2008-2009. 41
Tabela 3 Lista de espécies encontradas na Lagoa do Jiqui durante operíodo de setembro de 2008 a agosto de 2009. 42
Tabela 4 Distribuição das espécies no período de estiagem e de chuvada Lagoa do Jiqui durante o período de estudo 47
Tabela 5 Correlação de Pearson entre os períodos de estiagem e dechuva e as classes fitoplanctônicas. 48
XII
RELAÇÃO DE FIGURAS
Figura 1 Bacia hidrográfica do Pirangi com a localização da Lagoado Jiqui, RN. 13
Figura 2 Local, equipamentos e procedimentos de coletas: (a) Lagoado Jiqui, (b) disco de secchi, (c) procedimento de filtraçãodo fitoplâncton, (d) Kit multiparâmetro WTW multi 340i. 17
Figura 3 Fluxograma da análise de nitrato (segundo GOLTERMANet al., 1978). 18
Figura 4 Fluxograma da análise de amônio (segundoGOLTERMAN et al., 1978). 19
Figura 5 Fluxograma mostrando a análise do ortofosfato (segundoAPHA, 1992). 20
ARTIGO I
Figura 1 Bacia hidrográfica do Pirangi, com a localização dosquatros sítios estudados na Lagoa do Jiqui. 50
Figura 2 Variação da pluviometria na Lagoa do Jiqui durante operíodo de setembro, 2008 a agosto, 2009. 51
Figura 3 Variação da velocidade do vento na Lagoa do Jiqui duranteo período de setembro, 2008 a agosto, 2009. 52
Figura 4 Variação da profundidade e transparência na Lagoa doJiqui, o período de setembro, 2008 a agosto, 2009. 53
Figura 5 Variação das concentrações da DBO5 (Demandabioquímica de oxigênio) entre os sítios, durante o períodode estiagem e de chuva. 54
Figura 6 Variação das concentrações dos nutrientes. (a) Ortofosfato;(b) Nitrato e (c) Amônio na Lagoa do Jiqui durante operíodo de estudo. 55
Figura 7 Variação da concentração da clorofila a na Lagoa do Jiquidurante o período de estudo. 56
Figura 8 Variação temporal e espacial da Abundância relativa % daLagoa do Jiqui, Parnamirim, RN. 57
Figura 9 Variação temporal e espacial dos índices ecológicos daLagoa do Jiqui, Parnamirim, RN. (a) Diversidade; (b)Dominância; (c) Riqueza; (d) Similaridade. 58
Introdução geral 2
1.1 Qualidade da água para o consumo público
A água constitui-se elemento fundamental à vida, visto que insere-se nos mais
importantes processos de manutenção da existência e no equilíbrio dos ecossistemas. Essa
água, hoje, mesmo sendo contaminada, continua utilizada para o abastecimento humano,
tendo sido comprometida a sua qualidade devido a impactos antropogênicos, por estar ligada
à ecologia da biosfera (REBOUÇAS et al., 2006; SOUZA et al., 2002; TUNDISI, 2003).
Os padrões físico–químicos utilizados para a avaliação da qualidade da água estão
relacionados ao seu uso no consumo humano e animal. Segundo Rebouças et al (2006), as
águas utilizadas para o consumo e as atividades socioeconômicas são captadas nos rios, lagos,
lagoas, represas e aquíferos subterrâneos. Para isso utiliza-se como referência um conjunto de
normas quando analisada a potabilidade dessa água. No Brasil, as normas da qualidade da
água dos ecossistemas aquáticos ainda estão em fase de evolução. A comunidade política,
pública e científica iniciou os trabalhos na área de proteção e conservação dos estoques
aquíferos, o que percebe-se no conceito da qualidade da água da política nacional de recursos
hídricos; “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em
padrões de qualidade adequados aos respectivos usos” (Art. 2°, Cap. II, Tit. I, Lei n° 9.433)
(ANA, 2005). Dentre as normas da qualidade da água para o abastecimento medem-se vários
fatores físico-químicos, biológicos e bacteriológicos, como a demanda Bioquímica de
Oxigênio (DBO5) até 3 mgL-1; o oxigênio dissolvido (OD), em qualquer amostra, não pode
ser inferior a 6 mgL-1; a turbidez até 40 unidades nefelométricas (UNT); a cor verdadeira deve
ser em nível de cor natural do corpo de água em mg Pt/L e o pH pode variar de 6,0 a 9,0 além
de ser observada a análise de bactérias coliformes (CONAMA Nº 357/2005).
No estado do Rio Grande do Norte, visando garantir a qualidade da água para o
abastecimento da população, foram designados os órgãos de gestão de recursos hídricos, tais
como, o Instituto de Gestão das Águas do estado do Rio Grande do Norte (IGARN) e a
Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) entre outros. A água sofre
impactos variáveis quando armazenada em reservatórios, alterando a sua qualidade e a
ecologia afetando a saúde humana (CHELLAPPA et al., 2009a). É de vital importância a
elaboração de políticas de conservação e gestão dos mananciais utilizados pela população,
devido aos impactos nos ecossistemas aquáticos que estão alterando a qualidade da água.
Introdução geral 3
1.2 Impacto ambiental nas lagoas de abastecimento público
As lagoas são mananciais de águas superficiais, utilizadas no abastecimento humano,
além da manutenção de suas atividades econômicas (MARGALEF, 1997). Um dos grandes
problemas ambientais da atualidade consiste na contaminação da água doce superficial, a má
utilização e o planejamento inadequado desse recurso. Ao suprir as necessidades humanas
retira-se a água das bacias hidrográficas das regiões, fundamentando o desenvolvimento
econômico e social de qualquer país (TUNDISI et al., 1999).
Com a maior reserva de água doce da terra, o Brasil recebe chuvas abundantes durante o
ano, além de possuir condições climáticas e geológicas propiciadoras da formação de uma
extensa, densa e rica rede de rios, excetuando-se o semi-árido, onde os rios são temporários e
em menor número.
Segundo Tundisi (2003), o lançamento de efluentes industriais, domésticos e
agropastoris, a drenagem urbana, a deposição atmosférica de nitrogênio, a erosão do solo na
bacia hidrográfica e o transporte dos nutrientes, dos ambientes terrestres para os aquáticos,
deterioram os sistemas de água doce, além de repercutir na saúde humana, nas mudanças
globais e climatológicas assim como na diminuição da biodiversidade desses sistemas.
Dourado et al. (2005) relataram que nas últimas décadas, a elevada demanda de energia
decorrente do crescimento populacional tem provocado consideráveis alterações no meio
ambiente, visto que a expansão demográfica e industrial observada no século passado fez com
que os recursos hídricos sofressem várias intervenções humanas, como a devastação das
matas ciliares, canalização, represamento e despejo de efluentes nos rios.
Esses impactos geram o aumento da turbidez, eutrofização, salinização, assoreamento,
desenvolvimento das algas potencialmente tóxicas com vida curta, perda da biodiversidade,
diminuição do oxigênio, deterioração da qualidade da água para o consumo humano e animal,
além da diminuição do seu valor estético para fins de recreação. Responsável pela origem das
alterações da água, a eutrofização consiste no aumento excessivo de nutrientes, causando o
crescimento demasiado de macrófitas aquáticas, o que possibilita a multiplicação exagerada
das algas, podendo ser ou não potencialmente tóxicas (CALIJURI et al., 2008). Para
classificar o nível de eutrofização dos ecossistemas aquáticos aplica-se a terminologia
oligotrófico, mesotrófico e eutrófico, baseado no índice trófico de Carlson (CARLSON,
1977). Esse enriquecimento de nutrientes degrada seriamente os ecossistemas aquáticos,
diminuindo a demanda para o consumo humano, na agricultura, na indústria, na recreação,
além de outros propósitos (CARPENTER et al., 1998). Perante tantos impactos ocasionados
Introdução geral 4
pelo homem aos recursos hídricos, faz-se necessário o biomonitoramento dos corpos d’água
no sentido de assegurar a sua qualidade.
1.3 Biomonitoramento das lagoas
O biomonitoramento consiste no acompanhamento a longo prazo da qualidade
ambiental de um ecossistema, utilizando como parâmetro os seres vivos, que podem ser
chamados de bioindicadores ou biomonitores, resistentes ou tolerantes à contaminação.
Segundo a resolução 357/2005 do CONAMA, a qualidade dos ambientes aquáticos poderá ser
avaliada por indicadores biológicos, quando apropriado, utilizando-se organismos e/ou
comunidades aquáticas.
Análises biológicas podem detectar possíveis alterações na qualidade da água, bem
como as tendências, ao longo do tempo, que se refletem em mudanças de habitat ou na
natureza dos organismos aquáticos. No estado do Rio Grande do Norte, os ambientes
aquáticos dulcícolas estão cada vez mais escassos e poluídos, por isso estudos dos fatores
abióticos e bióticos tornaram-se imprescindíveis, juntamente às pesquisas sobre o fitoplâncton
(SOUZA, 2003).
Presentes no sistema aquático, a flora e a fauna recebem influência do ambiente físico
do corpo d’água (geomorfologia, velocidade da corrente, vazão, tipo de substrato e tempo de
retenção). Como as atividades humanas situam-se, geralmente, em torno de um recurso
hídrico urbano ou rural, o primeiro passo para a compreensão do modo de reação dos
bioindicadores às alterações da qualidade da água faz-se através da identificação das variáveis
físicas, químicas e biológicas (BORBA, 2005).
O mecanismo de monitoramento microbial como bioindicador inclui a análise da
riqueza de espécies fitoplanctônicas, juntamente às características físicas e químicas da água.
A presença de cianobactérias tóxicas constitui-se numa importante característica que pode
especificar a qualidade da água, uma vez que, de acordo com o Manual Australiano para Água
Potável, recomenda-se a inclusão da detecção da população de cianobactérias tóxicas em toda
a água para consumo humano. Quando a medição quantitativa variar de um mínimo de 500
células/ml, nesta condição, deverá haver monitoramento mais preciso, e quando variar de um
máximo de 6.500 células/ml, será necessária a realização de testes de grau de toxicidade e
advertências sobre os riscos à saúde pública (NICHOLSON; BURCH, 2001). No Brasil, o
Ministério da Saúde, através da portaria 518 de 2004, no artigo 4°, parágrafo X relata também
a importância do controle das cianobactérias devido à produção de toxinas.
Introdução geral 5
Na Ilha de Shikoku, no Japão, foi desenvolvido um estudo sobre a qualidade da água
dos lagos profundos, utilizando-se como parâmetros os fatores abióticos, como temperatura,
precipitação, oxigênio dissolvido, além dos nutrientes inorgânicos, como o nitrogênio, o
fósforo e a clorofila a (NAKASHIMA et al., 2007). Várias outras pesquisas foram realizadas
com a comunidade fitoplanctônica como bioindicador da qualidade da água (CHELLAPPA et
al., 1996, TANIGUCHI et al., 2005, SEKINO et al., 2007).
Em muitas bacias hidrográficas brasileiras, o conhecimento das comunidades biológicas
se mostra ainda incipiente, principalmente sobre as espécies existentes, a distribuição
geográfica e a evolução das populações nos últimos anos. Em algumas regiões brasileiras, o
conhecimento e a gestão dulcícolas nunca foram iniciadas ou desenvolvidas, nem
implementado um monitoramento de rotina da qualidade biológica da água de sistemas
fluviais ou uma verificação do estado trófico (ANA, 2005).
Dentre as comunidades bióticas, as algas são recomendadas para a avaliação da
qualidade da água, uma vez que têm a distribuição espacial e temporal (FRISSEL et al.,
1986). O fitoplâncton constitui-se de grande variedade de algas, com diferentes formas e
estratégias de história de vida para maximizar a produtividade. Nos últimos anos, a ecologia
da comunidade tem sido vista a partir do tema Complexidade Ecológica, que inclui a
variabilidade espacial e temporal das espécies biológicas (CHELLAPPA et al., 2009b)
A comunidade fitoplanctônica respondendo aos impactos ocasionados aos corpos d’água
em intervalos curtos, principalmente aos processos multiplicativos, favorece o conhecimento
da estrutura e funcionamento dos ambientes limnéticos.
1.4 Comunidades fitoplanctônica: resposta a qualidade da água
A taxa de crescimento da comunidade fitoplanctônica depende da capacidade de suporte
do corpo d’água, devido aos nutrientes inorgânicos nele dissolvidos. O fitoplâncton responde
rapidamente (em alguns casos em menos de 24h) a mudanças ambientais, resultando na
adição e substituição de espécies (NASELLI-FLORES e BARONE, 2003). Diante dessa
variabilidade de fatores abióticos, tendências climáticas a longo prazo e variações de
intempéries de curto tempo, bem como o controle descendente pelo zooplâncton, têm gerado
alterações na coexistência, na diversidade, na riqueza e na dominância de espécies
fitoplanctônicas (CHELLAPPA et al., 2007)
O fitoplâncton constitui a maior parte da porção autotrófica de um ambiente aquático,
uma vez que esses organismos são clorofilados, responsáveis pelo processo fotossintético. A
Introdução geral 6
fotossíntese consiste num processo fisiológico dos autótrofos pelo qual as plantas captam a
luz solar, água e dióxido de carbono para a produção de hidratos de carbono, além da
liberação do oxigênio dissolvido, o que reduz a quantidade de dióxido de carbono no ar,
capazes de auxiliar na redução do aquecimento global (LAISK et al., 2009). Liberado pelo
fitoplâncton, o oxigênio participa da respiração de peixes e outros seres aquáticos, exercendo
um papel importante na alimentação, além de participar da transferência de energia nos
ecossistemas aquáticos, por estarem inseridos na base da teia alimentar desses ecossistemas
(CHELLAPPA, 1990; CHELLAPPA et al., 1996).
Ao longo das últimas décadas têm se tornado evidentes impactos oriundos do
aquecimento global, em escala regional, sobre os ambientes dulcícolas, gerando alterações
climáticas sobre os padrões biológicos, numa vasta gama de habitats e em grupos
taxonômicos. Em sistemas lênticos, as mudanças na fenologia de populações manifestam-se
respondendo às variações das propriedades físicas, que estão estreitamente relacionadas às
condições meteorológicas, mudanças na temperatura do ar, da água e na estratificação, onde o
tempo de residência pode ser influenciado pelas mudanças na precipitação, parâmetros que
influenciam na extinção da luz, nas taxas de sedimentação e na ciclagem dos nutrientes no
corpo d’água, impactando a dinâmica sazonal da biota presente (MEIS et al., 2009).
Nos ambientes de água doce, o crescimento e o desenvolvimento das comunidades
fitoplanctônicas podem causar variações passíveis de mensuração da composição química do
sistema, onde as concentrações de oxigênio dissolvido e gás carbônico sofrem mudanças
capazes de alterar o pH, assim como desequilibrar a concentração do fósforo, nitrogênio e
sílica (CALIJURI, 1999). Em certas regiões, a observação dessas mudanças merece crédito,
visto em que em muitos locais há escassez de água.
Esse cenário de escassez do nordeste existe devido à reduzida precipitação de chuvas,
às altas taxas de evapotranspiração, à irregularidade na distribuição da água, ao aumento das
demandas pela população, como também pelo fato de que, nos últimos 50 anos, a degradação
da qualidade da água tem aumentado em níveis alarmantes. Atualmente, áreas de
desenvolvimento agrícola, grandes centros industriais e urbanos enfrentam graves problemas
devido qualidade da água que gera problemas de saúde pública (AUDRY e SUASSUNA,
1995).
Inserido no polígono da seca junto aos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas
Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe, o interior do Rio Grande do Norte caracteriza-
se pelo bioma Caatinga, pelo clima semi-árido, solo raso e pedregoso, relativamente fértil,
vegetação xerófita e índice pluviométrico que varia entre 300 e 800 milímetros anuais.
Introdução geral 7
Mesmo com as chuvas, o solo tem dificuldade de reter a água e a temperatura elevada provoca
a rápida evaporação, gerando rios temporários, o que exige a construção de açudes, visando o
armazenamento da água para o uso da população (WWF-BRASIL, 2008). A capital, Natal,
contém rico lençol freático possibilitador da formação de rios e lagoas, que por falta de
saneamento público há contaminação por nitrato. O teor máximo de nitrato permitido pela
Portaria Nº 518/2004, do Ministério da Saúde e pela resolução N° 357/2005 do CONAMA
para a água ser considerada potável é de 10 mgL-1. O nitrato consiste em uma substância
química mais encontrada em águas naturais, geralmente ocorrendo em baixas concentrações
nas águas superficiais (rios, lagos, córregos, açudes). Entretanto, em águas subterrâneas, essa
concentração pode atingir valores elevados resultantes do escoamento da água proveniente de
terras agrícolas e de descargas de águas residuais sem tratamento ou com tratamento
insuficiente. Esse nitrato permanece na água mesmo com a fervura e com a filtragem da água,
podendo causar o câncer gástrico, a doença azul ou cianose dos bebês, a má formação
congênita e o aparecimento da hipertensão arterial precoce (MPF, 2009).
A grande variabilidade espacial e temporal da estrutura da comunidade fitoplanctônica
assume relevante papel no estudo sobre a qualidade dos recursos hídricos utilizados para o
abastecimento público. Costa (2003) e Câmara et al. (2007) monitoraram o açude Engenheiro
Armando Ribeiro Gonçalves, importante no abastecimento da população local de Assu,
encontrando Microcystis aeruginosa, Planktothrix agardii e Cylindrospermopsis raciborskii,
cianobactérias potencialmente tóxicas.
Borba (2005), estudou a qualidade da água do Açude Público de Cruzeta, localizado
no município de Cruzeta, na região do Seridó Ocidental no estado do Rio Grande do Norte,
onde os resultados revelaram a presença da microalga Cylindrospermopsis raciborskii,
potencialmente tóxica. Esse reservatório representa a única fonte de abastecimento da sede do
município, além de servir como suporte para um número considerável de pescadores e cultivo
de vazante.
Araújo et al. (2000) desenvolveram uma pesquisa na lagoa de Extremoz, localizada na
zona norte da capital Natal, Rio Grande do Norte, objetivando a caracterização da dinâmica
sazonal dos fatores ambientais, como o pH, temperatura, condutividade elétrica, os nutrientes
e a identificação da comunidade fitoplanctônica da lagoa, cujos resultados revelaram que esse
manancial era oligotrófico, indicando a aceitável qualidade da água.
Diante da importância da qualidade da água, do biomonitoramento pelas microalgas,
os múltiplos impactos sofridos pelos corpos d’água expostos e da limitação dos estudos sobre
a lagoa do Jiqui, faz-se necessária a realização de pesquisas visando o aprofundamento do
Introdução geral 8
conhecimento da diversidade fitoplanctônica desse local, acompanhado do estudo das
condições físico-químicas, garantindo a qualidade da água desse ecossistema para as gerações
futuras.
Objetivos 10
2.1 Objetivo geral
Esta pesquisa teve como objetivo verificar a composição e a riqueza da comunidade
fitoplanctônica, juntamente com a sua variação durante as estações de estiagem e de chuva, da
lagoa do Jiqui, Parnamirim, RN, além de analisar os fatores físico-químicos da água, a fim de
contribuir para o conhecimento da qualidade de recursos hídricos do manancial utilizado para
o abastecimento humano.
2.2 Objetivos específicos
Identificar e elaborar uma lista das principais microalgas existentes na lagoa do Jiqui;
calcular os índices de riqueza, diversidade, dominância e equitatibilidade do
fitoplâncton;
determinar as concentrações de clorofila a e dos nutrientes inorgânicos, tais como,
nitrato, amônio, silicato, DBO5 e ortofosfato;
avaliar as variáveis ambientais, tais como, a temperatura, o pH, a condutividade
elétrica, o oxigênio dissolvido, a transparência da água, o coeficiente de extinção da
luz, a pluviosidade e a velocidade do vento;
caracterizar o ambiente quanto ao grau de eutrofização.
Os resultados foram elaborados em forma de um artigo – ARTIGO 1
Revista: Brazilian Archives of Biology and Technology
Material e métodos 12
3.1 Área de estudo
A Zona Sul da cidade Natal, capital do Rio Grande do Norte, tem seu abastecimento
realizado por inúmeros subsistemas e a lagoa do Jiqui é o manancial do principal subsistema
desta zona, responsável por cerca de 22% do abastecimento e a água que supre os demais 78%
provém de poços tubulares com elevadas concentrações de nitrato (CAERN, 2009). A lagoa
do Jiqui localiza-se inteiramente na mesoregião litoral leste do estado do Rio Grande do
Norte, sendo encontrada no município de Parnamirim, a 13 km ao sul de Natal (Figura 1). Tal
lagoa é alimentada em parte pelas águas do rio Pitimbu que a atravessa, e em parte pelos
exutórios naturais provenientes dos lençois subterrâneos da região circundante (IGARN,
2009).
O clima da região da bacia hidrográfica de Pirangi acha-se inserido no domínio do clima
As' - quente e úmido, segundo a classificação de Köppen (AZEVEDO; MOREIRA, 1981). É
caracterizado por apresentar duas estações bem definidas: uma de estiagem (setembro a
fevereiro) e outra de chuva (março a agosto). De modo geral, na região nordestina as chuvas
anuais médias de longo período decrescem do litoral para o interior, passando cerca de
1.300mm na foz para 900mm nas cabeceiras (SOUZA, 2003).
A lagoa do Jiqui é circundada por macrófitas, entre as quais estão: Eleocharis elegans;
Nymphaea alba; aguapé-de-flor-roxa, Eichhornia crassipes; aninga, Montrichardia linifera;
junquinho, Cyperus ferax e Cabomba caroliniana, possuindo a topografia caracterizada pela
unidade geomorfologica dos tabuleiros costeiros, de relevo tabular e pouco dissecado. Junto à
foz do rio Pirangi, apresenta duas estreitas faixas de dunas fixas, fazendo parte da unidade
faixa litorânea, com o embasamento geológico constituído predominantemente por
sedimentos quaternários (dunas, paleodunas, aluviões e cobertura indiferenciadas), além de
terciário-quaternário do grupo barreiras-indiviso, de idade terciária. O solo da região é areno-
quartzozo profundo (não hidromórfico), constituído por associação de areias quartzozas
distróficas fase floresta subperenifólia, relevo plano, areias quartzozas fase cerrado relevo
plano e latosos vermelho amarelo distrófico textura média fase floresta subperenifólia relevo
plano (CANAN, 1996).
Em relação à fauna ictíica, pode ser encontrada na bacia hidrográfica Pirangi: piau,
Leporinus sp; tainha, Mugil sp; tapacá, Metynnis roosevelti; carapeba, Diapterus sp; jacundá,
Crenicichla lepidota; cangati, Parauchenipterus galeatus; camurim, Centropomus sp e cará,
Cichlasoma bimaculatum (IGARN, 2009).
Material e métodos 13
Figura 1. Bacia hidrográfica do Pirangi com a localização da Lagoa do Jiqui, RN
(Fonte: SEMARH, RN/ 2008).
Sítio 1 (C) Sítio 2 e 3 (S/F) Sítio 4 (M)
BACIA HIDROGRÁFICA DO PIRANGI
Material e métodos 14
Tabela 1. Características hidrológicas e morfométricas da Lagoa do Jiqui, RN.
Fonte: SEMARH (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos), 2008;
e CAERN (Companhia de Água e Esgotos do Rio Grande do Norte), 2009.
Ano de início de operação 1934
Área drenada 153.895,00 m2
Tomada da água 12, 25m
Largura 1.210m
Comprimento 200m
Capacidade máxima 466.093,00 m³
Volume armazenado 466.000 m³
Vazão de entrada 1,5345 m3/s
Vazão de saída 1,2729 m3/s
Tempo de detenção hidráulica 2,6 dias
Profundidade máxima durante o estudo 4 m
Pluviometria annual 1562,6 mm/ano
Umidade relativa média anual 75%
Temperatura média anual 26,8 °C
Evaporação total annual 1.553,5 mm
Insolação total annual 2.954 h
Pressão atmosférica 1.004,8 hPa
Velocidade média anual dos ventos 4,9 m/s
Direção dos ventos Sudeste
Material e métodos 15
3.2 Procedimentos de coletas
As coletas foram realizadas mensalmente num ciclo sazonal de 1 ano, durante o período
de setembro de 2008 a agosto de 2009, em horários fixos, compreendidos entre 9 e 11h, em
quatro sítios de amostragens. A lagoa do Jiqui possui uma cerca feita de estacas de madeira e
tela de plástico, antes da estação de bombeamento da água para evitar a passagem de peixes
(Figura 1). Os quatros sítios de coletas foram:
Sítio 1: a região compreendida pela cerca na lagoa do Jiqui, antes da estação de
bombeamento de água (C);
Sítio 2: a superfície da lagoa do Jiqui, na região distante das macrófitas (S);
Sítio 3: no fundo da lagoa do Jiqui, na região distante das macrófitas (F);
Sítio 4: próximo ao banco de macrófitas aquáticas (M).
As amostragens foram realizadas em uma profundidade de 0,5 m nos sítios C, M e S.
Foi escolhido um ponto de maior profundidade (3 m) no sítio F, para se obter uma melhor
compreensão da heterogeneidade da lagoa do Jiqui.
3.3. Análise das variáveis ambientais e biológicas
3.3.1. Índice de pluviosidade e da velocidade do vento: Os dados de pluviometria e da
velocidade do vento foram fornecidos pela Empresa de Pesquisas Agropecuárias do Rio
Grande do Norte (EMPARN), tendo como ponto de captação de chuva a cidade de
Parnamirim, RN.
3.3.2. Temperatura da água, pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido e
correnteza: os fatores ambientais como a temperatura da água (°C), pH, condutividade
elétrica (S.cm-1) foram medidos in situ com de sondas específicas do kit multiparâmetro
WTW multi 340i (Figura 2 d), o oxigênio dissolvido (mgL-1) foi medido também in situ com
o auxílio do Oxímetro Lutron DO-5510.
3.3.3. Transparência da água: A transparência da água foi mensurada, in situ,
utilizando-se um disco de Secchi (Figura 2 b) de cor branca e preta, com 30 cm de diâmetro,
suspenso por uma fita métrica. A determinação do coeficiente de extinção da luz foi calculada
Material e métodos 16
a partir dos dados de leitura do referido disco, empregando-se a fórmula de Poole e Atkins
(1929).
dK
7,1
Em que:
K = Coeficiente de extinção de luz
1,7 = Constante
d = Profundidade de desaparecimento do disco de Secchi, em
metros.
Material e métodos 17
Figura 2. Local, equipamentos e procedimentos de coletas: (a) lagoa do Jiqui; (b) disco de
Secchi; (c) procedimento de filtração do fitoplâncton e (d) Kit multiparâmetro WTW multi
340i.
(d)
(c)
(a)
(b)
Material e métodos 18
3.3.4. Nutrientes inorgânicos: na análise de nitrato (NO3-N) e amônio (NH4-N) foi
empregada a metodologia descrita por Golterman et al., (1978); o ortofosfato (P – PO4-) foi
empregado o método de APHA (1992); as leituras dessas análises foram feitas em
espectrofotômetro digital modelo Biochrom Libra S6, cujos procedimentos estão apresentados
nas figuras 3, 4 e 5 e os dados da sílica e do DBO foram coletados junto ao IFRN (Instituto
Federal do Rio Grande do Norte) e a CAERN.
NO3 – N
Figura 3. Fluxograma da análise de nitrato (segundo GOLTERMAN et al., 1978).
Material e métodos 19
NH4-N
Figura 4. Fluxograma da análise de amônio (segundo GOLTERMAN et al., 1978).
Material e métodos 20
P – PO4
Figura 5. Fluxograma mostrando a análise do ortofosfato (segundo APHA, 1992).
Material e métodos 21
3.3.5 Variáveis biológicas
Análise qualitativa do fitoplâncton
As análises fitoplanctônicas foram realizadas no Laboratório de Biotecnologia Aquática
do Departamento de Oceanografia e Limnologia da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte. Para as análises qualitativas, as microalgas foram identificadas, sempre que possível,
em níveis específicos e infraespecíficos. No laboratório, as amostras foram colocadas em
provetas graduadas de diferentes volumes para sedimentação e posterior sifonação. Após a
retirada do fitoplâncton realizou-se com o auxílio do microscópio óptico Nikon Eclipse E200
a identificação das espécies fitoplanctônicas baseada em consultas a literaturas especializadas
de Husted (1930), Desikachary et al (1959), Prescott (1970), Barber e Howorth (1981) e Wehr
e Sheath (2003).
Análise quantitativa do fitoplâncton
Para as análises quantitativas, primeiramente as amostras foram coletadas com o auxílio
de uma bomba a gasolina, onde 400L de água foram filtrados em rede de plâncton de 20µm e
fixados com iodo-lugol (Figura 2 c). No laboratório, após o processo de sedimentação durante
48 horas, ocorreu a sifonação; os organismos foram contados através do microscópio óptico,
utilizando-se um aumento de 400X, com o auxílio de uma câmera de Sedgwick–Rafter com
capacidade para 1 ml da amostra.
3.3.6 Índices ecológicos
Os índices ecológicos foram calculados a partir da contagem de organismos encontrados
durante o período de estudo.
A riqueza de espécies (R) foi calculada segundo a fórmula de Margalef (1958):
R = S – 1
LogN
Na qual:
R = Riqueza de espécies
S = Número de espécies
N = Número de indivíduos
Material e métodos 22
A diversidade de espécies (H’) foi calculada por meio do índice de Shannon-Weaver
(1949) pela seguinte fórmula:
Na qual:
H’= Índice de diversidade das espécies
n = Número de indivíduos de cada espécie
N= Número total de indivíduos
Os resultados foram apresentados em bits. cel-1, considerando-se que 1 bit equivale a
uma unidade de informação. Esses valores podem ser enquadrados nas seguintes
classificações:
3,0 bits. cel-1 representa uma alta diversidade;
2,0 3,0 bits. cel-1 representa uma média diversidade;
1,0 2,0 bits. cel-1 representa uma baixa diversidade;
1,0 bits. cel-1 representa uma diversidade muito baixa.
A dominância foi determinada segundo Bergen-Parker (1970):
IBP = N máx
NT
Na qual:
N máx = Número máximo de indivíduos
NT = Número total de indivíduos
A equitatibilidade foi determinada segundo Pielou (1975).
SLog
H´J
Na qual:
H’= Índice de diversidade de Shannon-Weaver
Log S = Número de espécies de cada amostra
H’ = - (n/N). log(n/N)
Material e métodos 23
Este índice varia de 0 a 1, sendo >0,5 considerado significativo e equitativo.
A abundância relativa de cada táxon foi calculada segundo as recomendações de Lobo
e Leighton (1986), utilizando-se a seguinte fórmula:
nN
A100
Na qual:
A = Abundância relativa;
N = número de indivíduos do táxon identificado;
n = número total de indivíduos.
Para interpretação da abundância relativa de cada táxon utilizou-se a seguinte escala:
10% Rara
10 ≥ 40% Pouco abundante
40 ≥ 70% Abundante
> 70% Dominante
3.3.7. Análise de clorofila a
Para determinação de clorofila a foi coletada água dos sítios em recipientes de
polietileno protegidos da luz e em seguida posta em um isopor contendo gelo, para a
conservação da biomassa algal. Após a coleta, esse material foi transportado para o
laboratório de Biotecnologia Aquática do Departamento de Oceanografia e Limnologia
(DOL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde as amostras de água foram
filtradas com auxílio de uma bomba a vácuo, com força de sucção de 1/3atm, na ausência de
luz, utilizando filtro membranoso de 0,22µm de porosidade e 47 mm de diâmetro da
Millipore. Após a filtração, uma vez saturado, removeu-se o filtro do suporte para extração do
pigmento, colocou-se em um tubo de ensaio protegido da luz contendo 10ml de acetona a
90% e conservou-se sob refrigeração por 24 horas. Após esse período, realizou-se a leitura em
espectrofotômetro digital modelo Thermospectronic Gênesys 10UV em cubetas de 1 ml. Os
valores de absorbância foram utilizados para calcular a concentração de clorofila a, através da
fórmula de Marker et al., (1980), aplicando-se a equação a seguir:
L xVf
x v750a)-(750o665a)-(665oK xA xClorofila a
Material e métodos 24
Em que:
A = Coeficiente de absorção (11);
K = Índice de correção (2,43);
665 o = Absorbância antes da acidificação;
665 a = Absorbância depois da acidificação;
v = Volume da acetona 90% (10ml);
Vf = Volume da amostra (filtrada em litros);
L = Caminho óptico da cubeta (1 cm);
3.3.8. Índice do estado trófico (IET)
O IET consiste em avaliar a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes,
sendo classificado em diferentes graus de trofia, segundo Carlson modificado por Toledo et
al., (1983).
A classificação do IET é feita através de uma expressão que leva em consideração o
fósforo total solúvel reativo atribuindo maior peso para o fósforo total, o ortofosfato e
clorofila a e menor peso à transparência, conforme ilustrado a seguir e na tabela 2:
IET (S) = 10(6-0,64 + lnS), onde S = valor do disco de Secchi.
ln2
IET (P) = 10 [6-ln (80,32/P)], onde P = concentração de fósforo total
ln2
IET (PO4) = 10 [6-ln(21,67/PO4)], onde PO4 = concentração de ortofosfato
ln2
IET (CHL) = 10 (6-2,04 – 0,695ln CHL), onde CHL = valor de clorofila a
ln2
IET = IET(S) + 2[(IET (P) + IET (PO4) + IET (CHL)]
7
Material e métodos 25
Tabela 2. Valores padronizados de classificação do estado trófico das águas (CARLSON,
1977, modificado por TOLEDO et al., 1983).
Categoria estado
trófico Ponderação
Secchi - S P-total - P Clorofila a
(m) (mg m-3) (mg m-3)
Ultraoligotrófico IET ≤ 47 S ≥ 2,4 P ≤ 8 CL ≤ 1,17
Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 2,4 > S ≥ 1,7 8 < P ≤ 19 1,17 < CL ≤ 3,24
Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 1,7 > S ≥ 1,1 19 < P ≤ 52 3,24 < CL ≤ 11,03
Eutrófico 59 < IET ≤ 63 1,1 > S ≥ 0,8 52 < P ≤ 120 11,03 < CL ≤ 30,55
Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 0,8 > S ≥ 0,6 120 < P ≤ 233 30,55 < CL ≤ 69,05
Hipereutrófico IET> 67 0,6 > S 233 < P 69,05 < CL
3.4. Análise estatística dos dados
Utilizou-se o teste one way ANOVA para verificar o nível de diferença significativa
entre os sítios estudados e em relação aos períodos de estiagem e de chuva. Tomando em
consideração o p<0,005, o programa usado foi o SigmaStat 3.1. Para o teste de correlação de
Pearson foi utilizado o STATISTICA versão 7.0
3.5. Normalização do texto
A estrutura do texto, as citações, as referências bibliográficas e a diagramação da
dissertação foram feitas baseadas na Associação Brasileira de Normas e Técnicas, ABNT
(NBR 14724:2001), segundo Menezes e Carvalho (2006). O artigo 1 da dissertação foi
elaborado baseando nas normas da revista Brazilian Archives of Biology and Technology.
Resultados 27
Artigo I
Diversidade fitoplanctônica e aspectos físico-químicos da qualidade da água em
uma lagoa urbana, RN, Brasil
Phytoplankton diversity and physical-chemical aspects of water quality of Lake
Jiqui, RN, Brazil
Lima, PLSC. a, Chellappa, NT.a * and Chellappa, S. a
Artigo a ser submetido para publicação na Brazilian Archives of Biology and
Technology
ISSN: 1516-8913
Revista de Qualis CAPES/MEC
Área: Ecologia e Meio Ambiente
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2010
Resultados 28
BRAZILIAN ARCHIVES OF BIOLOGY AND TECHNOLOGY
Phytoplankton diversity and physical-chemical aspects
of water quality of Lake Jiqui, RN, Brazil
Lima, PLSC. a, Chellappa, NT.a * and Chellappa, S. a
aPrograma de Pós Graduação em Ecologia, Departamento de Oceanografia e Limnologia,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN
CEP 59014-100, Natal, RN, Brasil
*E-mail of the corresponding author: [email protected]
Tables: 5
Figures: 9
Running title: Phytoplankton of Lake Jiqui
Resultados 29
ABSTRACT
The aim of this study was to evaluate the phytoplankton diversity and water quality ofLake Jiqui on spatial and temporal scales. This freshwater ecosystem is the mostimportant water supply source for the Metropolitan city of Natal, capital of Rio Grandedo Norte state and the adjacent municipality Parnamirim, together with inhabitants over850,000. The water samples were collected from September, 2008 to August, 2009 atfour different sites during the wet and dry season of an annual cycle. The samples weretaken from surface and bottom waters, from a site dominated by macrophytes and a sitewithout macrophytes. Limnological factors such as temperature, pH and electricalconductivity were measured in situ. Nutrient variables such as nitrate-nitrogen,ammonium-nitrogen and orthophosphate were analyzed in the laboratory. Chlorophyll-aconcentrations from the fresh samples were analyzed with 90% acetone extraction in thedark at 4°C in the laboratory. Ecological indices such as diversity, equitability(similarity), and species richness were calculated according to Shannon-Weaver. BODdata were obtained from CAERN (Water and Sewage Company of Rio Grande doNorte). Significant results were obtained for limnological parameters on temporal scales(dry and wet season) but not on spatial scales. Phytoplankton diversity was moderate tolow on both spatial and temporal scales, with the selected dominance of the speciesEuglena gracilis, Trachelomonas (Euglenophyceae) and Gomphonema, Naviculacuspidata var. cuspidata, Navicula spp, Rhopalodia gibba and Cyclotella(Bacillariophyceae). Chlorophyll-a concentrations were low throughout the studyperiod, with a mean of 1.07 µgL-1. Chlorophyll concentration and BOD values remainedwithin allowable water quality limits for human consumption. The Lake Jiqui isconsidered to be an oligotrophic ecosystem because of low chlorophyll concentrations,high transparency, reduction in cyanobacterial species and low nutrient content.Keywords: Phytoplankton taxon, diversity, Urban lake, Oligotrophic status,
INTRODUCTIONFreshwater ecosystems support the growth of multiple biological species and
also provide essential services important to human society. A daily supply of cleandrinking water is imperative to human consumption and therefore, the water is treatedand distributed to urban population (ARTHINGTON et al., 2010). Freshwater aquaticecosystems of Brazil provide important basis for activities such as irrigation, waterconsumption and fishing. This is subjected to various degrees of natural and anthropicpressures which are linked to their use, in addition to the influence of hydrological andbiogeochemical regimes and discharges of chemical products and pathogens that mayalter the food chain (TUNDISI & TUNDISI, 2008). The water quality of freshwaterresources has been a critical factor, especially in the Northeast of Brazil as it suffersfrom twin impacts such as drought polygon and cultural eutrophication (CHELLAPPAet al., 2009a).
Systematic control of water quality and conservation of biological diversity areessential to maintaining high quality potable water and to the development of fishing,currently subjected to continuous human interventions and climatic changes (CHALAR,2009; CHELLAPPA et al., 2009b).
The increasing demand for water, as a result of droughts and population growthin the city of Natal, Brazil, requires competent management of water resources aimed atsustainability and environmental safety, one of the main concerns of contemporarysociety, posing a challenge to ecologists and environmental scientists to provideadequate supplies of clean water.
Resultados 30
In Brazil, several studies related to the phytoplankton community and focusedon methodological, taxonomic, ecological and limnological aspects have beenconducted (RANGEL et al., 2009; HUSZAR & GIANI, 2004; PETRUCIO et al., 2006;LOPES et al, 2005; FRAGOSO et al, 2008, NOGUEIRA, 2000, FIGUEIREDO &GIANI, 2001). However, studies on the phytoplankton community of the Northeast arelimited and scarce, given that very few have been conducted in freshwater (BOUVY etal., 2003; MOURA et al., 2007; CHELLAPPA et al., 2002). There have been only fewinvestigations on the phytoplankton composition of the water resources that supplies tothe city of Natal (ARAÚJO et al., 2000; CHELLAPPA et al., 2008; ARAÚJO &GONDINHO, 2008).
Nutrient dynamics in freshwater ecosystems are largely based on the processesof internal and external transport, sedimentation rates, mixture regime and waterdischarge rates. The nature of nutrient entry is influenced by the climatic regime of theregion, the hydrodynamic nature of the water body, characteristics of the basin and typeof surrounding land use. A strong inter-reservoir variation was recorded between thetwo main nutrients, total nitrogen and phosphorus, when based on the flow of the river,erosion rates in the adjacent land, types of soil origin, sedimentation and resuspensionprocesses (THORNTON et al., 1990). Since reservoirs in the Northeast are mostly usedas drinking water supply sources and nutrient dynamics are part of the dynamic effect ofthis ecosystem, the distribution of nutrients in time and space must be assessed, owingto the significant differences in the annual flow regime in the reservoirs of the semi-aridbetween the dry and rainy seasons (BOUVY et al., 2003; CHELLAPPA et al., 2006).
The ecological response of the phytoplankton community with respect tonutrient dynamics consists of variations and alterations in structure, diversity, spatial-temporal distribution, co-existence, biomass concentration (chlorophyll a) and theflourishing of competitively superior species (Cyanobacteria), dependent on theavailability of organic and inorganic nutrients in the water body (REYNOLDS, 1984).
Lake Jiqui provides drinking water supply to the municipalities of Parnamirimand Natal. In recent years, the accelerated process of development, modernization andurbanization of these areas has caused a slow degradation of the River Pitimbu which inturn feeds Lake Jiqui.
This study aimed at meeting two objectives: the first was to monitor the waterquality of Lake Jiqui by tracking its physical-chemical characteristics, phytoplanktondiversity and biomass production; the second, to provide ecological data for themanagement of clean, healthy and sustainable water.
MATERIAL AND METHODSStudy area
Lake Jiqui is a freshwater ecosystem which supplies drinking water for 22% ofthe population of greater Natal, at a flow rate of 700 L.s-1; the remaining 78% comesfrom tubular wells with high nitrate concentrations. Lake Jiqui (5º50’00” S and35º23’19” W) is supplied mainly from the Pitimbu River, located in the city ofParnamirim (Figure 1). Hydrological and morphometric characteristics are shown intable 1.→Insert Figure 1→Insert Table 1
Resultados 31
Sampling and AnalysisThe samples were collected from September 2008 to August 2009, at four
different sites: on the coast, in the water catchment area for the treatment plant(C), inthe middle of the lake (surface - S and bottom - B) and near the macrophyte seed bank(M) (Figure 1).
Physical-chemical parameters such as temperature, pH, and electrical conductivitywere measured in situ using the Multi-parameter 340i Kit, dissolved oxygen with theLutron DO-5510 Oximeter, transparency using the Secchi disk and turbidity with aturbimeter. For nutrients, such as nitrate (N-NO3) and ammonium (N-NH4), we used themethodology described by Golterman et al., (1978); for orthosphosphate (P – PO4
-) theAPHA method (1992) and light extinction coefficient values according to Poole &Atkins (1929).
Rainfall and wind speed data were obtained from EMPARN (AgriculturalResearch Company of Rio Grande do Norte).
Phytoplankton samples were preserved in 4% Lugolformaldeyde solution in thefield. It was sedimented and analyzed using an optical microscope down to the specieslevel or to the highest possible taxonomic resolution using the specific literature(CÂMARA et al., 2009).
For analysis of chlorophyll α, the samples were placed in polyethylene bottlesand kept under refrigeration for subsequent analysis in the laboratory, according toMarker et al., 1980.
Pearson’s correlation (p<0.05) was used to find relationships between abiotic andbiotic factors of each site in both the dry and rainy seasons, considering only significantvalues. One-way ANOVA was used to measure the degree of significance between thedry and rainy seasons and among the water sampling sites.
RESULTSThe rainfall regime ranged from 0.0 mm in December to 370.2 in May, with a
mean of 179.21 mm (± SD 127.57 mm). The highest volumes were found in May, Juneand July 2009. The dry season is between September and December 2008 (Figure 2).Wind speed was highest between September 2008 and December 2008 (Figure 3).Transparency in Lake Jiqui was higher in the rainy period, with a mean of 1.60m at siteS (surface) for the entire study period (Figure 4). Turbidity showed a significantdifference between the dry and rainy seasons among the study sites (p = 0. 003).
The light extinction coefficient was lower at site S (surface) in the dry and rainyseasons; site M (macrophytes) also showed lower values in the rainy season. The lightextinction coefficient was significantly different among the sites (p= <0.001).
The mean depth of Lake Jiqui was 3.0 m during the study period. Watertemperature varied seasonally, showing higher values in the rainy season at all the studysites. Dissolved oxygen values differed over the entire study period and among all thesites. A significant difference (P = <0. 001) was observed between the dry and rainyseasons. The uniform electrical conductivity pattern of the surface waters was quiteevident. Site B (bottom) showed a higher value in October and an increase in electricalconductivity was observed at all the sites in April, 2009. The pH of the water wascircumneutral at most sites (6.5 – 7.5). The minimum, maximum, mean values of thephysical and chemical variables of the sites obtained in the study period are shown inTable 2.
→Insert Figure 2→Insert Figure 3
Resultados 32
→Insert Figure 4→Insert Table 2
Biochemical oxygen demand (BOD) showed a significant difference among thesites (p = 0. 020) (Figure 5). Nutrient concentrations showed a pattern of spatial andseasonal variation. Nitrate, ammonium and orthophosphate exhibited peaks during rainyseason, but they were not significantly different (Figure 6). Silica, a nutrient measuredat site B (bottom) of Lake Jiqui, had a mean of 14.8 mgL-1.
Table 3 shows 108 infrageneric taxa of phytoplankton species distributed in 8clases in Lake Jiqui and divided into 41 Bacillariophyceae, 47 Chlorophyceae, 9Cyanophyceae /cyanobacteria, 1 Chrysophyceae, 2 Dinophyceae, 5 Euglenophyceae, 1Raphidophyceae and 2 Xanthophyceae. Table 4 shows the distribution of classes in thedry and rainy seasons.→Insert Figure 5→Insert Figure 6→Insert Table 3→Insert Table 4
In relation to the spatial scale, the mean values of chlorophyll a showed avariation among the different sites. The mean was 1.05μg.L-l in the vertical column,1.04 μg.L-l at site S (surface) and 1.07 μg.L-l at site B (bottom). The mean ofchlorophyll a was 0.64μg.L-l at site C (catchment area) and 0.72 μg.L-l at site M(macrophyte bank) (Figure 7).→Insert Figure 7
Figure 8 shows the relative abundance of the phytoplankton classes found in LakeJiqui on the surface, on the bottom, in the catchment area and in the macrophyte bankfrom September 2008 to August 2009. Tables 3 and 4 illustrate the species found, theamount of individuals per ml and the distribution of classes during the dry and rainyseason at the four sites. The temporal pattern exhibited a difference in the number ofspecies.
The class Chlorophyceae was the most diverse, with a significant differencebetween the seasons (p=0.003). The species Pandorina sp was found at all the sitesduring both the dry and rainy periods. At all sites in the rainy season there was areduction in the species Bacilariophyceae (p=<0.001), the emergence of Chrysophyceaeand an increase in Euglenophyceae. A significant abundance of Euglenophyceae in boththe dry and rainy seasons, represented by Euglena gracilis and Trachelomonas sp wasfound among the sites, along with a significant difference (p= <0.001). TheBacillariophyceae were represented by an average of 19 and 15 species during the dryand rainy season, respectively. Cyclotella sp, Gomphonema apuncto, Naviculacuspidata var. cuspidata, Navicula sp and Rhopalodia gibba were the dominant speciesof the diatom group found regularly in both the dry and rainy seasons and at all the LakeJiqui sites. The class Chrysophyceae was represented by a single species (Dinobryonbehningii), which appeared regularly during the rainy period at reduced abundance. TheDinophyceae were represented by only two species (Peridinium sp and Stylodiniumglobosum), present in both seasons, but more abundant in the rainy season. The speciesTetraplektron acutum (Pascher), from the class Raphidophyceae, along withmacrophytes, were only found in the rainy season. The class Xanthophyceae wasrepresented by the species Pseudostaurastrum limneticum, present in the dry season, at
Resultados 33
the surface site and Isthmochloron lobulatum, which appeared on the lake surface in therainy season.
During the dry period, a direct and positive correlation was observed between theChlorophyceae and K (light extraction coefficient) on the surface (r=0.97), while on thebottom the correlation was between Chlorophyceae and conductivity (r=0.99) andammonium (r=0.98). There was a negative correlation between Bacillariophyceae andwater transparency (r=-0.76) and nitrate (r=- 0.72) in the macrophytes, during the rainyseason (Table 5).→Insert Figure 8→Insert Table 4→Insert Table 5
The four ecological indices analyzed for the phytoplankton community of LakeJiqui are shown in figure 9. On the spatial scale, the highest index of species diversitywas recorded on the surface of the water, in both the rainy and dry seasons, with agradual decline in the macrophyte bank, catchment area and bottom, and a significantdifference between the seasons at the macrophyte site (p=0.029) and on the bottom (p=0.008). The temporal pattern of the species richness index ranged from 4.45, during thedry season, to 3.0 in the rainy season, with a significant difference between the seasonsat the bottom site (p=0.028) and catchment area (p=0.028). The equitability indexshowed no marked variation among the sites. For the temporal pattern there was asignificant difference at the macrophyte site (p=0.047) and on the bottom (p=0.043).The dominance index was represented by selective phytoplankton such as Euglenagracilis, Trachelomonas sp, and Oocystis sp.→Insert Figure 9
DISCUSSIONLake Jiqui consists of a shallow polymictic ecosystem, with spatial temperature
variation of only 4-5% between surface and bottom water, classifying the system ashomogeneous. Lewis Jr. (1983), Talling (1969) and Tundisi (1977) suggested that smalltemperature gradients may be significant in stratification formation. Thus, thermalstructure (stratified or isothermal) may determine the distribution pattern of a lake’sphytoplankton (REYNOLDS, 1984). In Brazil, the thermal pattern of Lake MonteAlegre, in the state of Rio Grande do Sul, has an influence on the distribution of thephytoplankton community during cold and dry periods (RANGEL et al., 2009). In thepresent study, the absence of thermal stratification that occurs along the vertical profilemay have caused the low variation in phytoplankton distribution in Lake Jiqui, mainlyamong the study sites.
The choice of the four sampling sites was based on the concept of nichedifferentiation, to determine the variation pattern in the vertical and horizontal profile.The significant variations in the horizontal distribution of phytoplankton species,observable in small lakes over short periods of time, are invariably related to thedirection and speed of the wind, thermal stability of the column and resuspension ofsediment nutrients. Hydrodynamic force causes phytoplanktonic species to float withpositive buoyancy, thereby contributing to the abundance of biomass over a short periodof time in the horizontal plane (REYNOLDS, 1984). In this study, a variation inchlorophyll biomass was observed only along the horizontal plane. The biomass value issignificant related to orthophosphate concentration and abundance of coexistent algalspecies belonging to the classes Chlorophyceae and Bacillariophyceae, in addition tocorresponding to the mixed isothermal pattern of the lake’s water column.
Resultados 34
The seasonal variations in the physical, chemical and biological parameters ofLake Jiqui were mainly due to the environmental and hydrological conditions of thestudy area, whereas the spatial variations show no significant differences because of themorphometric properties of the water and the short time that it remains in the lake. Thismight be because a number of parameters such as dissolved oxygen, inorganic nutrientsand BOD exhibit similar values among the study sites and different ones between thedry and rainy seasons, showing strong significant correlations with the presence ofphytoplankton groups. On the other hand, transparency and turbidity were the onlyparameters that showed a significant difference, mainly between point C (catchmentarea) and the others, during the dry season. This is due to the high wind speed and thefact that it is located near the catchment area of the treatment plant, where water isconstantly submitted to mixing and sediment suspension during pumping, which causesmixing and low water transparency because of particulate material accumulation. Thereduced euphotic zone in the present study was similar to the Apipucos, reservoir in thestate of Pernambuco (CHAMIXAES, 1984).
The phytoplankton community functinal group II was influenced mainly by theseasonal variation in physical-chemical parameters at the study sites. The increase inphytoplankton species diversity found in Lake Jiqui during the rainy season was causedmainly by the increase in nutrients, which led to the appearance of Chrysophyceae and astrong correlation between interannual climatic variability and interannual variability inmicroalgal community dynamics. In this sense, the present study corroborates theobservations made by Bowden (1970) and Harris (1986), who explained the spatial-temporal distribution of phytoplankton as being the interconnection with the watermixture in shallow lakes and pelagic ocean systems.
The dynamics of phytoplankton classes was related to seasonal variation. TheBacillariophyceae, Chlorophyceae and Euglenophyceae showed significant differencesin relative abundance between the dry and rainy seasons, owing to the increasedconcentration of nutrients and the higher light extinction coefficient in the rainy season,also causing the appearance of Chrysophyceae. Considering the phytoplanktoncommunity as a whole, the higher concentrations of chlorophyll a occurred in the rainyperiod, regardless of the spatial scale, corroborating the results obtained at reservoirs inthe state of Rio Grande do Norte and differing with respect to chlorophyll a in the rainyseason (CHELLAPPA et al., 2009b).
The presence of phytoflagellates (Euglenophyceae and Chrysophyceae) at all theLake Jiqui sites in the rainy season was similar to that found in a study conducted byTaniguchi et al. (2005) at Lake Diogo, São Paulo. These classes show developmentpeaks after periods of disturbance (mixing in the water column by wind or periods ofrainfall), since they acquire a competitive advantage over other groups of algae. For thisreason they are considered opportunist species and are benefited by the increasedconcentrations of organic matter and dissolved phosphorus levels in the water.Pearson’s correlation showed a positive significance at site S (surface), where theEuglenophyceae were positively correlated with the orthophosphate. The higher densityof Cyanophyceae found at the macrophyte bank site in the rainy season may be relatedto the greater availability of nutrients (phosphorus and nitrogen), due to macrophytedecomposition (native) and the greater transport of nutrients (foreign) to the lake.
Hecky & Kilham (1988) described the relationship between nutrients andphytoplankton ecology, in which phytoplankton cells require dissolved inorganicnutrients, necessary for growth, multiplication, increase in biomass and primaryproductivity, and limited by the spatial-temporal variability of the nutrients and by light,temperature and sedimentation. In freshwater, phytoplankton is limited by phosphorus
Resultados 35
and in the sea, by nitrogen. Phytoplankton may decrease the requirement for nutrients,which explains the lack of preferential assimilation in the different ecosystems. In thepresent study, the preferential assimilation of the phytoplanktonic community isexplained by the orthophosphate value which is highly correlated to dominant species ofthe class Bacillariophyceae and the value of ammoniacal nitrogen in turn highlycorrelated to the Chlorophyceae.
The rainy season provokes a disturbance in freshwater ecosystems through theentry of water, by turbulence and the force of circulation, thereby facilitating greaternutrient availability (REYNOLDS, 1984). In this study, during this period, a positivesignificant correlation was found between the phytoplanktonic biomass and theorthophosphate, corroborating the results obtained by Dillon & Rigler (1974). Beyruth(2000) found high levels of phytoplankton biomass in the Guarapiranga reservoir, afterphysical disturbances caused by the rains, demonstrating a rapid response of thephytoplankton to the entry of nutrients. At Lake Jiqui, the water flow of the PitimbuRiver during the rainy season facilitated the higher number of flagellate species,stimulating the increase in chlorophyll a, representing a pulse event in temporal cycle, anatural event of the limnetic ecosystem in the state of Rio Grande do Norte.
Biodiversity, a key factor in ecology, is directly linked to the regulation andfunction of ecosystems, whose biotic and abiotic processes contribute to the variabilityof phytoplankton diversity in aquatic ecosystems, on different time and space scales(CHALAR, 2009). This seasonal variation in the phytoplankton communities of LakeJiqui is related to changes in temperature, hydrodynamic force and nutrient availability.The phytoplankton community of this lake showed high diversity at all the sites, mainlyin the dry season, where turbidity, temperature and the light extinction coefficient werelower, different from the study performed by Chalar (2009), who showed thestandardization of plankton diversity in the Salto Grande reservoir in Uruguay, directlyinterlinked to the light extinction value in the vertical profile.
According to Taniguchi et al (2005), in shallow environments it is difficult toestablish habitat limits for the algal population, given that there is an interactionbetween the compartments of the system, influenced mainly by morphometry,hydrology and stability in the water column. At Lake Jiqui autotrophic competition fornutrients between the phytoplankton and the aquatic macrophytes is limited to themargin.
Aquatic systems deserve greater attention, owing to their importance for humanwater consumption and because reduced supplies of freshwater and pollution havecompromised human health and biosphere equilibrium.
ACKNOWLEDGEMENTSThe first author thanks CAPES/MEC for the scholarship and the other authors wish
to thank the National Council for Scientific and Technological Development of Brazil(CNPq).
RESUMOO objetivo deste estudo foi avaliar a diversidade do fitoplâncton e da qualidade da
água do Lago Jiqui em escalas espaciais e temporais. Este ecossistema de água doce é omais importante fonte de abastecimento de água para a cidade metropolitana de Natal,capital do Rio Grande do Norte e do município adjacente Parnamirim, juntamente commais de 850.000 habitantes. As amostras de água foram coletadas em setembro de 2008a agosto de 2009 em quatro locais diferentes durante o período chuvoso e seco, de umciclo anual. As amostras foram coletadas das águas superficiais, de fundo e de um localdominado por macrófitas flutuantes. Os fatores limnológicos, tais como temperatura, pH
Resultados 36
e condutividade elétrica foram realizadas in situ. As variáveis de nutrientes como onitrato, amônio e ortofosfato foram analisados em laboratório. As concentrações declorofila - a foram analisados a partir de amostras frescas com extração de acetona 90%no escuro a 4°C no laboratório. Os índices ecológicos, como a diversidade,equitabilidade (similaridade), e a riqueza de espécies foram calculados de acordo comShannon-Weaver. Os dados de DBO foram obtidos da CAERN (Companhia de Águas eEsgotos do Rio Grande do Norte). Foi obtida diferença significativa para os parâmetroslimnológicos na escala temporal (estação seca e chuvosa), mas não em escala espacial.A diversidade do fitoplâncton foi moderada a baixa, em ambas as escalas espaciais etemporais, com o domínio selecionado das espécies de Euglena gracilis,Trachelomonas (Euglenophyceae), Gomphonema, Navicula cuspidata var. cuspidata,Navicula spp, Rhopalodia gibba e Cyclotella (Bacillariophyceae). As concentrações daclorofila – a foram baixas durante todo o período de estudo, com média de 1,07 μgL-1.A concentração de clorofila e os valores de DBO manteve-se dentro dos limitesadmissíveis de qualidade da água para consumo humano. O Lago Jiqui é consideradoum ecossistema oligotrófico por causa de baixas concentrações de clorofila, maiortransparência, redução de espécies de cianobactérias e de baixo teor de nutrientes.
REFERENCES
American public health association – Apha. (1992). Standard methods for examinationof water and wasterwater. 16 ed. USA: APHA. 1527p
Araújo, M. F. F., Costa, I. A. S., Chellappa, N. T., (2000). Comunidade Fitoplanctônicae variaveis ambientais na Lagoa Extremoz, Natal/RN, Brasil. Acta limnologicaBrasiliensia, 12, 125-138
Araújo, M.F.F. & Gondinho, M.J.L., (2008). Seaonal variations in planktonic protists(Mastigophora, Sarcodina and Ciliophora) in a river-lacustrine system in northeastBrazil. Acta Limnol.Bras. 20 (3), 235-244
Arthington, A.H., Naiman, R.J., McClain, M.E., & Nielsson, C., (2010). Preserving thebiodiversity and ecological services of rivers: new challenges and research opportunties.Freshwater Biol. 55, 1-16.
Beyruth, Z. (2000). Periodic disturbances, trophic gradient and phytoplanktoncharacteristics related to cyanobacterial growth in Guarapiranga Reservoir, São PauloState, Brazil. Hydrobiologia, 424, 51–65
Bouvy M., Nascimento S. M., Molica R. Jr., Ferreira A, Huszar V & Azevedo S. M. F.O.,(2003). Limnological features in Tapacura reservoir (northeast Brazil) during asevere drought. Hydrobiologia.. 439, 115-130
Bowden, K.F., (1970). Turbulence. Ocanogr. Mar.Biol.Ann.Rev. 8, 11-32
Câmara, F. R. A., Lima, A. K. A., Rocha, O. & Chellappa, N. T (2009). The role ofnutrient dynamics on the phytoplankton biomass (chlorophyll-a) of a reservoir-channelcontinuum in a semi-arid tropical region. Acta Limnol. Bras. 21, n. 4, 431-439.
Resultados 37
Chalar G., (2009). The use of phytoplankton patterns of diversity for algal bloommanagement. Limnologica, .39, 200-208
Chamixaes, C. B. C. B., (1984). Produção primária do fitoplâncton relacionadas com ascondições ecológicas do açude de Apipucos/PE. Recife, PE. 242p. (DissertaçãoMestrado), UFPE.
Chellappa, N. T. ; Araújo, M. F. F. ; Alves, J. M. ; Marinho, I. R. ; Costa, I. A. S.;Medeiros, J. L. ; Costa, M. A. M., (2002). Periphytic algal studies from Bonfim urbanlake of Rio Grande do Norte State of Brazil after the environmental impact. IndianHydrobiology, Chennai-India, 05, n. 01, 55-66
Chellappa, N. T., Chellappa S. L., Chellappa S., (2008) Harmful PhytoplanktonBlooms and Fish Mortality in a eutrophicated reservoir of Northeast Brazil. Braz.Arch. Biol. Thechl. 51. n. 04, 833-841
Chellappa, N. T., Chellappa, T., Lima, A. K. A., Borba, J. L. M., Souza, P. V. &Chellappa, S. (2006). Ecology of the freshwater phytoplankton assembleges from atropical reservoir of northeastern Brazil. International Journal of Lakes and Rivers,01, no. 1, 61-73
Chellappa, N. T.; Camara, F. R. A. & Rocha, O., (2009a). Phytoplankton community:indicator of water quality in the Armando Ribeiro Gonçalves Reservoir and PataxóChannel, Rio Grande do Norte, Brazil. Braz. J. Biol., 69, n.2, 241-251
Chellappa, N. T., Chellappa T., Camara, F. R. A., Rocha, O., Chellappa S., (2009b).Impact of stress and disturbance factors on the phytoplankton communities inNortheastern Brazil reservoir. Limnologica, 39, n. 04, 273-282
Dillon, P. J. & Rigler, F. H., (1974). The phosphorus-chlorophyll relationship in lakes.Limnol. Oceanogr, 19, 767–773
Fiqueredo C. C., Giani A., (2001). Seasonal variation in the diversity and speciesrichness of phytoplankton in a tropical eutrophic reservoir. Hydrobiologia. 445, 165-174
Fragoso, C. R,; Marques, D. M. L. M.; Collischonn, W., Tucci C. E. M., Van N. E. S.,(2008). Modelling spatial heterogeneity of phytoplankton in Lake Mangueira, a largeshallow subtropical lake in South Brazil. Ecological Modelling, 219, 125-137
Golterman, H. L., Clymo, R. S. & Ohnstad, M. A. M., (1978). Methods for physical andchemical analysis of Freshwaters. IBP Handbook, Blackwell Sci.Publ. Oxford. 215p.
Harris, H. P., (1986). Phytoplankton Ecology: Structure, functions and fluctuation. NewChafman and Hall.
Hecky R. E. & Kilham, P., (1988). Nutrient limitation of phytoplankton in freshwaterand marine environments: A review of recent evidence on the effects of enrichment.Limnol. Oceanogr., 33 (4, part 2), 196-822
Resultados 38
Huszar V. L. M & Giani A., (2004). Amostragens da Comunidade fitoplanctônica emáguas continentais: Reconhecimento de padrões espaciais e temporais. In Bicudo C. E.M & Bicudo D. C., Amostragem em Limnologia. Editora Rima, 133-147.
Lewis, W. M. Jr. (l983). Temperature, heat, and mixing in Lake Valencia, Venezuela.Limnology and Oceanography, 28, 273-286
Lopes, M. R. M; Bicudo, C. E. D; Ferragut, M. C., (2005). Short term spatial andtemporal variation of phytoplankton in a shallow tropical oligotrophic reservoir,southeast Brazil. Hydrobiologia, 542, 235-247
Marker, A. F. H., Nusch, E. A., Rai, H.; Riemann, B., (1980). The measurementsphotosynthetic pigments in freshwater and standardization of methods: conclusions andrecommendations. Arch. Hydrobiol. Beih. 14, 91-106
Moura N. A., Dantas E. W. And Oliveira – Bittencourt., M. C., (2007). Structure of thePhytoplankton in a Water Supply System in the State of Pernambuco – Brazil. Braz.Arch. Biol. Thechl. 50, no. 4, 645-654
Nogueira, M. G., (2000). Phytoplankton composition, dominance and abun dance asindicators of environmental compartmentalization in Jurumirim Reservoir(Paranapanema River), Sao Paulo, Brazil. Hydrobiologia, 431, 115-128
Petrucio, M. M; Barbosa, F. A. R; Furtado, A. L. S., (2006). Bacterioplankton andphytoplankton production in seven lakes in the Middle Rio Doce basin, south-eastBrazil. Limnologica, 36, 192-203
Poole , H. H.; Atkins, W. R. G., (1929). Photo-eletric mmeasurements of submarineillumination throughout the year. Journal of the Marine Biological association of theUnited Kingdom, Plymouth, 16, 234-297
Rangel L. M., Silva L. H. S., Arcifa M. S., Perticarrari A., (2009). Driving forces of thediel distribution of phytoplankton functional groups in a shallow tropical lake (LakeMonte Alegre, Southeast Brazil). Brazilian Journal Biology. 69, no.1, 75-85
Reynolds, C. S. (1984). The Ecology of Freshwater phytoplankton. CambridgeUniversity Press, Cambridge, USA. 384 p
Talling, J. F. (1969). The incidence of vertical mixing and some biological and chemicalconsequences in tropical Africam lakes. Verhandlungen der Internationale Vereinigungfün Limnologie, 17, 998 -1012
Tanigushi G. M, Bicudo D. C. & Senna P. A. C. (2005). Gradiente litorâneo-limnéticodo fitoplâncton e ficoperifíton em uma lagoa da planície de inundação do Rio Mogi-Guaçu. Revista Brasileira de Botânica. 137-147.
Thornton, K. W.; Kimmel, B.L. & Payne, F. E. (1990). Reservoir Limnology:Ecological perspectives. A Wiley Inter Science. Publications. John Wiley & Sons, 248p.
Resultados 39
Tundisi, J. G. (1977). Produção primária, “Standing-stock” do fitoplâncton e fatoresecológicos em ecossistemas lacustre artificial (Represa do Broa, São Carlos). 410p.(Tese de livre docência. Universidade de São Paulo).
Tundisi, J. G. & Tundisi, T. M. (2008). Limnologia. Ed. Oficina de Textos, São Paulo,632p.
Resultados 40
TABLES
Table 1. Hidrological and morphometric characteristics of Lake Jiqui, RN
Source: SEMARH/ RN, 2008 (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídricos) & CAERN, 2008 (Companhia de Água e Esgotos do Rio Grande do Norte).
Initial year of functioning 1934
Drenage area 153,895 m2
Water outlet 12. 25m
Width 1,210m
Length 200m
Maximum capacity 466,093 m³
Storage volume 466,000 m³
Flow input 1.5345 m3/s
Flow output 1.2729 m3/s
Hydraulic detention time 2.6 dias
Maximum depth during study 4 m
Annual rainfall 1,562.6 mm/ano
Annual mean relative humidity 75%
Annual mean temperature 26.8 °C
Total annual evaporation 1,553.5 mm
Total annual insolation 2,954 h
Atmospheric pressure 1,004.8 hPa
Average annual wind speed 4.9 m/s
Wind direction Southeast
Resultados 41
Table 2. Minimum, maximum and mean values of the environmental variables of Lake Jiqui on spatial and temporal scales during an annual cycle2008-2009 (S-surface, B- bottom, C- margin of the lake without macrophytes, M- site dominated by macrophytes, DO- dissolved oxygen, COND-electrical conductivity, Transp -Transparency, NO3 – nitrate, NH4 - ammonium , PO4 – orthophosphate.
DRY PERIOD RAINY PERIODEnvironmental
variablesS B C M S B C M
pH 6,808 6,723 6,773 6,703 6,9 6,49 6,51 6,61
(6,80 - 7,57) (6,72 - 7,42) (6,77 -7,34) (6,70 - 7,56) (6,5 - 7,41) (6,28 - 7,01) (6,13 - 7,13) (6,11 - 7,0 )Temperature (Cº) 27,8 26,5 28,5 28,5 28,813 28,2 28,8 28,7
(6,47 - 7,57) (6,20 - 7,42) (6,38 - 7,34) (6,29 - 7,56) (27 - 31,1) (26,5 - 30,9 ) (26,9 - 30,9) (27 - 30,4)DO (mg L-1) 7,6 6,7 7,9 7,32 5,9 5,2 5,9 5,4
(6,6 - 8,7) (5 – 7,9) (6,3 – 8,7) (5,1 - 8,7) (5 - 7,7) (4,4 - 7,0) (4,7 - 7,7) (4,4 - 7,0)Cond (µScm-1) 97,7 124,5 103 94,75 98,125 100,3 98,25 94,12
(94 - 100,0) (95 – 205,0) (100,0 -111,0) (91 - 98) (80 - 136) (79 - 132 ) (81 - 135) (79 - 114)Transp (m) 2,04 1,12 2,01 1,429 1,386 1,528
(1,76 – 2,16) (0,8 -1,76) (1,8 -2,13) (0,97 - 2,18) (0,75 - 2,14) (0,62 - 2,18)NO3 (mg L-1) 0,37 0,73 0,4 0,57 0,5 0,63 0,41 0,47
(0,054 - 0,96) (0,50 – 1,12) (0,12 – 0,98) (0,62 - 0,66) (0,037 - 0,95 ) (0,22 - 1,07) (0,16 - 0,69) (0,16 - 0,85)NH4 (mg L-1) 0,13 0,19 0,08 0,13 0,113 0,18 0,15 0,26
(0,046- 0,23) (0,096 -0,25) (0,005 – 0,16) (0,067 - 0,21) (0,01 - 0,5 ) (0 - 0,83) (0,01 - 0,48) (0,04 - 1,01)PO4 (mg L-1) 0,24 0,24 0,26 0,29 0,307 0,25 0,2 0,21
(0,1 - 0,45) (0,1 – 0,43) (0,22– 0,29) (0,16 - 0,5) (0,023 - 0,88) (0,053 - 0,41) (0,016 - 0,35) (0,004 - 0,37)
Resultados 42
Table 3. List of phytoplankton species encounted in Lake Jiqui during the period September,
2008 to August, 2009.
(S-surface, B- bottom, C- margin of the lake without macrophytes, M- site dominated by macrophytes)
DRY PERIOD RAINY PERIOD
S B C M S B C M
BACILARIOPHYCEAE
Amphicampa eruca Ehrenberg - 100 100 - - - - -
Amphiprora sp 200 100 - - - - - -
Amphora pediculus 600 100 150 3,200 100 - - -
Aulacoseira granulata Simonsen - - 100 - - - - -
Aulacoseira sp - - 250 100 - - - -
Ceratoneis arcus var. arcus - - - - - - - 100
Caloneis ventricosa - - - 100 - - - -
Cocconeis placentula Rhr 100 - - - - - - -
Cyclotella sp 700 1,300 600 3,700 2,900 1,600 2,000 2,200
Cymbella afinnis Kützing 300 100 - 10,120 - - - -
Cymbella lanceolata (Agardh) - - - 2,900 - - - -
Cymbella minuta Hilse - 100 - - - - - -
Cymbella microcephala Grun - - - 4,540 - - - -
Eunotia flexuosa var. flexuosa - - - 100 100 - 300 200
Eunotia serra - 300 - - 100 100 200 100
Fragillaria virescens var. exigua 300 - 250 100 100 - 200 100
Gyrosigma acuminatum - - - - - 100 - 100
Gomphonema apuncto 350 400 1500 100 400 100 400 400
Gomphonema parvulum 300 - - - - - - -
Gomphonema truncatum var.
capitatum - - - - - - - 200
Melosira patagonica - 100 100 2,800 - - - -
Melosira varians 200 100 - 300 100 - - -
Navicula contenta - 100 100 800 - - - -
Navicula cryptocephala var.
cryptocephala 200 - - - 100 - - -
Navicula cuspidata var. cuspidata 6,200 100 250 4700 500 100 300 1,400
Resultados 43
Navicula Mutica var. cahinii 100 - - - - - - -
Navicula sp 500 300 700 10,640 500 300 300 700
Nitzschia cuspidata - - - - - 400 - 200
Nitzschia kutizingiana 100 - - - 100 - - -
Nitzschia linearis - 100 - 4,400 - - - -
Nitzschia reimerii Kociolek &
Herbst - - - 220 - - - -
Nitzschia sigmoidea 100 100 - - 200 - - -
Nitzschia sp - - - - 100 - - -
Nupela sp 100 - - - - - - -
Pinnularia lata - - - - 100 100 - -
Pinnularia sp 700 300 - 600 300 200 200 100
Pinnularia viridis - - - - - 100 - -
Rhopalodia gibba 200 200 100 720 300 300 200 100
Stephanodiscus sp 600 100 - 2,960 700 300 400 800
Surirella tenera 1,350 200 400 11,060 - 100 400 -
Tabellaria binalis (Ehr) Grun 300 100 - 200 300 200 300 300
Subtotal 13,5x103 4,3x103 45,5x102 64,36x103 7x103 4x103 5,2x103 7 x 103
CHLOROPHYCEAE
Actinastrum hantzschii - - - - 100 - - -
Ankistrodesmus bibraianus - - - - 100 - - -
Ankistrodesmus falcatus 400 100 200 - 400 - - -
Bambusina brebissonii 200 - - - - - - -
Closterium ehrenbergii 100 - - - 100 - - -
Closterium rostratum 500 - - 540 - - - -
Coelastrum astroideum - - - - 100 500 100 400
Coelastrum microporum - 100 100 - 200 - - -
Coelastrum reticulatum - - - 100 100 - 300 -
Cosmarium bioculatum var.
canadense 100 - - - - - - -
Cosmarium sp 150 - 850 100 600 - - -
Cylindrocystis displora - - 100 - 200 - - -
Elakatothrix inflexa - 100 - - 100 200 - 100
Resultados 44
Eudorina sp - - - - - 400 200 -
Euastrum abruptum var.lagoense - - - 100 - - - -
Eustropsis richeteri 100 300 100 400 100 100 - 200
Golenkinia radiata 100 - - 7,480 - - - -
Hialotheca dissiliens 100 - - - - - - -
Kirchneriella lunaris - - - - 100 - - -
Kirchneriella obesa - - - - 100 100 - -
Micrasterias folícea - - - - 100 - - -
Micrasteris rotata - - - - - - 100 -
Monoraphidium irregulare - - - - - - - 100
Oocystis sp 5,250 100 200 - 2,600 1,300 - -
Pandorina sp 450 200 200 100 400 100 800 1,000
Pediastrum duplex var. duplex 100 - - - 500 - 200 500
Pediastrum duplex meyen var.
typicum 200 - - - - - - 100
Pleurotaenium tridentulum var.
capitatum - 100 5,300 100 100 200 100 200
Radiofilum conjunctivum - - - - - 100 - -
Scenedesmus acuminatus - - - - 200 - - -
Scenedesmus acutus fma. alternans - - - 100 100 - 100 300
Scenedesmus denticulatus - - - - 200 - - -
Scenedesmus dispar 100 - - - - - - -
Scenedesmus quadricauda fma.
granulatus 300 - - 660 100 - - 100
Schroederia setigera 300 - - 1,900 700 - 200 100
Selenastrum gracile - - - - 200 - - -
Sphaerozomas laeve 100 - 200 - - - 600 700
Sphaerozosma aubertianum var.
archerii - 100 - 1,200 - - - -
Sphaerozosma vertebratum - - - 100 200 100 - -
Staurastrum avicula var.
subarcuatum 500 - - - - - - -
Staurastrum gracile - - - - - - 200 -
Resultados 45
Staurastrum rotula - 100 200 200 - - - 100
Staurastrum vestitum 200 - - 100 - - - -
Staurastrum sp 450 100 200 5,480 400 - - 400
Staurastrum vestitum - - - 100 - - - -
Tetraspora gelatinosa - - - 100 1,700 800 - 100
Volvox sp 500 800 - 100 - - - 300
Subtotal 10,15x103 2,1x103 76,50x102 18,96x103 9,8x103 3,9x103 2,9x103 4,7x103
CYANOPHYCEAE
/CYANOBACTERIA
Anabaena circicalis 500 100 100 200 - - - 100
Anabaena sp - 100 - - 100 - - -
Chroococcus turgidus 100 100 200 200 - - 200 100
Geitlerinema sp - - 100 - 100 - - -
Microcystis aeruginosa 100 - 200 - 300 100 - 200
Nostochopsis lobata - - - - - - 1,400 -
Phormidium favosum - - - - - - 100 -
Raphidiopsis curvata - - - - 100 - - -
Synecocystis aqualis 8,200 300 - 2,500 300 1,000 400 4400
Subtotal 8,9x103 6x102 6x102 2,9x103 9x102 11x102 2,1x103 4,8x103
CHRYSOPHYCEAE
Dinobryon behningii - - - - 3,800 100 700 1,700
Subtotal 3,8x103 1x102 7x102 1,7x103
DINOPHYCEAE
Peridinium sp - - 100 - 700 1,000 1,800 700
Stylodinium globosum 1,100 100 700 - 500 100 - 300
Subtotal 11x102 1x102 8x102 1,2x103 11x102 1,8x103 1x103
EUGLENOPHYCEAE
Euglena gracilis 4,600 1,000 1,650 1,700 5,700 2,600 1,500 4,400
Euglena spirogyra 2800 - - - - - - -
Phacus dujardin 400 - - 2,640 400 900 900 1,000
Phacus tortus - - - - - 200 - -
Trachelomonas sp 12,350 1,200 300 2,800 5,700 2,100 1,800 3,800
Subtotal 20,15x103 2,2x103 19,5x102 71,4x102 11,8x103 5,8x103 4,2x103 9,2x103
Resultados 46
RAPHIDOPHYCEAE
Tetraplektron acutum (Pascher) - - - - - - - 100
Subtotal 1x102
XANTOPHYCEAE
Isthmochloron lobulatum - - - - 100 - - -
Pseudostaurastrum limneticum 300 - - - - - - -
Subtotal 3x102 1x102 1x102
Resultados 47
Table 4. Distribution of phytoplanktonic species in Lake Jiqui during the dry and rainy
periods (S-surface, B- bottom, C- margin of the lake without macrophytes, M- site dominated by
macrophytes)
Dry period Rainy period
S B C M S B C M
Bacillariophyceae 21 20 13 22 18 14 12 15
Chlorophyceae 21 11 11 19 27 11 11 16
Cyanophyceae/Cyanobacteria 4 4 4 3 5 2 4 4
Chrysophyceae 0 0 0 0 1 1 1 1
Dinophyceae 1 1 2 0 2 2 1 2
Euglenophyceae 4 2 2 3 3 4 3 3
Raphydiphyceae 0 0 0 0 0 0 0 1
Xantophyceae 1 0 0 0 1 0 0 0
Total taxons 52 38 32 47 57 34 32 42
Resultados 48
Table 5. Pearsons correlations between phytoplankton classes and biotic factors during dry
and rainy periods. (S-surface, B- bottom, C- margin of the lake without macrophytes, M- site
dominated by macrophytes, K - Distinction coefficient of light)
Biological variables S B C M
Dry Rainy Dry Rainy Dry Rainy Dry Rainy
Chlorophyceae and transparency -0,97
Chlorophyceae and K 0,97
Cyanophyceae and transparency -0,99
Cyanophyceae and K 0,99
Euglenophyceae and pH 0,97
Bacillariophyceae and pH 0,72
Bacillariophyceae and temperature 0,76
Bacillariophyceae and orthosphosphate 0,74
Euglenophyceae and orthosphosphate 0,76
Xantophyceae and orthosphosphate -0,87
Xantophyceae and BDO -0,71
Chlorophyceae and ammonium 0,98
Chlorophyceae and electrical conductivity 0,99
Bacillariophyceae and rainfall 0,98 -0,82
Cyanophyceae and nitrate -0,76 0,76
Cyanophyceae and orthosphosphate -0,75 0,86
Bacillariophyceae and nitrate -0,72
Bacillariophyceae e and turbidity -0,76
Chlorophyceae and dissolved oxygen 0,76
Chlorophyceae and turbidity -0,7
Euglenofíceae and turbidity -0,74
Euglenofíceae and rainfall -0,79
Crysophyceae and dissolved oxygen 0,84
Crysophyceae and nitrate -0,85
Crysophyceae and orthosphosphate -0,91
Raphidiophyceae and transparency -0,77
Raphidiophyceae and turbidity 0,83
Raphidiophyceae and K 0,77
Dinophyceae and transparency 0,99 0,99
Resultados 49
FIGURE LEGENDS
Figure 1. Pirangi hydrographic basin with the location of study sites in Lake Jiqui, RN
Site 1 (C) margin of the lake without macrophytes, Site 2 (S) surface, Site 3 (B) bottom, Site 4
(M) macrophytes.
Figure 2. Rainfall variation in Lake Jiqui during the period of September, 08 to August, 09.
Figure 3. Variation in wind velocity in Lake Jiqui during the period of September, 08 to
August, 09.
Figure 4. Variation of depth and transparency in Lake Jiqui during the period of September,
08 to August, 09. PE- dry period; PC – rainy period.
Figure 5. Variation in concentrations of BOD5 (Biochemical Oxygen Demand) between the
sites M-macrophytes, S- surface, B- bottom, PE- dry period; PC – rainy period.
Figure 6. Variation in concentrations of nutrients (a) orthophosphate, (b) nitrate and (c)
Amonia in Lake Jiqui during the study period. M-macrophytes, S- surface, C- margin of the
lake without macrophytes, F- bottom, PE- dry period; PC – rainy period.
Figure 7. Variation in the concentration of chlorophyll a in Lake Jiqui during the study
period. M-macrophytes, S- surface, C- margin of the lake without macrophytes, F- bottom, PE-
dry period; PC – rainy period.
Figure 8. Temporal and spatial variation in percentage relative abundance of phytoplankton
in Lake Jiqui, RN.
Figure 9. Temporal and spatial variation of ecological indices in Lake Jiqui, RN.
(a) Diversity; (b) Dominance; (c) Richness; (d) Equitatibility.
Resultados 51
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Sept/0
8
Oct/08
Nov/08
Dec/08
Jan/0
9
Feb/09
Mar/09
Apr/09
May/09
June
/09
July/
09
Aug/09
Prec
ipita
tion
(mm
)
Figure 2.
Resultados 52
Wind speed
0,0
2,0
4,0
6,0Sept/08
Oct/08
Nov/08
Dec/08
Jan/09
Feb/09Mar/09
Apr/09
May/09
June/09
July/09
Aug/09
Figure 3.
Resultados 53
Deph and transparency
0,00,51,01,52,02,53,03,54,04,55,0
Sept/08 Oct/08 Nov/08 Dec/08 Jan/09 Feb/09 Mar/09 Apr/09 May/09 June/09 July/09 Aug/09
Dry RainyDepth Transp
Figure 4.
Resultados 54
BOD5
00,5
11,5
22,5
33,5
44,5
Sep
t/08
Oct
/08
Nov
/08
Dec
/08
Jan/
09
Feb/
09
Mar
/09
Apr
/09
May
/09
June
/09
July
/09
Aug
/09
Dry Rainy
mg.
L-1
S B M
Figure 5
Resultados 55
Orthophosphate
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
Sep
t/08
Oct
/08
Nov
/08
Dec
/08
Jan/
09
Feb
/09
Mar
/09
Apr
/09
May
/09
June
/09
July
/09
Aug
/09
Dry Rainy
mg.
L-1
M S B C
Nitrate
00,20,40,60,8
11,2
Sep
t/08
Oct
/08
Nov
/08
Dec
/08
Jan/
09
Feb
/09
Mar
/09
Apr
/09
May
/09
June
/09
July
/09
Aug
/09
Dry Rainy
mg.
L-1
M S B C
Ammonium
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
Sep
t/08
Oct
/08
Nov
/08
Dec
/08
Jan/
09
Feb
/09
Mar
/09
Apr
/09
May
/09
June
/09
July
/09
Aug
/09
Dry Rainy
mg.
L-1
M S C B
Figure 6.
Resultados 56
Chlorophyll a
01234567
Sept
/08
Oct
/08
Nov
/08
Dec
/08
Jan/
09
Feb
/09
Mar
/09
Apr
/09
May
/09
June
/09
July
/09
Aug
/09
Dry Rainy
μg.L
-l
C M S B
Figure 7.
Resultados 57
Relative abundance
0%
20%
40%
60%
80%
100%
S DRY S RAINY F DRY F RAINY M DRY M RAINY C DRY C RAINY
Bacillariophyceae Chlorophyceae Cyanophyceae Euglenophyceae
Dinophyceae Chrysophyceae Xanthophyceae
Figure 8.
Resultados 58
Diversity (H')
0
12
3
4
56
7
Sept/08 Oct/08 Nov/08 Dec/08 Jan/09 Feb/09 Mar/09 Apr/09 May/09 June/09 July/09 Aug/09
Dry Rainy
M S B C
(a)
Dominance
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
Sept/08 Oct/08 Nov/08 Dec/08 Jan/09 Feb/09 Mar/09 Apr/09 May/09 June/09 July/09 Aug/09
Dry RainyM S B C
(b)
Species richness
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Sept/08 Oct/08 Nov/08 Dec/08 Jan/09 Feb/09 Mar/09 Apr/09 May/09 June/09 July/09 Aug/09
Dry Rainy
M S B C
(c)
Equitability
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
Sept/08 Oct/08 Nov/08 Dec/08 Jan/09 Feb/09 Mar/09 Apr/09 May/09 June/09 July/09 Aug/09
Dry RainyM S B C
Figure 9.
Conclusões 60
A Lagoa do Jiqui é um ambiente raso, com ausência de estratificação térmica,
caracterizada pela constante mistura de água, pH neutro, condutividade elétrica baixa e
com moderados valores de oxigênio.
As concentrações dos nutrientes inorgânicos e a clorofila - a estão abaixo dos valores
permitidos pelo CONAMA/357 e pelo Ministério da Saúde do Brasil para águas doces
de classe dois, conferindo as águas da Lagoa do Jiqui de boa qualidade para o
consumo humano.
A diversidade fitoplanctônica da Lagoa do Jiqui é considerada de moderada a alta e a
riqueza das espécies é alta.
A ocorrência de cianobactérias é baixa, tanto na escala espacial quanto temporal.
Há uma dominância das espécies Cyclotella sp, Gomphonema apuncto, Navicula
cuspidata var. cuspidata, Navicula sp e Rhopalodia gibba.
A Lagoa do Jiqui é oligotrófica, tomando como base a alta transparência, baixos
valores de clorofila e baixas concentrações de fósforo.
Referências Bibliográficas gerais 62
ANA. Panorama da qualidade das águas superficiais no Brasil/Agência nacional de
águas, superitendencia de planejamento de recursos hídricos. – Brasília: ANA,
SPR, 2005
APHA, American Public Health association Standard methods for the examination
of water and wastewater. 18 ed. Washington 1992.
ARAÚJO M. F. F., COSTA I. A. S. & CHELLAPPA N.T. Comunidade
fitoplânctonica e variáveis ambientais ma Lagoa de Extremoz, Natal – RN, Brasil.
Acta Limnologica Brasiliensia, p. 127 – 140. 2000.
ARAÚJO, M.F.F. & GONDINHO, M.J.L., Seaonal variations in planktonic protists
(Mastigophora, Sarcodina and Ciliophora) in a river-lacustrine system in
northeast Brazil. Acta Limnol.Bras. v. 20 (3), p. 235-244. 2008.
ARTHINGTON, A. H., NAIMAN, R. J., MCCLAIN, M. E., & NIELSSON, C.,
Preserving the biodiversity and ecological services of rivers: new challenges and
research opportunties. Freshwater Biol.v. 55, p. 1-16. 2010.
AUDRY, P. & SUASSUNA. A salinização das águas disponíveis para a pequena
irrigação no sertão nordestino: Caracterização, variação sazonal. Limitações de
uso. Recife: CNPq, 127p. 1995.
AZEVEDO, L. M. P. & MOREIRA, R. C. Climatologia. In: Brasil, Ministério das
Minas e Energia, Projeto RADAMBRASIL. Rio de Janeiro. Folhas SB. 24-25
Jaguaribe-Natal. p. 706-728. 1981
BARBER, H. G. & HOWARTH E. Y. A guide to the morphology of Diatom frustule,
Fresh water biological association, scientific publication. no. 44. 1981
BERGEN, W. H.; PARKER, F. L. Diversity of plakton foraminifer in deep-sea
sediments. Science. n.168, p. 1345-1347. 1970.
Referências Bibliográficas gerais 63
BEYRUTH, Z. Periodic disturbances, trophic gradient and phytoplankton
characteristics related to cyanobacterial growth in Guarapiranga Reservoir, São
Paulo State, Brazil. Hydrobiologi, vol. 424, p. 51–65. 2000.
BORBA, J. L. M. Caracterização da Comunidade Fitoplânctonica do Açude
Cruzeta/RN. 141p. Dissertação (Mestrado). UFRN, 2005.
BOUVY, M., NASCIMENTO, S. M., MOLICA, R. I. R, FERREIRA, A. HUSZAR, V.
L. & AZEVEDO, S. M. F. O. Limnological features in: Tapacura reservoir northest
Brazil during a severe drought. Hydrobiologia, vol. 493, p. 115-130. 2003.
BOWDEN, K. F. Turbulence. Ocanogr. Mar.Biol.Ann.Rev. vol.8, p.11-32. 1970
CAERN, Companhia de Água e Esgotos do Rio Grande do Norte. Disponível em:
http://www.caern.rn.gov.br. Acesso em: 17 de junho de 2009.
CALIJURI, M. C. A. A comunidade fitoplanctônica em um reservatório tropical
(Barra Bonita, SP). 211f. Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São
Carlos. 1999.
CALIJURI, M. C., CUNHA, D. G. F., QUEIROZ, L. A., MOCCELLIN, J., AND
MIWA, A. C. P. Nutrients and chlorophyll-a concentrations in tropical rivers of
Ribeira de Iguape Basin, SP, Brazil. Acta Limnol. Bras., vol. 20, no. 2, p. 131-138.
2008.
CÂMARA, F. R. A., LIMA, A. K. A. CHELLAPPA, N. T. Diversidade da
Comunidade fitoplanctônica do Canal do Pataxó, Rio Grande do Norte. Revista
Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p. 21-23, jul. 2007.
CÂMARA, F. R. A., LIMA, A. K. A., ROCHA, O. & CHELLAPPA, N. T. The role of
nutrient dynamics on the phytoplankton biomass (chlorophyll-a) of a reservoir-
channel continuum in a semi-arid tropical region. Acta Limnol. Bras. v. 21, no. 4, p.
431-439. 2009.
Referências Bibliográficas gerais 64
CANAN, B. Cronologia Alimentar de Metynnis Roosevelt Eigenmann, 1915
(Characiade, Myleinae) da lagoa do jiqui, Parnamirim, RN. Dissertação
(Mestrado).91p. UFRN. 1996.
CARLSON, R. E. A trophic state index for lakes. Limonol. Oceanog., vol. 22, p.361-
369. 1977.
CARPENTER S. R., CARACO N. F., CORREL D. L. HOWARTH R. W., SHARPLEY
A. N. & SMOTH V. H. Nonpoint pollution of surface waters with phosphorus and
nitrogen. Ecological applications, p.559-568.1998.
CHALAR G. The use of phytoplankton patterns of diversity for algal bloom
management. Limnologica, vol.39, p. 200-208. 2009
CHAMIXAES, C. B. C. B. Produção primária do fitoplâncton relacionadas com as
condições ecológicas do açude de Apipucos/PE. Recife, PE. 242p. (Dissertação
Mestrado), UFPE. 1984.
CHELLAPPA, N. T. Phytoplankton species composition, chlorophyll biomass and
primary productivity of Jundiaí reservoir, Northeast, Brazil. Before and after
eutrophication. Acta Hydrobiologia, vol.32, p. 75-91.1990
CHELLAPPA, N. T, AMORIM J. M.F., BEZERRA T. A. CID V., COSTA I.A.
Studies on the microalgae of Rio Grande do Norte, Brazil: A comparison of the
phytoplankton assemblages of an oligotrophic and a eutrophic lake. Nova
Hedwigia, p.513-524. 1996.
CHELLAPPA, N. T. BORBA, J.L. M, OLIVEIRA K. R., LIMA, A. K. A Diversidade,
co-existência e dominância na comunidade fitoplanctônica da Barragem Cruzeta,
Rio Grande do Norte. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, vol. 5, supl. 2,
p. 126-128, jul. 2007.
Referências Bibliográficas gerais 65
CHELLAPPA, N. T., CHELLAPPA S. L., CHELLAPPA S. Harmful Phytoplankton
Blooms and Fish Mortality in a eutrophicated reservoir of Northeast Brazil.
Braz. Arch. Biol. Thechl. V. 51. n. 04, p. 833-841. 2008.
CHELLAPPA, N. T.; ARAÚJO, M. F. F. ; ALVES, J. M. ; MARINHO, I. R. ; COSTA,
I. A. S.; MEDEIROS, J. L. ; COSTA, M. A. M. Periphytic algal studies from Bonfim
urban lake of Rio Grande do Norte State of Brazil after the environmental impact.
Indian Hydrobiology, Chennai-India, vol. 05, n. 01, p. 55-66. 2002
CHELLAPPA, N. T.; CAMARA, F. R. A. & ROCHA, O. Phytoplankton community:
indicator of water quality in the Armando Ribeiro Gonçalves Reservoir and
Pataxó Channel, Rio Grande do Norte, Brazil. Braz. J. Biol. [online]., vol.69, n.2, p.
241-251. 2009a
CHELLAPPA, N. T., CHELLAPP T., CAMARA, F. R. A., ROCHA, O., CHELLAPPA
S., Impact of stress and disturbance factors on the phytoplankton communities in
Northeastern Brazil reservoir. Limnologica. v. 39. no 04. p 273-282. 2009b.
CHELLAPPA, NT., CHELLAPPA, T., LIMA, A. K. A., BORBA, JLM., SOUZA, PV.
and CHELLAPPA, S., Ecology of the freshwater phytoplankton assembleges from a
tropical reservoir of northeastern Brazil. International Journal of Lakes and
Rivers, vol. 1, no. 1, p. 61-73. 2006
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – CONAMA. Resolução nº 357 de
17 de março de 2005. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/port/conama> Acesso
em: 17 de junho de 2009. 2005
COSTA, I. A. S. Dinâmica de populações de cianobactérias em um reservatório
eutrofizado no semi-árido nordestino brasileiro. 214p. Tese de doutorado. UFSCAR.
São Carlos. 2003
DESIKACHARY, T. V., GOWTHAMAN, S.; LATHA Y. Atlas of Diatoms (Fascicle
II) – Diatom Flora of Some Sediments from the Indian Ocean Region. Madras Science
Foundation. 1959.
Referências Bibliográficas gerais 66
DILLON, P. J. & RIGLER, F. H., The phosphorus-chlorophyll relationship in lakes.
Limnol. Oceanogr, vol. 19, p. 767–773. 1974.
DOURADO, E. C. S.; BENEDITO-CECILIO, E. & LATINI, J. D. O grau de trofia do
ambiente influencia a quantidade de energia dos peixes? In: RODRIGUES, L.;
THOMAZ, S. M.; AGOSTINHO, A. A. & GOMES, L. C. Bioceneses em
Reservatórios: Padrões Espaciais e Temporais. Ed. Rima. São Carlos, SP. p. 211-
222. 2005.
FIQUEREDO C. C., GIANI A. Seasonal variation in the diversity and species
richness of phytoplankton in a tropical eutrophic reservoir. Hydrobiologia. vol. 445,
p. 165-174. 2001.
FRAGOSO, C. R,; MARQUES, D. M. L. M.; COLLISCHONN, W., TUCCI C. E. M.,
VAN NES, E. H. Modelling spatial heterogeneity of phytoplankton in Lake
Mangueira, a large shallow subtropical lake in South Brazil. Ecological Modelling,
vol. 219, p.125-137. 2008
FRISSELL, C. A., LISS, W. J., WARREN, C. E. & HURLEY, M. D., A hierarchical
framework for stream classification: viewing streams in a watershed context.
Environmental Management, vol.10, p. 199-214. 1986.
GOLTERMAN, H. L., CLYMO, R. S. & OHNSTAD, M. A. M. Methods for physical
and chemical analysis of Freshwaters. IBP Handbook, Blackwell Sci.Publ. Oxford.
215p. 1978.
HARRIS, H. P. Phytoplankton Ecology: Structure, functions and fluctuation. New
yns Chafman and Hall. 1986.
Referências Bibliográficas gerais 67
HECKY R. E. and KILHAM, P. Nutrient limitation of phytoplankton in freshwater
and marine environments: A review of recent evidence on the effects of
enrichment. Limnol. Oceanogr., vol.33 (4, part 2), p.196-822. 1988.
HUSTED, F. Die kieselalgen. Deutschlands, Osterreichs und der Schweiz unter
Berucksichtigung der ubrigen Lander Europa sowier der angrenzenden Meeresgebiete.
Leipzig: Akademische Verlagesellschaft Greest & Portig K-G, 920 p. (L. Rabenhorst,
Kryptogamen-Flora Von Deustschland, Osterreich und der Schweiz, vol. 7, pt. 1), 1930.
HUSZAR V. L. M & GIANI A. Amostragens da Comunidade fitoplanctônica em
águas continentais: Reconhecimento de padrões espaciais e temporais. In BICUDO
CEM & BICUDO DC., Amostragem em Limnologia. Editora Rima, p 133-147. 2004.
IGARN - Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte - Relatório
final do Plano de Gestão Integrada da Bacia do Rio Pitimbu. 158p, 2009.
LAISK, A., NEDBAL, L. & GOVINDJEE. Photosynthesis in Silico: Understanding
complexity from Molecules to Ecosystem. In: Advances in Photosynthesis and
Respiration (Ed. Govindjee) 1-520 pp. 2009.
LEWIS, W. M. Jr., Temperature, heat, and mixing in Lake Valencia, Venezuela.
Limnology and Oceanography, vol. 28, p. 273-286. l983
LOBO, E.; LEIGHTON, G. Estructuras comunitarias de las fitocenosia planctônicas
de los sistemas de desembocaduras de rios y esteros de la zona central de Chile.
Revista Biológica Marina. n. 22, p. 1-29, 1986.
LOPES, M. R. M; BICUDO, C. E. D; FERRAGUT, M. C. Short term spatial and
temporal variation of phytoplankton in a shallow tropical oligotrophic reservoir,
southeast Brazil. Hydrobiologia, vol. 542, p. 235-247. 2005.
MARGALEF, R. Information theory in ecology: general system, 1958. vol. 3, p. 36-
71.1958.
Referências Bibliográficas gerais 68
MARGALEF, R. Limonología. Ed. Omega. 1010p. 1997.
MARKER, A. F. H., NUSCH, E. A., RAI, H.; RIEMANN, B. The measurements
photosynthetic pigments in freshwater and standardization of methods:
conclusions and recommendations. Arch. Hydrobiol. Beih. vol.14, p.91-106. 1980.
MEIS S. THACKERAY S. J.; JONES D. Effects of recent climate change on
phytoplankton phenology in a temperate lake. Freshwater biology, p. 1-11, 2009
MENEZES, M. R. L.; CARVALHO, E. T. G. Referência Documentárias. 4º edição.
EDFURN: Natal, 60p. 2006.
MINISTÉRIO DA SAUDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação Geral
de Vigilância em Saúde Ambiental. Portaria MS nº 518/2004. Brasília, DF. 2005
MOURA N. A., DANTAS E. W. & OLIVEIRA – BITTENCOURT., M. C. Structure
of the Phytoplankton in a Water Supply System in the State of Pernambuco –
Brazil. Braz. Arch. Biol. Thecl, vol.50, no. 4, p. 645-654. 2007
MPF, 2009. Ministério Público Federal. Disponível em: www.pfdc.pgr.mpf.gov.br
Acesso em: 07 de outubro de 2009
NAKASHIMA S.; YAMADA Y.; TADA K. Characterization of the water quality of
dam lakes on Shikoku Island, Japan. Limnology, p. 1-22, 2007
NASELLI-FLORES, L. & BARONE, R. Distribution and seasonal dynamics of
Cryptomonads in Sicilian water bodies. Hydrobiologia, Volume 502, Numbers 1-3, p.
325-329. 2003.
NICHOLSON, B. C.; BURCH, M. D. Evaluation of Analytical methods for detection
and quantification of cyanotoxins in relation to Autralian drinking water
Guidelines. NHMRC, Austrália. Technical Report, 1-57pp. 2001.
Referências Bibliográficas gerais 69
NOGUEIRA, M. G., Phytoplankton composition, dominance and abundance as
indicators of environmental compartmentalization in Jurumirim Reservoir
(Paranapanema River), Sao Paulo, Brazil. Hydrobiologia, vol. 431, p. 115-128. 2000.
PETRUCIO, M. M; BARBOSA, F. A. R & FURTADO, A. L. S. Bacterioplankton
and phytoplankton production in seven lakes in the Middle Rio Doce basin, south-
east Brazil. Limnologica, vol.36, p.192-203. 2006.
PIELOU, E. C. Ecological diversity. New York. John Wiley & Sons. 165 p. 1975.
POOLE , H. H.; ATKINS, W. R. G. Photo-eletric mmeasurements of submarine
illumination throughout the year. Journal of the Marine Biological association of the
United Kingdom, Plymouth, vol. 16, p. 234-297, 1929.
PRESCOTT, G. W. The freshwater algae. Wn. C. Brown Company Publishers, 348 p.
1970.
RANGEL L. M., SILVA L. H. S., ARCIFA M. S. & PERTICARRARI, A. Driving
forces of the diel distribution of phytoplankton functional groups in a shallow
tropical lake (Lake Monte Alegre, Southeast Brazil). Brazilian Journal Biology.
vol.69, no.1, p.75-85. 2009.
REBOUÇAS, A., BRAGA, B & TUNDISI, J. G., Águas Doces no Brasil. Editora
Escrituras. 750p. 2006.
REYNOLDS, C. S. The Ecology of Freshwater phytoplankton. Cambridge
University Press, Cambridge, USA. 384 p. 1984.
SEKINO T. GENKAI-KATO M., KAWABATA Z., MELNIK N. G., LOGACHEVA
N. P., BELYKH O.I., OBOLKINA L. A., BONDARENKO N. A., KHODZHER T. V.,
GORBUNOVA L. A., TANICHEV A. I., YOSHIDA T., KAGAMI M., GURUNG T.
B., URABE J., HIGASHI M., NAKANISHI M. Role of phytoplankton size
distribution in lake ecosystems revealed by a comparison of whole plankton
Referências Bibliográficas gerais 70
community struture between Lake Baikal and Lake Biwa. Limnology, p. 227-232,
2007.
SEMARH- Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Bacias
hidrográficas do RN: Bacia do Pirangi. Disponível em: www.semarh.rn.org.br. Acesso
em: 17 de Junho de 2008.
SHANNON, C.E. & WEAVER, W. The mathematical theory of communication.
Illinois, Urbana, USA. 125 p. 1949.
SOUZA, G. T. Água: Geopolítica internacional e propostas para um estudo
integrado de bacias hidrográficas. Geografares. nº3. p. 69-77. Vitória, ES. EDUFES.
2002.
SOUZA. P. V. V. Estudo comparativo da qualidade da água dos Rios Pitimbu e
Pium/RN através de microalgas como bioindicadoras. Dissertação de mestrado.95p
UFRN. 2003.
TALLING, J. F. The incidence of vertical mixing and some biological and chemical
consequences in tropical Africam lakes. Verhandlungen der Internationale Vereinigung
fur Limnologie, vol 17, p. 998 -1012. 1969.
TANIGUSHI G. M, BICUDO D. C. & SENNA P. A. C. Gradiente litorâneo-
limnético do fitoplâncton e ficoperifíton em uma lagoa da planície de inundação do
Rio Mogi-Guaçu. Revista Brasileira de Botânica, p 137-147, 2005.
THORNTON, K. W.; KIMMEL, B. L. & PAYNE, F. E. Reservoir Limnology:
Ecological perspectives. A Wiley Inter Science. Publications. John Wiley & Sons,
248p. 1990.
TOLEDO-JR, A. P., TALARICO, M., CHINEZ, S. J. & AGUDO, E. G. A aplicação de
modelos simplificados para a avaliação do processo da eutrofização em lagos e
Referências Bibliográficas gerais 71
reservatórios tropicais. Anais: Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e
Ambiental. Balneário Camboriú, Santa Catarina, 34 p. 1983.
TUNDISI, J. G. & TUNDISI, T. M. Limnologia. Ed. Oficina de Textos, São Paulo,632p. 2008.
TUNDISI, J. G. Água no século XXI: Enfrentando a Escassez.- São Carlos: RiMa,
IIE, 2.ed., 2003.
TUNDISI, J. G. Produção primária, “Standing-stock” do fitoplâncton e fatores
ecológicos em ecossistemas lacustre artificial (Represa do Broa, São Carlos). 410p.
(Tese de livre docência. Universidade de São Paulo) 1977.
TUNDISI, J. G., TUNDISI M. &. ROCHA, O. Theoretical basis for reservoir
management. P505-528. In. TUNDISI, J. G., SHASKRAGA, M. (Eds) Theoretical
reservoir ecology and its applications. IIE, BAS, Backhuys Publisher, 585p. 1999.
WEHR. J. D. & SHEATH, R.G. Freshwater algae of North-America: Ecology and
Classification. Academic Press. London. 918 p. 2003.
WWF-BRASIL: Projetos, ecossistemas, fauna e flora. Caatinga. Disponível em:
:www.wwf.org.br. Acesso em: 17 de junho de 2008.
Anexos 73
RELAÇÃO DE ANEXOS
ANEXO 1 Normas da Revista: Brazilian Archives of Biology and Technology
ANEXO 2 Ecologia da comunidade fitoplanctônica e parâmetros ambientais doaçude Santa Cruz do Trairi, Santa Cruz/RN, apresentado no 59ºCongresso nacional de Botânica. De 02 a 08 de agosto de 2008.
ANEXO 3 Estrutura da comunidade limnofitoplanctonica com ênfase nascianobacterias tóxicas do açude Marechal Dutra, Acari/RN, apresentadono 59º Congresso nacional de Botânica. De 02 a 08 de agosto de 2008.
ANEXO 4 Dinâmica fitoplanctônica do reservatório Santa Cruz do Trairí, Biomacaatinga, Rio Grande do Norte, apresentado no I Simpósio de Biologiado Rio Grande do Norte. De 25 a 29 de novembro de 2008.
ANEXO 5 Estudo sobre a distribuição annual das microalgas limnéticas do açudeSanta Cruz, Rio Grande do Norte, apresentado no XIX Congresso deiniciação científica da UFRN - CIC2008. De 20 a 23 de outubro de2008.
ANEXO 6 Mudanças sazonais na biomassa e composição fitoplanctônica no rioPitimbu e lagoa do Jiqui, Rio Grande do Norte, Brasil, apresentado noXII Congresso Brasileiro de Limnologia. De 23 a 27 de agosto de 2009.
ANEXO 7 Influência da piscicultura na diversidade fitoplanctônica e variáveislimnológicas em um açude do semi-árido brasileiro,apresentado no XII Congresso Brasileiro de Limnologia. De 23 a 27 deagosto de 2009.
ANEXO 8 Padrões hidrodinâmicos que modificam o grau de trofia e composiçãofitoplanctônica em ecossistemas límnicos, apresentado no XIICongresso Brasileiro de Limnologia. De 23 a 27 de agosto de 2009.
ANEXO 9 Phytoplankton community structure and native fish species from RioGrande do Norte Reservoirs with contrasting trophic status, ,apresentado no XII Congresso Brasileiro de Limnologia. De 23 a 27 deagosto de 2009.
ANEXO 10 Variação sazonal da comunidade fitoplantônica na Lagoa do Jiqui,Parnamirim, Rio Grande do Norte, Brasil, apresentado no II Simpósiode Biologia do Rio Grande do Norte, UNP, Natal, 2009. De 02 a 05 desetembro de 2009.
ANEXO 11 Aspectos limnológicos do cultivo de tilápia do Nilo (Oreochromisniloticus) em tanque-rede no açude Ministro João Alves, Parelhas/RN,apresentado no XII Congresso nordestino de Ecologia, Gravatá/PE. De13 a 17 de outubro de 2009
ANEXO 12 Avaliação da qualidade da água e da comunidade fitoplanctônica daLagoa do Jiqui, Parnamirim/RN, apresentado XX Congresso deIniciação Científica, UFRN/Natal. De 19 a 21 de outubro de 2009.
ANEXO 13 Efeitos de efluentes da carcinicultura sob os parâmetros ambientais ecomunidade fitoplanctônica em um reservatório na microrregião daBorborema Potiguar Brasileira, apresentado XX Congresso de IniciaçãoCientífica, UFRN/Natal. De 19 a 21 de outubro de 2009.
ANEXO 14 Avaliação da comunidade fitoplanctônica em viveiros de camarão doRio Potengi, Rio Grande do Norte, Brasil, apresentado no XVICongresso de Engenharia de Pesca. De 18 a 22 de outubro de 2009.
Anexos 74
ANEXO 1
Normas da revista:
BRAZILIAN ARCHIVES OF BIOLOGY AND TECHNOLOGY
ISSN 1516-8913 versãoimpressa
ISSN 1678-4324 versão online
INSTRUÇÕES AOS AUTORES
Objetivo Preparação de manuscritos
Objetivo
Preparação de manuscritos
A submissão do manuscrito implica que não tenha sido publicado ou submetido parapublicação em outra revista. O manuscrito devera ser apresentado de forma precisa, o queajudará os revisores na avaliação. Todos os manuscritos estão sujeitos à avaliação dosrevisores.
MANUSCRITO
Devendo ser enviadas três cópias do manuscrito digitado com espaço simples (máximo de12 páginas), em papel tamanho A-4 (210x297mm), com margens (2,5 mm esquerda, direita2,0 mm, superiores e inferior 3,0 mm), sendo preparados com a seguinte disposição decabeçalhos: ABSTRACT (SUMÁRIO), INTRODUÇÃO, MATERIAIS E MÉTODOS,RESULTADOS E DISCUSSÃO, AGRADECIMENTO, RESUMO, REFERÊNCIAS. Estescabeçalhos devem ser digitados com letras maiúsculas e em negrito (fonte 12). Para artigosde revisão, os autores devem fazer seus próprios cabeçalhos juntamente com o Resumo eIntrodução.
TÍTULO
O título (fonte 18, negrito e iniciais em maiúscula), do manuscrito deve refletir claramenteseu conteúdo. Devendo ser seguido pelo nome completo do autor com as iniciais em
Brazilian Archives of Biology and Technology - BABT publica em Inglês, artigos originaisde pesquisa, notas curtas e artigos de revisão nas áreas interdisciplinares das ciênciasbiológicas e de engenharia/tecnologia.
Anexos 75
maiúsculas (fonte 12, negrito) e o endereço (fonte 10, itálico) da instituição onde a pesquisafoi executada.
ABSTRACT
O manuscrito deve apresentar um abstract (itálico) de 100-150 palavras, descrevendobrevemente o propósito e os resultados da pesquisa.
PALAVRAS -CHAVE
Os autores devem fornecer três a seis palavras-chave que serão usadas na indexação dotrabalho.
INTRODUÇÃO
Deve descrever a base, o objetivo da pesquisa e demais informações relevantes sobre omanuscrito.
MATERIAIS E MÉTODOS
Os autores devem tomar cuidado quanto ao fornecimento de detalhes suficientes para queoutros possam repetir o trabalho. Procedimentos padronizados não precisam ser descritosem detalhes.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados e discussões podem ser apresentados separadamente ou de forma conjunta(autores podem optar pela forma mais fácil). Trabalhos preliminares ou resultados menosrelevantes não devem ser descritos. A reprodução dos resultados, incluindo o número devezes que o experimento foi conduzido e o número de amostras replicadas devem serexpressados claramente.
RESUMO
Todo artigo deve possuir um resumo do em Português e posicionado antes da lista deReferências. Autores de outros países da América Latina podem procurar por ajuda naEditoração da revista, para preparar o resumo em Português de seus artigos.
REFERÊNCIAS
Referências no texto devem ser citadas no local apropriado pelo(s) nome(s) do(s) autor(es) eano (p. ex.: Raimbault & Roussos, 1996; Raimbault et al., 1997). Uma lista de referências,em ordem alfabética (fonte 10), deve aparecer no final do manuscrito. Todas as referênciasna lista devem ser indicadas em algum ponto no texto e vice versa. Resultados nãopublicados não devem ser incluídos na lista. Exemplos de referências são fornecidas abaixo:
Jornais:
Anexos 76
Pandey, A. (1992), Recent developments in solid state fermentation. Process Biochem., 27,109-117
Teses:
Chang, C. W. (1975), Effect of fluoride pollution on plants and cattle. PhD Thesis, BanarasHindu University, Varanasi, India
Livros:
Tengerdy, R. P. (1998), Solid substrate fermentation for enzyme production. In-Advances inBiotechno-logy, ed. A. Pandey. Educational Publishers & Distributors, New Delhi, pp. 13-16
Pandey, A. (1998), Threads of Life. National Institute of Science Communication, NewDelhi
Conferências:
Davison, A. W. (1982), Uptake, transport and accumulation of soil and airborne fluorides byvegetation. Paper presented at 6th International Fluoride Symposium, 1-3 May, Logan, Utah
TABELAS E FIGURAS
Tabelas e figuras devem ser numeradas consecutivamente com números arábicos e inseridasem local apropriado no corpo do texto, devendo ser utilizados somente para apresentardados que não possam ser descritos no texto.
UNIDADES E ABREVIATURAS
O sistema SI deve ser usado para todos dados experimentais. No caso de outras unidadesserem usadas, estas devem ser adicionadas em parênteses. Somente as abreviaturas padrõespara as unidades devem ser usadas. Pontos não devem ser incluídos nas abreviaturas (porexemplo: m, e não m. ou rpm, e não r.p.m.), também devem ser usados '%' e '/' no lugar de'porcento' e 'per'.
LAY-OUT DO MANUSCRITO
Sugere-se que os autores sempre consultem a última edição do periódico para ver o layout.Com exceção do título, abstract e palavras-chave, todo o texto deve ser disposto em duascolunas em todas as páginas. No rodapé da primeira página (fonte 8) deve estar sendoindicado o autor para correspondência. Todo o manuscrito deve ser preparado na fonte"Times New Roman", tamanho 11 (exceto na lista de referências, que deve ser em tamanho10).
ESPAÇAMENTO
Deve ser deixado um espaço entre o título do artigo e o nome dos autores, e entre o
Anexos 77
cabeçalho e o texto. Entre as colunas deixar espaçamento de 0,6 cm. Não deixar espaçosentre os parágrafos do texto.
ENVIO DE MANUSCRITO
O manuscrito deve ser enviado por correio, acompanhado de arquivo eletrônico (cd,disquete, dvd). Utilizar editor de texto MS Word ou compatível.
REVISORES
Ao submeter o manuscrito, o autor deve indicar no mínimo três revisores, fornecendo: nomecompleto, endereço e quando possível e-mail. Os autores podem solicitar que revisoressejam excluídos da avaliação de seus manuscritos, caso estes revisores possam sertendencialmente desfavoráveis. Contudo, a escolha final dos referees permanecerá com oEditor.
TARIFAS POR PÁGINAS E SEPARATAS
Não existe custo para publicação de artigos. As separatas deverão ser solicitadas por e-mail([email protected]).
O manuscritos e toda correspondência deve ser enviada ao Editor, Prof. Dr. Carlos R.Soccol, no endereço abaixo.
[Home] [Sobre a revista] [Corpo editorial] [Assinaturas]
© 2001-2009 Tecpar
R. Prof. Algacyr Munhoz Mader, 3775 - CIC81350-010 Curitiba PR Brasil
Tel.: +55 41 3316-3012 / 3316-3052Fax: +55 41 247-0844
babt@
Anexos 79
59º Congresso Nacional de Botânica
Período do congresso: 02/08/2008 a 08/08/2008
ECOLOGIA DA COMUNIDADE FITOPLANCTONICA E PARÂMETROS
AMBIENTAIS DO AÇUDE SANTA CRUZ DO TRAIRI, SANTA CRUZ/RN
Talita A de Andrade1, Patrícia L da Silva Carmo1, Emilly K R Pessoa1, Nirlei H C Barros1 e
Naithirithi T. Chellappa1 1. Laboratório de Biotecnologia em Microalgas UFRN, DOL/CB,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil.
O Nordeste é caracterizado pela semi-aridez, tendo em vista, que em sua grande parte,
a água é um bem escasso. As características climáticas dessa região tais como, chuvas
irregulares, evapotranspiração excessiva e déficit hídrico acentuado, resultam no fenômeno
das secas. Para minimizar as dificuldades da falta de água, foram construídos diversos
reservatórios de abastecimento na região do semi-árido brasileiro, que vêm sofrendo vários
impactos ambientais. O presente trabalho descreve as variações temporais da comunidade
fitoplânctonica em função do impacto ambiental no açude Santa Cruz do Trairi, localizado no
município de Santa Cruz/RN, no nordeste Brasileiro. As amostras das águas superficiais do
açude foram coletadas no período de outubro de 2006 a agosto de 2007. Foram registrados os
fatores abióticos e realizada a contagem e identificação da comunidade fitoplânctonica. A
temperatura média da água durante o período seco foi de 28 °C e para o período chuvoso de
26,5 ºC, tendo como média anual 27,2 °C; o pH apresentou valores médios para o período de
chuva de 7,5 e para o período seco de 6,7, tendo como média 7,0, a salinidade apresentou
uniforme, com valor de 0,8 psu, a condutividade foi elevada, durante o período de estudo com
média de 1889 μS.cm-1 Os nutrientes inorgânicos apresentaram valores baixos durante todo o
período de estudo. O açude apresentou pH neutro, temperatura média de 27,2 °C, alta
condutividade elétrica e a concentração de nutrientes do ambiente relativamente baixa. As
microalgas abundantes foram às espécies Cylindrospermopsis raciborskii, para o período
chuvoso e Surirella sp e Navícula sp (Diatomácea) para o período de estiagem. Tendo como
base nesses resultados, conclui-se que o do açude Santa Cruz do Trairi é um ambiente
oligotrófico, considerando o fósforo total, a clorofila a e a transparência da água e a sua
comunidade Fitoplanctônica bastante dinâmica. (PELD/CNPq)
Palavras chave: Variações temporais, Comunidade fitoplânctonica, Açude do semi-árido,
Nordeste Brasileiro.
Anexos 81
59º Congresso Nacional de Botânica
Período do congresso: 02/08/2008 a 08/08/2008
ESTRUTURA DA COMUNIDADE LIMNOFITOPLÂNCTONICA COM ÊNFASE
NAS CIANOBACTÉRIAS TÓXICAS DO AÇUDE MARECHAL DUTRA, ACARI/RN
Talita A. de Andrade, Emilly K. R. Pessoa, Nirlei H. C. Barros, Patrícia L. da S. Carmo &
Naithirithi T. Chellappa.
1. Laboratório de Biotecnologia de Microalgas, UFRN, DOL/CB, Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, Natal, RN, Brasil ([email protected]).
A região semi-árida caracteriza-se pela escassez de água, decorrente da incidência irregular de
chuvas ao longo do ano e a distribuição espacial heterogena. Essa característica induz a
necessidade de construção de obras para o armazenamento de água com fins de abastecimento
humano, cultivo vazão, pesca interior e demais usos produtivos. O presente estudo sobre a
comunidade limnofitoplanctônica foi realizado no açude Marechal Dutra, Acari/RN, durante
as estações seca e chuvosa, entre setembro de 2006 a julho de 2007. As amostragens integrais
foram realizadas da d’água e os fatores físico-químicos tais como pH, temperatura, oxigênio
dissolvido e condutividade elétrica foram observados in situ; nutrientes inorgânicos (orto-
fosfato, amônio e nitrato) foram analisados em laboratório seguindo metodologias específicas.
As amostras para a análise qualitativa e quantitativa do fitoplâncton foram obtidas através de
rede de malha 20µm e fixadas com solução iodo-lugol. A contagem das microalgas foi
realizada utilizando-se a câmara de Sedgwick-Rafter. Os resultados demostraram que a
temperatura da água apresentou um padrão de heterogeneidade mensal e sua influência nos
processos metabólicos foi evidenciada nas várias correlações. Os nutrientes inorgânicos
apresentaram-se moderados durante todo o estudo, expressando a variação temporal do
período estiagem e chuvoso assim, refletindo nas mudanças no processo de nitrificação e
amonificação. Espécies formadoras de afloramento de comprovado potencial de toxicidade,
como Anabaena planktonica e Microcystis aeruginosa foram bem representadas durante este
período. Durante a estação chuvosa, a comunidade fitoplanctônica apresentou maiores índices
de Riqueza, Equitatividade e Diversidade, quando comparado ao período seco, sugerindo uma
comunidade em situação de instabilidade com constantes mudanças composicionais
Anexos 82
influenciadas pelas precipitações. As concentrações de clorofila-a e feopigmentos mostraram
decréscimo do período seco para o período chuvoso, indicando menor densidade de
organismos fitoplanctônicos. Com base nos dados abióticos e bióticos, podemos concluir que
o açude Marechal Dutra apresenta características de ambiente perturbado, principalmente
devido ao fator de precipitação, isto é evidenciado pelas baixas transparências, moderadas
concentrações de clorofila-a e feopigmentos, brusca oscilação de condutividade elétrica,
concentrações moderadas de nutrientes e alternância na dominância de espécies de
cloroficeae/cianobactéria/diatomaceae em relação à taxa de abundância.
Palavras-chave: comunidade limnofitoplânctonica, cianobactérias tóxicas, açude Marechal
Dutra, Acari/RN.
Anexos 84
I Simpósio de Biologia do Rio Grande do Norte
Período do congresso: 25/11/2008 a 29/11/2008
DINÂMICA FITOPLANCTÔNICA DO RESERVATÓRIO SANTA CRUZ DO TRAIRÍ,BIOMA CAATINGA, RIO GRANDE DO NORTE
2Câmara, Fabiana Rodrigues de Arruda, 1Santos, Leila Laise Souza, 1Carmo, Patrícia
Luiza da Silva, 1Pessoa, Emilly Kataline Rodrigues, 1Andrade, Talita Araújo, 1Santos,
Rafson Varela, 1Oliveira, Ranielly Karen, 2Rocha, Odete; 1Chellappa, Naithirithi
Tiruvenkatachary.1Departamento de Oceanografia e Limnologia UFRN, RN, 2Departamento de Ecologia
Evolutiva, UFSCar, SP.
RESUMO
Este trabalho teve o objetivo de analisar a dinâmica de microalgas em relação aos fatores
físicos, químicos e ambientais. As coletas ocorreram mensalmente, nos períodos de
estiagem e chuvoso com amostras integradas da superfície, meio e fundo. Os valores dos
parâmetros físico-químicos variaram durante o ciclo anual, apresentando-se mais elevados
durante o período de estiagem. A composição fitoplanctônica não variou
significativamente em relação à riqueza de espécies, diversidade, dominância e
equitabilidade, havendo dominância das espécies Surirella sp no período de estiagem e
Cylindrospermopsis raciborskii, no período chuvoso.
Palavras-chave: Fitoplâncton, Reservatório, Clorofila-a.
INTRODUÇÃO
A estrutura da comunidade fitoplanctônica e sua biomassa é resultado do crescimento,
reprodução, competição e herbivoria, associados com as condições físicas, ambientais e
disponibilidade de nutrientes nos ecossistemas aquáticos, tais condições estão continuamente
su
jeitas à ação dos pulsos produzidos no sistema, que podem ser de origem natural
(precipitação, vento e influxo do rio) ou antropogênica (Tundisi et al., 1999). As comunidades
que compõem os ecossistemas apresentam um potencial de mudança que pode levar à
Anexos 85
substituição, à remoção e/ou adição de espécies. Deste modo, alterações na biomassa
fitoplanctônica são devidas à variabilidade dos fatores abióticos, como tendências ou
variações das intempéries climáticas de curto tempo.
O estudo dos ecossistemas das regiões onde a água é um recurso escasso vem sendo cada
vez mais explorados. Estes ecossistemas funcionam como amplificadores do desequilíbrio
climático regional e oferecem um primeiro reflexo daquilo que os ecossistemas aquáticos de
regiões úmidas podem se tornar com a expansão das zonas semi-áridas. O açude Santa Cruz
do Trairi é utilizado pela população do Agreste Potiguar principalmente para o
desenvolvimento de atividades de pesca. Deste modo, estudos relacionados com a dinâmica
ecológica de microalgas em ecossistemas lênticos tem sido de suma importância devido ao
fato de estes organismos fazerem parte da base da cadeia alimentar, influenciando assim toda
a cadeia trófica incluindo peixes e o ser humano (Chellappa, 2001).
O objetivo deste estudo foi analisar a dinâmica de microalgas em relação aos fatores
físicos, químicos e ambientais do açude Santa Cruz do Trairi, RN, pretendendo contribuir
com um melhor entendimento das flutuações temporais da comunidade de microalgas em
reservatórios.
MATERIAL E MÉTODOS
O estudo foi realizado no açude Santa Cruz do Trairi, situado no município de Santa
Cruz, região Agreste do Rio Grande do Norte, entre as coordenadas 6º25’23”S e 36º07’27”W.
As coletas ocorreram mensalmente durante um ciclo anual, compreendendo um período de
estiagem (agosto de 2007 a fevereiro de 2008) e um período chuvoso (março de 2008 a julho
de 2008). As amostras foram obtidas na superfície, meio e fundo do reservatório, sendo
integralizadas após as análises. O fitoplâncton foi coletado através de rede com malha de 20
mm e preservadas em solução Iodo-lugol. A análise qualitativa foi realizada com o auxílio de
um microscópio óptico e as espécies identificadas segundo chaves taxonômicas. Para a análise
quantitativa, os organismos foram contados em microscópio óptico, através da câmara de
Sedgewick-Rafter com 1ml de volume. A análise quantitativa permitiu a obtenção dos índices
ecológicos: riqueza das espécies, segundo Margalef (1958); diversidade (Shannon & Weaver,
1949); dominância (Bergen & Parker, 1970); e equitabilidade segundo Pielou (1975).
As concentrações de clorofila a foram obtidas através de filtragem da amostra em
filtros de fibra de vidro Whatman GF/C, em seguida o pigmento foi extraído com acetona a
90% durante 24h. A análise dos nutrientes nitrogênio total, fósforo total, nitrato, ortofosfato e
a) b)
Anexos 86
amônio foram realizadas de acordo com metodologias específicas. Alguns fatores físico-
químicos tais como: temperatura, pH, condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, foram
mensurados “in situ” com o auxilio do Kit Multiparâmetro WTW 340i.
O teste t foi utilizado para verificar diferenças significativas entre os períodos de
estiagem e chuvoso. A Análise de Componentes Principais (ACP) foi realizada para verificar
as principais variáveis bióticas e abióticas durante os períodos de estiagem e chuvoso.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os valores dos parâmetros físico-químicos variaram durante o ciclo anual,
apresentando-se mais elevados durante o período de estiagem do que no período chuvoso
(Tabela 1). Diversos estudos indicam que valores elevados de condutividade elétrica podem
ser indicativos de eutrofização do ecossistema aquático (Chellappa, 2001). No entanto, neste
estudo a alta condutividade esteve provavelmente relacionada à constituição argilosa do solo
da região.
Tabela I. Valores mínimo, máximo, média, e desvio padrão (DP) das variáveis físicas e químicas do açude Santa Cruz do Trairi, RN.
A composição fitoplanctônica não variou significativamente durante os períodos de
estiagem e chuvoso em relação à riqueza de espécies (t =1,073; p=0,308), diversidade (t=
1,427; p = 0,184), dominância (t = -0,983; p = 0,349) e equitabilidade (t = 1,427; p = 0,184).
Havendo, diferença entre a espécie dominante nos períodos de estiagem (Surirella sp) e
chuvoso (Cylindrospermopsis raciborskii). A dominância da cianobactéria C. raciborskii
pode ter sido decorrente da menor concentração de nutrientes devido à diluição da água
provocada pela chuva e melhor adaptação destas espécies à ambientes com baixas
concentrações de nitrogênio (Calijuri, 1999). Isso ocorre devido à presença de estruturas de
0,05460,1140,1950,0460,030,1940,2410,146PT (mg.L-1)0,04710,06760,1450,030,03310,1450,1990,1Ortofosfato (mg.L-1)0,02660,04470,0880,020,08040,2410,3540,111NT (mg.L-1)0,2640,1590,630,030,04960,110,2050,052Amônio (mg.L-1)
0,03760,0530,0950,0030,060,1190,2140,032Nitrato (mg.L-1)0,05430,670,730,60,04020,8310,890,79Salinidade (ppm)
2711.664,81.8621.225144,11.942,52.1441.682Cond. (ìS cm-1)0,8078,029,27,20,4286,8617,456,25OD (mg.L-1)1,20127,1629261,1328,84330,827,5Temperatura (ºC)0,4216,386,85,80,7586,7718,15,9pHDPMédiaMáxMínDPMédiaMáxMín
ChuvosoEstiagem
Estiagem Chuvoso
Mín Máx Média DP Mín Máx Média DP
pH 5,9 8,1 6,771 0,758 5,8 6,8 6,38 0,421
Temp 27,5 30,8 28,843 1,13 26 29 27,16 1,201
OD 6,25 7,45 6,861 0,428 7,2 9,2 8,02 0,807
Cond 1682 2144 1942,5 144,1 1225 1862 1664,8 271
Salinidade 0,79 0,89 0,831 0,0402 0,6 0,73 0,67 0,0543
Nitrato 0,032 0,214 0,119 0,06 0,003 0,095 0,053 0,0376
Amonio 0,052 0,205 0,11 0,0496 0,03 0,63 0,159 0,264
NT 0,111 0,354 0,241 0,0804 0,02 0,088 0,0447 0,0266
Ortofosfato 0,1 0,199 0,145 0,0331 0,03 0,145 0,0676 0,0471
PT 0,146 0,241 0,194 0,03 0,046 0,195 0,114 0,0546
Anexos 87
reservas de nutrientes e células especializadas (heterocistos) que captam o nitrogênio
atmosférico e o transforma em nitrogênio amoniacal. Os valores médios de clorofila-a
variaram significativamente (t = 5,22; p = 0,003) entre os períodos de estiagem (5,193 ±
1,072) e chuvoso (9,08 ± 0,902) (Figura 1).
Figura 1. Variação anual da Clorofila a no Reservatório Santa Cruz do Trairi.
De acordo com a ACP, durante a estiagem as variáveis que mais se destacaram foram
o fósforo total, nitrogênio total e ortofosfato. A predominância de Surirella sp. durante a
estiagem esteve relacionada com a disponibilidade destes nutrientes. Durante o período
chuvoso, o oxigênio dissolvido destacou-se dentre as outras variáveis, sendo produzido
principalmente pela espécie C. raciborskii.
Figura 2. Ordenação pela ACP dos períodos de estiagem (E) e chuvoso (C) em função de: a)
Variáveis Abióticas e b) Variáveis Biológicas – Comunidade Fitoplanctônica.
CONCLUSÃO
Neste estudo podemos infenrir que não houve nenhuma variação quantitativa
significante na composição fitoplanctônica ao longo do ciclo anual. No entanto, durante o
período chuvoso houve a predominância da espécie C. raciborskii, potencialmente tóxica. A
a) b)
C
C
C
C
C
E
EE
E
E
EEpH
Temp
OD Condutividade
Salin
NitratoAmônio
NT
OrtofosfatoPT
-2
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
-2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5
axis F1 (46 %)
axis
F2
(17
%)
EE
EE
E E
E
C
C
CCC
Anabaena sp.C. bacillus
Cylindrraciborskii
Cyclot ellamenegheniana
Navicula sp.
Surirella sp
Microcyst is sp
Clost eriumlunula
Pandorina sp St aurast rum sp
-1,5
-1
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2
axis F1 (44 %)
axis
F2
(23
%)
Anexos 88
permanência desta microalga no reservatório poderá trazer conseqüências à biota aquática e à
saúde humana. Sendo, portanto, necessário o monitoramento constante dos reservatórios que
compõem o bioma caatinga.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Chellappa, N. T.; Costa, M. A. M. Dominant and co-existing species of Cyanobacteria from a
Eutrophicated reservoir of Rio Grande do Norte State, Brazil. Acta Oecologica, 24, 4-10,
2003.
Tundisi, J. G. Reservatórios como ecossistemas complexos: Teoria, aplicações e perspectivas
para usos múltiplos. In: Ecologia dos Reservatórios: Estrutura, função e aspectos sociais.
(Henry, R. Eds) p. 19-38. São Paulo, SP. FAPESP-FUNDIBIO. 1999
Bergen, W. H. & Parker, F. L.. Diversity of plankton foraminifer in deep-sea sedments.
Science. V 168, p. 1345-1347. 1970.
Chellappa, N. T. Cyanobacterial buoyancy and ecological dynamism of inland reservoir of the
state Rio Grande do Norte, BRAZIL. VIII Congresso Brasileiro de Limnologia, João Pessoa,
PB. Resumo. p.295. 2001.
Margalef, R. Information theory in ecology. general system. v.3, 36-71p. 1958.
Pielou, E.C. Ecological diversity. New York. John Wiley & Sons. 165p. 1975.
Shannon, C.E.; Weaver, W. The Mathematical Theory of Communication. Illinois, Urbana,
USA. 125P. 1949.
Calijuri, M. C.; Deberdt, G. L. B.; Monoti, R. T. A produtividade Primária pelo Fitoplâncton
na Represa de Salto Grande. In: Henry, R. (Ed.).Ecologia de Reservatórios: Estrutura, Função
e Aspectos Sociais.Botucatu: FUNDIBIO. São Paulo: FAPESP. cap.5. p.111-148. 1999.
Marker, A.F.H., Nusch, E.A., Rai, H. & Riemann, B. The measurements of photosynthetic
pigments in freshwater and standardization of methods: conclusions and recommendations.
Arch. Hydrobiol. Beih, 14, 91-106. 1980.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e ao CNPq pelo apoio
financeiro concedido.
Anexos 90
XIX Congresso de Iniciação Científica
Período do Congresso: 20/10/2008 a 23/10/2008
CORPO DO RESUMO
Autor: TALITA ARAUJO DE ANDRADE
Orientador: NAITHIRITHI TIRUVENKATACHARY CHELLAPPA
Co-
autor(es):
PATRICIA LUIZA DA SILVA CARMO
EMILLY KATALINE RODRIGUES PESSOA
NIRLEI HIRACHY COSTA BARROS
Área de Conhecimento:
Ciências Biológicas
Título
Estudo sobre a distribuição annual das microalgas limnéticas do açude Santa Cruz, Rio Grande do
Norte.
Resumo
Estudos do fitoplâncton em áreas represadas são importantes devido à quantidade de nutrientes
inorgânicos das represas, possibilitando uma área de alta produtividade primária. O presente
projeto investigou o impacto antropogênico sobre os fatores físico-químicos da água, ecologia
quantitativa e clorofila a do açude Santa Cruz, RN. Foram feitas coletas mensais de água na
superfície do açude durante agosto de 2007 a julho de 2008, para caracterizar a variabilidade
natural dos fatores ambientais. As coletas foram feitas durante o dia, com garrafas de polietileno.
Os parâmetros ambientais foram obtidos por meio do kit multi parâmetro 340i in situ. O pH
apresentou um valor médio de 6,27 alcalino só no mês de agosto e ácido nos meses seguintes. A
temperatura apresentou uma média de 28,03 ºC, não apresentando grandes variações. A
condutividade apresentou um valor médio de 1870,08 µS/cm e o oxigênio dissolvido apresentou
uma média de 3.55 mgL-1 durante o período estudado. A amônia apresentou uma concentração
média = 0,057 mgL-1. A clorofila a apresentou um valor médio de 7,25 mgL-1. Espécies
formadoras de afloramento de comprovado potencial de toxicidade, como Anabaena planktonica e
Microcystis aeruginosa foram bem representadas durante o período de estudo, mas não foi
detectado a toxicidade destas espécies. O estado trófico indicou o ambiente como oligotrófico,
considerando o fósforo total, a clorofila a e a transparência da água.
Palavras-Chave
microalgas, impacto ambiental, açude Santa Cruz.
Anexos 92
XII Congresso Brasileiro de Limnologia
Período do congresso: 23/08/2009 a 27/08/2009
Título: Mudanças sazonais na biomassa e composição fitoplanctônica no rio Pitimbu e lagoa
do Jiqui, Rio Grande do Norte, Brasil
Autoria: Patrícia L. S. C. Lima(1), Fabiana R. de A. Câmara(2), Andressa K. A. de Lima(1),
Ranielly K. de Oliveira(1), Emilly K. R. Pessoa(1), Leila L. S. Santos(1), Talita A. de
Andrade(1), Sathyabama Chellappa(1) & Naithirithi T. Chellappa(1).
Instituição: (1) Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2)Universidade Federal de
São Carlos
Apresentador: Patrícia Luiza da S. C de Lima
CPF: 05009350416
E-mail: [email protected]
Fone: (84) 9947-9850
Area Temática: 09 Limnologia em ecossistemas urbanos
Financiadores: CAPES,CNPq
Resumo:
O crescimento populacional e a intensificação da poluição dos corpos d’água na cidade de
Natal/RN vêm exigindo um constante monitoramento na qualidade da água utilizada pela
população. O rio Pitimbu deságua na lagoa do Jiqui, a qual abastece 30% da população
potiguar e funciona como um fator diluidor das elevadas concentrações de nitrato presente nos
lençóis freáticos. Este trabalho relacionou os fatores limnológicos com a concentração de
clorofila a da lagoa do Jiqui e rio Pitimbu, Parnamirim, RN, durante o ano de 2008/2009
comparando com resultados obtidos em 2002/2003. Devido à intensificação de impactos
múltiplos no entorno do rio ao longo deste período, foram observadas mudanças significativas
principalmente relacionadas à biomassa fitoplanctônica (clorofila a) em decorrência das
elevadas concentrações de amônio, nutriente assimilado pelas microalgas com maior ganho
energético. Não houve diferença significativa entre os grupos, com predominância de
Bacillariophyceae. No entanto, a contínua deposição orgânica no rio poderá alterar a estrutura
e composição fitoplanctônica, reduzindo sua biodiversidade e facilitando a dominância de
espécies potencialmente tóxicas na lagoa.
Anexos 94
XII Congresso Brasileiro de Limnologia
Período do congresso: 23/08/2009 a 27/08/2009
Título: Influência da piscicultura na diversidade fitoplanctônica e variáveis limnológicas emum açude do semi-árido brasileiro
Autoria: Emilly K. R. Pessoa(1), Rafson V. dos Santos(1), Ranielly K. de Oliveira(1),
Patrícia L. da S. Carmo(1), Fabiana R. de A. Câmara(2), Leila L. S. Santos(1), Sathyabama
Chellappa(1) & Naithirithi T. Chellappa(1)
Instituição: (1) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, (2) Universidade Federal de
São Carlos
Apresentador: Emilly Kataline R. Pessoa
CPF: 06070369408
E-mail: [email protected]
Fone: 08488433956
Area Temática: 18 Ecologia de reservatórios
Financiadores: FAPERN, CNPq
Apresentação:
Resumo:
Os reservatórios são ecossistemas límnicos de grande importância por seus múltiplos usos,
dentre estes, o abastecimento público e atividades de piscicultura artesanal são os mais
relevantes. Durante este trabalho, realizado em 2008, foram avaliadas e quantificadas as
características físico-químicas e a comunidade fitoplanctônica em três pontos amostrais do
reservatório Ministro João Alves, Parelhas/RN, observando possíveis alterações na qualidade
da água em função do cultivo em tanques-rede de Tilápia do Nilo, Orechromis niloticus,
durante um ciclo anual. O moderado grau de turbidez não afetou significativamente os valores
de clorofila a ao longo do perfil vertical, no entanto, elevados teores de nitrato na superfície,
próximo ao cultivo, pode ter favorecido a dominância de Anabaena circinalis (Rabenhorst)
Bourn et Flah. e Anabaena planctonica Brunnthaler 1903. Não houve variação significativa
das concentrações de nutrientes e estrutura da comunidade fitoplanctônica entre os pontos
estudados, provavelmente devido à pequena dimensão do cultivo em relação ao tamanho do
reservatório.
Anexos 96
XII Congressso Brasileiro de Limnologia
Período do congresso: 23/08/2009 a 27/08/2009
Título: Padrões hidrodinâmicos que modificam o grau de trofia e composição fitoplanctônica
em ecossistemas límnicos
Autoria: Ranielly K. de Oliveira(1), Leila L. S. Santos(1), Fabiana R. de A. Câmara(2),
Patrícia L. S. C. Lima(1), Emilly K. R. Pessoa(1), Talita A. de Andrade(1), Naithirithi T.
Chellappa(1)
Instituição: (1)Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2)Universidade Federal de São
Carlos
Apresentador: RANIELLY KAREN DE OLIVEIRA
CPF: 00931857406
E-mail: [email protected]
Fone: 84 9142-2863 ou 84 3218-3402
Area Temática: 18 Ecologia de reservatórios
Financiadores: FAPERN, CNPq
Apresentação:
Resumo:
Os reservatórios rasos do nordeste brasileiro geralmente apresentam ausência de estratificação
térmica, devido à maior mistura da coluna d’água, favorecendo uma contínua disponibilidade
de nutrientes e assimilação pela comunidade fitoplanctônica. O reservatório Cruzeta/RN,
considerado mesotrófico em 2005, com predominância de Chlorophyceae e baixa abundância
de cianobactérias tóxicas é utilizado para abastecimento público. Durante este trabalho, foram
verificadas implicações decorrentes das variações limnológicas devido a elevados índices
pluviométricos durante o ano de 2008/2009. Mudanças nos padrões hidrodinâmicos e
limnológicos resultaram em concentrações de clorofila a significativamente maiores no
período de estiagem em relação ao período chuvoso. Os resultados atuais demonstram uma
modificação no estado trófico deste sistema e dominância de cianobactérias potencialmente
tóxicas, tais como, Anabaena planctônica, A. spiroides e Cylindrospermopsis raciborskii, em
ambos os períodos estudados. Tais espécies são devidamente adaptadas a elevadas
temperaturas e variações bruscas nas concentrações de nutrientes, sendo competitivamente
superiores a outros grupos fitoplanctônicos.
Anexos 98
ANEXO 10
II Simpósio de Biologia do Rio Grande do Norte, UNP, Natal, 2009
Trabalho N° 2794
02 a 05 de setembro
VARIAÇÃO SAZONAL DA COMUNIDADE FITOPLÂNTONICA NA LAGOA
DO JIQUI, PARNAMIRIM, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.
Patrícia Luiza da S. C. de Lima1, Fabiana Rodrigues de A. Câmara2, Ranielly Karen
de Oliveira1, Emilly Kataline R. Pessoa1, Sathyabama Chellappa1 & Naithirithi T.
Chellappa1
1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte2 Universidade Federal de São Carlos / SP
RESUMO
O presente estudo teve como objetivo caracterizar sazonalmente a comunidade
fitoplanctônica e os fatores abióticos da Lagoa do Jiqui, a fim de contribuir para o
conhecimento da qualidade da água deste manancial utilizado para o abastecimento
público. As coletas foram realizadas entre setembro/2008 a abril/2009 e realizadas
análises dos nutrientes inorgânicos, identificação e quantificação da comunidade
fitoplânctonica. A Lagoa do Jiqui apresentou baixas concentrações de nutrientes
inorgânicos e predominância dos grupos Euglenophyceae e Bacillariophyceae durante o
período de estudo, não havendo diferenças sazonais estatisticamente significantes.
INTRODUÇÃO
O aumento na densidade populacional e o desenvolvimento de atividades
econômicas nos centros urbanos vem causando elevados impactos ambientais nos
corpos d’água (SALOMONI & TORGAN., 2008). No Brasil, especialmente na região
nordeste, sérios problemas de poluição da água subterrânea vem ocorrendo em
decorrencia das descargas de esgotos domésticos, industriais e saneamento básico
insuficiente, o que tem ameaçado o abastecimento de água potável de importantes
segmentos da população (SEMARH, 2009).
Anexos 99
A avaliação da qualidade da água utilizando a comunidade fitoplanctonica e
parâmetros físico-químicos tem sido objeto de diversos estudos no nordeste brasileiro.
De modo que as mudanças sazonais na dinâmica da comunidade fitoplanctônica são
reflexos de alterações físicas, químicas e/ou biológicas que ocorrem no corpo d’água,
podendo, portanto atuarem como fortes indicadores de poluição da água
(CHELLAPPA, 1990; NASELLI-FLORES; BARONE, 2003). Devido à rápida taxa de
crescimento, a comunidade fitoplanctônica pode apresentar mudanças na sua estrutura e
dominância através da adição, substituição ou remoção de espécies. Portanto, as
alterações na riqueza, diversidade, coexistência e dominância de determinadas espécies
são resultados diretos da variabilidade dos fatores abióticos e das variações climáticas,
bem como do controle descendente pelo zooplâncton (CHELLAPPA et al., 2007).
O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da água da Lagoa do Jiqui através
de um estudo sazonal da comunidade fitoplânctônica e dos parâmetros físico-químicos.
MATERIAL E MÉTODOS
A Lagoa do Jiqui está localizada no município de Parnamirim/RN (5º50’00” S e
35º23'19" O), abastece uma área que corresponde a 22% da capital do estado do Rio
Grande do Norte e a água que supre os demais 78% provém de poços tubulares com
elevadas concentrações de nitrato. As coletas foram realizadas na superfície da água
entre setembro/2008 e abril/2009. A medição dos fatores abióticos, tais como,
temperatura, pH, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido foram obtidas através do
kit multiparâmetro WTW 340i. A transparência foi medida com o auxílio do disco de
secchi e a turbidez através do turbidímetro modelo 2020 Lamotte e os resultados das
análises de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) foram fornecidos pela CAERN
(Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte). Os valores médios e desvios
padrão (MD ± DP) dos nutrientes inorgânicos, tais como, nitrato (NO-3 – N), amônio
(NH4 - N) e orto-fosfato (P – PO4-) foram obtidos segundo Golterman et al. (1978) e
Apha (1992).
O fitoplâncton foi coletado através de uma rede de plâncton com malha de 20m
e fixado com iodo-lugol para a análise qualitativa. As espécies foram quantificadas após
o processo de sedimentação e posterior sifonação, os organismos foram contados com o
auxílio da câmera de Sedgwick–Rafter com capacidade para 1 mL, em microscópio
óptico.
Anexos 100
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante o presente estudo a precipitação pluviométrica variou de 0,0 mm no mês
de dezembro a 267,4 mm no mês de abril, com média de 21,6mm durante o período de
estiagem e 222,7mm no período chuvoso. A temperatura da água não variou
sazonalmente, apresentando valores médios de 29,7°C durante o período de estudo. O
pH da água, em geral, esteve próximo ao neutro, não havendo diferença significativa
entre os períodos de estiagem e chuvoso e a condutividade elétrica apresentou-se baixa
durante todo o período de estudo com média de 90 µS.cm-1
As concentrações médias dos nutrientes inorgânicos foram baixas, não havendo
diferenças sazonais estatisticamente significantes (ANOVA, p<0,05). Os maiores
valores encontrados durante este estudo foi referente ao nitrato com médias entre
0,37mg.L-1 e 0,25mg.L-1, durante os períodos de estiagem e chuvoso, respectivamente.
No entanto, não foram verificadas concentrações excedentes dos nutrientes quando
comparados ao limite permitido pela Organização Mundial da Saúde, desta maneira, a
Lagoa do Jiqui atua como fator diluidor das elevadas concentrações de nitrato que
ocorre na água proveniente de poços subterrâneos, submetidos ao tratamento pela
CAERN para abastecimento da população.
A comunidade fitoplanctônica não apresentou diferenças significativas (p<0,05)
em relação à abundância relativa dos grupos; havendo predominância de
Euglenophyceae com média de 34,2%, seguida por Bacillariophyceae, Chlorophyceae,
Cyanophyceae, Xantophyceae e Pirrophyta. As espécies dominantes foram
Trachelomonas sp e Euglena gracilis durante o período de estiagem e Trachelomonas
sp, Navícula sp e Cyclotella sp, durante o período chuvoso. As espécies de
Trachelomonas são comumente encontradas em sistemas oligotróficos e revelam
preferência por ambientes mesossapróbio, esta condição pode ser inferida pelos valores
médios de DBO encontrados no presente estudo (PEREIRA & AZEITEIRO, 2003). As
espécies Navícula sp e Cyclotella sp são geralmente bentônicas e sua dominância na
superfície da água durante o período chuvoso, pode ter sido decorrente da forte mistura
da água proporcionada pelo elevado índice pluviométrico.
CONCLUSÃO
A avaliação da qualidade da água é de fundamental importância para um
adequado gerenciamento e usos múltiplos dos recursos hídricos. Os baixos valores de
Anexos 101
nutrientes inorgânicos e a elevada abundancia de espécies de Euglenophyceae e
Bacillariophyceae na Lagoa do Jiqui indicam que a água é apropriada para uso no
abastecimento público e como diluidor das elevadas concentrações de nitrato
encontradas nos lençóis freáticos da região.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APHA, American Public Health association Standard methods for the examination
of water and wastewater. 18 ed. Washington 1992.
CHELLAPPA, N. T. Phytoplankton species composition, chlorophyll biomass andprimary productivity of Jundiaí reservoir, Northeast, Brazil. Before and aftereutrophication. Acta Hydrobiologia, 32: 75-91.1990.CHELLAPPA, N. T. BORBA, J.L. M, OLIVEIRA K. R., LIMA, A. K. A Diversidade,
co-existência e dominância na comunidade fitoplanctônica da Barragem Cruzeta,
Rio Grande do Norte. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 2, p.
126-128, jul. 2007.
GOLTERMAN, H.L., CLYMO, R.S. & OHNSTAD, M.A.M. Methods for physical
and chemical analysis of Freshwaters. IBP Handbook, Blackwell Sci.Publ. Oxford.
215p. 1978.
NASELLI-FLORES, L.; BARONE, R. Distribution and seasonal dynamics of
Cryptomonads in Sicilian water bodies. Hydrobiologia, Volume 502, Numbers 1-3,
325-329p. 2003.
PEREIRA J. M.; U. M. M AZEITEIRO. Structure, organization and elemental
composition of the envelopes of Trachelomonas (Euglenophyta): a review ACTA
OECOLOGICA-INTERNATIONAL JOURNAL OF ECOLOGY Volume: 24 S57-
S66p, 2003.
SALOMONI, S. E & TORGAN, I. C., Epilithic diatoms as organic degree indicators
in Guaíga Lake, Southern Brazil. Acta Limnologica Brasileira.,vol.20, no 4, p. 313-
324. 2008.
SEMARH - Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos.
Disponível em: < http://www.semarh.rn.gov.br/> Acesso em: 21 agosto de 2009.
Anexos 102
ANEXO 11Resumo do XII Congresso nordestino de Ecologia
Gravatá/PE13 a 17 de outubro
Aspectos limnológicos do cultivo de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) emtanque-rede no açude Ministro João Alves, Parelhas/RN
Emilly Kataline R. Pessoa, Patrícia Luiza da S. C.de Lima, Ranielly Karen deOliveira & Naithirithi T. Chellappa
Introdução
A expansão de empreendimentos de criação de peixes que se utilizam detanques-rede tem contribuído significativamente para o aumento da produção aqüícola.O interesse por esse sistema de piscicultura cresce, principalmente, em função dadisponibilidade dos recursos hídricos represados, garantindo quantidade e regularidadeque o mercado exige. Os reservatórios artificiais têm sido utilizados para múltiplasfinalidades, dentre elas a produção de alimento por meio da piscicultura (TUNDISI,2005), tornando-os ambientes de grande importância em termos sociais e econômicos.
A tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) é o peixe mais utilizado neste sistemade criação por apresentar crescimento rápido, adaptação favorável às altas densidades depovoamento, bom rendimento de filé e ter uma ampla aceitação nos mercados nacionale internacional. A criação de peixes em tanques-rede é uma modalidade de criaçãointensiva que utiliza elevada densidade de estocagem e exige constante renovação deágua. Os resíduos gerados, constituídos por alimentos não ingeridos e produtos dometabolismo dos peixes, são liberados diretamente no ambiente, aumentandoprincipalmente a concentração de nitrogênio e de fósforo na água, que favorecem aproliferação de organismos vegetais como as algas e plantas aquáticas. Este processo échamado de eutrofização artificial. A eutrofização exagerada leva a uma deterioração daqualidade da água, podendo ocasionar profundas modificações na estrutura dascomunidades aquáticas comprometendo, assim, a estabilidade do ecossistema(FERREIRA et al., 2005).
Ambientes muito eutrofizados são adequados para o desenvolvimento de umgrupo de algas conhecidas como cianofíceas, popularmente chamadas de “algas azuis”,ou cianobactérias, muitas das quais liberam toxinas (SANT'ANNA et al., 2006)prejudiciais à saúde, e outras que produzem metabólitos como a geosmina e o 2-metil-isoborneol, identificados como causadores de sabor ou odor de terra ou mofo na carnedo peixe, conhecido como “off-flavor” (MACEDO-VIÉGAS E SOUZA, 2004). A altaconcentração dessas algas prejudica a qualidade da carne do pescado e,conseqüentemente, o consumo, causando marketing negativo em relação ao peixeproveniente da criação. Portanto, o processo acentuado de eutrofização pode inviabilizaro próprio empreendimento.
O presente trabalho teve por finalidade analisar os aspectos limnológicos docultivo de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) em tanque-rede no açude MinistroJoão Alves, Parelhas/RN durante dois ciclos de cultivo.
Anexos 103
Material e Métodos
As coletas foram realizadas no açude Ministro João Alves, também conhecidocomo Boqueirão de Parelhas, localizado na cidade de Parelhas/RN, entre as latitudes06º41’56’’ e 06º41’79” S e as longitudes 36º37’76” e 36º37’84” W (Figura 1).
Foram determinados 2 (dois) pontos para coleta das amostras: um no local decultivo (ponto pontual) e outro fora da área de influência dos cultivos (ponto decontrole, não pontual, à montante dos tanques), determinado pela direção do vento.Cada cultivo tem duração média de quatro meses, portanto, neste estudo foramanalisados dois ciclos de cultivo englobando um período chuvoso (mar, abr, mai e junde 2008) e um período de estiagem (out, nov e dez de 2008 e jan de 2009). Em cadaponto, as amostras foram coletadas em duas camadas da coluna da água: superfície efundo, totalizando quatro amostragens da água mensais.
Os parâmetros físico-químicos, tais como: pH, temperatura, condutividadeelétrica, concentração de oxigênio dissolvido, foram medidos “in situ” e os valores dosnutrientes inorgânicos (nitrato, amônio e orto-fosfato) e clorofila-a foram analisados emlaboratório. As análises quali-quantitativa das microalgas foram realizadas utilizando-sea câmara de Sedgwick-Rafter.
O estudo compreendeu o ciclo de cultivo de seis tanques-rede, confeccionadoscom armação de ferro e telas de plástico. Os flutuadores eram tambores de plástico ecanos de plástico (PVC) de 100 mm, vedados nas extremidades, cada um medindo 2,0 x2,0 x 1,2 m, com volume útil de 4 m3, estando distribuído em fila a uma distância de 1,5metros entre si.
Os tanques-rede foram estocados com alevinos machos revertidos de tilápia doNilo, O. niloticus, com peso médio de 1,0 g, em uma densidade de 150/m3, totalizando600 peixes por tanques-rede, durante um período de engorda de 4 meses. As tilápiasforam alimentadas com rações balanceadas e peletizadas da marca SUPRA, formuladacom 42% e 32% de proteína e 500 mg de vitamina C. O peso final dos peixes foi entre1,0 kg e 1,5kg nos dois ciclos de cultivo.
Resultados e Discussão
O pH apresentou-se alcalino durante a maior parte do estudo com valor mínimode 5,8 (± DP 0,8) e máximo de 9,2 (± DP 0,8), ambos no ponto 2 durante o períodochuvoso. Em regiões onde a precipitação é menor do que a evaporação, são encontradoselevados valores de pH. No Brasil, os açudes são ecossistemas localizados em regiõescom balanço hídrico negativo. Especialmente os açudes nordestinos, que geralmenteapresentam valores de pH superiores a 8,0 (Wright, 1937).
Segundo, Araújo (1997), na presença de altas temperaturas e baixa velocidadedo vento, como nas regiões tropicais ou ambientes poluídos, a concentração de oxigêniodiminui. No açude Ministro João Alves, a mistura e a distribuição do oxigênio do ar naágua é muito rápida, em decorrência da alta agitação ou turbulência da água.
Chellappa et al (1998) sugeriram que a alta condutividade elétrica é indicativa deeutrofização do ecossistema aquático do Estado do Rio Grande do Norte. No presenteestudo, a condutividade elétrica no açude apresentou valores entre 425µS.cm-1 e 1409µS.cm-1 considerados altos na escala espaço-temporal, resultado similar ao encontradona Barragem Gargalheiras, Acari, RN, com reflexos no processo de mudanças nacomposição da comunidade fitoplanctônica como foi descrito por Costa (2000).
Anexos 104
Para os nutrientes inorgânicos foram observadas oscilações nas suasconcentrações durante os dois períodos de estudo. No período chuvoso, o nitrato obteveuma concentração média de 0,360 mgL-1 na superfície e de 0,431 mgL-1 no fundo doponto 1 e uma concentração média de 0,427 mgL-1 na superfície e de 0,329 mgL-1 nofundo do ponto 2. No período de estiagem, o nitrato obteve uma concentração média de0,355 mgL-1 na superfície e de 0,302 mgL-1 no fundo do ponto 1 e uma concentraçãomédia de 0,321 mgL-1 na superfície e de 0,368 mgL-1 no fundo do ponto 2.
O orto-fosfato, por sua vez, alcançou uma média de 0,570 mgL-1 na superfície ede 0,562 mgL-1 no fundo do ponto 1 e de 0,546 mgL-1 na superfície e de 0,649 mgL-1 nofundo do ponto 2 durante o período chuvoso. Enquanto no período de estiagem,alcançou uma média de 0,318 mgL-1 na superfície e de 0,310 mgL-1 no fundo do ponto1 e média de 0,409 mgL-1 na superfície e de 0,401mgL-1 no fundo do ponto 2.
O amônio apresentou um valor médio de 0,111 mg/L-1 na superfície e 0,104mg/L-1 no fundo do ponto 1 e um valor médio de 0,088 mg/L-1 na superfície e 0,112mg/L-1 no fundo do ponto 2 durante o período chuvoso e um valor médio de 0,130mg/L-1 na superfície e 0,138 mg/L-1 no fundo do ponto 1 e um valor médio de 0,137mg/L-1 na superfície e 0,130 mg/L-1 no fundo do ponto 2 durante o período de estiagem.Dillon & Rigler (1974) analisaram um grande número de dados de fósforo total,nitrogênio total e clorofila a em lagos da Europa, América do Norte e Canadá eapontaram que a produção da biomassa fitoplanctônica era determinada em relação àtaxa N:P.
Com base na identificação microscópica dos gêneros e espécies, a comunidadefitoplanctônica do açude Ministro João Alves (Boqueirão de Parelhas), ao longo dosperíodos de estudo, esteve representada pelos seguintes grupos taxonômicos:Chlorophyceae, Bacillariophyceae, Cyanophyceae, e Euglenophyceae.
A biomassa fitoplanctônica no açude, representada pela clorofila a, apresentou-se baixa permaneceu bastante baixa no período chuvoso(média de 0,016µgL-1),provavelmente devido à diminuição do amônio no período de estiagem. Certas espéciesde algas, em especial as cianofíceas, são capazes de assimilar fosfato além de suasnecessidades, estocando esse componente sob forma de grânulos de polifosfato no seucitoplasma (Darley, 1982). Devido à grande disponibilidade de nitrogênio e fósforo ebaixas relações N:P no açude, o crescimento da biomassa algal tornou-se bastanteapropriado e limitante para o nitrogênio.
Conclusão
Neste estudo, com experimento de curta duração, deve ser considerado que oconsumo e a produção dos peixes foram baixos, o que fez com que uma pequenaquantidade de resíduos tenha sido lançada ao ambiente, porém devem ser tomadascertas precauções para evitar a eutrofização e degradação do ambiente aquático. Entreessas medidas está o monitoramento constante da qualidade de água e respeito a umlimite estabelecido de produção de acordo com a capacidade de cada ambiente.
Dessa forma, podemos concluir que, durante o período de acompanhamento, ocultivo não produziu carga poluidora que pudesse causar algum problema na qualidadeda água do açude em relação as variáveis analisadas, provavelmente devido à pequenadimensão do cultivo em relação ao tamanho e capacidade suporte do reservatório.
Palavras-chave
Anexos 105
Tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus), tanque-rede, açude Ministro JoãoAlves, Parelhas/RN
Referências bibliográficas
ARAUJO, M. F. F. Variação anual da comunidade fitoplanctônica, da clorofila a e daprodutividade primária na lagoa de Extremoz, RN. 139 p. Dissertação (Mestrado).UFRN, Natal, 1997.COSTA, M. A. M. Ecologia da Comunidade Fitoplanctonica da Barragem Gargalheirasem Acari, RN. Natal. 107p. Dissertação de mestrado. UFRN. 2000.DARLEY, W. M. Algal Biology: A Physiological approach. Blackwell ScientificPublications. London. UK. 168p. 1982.DILLON, P. J. & RIGLER, F. H. The phosphorus-clorophyll relationship is lakes.Limnol. Oceanogr. 19: 767-773p. 1974.FERREIRA, R.A.R.; CAVEVAGHI, A.L.; VALINI, E.D.; CORRÊA, M.R.;NEGRISOLI, E.; BRAVIN, L.F.N., TRINDADE, M.L.B. ; PADILHA, F.S. 2005.Monitoramento de fitoplâncton e microcistina no reservatório da UHE Americana.Planta Daninha, Viçosa, 23(2): 203-214.MACEDO-VIÉGAS, E.M. E SOUZA, M.L.R. 2004. Pré-processamento e conservaçãodo pescado produzido em piscicultura. In: CYRINO, J.E.P.; URBINATI, E.C.;FRACALOSSI, D. M.; CASTAGNOLLI, N. Tópicos especiais em piscicultura de águadoce tropical intensiva. São Paulo: Tecart. p.406-480.SANT'ANNA, C.L.; AZEVEDO, M.T.P.; AGUJARO, L.F.; CARVALHO, M.C.;CARVALHO, L.R.; SOUZA, R.C.R. 2006. Manual ilustrado para identificação econtagem de cianobactérias planctônicas de águas continentais brasileiras. Rio deJaneiro: Interciência. 58p.TUNDISI, J.G. 2005 Gerenciamento integrado de bacias hidrográficas e reservatóriosestudos de caso e perspectivas. In: NOGUEIRA, M.G.; HENRY, R.; JORCIN, A.Ecologia de reservatórios: impactos potenciais, ações de manejo e sistemas em cascata.São Carlos: Rima. p.1-21.WRIGHT, S.. Chemical conditions in some waters of northeast Brazil. A. Acad. Bras.Ci. 9:278-306p.1937.
Anexos 106
ANEXO 12
XX Congresso de Iniciação Científica
Período do Congresso: 19/10/2009 a 21/10/2009
CORPO DO RESUMO
Autor: TALITA ARAUJO DE ANDRADE
Orientador: NAITHIRITHI TIRUVENKATACHARY CHELLAPPA
Co-autor(es):
PATRICIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA RANIELLY KAREN DE OLIVEIRA
EMILLY KATALINE RODRIGUES PESSOA
Área de Conhecimento:
Ciências Biológicas
Título
Avaliação da qualidade da água e da comunidade fitoplanctônica da Lagoa do Jiqui,Parnamirim/RN
Resumo
O aumento da degradação ambiental e o uso múltiplo dos recursos hídricos vem diminuindo aqualidade da água consumida pelos seres humanos e por animais, por isso é de fundamental
importância proceder à avaliação da qualidade da água para o adequado gerenciamento dessesrecursos. Este estudo teve como objetivo caracterizar a comunidade fitoplanctônica juntamentecom a sua variação durante as estações de estiagem e chuvoso, da Lagoa do Jiqui, localizadaem Parnamirim, RN, além de analisar os fatores físico-químicos. As coletas das amostras de
água foram realizadas de setembro de 2008 à maio de 2009. Para a coleta do fitoplâncton foiutilizada uma rede de 20mm. Em laboratório, foram realizadas as análises dos nutrientes e
identificadas a comunidade fitoplânctonica. Na comunidade fitoplânctonica foi observada umadominância das Bacillariophyceaes. O pH se apresentou circum-neutro, a temperatura tevevalores altos, em média de 29ºC. Houve uma diferença significativa entre os períodos deestiagem e chuvoso para o oxigênio dissolvido (p<0,001), a transparência (p<0,001), e aturbidez (p<0,02). O nitrato teve valores altos, enquanto o amônio e o orto-fosfato teve
concentrações baixas durante o período de estudo. A clorofila a também apresentouconcentrações baixas durante todo o período de estudo. Diante dos baixos valores da clorofila a,alta transparência e valores baixos de nutrientes pode-se inferir que a água da Lagoa do Jiqui
pode ser considerada de boa qualidade.
Palavras-Chave
qualidade da água, comunidade fitoplanctônica, lagoa
Anexos 107
ANEXO 13
XX Congresso de Iniciação Científica
Período do Congresso: 19/10/2009 a 21/10/2009
Corpo do Resumo
Autor: LEILA LAISE SOUZA SANTOS
Orientador: NAITHIRITHI TIRUVENKATACHARY CHELLAPPA
Co-autor(es):
PATRICIA LUIZA DA SILVA CARMO DE LIMA EMILLY KATALINE RODRIGUES PESSOA RANIELLY KAREN DE OLIVEIRA
Área de Conhecimento:Ciências Biológicas
TítuloEfeitos de efluentes da carcinicultura sob os parâmetros ambientais e comunidadefitoplanctônica em um reservatório na microrregião da Borborema PotiguarBrasileira.
ResumoO objetivo deste trabalho visa descrever as características limnológicas de umreservatório do Rio Grande do Norte e discutir suas implicações ecológicas. Oaçude Trairi, localizado na cidade de Tangará/RN, representa fonte de pesca para acomunidade local, porém vem sendo afetado pelos efluentes da carcinicultura. Ascoletas foram realizadas de setembro de 2008 a junho de 2009. Foram avaliados osparâmetros físico-químicos, tais como: pH, temperatura, oxigênio dissolvido,condutividade elétrica, profundidade, turbidez, transparência da água e nutrientesinorgânicos, além de analisar a comunidade fitoplanctônica. Dentre as espéciesidentificadas, a Spirulina foi representada nas amostras, acompanhada a elevadacondutividade elétrica (1000 μS.cm-1), pois esta é indicadora de alta salinidade. Ascianobactérias potencialmente tóxicas, como as: Anabaena spiroides, A. circinalis,A. planctônica foram abundantes durante todo o período de estudo, provavelmentedevido ao excesso de nutrientes oriundos da carcinicultura. Com isso o reservatórionecessita de monitoramento, visto que, é fonte de renda para inúmeros pescadores.
Palavras-Chaveaçude Trairi, carcinicultura, cianobactérias potencialmente tóxicas
Anexos 108
ANEXO 14
XVI Congresso de Engenharia de Pesca
Período do congresso:18/10/2009 a 22/10/2009
AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE FITOPLANCTONICA EM VIVEIROS DECAMARÃO DO RIO POTENGI, RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.
Leila Laise S. Santos1*, Patrícia Luiza da Silva C. de Lima2, Naithirithi T.
Chellappa3, Pedro Carlos C. Martins3
1 Graduanda em Aqüicultura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte2 Mestranda em Ecologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
3 Professor adjunto, Universidade Federal do Rio Grande do NorteDepartamento de Oceanografia e Limnologia, Universidade Federal do Rio
Grande do Norte – UFRN,
Resumo/Abstract
O presente trabalho teve como objetivo caracterizar e comparar a
comunidade fitoplanctonica em dois viveiros de camarão. A área de estudo
localiza-se no Rio Potengi no Estado do Rio Grande do Norte. As coletas foram
realizadas nos períodos de Julho e Agosto de 2008. Variáveis tais como, pH,
temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade elétrica foram medidas in situ
através do kit multi parâmetro wtw 340i e a transparência foi medida com o
disco de sechi. A análise do nutrientes, como nitrato, amônio, ortofosfato foram
analisados no Centro de Tecnologia da Aquicultura. As coletas para a análise
qualitativa foram feitas através de arrastos com rede de plâncton, com malha
de 20µm em toda a extensão do viveiro. Os resultados obtidos mostraram que
os fatores físicos químicos foram semelhantes nos dois tanques estudados.
Com relação a comunidade fitoplanctônica, 27 táxons distribuídos em 3
classes, Bacillariophyceae, Cyanophyceae, Chlorophyceae foram encontrados.
Palavras-chave: Comunidade fitoplanctonica. Carcinicultura. Rio Potengi.
Anexos 109
INTRODUÇÃO
Em meados dos anos 70, houve uma grande propagação das técnicas
de cultivo de camarões em escala comercial nos países de regiões tropicais e
subtropicais. Nesses países, a partir desta época, a carcinicultura marinha foi
obtendo uma posição relevante no cenário internacional. Nos anos 80, houve
uma crescente demanda com alto valor econômico do produto e uma evolução
progressiva da produção de camarões marinhos em cativeiro (THOMPSON et
al., 2002).
A carcinicultura marinha vem sendo explorada em mais de 50 países,
atingindo um patamar elevado a nível mundial. O cultivo de camarão marinho
teve seu crescimento acelerado nas duas últimas décadas, aumentando de
215.000 toneladas em 1985 para 865.000 toneladas no ano 2000, chegando a
representar 43% do total produzido de camarão em todo o mundo (FAO, 2002).
Em 2003, o Brasil assumiu a liderança mundial em produtividade,
alcançando 6.084kg/ha/ano. As 90.190 toneladas de camarão produzidas em
2003 foram responsáveis por um crescimento de 50% em comparação ao ano
anterior, e consolidaram a posição do Brasil como líder no hemisfério ocidental
e como sexto maior produtor do mundo (ROCHA; RODRIGUES, 2004a).
O nordeste brasileiro consolidou sua posição de maior produtor com
96,5% (58.010 t.) da produção do País, sendo os estados do Rio Grande do
Norte e Ceará os principais produtores. Em 2003, o Rio Grande do Norte
exportou 18,7 mil toneladas, gerando uma receita de US$ 71 milhões.
O fitoplâncton é, nos primeiros estágios do ciclo de vida do camarão, o
alimento-base da dieta. Durante o segundo estágio de vida (zoea), a dieta do
camarão é preferencialmente baseada em microalgas, devido a uma maior
facilidade na captura. No estagio seguinte (mysis), no qual o camarão já possui
todas as características do camarão adulto, organismos fotoplanctonicos
tornam-se o alimento preferencial. Para uma melhoria na sobrevivência e
crescimento do animal, o alimento vivo é oferecido durante todo estagio larval
(KATOH, 1991).
O conhecimento da composição fitoplanctonica de um determinado
ecossistema é extremamente importante para caracterizar sua comunidade. A
Anexos 110
avaliação da comunidade fitoplanctonica é imprescindível para o
desenvolvimento da carcinicultura, pois em todos os períodos de cultivo é
necessária a caracterização e o controle populacional da mesma para que
possa obter estabilidade e um bom desenvolvimento do cultivo.
Este trabalho teve como objetivo caracterizar e comparar a comunidade
fitoplanctonica em dois viveiros.
MATERIAL E MÉTODOSA área de estudo localiza-se no Rio Potengi do Estado do Rio Grande do
Norte. O presente estudo foi desenvolvido em viveiros de engorda de camarão
instalados em uma fazenda da região, nos períodos de Julho e Agosto de
2008.
As coletas foram realizadas em dois viveiros, viveiro A e viveiro B, cada
um com um ponto estabelecido.
Variáveis tais como, pH, temperatura, oxigênio dissolvido, condutividade
elétrica foram medidas in situ através do kit multi parâmetro wtw 340i. A
transparência foi medida com o disco de secci e com o auxílio da fita métrica. A
análise do nutrientes, como nitrato, amônio, ortofosfato foram analisados na
Empresa de pesquisa agropecuária do Rio Grande do Norte.
As coletas para a análise qualitativa foram feitas através de arrastos com
rede de plâncton, com malha de 20µm em toda a extensão do viveiro. Sendo
colocadas em seguida em garrafas plásticas e fixadas com Iodo Lugol.
No laboratório na UFRN as amostras foram sifonadas em malhas de 20
µm e acondicionadas em frascos de vidro transparente com tampas de plástico.
Cada frasco foi etiquetado com os seguintes dados: no da amostra, nome da
fazenda, no do viveiro, data. As análises qualitativas do fitoplâncton foram
realizadas com o auxílio do microscópio óptico Nikon Eclipse E200, e a
identificação das espécies fitoplanctonicas foram realizadas e baseadas em
consultas literárias especializadas de Peragallo; Peragallo (1897-1908), Husted
(1930), Desikachary (1959), Prescott (1970) e Wehr; Sheath (2003).
As amostras para a análise quantitativa (fitoplâncton total) foram
coletadas em garrafas plásticas e fixadas com Iodo Lugol. Antes de cada
amostragem a garrafa era lavada com água do próprio viveiro. Em laboratório
as amostras foram sifonadas e armazenadas em frascos de vidro com tampa
de plástico.
Anexos 111
Cada frasco foi etiquetado com os seguintes dados: no da amostra,
nome da fazenda, no do viveiro, data e fixador. Posteriormente as amostras
foram encaminhadas ao LABIMI (Laboratório de Biotecnologia de Microalgas)
no Departamento de Oceanografia e Limnologia da UFRN
A Contagem dos organismos, para a análise quantitativa, foi realizada
através de microscópio óptico com auxílio da câmara de Sedgwick-Rafter de
capacidade para 1 mL. Os organismos fitoplanctônicos foram contados em 10
quadrados aleatórios na câmara e o valor extrapolado para 1000 quadrados.
Foi considerado como um indivíduo: cada célula isolada; colônias e fragmentos
de organismos, filamentosos ou não contendo mais de 10 células.
Os testes estatísticos foram realizados utilizando-se do programa
SigmaStat 3.1.
RESULTADOS E DISCUSSÃOCom relação a temperatura, transparência da água, oxigênio dissolvido e
salinidade, observou-se valores semelhantes entre os dois viveiros estudados.
Segundo Passavante (1979), a temperatura desempenha um papel relevante
na alteração na taxa fotossintética e na respiração dos organismos
planctônicos. A temperatura em estuários tropicais é sempre elevada. No
presente estudo, a temperatura obteve uma média de 28,2 °C entre os dois
viveiros.
Os valores de transparência da água dependem da quantidade de
partículas em suspensão e dissolvidas, bem como da abundância do
fitoplâncton (BOYD &CLAY, 1998). Neste trabalho a transparência foi maior no
mês de Julho e menor no mês de agosto para os dois viveiros. Resultados
semelhantes foram encontrados em LIMA & CHELLAPPA, 2006.
Em relação ao oxigênio dissolvido, houve pouca diferença entre os dois
viveiros, onde no viveiro A apresentou uma média de 11,2 mg/l e no viveiro
10,4 mg/l. Uma pequena variação neste parâmetro também foi encontrada por
LIMA & CHELLAPPA, 2006.
A salinidade é o principal parâmetro hidrológico em regiões estuarinas
tropicais, depois do fluxo de marés, o que determina a distribuição das
espécies (TUNDISI, 1970). A média da salinidade registrada foi de 5,3 ups
entre os dois viveiros.
Anexos 112
As concentrações do nitrato foi baixa durante os dois meses de estudo,
alcançando um média de 0,00325 mg.L -1 no viveiro 1 e média de 0,0043 mg.L -
1 no viveiro 2.
A amônia apresentou valores baixos e uniformes, obtendo uma média de
0,0650 mg.L -1 no viveiro 1 e 0,0646 mg.L -1 no viveiro 2. Na qual o menor valor
(0,062mg.L -1) foi registrado nos viveiro A no mês de Julho e no viveiro B no
mês de Agosto.
O orto-fosfato apresentou concentração média de 0,366 no viveiro A e
de 0,370 no viveiro B a média dos dois viveiros foi de 0,553. A maior e menor
concentração foi observada no vieviro B no mês de Agosto e Julho
respectivamente.
As espécies fitoplanctônicas foram distribuídas por grupos encontradas
em dois viveiros na Fazenda AQUAVIVAH. Foram identificadas 27 táxons
pertencentes a 3 classes (Bacillariophyceae, Cyanophyceae e Chlorophyceae),
sendo um total de 13 no viveiro A e 14 no viveiro B. No viveiro A, 7 espécies de
Bacillariophyceae, 5 de Cyanophyceae e 1 de Chlorophyceae foram
indentificadas. No entanto, no viveiro B foram encontradas 11 espécies de
Bacillariophyceae, 2 de Cyanophyceae e apenas 1 de Chlorophyceae. A
classe mais representativa em termos de riqueza foi a Bacillariophyceae com
18 espécies em todo período de estudo, seguido de Cyanophyceae com 7
espécies identificadas.
A alga da classe Cyanophyceae que obteve maior abundância relativa
foi a Nostoc sp com 50,0 no viveiro B, seguido da alga pertencente a mesma
classe, Chroococcus sp. com 26,5 no viveiro A. A classe Bacillariophyceae foi a
mais abundante durante todo período de estudo. Resultados semelhantes
foram encontrados pó LIMA & CHELLAPPA, 2006.
CONCLUSÃO
O ecossistema apresenta uma grande riqueza de espécies, com um total
de 27 táxons distribuídos em 3 classes, Bacillariophyceae, Cyanophyceae,
Chlorophyceae. Houve uma abundância relativa da classe Bacillariophyceae no
viveiro A e Cyanophyceae no viveiro B.
A classe Cyanophyceae foi a dominante no viveiro B e os gêneros desta
classe mais encontrados são Chroococcus sp e Nostoc sp. No entanto, no
Anexos 113
viveiro A houve a dominância do gênero Chroococcus sp da classe
Cyanophyceae, apesar da abundancia relativa ter sido maior na classe
Bacillariophyceae.
REFERÊNCIAS
BACHION, M. A. & SIPAÚBA – TAVARES, L. H. Estudo da composição dascomunidades fitoplânctonica e zooplânctonica em dois viveiros decamarão. Rev. Acta Limonologica Brasil. Vol. 4, p. 371- 393. 1992.
LIMA, A. K. A.; CHELLAPPA, N. T. Diversidade de Microalgas comoBioindicadores do estado Trófico em viveiros de Cultivo de Camarão emTibau do Sul/RN. 122 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) –
Departamento de Oceanografia e Limnologia, Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.
PASSAVANTE, J. Z. de O. Produção primaria do fitoplâncton do canal deSanta Cruz (Itamaracá-Pernambuco). São Paulo, SP: 1979. 188 f. Tese
(Doutorado em Oceanografia) – Instituto Oceanográfico, Universidade de São
Paulo, 1979
ROCHA, I. P.; RODRIGUES, J. O agronegócio do camarão cultivado em2003. Recife: ABCC, 2004. 20p.
THOMPSON, F. L., ABREU, P. A. & WASIELESKY, W. Importance of biofilmfor water quality and nourishment in intensive Shrimp culture. Aquaculture,
203:263-278. 2002.
TUNDISI, J. G. O plâncton estuarino. Contribuições avulsas do instituto de
oceanografia da Universidade de São Paulo, v. 9, p. 1-22, 1970.