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COSMÉTICOS ORGÂNICOS E NATURAIS: ANÁLISE DO PERFIL DOS
PROFISSINAIS ATUANTES EM ESTABELICIMENTOS COMERCIAIS E DA
ROTULAGEM 1
Isabella Justino Miranda 2
Júlia Helena da Silva 3
Simony Davet Müller4
Introdução: Produtos cosméticos naturais possuem formulações elaboradas com ingredientes
autorizados e certificados. Diferenciam-se dos cosméticos orgânicos no teor de componentes
orgânicos presentes na formulação. A rotulagem é uma das principais etapas do processo da
embalagem e deve conter todas as informações necessárias para que o produto seja utilizado
adequadamente. Objetivo: O estudo teve como objetivo geral analisar o perfil do
conhecimento sobre cosméticos orgânicos e naturais dos profissionais atuantes em
estabelecimentos comerciais, bem como a rotulagem dos produtos segundo as normas
vigentes. Metodologia: A pesquisa realizada abrangeu o universo populacional, dos
profissionais atuantes em estabelecimentos comerciais de cosmético da região central de
Tubarão SC. Utilizando-se de um instrumento de coleta de dados, as variáveis coletadas
foram: gênero, idade, escolaridade, busca de informações sobre os produtos, identificação dos
cosméticos orgânicos e conceitos sobre cosméticos orgânicos e naturais. Após as
considerações éticas, a coleta de dados foi realizada através de entrevistas aos participantes
que atenderem aos critérios de inclusão na pesquisa. Os rótulos dos produtos foram analisados
quanto as normas vigentes. Os dados coletados foram armazenados em um banco de dados no
programa Microsoft Excel®. Resultados: Foram entrevistados n=15 gestores dos
estabelecimentos comercias de cosméticos visitados. Quanto a busca por atualizações sobre
cosméticos orgânicos e naturais desses profissionais, buscam por atualizações (93,3%), em
relação a presença de cosméticos naturais (53,3%), e cosméticos orgânicos (33,3%). Sendo
que esses cosméticos presentes não se adéquam as exigências das certificadoras. A maioria
dos entrevistados (60%), relataram identificar um cosmético orgânico e/ou natural, através do
selo de identificação, alegaram ter o conhecimento (60%), sobre as certificadoras, em
diferenciar um cosmético orgânico e/ou natural (53,3%). Sobre os conceitos de cosméticos
naturais (73,3%) e orgânicos (53,3%), não sabem o conceito de ambos. Conclusão: Falta
esclarecimento para os gestores em relação aos cosméticos orgânicos e naturais, por não obter
uma legislação reconhecida pela ANVISA, torne-se maior a carência desses produtos no
comércio de cosméticos.
Palavras-chave: cosméticos orgânicos, cosméticos naturais, rotulagem.
1 Artigo apresentado na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso do Curso Superior de Tecnologia
em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL – como requisito parcial à
obtenção do título de Tecnólogo em Cosmetologia e Estética. 2 Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de
Santa Catarina – UNISUL – 5º semestre de 2018A. 3 Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade do Sul de
Santa Catarina – UNISUL – 5º semestre de 2018A. 4 Professora orientadora do Curso Superior de Tecnologia em Cosmetologia e Estética da Universidade
do Sul de Santa Catarina – UNISUL – 5º semestre de 2018A.
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1 INTRODUÇÃO
A indústria de cosméticos é extremamente importante dentro da economia de
grande parte dos países mais desenvolvidos, dentre os quais se inclui o Brasil, contribuindo
para a geração de empregos e a redução de desigualdades regionais, através da exploração
sustentável de várias espécies do nosso bioma, especialmente na Amazônia. A sociedade vem
exigindo a adoção de tecnologias de produções limpas, econômicas e ambientalmente corretas
que, por sua vez, requerem um enorme esforço de estudantes, professores, pesquisadores e
engenheiros, na Universidade e na Indústria, na busca de ingredientes diferenciados, naturais
e competitivos e de processos de formulação inovadores. (GALEMBECK; CSORDAS,
2011).
A indústria de cosméticos também entrou na “onda verde”, investindo em
pesquisa de produtos com ativos da biodiversidade natural e hoje é possível ver nas lojas de
departamento, por exemplo, que produtos de beleza “naturais” ocupam o mesmo espaço que
marcas renomadas “não-naturais”. (GOMES, 2009)
Certificação é um processo onde uma agência certificadora assegura a qualidade
do produto, por escrito, através de inspeções que verificam a origem dos ingredientes, as
instalações e os processos de produção, a composição do produto, o armazenamento, o
transporte, as ações de preservação do meio ambiente e as condições de trabalho. A
certificação visa identificar a origem dos produtos, desde a produção até o ponto de venda ao
consumidor final, garantindo um produto diferenciado. Seu objetivo é verificar se o produto a
ser oferecido ao consumidor cumpre com as normas regulamentares de agências certificadoras
de produtos orgânicos e naturais. (ASSOCIAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO INSTITUTO
BIODINÂMICO IBD, 2014)
O mercado de produtos naturais e orgânicos incluem-se produtos frescos,
processados ou industrializados, como os artigos de beleza e cuidados pessoais, mas que
sejam produzidos com matérias-primas obtidas sob o modo de produção agroecológico e
orgânico com práticas de agricultura sustentáveis. (GOMES,2009)
Entretanto a ANVISA relata que como no processo de fabricação do cosmético
ocorre uma reação química, o produto não pode ser considerado orgânico, mesmo que os
insumos sejam produzidos desta forma. Compreendemos então, que para a ANVISA, esses
cosméticos não são reconhecidos. (SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA, 2016)
Contudo, existem as certificadoras, que são responsáveis por verificar se os
insumos utilizados, os processos produtivos, o armazenamento das matérias-primas, as
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embalagens, os rótulos, as instalações, a utilização de recursos energéticos e o tratamento de
resíduos estão todos de acordo com as normas estabelecidas por estas agências certificadoras,
tais como a BD HI, Ecocert, CosmeBio, entre outros. Essas certificadoras se uniram com o
propósito de suprir a necessidade de obter um referencial padronizado para os produtos
orgânicos de higiene pessoal. (SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA, 2016)
Apesar de o Brasil não ter uma regulamentação legal neste sentido, o ECOCERT
e o Instituto Biodinâmico (IBD), por exemplo, concedem os selos aos produtos nacionais
orgânicos baseados nesses parâmetros internacionais. As certificações de produtos naturais e
orgânicos garantem a credibilidade ao consumidor, que tendem a buscar informações
químicas na rotulagem do produto. (SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA, 2016)
Os dados da literatura demonstram os benefícios e a grande aceitação destes
produtos por parte do consumidor, sendo de grande importância o profissional atuante estar
informado para adquirir produtos autênticos e disponibilizar orientação adequada a população
consumidora. Portanto o objetivo geral desta pesquisa foi analisar o perfil do conhecimento
sobre cosméticos orgânicos e naturais dos profissionais atuantes em estabelecimentos
comerciais, bem como a rotulagem dos produtos segundo as normas vigentes.
1.2 COSMÉTICOS
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal
Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), em 2015 o mercado de beleza tem se mostrado
promissor no Brasil, elevando o país ao terceiro maior consumidor de produtos e serviços de
beleza do mundo, logo atrás dos Estados Unidos e Japão.
Conforme Ros (2016, p. 38), além de existir uma parcela da população que está
disposta a pagar por produtos exclusivos, as empresas estão percebendo que cada vez mais os
produtos cosméticos precisam se ajustar às necessidades específicas de cada indivíduo, desde
faixa etária (crianças, adolescentes, idosos), passando por diferença de sexo até etnia (pele
negra, hispânica).
Adicionalmente, estudos da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal
Perfumaria e Cosméticos (2015), apontam que produtos que não agridam o meio ambiente e
com valores sociais terão maior aceitação pelo consumidor, que se mostra cada dia mais
preocupado com o uso de matérias-primas e princípios ativos de origem natural, a não
utilização de animais nas pesquisas e a preferência por embalagens recicláveis.
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1.3 COSMÉTICOS ORGÂNICOS
Os cosméticos à base de matérias-primas orgânicas devem ter no mínimo 70% e
no máximo 95% dos componentes da formulação certificadas como orgânicos, descontando
água e sal e o restante dos componentes da formulação podem ser provenientes da agricultura
convencional e do extrativismo. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS, 2008)
Por possuírem melhor compatibilidade com a pele os cosméticos de origem
orgânica, causam menos irritação e alergia, pois possuem substâncias sintéticas substituídas
por naturais com a mesma eficácia, menos efeitos tóxicos, e as matérias-primas são
consideradas biodegradáveis e menos poluentes. (HIGUSHI; DIAS, 2013)
O Brasil é um dos maiores produtores de orgânicos do mundo e os consumidores
desses produtos são pessoas que buscam por qualidade, produtos mais saudáveis e a
preservação do meio ambiente. Os consumidores brasileiros de produtos orgânicos,
geralmente são pessoas com alto grau de instrução, com nível de ensino superior e são de
classe média. São pessoas que sabem dos benefícios do produto e que se
preocupam com a qualidade e a segurança dos produtos. (INSTITUTO DE PROMOÇÃO E
DESENVOLVIMENTO, 2011)
Com o aumento da renda nos últimos anos, o consumidor busca por serviços de
boa qualidade e produtos saudáveis. Também existe a responsabilidade social com relação ao
meio ambiente, por isso o setor de orgânicos está crescendo cada vez mais. O maior desafio
deste setor, além de garantir a demanda, é oferecer valores mais acessíveis ao consumidor.
(INSTITUTO DE PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO, 2011)
Os consumidores que optam por cosméticos orgânicos, priorizam à exclusão de
substâncias petroquímicas, e a maior proteção quanto ao seu uso, e acabam se credibilizando à
certificação e se dispõem a pagar mais caro por esse tipo de produto, pois se preocupam com
a saúde e com o meio ambiente. (LYRIO et al., 2011).
1.4 COSMÉTICOS NATURAIS
Os cosméticos naturais têm em sua fórmula 5% de matéria-prima certificada como
orgânica e podem ser extraídas da agricultura convencional e do extrativismo, já os outros
95% da formulação podem ser compostos por matérias-primas não certificadas, porém
permitidas para formulações naturais. (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E
PEQUENAS EMPRESAS, 2008)
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Tais produtos, são constituídos por substâncias naturais e podem ser utilizados na
pele, cabelo, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes, membranas e mucosas da
cavidade oral e tem como objetivo limpar, perfumar, alterar a aparência, corrigir odores,
proteger e manter em bom estado. Podem ser naturais, orgânicos ou feitos com matérias-
primas orgânicas. (WEISS et al., 2011)
O consumidor “verde” ou ecológico, pensa na composição, qualidade, processo de
produção e sustentabilidade. Essas pessoas estão dispostas a pagar o preço exigido pelo
mercado e colaboram com a natureza optando por embalagens recicláveis, retornáveis e
biodegradáveis. (WEISS et al., 2011)
Um cosmético pode ser classificado como sendo natural e ser certificado como tal
se sua formulação for composta por água e ingredientes naturais não-certificados, ou
ingredientes permitidos para formulações naturais. (INSTITUTO BIODINÂMICO, 2014)
Ainda, estes produtos deverão destacar em seu rótulo quais ingredientes são
naturais e/ou orgânicos e/ou oriundos de extrativismo certificado. O rótulo pode indicar que o
produto contém ingredientes naturais e/ou orgânicos. Pode-se utilizar o selo “IBD
Ingredientes Naturais” associado ao código do projeto e mais a indicação “ingredientes
naturais”, mas nunca o selo “Orgânico IBD”. (INSTITUTO BIODINÂMICO, 2014)
Como citado anteriormente, compreendemos que esses cosméticos não são
reconhecidos pela legislação brasileira, o mesmo dito primeiramente para os orgânicos é
válido para os naturais. Contudo as certificadoras Ecocert e o Instituto Biodinâmico (IBD),
garantem a credibilidade ao consumidor em relação aos produtos naturais e orgânicos.
(SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA, 2016)
A existência de normas, leis e diretrizes nacionais para o setor facilitará e trará
segurança na comunicação transparente junto ao consumidor. Uma lei que padronize os
critérios de avaliação dos produtos orgânicos irá garantir informações claras e objetivas a
todos os envolvidos na cadeia, desde empresários/produtores até os consumidores finais.
SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA, 2016)
1.5 PROTEÇÃO ANIMAL E TESTES EM ANIMAIS
Na área cosmética, assim como na área farmacêutica, animais são utilizados para
avaliar todos os riscos potenciais envolvidos, seja irritação, alergia ou efeitos sistêmicos a
curto e longo prazo. (AQUINO; SPINA; NOVARETTI, 2015)
Em relação aos cosméticos orgânicos e naturais, é proibido o uso de testes em
animais, tanto dos ingredientes usados quanto do produto a ser oferecido ao consumidor. Não
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é permitido o uso de ingredientes oriundos de animais vertebrados que tenham que ser
sacrificados para obter tal material. O uso de ingredientes de origem animal somente é
permitido quando coletados de seres vivos como, por exemplo, mel e seus derivados, leite e
seus derivados, lanolina e entre outros, desde que os animais produtores sejam criados no
sistema orgânico de produção. Não é permitido o uso de produtos animais geneticamente
modificados. (ASSOCIAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO INSTITUTO BIODINÂMICO IBD,
2014)
Já na indústria de cosméticos sintéticos, os animais de laboratório deverão ser
utilizados sempre que não existam métodos alternativos validados que os substituam ou, em
casos específicos, após “screening” com métodos in vitro e/ou matemáticos válidos,
precedendo dessa forma, os estudos clínicos. (AQUINO; SPINA; NOVARETTI, 2015)
O produto cosmético é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), por se tratar de produto de interesse à saúde, devido ao risco de efeitos
adversos (reações indesejadas) no consumidor, por conter na formulação inúmeros
ingredientes e insumos químicos, assim como ocorre com os medicamentos. De acordo com a
ANVISA (2012), risco cosmético é a probabilidade de ocorrência de uma das reações
descritas como irritação, sensibilização, sensações de desconforto e efeito sistêmico. Por isso,
a agência criou o termo “cosmetovigilância” onde todos os produtos, com efeitos adversos
manifestados na população, devem ser rastreados e notificados à ANVISA. (AQUINO;
SPINA; NOVARETTI, 2015)
Segundo Aquino, Spina e Novaretti (2015) as exigências legais, o fabricante deve
comprovar em testes realizados em animais (in vivo) e outros físicos químicos e
microbiológicos (in vitro) que o produto é seguro para o consumidor. A Portaria MS n. 1.480
(1990) determina que o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) realize
ensaios pré-clínicos em animais, para irritação primária cutânea e ensaio de sensibilização.
Porém, houve recentemente uma mudança no cenário das relações de pesquisa de novos
produtos, testes de pré-venda e mercado consumidor. EM 2014, esse cenário mudou, pois não
são mais permitidos testes de reações adversas de cosméticos em animais (in vivo).
As multas pelo descumprimento da lei para as instituições e os estabelecimentos
de pesquisa foram estipuladas no valor de R$ 20,14 UFESP (2014) e, considerando que a
multa é lavrada por animal, o mínimo que um estabelecimento pagaria de multa seria R$
1.007.000,00 e o profissional responsável pela pesquisa e testes, R$ 40.280,00 (por animal).
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Atualmente, apesar de todos os esforços para a redução e substituição de animais de
laboratório na experimentação biológica, ainda não nos é possível abandonar a utilização
desses animais na avaliação da segurança de produtos, nos seus mais diversos aspectos.
Entretanto, desde que sejamos obrigados a utilizar animais nos ensaios, devemos zelar para
que os mesmos não sofram dores ou vivenciem angústias durante o período experimental.
(AQUINO; SPINA; NOVARETTI, 2015)
As empresas de cosméticos deverão buscar novos métodos para testes de
segurança de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos que não envolvam animais, algumas
empresas por conta das ameaças futuras já transpassaram esse obstáculo assumindo não
testarem seus produtos em animais, inclusive com a criação de selos com o slogan “não
testado em animais”. A proibição de testes em animais foi usada como marketing por
empresas como Boticário®, Quem disse Berenice®, OX®, Natura®, Mahogany®, Impala®,
Memphis®, Leite de Rosas®, Niasi®, etc. (AQUINO; SPINA; NOVARETTI, 2015)
Contudo a questão de testes animais em produtos cosméticos parece ser o novo
foco do consumidor, por conta disso, alguns consumidores se preocupam com o bem-estar
dos animais, e buscam por cosméticos que não fazem os testes nos mesmos. (AQUINO;
SPINA; NOVARETTI, 2015)
2 ROTULAGEM
A rotulagem dos cosméticos naturais, orgânicos ou feitos com ingredientes
orgânicos deve obedecer, antes de mais nada, às normas de rotulagem e classificação de
produtos cosméticos estabelecidas pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) N 7
(ANVISA, 2015).
Os produtos poderão receber rotulagem específica enfatizando sua classificação
como “natural”, “orgânico” ou “feito com ingredientes orgânicos”. Independentemente da
classificação, todos os rótulos deverão especificar as porcentagens totais de ingredientes
naturais e orgânicos. (ASSOCIAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO INSTITUTO BIODINÂMICO
IBD, 2014)
Os cosméticos naturais deverão destacar em seu rótulo quais ingredientes são
naturais e/ou orgânicos e/ou oriundos de extrativismo certificado. O rótulo pode indicar que o
produto contém ingredientes naturais e/ou orgânicos. Pode-se utilizar o selo “IBD
Ingredientes Naturais” associado ao código do projeto e mais a indicação “ingredientes
naturais”, mas nunca o selo “Orgânico IBD”. (ASSOCIAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO
INSTITUTO BIODINÂMICO IBD, 2014)
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No verso do rótulo ou embalagem a seguinte frase deve ser inserida: “O IBD
certifica cosméticos naturais de acordo com normas internacionais”. O quadro principal do
rótulo de ingredientes deve mostrar a frase: “IBD - Ingrediente Natural apropriado ao uso em
produtos certificados naturais ou orgânicos”.
Projeto xxx O IBD certifica cosméticos naturais de acordo com
normas internacionais. (ASSOCIAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO INSTITUTO BIODINÂMICO
IBD, 2014)
3 O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Atualmente, os cosméticos constituem um segmento de mercado em destaque, não
só no Brasil, mas mundialmente. Isto se deve a uma participação mais ativa e constante dos
consumidores desses produtos, que passaram a usá-los com maior frequência em seu dia-a-
dia. (CERQUEIRA; OLIVEIRA; HONORIO, 2013)
A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e
Cosméticos, realizou uma pesquisa em 2015, com intuito de atender às necessidades
específicas sobre os hábitos de consumo de cosméticos da mulher brasileira, que, apontou que
32% das mulheres entre 18 a 55 anos sempre carregam algum tipo de maquiagem na bolsa e
27% mudam a cor de suas unhas uma vez na semana. Já para o público acima de 55 anos,
43% apostam na eficácia dos produtos antienvelhecimento. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DA INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL PERFUMARIA E COSMÉTICOS, 2015)
O mercado de cosmético está em constante expansão, contudo os consumidores
buscam qualidade nos produtos que estão adquirindo, conforme os assuntos abordados acima,
as pessoas estão realmente começando a se preocupar com os produtos que utilizam
diariamente, buscando cada dia mais informações sobre os benefícios de tais e se realmente
serão eficazes. Conforme abordado, os produtos naturais/orgânicos entram em destaque por
trazerem mais maior segurança de seu uso para o consumidor.
3.1 O CONSUMO DE COSMÉTICOS NO MERCADO BRASILEIRO
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e
Cosméticos o Brasil atualmente está como o quarto maior mercado consumidor de produtos
de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos no mundo. Porém busca o retorno para a
terceira posição, lugar que deixou de ocupar em 2015, a desvalorização da moeda brasileira
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em comparação ao dólar fez com que o Brasil caísse neste ranking global, ficando atrás
apenas de Estados Unidos, China e Japão.
“O Brasil não deixou de consumir produtos de HPPC. A desvalorização cambial
fez com que deixássemos de ser o terceiro maior consumidor mundial, uma vez que este
ranking é indexado ao dólar”, afirma Daniel Oliveira, gerente de Inteligência de mercado da
Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (2017).
Com a retração do dólar no início de 2016, a moeda brasileira vem se
fortalecendo, fato que, possivelmente, fará do Brasil o terceiro maior consumidor mundial de
produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DE HIGIENE PESSOAL PERFUMARIA E COSMÉTICOS, 2017)
4 DELINEAMENTO METODOLÓGICO
O delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em sua dimensão mais
ampla, envolvendo tanto a sua diagramação quanto a previsão de análise e interpretação dos
dados. Entre outros aspectos, o delineamento considera o ambiente em que são coletados os
dados, bem como as formas de controle das variáveis envolvidas. (RAUEN, 2015).
4.1 TIPO DE PESQUISA
O tipo de pesquisa, quanto a abordagem tratou-se de uma pesquisa quantitativa de
descrição, conhecidas também como pesquisas de levantamento de dados, de sondagem ou
survey e consistem na solicitação de informações a um grupo estatisticamente significativo de
pessoas para posterior análise quantitativa (RAUEN, 2015). Também recorreremos a pesquisa
quantitativa de associação ou de correlação de pelo menos duas variáveis. Segundo Rauen,
(2015), nesta abordagem não há manipulação de variáveis, sendo a predição o tipo de relação
mais frequente estabelecida.
Quanto aos objetivos tratou-se de uma pesquisa descritiva, este tipo de pesquisa
exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar e pretende
descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade (GIL, 2006).
Ainda, quanto aos procedimentos tratou-se de uma pesquisa de campo que se
caracteriza pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se
realiza coleta de dados junto a pessoas, como recurso de diferentes tipos de pesquisa (pesquisa
ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa participante, etc.) (FONSECA, 2002).
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4.2 POPULAÇÃO, OBJETO DE ESTUDO E AMOSTRA
A população selecionada foram os profissionais (≥ 18 anos) atuantes em
estabelecimentos comerciais de cosméticos da cidade de Tubarão, Santa Catarina. A amostra
foi definida levando como critério limite os estabelecimentos da região central da Cidade,
situados num raio máximo de 3 Km do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), no
período de abril a maio de 2018 que aceitaram participar da pesquisa e consentiram assinar a
Declaração de Ciência e Concordância das instituições envolvidas (Apêndice 1).
A relevância da escolha desta população justifica-se devido serem profissionais
que vivenciam uma rotina que abrangem a cosmética e estética, também se supõe que
possuem um conhecimento prévio sobre o tema proposto. Além disso, utilizamos como objeto
de estudo os cosméticos orgânicos e os naturais comercializados nos estabelecimentos
visitados para averiguação das suas rotulagens.
Como critérios de exclusões, não serão entrevistadas pessoas menores de 18 anos,
faltantes no dia da entrevista, produtos cosméticos que não estejam dentro da categoria
orgânico e/ou natural.
4.3 INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA COLETA DE DADOS
O instrumento utilizado para coleta de dados consiste na técnica conhecida como
observação direta extensiva (RAUEN, 2015 ), utilizando-se de um instrumento de coleta de
dados (Apêndice 1). Para a população entrevistada, as variáveis coletadas foram: gênero,
idade, escolaridade, busca de informações sobre os produtos, identificação dos cosméticos
orgânicos e conceitos sobre cosméticos orgânicos e naturais. Os procedimentos de coleta de
dados foram por entrevistas aos profissionais atuantes que atenderem aos critérios de inclusão
na pesquisa.
Para o objeto de estudo, que foram os rótulos dos cosméticos, foi utilizado um
instrumento de coleta de dados, composto das variáveis que estarão em consonância com as
exigências da norma atual sobre rotulagem de cosméticos orgânicos e naturais.
4.4 PROCEDIMENTOS UTILIZADOS NA ANÁLISE DOS DADOS
Os dados coletados foram organizados em uma planilha idealizada para essa
finalidade, usando o programa Microsoft Excel® e os resultados foram expressos pela estatística
descritiva em frequência absoluta e relativa, sendo apresentados por meio de tabelas e figuras.
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4.5 ASPECTOS ÉTICOS DA PESQUISA
Do ponto de vista ético, o estudo foi orientado pela Resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012b). Baseado na Resolução, os seguintes aspectos
foram respeitados: assinatura pelos participantes, do TCLE (Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido); direito de participar ou não do estudo; preservação do anonimato; sigilo das
informações que não autorizem ou não desejem a divulgação; agendamento da coleta de
dados de forma a não interferir nas atividades das participantes, devolução dos dados para a
população acadêmica. Este projeto foi submetido ao projeto ao Comitê de Ética em pesquisa
da Unisul, sob parecer consubstanciado número 2.681.894. Os dados resultantes da pesquisa
serão divulgados à comunidade científica interna da Unisul e almeja-se a comunidade
científica externa.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nesta pesquisa objetivou-se analisar o perfil do conhecimento de gestores atuantes
em lojas de cosméticos localizadas na região central da cidade de Tubarão SC, sobre
cosméticos orgânicos e naturais. Além disso foi investigado a rotulagem destes produtos
quanto aos quesitos solicitados pelas certificadoras.
Foram visitadas 15 lojas e entrevistado um gestor responsável de cada loja.
Quanto a caracterização dos entrevistados (n=15), a maioria do gênero feminino (86,66 %),
com faixa etária entre 21 a 78 anos, possuindo curso superior completo (60 %), ensino médio
(26,66 %) e ensino fundamental (13,33 %). Apenas um gestor entrevistado tinha curso
superior em Estética e Cosmética, conforme a figura 1 e 2 ilustrada abaixo.
De acordo com a figura 3, a maioria dos profissionais possuem como profissão
gerente (33,3%), empresários proprietários dos estabelecimentos (26,7%), seguido da
profissão de vendedores responsáveis pelo estabelecimento (13,3%) e os demais além de
trabalharem como gestores também exercem funções de administradores, autônomos,
recepcionista e esteticista (6,7%).
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Figura 1: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, do gênero dos
profissionais gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de
cosméticos na região central da cidade de Tubarão SC.
Figura 2: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, grau de escolaridade
dos profissionais gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de
cosméticos na região central da cidade de Tubarão SC.
86,66
13,34
13,33
26,66
60%
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Figura 3: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, da profissão dos
profissionais gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de
cosméticos na região central da cidade de Tubarão SC.
O mercado atual exige atualização constante dos profissionais, a busca por
conhecimentos em internet e cursos por exemplo, são pré-requisitos básicos, pois cada dia
mais os consumidores buscam por informações recentes e por produtos cada vez mais
inovadores. (FARIAS, 2002).
Na Idade Contemporânea, o público feminino resultou em um maior consumo de
cosméticos e na busca pela maior diversidade de produtos de beleza. Para suprir esta
necessidade de mercado, surgiram as indústrias fornecedoras de novas matérias-primas para
cosméticos e mundialmente as indústrias de cosméticos passaram a fabricar uma grande
variedade de produtos de cosméticos, a fins de suprir diversas especialidades, que ao final do
século XIX se consolidaram no mercado. (GUIA DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA,
2016)
O século XX houve um grande crescimento de matérias-primas e cosméticos nos
países desenvolvidos, marcadamente após as duas guerras mundiais. Ao final do século XX, a
conciliação da ciência e da indústria cosmética foi inegável, no que resultou uma
transformação da indústria de cosmético em um fator econômico empresarial de grande
importância. (GUIA DA PROFISSÃO FARMACÊUTICA, 2016)
Já é consolidado na literatura que a busca por informações se torna fundamental
nos dias atuais. O estudo demonstrou que a maioria dos profissionais entrevistados (93,3%),
6,7% 6,7%
6,7%
6,7%
6,7%
26,7%
33,3%
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relataram buscar atualizações do mercado de cosméticos, através de vários meios de
comunicação como internet, cursos, treinamento e livros (93,8%). (Figura 4 e 5).
Figura 4: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta da iniciativa por
busca de informações e atualizações sobre cosméticos dos profissionais gestores entrevistados
(n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de cosméticos na região central da cidade de
Tubarão SC.
Figura 5: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, dos meios de
informações e atualizações consultados sobre cosméticos pelos profissionais gestores
entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de cosméticos na região
central da cidade de Tubarão SC. (*Todos = livros, televisão, internet, cursos, treinamentos).
93,3%
93,8%
6,7 %
15
A importância do seguimento de produtos naturais está relacionada basicamente a
dois grandes temas: saúde e meio ambiente. No Brasil, o mercado de produtos naturais não
tem números exatos sobre sua dimensão, sendo considerado novo como setor varejista. O
mesmo autor afirma que a expansão desses produtos no comércio cresce a cada dia, assim
como os investimentos feitos por fabricantes de matérias-primas que podem ser observados
facilmente, dando ideia da prosperidade desse segmento. (GOMES, 2009)
O estudo de Gomes (2009), relata dificuldade em se chegar a uma definição, sobre
um produto considerado natural, pois há diferentes conceitos de acordo com o público que
trata o tema. Assim há a conceituação de produto natural para os estudiosos, cientistas e
pesquisadores, como químicos, biólogos e médicos, por exemplo; e para os vegetarianos ou
para os ambientalistas. Para o mercado consumidor, o público que interessa ao estudo,
tampouco há uma definição clara e objetiva.
A definição de cosméticos orgânicos, já está definida pelos certificadores IBD e
ECOCERT, porém observou-se neste estudo a carência de conhecimento, bem como aspectos
confusos no que diz respeito ao segmento de cosméticos naturais, da população entrevistada.
Em relação a presença de cosméticos naturais nos estabelecimentos comerciais
visitados, a maioria dos profissionais (53,3%), afirmaram ter a presença destes produtos
(Figura 6). Os equívocos no conceito de cosmético natural, também foi demonstrado em
nosso estudo. Fato que foi confirmado após ser realizada a pesquisa nos rótulos dos
cosméticos naturais (Tabela 1).
Este resultado demonstrou que os gestores atuantes entrevistados são carentes de
conhecimento sobre os conceitos designados aos cosméticos naturais, demonstrando saberes
equivocados, generalizando e incluindo nesta categoria todos os produtos que contem em sua
composição substâncias oriundas do reino vegetal. Ressaltando a importância de atualizações
neste setor, fato que terá como consequência a informação incorreta passada para o
consumidor.
16
Figura 6: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, dos profissionais
gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de cosméticos na
região central da cidade de Tubarão SC, quando questionados sobre: se havia presença de
cosméticos naturais no estabelecimento comercial visitado.
Nos produtos naturais e orgânicos incluem-se produtos frescos, processados ou
industrializados, como os artigos de beleza e cuidados pessoais, mas que sejam produzidos
com matérias-primas obtidas sob o modo de produção agroecológico e orgânico com práticas
de agricultura sustentáveis. (GOMES, 2009)
Por não existir legislação específica brasileira para que os cosméticos sejam
caracterizados como naturais ou orgânicos, deve-se buscar certificações de empresas privadas
que possuem critérios de avaliação internacionais, como exemplo os referenciais da francesa
ECOCERT, que caracteriza como cosmético orgânico, produtos que contenham 95% de
ingredientes naturais, dos quais 95% devem ser orgânicos e ao final da produção com adição
de água o total de ingredientes certificados orgânicos deve ser de 10%. (SEBRAE, 2012)
Quanto os cosméticos orgânicos nos estabelecimentos visitados, a maioria dos
entrevistados (66,7%) afirmaram não ter a presença dos mesmos (Figura 7). Contudo, para os
demais entrevistados (33,3%), essas normas não são bem esclarecidas, pois afirmam ter a
presença desses cosméticos nos estabelecimentos visitados, fato que foi confirmado através da
investigação da rotulagem.
53,3 %
46,7 %
17
Pode-se afirmar que há generalizações dos produtos que tem em sua composição
ativos naturais, porém observa-se um público leigo dos conceitos corretos e completos para os
cosméticos orgânicos.
Figura 7: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, dos profissionais
gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de cosméticos na
região central da cidade de Tubarão SC, quando questionados sobre: se havia presença de
cosméticos orgânicos no estabelecimento comercial visitado.
A falta de informação sobre composição e normas de rotulagens dos produtos
cosméticos orgânicos e/ou naturais, pode ser a causa de os profissionais equivocarem-se
quanto a identificação desses produtos. A IBD e a ECOCERT seguem a mesma linha de
classificação em vários itens, principalmente a respeito das matérias-primas (origem,
obtenção e purificação). Ressalta-se, ainda que o selo natural do IBD é diferente do orgânico,
apresentando informações mais claras sobre a composição do produto ao consumidor.
(KIELTYKA; VALENTIN; LUBI, 2017)
O conhecimento limitado da população entrevistada, observou-se que a maioria
(60%) relata identificar um cosmético orgânico e/ou natural, através de um selo de
identificação, porém, após ser investigados esses cosméticos em nosso estudo, verificou-se
que as rotulagens não se adéquam as exigências das certificadoras, conforme a tabela 1 e 2.
Entendendo-se que a população entrevistada demonstra equivocar-se quanto ao
reconhecimento da identificação do selo padronizado pelas certificadoras.
66,7 %
33,3 %
18
Figura 8: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, dos profissionais
gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de cosméticos na
região central da cidade de Tubarão SC, quando questionados sobre: como identificar
cosméticos orgânico e um cosmético natural.
Para classificar um cosmético orgânico, existe a obrigatoriedade de certificar
começando pela plantação ou extração da matéria original, livre de adubos artificiais ou morte
de animais, com estudos laboratoriais, redução da utilização da água na indústria além de
diminuir resíduos (contaminadores ou sólidos) e criar revestimentos ecológicos. É necessário
verificar e atender a todas estas especificações, tanto para os orgânicos quanto naturais,
variação devida à porcentagem de matérias-primas existentes. (KIELTYKA; VALENTIN;
LUBI, 2017)
Quem consome os produtos deste segmento infelizmente não sabe quando se trata
de algo com compostos orgânicos ou naturais, ou totalmente orgânicos, devido à rotulagem
incompleta. Certificar é imensamente importante, pois transmite fidedignidade ao comprador
além de garantir que está adquirindo produtos orgânicos certamente verdadeiros.
(KIELTYKA; VALENTIN; LUBI, 2017)
A importância dessa certificação é a segurança e garantia de qualidade. A maioria
dos profissionais (60%), relataram conhecer alguma certificadora, porém relatam não saber
suas atribuições (Figura 9). A IBD garante a qualidade dos produtos orgânicos/naturais, desde
a produção, controle de compra de matéria-prima, até o controle de qualidade do processo em
si. (INSTITUTO BIODINÂMICO, 2015)
60 %
40 %
19
Figura 9: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, dos profissionais
gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de cosméticos na
região central da cidade de Tubarão SC, quando questionados sobre: conhecem as
certificadoras de produtos naturais e orgânicos.
É de grande importância do profissional saber diferenciar o cosmético orgânico do
natural, a maioria (53,3%), afirmou saber diferenciar os mesmos, porém muitos dos
profissionais negaram (46,7%), saber distinguir esses cosméticos, conforme a figura abaixo
(Figura 10).
No estudo de Lima e seus colaboradores (2011), após entrevistarem consumidores
de produtos orgânicos, (62%) souberam a definição desta categoria e (54,05%) alegaram não
saber devido a falta de informação na rotulagem para diferenciar produtos orgânicos dos
demais. Acredita-se que o desconhecimento dos ingredientes que estão inclusos nos rótulos e
inclusive a dificuldade de identificá-los na composição, sejam empecilhos para a adoção da
prática de verificar a composição do produto cosmético e por fim deixar de adquiri-los.
(ISAAC, 2016)
Ainda, Gomes (2009) relata que atualmente, pode-se afirmar, sem medo dos
equívocos das generalizações, que o mundo está aberto a produtos mais saudáveis, mais
seguros e mais respeitadores do meio ambiente.
60 %
40 %
20
Figura 10: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, dos profissionais
gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de cosméticos na
região central da cidade de Tubarão SC, quando questionados sobre: conhecer a diferença de
cosmético orgânico e cosmético natural.
O consumidor orgânico está consciente das incertezas científicas e dos riscos que
os agrotóxicos podem causar à saúde humana e percebe a importância de valores como o
benefício coletivo. (LIMA et al, 2010)
Os gestores entrevistados relataram o baixo índice de preferência pelo segmento
de cosméticos orgânicos e/ou naturais (80%) (Figura 11). Estes dados estão em desacordo
com a literatura que afirma a grande expansão do mercado ecologicamente correto.
(SEBRAE, 2012)
No Brasil a produção orgânica ocupa 880.000 hectares, o que o torna o segundo
maior produtor de orgânicos do mundo, sendo que 70% de sua produção são para o mercado
externo (PEREIRA et al., 2008). Entretanto, segundo Darolt (2001), o sistema de produção
orgânica carece de organização, falta de planejamento de demanda, o que faz com que haja
restrição da oferta e obstáculo para os produtores.
53,3 %
46,7 %
21
Figura 11: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, dos profissionais
gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de cosméticos na
região central da cidade de Tubarão SC, quando questionados sobre: o consumidor tem
preferência por estes produtos (cosmético orgânico e cosmético natural).
Sobre o conhecimento dos profissionais em relação aos conceitos de cosméticos
naturais, observou-se que (73,3%) não sabem o conceito de cosmético natural ditado pelas
certificadoras (Figura 12). Já quanto ao conceito de cosméticos orgânicos, ditado pelas
certificadoras, observou a carência de conhecimento do mesmo, a maioria dos profissionais
(53,3%) (Figura 13).
80 %
20 %
22
Figura 12: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, dos profissionais
gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de cosméticos na
região central da cidade de Tubarão SC, quando questionados sobre: o conceito de cosméticos
naturais.
Figura 13: Gráfico representando a distribuição, em frequência absoluta, dos profissionais
gestores entrevistados (n=15), atuantes em estabelecimentos comerciais de cosméticos na
região central da cidade de Tubarão SC, quando questionados sobre: o conceito de cosméticos
orgânicos.
73,3 %
53,3 %
46,7 %
26,7 %
23
Tabela 1: Cosméticos naturais analisados em estabelecimentos comerciais da região central
da cidade de Tubarão SC, quanto ao parâmetro rotulagem de acordo com a ECOCERT e o
IBD e os principais desvios detectados:
Cosméticos
Principais Desvios
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Base em Pó * * * * * *
Batom * * * * * *
Lápis * * * * * *
Tinta de cabelo * * * * * *
Regenerador capilar * * * * *
Reconstrutor capilar * * * * *
Óleo essencial * * * * * *
Shampoo * * * *
Hidratante * * * *
Pós barba * * * *
Tônico Capilar * * * * * *
Base inteligente * * * * *
Condicionador * * * * * * *Principais desvios: (1)Número de registro do produto; (2) Lote ou partida; (3) Conteúdo; (4) País de origem (5)
Fabricante/Importador/Titular; (6) Domicilio do fabricante/Importador/Titular; (7) Modo de uso;(8) Advertência
e Restrições de uso (se for o caso); (9) Rotulagem específica; (10)Ingredientes/Composição; (11) Frases de
advertência; (12) Denominações que permitem a identificação do referencial; (13) Reivindicação das
caractrísticas essenciais da norma (X% do total dos ingredientes que são oriundos da agricultura Natural);(14)
Indicações relativas aos ingredientes orgânicos composto na composição;(15) Selo ‘’IBD Ingredientes
Naturais”;(16) Recomendações referentes à compreensão dos componentes;(17) Menções facultativa relativas à
certas exigências do referencial: • a não utilização de produtos etoxilados e glicóis; • a não utilização de testes
dos produtos finais em animais; • a não utilização de ácido para-hidroxibenzóico e seus ésteres.
FONTE: Elaboração das Autoras,2018
24
Tabela 2: Cosméticos orgânicos analisados em estabelecimentos comerciais da região central
da cidade de Tubarão SC, quanto ao parâmetro rotulagem de acordo com a ECOCERT e o
IBD e os principais desvios detectados:
Cosméticos
Principais Desvios
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
Tinta de Cabelo * * * * * *
Base Facial * * * * * * *
Reconstrutor Capilar * * * *
Condicionador * * * * *
*Principais desvios: (1)Número de registro do produto; (2) Lote ou partida; (3) Conteúdo; (4) País de origem (5)
Fabricante/Importador/Titular; (6) Domicilio do fabricante/Importador/Titular; (7) Modo de uso;(8) Advertência
e Restrições de uso (se for o caso); (9) Rotulagem específica; (10)Ingredientes/Composição; (11) Frases de
advertência; (12) Denominações que permitem a identificação do referencial; (13) Reivindicação das
caractrísticas essenciais da norma (X% do total dos ingredientes que são oriundos da agricultura Natural);(14)
Indicações relativas aos ingredientes orgânicos composto na composição;(15) Selo ‘’IBD Ingredientes
Orgânicos”;(16) Recomendações referentes à compreensão dos componentes;(17) Menções facultativa relativas
à certas exigências do referencial: • a não utilização de produtos etoxilados e glicóis; • a não utilização de testes
dos produtos finais em animais; • a não utilização de ácido para-hidroxibenzóico e seus ésteres.
FONTE: Elaboração Autoras, 2018
Estas diretrizes foram desenvolvidas pela Associação de Certificação Instituto
Biodinâmico - IBD devido à crescente procura por produtos de saúde e beleza orgânicos ou
naturais, certificados dentro do sistema internacionalmente conhecido e aceito de certificação
terceirizada, ou seja, por um órgão de certificação independente. (IBD,2014)
Como não existem, ainda, normas, leis ou diretrizes nacionais ou internacionais de
regulamentação de certificação orgânica estabelecidas e mundialmente reconhecidas para
produtos de beleza, estas diretrizes devem ser vistas como um documento que será
constantemente aperfeiçoado e adaptado às realidades nacional e internacional, de forma
transparente e acessível a todos os interessados. (IBD,2014)
Com a entrada no Brasil em vigor da Lei 10.831 e Decreto 6.323 e Instruções
Normativas relativas à esta lei, estas normas foram adaptadas a atender os critérios de
concentração mínima de ingredientes orgânicos nas classificações “ORGÂNICO” e “FEITO
COM INGREDIENTES ORGÂNICOS”. (IBD,2014)
Até que as autoridades nacionais editem regulamentação específica, estas normas
ficarão neste formato. Por enquanto a política do IBD é promover a certificação de cosméticos
25
orgânicos, principalmente para exportação. Para o mercado interno, até que o governo se
pronuncie a respeito, a política do IBD é de promover a certificação de cosméticos
NATURAIS oferecendo ao mercado o selo “INGREDIENTES NATURAIS” do IBD.
(IBD,2014)
A Ecocert Greenlife se compromete a informar por todos os meios as empresas
comprometidas a respeitar o referencial, sobre as alterações realizadas no mesmo, os termos
de execução e a disponibilizar a versão atualizada do referencial no site da Ecocert.
(ECOCERT, 2012)
O presente referencial deve ser considerado um documento em evolução, que
pode ser atualizado e melhorado constantemente. No caso de modificação do referencial, a
Ecocert Greenlife se empenha em definir e comunicar um período de transição. Nenhuma
retirada de produtos já existentes no mercado não será exigida (exceto no caso de exigência
legal), desde que os produtos estejam em conformidade com a versão anterior do referencial.
(ECOCERT, 2012)
26
6 CONCLUSÃO
Verificou-se que os conhecimentos dos profissionais entrevistados atuantes em
estabelecimentos comerciais de cosméticos da região central de Tubarão SC, possuem
carência quanto aos conhecimentos de cosméticos orgânicos e naturais, pois ocorre muitos
equívocos que acabam generalizando esses produtos;
A ANVISA não reconhece estes produtos, portanto não há uma legislação
nacional vigente, ficando esta atribuição as certificadoras IBD e ECOCERT;
Através do estudo pode-se conhecer os parâmetros estabelecidos pelos órgãos
competentes para a identificação do segmento e a rotulagem;
Há necessidade de maior esclarecimento sobre os cosméticos naturais e/ou
orgânicos para os profissionais atuantes nos estabelecimentos comerciais de cosméticos da
região central de Tubarão SC, para poder passar informações corretas e completas aos
consumidores.
27
ORGANIC AND NATURAL COSMETICS: ANALYSIS OF THE PROFILE OF
PROFESSIONALS ATTRIBUTED TO COMMERCIAL AND LABELING
ESTABLISHMENTS
Introduction: Natural cosmetic products have formulations made with authorized and
certified ingredients. They differ from organic cosmetics in the content of organic components
present in the formulation. Labeling is one of the main steps in the packaging process and
should contain all the information necessary for the product to be used properly. Objective:
The objective of this study was to analyze the profile of the knowledge about organic and
natural cosmetics of professionals working in commercial establishments, as well as the
labeling of products according to current norms. Methodology: The research carried out
covered the population of professionals working in commercial cosmetic establishments in
the central region of Tubarão SC. Using a data collection instrument, the variables collected
were: gender, age, education, search for information about products, identification of organic
cosmetics and concepts on organic and natural cosmetics. After the ethical considerations, the
data collection was done through interviews with the participants that meet the inclusion
criteria in the research. Product labels were analyzed for current standards. The data collected
was stored in a database in the Microsoft Excel® program. Results: We interviewed n = 15
managers of the commercial establishments of cosmetics visited. As for the search for updates
on organic and natural cosmetics of these professionals, they seek updates (93.3%), in relation
to the presence of natural cosmetics (53.3%), and organic cosmetics (33.3%). Since these
cosmetics present do not meet the requirements of the certifiers. Most of the interviewees
(60%) reported identifying an organic and/or natural cosmetic, through the identification seal,
claimed to have the knowledge (60%), on the certifiers, to differentiate an organic and/or
natural cosmetic (53, 3%). On the concepts of natural cosmetics (73.3%) and organic (53.3%),
do not know the concept of both. Conclusion: There is a lack of clarification for managers in
relation to organic and natural cosmetics, since it does not obtain legislation recognized by
ANVISA, the lack of these products in the cosmetics trade becomes greater.
Keywords: organic cosmetics, natural cosmetics, labeling.
28
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DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 7, 10 DE FEVEREIRO DE 2015. 2015.
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31
APÊNDICE 1
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
ISABELLA JUSTINO MIRANDA
JÚLIA HELENA DA SILVA
ORIENTADORA: SIMONY DAVET MÜLLER, DRA.
COSMÉTICOS ORGÂNICOS E NATURAIS: ANÁLISE DO PERFIL DOS
PROFISSINAIS ATUANTES EM ESTABELICIMENTOS COMERCIAIS E DA
ROTULAGEM
Parte 1: Dados dos entrevistados
1. Nome:_______________________________________
2. Gênero: Masculino ( ) Feminino ( ) Idade:______
3. Escolaridade: Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Curso técnico ( )
Curso Superior ( ) Completo ( ) Incompleto ( ) Outros ( )
4. Profissão: _________________________ 5. Busca informações/atualizações sobre cosméticos? Sim ( ) Não ( )
6. Através de: Livros ( ) Internet ( ) Cursos ( ) Treinamentos oferecidos por empresas ( )
Outros ( )
Parte 2: Dados sobre o conhecimento de cosméticos naturais e cosméticos orgânicos
1. Neste estabelecimento tem cosméticos naturais? Sim ( ) Não ( );
2. Neste estabelecimento tem cosméticos orgânicos? Sim ( ) Não ( );
3. Como você identifica estes produtos? Selo de identificação ( ), Embalagem ( ),
Composição ( );
4. Você sabia que existem órgãos, (ECOCERT e Instituto Biodinâmica (IBD)), que
certificam e inspecionam os cosméticos naturais e os cosméticos orgânicos?
Sim ( ) Não ( );
5. Você sabe a diferença de cosmético orgânico e cosmético natural? Sim ( ), Não ( );
6. O consumidor tem preferência por estes produtos? Sim ( ), Não ( );
7. O que você entende sobre cosmético natural?
( ) Os cosméticos naturais têm em sua fórmula 5% de matéria-prima certificada como
orgânica e podem ser extraídas da agricultura convencional e do extrativismo, já os outros
95% da formulação podem ser compostos por matérias-primas não certificadas, porém
permitidas para formulações naturais. ( ) São cosméticos que possuem em sua composição somente substâncias naturais;
( ) Não oferecem risco algum para o consumidor;
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( ) São livres de agrotóxicos.
8. O que você entende sobre cosmético orgânico?
( ) Os cosméticos à base de matérias-primas orgânicas devem ter no mínimo 70% e no
máximo 95% dos componentes da formulação certificadas como orgânicos, descontando água
e sal e o restante dos componentes da formulação podem ser provenientes da agricultura
convencional e do extrativismo. ( ) São cosméticos que possuem em sua composição somente substâncias naturais; ( ) Não oferecem risco algum para o consumidor;
( ) São livres de agrotóxicos.