CONCRETIZAÇÃO DO
PROCESSO DE BOLONHA
2011 Carlos Afonso (ESE) José Manuel Nunes (ESAE) Nicolau Almeida (ESTG)
Coordenação João Claudino (ESS)
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
2. MUDANÇAS OPERADAS EM MATÉRIA PEDAGÓGICA ………………………… 6
2.1 – DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS ......................... 6
2.2 - DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DOS ESTUDANTES .......................... 11
2.3 – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS ORIENTAÇÕES TUTORIAIS ... 12
2.4 – MEDIDAS DE APOIO À PROMOÇÃO DO SUCESSO ACADÉMICO ............... 15
2.5 - MEDIDAS DE APOIO À INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA……………………..… 20
3. CONTRIBUTO DE ESTUDANTES E DOCENTES ACERCA DA
CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS VISADOS .......................................................... 20
3.1 - O PROCESSO DE BOLONHA EM GERAL ............................................................ 21
3.2 - FUNCIONAMENTO DO CURSO .............................................................................. 23
3.3 - FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES CURRICULARES ..................................... 24
3.4 – MEDIDAS DE APOIO ................................................................................................ 27
3.5 – ANÁLISE GLOBAL ..................................................................................................... 29
4. CONCLUSÕES ................................................................................................... 32
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1. INTRODUÇÃO
Em conformidade com o estipulado no Decreto-Lei n.º 107/20081, vem o
Instituto Politécnico de Portalegre apresentar o Relatório de Concretização do
Processo de Bolonha relativo ao ano lectivo 2010/2011. Passada a fase de
adequação dos cursos ao modelo proposto pelo Processo de Bolonha, que vos
demos conta em relatório anterior, concretizadas as alterações estatutárias e
de órgãos de gestão decorrentes do novo Regime Jurídico das Instituições de
Ensino Superior (Lei 62/2007), assistiu-se nos anos lectivos 2009/2010 e
2010/2011 ao trabalho desenvolvido pelos órgãos Científicos e Pedagógicos de
cada uma das Escolas, com a colaboração das Direcções respectivas, que
conduziu a uma evidente evolução na concretização deste processo.
Entre as acções concretas desenvolvidas não podemos deixar de
salientar a entrada em funcionamento da Comissão Pedagógica do Conselho
Académico. Esta Comissão que reúne os Presidentes dos Conselhos
Pedagógicos tem vindo a trabalhar alguns aspectos como a avaliação por parte
dos alunos do desempenho dos docentes por parte dos estudantes, e à forma
como são ministradas as diferentes unidades curriculares.
Neste aspecto em particular, esta Comissão estabeleceu em 2011 um
modelo de inquérito a ser aplicado informaticamente em todas as Escolas,
assim como estabeleceu o fluxo de informação a ser percorrido pelos
resultados provenientes destes inquéritos. Foi igualmente implementado um
regulamento de avaliação e precedências comum a todas as UO. Este
regulamento, em que são notórias as orientações provenientes do processo de
Bolonha, entrou em funcionamento no inicio ano lectivo 2011/2012, depois de
aprovado pelos órgãos competentes.
Entrou igualmente em funcionamento no ano lectivo de 2009/2010 a
Comissão Científica do Conselho Académico. Esta Comissão, no âmbito da
qual funciona o Grupo de Melhoria Contínua da Oferta Formativa do SGQ –
Sistema de Gestão da Qualidade, desenvolve um importante trabalho no que
1http://www.ipportalegre.pt/html1/1o%20politécnico/9Processo%20de%20Bolonha%20no%20IPP/Relatori
o%20de%20Concretizacao%20do%20Processo%20de%20Bolonha%20no%20IPP%20-2008.pdf
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respeita à criação de uma estratégia global para a oferta formativa do IPP. A
Comissão Científica e o Conselho Académico no seu todo, puderam, de forma
concertada entre as várias Escolas, propor novas formações de Cursos de
Especialização Tecnológica (CET), cursos de licenciatura (1º ciclo) e cursos de
mestrado (2º ciclo) bem como aprovar os novos normativos respeitantes à
avaliação, modificação, extinção, suspensão e criação de novas ofertas
formativas.
Durante o ano de 2011 foi consolidado o Centro Interdisciplinar de
Investigação e Inovação (C3I), o qual ainda numa fase de instalação, procura
centralizar e dar nova ênfase à investigação realizada no seio do IPP.
Foi também afirmado o Centro de Línguas e Culturas do IPP (CLIC),
como importantíssimo instrumento num Instituto Politécnico que aponta como
objetivo estruturante a internacionalização. Este Centro vem ainda dar resposta
a um antigo anseio da nossa instituição, ou seja, o de formar profissionais mais
aptos a competir num mercado cada vez mais aberto
Foi consolidada em 2011, a figura do Provedor do Estudante, espelho da
crescente importância que o estuadante apresenta no processo de
ensino/aprendizagem ditado pelo Processo de Bolonha. Esta figura procura,
por um lado, trazer à Comunidade Académica o conhecimento sobre os direitos
e deveres do estudante no meio académico e, por outro lado, em casos de
conflitos de opinião sobre estes direitos e deveres, exercer uma magistratura
de influência que conduza à resolução de eventuais diferendos.
Em 2011 teve início o processo de avaliação de ciclos de estudos em
funcionamento pela Agencia de Avaliação Acreditação do Ensino Superior
(A3ES), processo que decorrerá até 2015/2016. O trabalho desenvolvido no
âmbito deste processo pode contribuir para colocar em evidência os pontos
fortes e fracos da formação ministrada no nosso Instituto. Esta avaliação
contribuirá de forma indelével para que, conscientes das debilidades
existentes, nos possamos organizar melhor e trabalhar de forma mais orientada
no sentido de colmatar insuficiências e, dessa forma, passarmos a ter um
ensino de maior qualidade, implementando muitas das directivas do Processo
de Bolonha.
De salientar ainda que, no ano a que se refere o presente Relatório, as
actividades no âmbito da Coordenação das Relações Externas e Cooperação
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foram objecto de consolidação. Esta passou, nomeadamente, pelo alargamento
dos acordos de cooperação com instituições nacionais e internacionais, hoje
cerca de 70, incluindo instituições no Brasil, Moçambique e Macau. Foi criada
uma página própria no Facebook
(www.facebook.com/RelExternasCooperacaoIPP) e implementado um sistema
de candidaturas on-line. Refira-se, ainda, que a Escola de Tecnologia e Gestão
viu aprovado um Programa Intensivo no âmbito do Erasmus.
Para a concretização do presente Relatório foi seguida uma metodologia
semelhante à dos anos anteriores, isto é, foi constituído um grupo de trabalho
constituído por um docente de cada uma das Escolas do IPP, que se
responsabilizou pela recolha da informação pertinente e atinente ao objectivo
em causa, sendo esta depois consolidada no presente Relatório.
A recolha da referida informação foi baseada quer nos documentos
produzidos internamente em cada Escola, quer em instrumentos normalizados
(guião orientador da discussão no seio das estruturas científicas e
questionários a estudantes e a docentes, em anexo), acordados e construídos
no seio do referido grupo de trabalho, destinados a reunir o contributo dos
estudantes e dos docentes, tal como previsto, aliás, no número 6 do artigo 66.º
A, do Decreto-Lei 107/2008.
Concluída a sua elaboração, o Relatório foi apresentado e discutido nos
Conselhos Científicos/Técnico-científicos de cada Escola e no Conselho
Académico do IPP.
Estivemos, estamos e estaremos a transformar continuamente o nosso
Instituto de forma a dotá-lo de estruturas que nos permitam formar mais e
melhores profissionais.
Contudo, todo este trabalho não esgotou tudo o que havia a fazer em
matéria de concretização do processo de Bolonha.
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2. MUDANÇAS OPERADAS EM MATÉRIA PEDAGÓGICA
O Processo de Bolonha pressupõe uma alteração importante nas
metodologias de trabalho, privilegiando aquelas que estimulem a autonomia
responsável do estudante, a utilização dos meios e recursos necessários à
concretização das tarefas de aprendizagem propostas, a mobilização de
competências relativas ao ser (responsabilidade, autonomia, cooperação e
relação com os outros, etc.), ao saber (formação teórica enquadradora e
estruturante própria de cada curso) e ao saber - fazer (a aquisição de
competências transversais e de técnicas específicas de cada área curricular,
etc.).
Este trabalho foi iniciado em 2007 no IPP e vem progredindo de forma
regular. Iniciou-se, tal como referido em relatórios anteriores, por uma alteração
da estrutura do plano estudos com as várias unidades curriculares que
compõem a curricula dos vários cursos. Prosseguiu com alterações
metodológicas encetadas pelos docentes, os quais criaram estratégia, com
vista à implementação do processo de Bolonha, como a seguir se pretende
demonstrar.
2.1 – DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS TRANSVERSAIS
O desenvolvimento de competências transversais por parte dos
estudantes é concretizado de várias formas nas diversas unidades orgânicas
do IPP. Em todas as unidades orgânicas, optou-se pela elaboração de um
Modelo de Formação, onde se estabelecem algumas estratégias, procurando a
concretização desse propósito. No Modelo de Formação da ESE, por exemplo,
estabelecem-se os princípios da interpenetrabilidade e da transversabilidade, a
concretizar na obrigatoriedade de, em todos os cursos de primeiro ciclo, serem
oferecidas UC no domínio de metodologias de investigação, projecto, estágio e
língua estrangeira.
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Na ESAE o desenvolvimento de competências transversais é
assegurado pelos estágios intercalares que o GAAIVA (Gabinete de Apoio a
Inserção na Vida Activa) promove, nos quais os estudantes em contexto real de
trabalho têm de fazer apelo a todas as competências previamente adquiridas,
independentemente da Unidade Curricular onde as adquiriu, para
desempenhar um conjunto de funções que lhe são propostas. Podemos ainda
considerar como essenciais para o de competências transversais nesta Escola
e na ESSE os estágios finais de curso, obrigatórios, com a duração de um
semestre, onde se pretende que o estudante desenvolva uma actividade
profissional que apelará a um conjunto competências que previamente
adquiriu. Estes últimos estágios são discutidos, publicamente, perante um Júri.
Em outras Escolas, por via de regulamentos e decisões tomadas pelos
respectivos órgãos próprios, as regras de concretização dos planos curriculares
asseguram, tal como os modelos de formação, os referidos princípios.
Assim, mesmo nos casos em que tal não é formalmente objecto de
concretização em modelos de formação, as metodologias de trabalho de
projecto, ideais para a concretização de competências transversais, são
utilizadas, desde logo, nas unidades curriculares (UC) de Projecto, obrigatórias
em todos os cursos na Escola Superior de Educação (ESE), ou nos cursos de
Bioengenharia, de Engenharia Informática, de Design de Comunicação e
Design de Animação Multimédia (ESTG) ou no curso de Agronomia-ramo de
Espaços Verdes (ESAE) e de Enfermagem (ESS). Nestas UC os estudantes
trabalham em pequenos grupos e, em certos casos, individualmente, no estudo
de um tema, posteriormente apresentado na aula ou, em alguns casos, como
na ESE, em sessão pública perante um júri com, pelo menos, um elemento
externo.
Para além do anteriormente referido, embora não tendo esta designação
(trabalho de projecto), na ESAE, na esmagadora maioria das suas unidades
curriculares são desenvolvidos trabalhos de investigação / experimentação /
demonstração que, apresentados perante colegas e professor, e avaliados
como parte da nota final por este último, são um importante instrumento de
demonstração de competências transversais e de integração dos
conhecimentos previamente adquiridos.
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Mas estas metodologias são também utilizadas de forma regular em
outras UC (por exemplo nas áreas do currículo e supervisão, língua Portuguesa
e línguas estrangeiras e nas Unidades de Transferência dos cursos de
Engenharia). Caracterizam-se por, de forma sistemática e transversal,
apelarem à participação dos estudantes, promovendo-os como construtores de
saber, agilizando as suas capacidades na resolução de problemas em
contexto, colocando os estudantes em situações complexas, que exigem e
treinam a mobilização dos seus conhecimentos.
A aproximação ao trabalho experimental, outra modalidade de trabalho
indutora do desenvolvimento de competências transversais é, sobretudo,
privilegiada, de forma sistemática e transversal, nos domínios das tecnologias e
do design, ou através de práticas laboratoriais, em algumas UC dos domínios
das ciências empresariais, sociais e humanas (ESTG), de supervisão e de
iniciação à Prática Pedagógica (ESE), nas áreas de Química Agrícola e
Ambiental, Biologia, Microbiologia, Bioquímica e Anatomia Animal (ESAE) e
Enfermagem e Higiene Oral (ESS).
Por outro lado os estudantes têm possibilidades de adquirir
competências transversais através da frequência de UC de opção, do próprio
curso e de outros cursos. Na ESE, os estudantes devem perfazer 30 créditos
em UC de opção em todos os cursos de primeiro ciclo; na ESTG os estudantes
poderão frequentar UC de opção em alguns cursos de acordo com a
regulamentação existente. Cabe salientar, a este propósito, que as Escolas têm
já, devidamente aprovados pelos respectivos órgãos científicos e pedagógicos,
os regulamentos de frequência de unidades curriculares isoladas, os quais
permitem, também aos estudantes internos, a frequência de UC de outros
cursos. Ainda neste âmbito é importante salientar que no seio da
reestruturação dos seus cursos, também a ESAE, que até aqui não
disponibilizava a possibilidade dos estudantes optarem por outras unidades
curriculares, apresentando assim um plano curricular para os seus cursos
completamente rígido, passará, logo que a reestruturação dos seus cursos
mereça a aprovação dos órgãos competentes, a disponibilizar em todos os
seus cursos um conjunto de disciplinas optativas.
A aprendizagem de saberes, competências e técnicas específicas em
vários domínios estruturantes promove, também, o desenvolvimento de
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competências transversais. Tal é o caso das línguas estrangeiras, possível em
cursos específicos (por exemplo, Turismo, na ESE, ou Assessoria de
Administração, ou Gestão na ESTG); no caso da ESE e da ESS, a frequência
de uma língua estrangeira é obrigatória em todos os cursos, podendo os
estudantes optar por Alemão, Espanhol, Francês ou Inglês (no caso da ESE) e
Inglês (no caso da ESS). Na ESAE prevê-se que na sequência da
reestruturação de cursos prevista para entrar em vigor já no próximo ano o
Inglês surja como disciplina optativa dos seus cursos. Com a entrada em
funcionamento do CLIC, esta possibilidade passou a ser alargada a todos os
alunos/funcionários e docentes do IPP, uma vez que esta estrutura promove
cursos regulares de línguas estrangeiras, para vários níveis, garantindo assim
uma formação mais abrangente para os nossos alunos.
É também o caso das metodologias de investigação, igualmente
obrigatórias, como UC, em todos os cursos de primeiro ciclo na ESE e na ESS,
em alguns cursos da ESTG, ou integradas em alguma UC na ESAE. De
salientar que segundo o Processo de Bolonha, as dissertações/projecto/estágio
para obtenção do grau de mestre (segundo ciclo) podem elas próprias revestir-
se de características distintas. Assim podemos ter um projecto ou um relatório
de estágio, dando persecução a um dos desígnios do Processo de Bolonha
que indica que um curos de segundo ciclo deverá ter um carácter claramente
profissionalizante ou, pelo contrário, podemos ter uma dissertação de cariz
mais científico, baseada em experimentação aplicada onde as metodologias de
investigação estarão presentes de forma muito mais evidente.
Em suma, aos estudantes é aberta a possibilidade de poderem construir,
eles próprios, parte do seu currículo e de adquirir, por essa via, competências
transversais ou aprofundar a sua formação em áreas específicas do seu curso
ou de outros.
O quadro seguinte resume as principais medidas, estratégias e
indicadores que concretizam o desenvolvimento de competências transversais
por parte dos estudantes.
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Quadro 1 – Desenvolvimento de competências transversais
Estratégias/Medidas ESAE ESE ESS ESTG
Utilização de metodologias de trabalho de projecto
No plano curricular de alguns cursos √ √ √
De forma transversal e generalizada
De forma esporádica e pontual √ √
Utilização de metodologias de trabalho experimental
No plano curricular de alguns cursos √ √ √ √
De forma transversal e generalizada
De forma esporádica e pontual √
Possibilidade de frequência de UC de opção
No plano curricular de alguns cursos √ √ √
De forma transversal e generalizada √
Possibilidade de frequência de línguas estrangeiras
No plano curricular de alguns cursos √ √
De forma transversal e generalizada √ √
Possibilidade de frequência de estágios curriculares
Com carácter obrigatório em todos os
cursos √ √ √
Com carácter obrigatório em alguns
cursos √
Possibilidade de frequência de unidades curriculares isoladas
De modo informal
Devidamente regulamentada √ √ √ √
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Estratégias/Medidas ESAE ESE ESS ESTG
Possibilidade de aquisição de conhecimentos no domínio das técnicas de investigação
No plano curricular de alguns cursos √ √ √
De forma transversal e generalizada √ √
De forma esporádica e pontual
Possibilidade de aquisição de conhecimentos no domínio das TIC
No plano curricular de alguns cursos √ √ √ √
De forma transversal e generalizada
De forma esporádica e pontual
2.2 - DESENVOLVIMENTO DA AUTONOMIA DOS ESTUDANTES
A autonomia nos processos de aprendizagem dos estudantes constitui
uma forma privilegiada de mobilizar as suas competências relativas ao ser,
nomeadamente pelo apelo à sua responsabilidade, autonomia, cooperação e
relação com o outro.
Ao longo da implementação do processo de Bolonha foram adotadas
várias medidas de estímulo á autonomia dos estudantes, das quais se
destacam:
Utilização de plataformas de E-learning (Moodle), como forma de
facilitar a construção transversal e autónoma do conhecimento e
de relação mais directa entre os estudantes e os docentes; a
plataforma E-Learning é utilizada por grande número dos
docentes e estudantes.
Utilização da Intranet, na ESTG, com acesso sujeito a registo,
através da qual os estudantes interagem com os docentes das
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UC e têm acesso aos materiais trabalhados nas sessões de
contacto - diapositivos dos conteúdos leccionados nas aulas, bem
como textos de apoio e enunciados com exercícios práticos,
casos práticos e as respectivas resoluções e às fichas das UC;
Desenvolvimento, de forma autónoma, de trabalhos individuais,
negociados com os respectivos docentes, de forma presencial ou
por correio electrónico, a serem apresentados nas sessões de
contacto, quer em situação lectiva, quer nas sessões de tutoria;
Regulação generalizada e uniforme a todas as Escolas do
estatuto de trabalhador-estudante.
Acesso a bases bibliográficas (Ex. B-On);
Acesso aos programas e fichas das UC nas redes informáticas
internas ou na plataforma de E-Learning.
Contacto com o mundo profissional e com as instituições
especializadas nas áreas científicas dos cursos, através da
frequência dos estágios curriculares ou de visitas, de relatos de
profissionais e do estudo de documentação.
2.3 – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DAS ORIENTAÇÕES TUTORIAIS
As horas de contacto contemplam a organização de sessões tutoriais
individuais e em grupo, conforme for estabelecido entre os docentes e os
estudantes em cada UC. Em algumas Escolas estas sessões tutoriais realizam-
se mesmo fora das horas de contacto das UC, disponibilizando os docentes um
horário, fora do horário normal das aulas, para realizarem estas orientações
tutórias (onde são orientados e acompanhados, por exemplo, os trabalhadores
estudantes).
Nessas sessões, os estudantes são apoiados e orientados no
desenvolvimento autónomo de um trabalho de projecto, em grupo ou individual,
ou na pesquisa e trabalho de outro tipo. Este projecto relaciona-se com os
conteúdos abordados e as questões seleccionadas pelos próprios estudantes.
Nestas sessões também podem ser esclarecidas dúvidas ou questões
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levantadas pelos estudantes em função do trabalho autónomo que
desenvolvem em determinado momento.
A organização destas sessões é feita de modo diverso em cada unidade
orgânica. Na ESTG, os docentes apresentam um horário à Direcção com a
marcação dessas sessões de atendimento e tutoria, tendo em atenção a
disponibilidade dos estudantes, para evitar os problemas de sobreposição com
as sessões presenciais em aulas teórica, teórico-práticas, seminário e práticas
laboratoriais. Na ESE as horas dedicadas à orientação tutorial fazem parte do
horário distribuído a cada docente, que as organiza de forma negociada com os
estudantes: podendo essas horas ser utilizadas de forma regular e semanal, ou
concentradas em determinados períodos, de acordo com as necessidades dos
estudantes, decorrentes dos trabalhos que estão a desenvolver. Na ESAE as
horas dedicadas à orientação tutorial fazem parte do horário distribuído a cada
docente. Contudo, torna-se frequente que os docentes marquem períodos
extra-horário onde desenvolvem igualmente estas orientações tutórias, sendo
este aspecto particularmente importante nesta Escola dado o elevado número
de trabalhadores estudantes que possuí e dado o facto de todos os seus
cursos de primeiro ciclo fucionam exclusivamente em regime diurno.
Regra geral, os estudantes participam assiduamente nas sessões
tutoriais e têm nelas elevado grau de participação.
Em regra, em UC de 75 horas de contacto, 15 Horas são de orientação
tutória, fazendo estas parte do horário semanal do docente respectivo.
O quadro seguinte dá conta do peso desta componente de trabalho no
conjunto do total de horas de contacto, em cada curso de primeiro ciclo em
funcionamento nas unidades orgânicas do IPP.
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Quadro 2 – Peso da Orientação Tutorial no conjunto das Horas de Contacto
Curso Total Horas
Contacto
Orientação Tutorial
% Orientação
Tutorial
Administração de Publicidade e Marketing 1853 188 10,15%
Animação Sociocultural 2420 400 16,53%
Assessoria de Administração 2720 0,00%
Bioengenharia - Engenharia Alimentar 2820 930 32,98%
Bioengenharia - Engenharia Biomédica 2595 855 32,95%
Design de Comunicação 2370 630 26,58%
Design e Animação Multimédia 2440 610 25,00%
Educação Artística 2165 165 7,62%
Educação Básica 2080 540 25,96%
Educação e Formação de Adultos - Educação Gerontológica
2750 890 32,36%
Educação e Formação de Adultos - Recursos Humanos e Gestão da Formação
2750 890 32,36%
Enfermagem 3902 00,00%
Enfermagem Veterinária 2431 303 12,46%
Engenharia Agronómica 2515 314 12,49%
Engenharia Agronómica – Ramo Espaços Verdes 2670 385 14,42%
Engenharia Civil - Estruturas e Construção 3060 990 32,35%
Engenharia Civil - Planeamento e Infra-estruturas 3060 990 32,35%
Engenharia das Energias Renováveis e Ambiente 2040 90 4,41%
Engenharia Informática - Programação e Sistemas de Informação
1590 0,00%
Equinicultura 2518 276 10,96%
Engenharia Informática – Multimédia e Sistemas de Entretenimento
1690 30 1,78%
Engenharia e Gestão Industrial - Qualidade 1965 345 17,56%
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Gestão - Contabilidade 1884 204 10,83%
Curso Total Horas
Contacto
Orientação Tutorial
% Orientação
Tutorial
Gestão - Gestão de Empresas 1870 220 11,76%
Gestão - Gestão de Marketing 1906 196 10,28%
Higiene Oral 2160 0,00%
Informação e Documentação 1680 0,00%
Jornalismo e Comunicação - Jornalismo 2410 445 18,46%
Jornalismo e Comunicação - Relações Públicas e Publicidade
2410 445 18,46%
Relações Públicas e Secretariado 1716 184 10,72%
Serviço Social 2670 770 28,84%
Tecnologias e Gestão da Informação 1724 192 11,14%
Turismo 2045 360 17,60%
2.4 – MEDIDAS DE APOIO À PROMOÇÃO DO SUCESSO ACADÉMICO
As estratégias de apoio à promoção do sucesso escolar foram no
presente ano lectivo basicamente as mesmas que temos vindo a implementar
nos anos anteriores. Contudo, neste aspecto, foi feito um esforço suplementar.
De facto, o Contrato de Confiança que as Instituições de Ensino Superior
Politécnico assinaram com o Ministério da Ciência e do Ensino Superior induz-
nos a melhorar este importante parâmetro de funcionamento de qualquer
Instituição de Ensino Superior, prevendo-se, no IPP, atingir em 2012, uma taxa
de sucesso escolar global na ordem dos 75% (conforme IPP - Programa de
Desenvolvimento 2010-2013). Se este indicador foi ultrapassado pelas ESS e
ESE, o mesmo já não se verifica com a ESAE e a ESTG que registam taxas de
sucesso inferiores àquele indicador. No âmbito do Sistema de Gestão da
Qualidade do IPP, nomeadamente em relação ao processo da atividade
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curricular, a Comissão pedagógica do Conselho Académico do IPP iniciou a
abordagem estratégica da problemática do sucesso, tendo sido definido um
Plano de ação com as medidas a implementar que assegurem que o referido
indicador seja alcançado.
A Comissão Pedagógica do Conselho tem vindo a debruçar-se sobre
esta temática, estando neste momento a promover um estudo, com base em
dados fornecidos pelo Observatório Académico do IPPortalegre, em que para
além de estudar a situação curso a curso fará um estudo mais pormenorizado,
unidade curricular a unidade curricular, procurando determinar em cada curso
onde se encontram os principais constrangimentos conducentes a um menor
sucesso escolar. Quando detetados estes constrangimentos, a Comissão
Pedagógica do Conselho Académico trabalhará com o docente respetivo no
sentido de, mantendo o nível de exigência e os objetivos preconizados para a
unidade curricular, melhorar o grau de sucesso, nomeadamente através da
alteração das metodologias de ensino e avaliação.
Neste âmbito, na ESAE passou-se de uma avaliação muito baseada nos
testes ou inclusive no exame único, para um sistema de avaliação muito mais
próximo do preconizado pelo processo de Bolonha, em que a avaliação é
praticamente contínua, sendo repartida por vários momentos, entre os quais se
contam os relatórios de actividades práticas, os trabalhos de
projecto/investigação ou outros resultado de trabalho autónomo do estudante,
testes, mini-testes através de plataformas de E-learning, orais realizadas na
sequência de actividades práticas, estágios intercalares em empresas, etc.
As estratégias de apoio à promoção do sucesso escolar são diferentes e
diversificadas em cada uma das Unidades Orgânicas como se pode constatar
e, dentro destas, em cada um dos cursos, devido à especificidade destes e aos
tipos de competências a adquirir pelos estudantes.
O IPP dispõe de um Gabinete de Apoio Psico-Pedagógico cujo objectivo é a
promoção da adaptação e do sucesso académico, tendo em conta os três
momentos de transição ecológica que os jovens atravessam ao longo do
ensino superior: a entrada (adaptação), a frequência e a saída (transição para
o mundo do trabalho) e contemplando três vertentes de intervenção
complementares e interligadas: remediativa, preventiva e de investigação bem
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como de medidas de Acção Social escolar nomeadamente as ligadas à
alimentação, alojamento, apoio psicológico e actividade desportiva.
Neste ano lectivo foi ainda implementado em algumas das Escolas um
esquema de mentorado, sob coordenação das Associações de Estudantes e
com a colaboração dos diversos Gabinetes de Apoio ao Aluno existentes no
IPP, que consiste na criação de equipas de recepção dos novos estudantes.
Estas equipas ajudam e orientam estes estudantes do IPP em aspectos
específicos da vida de estudante tais como: Quem é quem e o que faz no IPP,
procura de habitação, localização das diferentes estruturas do IPP (cantinas,
bares, reprografia, etc.), etc. Este serviço, de grande importância na integração
dos novos estudantes, pensa-se que venha a ter uma repercussão significativa
na diminuição das taxas de abandono que anteriormente se verificavam
Neste âmbito, resultam igualmente importantes as iniciativas de
discussão e análise dos resultados escolares nos órgãos próprios bem como a
implementação de medidas adequadas, trabalho que é realizado no corrente
ano lectivo.
No que respeita a medidas de promoção do sucesso escolar são ainda
importantes o conjunto de iniciativas que, à semelhança de anos anteriores,
também neste ano lectivo foram levadas a cabo, nomeadamente:
De acordo com a especificidade de cada Unidade Orgânica,
assumem importância a organização de diferentes seminários,
colóquios, palestras, onde são convidados individualidades e
especialistas das diferentes áreas profissionais, que através do
seu testemunho apresentam as realidades profissionais nos
contextos reais de trabalho.
Mostras e outros eventos, onde os estudantes são convidados a
apresentar os seus projectos, independentemente da tipologia
dos mesmos.
Eventos temáticos transversais às diferentes Unidades Orgânicas
em que se estimula a organização por parte dos estudantes com
apoio dos docentes.
Em algumas Escolas está previsto que os estudantes possam negociar
estratégias alternativas para aquisição das competências em cada uma das
unidades curriculares. É o caso da ESAE, para os trabalhadores estudantes,
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onde está prevista a possibilidade, em alguns casos, de realização de trabalhos
em substituição de provas de avaliação presencial, garantindo sempre a
aquisição das competências inicialmente propostas.
O sucesso escolar é ainda um dos indicadores principais do processo da
Atividade Curricular, sendo avaliado semestralmente pela Comissão
Pedagógica do Conselho Académico que tem a seu cargo a gestão deste
processo central do SGQ implementado no nosso Instituto.
2.5 - MEDIDAS DE APOIO À INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA
As medidas de inserção na vida activa passam por duas estratégias
principais: a possibilidade de realização de estágios curriculares ou de outras
UC e o funcionamento de estruturas especificamente dedicadas a essa
finalidade.
A realização de estágios curriculares constitui uma obrigatoriedade em
todos os cursos de primeiro ciclo na ESE, na ESS e na ESAE e na maioria dos
cursos da ESTG.
A realização destes estágios encontra-se devidamente regulamentada
pelos órgãos próprios de cada Escola. Para além destes estágios curriculares,
algumas unidades orgânicas promovem ainda, com carácter facultativo e
voluntário, não contando para a nota final do estudante, estágios intercalares
de curta duração, no país ou estrangeiro, que são um importante contributo
para a inserção do estudante na vida activa.
Para além do estágio, outras oportunidades de contacto com a realidade
profissional são proporcionadas aos estudantes, sendo o caso das visitas de
estudo programadas, as quais constam do plano de actividades de cada
Unidade Orgânica.
No que diz respeito a estruturas e iniciativas de apoio à inserção na vida
activa, o IPP formalizou a Coordenação institucional para o Empreendedorismo
e Emprego tendo, neste âmbito, entre outras ações, criado uma plataforma on-
line destinada a recolher as ofertas, pedidos e candidaturas de emprego,
denominada “Bolsa de Emprego” - http://www.emprego.ipportalegre.pt/.
19
Organizou igualmente a ENOVE + 2011 – Feira de Emprego e
Empreendedorismo do IPP e está em curso a realização da ENOVE + 2012.
Além disso, o IPP participa também anualmente na iniciativa
Poliempreende, um concurso de ideias e projectos empresariais, aberto a
todos os estudantes.
A Escola Superior Agrária de Elvas, possui um Gabinete de Apoio ao
Aluno e Inserção na Vida Activa (GAAIVA), em que entre outros aspectos,
centraliza a formalização de pedidos de Estágios intercalares e organiza um
dossier contendo as ofertas de emprego na área de formação desta Escola. No
presente ano lectivo este serviço ampliou-se, possuindo o GAAIVA actualmente
um base de dados de todos os estudantes finalistas e recentemente formados,
os quais informa pessoalmente de qualquer oferta de emprego ou estágio que
surja.
Na ESTG e no âmbito do Conselho Técnico-científico foi aprovado o
regulamento de estágios curriculares e foram estabelecidos protocolos com
várias empresas e instituições com vista à inserção do estudante na vida
activa, os quais originaram a criação de uma base de dados disponibilizada na
Intranet.
A ESS aprovou recentemente um Regulamento de Ensinos Clínicos e
têm vários protocolos firmados com contextos formativos da área da saúde.
20
3. CONTRIBUTO DE ESTUDANTES E DOCENTES ACERCA DA CONCRETIZAÇÃO DOS OBJECTIVOS VISADOS
De acordo com a legislação aplicável, o presente Relatório, à
semelhança dos realizados nos anos anteriores, procurou obter o contributo de
docentes e de estudantes, acerca dos objectivos visados pela implementação
do Processo de Bolonha, no que diz respeito, nomeadamente, ao
funcionamento dos processos de ensino e de aprendizagem.
Para o efeito foi construído um questionário comum a ser aplicado nas
quatro Escolas, dirigido a estudantes, por um lado, e a docentes, por outro. O
questionário incluía, no caso dos estudantes, quatro grupos de questões, a
saber: I - Processo de Bolonha em geral; II - Funcionamento do Curso; III -
Funcionamento das Unidades Curriculares e IV - Medidas de Apoio. No caso
dos docentes omitiu-se o grupo II, mantendo-se as restantes. Em cada um
destes grupos, eram feitas afirmações, sobre as quais os inquiridos deveriam
exprimir o seu grau de concordância numa escala Likert de quatro pontos, com
escolha de uma das seguintes opções: Concordo Totalmente (CT), Concordo
Parcialmente (CP), Discordo Parcialmente (DP) ou Discordo Totalmente (DT).
Para efeitos de análise estatística, as respostas em cada uma destas opções
foram convertidas numa escala numérica, com a seguinte correspondência: CT
– 4; CP – 3; DP – 2; DT – 1.
No ano lectivo 2008/2009, num universo de cerca de 2890 estudantes
obtiveram-se respostas de 426 indivíduos (14,7%), enquanto as respostas dos
docentes foram em número de 118, num universo de 219 (53,9%), suficientes
para consideramos a amostra significativa.
No ano lectivo 2009/2010, num universo de cerca de 2850 estudantes
obtiveram-se respostas de 645 indivíduos (22,6%), enquanto as respostas dos
docentes foram em número de 84, num universo de 220 (38,1%), o que foi
considerado suficiente para constituir uma amostra significativa.
No ano lectivo de 2010/2011, num universo de 2542 estudantes
obtiveram-se respostas de 610 indivíduos (24%), enquanto as respostas dos
21
docentes foram em número de 85, num universo de 230 (37%), o que, à
semelhança do ano lectivo anterior, considerámos suficiente para constituir
uma amostra significativa.
Procede-se, de seguida, à análise das referidas respostas pelos
respectivos grupos de questões e públicos-alvo.
3.1 - O PROCESSO DE BOLONHA EM GERAL
3.1.1 – PERCEPÇÕES DOS ESTUDANTES
No que respeita à percepção dos estudantes sobre o conhecimento que
têm do Processo de Bolonha (Quadro 3), a maioria, 64%, diz concordar total ou
parcialmente com a afirmação “Estou bem informado acerca do Processo de Bolonha”.
Estes resultados são sobreponíveis aos obtidos ano anterior.
Quadro 3 – Percepções dos estudantes sobre o seu conhecimento acerca do Processo de Bolonha
(percentagem)
CT CP DP DT
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/11
2.1.1 - Estou bem informado acerca do Processo de Bolonha
3 7 7 44 57 57 16 28 28 6 9 8
2.1.2 - O Processo de Bolonha facilita o reconhecimento de graus e diplomas no Espaço Europeu de Ensino Superior
50 16 18 27 54 57 17 22 21 6 7 5
2.1.3 - O Processo de Bolonha facilita a mobilidade dos estudantes e de docentes no Espaço Europeu de Ensino Superior
59 34 34 30 47 49 9 15 14 3 4 3
2.1.4 - Sei o que significa a sigla ECTS 14 24 29 55 32 28 12 19 19 19 25 24
A maioria dos estudantes (75%) reconhece que “O Processo de Bolonha
facilita o reconhecimento de graus e diplomas no Espaço Europeu de Ensino Superior”, o que
significa uma evolução em mais 5% que no ano anterior.
Tal como no ano anterior, a afirmação com que mais concordam (83%)
é a que se refere à possibilidade do Processo de Bolonha facilitar a mobilidade
de estudantes e de docentes, enquanto aquela com que mais discordam
(conjunto de respostas DP e DT) é a que diz respeito ao significado da sigla
22
ECTS. Não podemos deixar de considerar preocupante que os estudantes,
passados mais de 4 anos sobre a implementação do processo de Bolonha,
continuem a desconhecer o que significa a sigla de um dos pilares deste
processo, sendo particularmente preocupante o facto dos resultados obtidos
este ano (43%), embora ligeiramente melhor do que os obtidos no ano anterior
(44%), não obstante todos os esforços realizados no sentido de esclarecer os
estudantes sobre este processo.
3.1.2 – PERCEPÇÕES DOS DOCENTES
Os docentes inquiridos manifestam-se bem informados sobre todos os
aspectos considerados relativos ao Processo de Bolonha (Quadro 4), com
particular destaque para o significado da sigla ECTS, embora ainda haja alguns
que dizem não possuir informação adequada sobre o significado da referida
sigla.
De facto, e como seria expectável, os docentes apresentam um grau
de informação relativamente ao Processo de Bolonha superior ao apresentado
pelos estudantes. Em média, em qualquer uma das questões respeitantes ao
conhecimento acerca do Processo de Bolonha, mais de 90% dos docentes
afirmam conhecer bem este Processo (soma das respostas CT e CP). Estes
resultados apresentam uma melhoria significativa face ao ano anterior. Ainda
de realçar que em todas as questões mais de 60% dos docentes concordam
totalmente com as afirmações colocadas.
Não podemos deixar de salientar que, contrariamente à tendência
verificada nos anos anteriores, em qualquer uma das questões realizadas a
percentagem de docentes que se considera pouco informado (soma das
respostas DP e DT) diminuiu no ano lectivo 2009/2010 relativamente ao que se
verificava nos anos anteriores. Constata-se estar a ser atingido o objectivo de
ter docentes cada vez mais informados e dispostos a aplicar os princípios do
Processo de Bolonha.
23
Quadro 4 – Percepções dos docentes sobre o seu conhecimento acerca do Processo de
Bolonha (percentagem)
CT CP DP DT
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
2.1.1 - Estou bem informado acerca do Processo de Bolonha
39 33 60 53 55 38 8 10 2 1 2 0
2.1.2 - O Processo de Bolonha facilita o reconhecimento de graus e diplomas no Espaço Europeu de Ensino Superior
56 40 68 36 45 27 7 10 4 2 5 1
2.1.3 - O Processo de Bolonha facilita a mobilidade dos estudantes e de docentes no Espaço Europeu de Ensino Superior
56 55 75 38 36 22 6 7 2 0 2 0
2.1.4 - Sei o que significa a sigla ECTS 84 58 89 12 20 8 3 7 2 2 14 0
3.2 - FUNCIONAMENTO DO CURSO
3.2.1 – PERCEPÇÕES DOS ESTUDANTES
Questionados sobre diversas questões relativas ao funcionamento do
respectivo curso (Quadro 5), a maioria dos estudantes concorda com a
organização do plano curricular, com o funcionamento do estágio e com a
possibilidade de aprender línguas estrangeiras. O maior grau de discordância a
propósito da possibilidade de frequentar UC de opção diminuiu
significativamente em relação aos anos anteriores.
Numa análise mais profunda do Quadro 5 é possível verificarmos que a
maioria das respostas dos estudantes cai nas classes intermédias, ou seja,
entre o Concordo Parcialmente e o Discordo Parcialmente. Este resultado,
embora com valores menos significativos que nos anos anteriores, manteve-se
o que leva-nos a concluir que, tal como referido no ultimo Relatório, os
estudantes não se encontram totalmente satisfeitos com o curso que
frequentam, havendo necessidade, na nossa opinião e num âmbito distinto
daquele em que é realizado o presente Relatório, de auscultar os estudantes
sobre o seu não contentamento relativamente à formação recebida.
É ainda de salientar o facto dos estudantes inquiridos no ano lectivo de
2010/2011 considerarem mais adequado o Plano Curricular do seu curso do
que os inquiridos no ano lectivo 2008/2009 e de 2009/2010. Pelo contrário,
24
mantem-se a tendência dos estudantes referirem a existência de mais
problemas com a organização do seu estágio (20% em 2010/2011) que os
estudantes nos anos anteriores (7% e 18%), o mesmo acontecendo em relação
à possibilidade de frequentarem línguas estrangeiras do seu curso, com 28% a
discordarem completamente desta possibilidade em 2010/2011, contra apenas
7% em 2008/2009 e 26% em 2009/2010.
Quadro 5 – Percepções dos estudantes sobre o funcionamento do respectivo curso
(percentagem)
CT CP DP DT
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
2.2.1 - O plano curricular do meu curso é
adequado 10 13 19 42 53 54 23 26 22 25 9 5
2.2.2 - O plano curricular do meu curso oferece-me a possibilidade de frequentar unidades curriculares de opção em número e adequação suficientes
6 9 16 21 44 45 52 29 26 21 19 13
2.2.3 - O Estágio do meu curso está bem
organizado
6 10 11 69 46 51 19 26 19 7 18 20
2.2.4 - O meu curso oferece possibilidades de aprender línguas estrangeiras
15 21 18 64 33 31 13 19 23 7 26 28
Como dissemos antes, este grupo de questões não foi incluído no
questionário dirigido aos docentes.
3.3 - FUNCIONAMENTO DAS UNIDADES CURRICULARES
3.3.1 – PERCEPÇÕES DOS ESTUDANTES
As questões relativas ao funcionamento das Unidades Curriculares (UC)
(Quadro 6) incluíam itens sobre a organização e distribuição de horas e sua
conversão em créditos ECTS, bem como outros sobre as metodologias
utilizadas.
No que concerne ao funcionamento da UC que frequentam, a maioria
dos estudantes exprime uma opinião favorável (conjunto de respostas CT e
CP) sobre as seguintes variáveis: estão informados sobre o respectivo
programa, conhecem o modo como as horas de trabalho se distribuem, têm a
25
percepção de que os programas visam a aquisição de competências, tiveram
oportunidade de realizar trabalho experimental e trabalho de projecto, recebem
apoio tutorial por parte dos docentes.
Por outro lado, tal como nos anos anteriores, consideram-se menos
informados os seguintes aspectos: distribuição das horas no plano curricular e
conversão das horas de trabalho em créditos ECTS.
Quadro 6 – Percepções dos estudantes sobre o funcionamento das UC que frequentam
(percentagem)
CT CP DP DT
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
2.3.1 - Estou informado sobre o programa curricular de cada UC
17 37 32 66 48 49 12 12 15 6 3 3
2.3.2 - Estou informado sobre a forma como as horas de trabalho se distribuem em cada UC
15 29 29 65 50 48 14 17 19 6 5 4
2.3.3 - As horas de cada UC no plano curricular do meu curso estão bem distribuídas
6 13 15 29 47 47 57 29 30 8 11 9
2.3.4 - Estou bem informado sobre a forma como as horas de trabalho de uma UC se convertem em créditos ECTS
5 11 11 22 38 41 61 33 33 13 18 14
2.3.5 - Os programas de cada UC do meu curso visam a aquisição e desenvolvimento de competências
11 23 26 72 57 58 13 17 14 3 3 3
2.3.6 - Há um equilíbrio entre as horas de carácter teórico, prático e teórico-prático
8 12 18 25 42 49 58 31 24 10 15 9
2.3.7 - Nas UC que frequento/frequentei tive oportunidade de realizar trabalho experimental (actividades de carácter prático devidamente planificadas destinadas à obtenção de um objectivo ou resultado concreto ou à testagem de uma hipótese)
8 14 22 62 47 48 20 29 24 10 10 6
2.3.8 - Nas UC que frequento/frequentei tive oportunidade de realizar trabalho de projecto (actividades de pesquisa, geralmente levadas a cabo em grupo, devidamente planificadas com o objectivo de estudar um problema/tema previamente definido)
12 24 28
67 51 51
14 21 16
7 4 5
2.3.9 - Nas UC que frequento tenho apoio tutorial dos docentes
17 38 41 72 47 44 8 12 12 2 3 3
Numa visão mais atenta dos resultados pareceu-nos importante salientar
que os estudantes que dizem Discordar Totalmente de “Estou bem informado sobre a
forma como as horas de trabalho de uma UC se convertem em créditos ECTS” é superior aos
estudantes que dizem Concordar Totalmente, deixando claro que existe ainda
26
um importante caminho a percorrer no que diz respeito à transmissão de
informação aos estudantes no que respeita ao Processo de Bolonha. Se
compararmos os resultados obtidos nos inquéritos realizados nos últimos anos
lectivos verificamos que, se por um lado se manteve a percentagem de
respostas CT e aumentou a percentagem de respostas CP, por outro lado,
diminui o número de respostas de DT, o que de alguma forma pode ser um
indício do trabalho que tem sido efectuado no sentido da informação e do
esclarecimento dos estudantes.
No mesmo sentido anteriormente apresentado (percentagem de
respostas DP superior às respostas CT) vão as respostas à pergunta “Há um
equilíbrio entre as horas de carácter teórico, prático e teórico-prático”. Este é um tema
recorrentemente apresentado, referindo que o nosso ensino, apesar de todos
os esforços realizados, não é completamente equilibrado entre ensino teórico e
prático como seria desejável, não preparando os estudantes convenientemente
para o mercado de trabalho. Esta é uma discussão que devemos continuar no
seio das nossas Escolas, nos vários órgãos e com todos os interlocutores, de
forma a optimizarmos a formação que ministramos e conferir uma melhor
preparação profissional e académica aos nossos estudantes.
3.3.2 – PERCEPÇÕES DOS DOCENTES
Os docentes manifestam um grande grau de concordância em todas as
questões colocadas relativas ao funcionamento das unidades curriculares que
leccionam (Quadro 7), com destaque para as seguintes aspectos:
disponibilização dos respectivos programas aos estudantes, conhecimento
sobre a forma de distribuição das horas de trabalho, elaboração dos programas
tendo em vista a aquisição de competências e disponibilização de apoio tutorial
aos estudantes. Por outro lado, os docentes manifestam menor grau de
concordância com a afirmação de que utilizam trabalho experimental ou
trabalho de projecto.
27
Quadro 7 – Percepções dos docentes sobre o funcionamento das UC que leccionam
(percentagem)
CT CP DP DT
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
2.2.1 - O programa curricular de cada UC que lecciono está disponível para os estudantes
93 99 99 3 1 1 1 0 0 3 0 0
2.2.2 - Estou informado sobre a forma como as horas de trabalho se distribuem em cada UC
80 84 82 16 15 14 3 1 2 2 0 1
2.2.3 - As horas de cada UC estão bem distribuídas
33 50 39 50 39 51 15 8 6 2 3 4
2.2.4 - Estou bem informado sobre a forma como as horas de trabalho de uma UC se convertem em créditos ECTS
54 65 54 32 25 36 12 8 7 3 1 2
2.2.5 - Os programas de cada UC que lecciono visam a aquisição e desenvolvimento de competências
69 89 87 24 8 12 6 1 1 1 1 0
2.2.6 - Há um equilíbrio entre as horas de carácter teórico, prático e teórico-prático
43 51 54 45 34 32 10 11 6 2 4 8
2.2.7 - Nas UC que lecciono utilizo a metodologia de trabalho experimental
29 25 29 45 47 40 19 16 22 8 12 10
2.2.8 - Nas UC que lecciono utilizo a metodologia de trabalho de projecto
30 32 39 39 45 34 20 12 14 11 11 13
2.2.9 - Nas UC que lecciono proporciono apoio tutorial aos estudantes
69 76 76 26 17 18 3 7 1 2 0 5
3.4 – MEDIDAS DE APOIO
3.4.1 – PERCEPÇÕES DOS ESTUDANTES
O último conjunto de questões colocado aos estudantes diz respeito ao
seu conhecimento sobre algumas medidas e estruturas de apoio existentes no
IPP (Quadro 8). Assim, os estudantes manifestam-se informados sobre as
medidas que existem visando o apoio à inserção na vida activa, a possibilidade
de participar em programas de mobilidade internacional e sobre as medidas
que visam a promoção do sucesso académico. A maioria não participou em
programas de mobilidade. De facto, embora o número de candidatos aos
programas de mobilidade, quer estudantes quer docentes, tenha vindo
consistentemente a aumentar, o número de intercâmbios deste tipo anualmente
28
contemplado para apoio económico é ainda reduzido, cabendo ao IPP fazer um
esforço adicional, muito difícil em época de contenção de gastos como a que
atravessamos, para possibilitar o aumento de intercâmbios internacionais de
docentes e estudantes, essencial para o processo de internacionalização que o
IPP pensa desenvolver.
Existe também aqui, e à semelhança do que temos verificado
relativamente a outros itens deste mesmo inquérito, uma tendência para os
estudantes situarem as suas respostas nas classes intermédias, não revelando
um conhecimento total ou um desconhecimento total dos temas apresentados.
Este resultado parece-nos lógico, dado que são inqueridos estudantes dos
vários anos e é normal que os estudantes do primeiro dos nossos cursos ainda
não tenham um grande conhecimento destas matérias.
Quadro 8 – Percepções dos estudantes sobre as medidas de apoio existentes
(percentagem)
CT CP DP DT
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
2.4.1 – Estou familiarizado com as medidas existentes na Escola/IPP de promoção do sucesso académico
4 13 16 25 49 51 62 27 26 9 11 7
2.4.2 - Estou familiarizado com as medidas
existentes na Escola/IPP de apoio à inserção
na vida activa
4 9 12 60 45 49 26 34 32 10 12 8
2.4.3 - Estou informado sobre as
oportunidades existentes de participar em
programas de mobilidade internacional
4 11 13 59 45 48 25 30 29 12 14 11
2.4.4 - Já participei em programas de
mobilidade internacional 2 3 4 4 11 14 6 11 12 88 75 70
3.4.2 – PERCEPÇÕES DOS DOCENTES
Os docentes inquiridos manifestam, uma vez mais, conhecer as medidas
de apoio existentes, com destaque para a possibilidade de participar em
programas de mobilidade internacional, embora a grande maioria não tenha
participado ainda neste tipo de intercâmbio (Quadro 9). Observa-se uma ligeira
29
tendência na melhoria dos resultados de 2010/2011 aos resultados obtidos no
ano lectivo 2008/2009 e no ano lectivo 2009/2010.
Quadro 9 – Percepções dos docentes sobre as medidas de apoio existentes
(percentagem)
CT CP DP DT
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
08/
09
09/
10
10/
11
2.4.1 – Estou familiarizado com as medidas existentes na Escola/IPP de promoção do sucesso académico
20 26 37 38 50 48 22 18 11 20 6 5
2.4.2 - Estou familiarizado com as medidas
existentes na Escola/IPP de apoio à inserção
na vida activa
12 27 26 57 48 55 25 19 15 7 6 4
2.4.3 - Estou informado sobre as
oportunidades existentes de participar em
programas de mobilidade internacional
37 36 49 40 40 42 18 18 5 5 6 4
2.4.4 - Já participei em programas de
mobilidade internacional 25 27 29 7 5 6 5 6 7 63 62 58
3.5 – ANÁLISE GLOBAL
Relativamente ao conhecimento expresso sobre questões gerais acerca
do Processo de Bolonha, a maioria dos estudantes manifesta uma boa
percepção, consubstanciada numa média de 69,75% (67,75% em 2010) no
nível de conhecimento deste Processo.
A afirmação que recolhe maior grau de concordância é “O Processo de
Bolonha facilita a mobilidade dos estudantes e de docentes no Espaço Europeu de Ensino
Superior”, com uma média de respostas de 83%, enquanto a afirmação que
recolhe menor grau de concordância é “Sei o que significa a sigla ECTS”, com uma
média de 57%, resultado algo preocupante como antes foi referido. De
qualquer forma, a resposta mais frequente (Moda) neste conjunto de questões
é CP, o que acontece, também, em cada uma das questões individualmente
consideradas.
No que respeita aos docentes, os resultados são bastante diferentes,
uma vez que a média geral é de 96,75% (88% em 2010) de concordância com
as afirmações proferidas, aproximando-se, assim, do ponto de concordância
30
máxima. A afirmação que recolhe maior grau de concordância é a primeira
“Estou bem informado acerca do Processo de Bolonha” com uma média de respostas de
98%, enquanto a que recolhe menor grau de concordância é a “O Processo de
Bolonha facilita o reconhecimento de graus e diplomas no Espaço Europeu de Ensino
Superior”, ainda assim com uma média de 95%. De notar que todas as
afirmações obtêm uma média nas respostas muito semelhante, variando entre
95% e 98%, o que corresponde a um grau de conhecimento assinalável sobre
os aspectos inerentes ao Processo de Bolonha assinalável.
No que respeita ao funcionamento dos respectivos cursos, repete-se um
conjunto neutro de respostas por parte dos estudantes, uma vez que a média
global se situa nos 61,25%. A afirmação que recolhe maior grau de
concordância é “O plano curricular do meu curso é adequado” com uma média de
respostas de 73%, enquanto a que recolhe menor grau de concordância é “O
plano curricular do meu curso oferece-me a possibilidade de frequentar unidades curriculares
de opção em número e adequação suficientes”, com uma média de 51%.
No funcionamento das unidades curriculares, volta a verificar-se que os
estudantes, de forma global, não exprimem uma percepção clara, quer no
sentido da concordância ou da discordância. Com efeito, a média global situa-
se nos 73%. Muito à semelhança do obtido no ano lectivo anterior, as
afirmações que recolhem maior grau de concordância são “Os programas de cada
UC no meu curso visam a aquisição e desenvolvimento de competências” e “Nas UC que
frequento tenho apoio tutorial dos docentes”, com médias de respostas de 84% e 85%
respectivamente, enquanto a que recolhe menor grau de concordância é “Estou
bem informado sobre a forma como as horas de trabalho de uma UC se convertem em créditos
ECTS”, com uma média de 52%.
Tal como se havia verificado no primeiro grupo de questões, voltam a
constatar-se diferenças significativas no que respeita às respostas dos
docentes. De facto, a média geral é de 88,65%, aproximando-se, assim, do
ponto de concordância máxima. À semelhança do ano lectivo anterior, a
afirmação que recolhe maior grau de concordância é “O programa curricular de cada
UC que lecciono está disponível para os estudantes”, com uma média de respostas de
100%, havendo portanto uma concordância total relativamente a este item. A
que recolhe menor grau de concordância é a “Nas UC que lecciono utilizo a
metodologia de trabalho experimental”, ainda assim com uma média de 69%.
31
No que se refere às medidas de apoio, a média das respostas dos
estudantes a este conjunto de questões situa-se nos 51% de concordância,
com a mais baixa a situar-se no item “Já participei em programas de mobilidade
internacional” (18%) e a mais elevada expressa sobre a afirmação “Estou
familiarizado com as medidas existentes na Escola/IPP de apoio à inserção na vida activa”
(67%).
No que respeita à percepção dos docentes sobre as medidas de apoio
existentes, a afirmação que recolhe maior grau de concordância é diversa da
obtida com os estudantes, situando-se na afirmação “Estou informado sobre as
oportunidades existentes de participar em programas de mobilidade internacional” (91%),
enquanto a que recolhe um valor mais baixo coincide com a dos estudantes
(“Já participei em programas de mobilidade internacional” – 35%) também a mais baixa
de todos os conjuntos.
Numa análise global, constata-se que, em relação a todos os itens, os
docentes exprimem maior grau de concordância do que os estudantes.
32
4. CONCLUSÕES
O grupo de trabalho que se envolveu na elaboração deste Relatório tem
consciência de que não é fácil descrever muitas das transformações operadas
nas Escolas, por via da concretização do Processo de Bolonha. Apesar disso,
procurou-se indicar, de forma sintética, essas transformações, especialmente
das que se referem aos processos de ensino e de aprendizagem e às medidas
de apoio existentes no IPP.
Cabe salientar, no entanto, que muitas das linhas orientadoras de tais
processos e das medidas de apoio existentes não resultam da concretização
do Processo de Bolonha, uma vez que já faziam parte da prática corrente em
algumas Escolas, cursos e por muitos docentes.
Convém igualmente salientar a evolução registada e apresentada nos
vários Relatórios já elaborados, dando a noção de alguma maturidade no que
respeita à introdução do Processo de Bolonha no Instituto Politécnico de
Portalegre e, por outro lado, alertando-nos para a necessidade de sermos
inovadores e particularmente acutilantes na transmissão da informação sobre
este Processo às pessoas que, por um motivo ou outro, ainda se consideram
desconhecedoras do processo de Bolonha.
Esperamos ser possível em breve a implementação de outras medidas e
alterações, como sejam a plena utilização do Suplemento ao Diploma e da
Escala Europeia de Classificações, bem como da existência de um Guia ECTS
bilingue. Estas ferramentas que consideramos essenciais para a concretização
em pleno do Processo de Bolonha, encontram-se numa fase de
implementação, estando certamente para breve a sua aplicação a todos os
nossos estudantes.
Portalegre, Dezembro de 2011
33
Anexo I
Documento orientador da discussão nos órgãos científico-pedagógicos
34
RELATÓRIO DE CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA NO ANO DE 2010/2011
Como é do conhecimento de todos, as instituições de ensino superior têm que elaborar um
Relatório de Concretização do Processo de Bolonha anual, decorrente do estipulado no
Decreto-Lei n.º 107/2008, dando conta, nomeadamente, das mudanças operadas entre a fase
ante- e a fase pós-Bolonha, “designadamente em matéria pedagógica”, no sentido de uma
formação orientada para o desenvolvimento das competências dos estudantes…” (cf. artigo
66.º A).
Assim, no sentido de recolher o máximo de informação possível, tendo em vista a elaboração
do referido documento, solicita-se aos presidentes de departamento que promovam a
discussão das seguintes questões e que procedam à elaboração de um relatório sucinto sobre
as respectivas conclusões.
1 - Funcionamento das unidades curriculares
Como é que as metodologias de ensino/aprendizagem foram alteradas, tendo em vista uma
formação orientada para o desenvolvimento de competências dos estudantes? Por exemplo:
b) Utilizam-se metodologias de trabalho experimental? De forma sistemática e
transversal ou apenas em certas UC (como, por exemplo, em Ciências)?
c) Utilizam-se metodologias de trabalho de projecto? De forma sistemática e transversal
ou apenas em certas UC (como, por exemplo, nas componentes de Projecto)?
d) Os estudantes são mais autónomos no processo de aprendizagens (através de que
meios e de que recursos – por exemplo, têm acesso aos programas das UC? Têm acesso
a plataformas e-learning)?
e) Os estudantes têm possibilidades de adquirir competências transversais (através de
que meios e de que recursos – frequência de UC de opção, frequência de UC isoladas,
frequência de UC de outros cursos, aprendizagem das LE)?
f) As horas de contacto contemplam a organização de sessões tutoriais individuais ou
em grupo? Qual a sua ligação, por um lado, às horas lectivas e, por outro, às horas de
trabalho autónomo do estudante? Que peso (percentual) têm essas horas relativamente
ao total das horas de contacto? Como são organizadas e qual o grau de participação dos
estudantes?
2 – Estímulo à participação em actividades extra-curriculares
Que acções, meios ou recursos são utilizados para promover o desenvolvimento de
competências extra-curriculares dos estudantes? Essas competências e as acções que as
consubstanciam são devidamente reconhecidas através, por exemplo, da sua inclusão no
Suplemento ao Diploma?
35
3 - Medidas de apoio à promoção do sucesso académico
Que medidas e/ou estruturas existem no IPP para detectar, analisar e tentar resolver casos de
insucesso académico – quer ao nível das estruturas científicas, quer ao nível das estruturas de
apoio psico-pedagógico?
4 – Medidas de apoio à inserção na vida activa
Que medidas e/ou estruturas existem no IPP para promover a inserção na vida activa dos seus
diplomados, quer durante quer após a frequência da formação – esta inserção é devida e
regularmente monitorizada? Que oportunidades têm os estudantes de contactar o mundo do
trabalho durante a frequência dos respectivos cursos (existem estágios obrigatórios)?
5 – Oportunidades de mobilidade internacional
A que nível participam os estudantes em acções de mobilidade internacional, enquadradas ou
não pelos programas comunitários Erasmus ou outros? Essa participação é estimulada por
parte dos docentes? Essa participação é devidamente reconhecida para efeitos académicos?
36
Anexo II
Questionário aos estudantes
37
CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA NO INSTITUTO POLITÉCNICO DE
PORTALEGRE
INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO AOS ESTUDANTES
Caro estudante:
No âmbito da implementação do chamado Processo de Bolonha em Portugal, as
instituições de ensino superior têm que elaborar um Relatório de Concretização até 31
de Dezembro de cada ano, com referência ao ano lectivo anterior. Nos termos da
legislação aplicável, esse Relatório deverá integrar “…o contributo de estudantes e
docentes através de inquéritos ou outras formas de participação acerca da
concretização dos objectivos visados…”.
Nesse sentido, solicitamos a sua colaboração na resposta ao presente questionário,
cujas respostas são anónimas e apenas utilizáveis no âmbito do referido Relatório.
Obrigado pela sua colaboração.
João Claudino, Prof. Adjunto
(Coordenador do processo de elaboração do Relatório de Concretização do Processo de Bolonha no IPP
referente a 2010/2011)
1. Por favor forneça os seguintes dados
Escola: ESAE ESE ESS ESTG
Curso:
Ano:
Ano lectivo em que ingressou no ensino superior:
Forma de acesso ao ensino superior:
Concurso Geral de Acesso
Maiores de 23 anos
Outras formas de acesso
Siga, por favor para a página seguinte e última.
38
2. Por favor indique o seu grau de concordância com as afirmações seguintes, posicionando-se na
escala Concordo Totalmente (CT), Concordo Parcialmente (CP), Discordo Parcialmente (DP), Discordo
Totalmente (DT)
2.1 - O que sei sobre o Processo de Bolonha CT CP DP DT 2.1.1 - Estou bem informado acerca do Processo de Bolonha 2.1.2 - O Processo de Bolonha facilita o reconhecimento de graus e diplomas Espaço Europeu de Ensino Superior
2.1.3 - O Processo de Bolonha facilita a mobilidade dos estudantes no Espaço Europeu de Ensino Superior
2.1.4 - Sei o que significa a sigla ECTS
2.2 - Organização do meu curso CT CP DP DT 2.2.1 - O plano curricular do meu curso é adequado 2.2.2 - O plano curricular do meu curso oferece-me a possibilidade de frequentar unidades curriculares de opção em número e adequação suficientes
2.2.3 - O Estágio do meu curso está bem organizado
2.2.4 - O meu curso oferece possibilidades de aprender línguas estrangeiras
2.3 - Funcionamento da Unidades Curriculares (UC) CT CP DP DT 2.3.1 - Estou informado sobre o programa curricular de cada UC 2.3.2 - Estou informado sobre a forma como as horas de trabalho se distribuem em cada UC
2.3.3 - As horas de cada UC no plano curricular do meu curso estão bem distribuídas
2.3.4 - Estou bem informado sobre a forma como as horas de trabalho de uma UC se convertem em créditos ECTS 2.3.5 - Os programas de cada UC do meu curso visam a aquisição e desenvolvimento de competências competências
2.3.6 - Há um equilíbrio entre as horas de carácter teórico, prático e teórico-prático 2.3.7 - Nas UC que frequento/frequentei tive oportunidade de realizar trabalho experimental (actividades de carácter prático devidamente planificadas
destinadas à obtenção de um objectivo ou resultado concreto ou à testagem de uma hipótese)
2.3.8 - Nas UC que frequento/frequentei tive oportunidade de realizar trabalho de projecto (actividades de pesquisa, geralmente levadas a cabo em grupo,
devidamente planificadas com o objectivo de estudar um problema/tema previamente definido) 2.3.9 - Nas UC que frequento tenho apoio tutorial dos docentes
2.4 - Medidas de apoio CT CP DP DT 2.4.1 - Estou familiarizado com as medidas existentes na Escola/IPP de apoio à promoção do sucesso académico
2.4.2 - Estou familiarizado com as medidas existentes na Escola/IPP de apoio à inserção na vida activa
2.4.3 - Estou informado sobre as oportunidades existentes de participar em programas de mobilidade internacional
2.4.4 - Já participei em programas de mobilidade internacional
39
FINAL DO QUESTIONÁRIO. MUITO OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO!
40
Anexo III
Questionário aos docentes
41
CONCRETIZAÇÃO DO PROCESSO DE BOLONHA NO INSTITUTO POLITÉCNICO DE
PORTALEGRE
INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO AOS DOCENTES
Caro docente:
No âmbito da implementação do chamado Processo de Bolonha em Portugal, as
instituições de ensino superior têm que elaborar um Relatório de Concretização até 31
de Dezembro de cada ano, com referência ao ano lectivo anterior. Nos termos da
legislação aplicável, esse Relatório deverá integrar “…o contributo de estudantes e
docentes através de inquéritos ou outras formas de participação acerca da
concretização dos objectivos visados…”.
Nesse sentido, solicitamos a sua colaboração na resposta ao presente questionário,
cujas respostas são anónimas e apenas utilizáveis no âmbito do referido Relatório.
Obrigado pela sua colaboração.
João Claudino, Prof. Adjunto
(Coordenador do processo de elaboração do Relatório de Concretização do Processo de Bolonha no IPP
referente a 2010/2011)
1. Por favor forneça os seguintes dados
Escola: ESAE ESE ESS ESTG
Departamento/Área:
Categoria Profissional:
Qualificação mais elevada:
Ano lectivo em que iniciou a sua carreira no ensino superior:
Siga, por favor para a página seguinte e última.
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2. Por favor indique o seu grau de concordância com as afirmações seguintes, posicionando-
se na escala Concordo Totalmente (CT), Concordo Parcialmente (CP), Discordo Parcialmente
(DP), Discordo Totalmente (DT)
2.1 - O que sei sobre o Processo de Bolonha CT CP DP DT 2.1.1 - Estou bem informado acerca do Processo de Bolonha 2.1.2 - O Processo de Bolonha facilita o reconhecimento de graus e diplomas no Espaço Europeu de Ensino Superior
2.1.3 - O Processo de Bolonha facilita a mobilidade dos estudantes e de docentes no Espaço Europeu de Ensino Superior
2.1.4 - Sei o que significa a sigla ECTS
2.2 - Funcionamento da Unidades Curriculares (UC) que lecciono CT CP DP DT 2.2.1 - O programa curricular de cada UC que lecciono está disponível para os estudantes
2.2.2 - Estou informado sobre a forma como as horas de trabalho se distribuem em cada UC
2.2.2 - As horas de cada UC estão bem distribuídas
2.2.4 - Estou bem informado sobre a forma como as horas de trabalho de uma UC se convertem em créditos ECTS 2.2.5 - Os programas de cada UC que lecciono visam a aquisição e desenvolvimento de competências competências
2.2.6 - Há um equilíbrio entre as horas de carácter teórico, prático e teórico-prático 2.2.7 - Nas UC que lecciono utilizo a metodologia de trabalho experimental 2.2.8 - Nas UC que lecciono utilizo a metodologia de trabalho de projecto 2.2.9 - Nas UC que lecciono proporciono apoio tutorial aos estudantes 2.3 - Medidas de apoio CT CP DP DT 2.3.1 - Estou familiarizado com as medidas existentes na Escola/IPP de apoio à promoção do sucesso académico
2.3.2 - Estou familiarizado com as medidas existentes na Escola/IPP de apoio à inserção na vida activa
2.3.3 - Estou informado sobre as oportunidades existentes de participar em programas de mobilidade internacional
2.3.4 - Já participei em programas de mobilidade internacional
FINAL DO QUESTIONÁRIO. MUITO OBRIGADO PELA SUA COLABORAÇÃO!