Download - Constituição de acervo para bibliotecas
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Temas A política de leitura;A biblioteca e o contexto sociocultural
brasileiro;O mediador de leitura;O acervo literário;A escolha do acervo de LIJ: alguns critérios;Algumas indicações para constituição de
acervo;Referências.
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Política de leitura
Política (do grego polis) – respeito à cidade, cidadania, como prática pelo bem comum.
Políticas – indicativo de que a diversidade de interesses, de possibilidades, de contextos nos convida, por conta do bom senso, a desenhar diferentes estratégias de promoção da leitura (YUNES, 2005, p.2)
“Urge criar, mais que planos, projetos e programas, uma articulação entre os agentes sociais públicos e privados, oficiais e particulares, que possam se mobilizar em favor da disseminação de práticas de leitura como condição para uma cidadania de fato.” (YUNES, 2005, p.2)
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Ler pra quê? (YUNES, 2005)• Reconhecer essa prática como uma atividade que precede a
maioria das conquistas sociais dos integrantes de uma comunidade;
• A leitura literária excita nosso imaginário e organiza nossa narratividade, nossa capacidade de dizer e de nos dizer;
• Nos ensina a pensar com alguma autonomia e criticidade;• Melhorar nossa qualidade de estar no mundo e de nos
relacionar com os outros;• Compreender e dar sentido à nossa própria história e vida;• Celebrar nossa participação no discurso, na linguagem viva
que dá sentido ao mundo;• Ter informação, sensibilidade e capacidade crítica para
ganharmos segurança em nossa fala e de com ela melhorarmos as condições de convívio.
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A biblioteca - pública, comunitária, escolar - e outros espaços onde a leitura acontece – salas de aula, cantinho da leitura, leitura ao ar livre – devem estar interligados em rede, a fim de que possam colaborar entre si, tecer estratégias de trabalho em conjunto, trocar experiências de mediação de leitura, formatar atividades de formação de novos mediadores....
A experiência do Tessituras – necessidade em formar mediadores para programas de leitura
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A biblioteca e o contexto sociocultural brasileiro
Democratizar e universalizar a cultura letrada;Não esquecer que vivemos num país onde a maioria dos brasileiros
praticamente não participam de eventos de letramento antes da escola;
Investir em eventos de letramento em que a narrativa seja oralizada: saraus, contação de histórias;
Entender que a leitura é um processo que acontece gradativamente. Muitas vezes um pequeno leitor deseja leitura mais longas, e um adulto com pouca competência leitora, livros de literatura infantojuvenil, por exemplo;
Respeitar os interesses de leitura, mas também oferecer diversidade de obras, entre best sellers e livros que não estão em evidência no circuito;
“ler pode ser um meio para melhorar as condições de vida e as possibilidades de ser, de estar e de atuar no mundo (CASTRILLÓN, 2011, p.20)
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A biblioteca e o mediador de leitura
O mediador de leitura é o agente que coloca o livro em contato com o leitor;
A mediação é uma intervenção, uma ação facilitadora, aproximação sensível, intelectual ou técnica. Ele tem o poder de influência, não de autoridade. O mediador são encarregados de acolher novos públicos, um animador do livro e da leitura. (RIDDER, 1999)
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O perfil do mediador de leitura(adaptado de CASTRILLÓN, 2001)
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1. Ser um leitorCrítico e reflexivo. Leitor da realidade e leitor
de livros que o ajudem a ler essa realidade. Nenhuma pessoa deve sucumbir às pressões da vida cotidiana e renunciar a melhorar sua condição como ser humano, algo para o qual a leitura contribui como forma de transcender e de superar uma sobrevivência imediatista.
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2. Não se sentir inibido para escreverFazer uso da escrita não significa,
necessariamente, ser um artista. No entanto, a escrita é necessária para que ele possa pensar e colocar em ordem as suas ideias, registrando e comprovando seu trabalho, comunicando a outros sua experiência e também, de certa forma, superando-se. Escrever aumenta a confiança e a segurança em si mesmo.
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3. Ser curioso, com desejo de explorar, de pesquisarAinda que não seja obrigatoriamente um
pesquisador, deve buscar novas mudanças e soluções.
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4. Ser bem informadoProcurar fontes diversificadas, não bastar-se
suficientemente com a informação que lhe oferecem os meios de comunicação.
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5. Que se assuma como ser ético“Capaz de comparar, de avaliar, de intervir,
de escolher, de decidir, de romper” (FREIRE, 1997, p.32)
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O acervo (gêneros)
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O que diferencia um livro literário de um não-literário?
Livro Literário Livro não-literário
Não tem compromisso de transmitir algum conhecimento formal
Tem compromisso de transmitir algum conhecimento formal. Ex.: livro sobre técnicas de pintura.
É arte, pois supõe um trabalho de construção de linguagem simbólica (tanto em ilustrações quanto em texto)
Não é arte, pois não apresenta um trabalho de construção de linguagem simbólica
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Livros para a infânciaNão-literários:Livro-brinquedo (de jogos, 3D, de banho, de
pano, aquisição de linguagem);Paradidáticos;Biografia.
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Literários:Os livros para a infância são um gênero híbrido
entre texto e imagem (cfme Gláucia de Souza);Narrativas - mitos, fábulas, lendas, contos
populares – narrativas orais; novelas, contos - narrativas autorais;
Poesia - parlendas, trava-línguas, quadras populares, adivinhas, cantigas, cordel – poesia oral; formas fixas ou livres - poesia autoral;
Teatro;Livro de imagem;Histórias em Quadrinhos.
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Livros para a juventudeLivros não literários:Paradidáticos;Livros de jogos (RPG) e de filmes;Biografias.
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Literários:Apresentam ilustrações, mas, muitas vezes, em
menos número que os livros para a infância;Narrativas - mitos, fábulas, lendas, contos
populares – narrativas orais; novelas, romances, contos, crônicas - narrativas autorais ;
Poesia - parlendas, trava-línguas, quadras populares, adivinhas, cantigas, cordel – poesia oral; formas fixas ou livres - poesia autoral;
Teatro;Livro de imagem;Histórias em Quadrinhos, Graphic Novels,
Zines,...
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Livros não-literáriosAssuntos para público iniciante ou
especializado: política, sociologia, filosofia, linguística, economia, arquitetura, medicina, artes visuais,...
Biografias;Livros-jogos (RPG).
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Livros literáriosComo os estudos da Teoria da Literatura
nos apresentam, a literatura está divida em três grandes gêneros: o narrativo (novela, romance, conto, crônica, epopeia), o lírico (poesia de formas fixas ou livre), e o dramático (teatro, comédia ou drama).
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A escolha do acervo de LIJ: alguns critérios
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Critérios utilizados pelos pareceristas do PNBE (dados de 2005)
Linguagem literária;Pertinência temática;Ilustração;Projeto gráfico-editorial.
(conforme pesquisa de ANDRADE & CORRÊA, url*)
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Os argumentos dos pareceristas (itens 1 e 2)
Movimento de leitura do leitor;Inscrição da obra na cultura e na tradição
literária;Recursos linguísticos utilizados;Estilo do autor;Valores éticos.
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1. Movimento da leitura do leitorO texto:Conduz;Mobiliza;Convida;Permite a fruição.
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2. Inscrição da obra na cultura e na tradição literáriaTradição em geral;Tradição brasileira;Tradição da cultura popular.
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3. Recursos linguísticos para produzir sentidos literáriosEstrutura textual global (coerência, coesão e
progressão);Semântica/sonoridade da palavra;Linguagem cotidiana e literária;Figuras de linguagem;Gêneros (hibridismo);Registros formal e informal.
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4. EstiloHumor;Poesia;Simplicidade;Delicadeza, leveza, suavidade e singeleza;Agilidade;Ludicidade;Fluidez;Irreverência.
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A presença da escolaDescrição crítica a modos escolares de leitura
literária (sem preocupações didáticas, sem tom moralizante, sem dimensão instrumental/funcional/ servil/ pragmática, sem lição/intenção de ensinar);
Utilização de enunciados tipicamente escolares (trabalho com...., formação de leitor, enriquecimento de vocabulário);
Descrição prescritiva da mediação escolar desejável da leitura do aluno (pertinente ao leitor autônomo, importância da mediação do professor).
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O que é um bom livro infantil?Antes de tudo, deve considerar o repertório, o interesse e
o propósito do leitor;Como mediadores, o texto deve aproximar o leitor do
prazer estético e propor “uma educação do olhar”;Deve permitir ao leitor a construção de sentidos a partir
da leitura;O essencial é que as produções cativem com o recurso à
fantasia, por seu caráter mágico, pela valorização das sensações e emoções que os transporta para o mundo da imaginação, edificado pelas imagens e símbolos do texto literário. (MARTHA, 2011, p.50)
O livro inserir-se num campo de produção cultural para a criança.
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O livro infantil como objeto cultural*
Elementos externos ao texto verbal(capa, contracapa, orelhas, paratextos, informações contextualizantes dos autores, fonte, papel, ilustrações, projeto gráfico);
Elementos internos (estruturais como foco narrativo, verossimilhança, linguagem, caráter de experimentação, intertextualidade, relação com outras lggs, rompimento de clichês e modelos, ambiguidade e pluralidade de significação da lggm literária, adequação do discurso das personagens avariáveis como tempo e espaço no mundo narrado);
Jogo de sentidos – diálogo entre palavras e imagens –Literatura Infantil é um gênero híbrido.
(*De acordo com MARTHA, 2011, p.49-53)
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Indicações para constituição de acervoCatálogo FNLIJ para a Feira do Livro Infantil
de Bolonha (Itália)http://www.fnlij.org.br/site/publicacoes-em-pdf/catalogos-de-
bolonha/item/541-cat%C3%A1logo-fnlij-para-feira-de-bolonha-2014.html
Uni, duni, ler – Guia de leitura para bebês (envio em pdf)
Lista de referência Biblioteca Moacyr Scliar (envio em pdf)
Bibliografia Brasileira de LIJ Online http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/acervos_especiais/lit__infantojuvenil/index.php?p=11564
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PNBE – Programa Nacional da Biblioteca Escolarhttp://www.fnde.gov.br/programas/biblioteca-da-escola/biblioteca-da-
escola-apresentacao
Catálogos FNLIJhttp://www.fnlij.org.br/site/o-que-e-a-fnlij/acoes/item/9-publica
%C3%A7%C3%B5es.html
Livros com temática de culturas africanashttp://literaturainfantilafrobrasil.blogspot.com.br/
Editais do MINchttp://www.cultura.gov.br/editaisEstão abertos 4 Editais da Diretoria de Livro,
Leitura, Literatura e Bibliotecas no âmbito do PNLL
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Especialistas em LIJTeresa Colomer;Daniel Goldrin;Nelly Novaes Coelho (Brasil);Regina Zilberman (Brasil);Peter Hunt;Yolanda Reyes;Marisa Lajolo (Brasil);João Luis Ceccantini (Brasil);Vera Teixeira de Aguiar (Brasil);Maria da Glória Bordini (Brasil).
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ReferênciasANDRADE & CORRÊA. Os critérios dos
especialistas para os livros literários a serem lidos na escola. Disponível em: <32reuniao.anped.org.br/arquivos/trabalhos/GT10-5871--Int.pdf>
CASTRILLÓN, Silvia. O direito de ler e de escrever. São Paulo: Pulo do Gato, 2001.
OLIVEIRA, Ieda de. O que é qualidade em literatura infantil e juvenil? Com a palavra, o educador. São Paulo: DCL, 2011.
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RIDDER, Guido de. Médiateurs du livre: animateurs ou missionnaires? (traduzido por Verbena Maria Rocha Cordeiro)
YUNES, Eliana. Políticas públicas de leitura: maneras de fazé-las. Disponível em <www.cerlalc.org/revista_noviembre/pdf/n_art01_p.pdf>