Download - Con_Textos nº1
A Escola EB 23 Dr Joatildeo de Barros situa-se na AvenidaDr Manuel Gaspar de Lemos numa zona escolar eresidencial na parte nordeste da cidadeA Escola entrou em funcionamento haacute 45 anos no dia25 de outubro de 1968 (aniversaacuterio comemoradoanualmente num conviacutevio entre quem faz e jaacute fezparte da Escola) com a designaccedilatildeo de EscolaPreparatoacuteria Dr Joatildeo de Barros O patrono a quemdeve o nome foi um ilustre figueirense que sedestacou no ensino nas letras na poliacutetica e nojornalismoA partir de 1 de setembro de 2003 a escola passou aconstituir-se como sede do Agrupamento de Escolasda Zona Urbana da Figueira da Foz (AEZUFF) Abrangecrianccedilas e jovens do niacutevel preacute-escolar ao 3ordm ciclotendo como principal campo de accedilatildeo a prestaccedilatildeo deserviccedilo educativo
Eacute seu diretor o professor Adelino Maacuterio Graccedila Matosnuma equipa formada pela professora Bela ElisabeteFerreira Correia de Matos (subdiretora) pelaeducadora Isabel Maria Alves dos Santos (adjunta dodiretor) e pela professora Alda Cristina da CostaMarcelo (adjunta do diretor) O Conselho Geral eacutepresidido pelo professor Joseacute Manuel Pinto CastanhoPara aleacutem da escola-sede o Agrupamento eacute compostopor 4 jardins de infacircncia (Caceira Centro EscolarConde Ferreira e Gala) e 5 escolas do 1ordm Ciclo(Abadias Centro Escolar Rui Martins Viso e Gala) Satildeo1900 CrianccedilasAlunos 153 Docentes e 53 elementosdo Pessoal Natildeo DocenteAleacutem da sua funccedilatildeo principal eacute dado um grande valoragrave intervenccedilatildeo social e cultural dinamizando atividadesabertas agrave comunidade recorrendo com frequecircncia aparcerias com entidades externas ao agrupamento
AEZUFF ndash Escola Sede EB 2ordm e 3ordm Ciclos Dr Joatildeo de Barros
O AQUI E AGORA que enforma o PRESENTE sustenta-se num PASSADO hellip onde outros tambeacutemSONHARAM hellip e encaminha-se para um FUTURO um HORIZONTE onde moram mais sonhos eprojetos
O AEZUFF regista um forte dinamismo uma forte participaccedilatildeo em vaacuterios projetos quer nacionaisquer internacionais com resultados expressos em muacuteltiplos preacutemios
Nordm 1 CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
OUTrsquo13
2
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
O Patrono Dr Joatildeo de Barros
bull1881 - Nasce na Figueira da Foz a 4 de fevereiro
(assento de batizado)
bull1904 - Forma-se em Direito na Universidade de Coimbra
Dedica-se ao magisteacuterio liceal em Coimbra Porto e Lisboa
bull1910 - Inicia-se na Loja Maccediloacutenica Solidariedade em Lisboa
sob o nome Joatildeo de Deus
bull1913 - Membro da Academia de Ciecircncias
bull1914 - Secretaacuterio-geral do Ministeacuterio da Instruccedilatildeo
bull1915 - Diretor Geral do Ensino Primaacuterio
bull1919 - Diretor Geral do Ensino Secundaacuterio
bull1920 - Soacutecio da Academia Brasileira de Letras
O Governo Belga atribui-lhe a Ordem Leopoldo II
bull1923 - O Presidente da Repuacuteblica de Portugal atribui-lhe a Gratilde Cruz da Ordem de Cristo A Sociedade da Cruz Vermelha atribui-lhe a Cruz Vermelha de Meacuterito
bull1925 - Deputado pelo Partido Democraacutetico Ministro dos Negoacutecios Estrangeiros no governo do Dr Joseacute Domingues dos Santos O Presidente da Repuacuteblica do Peru condecora-o com a Gratilde Cruz da Ordem El Sol del Peru
bull1927 - Suspenso em outubro de Diretor-geral do Ensino Secundaacuterio
bull1928 - Definitivamente afastado em novembro de Diretor-geral do Ensino Secundaacuterio - fim da sua carreira poliacutetica oficial
bull1936 - Recebe do Brasil o grau de Comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul
bull1944 - Recebe do Presidente da Repuacuteblica do Brasil a Gratilde Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul
bull1945 - O Presidente da Repuacuteblica do Brasil atribui-lhe a Medalha do Centenaacuterio do nascimento do Baratildeo do Rio Branco
bull1949 - Recebe do Presidente da Repuacuteblica do Brasil a medalha comemorativa do nascimento do poeta Rui Barbosa
bull1952 - O rei da Greacutecia condecora-o com a Cruz de Grande Comendador da Ordem de Feacutenix e nomeia-o Comendador da Ordem de Salvador Homenagem na Figueira da Foz pelas Bodas de Ouro da sua vida literaacuteria com descerramento de uma laacutepide na casa onde nasceu na R Joseacute da Silva Fonseca (antiga R da Lomba)
bull1960 - Morre em Lisboa no dia 25 de outubro
O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Fozcom um Projeto Educativo cujo lema eacute ldquoValorizar o passado emobilizar o presente para investir no futurordquo este ano com otema ldquoO futuro passa por aquihelliprdquo e que estabelece comoambiccedilatildeo estrateacutegica ldquomelhorar o desempenho escolar dosalunos nos diversos niacuteveis de educaccedilatildeo e ensino aumentando aqualidade e a equidade no processo de ensino - aprendizagemde forma a garantir melhores condiccedilotildees de sucesso educativopara todosrdquo apresenta a seguinte oferta educativa para20132014
Preacute-EscolarProjetos de articulaccedilatildeo
1ordm CicloOferta Complementar (educaccedilatildeo para a cidadania ecomponentes de trabalho com as tecnologias de informaccedilatildeo ecomunicaccedilatildeo)1ordm Ano ndash Educaccedilatildeo Rodoviaacuteria2ordm Ano ndash Preservaccedilatildeo do patrimoacutenio natural local3ordm Ano - Preservaccedilatildeo do patrimoacutenio cultural local4ordm Ano - Educaccedilatildeo para os media ou Educaccedilatildeo do consumidorAtividades de Enriquecimento Curricular1ordm Ano ndash Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Muacutesica2ordm Ano - Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Expressatildeo Plaacutestica3ordm Ano - Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Muacutesica4ordm Ano - Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Muacutesica
2ordm3ordm CiclosOferta de Escola5ordm e 6ordm Anos ndash Formaccedilatildeo Ciacutevica7ordm e 8ordm Anos ndashEducaccedilatildeo Tecnoloacutegica (articula semestralmentecom ITIC)Oferta Complementar7ordm e 8ordm Anos ndash Danccedila e MuacutesicaClubes
Ofertas Educativas 20132014
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Embriatildeo ano letivo 20112012 Com a coordenaccedilatildeo das professoras Paula Simotildees e Cristina Calouro os 37 alunosda Escola do 1ordm ciclo do Ensino Baacutesico dos Quatro Caminhos Tavarede (entretanto encerrada e ldquotransferidardquo parao Centro Escolar S Juliatildeo em Tavarede) concorreram agrave 10ordf Ediccedilatildeo do Preacutemio Fundaccedilatildeo Iliacutedio Pinho Ciecircncia naEscola ldquoValorizar os recursos naturais e locais para a soluccedilatildeo de problemas concretosrdquo no 2ordm escalatildeo (relativo ao1ordm ciclo) com um projeto inspirado na singela planta do limonete ldquoQue bem cheira a nossa terrardquo
Missatildeo criar um sabonete e um perfume de limonete Revelaram os alunos o segredo de bisavoacutes e bisavocircs ndashperfumarem-se com as suas folhas colocando-as nos bolsos da roupa que vestiam Diziam elas que nos bailaricosrealizados fora da ldquoterrardquo os moccedilos logo as identificavam como sendo ldquomeninas de Tavarederdquo porque o cheirinhoera inconfundiacutevel
Um agrupamento Uma cidade Um sonho Uma ideia Um projeto Uma marca KADIJA
No passado em Tavarede cada casa cada jardim ouquintal tinha o seu limonete Era uma caracteriacutestica davila que se foi perdendo com o passar do tempocomeccedilando os limonetes a envelhecer a morrer e ararear
Era altura de recuperar o talismatilde utilizado peloshabitantes para se perfumarem ou como ornamento
Apoacutes investigaccedilatildeo sobre o arbusto qual alquimista embusca do odor perdido nasceu em cada um umaenorme vontade de avanccedilar e fazer mais Era urgenterequalificar a planta e mostrar agraves geraccedilotildees futuras asua importacircnciaNo acircmbito do projeto candidato ao Preacutemio FundaccedilatildeoIliacutedio Pinho Ciecircncia na Escola decorreu um concursopara a atribuiccedilatildeo do nome ao sabonete e perfumeproduzidos artesanalmente KADIJA foi a designaccedilatildeovencedora
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De etapa em etapa o concurso ia decorrendo e hellip Projeto Vencedor entre
cerca de 700 concorrentes
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Conta a lenda que um cavaleiro cristatildeo ao serviccedilo de Cidel Pais senhor que tinha Tavarede sob suaproteccedilatildeo indo com o seu pajem na missatildeo de ajudar na tomada de Coimbra aos mouros encontraramno monte de Santa OlaiaEulaacutelia refugiadas numa gruta oito mouras encantadas a bailar retidas porum feiticcedilo preparado por seu pai um chefe aacuterabe para natildeo caiacuterem em poder dos CristatildeosUma delas de nome Kadija explicou ao cavaleiro que o seu feiticcedilo seria quebrado assim que umpriacutencipe lhe repetisse trecircs vezes ldquoSois bela como o solrdquoAo ouvir estas palavras o cavaleiro jaacute apaixonado quebrou o feiticcedilo dizendo a frase E acrescentou ldquoAterra para onde te levar aquele que vier desencantar-te seraacute uma terra apraziacutevel rica de plantasaromaacuteticas entre as quais uma de cheiro ruacutestico e agradaacutevel persistente e suave que lhe daraacute nome ealcanccedilaraacute famardquoE assim Tavarede ficou associado agrave riqueza aromaacutetica do Limonete
KADIJA essa moura lendaacuteria
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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httpkadijapt(paacutegina oficial da marca Kadija)
httpwwwfacebookcompagesKadija563480730352155(paacutegina do facebook da marca Kadija)
httpwwwyoutubecomwatchv=-4VHlwveQok(filme de animaccedilatildeo construiacutedo no acircmbito da marca Kadija na disciplina de Educaccedilatildeo Visual
httpwwwyoutubecomwatchv=8DLIBfYuDKM(filme do percurso e evoluccedilatildeo do projeto de investigaccedilatildeo no acircmbito do Preacutemio Ciecircncia na
Todas as ideias agrave semelhanccedila dos sonhos
surgem como uma luz na mente de quem as tem
As boas ideias provocam uma luz ainda mais
intensa E Kadija eacute particularmente brilhante
Uma marca luminosa de aroma para a beleza
nascida em mentes de infantes guiados por duas
professoras Ideia radicada na terra na sua terra
Tavarede e na terra da semente do verde que eacute
o limonete
Estamos certos de que as propostas de Kadija
natildeo ficaratildeo por aqui Assim como o seu nome e
lenda atravessaram os seacuteculos tambeacutem noacutes
pretendemos que este projeto se prolongue ao
sabor da criatividade de uma Comunidade
Escolar a quem natildeo falta energia proacutepria da forccedila
da Juventude que a preenche
Desde o primeiro momento esta iniciativa contou
com o espiacuterito empreendedor dos alunos
diretamente envolvidos no projeto Eles
continuaratildeo no epicentro das presentes e futuras
iniciativas no acircmbito da marca KADIJA
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
por alunos e professores do 3ordm ciclo)
Escola)
No iniacutecio da criaccedilatildeo do mundo Deus enviou agrave terra dois dos seus melhores assistentes parasuprir as primeiras necessidades da humanidade Um desses assistentes era o Mar o outro oSol Para os incitar a fazer o seu melhor trabalho havia um preacutemio especial retirado da arca dostesouros do Ceacuteu ndash uma peacuterola de valia inestimaacutevel que qualquer um deles haveria de prezarO mar quando julgou estar na perfeiccedilatildeo do seu trabalho foi ter com Deus assegurando-Lhe serele o vencedor pois era o fornecedor do maior alimento dos homens o peixe Que fizera demuitos homens pescadores para que nas mesas nunca faltasse comida de outros fizeramarinheiros para que nas suas viagens encontrassem outros homens e com eles partilhassemos agradecimentos ao criador do mundoO Sol por sua vez achava ser ele o merecedor da peacuterola pois bastava o seu calor para queningueacutem tivesse frio e a sua luz para marcar o ritmo dos dias e das noites para que todospudessem labutar e descansar a horas certas Isto para natildeo falar do germinar das sementes pelaaccedilatildeo solar permitindo o ldquomilagrerdquo do patildeoDeus entendeu que ambos os assistentes tinham sido essenciais e como tal decidiu premiaacute-lospor igualAssim abrindo a arca dos tesouros do Ceacuteu retirou de laacute essa extraordinaacuteria Peacuterola que eacute a Luae colocando-a num espaccedilo perto da terra disse- Mar aiacute tens a Peacuterola-Lua para que a envolvas num abraccedilo e a espelhes em noites de calmaria- Sol daacute agrave Peacuterola-Lua o teu calor e luz para que ela nos diga quanto vales
E os homens reconhecidos a Deus retribuiacuteram tantas graccedilas recebidas fazendo com que numlugar da Terra se conjugassem as belezas do Mar e do Sol criando a praia da Figueira DaFigueira que por ter um rio a lanccedilar-se ao mar passou a ser Figueira da Foz ndash Uma peacuterolacomo a Lua carregada de beleza
(tradiccedilatildeo oral ndash autor coletivoanoacutenimo)
Uma lendahellipO Mar o Sol hellip e a Peacuterola-Lua
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Entrega dos Preacutemios do Quadro de Meacuterito Acadeacutemico Desportivo e Artiacutestico relativos a
20122013 no dia 27 de novembro de 2013 18h00 CAE
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Testemunhoshellip
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Nesta primeira ediccedilatildeo de CONTEXTOS vamos ldquorepescarrdquo excertos de uma entrevista dada por um antigoAluno ndash Gonccedilalo Cadilhe ndash ao jornal JBarros publicada no seu nordm 3 de dezembro de 2002Fazemos esta ldquorepescagemrdquo para mostrar o que pretendemos que seja esta paacutegina de TESTEMUNHOSUm espaccedilo dedicado a todas e todos que passaram pelo Agrupamento ndash Alunos Professores Pessoal NatildeoDocente ndash que nele se reconhecem e dele fizeram aquilo que agora aqui estamos a apresentar e adivulgar
Gonccedilalo Cadilhe foi aluno brilhante da Escola Dr Joatildeo de Barros nos anos letivos de 19781979 e197980 Licenciou-se em Gestatildeo de Empresas na Universidade Catoacutelica do Porto e durante um curtoperiacuteodo trabalhou na aacuterea do marketing Poreacutem rapidamente optou por seguir a vida de jornalistaespecializando-se em viagens turismo e cultura Complementava essa atividade com a de fotoacutegrafo free-lancer A partir de 1993 tornou-se viajante profissional tendo colaborado no Expresso na GrandeReportagem Elle e Elle Deco O Independente Epicur SurfPortugal entre outras publicaccedilotildees algumasestrangeiras Escreveu vaacuterios livros fez documentaacuterios para a RTP 2 e ocasionalmente eacute guia de viagensComo hobby pratica surf apaixonadamente
Quando foi que percebeu que queria ser jornalistaSempre me disseram (professores amigos) que eu tinha um certo jeito para escrever Digamos quepercebi que podia usar o meu talento para escrever de maneira a ser pago para financiar o meu modo devida - viajar Natildeo seraacute esta a definiccedilatildeo de jornalista pois natildeo faccedilo entrevistas natildeo relato notiacutecias Sinto-memais escritor que jornalista porque publico reportagens e escrevo livros
Quando fez a primeira viagem com direito a reportagem publicadaQuando estava no segundo ou terceiro ano da universidade ganhei um preacutemio literaacuterio que me deualgum dinheiro Gastei-o da melhor forma que sabia ou seja a viajar Fui para a Aacutefrica do Sul e tenteipublicar o relato dessa viagem Fui recusado porque natildeo tinha imagens que ilustrassem o texto No anoseguinte em 1991 fui para o Meacutexico jaacute equipado com uma maacutequina Zenith e vaacuterios rolos de slides Envieio texto e as fotos para a Grande Reportagem fui aceite e recebi um bom pagamento Foi uma portaaberta sobre o meu futuro porque passei a acreditar que se eu quisesse se trabalhasse com afinco podiaser gestor das minhas proacuteprias erracircncias e poderia seguir outra forma de vida que natildeo teria nada a vercom Gestatildeo de Empresas E foi o que fiz e continuo a fazer
Recorda as Escolas que frequentou na Figueira da FozSim recordo todas as Escolas e talvez todos os Professores Lembro-me que a Joatildeo de Barros erachamada apenas o Ciclo Guardo grandes amizades desses tempos escolares
Para se conseguir prestiacutegio numa carreira profissional basta talento e sorteEacute preciso ter vontade de melhorar sempre forccedila para vencer esta mediocridade em que estamosvivendo Portugal eacute um paiacutes ingrato para quem quer sonhar com vidas diferentes soacute daacute saiacutedasprofissionais estereotipadas Quem quiser viver agrave medida dos seus sonhos tem de lutar muito pela suaproacutepria instruccedilatildeo e nunca deixar de se preparar Mais do que dar cabeccediladas contra os obstaacuteculos queaparecem pela frente importa eacute que se saiba contornaacute-los adaptando as caracteriacutesticas pessoais agravesituaccedilatildeo de modo que a possa ultrapassar mantendo a sua proacutepria integridade
Projetos no Agrupamentohellip
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O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana assinou no dia
14 de outubro de 2013 o Contrato de Autonomia pelo qual se
vai reger nos proacuteximos trecircs anos letivos
O desafio eacute lanccedilado a TODA a comunidade educativa no
sentido de TODOS contribuiacuterem para a permanente melhoria
no nosso Agrupamento
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
Joseacute Augusto Cardoso Bernardes
Uma lenda vivahellipO pano de boca do teatro
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
CONTATOS
Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Fozdirecaoaezufforg
wwwaezufforg
Coordenadas 40deg929N 8deg5140W
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Parceiros do Agrupamentohellip
Patrocinador
Casino Figueira
Cacircmara Municipal da Figueira da Foz
Centro de Sauacutede Figueira da Foz - Buarcos
Grupo Portucel Soporcel
Escola Segura (PSP)
CIE Plasfil
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
O Patrono Dr Joatildeo de Barros
bull1881 - Nasce na Figueira da Foz a 4 de fevereiro
(assento de batizado)
bull1904 - Forma-se em Direito na Universidade de Coimbra
Dedica-se ao magisteacuterio liceal em Coimbra Porto e Lisboa
bull1910 - Inicia-se na Loja Maccediloacutenica Solidariedade em Lisboa
sob o nome Joatildeo de Deus
bull1913 - Membro da Academia de Ciecircncias
bull1914 - Secretaacuterio-geral do Ministeacuterio da Instruccedilatildeo
bull1915 - Diretor Geral do Ensino Primaacuterio
bull1919 - Diretor Geral do Ensino Secundaacuterio
bull1920 - Soacutecio da Academia Brasileira de Letras
O Governo Belga atribui-lhe a Ordem Leopoldo II
bull1923 - O Presidente da Repuacuteblica de Portugal atribui-lhe a Gratilde Cruz da Ordem de Cristo A Sociedade da Cruz Vermelha atribui-lhe a Cruz Vermelha de Meacuterito
bull1925 - Deputado pelo Partido Democraacutetico Ministro dos Negoacutecios Estrangeiros no governo do Dr Joseacute Domingues dos Santos O Presidente da Repuacuteblica do Peru condecora-o com a Gratilde Cruz da Ordem El Sol del Peru
bull1927 - Suspenso em outubro de Diretor-geral do Ensino Secundaacuterio
bull1928 - Definitivamente afastado em novembro de Diretor-geral do Ensino Secundaacuterio - fim da sua carreira poliacutetica oficial
bull1936 - Recebe do Brasil o grau de Comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul
bull1944 - Recebe do Presidente da Repuacuteblica do Brasil a Gratilde Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul
bull1945 - O Presidente da Repuacuteblica do Brasil atribui-lhe a Medalha do Centenaacuterio do nascimento do Baratildeo do Rio Branco
bull1949 - Recebe do Presidente da Repuacuteblica do Brasil a medalha comemorativa do nascimento do poeta Rui Barbosa
bull1952 - O rei da Greacutecia condecora-o com a Cruz de Grande Comendador da Ordem de Feacutenix e nomeia-o Comendador da Ordem de Salvador Homenagem na Figueira da Foz pelas Bodas de Ouro da sua vida literaacuteria com descerramento de uma laacutepide na casa onde nasceu na R Joseacute da Silva Fonseca (antiga R da Lomba)
bull1960 - Morre em Lisboa no dia 25 de outubro
O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Fozcom um Projeto Educativo cujo lema eacute ldquoValorizar o passado emobilizar o presente para investir no futurordquo este ano com otema ldquoO futuro passa por aquihelliprdquo e que estabelece comoambiccedilatildeo estrateacutegica ldquomelhorar o desempenho escolar dosalunos nos diversos niacuteveis de educaccedilatildeo e ensino aumentando aqualidade e a equidade no processo de ensino - aprendizagemde forma a garantir melhores condiccedilotildees de sucesso educativopara todosrdquo apresenta a seguinte oferta educativa para20132014
Preacute-EscolarProjetos de articulaccedilatildeo
1ordm CicloOferta Complementar (educaccedilatildeo para a cidadania ecomponentes de trabalho com as tecnologias de informaccedilatildeo ecomunicaccedilatildeo)1ordm Ano ndash Educaccedilatildeo Rodoviaacuteria2ordm Ano ndash Preservaccedilatildeo do patrimoacutenio natural local3ordm Ano - Preservaccedilatildeo do patrimoacutenio cultural local4ordm Ano - Educaccedilatildeo para os media ou Educaccedilatildeo do consumidorAtividades de Enriquecimento Curricular1ordm Ano ndash Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Muacutesica2ordm Ano - Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Expressatildeo Plaacutestica3ordm Ano - Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Muacutesica4ordm Ano - Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Muacutesica
2ordm3ordm CiclosOferta de Escola5ordm e 6ordm Anos ndash Formaccedilatildeo Ciacutevica7ordm e 8ordm Anos ndashEducaccedilatildeo Tecnoloacutegica (articula semestralmentecom ITIC)Oferta Complementar7ordm e 8ordm Anos ndash Danccedila e MuacutesicaClubes
Ofertas Educativas 20132014
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Embriatildeo ano letivo 20112012 Com a coordenaccedilatildeo das professoras Paula Simotildees e Cristina Calouro os 37 alunosda Escola do 1ordm ciclo do Ensino Baacutesico dos Quatro Caminhos Tavarede (entretanto encerrada e ldquotransferidardquo parao Centro Escolar S Juliatildeo em Tavarede) concorreram agrave 10ordf Ediccedilatildeo do Preacutemio Fundaccedilatildeo Iliacutedio Pinho Ciecircncia naEscola ldquoValorizar os recursos naturais e locais para a soluccedilatildeo de problemas concretosrdquo no 2ordm escalatildeo (relativo ao1ordm ciclo) com um projeto inspirado na singela planta do limonete ldquoQue bem cheira a nossa terrardquo
Missatildeo criar um sabonete e um perfume de limonete Revelaram os alunos o segredo de bisavoacutes e bisavocircs ndashperfumarem-se com as suas folhas colocando-as nos bolsos da roupa que vestiam Diziam elas que nos bailaricosrealizados fora da ldquoterrardquo os moccedilos logo as identificavam como sendo ldquomeninas de Tavarederdquo porque o cheirinhoera inconfundiacutevel
Um agrupamento Uma cidade Um sonho Uma ideia Um projeto Uma marca KADIJA
No passado em Tavarede cada casa cada jardim ouquintal tinha o seu limonete Era uma caracteriacutestica davila que se foi perdendo com o passar do tempocomeccedilando os limonetes a envelhecer a morrer e ararear
Era altura de recuperar o talismatilde utilizado peloshabitantes para se perfumarem ou como ornamento
Apoacutes investigaccedilatildeo sobre o arbusto qual alquimista embusca do odor perdido nasceu em cada um umaenorme vontade de avanccedilar e fazer mais Era urgenterequalificar a planta e mostrar agraves geraccedilotildees futuras asua importacircnciaNo acircmbito do projeto candidato ao Preacutemio FundaccedilatildeoIliacutedio Pinho Ciecircncia na Escola decorreu um concursopara a atribuiccedilatildeo do nome ao sabonete e perfumeproduzidos artesanalmente KADIJA foi a designaccedilatildeovencedora
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De etapa em etapa o concurso ia decorrendo e hellip Projeto Vencedor entre
cerca de 700 concorrentes
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Conta a lenda que um cavaleiro cristatildeo ao serviccedilo de Cidel Pais senhor que tinha Tavarede sob suaproteccedilatildeo indo com o seu pajem na missatildeo de ajudar na tomada de Coimbra aos mouros encontraramno monte de Santa OlaiaEulaacutelia refugiadas numa gruta oito mouras encantadas a bailar retidas porum feiticcedilo preparado por seu pai um chefe aacuterabe para natildeo caiacuterem em poder dos CristatildeosUma delas de nome Kadija explicou ao cavaleiro que o seu feiticcedilo seria quebrado assim que umpriacutencipe lhe repetisse trecircs vezes ldquoSois bela como o solrdquoAo ouvir estas palavras o cavaleiro jaacute apaixonado quebrou o feiticcedilo dizendo a frase E acrescentou ldquoAterra para onde te levar aquele que vier desencantar-te seraacute uma terra apraziacutevel rica de plantasaromaacuteticas entre as quais uma de cheiro ruacutestico e agradaacutevel persistente e suave que lhe daraacute nome ealcanccedilaraacute famardquoE assim Tavarede ficou associado agrave riqueza aromaacutetica do Limonete
KADIJA essa moura lendaacuteria
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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httpkadijapt(paacutegina oficial da marca Kadija)
httpwwwfacebookcompagesKadija563480730352155(paacutegina do facebook da marca Kadija)
httpwwwyoutubecomwatchv=-4VHlwveQok(filme de animaccedilatildeo construiacutedo no acircmbito da marca Kadija na disciplina de Educaccedilatildeo Visual
httpwwwyoutubecomwatchv=8DLIBfYuDKM(filme do percurso e evoluccedilatildeo do projeto de investigaccedilatildeo no acircmbito do Preacutemio Ciecircncia na
Todas as ideias agrave semelhanccedila dos sonhos
surgem como uma luz na mente de quem as tem
As boas ideias provocam uma luz ainda mais
intensa E Kadija eacute particularmente brilhante
Uma marca luminosa de aroma para a beleza
nascida em mentes de infantes guiados por duas
professoras Ideia radicada na terra na sua terra
Tavarede e na terra da semente do verde que eacute
o limonete
Estamos certos de que as propostas de Kadija
natildeo ficaratildeo por aqui Assim como o seu nome e
lenda atravessaram os seacuteculos tambeacutem noacutes
pretendemos que este projeto se prolongue ao
sabor da criatividade de uma Comunidade
Escolar a quem natildeo falta energia proacutepria da forccedila
da Juventude que a preenche
Desde o primeiro momento esta iniciativa contou
com o espiacuterito empreendedor dos alunos
diretamente envolvidos no projeto Eles
continuaratildeo no epicentro das presentes e futuras
iniciativas no acircmbito da marca KADIJA
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
por alunos e professores do 3ordm ciclo)
Escola)
No iniacutecio da criaccedilatildeo do mundo Deus enviou agrave terra dois dos seus melhores assistentes parasuprir as primeiras necessidades da humanidade Um desses assistentes era o Mar o outro oSol Para os incitar a fazer o seu melhor trabalho havia um preacutemio especial retirado da arca dostesouros do Ceacuteu ndash uma peacuterola de valia inestimaacutevel que qualquer um deles haveria de prezarO mar quando julgou estar na perfeiccedilatildeo do seu trabalho foi ter com Deus assegurando-Lhe serele o vencedor pois era o fornecedor do maior alimento dos homens o peixe Que fizera demuitos homens pescadores para que nas mesas nunca faltasse comida de outros fizeramarinheiros para que nas suas viagens encontrassem outros homens e com eles partilhassemos agradecimentos ao criador do mundoO Sol por sua vez achava ser ele o merecedor da peacuterola pois bastava o seu calor para queningueacutem tivesse frio e a sua luz para marcar o ritmo dos dias e das noites para que todospudessem labutar e descansar a horas certas Isto para natildeo falar do germinar das sementes pelaaccedilatildeo solar permitindo o ldquomilagrerdquo do patildeoDeus entendeu que ambos os assistentes tinham sido essenciais e como tal decidiu premiaacute-lospor igualAssim abrindo a arca dos tesouros do Ceacuteu retirou de laacute essa extraordinaacuteria Peacuterola que eacute a Luae colocando-a num espaccedilo perto da terra disse- Mar aiacute tens a Peacuterola-Lua para que a envolvas num abraccedilo e a espelhes em noites de calmaria- Sol daacute agrave Peacuterola-Lua o teu calor e luz para que ela nos diga quanto vales
E os homens reconhecidos a Deus retribuiacuteram tantas graccedilas recebidas fazendo com que numlugar da Terra se conjugassem as belezas do Mar e do Sol criando a praia da Figueira DaFigueira que por ter um rio a lanccedilar-se ao mar passou a ser Figueira da Foz ndash Uma peacuterolacomo a Lua carregada de beleza
(tradiccedilatildeo oral ndash autor coletivoanoacutenimo)
Uma lendahellipO Mar o Sol hellip e a Peacuterola-Lua
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Entrega dos Preacutemios do Quadro de Meacuterito Acadeacutemico Desportivo e Artiacutestico relativos a
20122013 no dia 27 de novembro de 2013 18h00 CAE
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Testemunhoshellip
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Nesta primeira ediccedilatildeo de CONTEXTOS vamos ldquorepescarrdquo excertos de uma entrevista dada por um antigoAluno ndash Gonccedilalo Cadilhe ndash ao jornal JBarros publicada no seu nordm 3 de dezembro de 2002Fazemos esta ldquorepescagemrdquo para mostrar o que pretendemos que seja esta paacutegina de TESTEMUNHOSUm espaccedilo dedicado a todas e todos que passaram pelo Agrupamento ndash Alunos Professores Pessoal NatildeoDocente ndash que nele se reconhecem e dele fizeram aquilo que agora aqui estamos a apresentar e adivulgar
Gonccedilalo Cadilhe foi aluno brilhante da Escola Dr Joatildeo de Barros nos anos letivos de 19781979 e197980 Licenciou-se em Gestatildeo de Empresas na Universidade Catoacutelica do Porto e durante um curtoperiacuteodo trabalhou na aacuterea do marketing Poreacutem rapidamente optou por seguir a vida de jornalistaespecializando-se em viagens turismo e cultura Complementava essa atividade com a de fotoacutegrafo free-lancer A partir de 1993 tornou-se viajante profissional tendo colaborado no Expresso na GrandeReportagem Elle e Elle Deco O Independente Epicur SurfPortugal entre outras publicaccedilotildees algumasestrangeiras Escreveu vaacuterios livros fez documentaacuterios para a RTP 2 e ocasionalmente eacute guia de viagensComo hobby pratica surf apaixonadamente
Quando foi que percebeu que queria ser jornalistaSempre me disseram (professores amigos) que eu tinha um certo jeito para escrever Digamos quepercebi que podia usar o meu talento para escrever de maneira a ser pago para financiar o meu modo devida - viajar Natildeo seraacute esta a definiccedilatildeo de jornalista pois natildeo faccedilo entrevistas natildeo relato notiacutecias Sinto-memais escritor que jornalista porque publico reportagens e escrevo livros
Quando fez a primeira viagem com direito a reportagem publicadaQuando estava no segundo ou terceiro ano da universidade ganhei um preacutemio literaacuterio que me deualgum dinheiro Gastei-o da melhor forma que sabia ou seja a viajar Fui para a Aacutefrica do Sul e tenteipublicar o relato dessa viagem Fui recusado porque natildeo tinha imagens que ilustrassem o texto No anoseguinte em 1991 fui para o Meacutexico jaacute equipado com uma maacutequina Zenith e vaacuterios rolos de slides Envieio texto e as fotos para a Grande Reportagem fui aceite e recebi um bom pagamento Foi uma portaaberta sobre o meu futuro porque passei a acreditar que se eu quisesse se trabalhasse com afinco podiaser gestor das minhas proacuteprias erracircncias e poderia seguir outra forma de vida que natildeo teria nada a vercom Gestatildeo de Empresas E foi o que fiz e continuo a fazer
Recorda as Escolas que frequentou na Figueira da FozSim recordo todas as Escolas e talvez todos os Professores Lembro-me que a Joatildeo de Barros erachamada apenas o Ciclo Guardo grandes amizades desses tempos escolares
Para se conseguir prestiacutegio numa carreira profissional basta talento e sorteEacute preciso ter vontade de melhorar sempre forccedila para vencer esta mediocridade em que estamosvivendo Portugal eacute um paiacutes ingrato para quem quer sonhar com vidas diferentes soacute daacute saiacutedasprofissionais estereotipadas Quem quiser viver agrave medida dos seus sonhos tem de lutar muito pela suaproacutepria instruccedilatildeo e nunca deixar de se preparar Mais do que dar cabeccediladas contra os obstaacuteculos queaparecem pela frente importa eacute que se saiba contornaacute-los adaptando as caracteriacutesticas pessoais agravesituaccedilatildeo de modo que a possa ultrapassar mantendo a sua proacutepria integridade
Projetos no Agrupamentohellip
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O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana assinou no dia
14 de outubro de 2013 o Contrato de Autonomia pelo qual se
vai reger nos proacuteximos trecircs anos letivos
O desafio eacute lanccedilado a TODA a comunidade educativa no
sentido de TODOS contribuiacuterem para a permanente melhoria
no nosso Agrupamento
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
Joseacute Augusto Cardoso Bernardes
Uma lenda vivahellipO pano de boca do teatro
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
CONTATOS
Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Fozdirecaoaezufforg
wwwaezufforg
Coordenadas 40deg929N 8deg5140W
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Parceiros do Agrupamentohellip
Patrocinador
Casino Figueira
Cacircmara Municipal da Figueira da Foz
Centro de Sauacutede Figueira da Foz - Buarcos
Grupo Portucel Soporcel
Escola Segura (PSP)
CIE Plasfil
O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Fozcom um Projeto Educativo cujo lema eacute ldquoValorizar o passado emobilizar o presente para investir no futurordquo este ano com otema ldquoO futuro passa por aquihelliprdquo e que estabelece comoambiccedilatildeo estrateacutegica ldquomelhorar o desempenho escolar dosalunos nos diversos niacuteveis de educaccedilatildeo e ensino aumentando aqualidade e a equidade no processo de ensino - aprendizagemde forma a garantir melhores condiccedilotildees de sucesso educativopara todosrdquo apresenta a seguinte oferta educativa para20132014
Preacute-EscolarProjetos de articulaccedilatildeo
1ordm CicloOferta Complementar (educaccedilatildeo para a cidadania ecomponentes de trabalho com as tecnologias de informaccedilatildeo ecomunicaccedilatildeo)1ordm Ano ndash Educaccedilatildeo Rodoviaacuteria2ordm Ano ndash Preservaccedilatildeo do patrimoacutenio natural local3ordm Ano - Preservaccedilatildeo do patrimoacutenio cultural local4ordm Ano - Educaccedilatildeo para os media ou Educaccedilatildeo do consumidorAtividades de Enriquecimento Curricular1ordm Ano ndash Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Muacutesica2ordm Ano - Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Expressatildeo Plaacutestica3ordm Ano - Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Muacutesica4ordm Ano - Inglecircs Educaccedilatildeo Fiacutesica e Muacutesica
2ordm3ordm CiclosOferta de Escola5ordm e 6ordm Anos ndash Formaccedilatildeo Ciacutevica7ordm e 8ordm Anos ndashEducaccedilatildeo Tecnoloacutegica (articula semestralmentecom ITIC)Oferta Complementar7ordm e 8ordm Anos ndash Danccedila e MuacutesicaClubes
Ofertas Educativas 20132014
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Embriatildeo ano letivo 20112012 Com a coordenaccedilatildeo das professoras Paula Simotildees e Cristina Calouro os 37 alunosda Escola do 1ordm ciclo do Ensino Baacutesico dos Quatro Caminhos Tavarede (entretanto encerrada e ldquotransferidardquo parao Centro Escolar S Juliatildeo em Tavarede) concorreram agrave 10ordf Ediccedilatildeo do Preacutemio Fundaccedilatildeo Iliacutedio Pinho Ciecircncia naEscola ldquoValorizar os recursos naturais e locais para a soluccedilatildeo de problemas concretosrdquo no 2ordm escalatildeo (relativo ao1ordm ciclo) com um projeto inspirado na singela planta do limonete ldquoQue bem cheira a nossa terrardquo
Missatildeo criar um sabonete e um perfume de limonete Revelaram os alunos o segredo de bisavoacutes e bisavocircs ndashperfumarem-se com as suas folhas colocando-as nos bolsos da roupa que vestiam Diziam elas que nos bailaricosrealizados fora da ldquoterrardquo os moccedilos logo as identificavam como sendo ldquomeninas de Tavarederdquo porque o cheirinhoera inconfundiacutevel
Um agrupamento Uma cidade Um sonho Uma ideia Um projeto Uma marca KADIJA
No passado em Tavarede cada casa cada jardim ouquintal tinha o seu limonete Era uma caracteriacutestica davila que se foi perdendo com o passar do tempocomeccedilando os limonetes a envelhecer a morrer e ararear
Era altura de recuperar o talismatilde utilizado peloshabitantes para se perfumarem ou como ornamento
Apoacutes investigaccedilatildeo sobre o arbusto qual alquimista embusca do odor perdido nasceu em cada um umaenorme vontade de avanccedilar e fazer mais Era urgenterequalificar a planta e mostrar agraves geraccedilotildees futuras asua importacircnciaNo acircmbito do projeto candidato ao Preacutemio FundaccedilatildeoIliacutedio Pinho Ciecircncia na Escola decorreu um concursopara a atribuiccedilatildeo do nome ao sabonete e perfumeproduzidos artesanalmente KADIJA foi a designaccedilatildeovencedora
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De etapa em etapa o concurso ia decorrendo e hellip Projeto Vencedor entre
cerca de 700 concorrentes
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Conta a lenda que um cavaleiro cristatildeo ao serviccedilo de Cidel Pais senhor que tinha Tavarede sob suaproteccedilatildeo indo com o seu pajem na missatildeo de ajudar na tomada de Coimbra aos mouros encontraramno monte de Santa OlaiaEulaacutelia refugiadas numa gruta oito mouras encantadas a bailar retidas porum feiticcedilo preparado por seu pai um chefe aacuterabe para natildeo caiacuterem em poder dos CristatildeosUma delas de nome Kadija explicou ao cavaleiro que o seu feiticcedilo seria quebrado assim que umpriacutencipe lhe repetisse trecircs vezes ldquoSois bela como o solrdquoAo ouvir estas palavras o cavaleiro jaacute apaixonado quebrou o feiticcedilo dizendo a frase E acrescentou ldquoAterra para onde te levar aquele que vier desencantar-te seraacute uma terra apraziacutevel rica de plantasaromaacuteticas entre as quais uma de cheiro ruacutestico e agradaacutevel persistente e suave que lhe daraacute nome ealcanccedilaraacute famardquoE assim Tavarede ficou associado agrave riqueza aromaacutetica do Limonete
KADIJA essa moura lendaacuteria
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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httpkadijapt(paacutegina oficial da marca Kadija)
httpwwwfacebookcompagesKadija563480730352155(paacutegina do facebook da marca Kadija)
httpwwwyoutubecomwatchv=-4VHlwveQok(filme de animaccedilatildeo construiacutedo no acircmbito da marca Kadija na disciplina de Educaccedilatildeo Visual
httpwwwyoutubecomwatchv=8DLIBfYuDKM(filme do percurso e evoluccedilatildeo do projeto de investigaccedilatildeo no acircmbito do Preacutemio Ciecircncia na
Todas as ideias agrave semelhanccedila dos sonhos
surgem como uma luz na mente de quem as tem
As boas ideias provocam uma luz ainda mais
intensa E Kadija eacute particularmente brilhante
Uma marca luminosa de aroma para a beleza
nascida em mentes de infantes guiados por duas
professoras Ideia radicada na terra na sua terra
Tavarede e na terra da semente do verde que eacute
o limonete
Estamos certos de que as propostas de Kadija
natildeo ficaratildeo por aqui Assim como o seu nome e
lenda atravessaram os seacuteculos tambeacutem noacutes
pretendemos que este projeto se prolongue ao
sabor da criatividade de uma Comunidade
Escolar a quem natildeo falta energia proacutepria da forccedila
da Juventude que a preenche
Desde o primeiro momento esta iniciativa contou
com o espiacuterito empreendedor dos alunos
diretamente envolvidos no projeto Eles
continuaratildeo no epicentro das presentes e futuras
iniciativas no acircmbito da marca KADIJA
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
por alunos e professores do 3ordm ciclo)
Escola)
No iniacutecio da criaccedilatildeo do mundo Deus enviou agrave terra dois dos seus melhores assistentes parasuprir as primeiras necessidades da humanidade Um desses assistentes era o Mar o outro oSol Para os incitar a fazer o seu melhor trabalho havia um preacutemio especial retirado da arca dostesouros do Ceacuteu ndash uma peacuterola de valia inestimaacutevel que qualquer um deles haveria de prezarO mar quando julgou estar na perfeiccedilatildeo do seu trabalho foi ter com Deus assegurando-Lhe serele o vencedor pois era o fornecedor do maior alimento dos homens o peixe Que fizera demuitos homens pescadores para que nas mesas nunca faltasse comida de outros fizeramarinheiros para que nas suas viagens encontrassem outros homens e com eles partilhassemos agradecimentos ao criador do mundoO Sol por sua vez achava ser ele o merecedor da peacuterola pois bastava o seu calor para queningueacutem tivesse frio e a sua luz para marcar o ritmo dos dias e das noites para que todospudessem labutar e descansar a horas certas Isto para natildeo falar do germinar das sementes pelaaccedilatildeo solar permitindo o ldquomilagrerdquo do patildeoDeus entendeu que ambos os assistentes tinham sido essenciais e como tal decidiu premiaacute-lospor igualAssim abrindo a arca dos tesouros do Ceacuteu retirou de laacute essa extraordinaacuteria Peacuterola que eacute a Luae colocando-a num espaccedilo perto da terra disse- Mar aiacute tens a Peacuterola-Lua para que a envolvas num abraccedilo e a espelhes em noites de calmaria- Sol daacute agrave Peacuterola-Lua o teu calor e luz para que ela nos diga quanto vales
E os homens reconhecidos a Deus retribuiacuteram tantas graccedilas recebidas fazendo com que numlugar da Terra se conjugassem as belezas do Mar e do Sol criando a praia da Figueira DaFigueira que por ter um rio a lanccedilar-se ao mar passou a ser Figueira da Foz ndash Uma peacuterolacomo a Lua carregada de beleza
(tradiccedilatildeo oral ndash autor coletivoanoacutenimo)
Uma lendahellipO Mar o Sol hellip e a Peacuterola-Lua
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Entrega dos Preacutemios do Quadro de Meacuterito Acadeacutemico Desportivo e Artiacutestico relativos a
20122013 no dia 27 de novembro de 2013 18h00 CAE
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Nesta primeira ediccedilatildeo de CONTEXTOS vamos ldquorepescarrdquo excertos de uma entrevista dada por um antigoAluno ndash Gonccedilalo Cadilhe ndash ao jornal JBarros publicada no seu nordm 3 de dezembro de 2002Fazemos esta ldquorepescagemrdquo para mostrar o que pretendemos que seja esta paacutegina de TESTEMUNHOSUm espaccedilo dedicado a todas e todos que passaram pelo Agrupamento ndash Alunos Professores Pessoal NatildeoDocente ndash que nele se reconhecem e dele fizeram aquilo que agora aqui estamos a apresentar e adivulgar
Gonccedilalo Cadilhe foi aluno brilhante da Escola Dr Joatildeo de Barros nos anos letivos de 19781979 e197980 Licenciou-se em Gestatildeo de Empresas na Universidade Catoacutelica do Porto e durante um curtoperiacuteodo trabalhou na aacuterea do marketing Poreacutem rapidamente optou por seguir a vida de jornalistaespecializando-se em viagens turismo e cultura Complementava essa atividade com a de fotoacutegrafo free-lancer A partir de 1993 tornou-se viajante profissional tendo colaborado no Expresso na GrandeReportagem Elle e Elle Deco O Independente Epicur SurfPortugal entre outras publicaccedilotildees algumasestrangeiras Escreveu vaacuterios livros fez documentaacuterios para a RTP 2 e ocasionalmente eacute guia de viagensComo hobby pratica surf apaixonadamente
Quando foi que percebeu que queria ser jornalistaSempre me disseram (professores amigos) que eu tinha um certo jeito para escrever Digamos quepercebi que podia usar o meu talento para escrever de maneira a ser pago para financiar o meu modo devida - viajar Natildeo seraacute esta a definiccedilatildeo de jornalista pois natildeo faccedilo entrevistas natildeo relato notiacutecias Sinto-memais escritor que jornalista porque publico reportagens e escrevo livros
Quando fez a primeira viagem com direito a reportagem publicadaQuando estava no segundo ou terceiro ano da universidade ganhei um preacutemio literaacuterio que me deualgum dinheiro Gastei-o da melhor forma que sabia ou seja a viajar Fui para a Aacutefrica do Sul e tenteipublicar o relato dessa viagem Fui recusado porque natildeo tinha imagens que ilustrassem o texto No anoseguinte em 1991 fui para o Meacutexico jaacute equipado com uma maacutequina Zenith e vaacuterios rolos de slides Envieio texto e as fotos para a Grande Reportagem fui aceite e recebi um bom pagamento Foi uma portaaberta sobre o meu futuro porque passei a acreditar que se eu quisesse se trabalhasse com afinco podiaser gestor das minhas proacuteprias erracircncias e poderia seguir outra forma de vida que natildeo teria nada a vercom Gestatildeo de Empresas E foi o que fiz e continuo a fazer
Recorda as Escolas que frequentou na Figueira da FozSim recordo todas as Escolas e talvez todos os Professores Lembro-me que a Joatildeo de Barros erachamada apenas o Ciclo Guardo grandes amizades desses tempos escolares
Para se conseguir prestiacutegio numa carreira profissional basta talento e sorteEacute preciso ter vontade de melhorar sempre forccedila para vencer esta mediocridade em que estamosvivendo Portugal eacute um paiacutes ingrato para quem quer sonhar com vidas diferentes soacute daacute saiacutedasprofissionais estereotipadas Quem quiser viver agrave medida dos seus sonhos tem de lutar muito pela suaproacutepria instruccedilatildeo e nunca deixar de se preparar Mais do que dar cabeccediladas contra os obstaacuteculos queaparecem pela frente importa eacute que se saiba contornaacute-los adaptando as caracteriacutesticas pessoais agravesituaccedilatildeo de modo que a possa ultrapassar mantendo a sua proacutepria integridade
Projetos no Agrupamentohellip
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O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana assinou no dia
14 de outubro de 2013 o Contrato de Autonomia pelo qual se
vai reger nos proacuteximos trecircs anos letivos
O desafio eacute lanccedilado a TODA a comunidade educativa no
sentido de TODOS contribuiacuterem para a permanente melhoria
no nosso Agrupamento
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
Joseacute Augusto Cardoso Bernardes
Uma lenda vivahellipO pano de boca do teatro
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
CONTATOS
Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Fozdirecaoaezufforg
wwwaezufforg
Coordenadas 40deg929N 8deg5140W
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Parceiros do Agrupamentohellip
Patrocinador
Casino Figueira
Cacircmara Municipal da Figueira da Foz
Centro de Sauacutede Figueira da Foz - Buarcos
Grupo Portucel Soporcel
Escola Segura (PSP)
CIE Plasfil
Embriatildeo ano letivo 20112012 Com a coordenaccedilatildeo das professoras Paula Simotildees e Cristina Calouro os 37 alunosda Escola do 1ordm ciclo do Ensino Baacutesico dos Quatro Caminhos Tavarede (entretanto encerrada e ldquotransferidardquo parao Centro Escolar S Juliatildeo em Tavarede) concorreram agrave 10ordf Ediccedilatildeo do Preacutemio Fundaccedilatildeo Iliacutedio Pinho Ciecircncia naEscola ldquoValorizar os recursos naturais e locais para a soluccedilatildeo de problemas concretosrdquo no 2ordm escalatildeo (relativo ao1ordm ciclo) com um projeto inspirado na singela planta do limonete ldquoQue bem cheira a nossa terrardquo
Missatildeo criar um sabonete e um perfume de limonete Revelaram os alunos o segredo de bisavoacutes e bisavocircs ndashperfumarem-se com as suas folhas colocando-as nos bolsos da roupa que vestiam Diziam elas que nos bailaricosrealizados fora da ldquoterrardquo os moccedilos logo as identificavam como sendo ldquomeninas de Tavarederdquo porque o cheirinhoera inconfundiacutevel
Um agrupamento Uma cidade Um sonho Uma ideia Um projeto Uma marca KADIJA
No passado em Tavarede cada casa cada jardim ouquintal tinha o seu limonete Era uma caracteriacutestica davila que se foi perdendo com o passar do tempocomeccedilando os limonetes a envelhecer a morrer e ararear
Era altura de recuperar o talismatilde utilizado peloshabitantes para se perfumarem ou como ornamento
Apoacutes investigaccedilatildeo sobre o arbusto qual alquimista embusca do odor perdido nasceu em cada um umaenorme vontade de avanccedilar e fazer mais Era urgenterequalificar a planta e mostrar agraves geraccedilotildees futuras asua importacircnciaNo acircmbito do projeto candidato ao Preacutemio FundaccedilatildeoIliacutedio Pinho Ciecircncia na Escola decorreu um concursopara a atribuiccedilatildeo do nome ao sabonete e perfumeproduzidos artesanalmente KADIJA foi a designaccedilatildeovencedora
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De etapa em etapa o concurso ia decorrendo e hellip Projeto Vencedor entre
cerca de 700 concorrentes
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Conta a lenda que um cavaleiro cristatildeo ao serviccedilo de Cidel Pais senhor que tinha Tavarede sob suaproteccedilatildeo indo com o seu pajem na missatildeo de ajudar na tomada de Coimbra aos mouros encontraramno monte de Santa OlaiaEulaacutelia refugiadas numa gruta oito mouras encantadas a bailar retidas porum feiticcedilo preparado por seu pai um chefe aacuterabe para natildeo caiacuterem em poder dos CristatildeosUma delas de nome Kadija explicou ao cavaleiro que o seu feiticcedilo seria quebrado assim que umpriacutencipe lhe repetisse trecircs vezes ldquoSois bela como o solrdquoAo ouvir estas palavras o cavaleiro jaacute apaixonado quebrou o feiticcedilo dizendo a frase E acrescentou ldquoAterra para onde te levar aquele que vier desencantar-te seraacute uma terra apraziacutevel rica de plantasaromaacuteticas entre as quais uma de cheiro ruacutestico e agradaacutevel persistente e suave que lhe daraacute nome ealcanccedilaraacute famardquoE assim Tavarede ficou associado agrave riqueza aromaacutetica do Limonete
KADIJA essa moura lendaacuteria
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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httpkadijapt(paacutegina oficial da marca Kadija)
httpwwwfacebookcompagesKadija563480730352155(paacutegina do facebook da marca Kadija)
httpwwwyoutubecomwatchv=-4VHlwveQok(filme de animaccedilatildeo construiacutedo no acircmbito da marca Kadija na disciplina de Educaccedilatildeo Visual
httpwwwyoutubecomwatchv=8DLIBfYuDKM(filme do percurso e evoluccedilatildeo do projeto de investigaccedilatildeo no acircmbito do Preacutemio Ciecircncia na
Todas as ideias agrave semelhanccedila dos sonhos
surgem como uma luz na mente de quem as tem
As boas ideias provocam uma luz ainda mais
intensa E Kadija eacute particularmente brilhante
Uma marca luminosa de aroma para a beleza
nascida em mentes de infantes guiados por duas
professoras Ideia radicada na terra na sua terra
Tavarede e na terra da semente do verde que eacute
o limonete
Estamos certos de que as propostas de Kadija
natildeo ficaratildeo por aqui Assim como o seu nome e
lenda atravessaram os seacuteculos tambeacutem noacutes
pretendemos que este projeto se prolongue ao
sabor da criatividade de uma Comunidade
Escolar a quem natildeo falta energia proacutepria da forccedila
da Juventude que a preenche
Desde o primeiro momento esta iniciativa contou
com o espiacuterito empreendedor dos alunos
diretamente envolvidos no projeto Eles
continuaratildeo no epicentro das presentes e futuras
iniciativas no acircmbito da marca KADIJA
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
por alunos e professores do 3ordm ciclo)
Escola)
No iniacutecio da criaccedilatildeo do mundo Deus enviou agrave terra dois dos seus melhores assistentes parasuprir as primeiras necessidades da humanidade Um desses assistentes era o Mar o outro oSol Para os incitar a fazer o seu melhor trabalho havia um preacutemio especial retirado da arca dostesouros do Ceacuteu ndash uma peacuterola de valia inestimaacutevel que qualquer um deles haveria de prezarO mar quando julgou estar na perfeiccedilatildeo do seu trabalho foi ter com Deus assegurando-Lhe serele o vencedor pois era o fornecedor do maior alimento dos homens o peixe Que fizera demuitos homens pescadores para que nas mesas nunca faltasse comida de outros fizeramarinheiros para que nas suas viagens encontrassem outros homens e com eles partilhassemos agradecimentos ao criador do mundoO Sol por sua vez achava ser ele o merecedor da peacuterola pois bastava o seu calor para queningueacutem tivesse frio e a sua luz para marcar o ritmo dos dias e das noites para que todospudessem labutar e descansar a horas certas Isto para natildeo falar do germinar das sementes pelaaccedilatildeo solar permitindo o ldquomilagrerdquo do patildeoDeus entendeu que ambos os assistentes tinham sido essenciais e como tal decidiu premiaacute-lospor igualAssim abrindo a arca dos tesouros do Ceacuteu retirou de laacute essa extraordinaacuteria Peacuterola que eacute a Luae colocando-a num espaccedilo perto da terra disse- Mar aiacute tens a Peacuterola-Lua para que a envolvas num abraccedilo e a espelhes em noites de calmaria- Sol daacute agrave Peacuterola-Lua o teu calor e luz para que ela nos diga quanto vales
E os homens reconhecidos a Deus retribuiacuteram tantas graccedilas recebidas fazendo com que numlugar da Terra se conjugassem as belezas do Mar e do Sol criando a praia da Figueira DaFigueira que por ter um rio a lanccedilar-se ao mar passou a ser Figueira da Foz ndash Uma peacuterolacomo a Lua carregada de beleza
(tradiccedilatildeo oral ndash autor coletivoanoacutenimo)
Uma lendahellipO Mar o Sol hellip e a Peacuterola-Lua
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Entrega dos Preacutemios do Quadro de Meacuterito Acadeacutemico Desportivo e Artiacutestico relativos a
20122013 no dia 27 de novembro de 2013 18h00 CAE
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Testemunhoshellip
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Nesta primeira ediccedilatildeo de CONTEXTOS vamos ldquorepescarrdquo excertos de uma entrevista dada por um antigoAluno ndash Gonccedilalo Cadilhe ndash ao jornal JBarros publicada no seu nordm 3 de dezembro de 2002Fazemos esta ldquorepescagemrdquo para mostrar o que pretendemos que seja esta paacutegina de TESTEMUNHOSUm espaccedilo dedicado a todas e todos que passaram pelo Agrupamento ndash Alunos Professores Pessoal NatildeoDocente ndash que nele se reconhecem e dele fizeram aquilo que agora aqui estamos a apresentar e adivulgar
Gonccedilalo Cadilhe foi aluno brilhante da Escola Dr Joatildeo de Barros nos anos letivos de 19781979 e197980 Licenciou-se em Gestatildeo de Empresas na Universidade Catoacutelica do Porto e durante um curtoperiacuteodo trabalhou na aacuterea do marketing Poreacutem rapidamente optou por seguir a vida de jornalistaespecializando-se em viagens turismo e cultura Complementava essa atividade com a de fotoacutegrafo free-lancer A partir de 1993 tornou-se viajante profissional tendo colaborado no Expresso na GrandeReportagem Elle e Elle Deco O Independente Epicur SurfPortugal entre outras publicaccedilotildees algumasestrangeiras Escreveu vaacuterios livros fez documentaacuterios para a RTP 2 e ocasionalmente eacute guia de viagensComo hobby pratica surf apaixonadamente
Quando foi que percebeu que queria ser jornalistaSempre me disseram (professores amigos) que eu tinha um certo jeito para escrever Digamos quepercebi que podia usar o meu talento para escrever de maneira a ser pago para financiar o meu modo devida - viajar Natildeo seraacute esta a definiccedilatildeo de jornalista pois natildeo faccedilo entrevistas natildeo relato notiacutecias Sinto-memais escritor que jornalista porque publico reportagens e escrevo livros
Quando fez a primeira viagem com direito a reportagem publicadaQuando estava no segundo ou terceiro ano da universidade ganhei um preacutemio literaacuterio que me deualgum dinheiro Gastei-o da melhor forma que sabia ou seja a viajar Fui para a Aacutefrica do Sul e tenteipublicar o relato dessa viagem Fui recusado porque natildeo tinha imagens que ilustrassem o texto No anoseguinte em 1991 fui para o Meacutexico jaacute equipado com uma maacutequina Zenith e vaacuterios rolos de slides Envieio texto e as fotos para a Grande Reportagem fui aceite e recebi um bom pagamento Foi uma portaaberta sobre o meu futuro porque passei a acreditar que se eu quisesse se trabalhasse com afinco podiaser gestor das minhas proacuteprias erracircncias e poderia seguir outra forma de vida que natildeo teria nada a vercom Gestatildeo de Empresas E foi o que fiz e continuo a fazer
Recorda as Escolas que frequentou na Figueira da FozSim recordo todas as Escolas e talvez todos os Professores Lembro-me que a Joatildeo de Barros erachamada apenas o Ciclo Guardo grandes amizades desses tempos escolares
Para se conseguir prestiacutegio numa carreira profissional basta talento e sorteEacute preciso ter vontade de melhorar sempre forccedila para vencer esta mediocridade em que estamosvivendo Portugal eacute um paiacutes ingrato para quem quer sonhar com vidas diferentes soacute daacute saiacutedasprofissionais estereotipadas Quem quiser viver agrave medida dos seus sonhos tem de lutar muito pela suaproacutepria instruccedilatildeo e nunca deixar de se preparar Mais do que dar cabeccediladas contra os obstaacuteculos queaparecem pela frente importa eacute que se saiba contornaacute-los adaptando as caracteriacutesticas pessoais agravesituaccedilatildeo de modo que a possa ultrapassar mantendo a sua proacutepria integridade
Projetos no Agrupamentohellip
10
O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana assinou no dia
14 de outubro de 2013 o Contrato de Autonomia pelo qual se
vai reger nos proacuteximos trecircs anos letivos
O desafio eacute lanccedilado a TODA a comunidade educativa no
sentido de TODOS contribuiacuterem para a permanente melhoria
no nosso Agrupamento
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
Joseacute Augusto Cardoso Bernardes
Uma lenda vivahellipO pano de boca do teatro
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
CONTATOS
Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Fozdirecaoaezufforg
wwwaezufforg
Coordenadas 40deg929N 8deg5140W
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Parceiros do Agrupamentohellip
Patrocinador
Casino Figueira
Cacircmara Municipal da Figueira da Foz
Centro de Sauacutede Figueira da Foz - Buarcos
Grupo Portucel Soporcel
Escola Segura (PSP)
CIE Plasfil
Conta a lenda que um cavaleiro cristatildeo ao serviccedilo de Cidel Pais senhor que tinha Tavarede sob suaproteccedilatildeo indo com o seu pajem na missatildeo de ajudar na tomada de Coimbra aos mouros encontraramno monte de Santa OlaiaEulaacutelia refugiadas numa gruta oito mouras encantadas a bailar retidas porum feiticcedilo preparado por seu pai um chefe aacuterabe para natildeo caiacuterem em poder dos CristatildeosUma delas de nome Kadija explicou ao cavaleiro que o seu feiticcedilo seria quebrado assim que umpriacutencipe lhe repetisse trecircs vezes ldquoSois bela como o solrdquoAo ouvir estas palavras o cavaleiro jaacute apaixonado quebrou o feiticcedilo dizendo a frase E acrescentou ldquoAterra para onde te levar aquele que vier desencantar-te seraacute uma terra apraziacutevel rica de plantasaromaacuteticas entre as quais uma de cheiro ruacutestico e agradaacutevel persistente e suave que lhe daraacute nome ealcanccedilaraacute famardquoE assim Tavarede ficou associado agrave riqueza aromaacutetica do Limonete
KADIJA essa moura lendaacuteria
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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httpkadijapt(paacutegina oficial da marca Kadija)
httpwwwfacebookcompagesKadija563480730352155(paacutegina do facebook da marca Kadija)
httpwwwyoutubecomwatchv=-4VHlwveQok(filme de animaccedilatildeo construiacutedo no acircmbito da marca Kadija na disciplina de Educaccedilatildeo Visual
httpwwwyoutubecomwatchv=8DLIBfYuDKM(filme do percurso e evoluccedilatildeo do projeto de investigaccedilatildeo no acircmbito do Preacutemio Ciecircncia na
Todas as ideias agrave semelhanccedila dos sonhos
surgem como uma luz na mente de quem as tem
As boas ideias provocam uma luz ainda mais
intensa E Kadija eacute particularmente brilhante
Uma marca luminosa de aroma para a beleza
nascida em mentes de infantes guiados por duas
professoras Ideia radicada na terra na sua terra
Tavarede e na terra da semente do verde que eacute
o limonete
Estamos certos de que as propostas de Kadija
natildeo ficaratildeo por aqui Assim como o seu nome e
lenda atravessaram os seacuteculos tambeacutem noacutes
pretendemos que este projeto se prolongue ao
sabor da criatividade de uma Comunidade
Escolar a quem natildeo falta energia proacutepria da forccedila
da Juventude que a preenche
Desde o primeiro momento esta iniciativa contou
com o espiacuterito empreendedor dos alunos
diretamente envolvidos no projeto Eles
continuaratildeo no epicentro das presentes e futuras
iniciativas no acircmbito da marca KADIJA
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
por alunos e professores do 3ordm ciclo)
Escola)
No iniacutecio da criaccedilatildeo do mundo Deus enviou agrave terra dois dos seus melhores assistentes parasuprir as primeiras necessidades da humanidade Um desses assistentes era o Mar o outro oSol Para os incitar a fazer o seu melhor trabalho havia um preacutemio especial retirado da arca dostesouros do Ceacuteu ndash uma peacuterola de valia inestimaacutevel que qualquer um deles haveria de prezarO mar quando julgou estar na perfeiccedilatildeo do seu trabalho foi ter com Deus assegurando-Lhe serele o vencedor pois era o fornecedor do maior alimento dos homens o peixe Que fizera demuitos homens pescadores para que nas mesas nunca faltasse comida de outros fizeramarinheiros para que nas suas viagens encontrassem outros homens e com eles partilhassemos agradecimentos ao criador do mundoO Sol por sua vez achava ser ele o merecedor da peacuterola pois bastava o seu calor para queningueacutem tivesse frio e a sua luz para marcar o ritmo dos dias e das noites para que todospudessem labutar e descansar a horas certas Isto para natildeo falar do germinar das sementes pelaaccedilatildeo solar permitindo o ldquomilagrerdquo do patildeoDeus entendeu que ambos os assistentes tinham sido essenciais e como tal decidiu premiaacute-lospor igualAssim abrindo a arca dos tesouros do Ceacuteu retirou de laacute essa extraordinaacuteria Peacuterola que eacute a Luae colocando-a num espaccedilo perto da terra disse- Mar aiacute tens a Peacuterola-Lua para que a envolvas num abraccedilo e a espelhes em noites de calmaria- Sol daacute agrave Peacuterola-Lua o teu calor e luz para que ela nos diga quanto vales
E os homens reconhecidos a Deus retribuiacuteram tantas graccedilas recebidas fazendo com que numlugar da Terra se conjugassem as belezas do Mar e do Sol criando a praia da Figueira DaFigueira que por ter um rio a lanccedilar-se ao mar passou a ser Figueira da Foz ndash Uma peacuterolacomo a Lua carregada de beleza
(tradiccedilatildeo oral ndash autor coletivoanoacutenimo)
Uma lendahellipO Mar o Sol hellip e a Peacuterola-Lua
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Entrega dos Preacutemios do Quadro de Meacuterito Acadeacutemico Desportivo e Artiacutestico relativos a
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Nesta primeira ediccedilatildeo de CONTEXTOS vamos ldquorepescarrdquo excertos de uma entrevista dada por um antigoAluno ndash Gonccedilalo Cadilhe ndash ao jornal JBarros publicada no seu nordm 3 de dezembro de 2002Fazemos esta ldquorepescagemrdquo para mostrar o que pretendemos que seja esta paacutegina de TESTEMUNHOSUm espaccedilo dedicado a todas e todos que passaram pelo Agrupamento ndash Alunos Professores Pessoal NatildeoDocente ndash que nele se reconhecem e dele fizeram aquilo que agora aqui estamos a apresentar e adivulgar
Gonccedilalo Cadilhe foi aluno brilhante da Escola Dr Joatildeo de Barros nos anos letivos de 19781979 e197980 Licenciou-se em Gestatildeo de Empresas na Universidade Catoacutelica do Porto e durante um curtoperiacuteodo trabalhou na aacuterea do marketing Poreacutem rapidamente optou por seguir a vida de jornalistaespecializando-se em viagens turismo e cultura Complementava essa atividade com a de fotoacutegrafo free-lancer A partir de 1993 tornou-se viajante profissional tendo colaborado no Expresso na GrandeReportagem Elle e Elle Deco O Independente Epicur SurfPortugal entre outras publicaccedilotildees algumasestrangeiras Escreveu vaacuterios livros fez documentaacuterios para a RTP 2 e ocasionalmente eacute guia de viagensComo hobby pratica surf apaixonadamente
Quando foi que percebeu que queria ser jornalistaSempre me disseram (professores amigos) que eu tinha um certo jeito para escrever Digamos quepercebi que podia usar o meu talento para escrever de maneira a ser pago para financiar o meu modo devida - viajar Natildeo seraacute esta a definiccedilatildeo de jornalista pois natildeo faccedilo entrevistas natildeo relato notiacutecias Sinto-memais escritor que jornalista porque publico reportagens e escrevo livros
Quando fez a primeira viagem com direito a reportagem publicadaQuando estava no segundo ou terceiro ano da universidade ganhei um preacutemio literaacuterio que me deualgum dinheiro Gastei-o da melhor forma que sabia ou seja a viajar Fui para a Aacutefrica do Sul e tenteipublicar o relato dessa viagem Fui recusado porque natildeo tinha imagens que ilustrassem o texto No anoseguinte em 1991 fui para o Meacutexico jaacute equipado com uma maacutequina Zenith e vaacuterios rolos de slides Envieio texto e as fotos para a Grande Reportagem fui aceite e recebi um bom pagamento Foi uma portaaberta sobre o meu futuro porque passei a acreditar que se eu quisesse se trabalhasse com afinco podiaser gestor das minhas proacuteprias erracircncias e poderia seguir outra forma de vida que natildeo teria nada a vercom Gestatildeo de Empresas E foi o que fiz e continuo a fazer
Recorda as Escolas que frequentou na Figueira da FozSim recordo todas as Escolas e talvez todos os Professores Lembro-me que a Joatildeo de Barros erachamada apenas o Ciclo Guardo grandes amizades desses tempos escolares
Para se conseguir prestiacutegio numa carreira profissional basta talento e sorteEacute preciso ter vontade de melhorar sempre forccedila para vencer esta mediocridade em que estamosvivendo Portugal eacute um paiacutes ingrato para quem quer sonhar com vidas diferentes soacute daacute saiacutedasprofissionais estereotipadas Quem quiser viver agrave medida dos seus sonhos tem de lutar muito pela suaproacutepria instruccedilatildeo e nunca deixar de se preparar Mais do que dar cabeccediladas contra os obstaacuteculos queaparecem pela frente importa eacute que se saiba contornaacute-los adaptando as caracteriacutesticas pessoais agravesituaccedilatildeo de modo que a possa ultrapassar mantendo a sua proacutepria integridade
Projetos no Agrupamentohellip
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O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana assinou no dia
14 de outubro de 2013 o Contrato de Autonomia pelo qual se
vai reger nos proacuteximos trecircs anos letivos
O desafio eacute lanccedilado a TODA a comunidade educativa no
sentido de TODOS contribuiacuterem para a permanente melhoria
no nosso Agrupamento
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
Joseacute Augusto Cardoso Bernardes
Uma lenda vivahellipO pano de boca do teatro
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
CONTATOS
Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Fozdirecaoaezufforg
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Coordenadas 40deg929N 8deg5140W
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Parceiros do Agrupamentohellip
Patrocinador
Casino Figueira
Cacircmara Municipal da Figueira da Foz
Centro de Sauacutede Figueira da Foz - Buarcos
Grupo Portucel Soporcel
Escola Segura (PSP)
CIE Plasfil
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Todas as ideias agrave semelhanccedila dos sonhos
surgem como uma luz na mente de quem as tem
As boas ideias provocam uma luz ainda mais
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Uma marca luminosa de aroma para a beleza
nascida em mentes de infantes guiados por duas
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Tavarede e na terra da semente do verde que eacute
o limonete
Estamos certos de que as propostas de Kadija
natildeo ficaratildeo por aqui Assim como o seu nome e
lenda atravessaram os seacuteculos tambeacutem noacutes
pretendemos que este projeto se prolongue ao
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Desde o primeiro momento esta iniciativa contou
com o espiacuterito empreendedor dos alunos
diretamente envolvidos no projeto Eles
continuaratildeo no epicentro das presentes e futuras
iniciativas no acircmbito da marca KADIJA
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
por alunos e professores do 3ordm ciclo)
Escola)
No iniacutecio da criaccedilatildeo do mundo Deus enviou agrave terra dois dos seus melhores assistentes parasuprir as primeiras necessidades da humanidade Um desses assistentes era o Mar o outro oSol Para os incitar a fazer o seu melhor trabalho havia um preacutemio especial retirado da arca dostesouros do Ceacuteu ndash uma peacuterola de valia inestimaacutevel que qualquer um deles haveria de prezarO mar quando julgou estar na perfeiccedilatildeo do seu trabalho foi ter com Deus assegurando-Lhe serele o vencedor pois era o fornecedor do maior alimento dos homens o peixe Que fizera demuitos homens pescadores para que nas mesas nunca faltasse comida de outros fizeramarinheiros para que nas suas viagens encontrassem outros homens e com eles partilhassemos agradecimentos ao criador do mundoO Sol por sua vez achava ser ele o merecedor da peacuterola pois bastava o seu calor para queningueacutem tivesse frio e a sua luz para marcar o ritmo dos dias e das noites para que todospudessem labutar e descansar a horas certas Isto para natildeo falar do germinar das sementes pelaaccedilatildeo solar permitindo o ldquomilagrerdquo do patildeoDeus entendeu que ambos os assistentes tinham sido essenciais e como tal decidiu premiaacute-lospor igualAssim abrindo a arca dos tesouros do Ceacuteu retirou de laacute essa extraordinaacuteria Peacuterola que eacute a Luae colocando-a num espaccedilo perto da terra disse- Mar aiacute tens a Peacuterola-Lua para que a envolvas num abraccedilo e a espelhes em noites de calmaria- Sol daacute agrave Peacuterola-Lua o teu calor e luz para que ela nos diga quanto vales
E os homens reconhecidos a Deus retribuiacuteram tantas graccedilas recebidas fazendo com que numlugar da Terra se conjugassem as belezas do Mar e do Sol criando a praia da Figueira DaFigueira que por ter um rio a lanccedilar-se ao mar passou a ser Figueira da Foz ndash Uma peacuterolacomo a Lua carregada de beleza
(tradiccedilatildeo oral ndash autor coletivoanoacutenimo)
Uma lendahellipO Mar o Sol hellip e a Peacuterola-Lua
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Entrega dos Preacutemios do Quadro de Meacuterito Acadeacutemico Desportivo e Artiacutestico relativos a
20122013 no dia 27 de novembro de 2013 18h00 CAE
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Testemunhoshellip
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Nesta primeira ediccedilatildeo de CONTEXTOS vamos ldquorepescarrdquo excertos de uma entrevista dada por um antigoAluno ndash Gonccedilalo Cadilhe ndash ao jornal JBarros publicada no seu nordm 3 de dezembro de 2002Fazemos esta ldquorepescagemrdquo para mostrar o que pretendemos que seja esta paacutegina de TESTEMUNHOSUm espaccedilo dedicado a todas e todos que passaram pelo Agrupamento ndash Alunos Professores Pessoal NatildeoDocente ndash que nele se reconhecem e dele fizeram aquilo que agora aqui estamos a apresentar e adivulgar
Gonccedilalo Cadilhe foi aluno brilhante da Escola Dr Joatildeo de Barros nos anos letivos de 19781979 e197980 Licenciou-se em Gestatildeo de Empresas na Universidade Catoacutelica do Porto e durante um curtoperiacuteodo trabalhou na aacuterea do marketing Poreacutem rapidamente optou por seguir a vida de jornalistaespecializando-se em viagens turismo e cultura Complementava essa atividade com a de fotoacutegrafo free-lancer A partir de 1993 tornou-se viajante profissional tendo colaborado no Expresso na GrandeReportagem Elle e Elle Deco O Independente Epicur SurfPortugal entre outras publicaccedilotildees algumasestrangeiras Escreveu vaacuterios livros fez documentaacuterios para a RTP 2 e ocasionalmente eacute guia de viagensComo hobby pratica surf apaixonadamente
Quando foi que percebeu que queria ser jornalistaSempre me disseram (professores amigos) que eu tinha um certo jeito para escrever Digamos quepercebi que podia usar o meu talento para escrever de maneira a ser pago para financiar o meu modo devida - viajar Natildeo seraacute esta a definiccedilatildeo de jornalista pois natildeo faccedilo entrevistas natildeo relato notiacutecias Sinto-memais escritor que jornalista porque publico reportagens e escrevo livros
Quando fez a primeira viagem com direito a reportagem publicadaQuando estava no segundo ou terceiro ano da universidade ganhei um preacutemio literaacuterio que me deualgum dinheiro Gastei-o da melhor forma que sabia ou seja a viajar Fui para a Aacutefrica do Sul e tenteipublicar o relato dessa viagem Fui recusado porque natildeo tinha imagens que ilustrassem o texto No anoseguinte em 1991 fui para o Meacutexico jaacute equipado com uma maacutequina Zenith e vaacuterios rolos de slides Envieio texto e as fotos para a Grande Reportagem fui aceite e recebi um bom pagamento Foi uma portaaberta sobre o meu futuro porque passei a acreditar que se eu quisesse se trabalhasse com afinco podiaser gestor das minhas proacuteprias erracircncias e poderia seguir outra forma de vida que natildeo teria nada a vercom Gestatildeo de Empresas E foi o que fiz e continuo a fazer
Recorda as Escolas que frequentou na Figueira da FozSim recordo todas as Escolas e talvez todos os Professores Lembro-me que a Joatildeo de Barros erachamada apenas o Ciclo Guardo grandes amizades desses tempos escolares
Para se conseguir prestiacutegio numa carreira profissional basta talento e sorteEacute preciso ter vontade de melhorar sempre forccedila para vencer esta mediocridade em que estamosvivendo Portugal eacute um paiacutes ingrato para quem quer sonhar com vidas diferentes soacute daacute saiacutedasprofissionais estereotipadas Quem quiser viver agrave medida dos seus sonhos tem de lutar muito pela suaproacutepria instruccedilatildeo e nunca deixar de se preparar Mais do que dar cabeccediladas contra os obstaacuteculos queaparecem pela frente importa eacute que se saiba contornaacute-los adaptando as caracteriacutesticas pessoais agravesituaccedilatildeo de modo que a possa ultrapassar mantendo a sua proacutepria integridade
Projetos no Agrupamentohellip
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O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana assinou no dia
14 de outubro de 2013 o Contrato de Autonomia pelo qual se
vai reger nos proacuteximos trecircs anos letivos
O desafio eacute lanccedilado a TODA a comunidade educativa no
sentido de TODOS contribuiacuterem para a permanente melhoria
no nosso Agrupamento
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
Joseacute Augusto Cardoso Bernardes
Uma lenda vivahellipO pano de boca do teatro
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
CONTATOS
Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Fozdirecaoaezufforg
wwwaezufforg
Coordenadas 40deg929N 8deg5140W
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Parceiros do Agrupamentohellip
Patrocinador
Casino Figueira
Cacircmara Municipal da Figueira da Foz
Centro de Sauacutede Figueira da Foz - Buarcos
Grupo Portucel Soporcel
Escola Segura (PSP)
CIE Plasfil
No iniacutecio da criaccedilatildeo do mundo Deus enviou agrave terra dois dos seus melhores assistentes parasuprir as primeiras necessidades da humanidade Um desses assistentes era o Mar o outro oSol Para os incitar a fazer o seu melhor trabalho havia um preacutemio especial retirado da arca dostesouros do Ceacuteu ndash uma peacuterola de valia inestimaacutevel que qualquer um deles haveria de prezarO mar quando julgou estar na perfeiccedilatildeo do seu trabalho foi ter com Deus assegurando-Lhe serele o vencedor pois era o fornecedor do maior alimento dos homens o peixe Que fizera demuitos homens pescadores para que nas mesas nunca faltasse comida de outros fizeramarinheiros para que nas suas viagens encontrassem outros homens e com eles partilhassemos agradecimentos ao criador do mundoO Sol por sua vez achava ser ele o merecedor da peacuterola pois bastava o seu calor para queningueacutem tivesse frio e a sua luz para marcar o ritmo dos dias e das noites para que todospudessem labutar e descansar a horas certas Isto para natildeo falar do germinar das sementes pelaaccedilatildeo solar permitindo o ldquomilagrerdquo do patildeoDeus entendeu que ambos os assistentes tinham sido essenciais e como tal decidiu premiaacute-lospor igualAssim abrindo a arca dos tesouros do Ceacuteu retirou de laacute essa extraordinaacuteria Peacuterola que eacute a Luae colocando-a num espaccedilo perto da terra disse- Mar aiacute tens a Peacuterola-Lua para que a envolvas num abraccedilo e a espelhes em noites de calmaria- Sol daacute agrave Peacuterola-Lua o teu calor e luz para que ela nos diga quanto vales
E os homens reconhecidos a Deus retribuiacuteram tantas graccedilas recebidas fazendo com que numlugar da Terra se conjugassem as belezas do Mar e do Sol criando a praia da Figueira DaFigueira que por ter um rio a lanccedilar-se ao mar passou a ser Figueira da Foz ndash Uma peacuterolacomo a Lua carregada de beleza
(tradiccedilatildeo oral ndash autor coletivoanoacutenimo)
Uma lendahellipO Mar o Sol hellip e a Peacuterola-Lua
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CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Entrega dos Preacutemios do Quadro de Meacuterito Acadeacutemico Desportivo e Artiacutestico relativos a
20122013 no dia 27 de novembro de 2013 18h00 CAE
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Nesta primeira ediccedilatildeo de CONTEXTOS vamos ldquorepescarrdquo excertos de uma entrevista dada por um antigoAluno ndash Gonccedilalo Cadilhe ndash ao jornal JBarros publicada no seu nordm 3 de dezembro de 2002Fazemos esta ldquorepescagemrdquo para mostrar o que pretendemos que seja esta paacutegina de TESTEMUNHOSUm espaccedilo dedicado a todas e todos que passaram pelo Agrupamento ndash Alunos Professores Pessoal NatildeoDocente ndash que nele se reconhecem e dele fizeram aquilo que agora aqui estamos a apresentar e adivulgar
Gonccedilalo Cadilhe foi aluno brilhante da Escola Dr Joatildeo de Barros nos anos letivos de 19781979 e197980 Licenciou-se em Gestatildeo de Empresas na Universidade Catoacutelica do Porto e durante um curtoperiacuteodo trabalhou na aacuterea do marketing Poreacutem rapidamente optou por seguir a vida de jornalistaespecializando-se em viagens turismo e cultura Complementava essa atividade com a de fotoacutegrafo free-lancer A partir de 1993 tornou-se viajante profissional tendo colaborado no Expresso na GrandeReportagem Elle e Elle Deco O Independente Epicur SurfPortugal entre outras publicaccedilotildees algumasestrangeiras Escreveu vaacuterios livros fez documentaacuterios para a RTP 2 e ocasionalmente eacute guia de viagensComo hobby pratica surf apaixonadamente
Quando foi que percebeu que queria ser jornalistaSempre me disseram (professores amigos) que eu tinha um certo jeito para escrever Digamos quepercebi que podia usar o meu talento para escrever de maneira a ser pago para financiar o meu modo devida - viajar Natildeo seraacute esta a definiccedilatildeo de jornalista pois natildeo faccedilo entrevistas natildeo relato notiacutecias Sinto-memais escritor que jornalista porque publico reportagens e escrevo livros
Quando fez a primeira viagem com direito a reportagem publicadaQuando estava no segundo ou terceiro ano da universidade ganhei um preacutemio literaacuterio que me deualgum dinheiro Gastei-o da melhor forma que sabia ou seja a viajar Fui para a Aacutefrica do Sul e tenteipublicar o relato dessa viagem Fui recusado porque natildeo tinha imagens que ilustrassem o texto No anoseguinte em 1991 fui para o Meacutexico jaacute equipado com uma maacutequina Zenith e vaacuterios rolos de slides Envieio texto e as fotos para a Grande Reportagem fui aceite e recebi um bom pagamento Foi uma portaaberta sobre o meu futuro porque passei a acreditar que se eu quisesse se trabalhasse com afinco podiaser gestor das minhas proacuteprias erracircncias e poderia seguir outra forma de vida que natildeo teria nada a vercom Gestatildeo de Empresas E foi o que fiz e continuo a fazer
Recorda as Escolas que frequentou na Figueira da FozSim recordo todas as Escolas e talvez todos os Professores Lembro-me que a Joatildeo de Barros erachamada apenas o Ciclo Guardo grandes amizades desses tempos escolares
Para se conseguir prestiacutegio numa carreira profissional basta talento e sorteEacute preciso ter vontade de melhorar sempre forccedila para vencer esta mediocridade em que estamosvivendo Portugal eacute um paiacutes ingrato para quem quer sonhar com vidas diferentes soacute daacute saiacutedasprofissionais estereotipadas Quem quiser viver agrave medida dos seus sonhos tem de lutar muito pela suaproacutepria instruccedilatildeo e nunca deixar de se preparar Mais do que dar cabeccediladas contra os obstaacuteculos queaparecem pela frente importa eacute que se saiba contornaacute-los adaptando as caracteriacutesticas pessoais agravesituaccedilatildeo de modo que a possa ultrapassar mantendo a sua proacutepria integridade
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O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana assinou no dia
14 de outubro de 2013 o Contrato de Autonomia pelo qual se
vai reger nos proacuteximos trecircs anos letivos
O desafio eacute lanccedilado a TODA a comunidade educativa no
sentido de TODOS contribuiacuterem para a permanente melhoria
no nosso Agrupamento
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
Joseacute Augusto Cardoso Bernardes
Uma lenda vivahellipO pano de boca do teatro
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Nesta primeira ediccedilatildeo de CONTEXTOS vamos ldquorepescarrdquo excertos de uma entrevista dada por um antigoAluno ndash Gonccedilalo Cadilhe ndash ao jornal JBarros publicada no seu nordm 3 de dezembro de 2002Fazemos esta ldquorepescagemrdquo para mostrar o que pretendemos que seja esta paacutegina de TESTEMUNHOSUm espaccedilo dedicado a todas e todos que passaram pelo Agrupamento ndash Alunos Professores Pessoal NatildeoDocente ndash que nele se reconhecem e dele fizeram aquilo que agora aqui estamos a apresentar e adivulgar
Gonccedilalo Cadilhe foi aluno brilhante da Escola Dr Joatildeo de Barros nos anos letivos de 19781979 e197980 Licenciou-se em Gestatildeo de Empresas na Universidade Catoacutelica do Porto e durante um curtoperiacuteodo trabalhou na aacuterea do marketing Poreacutem rapidamente optou por seguir a vida de jornalistaespecializando-se em viagens turismo e cultura Complementava essa atividade com a de fotoacutegrafo free-lancer A partir de 1993 tornou-se viajante profissional tendo colaborado no Expresso na GrandeReportagem Elle e Elle Deco O Independente Epicur SurfPortugal entre outras publicaccedilotildees algumasestrangeiras Escreveu vaacuterios livros fez documentaacuterios para a RTP 2 e ocasionalmente eacute guia de viagensComo hobby pratica surf apaixonadamente
Quando foi que percebeu que queria ser jornalistaSempre me disseram (professores amigos) que eu tinha um certo jeito para escrever Digamos quepercebi que podia usar o meu talento para escrever de maneira a ser pago para financiar o meu modo devida - viajar Natildeo seraacute esta a definiccedilatildeo de jornalista pois natildeo faccedilo entrevistas natildeo relato notiacutecias Sinto-memais escritor que jornalista porque publico reportagens e escrevo livros
Quando fez a primeira viagem com direito a reportagem publicadaQuando estava no segundo ou terceiro ano da universidade ganhei um preacutemio literaacuterio que me deualgum dinheiro Gastei-o da melhor forma que sabia ou seja a viajar Fui para a Aacutefrica do Sul e tenteipublicar o relato dessa viagem Fui recusado porque natildeo tinha imagens que ilustrassem o texto No anoseguinte em 1991 fui para o Meacutexico jaacute equipado com uma maacutequina Zenith e vaacuterios rolos de slides Envieio texto e as fotos para a Grande Reportagem fui aceite e recebi um bom pagamento Foi uma portaaberta sobre o meu futuro porque passei a acreditar que se eu quisesse se trabalhasse com afinco podiaser gestor das minhas proacuteprias erracircncias e poderia seguir outra forma de vida que natildeo teria nada a vercom Gestatildeo de Empresas E foi o que fiz e continuo a fazer
Recorda as Escolas que frequentou na Figueira da FozSim recordo todas as Escolas e talvez todos os Professores Lembro-me que a Joatildeo de Barros erachamada apenas o Ciclo Guardo grandes amizades desses tempos escolares
Para se conseguir prestiacutegio numa carreira profissional basta talento e sorteEacute preciso ter vontade de melhorar sempre forccedila para vencer esta mediocridade em que estamosvivendo Portugal eacute um paiacutes ingrato para quem quer sonhar com vidas diferentes soacute daacute saiacutedasprofissionais estereotipadas Quem quiser viver agrave medida dos seus sonhos tem de lutar muito pela suaproacutepria instruccedilatildeo e nunca deixar de se preparar Mais do que dar cabeccediladas contra os obstaacuteculos queaparecem pela frente importa eacute que se saiba contornaacute-los adaptando as caracteriacutesticas pessoais agravesituaccedilatildeo de modo que a possa ultrapassar mantendo a sua proacutepria integridade
Projetos no Agrupamentohellip
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O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana assinou no dia
14 de outubro de 2013 o Contrato de Autonomia pelo qual se
vai reger nos proacuteximos trecircs anos letivos
O desafio eacute lanccedilado a TODA a comunidade educativa no
sentido de TODOS contribuiacuterem para a permanente melhoria
no nosso Agrupamento
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
Joseacute Augusto Cardoso Bernardes
Uma lenda vivahellipO pano de boca do teatro
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Nesta primeira ediccedilatildeo de CONTEXTOS vamos ldquorepescarrdquo excertos de uma entrevista dada por um antigoAluno ndash Gonccedilalo Cadilhe ndash ao jornal JBarros publicada no seu nordm 3 de dezembro de 2002Fazemos esta ldquorepescagemrdquo para mostrar o que pretendemos que seja esta paacutegina de TESTEMUNHOSUm espaccedilo dedicado a todas e todos que passaram pelo Agrupamento ndash Alunos Professores Pessoal NatildeoDocente ndash que nele se reconhecem e dele fizeram aquilo que agora aqui estamos a apresentar e adivulgar
Gonccedilalo Cadilhe foi aluno brilhante da Escola Dr Joatildeo de Barros nos anos letivos de 19781979 e197980 Licenciou-se em Gestatildeo de Empresas na Universidade Catoacutelica do Porto e durante um curtoperiacuteodo trabalhou na aacuterea do marketing Poreacutem rapidamente optou por seguir a vida de jornalistaespecializando-se em viagens turismo e cultura Complementava essa atividade com a de fotoacutegrafo free-lancer A partir de 1993 tornou-se viajante profissional tendo colaborado no Expresso na GrandeReportagem Elle e Elle Deco O Independente Epicur SurfPortugal entre outras publicaccedilotildees algumasestrangeiras Escreveu vaacuterios livros fez documentaacuterios para a RTP 2 e ocasionalmente eacute guia de viagensComo hobby pratica surf apaixonadamente
Quando foi que percebeu que queria ser jornalistaSempre me disseram (professores amigos) que eu tinha um certo jeito para escrever Digamos quepercebi que podia usar o meu talento para escrever de maneira a ser pago para financiar o meu modo devida - viajar Natildeo seraacute esta a definiccedilatildeo de jornalista pois natildeo faccedilo entrevistas natildeo relato notiacutecias Sinto-memais escritor que jornalista porque publico reportagens e escrevo livros
Quando fez a primeira viagem com direito a reportagem publicadaQuando estava no segundo ou terceiro ano da universidade ganhei um preacutemio literaacuterio que me deualgum dinheiro Gastei-o da melhor forma que sabia ou seja a viajar Fui para a Aacutefrica do Sul e tenteipublicar o relato dessa viagem Fui recusado porque natildeo tinha imagens que ilustrassem o texto No anoseguinte em 1991 fui para o Meacutexico jaacute equipado com uma maacutequina Zenith e vaacuterios rolos de slides Envieio texto e as fotos para a Grande Reportagem fui aceite e recebi um bom pagamento Foi uma portaaberta sobre o meu futuro porque passei a acreditar que se eu quisesse se trabalhasse com afinco podiaser gestor das minhas proacuteprias erracircncias e poderia seguir outra forma de vida que natildeo teria nada a vercom Gestatildeo de Empresas E foi o que fiz e continuo a fazer
Recorda as Escolas que frequentou na Figueira da FozSim recordo todas as Escolas e talvez todos os Professores Lembro-me que a Joatildeo de Barros erachamada apenas o Ciclo Guardo grandes amizades desses tempos escolares
Para se conseguir prestiacutegio numa carreira profissional basta talento e sorteEacute preciso ter vontade de melhorar sempre forccedila para vencer esta mediocridade em que estamosvivendo Portugal eacute um paiacutes ingrato para quem quer sonhar com vidas diferentes soacute daacute saiacutedasprofissionais estereotipadas Quem quiser viver agrave medida dos seus sonhos tem de lutar muito pela suaproacutepria instruccedilatildeo e nunca deixar de se preparar Mais do que dar cabeccediladas contra os obstaacuteculos queaparecem pela frente importa eacute que se saiba contornaacute-los adaptando as caracteriacutesticas pessoais agravesituaccedilatildeo de modo que a possa ultrapassar mantendo a sua proacutepria integridade
Projetos no Agrupamentohellip
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O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana assinou no dia
14 de outubro de 2013 o Contrato de Autonomia pelo qual se
vai reger nos proacuteximos trecircs anos letivos
O desafio eacute lanccedilado a TODA a comunidade educativa no
sentido de TODOS contribuiacuterem para a permanente melhoria
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
Joseacute Augusto Cardoso Bernardes
Uma lenda vivahellipO pano de boca do teatro
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
CONTATOS
Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Fozdirecaoaezufforg
wwwaezufforg
Coordenadas 40deg929N 8deg5140W
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
Parceiros do Agrupamentohellip
Patrocinador
Casino Figueira
Cacircmara Municipal da Figueira da Foz
Centro de Sauacutede Figueira da Foz - Buarcos
Grupo Portucel Soporcel
Escola Segura (PSP)
CIE Plasfil
Projetos no Agrupamentohellip
10
O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana assinou no dia
14 de outubro de 2013 o Contrato de Autonomia pelo qual se
vai reger nos proacuteximos trecircs anos letivos
O desafio eacute lanccedilado a TODA a comunidade educativa no
sentido de TODOS contribuiacuterem para a permanente melhoria
no nosso Agrupamento
CON TEXTOS DO AGRUPAMENTO
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
Joseacute Augusto Cardoso Bernardes
Uma lenda vivahellipO pano de boca do teatro
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Uma tarde de inverno no teatro
Era em janeiro por uma tarde de domingo Naquele tempo o teatro era tatildeo apreciado pelaspessoas que se tornava necessaacuterio fazer sessotildees tambeacutem agrave tarde as muito apreciadas matineacutesIntegrado num grupo onde vinham os meus pais desci a Tavarede a peacute desde Brenha Viemospelo Saltadouro que no Inverno era um caminho estreito e cheio de grandes poccedilas de aacuteguaLembro-me de que mais ou menos a meio do caminho havia uma pequena ponte onde diziamque tinha caiacutedo uma vez um homem sem nunca mais ser visto
Jaacute na sala enquanto aguardava o iniacutecio do espetaacuteculo deixei-me impressionar pelo pano deboca que tinha agrave minha frente retive sobretudo as maacutescaras de riso e de choro que seencontravam retratadas uma a seguir agrave outra Sentado nas cadeiras de traacutes (as da frente erammais caras) ouvi as pancadas que fizeram calar toda a gente O pano subiu e pude ver averdade do palco Digo ldquoverdaderdquo porque natildeo me passava pela cabeccedila que fosse ver coisasapenas ldquoa fingirrdquo Pelo contraacuterio tudo o que ia presenciar depois de o pano subir me pareciaainda mais verdadeiro do que aquilo que acontecia na vida de todos os dias E o teatrocomeccedilou Havia um diabo e havia tambeacutem um anjo Um e outro estavam sempre em cena Porfim havia algumas personagens que apareciam e logo desapareciam porque iam para o Infernoou para o Ceacuteu consoante a sentenccedila que lhes era ditada Tudo me maravilhava e me arrepiavaNaquela tarde vi coisas de adultos ao lado deles e ao contraacuterio do que por vezes sucedia elesnada tinham feito para evitar que eu as visse
A viagem de regresso a casa custou mais a fazer Jaacute era noite cerrada e a impressatildeo causadapelo teatro tinha sido muito forte Sei hoje que tudo aconteceu em 1963 e que a peccedila tinha umtiacutetulo e um autor o Auto da Barca do Inferno representado por Gil Vicente na Corte de DManuel no final de 1516 A memoacuteria dessa matineacute moldou o meu gosto pelo teatro que aindahoje perdura Mas sobretudo ajudou-me a alcanccedilar duas conclusotildees que me tecircmacompanhado pela vida fora a primeira eacute que no teatro como na vida a verdade pode existirao mesmo tempo que o fingimento a segunda conclusatildeo tem que ver com as ditas maacutescaras daalegria e da tristeza que vi pintadas no pano de boca nenhuma delas apaga a outra Cada umatem o seu lugar Natildeo haacute tristezas eternas e natildeo existem alegrias muito duradouras Cada umadessas duas liccedilotildees encontra-se hoje bem assente no meu espiacuterito Mas tenho a impressatildeo deque ambas comeccedilaram a tomar corpo nessa matineacute de haacute 50 anos atraacutes numa tarde deinverno em Tavarede
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