CONDIÇÕES DA AÇÃO
DIREITO DE AÇÃO
Direito condicionado à Legitimidade adcausam e ao Interesse de agir
A possibilidade jurídica do pedido não é mais isolada
(como no CPC 73)
Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade
CONDIÇÕES DA AÇÃO
LEGITIMIDADE (17, CPC)
Ordinária: postulação de direito próprio em nome próprioArt. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvoquando autorizado pelo ordenamento jurídico.
Extraordinária: postulação de direito alheio em nome próprio Condomínio, p. ex.
Também pode ser chamada de substituição processual.
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quandoautorizado pelo ordenamento jurídico.
Art. 485, CPC. O juiz não resolverá o mérito quando:
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
CONDIÇÕES DA AÇÃO
LEGITIMIDADE (17, CPC)
O indeferimento da inicial
Art. 330, CPC. A petição inicial será indeferida quando:
II - a parte for manifestamente ilegítima;
Art. 321, CPC. O juiz, ao verificar que a petição inicial nãopreenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresentadefeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento demérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, aemende ou a complete, indicando com precisão o que deve sercorrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juizindeferirá a petição inicial.
CONDIÇÕES DA AÇÃO
INTERESSE DE AGIR (OU INTERESSE PROCESSUAL)
POSSIBILIDADE JURÍDICA
BINÔMIO NECESSIDADE
O Judiciário é a saída!
ADEQUAÇÃO O fim que se busca deve ser projetado para o judiciário por meio
da ferramenta processual adequada
Deve-se escolher a ação correta
Trinômio? Utilidade?
Art. 485, CPC. O juiz não resolverá o mérito quando:
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
ELEMENTOS DA AÇÃO
PARTES X SUJEITOS (arts. 70 a 76)
Juiz não é parte, mas sujeito processual
AUTORTrata-se daquele que formula pretensãoPolo ativo
RÉUAquele contra quem a ação é propostaPolo passivo
Capacidade de ser parte: Art. 1o, CC: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
ELEMENTOS DA AÇÃO
PARTES (arts. 70 a 76) Todos têm capacidade de ser parte, mas nem todos
têm capacidade para estar em juízo.
Os relativamente e os absolutamente incapazesserão, respectivamente, assistidos ou representados(Art. 71, CPC. O incapaz será representado ou assistido por seus pais,por tutor ou por curador, na forma da lei)
Ações reais imobiliárias
AUTOR
Mister a autorização do cônjuge (salvo separação)
Art. 73, CPC. O cônjuge necessitará do consentimento do outro parapropor ação que verse sobre direito real imobiliário, salvo quandocasados sob o regime de separação absoluta de bens.
Não é caso de litisconsórcio, mas de mera outorga
ELEMENTOS DA AÇÃO
PARTES
Ações reais imobiliárias
RÉUS
Necessário o litisconsórcio
Obs: estas regras valem para a U.E. e para a U.H.Art. 73, § 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável
comprovada nos autos.
ELEMENTOS DA AÇÃO
CAUSA DE PEDIRQual a motivação do processo?
A ação foi proposta por quê ?
No Brasil, Teoria da substanciação:
Fatos (causa de pedir próxima)
Narrativa clara e objetiva
Fundamentos jurídicos (causa de pedir remota)
O juiz pode decidir com base em fundamento diverso
A importância da subsunção!!!
ELEMENTOS DA AÇÃO
PEDIDOSToda ação tem que ter um pedido
Art. 322. O pedido deve ser certo.
Pode ser imediato ou mediato
Imediato
pretensão processual almejada
Que tipo de sentença eu quero?
Declaratória, constitutiva, condenatória?
Mediato
Reside no mundo dos fatos
O pedido prático, ou seja, o reflexo no mundo dos fatos
ELEMENTOS DA AÇÃO
PEDIDOSPedido genérico
Art. 324. O pedido deve ser determinado.
§ 1o É lícito, porém, formular pedido genérico:
I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bensdemandados;
II - quando não for possível determinar, desde logo, asconsequências do ato ou do fato;
III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenaçãodepender de ato que deva ser praticado pelo réu
Alternativos Primeiro um, depois o outro
Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedorpuder cumprir a prestação de mais de um modo.
ELEMENTOS DA AÇÃO
PEDIDOS
Cumulativos Vários pedidos, um se somando aos outros
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmoréu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que:
I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso deprocedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar oprocedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicasprocessuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a quese sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não foremincompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum
ELEMENTOS DA AÇÃO
PEDIDOS
A modificação do pedido
Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir,independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido ea causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado ocontraditório mediante a possibilidade de manifestação deste noprazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento deprova suplementar.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir.
LITISCONSÓRCIO
CARACTERÍSTICA
Tem como essência a pluralidade subjetiva da lide
Mais de uma pessoa – física ou jurídica – no mesmo polo processual
Consórcio de litigantes
LITISCONSÓRCIO
CLASSIFICAÇÃO
ATIVO Dois ou mais autores
PASSIVO Dois ou mais réus
MISTO Dois ou mais autores e réus concomitantemente
MULTITUDINÁRIO Número muito grande de litisconsortes facultativos Art. 113, § 1o O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número
de litigantes na fase de conhecimento, na liquidação de sentença ou na execução, quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa ou o cumprimento da sentença.
LITISCONSÓRCIO
CLASSIFICAÇÃO
INICIAL
Formado da propositura da ação
ULTERIOR Há um acréscimo de partes após a formação inicial da
relação jurídico processual
LITISCONSÓRCIO
CLASSIFICAÇÃO
FACULTATIVO (113, CPC)
Há a opção de sua formação
Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmoprocesso, em conjunto, ativa ou passivamente, quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigaçõesrelativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito.
LITISCONSÓRCIO
CLASSIFICAÇÃO
NECESSÁRIO (114, CPC) É obrigatório!!!
Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pelanatureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citaçãode todos que devam ser litisconsortes.
Natureza jurídica
Dissolução de sociedade, p. ex. (todos os sócios devemintegrar o polo passivo)
Disposição de lei
Polo Passivo – ações reais imobiliáriasArt. 115, Parágrafo único. Nos casos de litisconsórcio passivo necessário, o juizdeterminará ao autor que requeira a citação de todos que devam ser litisconsortes, dentrodo prazo que assinar, sob pena de extinção do processo.
LITISCONSÓRCIO
CLASSIFICAÇÃO
UNITÁRIO (116, CPC) A sentença deverá ser idêntica para todos os litisconsortes
Pode ser facultativo ou necessário
Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, ojuiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.
Ato processual benéfico
A conduta de um beneficia aos demais
Ato processual prejudicial
Não há reflexo para os demais
P.ex., a confissão de um não aproveita aos demais!!
LITISCONSÓRCIO
CLASSIFICAÇÃO
SIMPLES (116, CPC)
Não há a necessidade de identidade de julgamento
A decisão poderá ser diferente para cada litisconsorte
Art. 117. Os litisconsortes serão considerados, em suas relaçõescom a parte adversa, como litigantes distintos, exceto nolitisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de umnão prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.
LITISCONSÓRCIO
PRAZO
Contagem em DOBRO
Autos físicos
Advogados de Escritórios diferentes
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores,de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados emdobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo outribunal, independentemente de requerimento.
§ 1o Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2(dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
§ 2o Não se aplica o disposto no caput aos processos em autoseletrônicos.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
QUESTÕES GERAIS
Em regras a relação jurídico processual se formaentre autor, juiz e réu.
Num conceito genérico, TERCEIRO é aquele que emprincípio não faria parte do processo, mas quepoderá nele ingressar
Intervenção não é litisconsórcio. Aquela poderá darorigem a este!
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
ASSISTÊNCIA (119, CPC)
O terceiro é juridicamente interessado
Qualquer momento do processo, qualquerprocedimento e qualquer grau de jurisdição!!!
Atos já praticados não poderão ser renovados.
O terceiro ingressa no processo para AUXILIARuma das partes a obter vitória processual
Tanto o autor quanto o réu podem ser beneficiados
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
ASSISTÊNCIA SIMPLES
Mesmos poderes do assistido
Sujeição ao mesmo ônus processual
Tem interesse jurídico (dele) que poderá serprotegido caso a sentença seja favorável aoassistido
Sublocatário, p. ex. (ele tem interesse na vitória doinquilino para que se mantenha na posse do bem –sublocatário poderá ingressar como assistente doréu)
Permanece como TERCEIRO (não será parte),defendendo interesse do Assistido (estásubordinado a este)
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
ASSISTÊNCIA LITISCONSORCIAL
TERCEIRO assume a posição litisconsorte, poisdefende direito próprio.
Deixa de ser terceiro e passa a ser litisconsorte(parte)
Ele poderia/deveria ter sido desde o início incluídono polo processual
Há relação jurídica DIRETA entre o assistente e oadversário do assistido
Herdeiro que ingressa no processo em que o espólioé parte.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
Autor ou réu poderão formular demanda contraterceiro
Embasa-se em direito de regresso ou reembolso
Pode ser feita pelo autor ou pelo réu!
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
CABIMENTO
EVICÇÃO e REGRESSO
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida porqualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foitransferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos queda evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar,em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
CABIMENTO
O autor poderá denunciar terceiro à lide na INICIAL?
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
CHAMAMENTO AO PROCESSO
O objetivo é a formação de título executivo contra ocoobrigado
CABIMENTO
Apenas o réu poderá lançar mão desta intervenção deterceiro
Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido peloréu:
I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou algunsdeles;
III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir deum ou de alguns o pagamento da dívida comum.