Controle Eletrônico de Assiduidade e Pontualidade
Legalidade, Implicações para as chefias e Posicionamento dos
Órgãos de Controle.
BASE LEGAL
DECRETO Nº 1.590, DE 10 DE AGOSTO DE 1995.
Dispõe sobre a jornada de trabalho dos servidores da Administração Pública Federal direta, das autarquias e das fundações públicas federais, e dá outras providências.
Art. 1º A jornada de trabalho dos servidores da Administração Pública
Federal direta, das autarquias e das fundações públicas federais, será de
oito horas diárias e:
I - carga horária de quarenta horas semanais, exceto nos casos previstos em
lei específica, para os ocupantes de cargos de provimento efetivo;
II - regime de dedicação integral, quando se tratar de servidores ocupantes
de cargos em comissão ou função de direção, chefia e assessoramento
superiores, cargos de direção, função gratificada e gratificação de
representação.
Parágrafo único. Sem prejuízo da jornada a que se encontram sujeitos, os
servidores referidos no inciso II poderão, ainda, ser convocados sempre
que presente interesse ou necessidade de serviço.
Art. 2º Para os serviços que exigirem atividades contínuas de
24 horas, é facultada a adoção do regime de turno ininterrupto de
revezamento.
Art. 3º Quando os serviços exigirem atividades contínuas de regime
de turnos ou escalas, em período igual ou superior a
doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público ou
trabalho no período noturno, é facultado ao dirigente máximo do
órgão ou da entidade autorizar os servidores a cumprir jornada de
trabalho de seis horas diárias e carga horária de trinta horas
semanais, devendo-se, neste caso, dispensar o intervalo para
refeições. (Redação dada pelo Decreto nº 4.836, de 09.09.2003)
§ 1º Entende-se por período noturno aquele que ultrapassar às vinte
e uma horas. (Redação dada pelo Decreto nº 4.836, de 09.09.2003)
§ 2º Os dirigentes máximos dos órgãos ou entidades que autorizarem
a flexibilização da jornada de trabalho a que se refere
o caput deste artigo deverão determinar a afixação, nas suas
dependências, em local visível e de grande circulação de usuários
dos serviços, de quadro, permanentemente atualizado, com a
escala nominal dos servidores que trabalharem neste regime,
constando dias e horários dos seus expedientes. (Redação dada
pelo Decreto nº 4.836, de 09.09.2003)
DECRETO Nº 1.590, DE 10 DE AGOSTO DE 1995.
Art. 6º O controle de assiduidade e pontualidade poderá ser exercido
mediante:
I - controle mecânicos;
II - controle eletrônico;
III - folha de ponto.
§ 1º Nos casos em que o controle seja feito por intermédio de assinatura
em folha de ponto, esta deverá ser distribuída e recolhida diariamente
pelo chefe imediato, após confirmados os registros de presença,
horários de entrada e saída, bem como as ocorrências de que trata o art.
7º.
§ 2º Na folha de ponto de cada servidor, deverá constar a jornada de
trabalho a que o mesmo estiver sujeito.
Art. 7º Eventuais atrasos ou saídas antecipadas decorrentes de interesse do
serviço poderão ser abonados pela chefia imediata.
Art. 8º A freqüência do mês deverá ser encaminhada às unidades de recursos
humanos do respectivo órgão ou entidade até o quinto dia útil do mês
subseqüente, contendo as informações das ocorrências verificadas.
Art. 9º No prazo de trinta dias, contados da publicação deste Decreto, o
dirigente máximo do órgão ou entidade fixará os critérios
complementares necessários à sua implementação, com vistas a adequá-
lo às peculiaridades de cada unidade administrativa e atividades
correspondentes.
DECRETO Nº 1.867, DE 17 DE ABRIL DE
1996.
Dispõe sobre o instrumento de assiduidade e pontualidade dos servidores públicos federais
da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional e dá outras
providências.
DECRETO Nº 1.867, DE 17 DE ABRIL DE 1996.
Art. 1° O registro de assiduidade e pontualidade dos servidores públicos federais da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional será realizado mediante controle eletrônico de ponto.
§ 1º O controle eletrônico de ponto deverá ser implantado, de forma gradativa, tendo início nos órgãos e entidades localizados no Distrito Federal e nas capitais, cuja implantação deverá estar concluída no prazo máximo de seis meses, a contar da publicação deste Decreto.
Art. 2º O controle de assiduidade do servidor estudante far-se-á mediante folha de ponto e os horários de entrada e saída não estão, obrigatoriamente, sujeitos ao horário de funcionamento do órgão ou entidade, a que se refere o art. 5° do Decreto n° 1.590, de 10 de agosto de 1995.
Art. 3° Ficam dispensados do controle de ponto os servidores referidos no § 4º do art. 6º do Decreto nº 1.590, de 1995, que terão o seu desempenho avaliado pelas chefias imediatas.
DECRETO Nº 1.867, DE 17 DE ABRIL DE 1996.
Art. 4º O § 7º do art. 6º do Decreto n° 1.590, de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 6º .............................. ........................................................ § 7º São dispensados do controle de freqüência os ocupantes de cargos: a) de Natureza Especial; b) do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, iguais ou superiores ao
nível 4; c) de Direção - CD, hierarquicamente iguais ou superiores a DAS 4 ou CD - 3; d) de Pesquisador e Tecnologista do Plano de Carreira para a área de Ciência e
Tecnologia; e) de Professor da Carreira de Magistério Superior do Plano Único de Classificação e
Retribuição de Cargos e Empregos." Art. 5° Durante a fase de implantação, a que se refere o § 1° do art. 1° deste
Decreto, o controle de assiduidade e pontualidade será exercido, também, mediante assinatura de folha de ponto, nos mesmos moldes contidos nos §§ 1° e 2° do art. 6° do Decreto nº 1.590, de 1995.
Responsabilidade da chefia imediata
Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando
manifestamente ilegais; ⁞ IX - manter conduta compatível com a moralidade
administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; ⁞
Responsabilidade da chefia imediata Art. 117. Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto
da repartição; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
XV - proceder de forma desidiosa;
Responsabilidade da chefia imediata Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime contra a administração pública; II - abandono de cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo
em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do
cargo; X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
nacional; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
Responsabilidade da chefia imediata
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses.
Responsabilidade da chefia imediata
Código Penal Brasileiro “Condescendência Criminosa” Art. 320 – Deixar o funcionário, por
indulgência, de responsabilizar o subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.
Pena: detenção, de 15 dias a um mês, ou multa.
Acórdão 3332/2014-2 2.ª Câmara
“...anuência da chefia imediata do servidor XXXX com declaração falsa prestada pelo responsável em seu controle de freqüência, relativo ao período de XX a XX, tendo em vista a própria chefia ter ratificado os respectivos lançamentos nas folhas ponto mediante aposição de sua assinatura, apesar de estar ciente de que os horários e datas indicados não coincidiam com a efetiva presença do servidor em seu local de trabalho.”
Relatório CGU Prestação de Contas Anual UFPR - exercício 2005
A quantidade de denúncias formais e informais que recebemos acerca de descumprimento de carga horária por servidores é suficiente para concluirmos como essencial a implantação do controle de ponto eletrônico naquele Nosocômio com vistas a assegurar o melhor atendimento possível à população usuária. Argumentar que haveria discriminação a um determinado grupo de servidores se implantado tal controle, significa reconhecer que haveria privilégios no cumprimento da carga horária desse mesmo grupo, porquanto o que se está a solicitar é o simples controle do cumprimento de uma das obrigações funcionais desses servidores, e não mais do que isso, nada diferente do que se exige de qualquer outro servidor público.
Relatório CGU Prestação de Contas Anual UFPR - exercício 2012
Destaca-se que, no final de 2011, o Conselho Universitário aprovou a proposta da Jornada de 30 horas para os servidores técnico-administrativos, sendo que o controle de freqüência seria por meio de ponto eletrônico. Houve a implementação dessa jornada em 2012 por várias unidades da Universidade sem a adoção de mecanismos efetivos e eficazes de controle de ponto e freqüência de seu pessoal. Nem mesmo para atender a determinação do Tribunal de Contas da União – TCU expedida no processo TC 028.900/2007-0: Acórdão nº 336/2009 – TCU – Plenário.
Relatório CGU Prestação de Contas Anual UFPR - exercício 2013
A.9) Item 3.1.2.1 - Ausência de implementação de políticas capazes de diminuir a deficiência de força de trabalho da Unidade e de mecanismos efetivos e eficazes de controle de ponto e freqüência do seu pessoal para suportar os pagamentos.
Em relação à recomendação pertinente à implantação do
ponto eletrônico, a UFPR informou: “Através do Ofício 549/2013-PROGEPE, processo 039666/2013-11, foi solicitado à Pró-Reitoria de Administração o desenvolvimento de software gerencial para controle de freqüência mensal dos servidores da UFPR, junto ao Centro de Computação Eletrônica - CCE.
Processo TC 028.900/2007-0 Acórdão n.º 336/2009 – TCU - Plenário
“1.5.1 recomendar à Universidade Federal do Paraná que adote mecanismos efetivos e eficazes de controle de ponto e freqüência do seu pessoal, bem como esclareça e oriente as chefias das conseqüências e responsabilidades afetas à matéria, especialmente daquelas consignadas nos artigos 116, incisos I, II, III, IV, IX e X, 117, incisos I, V e XV, 132, incisos III e VI, e 139, da Lei nº 8.112/90”.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Recomendação n.º 25/2009 de 17/09/2009 Procedimento n.º 1.25.000.002948/2008-31 Requerido: Universidade Federal do Paraná Resumo: Ausência de ponto eletrônico de controle para servidores.
1.1 – IMPLANTE, no prazo máximo de 90 dias úteis, a contar do recebimento desta, o controle eletrônico de ponto de seus servidores, atendendo assim ao disposto no artigo 1.º do Decreto 1.897 de 17/04/1996.
1.2 – APRESENTE, no prazo de 120 dias úteis, a contas do recebimento desta, ao Ministério Público Federal, relatório acerca da efetiva implantação do controle eletrônico de ponto.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Ofício n.º 3243/2015 – PRPR de 27/04/2015 Procedimento n.º 1.25.000.002948/2008-31 Requerido: Universidade Federal do Paraná Resumo: Implantação de ponto eletrônico de controle para servidores.
“Diante da data de instauração do expediente (2008) e as últimas informações prestadas, solicito a apresentação de um cronograma detalhado de implantação do processo em toda a Universidade... Tal programação embasará a confecção de um termo compromisso de ajustamento de conduta pelo Ministério Público Federal... Em caso de ausência de resposta, concluir-se-á não haver interesse dos responsáveis na celebração do compromisso, o que ensejará submissão da questão ao Poder Judiciário.”
AUDITORIA INTERNA DA UFPR Contatos
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