XVII REUNIÃO da SPA-SPPInfeções e Infantários
15 de Novembro de 2014
Critérios de Exclusão
Manuel SalgadoHospital Pediátrico
Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC)
Manuel SalgadoHospital Pediátrico
Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC)
Critérios de Exclusão de Crianças das Creches, Jardins de Infância e
Escolas por Virtude de Doenças Infeciosas.
XVII REUNIÃO da SPA-SPPInfeções e Infantários
15 de Novembro de 2014
Sumário1. Definição Exclusão = Evicção
2. Incidência de Infeções Banais Benignas nas CJIE
3. Evicção desnecessário e absentismo dos pais ao trabalho
4. Decreto-Lei da Evicção Escolar – tem Perspetivas Insuficientes na Exclusão por Profissionais Educação.
5. Perspetiva de Comissões / versus Delatores
6. Algumas críticas a alguns Dogmas
7. 4 grandes grupos de Critérios de Exclusão (A,B,C,D)
8. “As minhas Recomendações”.
“Expulsar com o apoio da lei”.
Salgado NS, Salgado M. Parecer jurídico sobre evicção das creches, jardins-de-infância, escolas e piscinas colectivas por virtude de doenças infecto-contagiosas. Saúde Infantil 2012;34(2):8-20.
Definição de Evicção:
• “Afastamento legal dos alunos das Creches, Jardins de Infância, Escolas (CJIE) por Doenças Infecto-Contagiosas (DIC), sem dar lugar a faltas”.
• “Exclusão ou afastamento temporário de forma a evitar ou minimizar os contágios das DIC”.
Definição de Exclusão = Evicção por Virtude de Doenças InfetoContagiosas
Salgado NS, Salgado M. Parecer jurídico sobre evicção das creches, jardins-de-infância, escolas e piscinas colectivas por virtude de doenças infecto-contagiosas. Saúde Infantil 2012;34(2):8-20.
• São conhecidos cerca de 1.000 vírus capazes de induzir doenças em humanos .1
• Comparativamente às crianças que ficam ao cuidado dos familiares, as que frequentam regularmente as creches e jardins-de-infância adoecem pelo menos 2 a 3 vezes * mais vezes com DIAB = “Daycaritis”.
* Num estudo – “18 vezes mais”
1. Barker J, Stevens D, Bloomfield SF. Spread and prevention of some common viral infections in
community facilities and domestic homes. J Appl Microbiol 2001;91:7-21.
Doenças Infeciosas Agudas Benignas(DIAB):
• Todas as doenças infeciosas são contagiosas; • Só algumas são potencialmente graves.
• Só as potencialmente graves justificarão a evicção sistemática.
• A larga maioria das infeções contraídas pelas crianças são DIAB são autolimitadas e cursam com sintomas que não justificam a exclusão das crianças de locais públicos, por razões de saúde, tanto para as mesmas como para os conviventes.
Doenças Infeciosas Agudas Benignas(DIAB):
Clinical Pediatric Emergency Medicine 2013; 14 (2): 79-87
Bailey, P. Daycaritis. Clin Pediatr Emerg Med 2013; 14 (2): 79-87
Bailey, P. Daycaritis. Clin Pediatr Emerg Med 2013; 14 (2): 79-87
Bailey, P. Daycaritis. Clin Pediatr Emerg Med 2013; 14 (2): 79-87
Bailey, P. Daycaritis. Clin Pediatr Emerg Med 2013; 14 (2): 79-87
Bailey, P. Daycaritis. Clin Pediatr Emerg Med 2013; 14 (2): 79-87
Bailey, P. Daycaritis. Clin Pediatr Emerg Med 2013; 14 (2): 79-87
Clinical Pediatric Emergency Medicine 2013; 14 (2): 79-87
Alguns pais …≈ 1 mês de absentismo/ num ano
Bailey, P. Daycaritis. Clin Pediatr Emerg Med 2013; 14 (2): 79-87
Taxas de Absentismo Anual (por
Exclusão) das crianças das CJIE por
DIAB:
• Variável de instituição para instituição;
• Médias entre 3,9 dias a 11,4 dias
Absentismo (dias / ano) das crianças:– 3 vezes superior nalgumas instituições
4 12X 3 =
Dogmatismo
Bom sensoDogmatismo
Bom senso
Taxas de Absentismo Anual (por
Exclusão) das crianças das CJIE por
DIAB:
Da maior abrangência nas exclusões das creches, jardins-de-infância e escolas (CJIE) não se verificam reais benefícios, nem para as crianças excluídas, nem para os conviventes destas.2,12,13,16,18-21,36-45
Salgado M. Critérios de exclusão de crianças das creches, dos jardins de infância e das escolas por virtude de doenças infeciosas. Saúde Infantil 2012;34(2):21-8.
18 referências
Não Benefícios da Maior Exclusão
• Absentismo desnecessário dos pais ao trabalho
• Eventuais conflitos laborais, que poderão culminarnum eventual prejuízo se emprego precário, …
• Prejuízos socioeconómicas em cadeia: - despesas inúteis em saúde; - consumismos em serviços de saúde;- absentismo à escola;- etc.
Consequências da Evicção Desnecessária
A vontade de não faltar ao trabalho e/ou às
próprias actividades profissionais / escolares,
pesou mais na decisão dos pais de recorrerem
aos cuidados de saúde por doenças agudas
banais dos filhos, do que as reais preocupações
com o estado de saúde dos filhos.5
5. Voigt RG, Johnson SK, Hashikawa AH et al. Why parents seek medical evaluations for
their children with mild acute illness. Clin Pediatr (Phila) 2008;47(3):244-51.
Preocupações dos pais:
Num país (EUA) com regras bem definidas de evicção de crianças das CJIE e das IDL, por 7 crianças excluídas, 6 crianças foram-no indevidamente.6
Exclusão Indevida:
Bem
Mal
Mal = 86%
6. Copeland KA, Harris EN, Wang N-Y, Cheng TL. Compliance with American Academy of Pediatrics and American Public Health Association illness exclusion guidelines for child care centers in Maryland: who follows them and when? Pediatrics 2006;118(5):e1369-80.
Sumário1. Definição Exclusão = Evicção
2. Incidência de Infeções Banais Benignas nas CJIE
3. Evicção desnecessário e absentismo dos pais ao trabalho
4. Decreto-Lei da Evicção Escolar – tem PerspetivasInsuficientes na Exclusão por Profissionais Educação.
5. Perspetiva de Comissões / versus Delatores
6. Algumas críticas a alguns Dogmas
7. 4 grandes grupos de Critérios de Exclusão (A,B,C,D)
8. “As minhas Recomendações”.
Aplicação do Decreto-Lei
• Implica um diagnóstico
• Consequentemente é dirigido médicos (em 1º lugar), e só depois a outros profissionais
• A sua aplicabilidade:
– Depende de decisão médica
– É diferida em relação ao “momento crítico” da constatação da doença pelo profissional de educação
• Todos os cidadãos / profissionais (saúde, educação,
etc.) estão obrigados ao seu cumprimento.
“Ninguém pode invocar a ignorância da lei”
• “Todo o profissional tem a obrigação de saber os deveres e os
direitos com que exerce e rege a sua atividade no dia a dia”.
• “Nenhum profissional … pode invocar que não conhece a lei …”.
• “Nenhum cidadão pode invocar que desconhecia …”.
• “Todos têm obrigação de a conhecer”!!!
Drª Inês Maurício(advogada da SPP)Lisboa 15.01.2014
Bases para a Exclusão “Ordenada” por Profissionais de Educação
• A) Capacidades da criança em participar nas atividades de grupo
• B) Na disponibilidade desses profissionais em assegurarem as atividades educativas às restantes crianças
• C) Manifestações clínicas (sinais e sintomas) e sua gravidade no imediato (“Base Clínica”)
Os Critérios de Exclusão de Crianças com doenças Infeciosas não se esgotam no
Decreto-Lei.Ultrapassarão SEMPRE, e em MUITO,
qualquer Decreto-Lei.
Embora complementares, os OBJETIVOS e a ABORDAGEM terão de ser SEMPRE MAIS
EXTENSIVOS que o Decreto-Lei.
Exclusão “Ordenada” por Profissionais de Educação
Se os pais, os PS e os PE das CJIE discordarem nas razões para a exclusão, e estas assentarem: A) Na capacidade da criança para participar, ouB) Na disponibilidade desses profissionais em assegurarem as atividades educativas às restantes crianças; Os profissionais de educação são SEMPRE soberanos na sua decisão. … Mas não são soberanos na “Base Clínica”.
Ambiguidades entre profissionais de educação (PE) e de saúde (PS) na exclusão
de crianças das CJIE por virtude de DIC:
“Moral de Rebanho”
Friedrich Nietzsche
(1844 – 1900)
“A verdade e a mentira são construções que
decorrem da vida no rebanho e da linguagem
que lhe corresponde. O homem do rebanho
chama de verdade aquilo que o conserva
no rebanho e chama de mentira aquilo que
o ameaça ou exclui do rebanho. [...]
Portanto, em primeiro lugar, a verdade é a
verdade do rebanho.”
Sumário1. Definição Exclusão = Evicção
2. Incidência de Infeções Banais Benignas nas CJIE
3. Evicção desnecessário e absentismo dos pais ao trabalho
4. Decreto-Lei da Evicção Escolar – tem Perspetivas Insuficientes na Exclusão por Profissionais Educação.
5. Perspetiva de Comissões / versus Delatores
6. Algumas críticas a alguns Dogmas
7. 4 grandes grupos de Critérios de Exclusão (A,B,C,D)
8. “As minhas Recomendações”.
Rubéola
• Das doenças mais benignas da idade pediátrica
• Grave na grávida não imune obrigatória a aquisição (pre-concepcional) da imunidade
• Potencialmente incómoda no jovem e adulto:
– Artrite / artralgias, …
• A vacinação universal ≈ 100% dos diagnósticos atuais são ERROS de diagnóstico.
• Indicada a vacinação dos Profissionais de Educação
• Porquê a Exclusão no século XXI?
Parotidite Epidémica (PE)
• Doença rara no século XXI
• >90% são erros de diagnósticos (Adenites bacterianas)
• O mais frequente é a Parotidite Recorrente Idiopática
Parotidite Recorrente
Outubro 2014
Parotidite Epidémica (PE)
• Vacinação Universal raros os casos de PE
• Complicações:
– Meningite, Meningoencefalite, Encefalite raras e de bom prognóstico
– Epididimo-orquite – quase nunca < 13 anos
– Pancreatite,,,
• Nos últimos 30 anos quantos casos de complicações da PE no HPC? Não me lembro de nenhum
• Para quê a exclusão por Parotidite no século XXI?
Sinais de alerta: Celulite + prostração
VARICELA:
Reparar que está em fase de crosta
04004679
Piomiosite por
Strept. pyogenes
♂, 21 M
Reparar que está em fase de crosta
Com dores intensas
• 2ª casos num família – maior inóculo pior a doença
• Exclusão pelo receio de “segundos Casos” nos Jardins de Infância?
Não!!! Existem outras medidas!!!
♀, 8 M
D5 doença
Varicela
• Relativamente benigna na criança
• Potencialmente grave / muito grave:
– Grávida
– Feto (1º trimestre)
– Récem-nascido
– Adulto
– Adolescente
Portanto toda a mulher (e todo o adolescente) deverá adquirir imunidade até aos 12 anos de idade.
Varicela
• Pelo menos a mulher fértil tem que estar imune
(= ter apanhado já a varicela) antes de engravidar.
• Mas quando houver uma potencial fonte de infeção, tem fugir dela.
• Qual é a lógica??
As crianças com doença ligeira (varicela) poderão voltar à escola ou infantário (ou nunca de lá sair) desde que capazes de participar normalmente nas atividades, independentemente da fase do exantema.
Varicela e Exclusão - Parecer da Sociedade Canadiana de Pediatria, 1999.
http://www.health.gov.on.ca/en/pro/programs/publichealth/oph_standards/docs/chickenpox_chapter.pdf
Início do Contágio:
• 2 dias antes …• Nalgumas crianças
até 5 dias antes…
http://www.health.gov.on.ca/en/pro/programs/publichealth/oph_standards/docs/chickenpox_chapter.pdf
Início do Contágio:
• 2 dias antes …• Nalgumas crianças
até 5 dias antes…
Region Of Waterloo Public Health Infectious Disease Program. Guidelines for Preeventionand Management of Onfectious Diseases in Schools. October 2014. http://www.chd.region.waterloo.on.ca/en/healthyLivingHealthProtection/resources/IDPreventionManagement_
SchoolGuidelines.pdf.
Conjuntivites e Exclusão
• Ora o risco de complicações é quase exclusiva das conjuntivites a Adenovírus (virusal) que é a mais comum das conjuntivites virusais, e por Herpessimplex .
• Recomendada a exclusão de > 7 dias nos surtos de conjuntivite a Adenovírus.
Rinofaringite bacteriana Conjuntivite bacteriana
• Streptococcus pneumoniaie • Streptococcus pneumoniaie
• Haemophilus influenzaenão tipável
• Haemophilus influenzaenão tipável
• Moraxella catarrhalis • Moraxella catarrhalis
• Staphylococcus aureus • Staphylococcus aureus
Rinofaringite virusal Conjuntivite virusal
• Rinovírus • Adenovírus
• Influenza • Vírus herpes simplex
• Parainfluenza • Influenza
• Adenovírus
Etiologias da Conjuntivite / Rinofaringite
Um estudo prospectivo sobre conjuntivites purulentas, em idade pediátrica, que comparou doentes medicados com cloranfenicol tópico versus placebo, mostrou uma resolução média em 5,0 dias nos medicados versus 5,4 dias nos que fizeram placebo;11
Vale a pena tratar as conjuntivites bacterianas? Não!
11. Rose P W, Harnden A, Brueggemann et al. Chloramphenicol treatment for acute infectiveconjunctivitis in children in primary care: a randomized double-blind placebo-controlled trial. Lancet 2005;366:37-43.
Etiologias Infeções Respiratórias Altas
BACTÉRIAS Otite média
Sinusite
Rinofaringite
Conjuntivite
Saudáveis
• Streptococcus pneumoniae ++++ ++++ ++++ +++ 61%
• Haemophilus influenzae NT ++ ++ ++ ++ 17%
• Moraxella catarrhalis ++ ++ ++ ++ 67%
• Staphylococcus aureus + + + + 15%
• Streptococcus pyogenes - + + - 17%
VÍRUS
• Rinovírus +++ +++ ++++ -
• Influenza ++ ++ ++ ++ -
• Parainfluenza ++ ++ +++ -
• Adenovírus + + + ++++ -
• Vírus herpes simplex + -
Sintomáticos
Podem frequentar o jardim de infância?
“SIM” !!!
“NÃO” !!!
“SIM” !!!
“NÃO” !!!Não se entende a dualidade de
critérios
Ireland
Sumário1. Definição Exclusão = Evicção
2. Incidência de Infeções Banais Benignas nas CJIE
3. Evicção desnecessário e absentismo dos pais ao trabalho
4. Decreto-Lei da Evicção Escolar – tem Perspetivas Insuficientes na Exclusão por Profissionais Educação.
5. Perspetiva de Comissões / versus Delatores
6. Algumas críticas a alguns Dogmas
7. 4 grandes grupos de Critérios de Exclusão (A,B,C,D)
8. “As minhas Recomendações”.
• 1. Fédération Fribourgeoise des Crèches et Garderies . Prevention des maladies infectieusesdans les structures d’ accueil de la peptite enfance. Sérvice du Médecin Cantonal; Sérvice de l’Enfance et de la Jeunesse: secteur des milieux d’accueil. Dernière mise à jour25.02.2011. Acessible en: http://www.fr.ch/smc/files/pdf30/manuel_prevention_maladies_infectieuses_110301_f.pdf.• 2. Aronson SS, Shope TR. Managing Infectious Diseases in Child Care and Schools. A Quick Reference Guide, 3nd edition. American Academy of Pediatrics, Elk Grove Village, 2013.• 3. Salgado M. Critérios de exclusão de crianças das creches, dos jardins de infância e das escolas por virtude de doenças infeciosas. Saúde Infantil 2012;34(2):21-8 • 4. Salgado N, Salgado M. Parecer jurídico sobre evicção das creches, jardins-de-infância, escolas e piscinas coletivas por virtude de doenças infecto-contagiosas. Saúde Infantil 2012; 34 (2): 8-20.5. Shope TR, Hashikawa NA. Exclusion of Mildly Ill Children From Childcare. Pediatric Annals2012;41(5):294-8.6. Mahoney D. AAP Updates Guidelines for Infectious Disease Exclusions. Pediatr News 2009;44(2): http://www.pediatricnews.com/single-article/aap-updates-guidelines-for-infectious-disease-exclusions/41e5cf83e0e665871c91a0963199da3b.html.7. Grossman LB. Infection Control in the Child Care Center and Preschool. DemosMedical. New York. 2012.
Principal Bibliografia:
8. Pelaud N, Wyler-Lazarrevic CA, Freudweiler C, Lambet C, Maire-Amiot A. Prevention des MaladiesInfectieuses et Mesures d’Hygiene dans les Instituitions de la Petite Enfance – IPE. République et Canton de Geneve. Département de l'Instruction Publique, de la Culture et du Sport. Office de l'Enfance et de la JeunesseService de Santé de l'Enfance et de la Jeunesse. 5ème édition / Septembre 2014http://edu.ge.ch/ssj/spip.php?article279http://svrintranet/portal/.
9. Commission Spécilisée Maladies Transmissibles. Haut Conseil de la Santé Publique. Survenue de las Maladies Infectieuses dns une Collectivité. Conduites à tenir. Collection Avis et Report. 28 Septembre 2012. http://nosobase.chu-lyon.fr/recommandations/hcsp/2012_maladieinfectieusecollectivite_HCSP.pdf.
10. Vaudaux B, Anderau R, Duperrex O, et al. Recommandations romandes et tessinoises d’éviction(pré)scolaire pour maladie transmissible, 2005. http://www.vd.ch/fileadmin/user_upload/organisation/dfj/sesaf/odes/Documentation/evictions_scolaires_romandie_et_tessin_04_07_2005.pdf
11. Comité de Prévention des Infections dans les Services de Garde à l’Enfance du Québec (CPISGEQ). Santé etServices Sociaux. Quebéc, Canada. Prévention et Contrôle des Infections dans Les Services de Garde a l’ Enfant. Guide d’ Intervention. Mise à Jour Novembre 2012. http://publications.msss.gouv.qc.ca/acrobat/f/documentation/2010/10-284-01.pdf.
12. Office de la Naissance et de l’ Enfance (ONE). La Santé dans les Milieux d’Accueil de la Petite Enfance. 2011. Belgique. http://www.one.be/uploads/tx_ttproducts/datasheet/Sante_ds_les_MA.pdf.
Principal Bibliografia:
Indicações para exclusão de crianças com DICdas CJIE ou dos espaços de lazer:
A – Doenças que, na interpretação do profissional de educação, impeçam a participação confortável da criança nas atividades do grupo.B – Doenças que exigem mais cuidados para a criança doente do que o staff da instituição pode proporcionar, com risco de comprometer a saúde e segurança das restantes crianças.C – Doenças com risco acrescido de contágio e de consequente doença às restantes crianças (as que constam em Decreto-Lei).D – Presença de sinais e/ou sintomas cuja intensidade ou potencial gravidade exijam cuidados médicos e/ou vigilância apertada.
• D.1) Presença dos seguintes sinais e/ou sintomas cuja intensidade ou potencial gravidade exijam cuidados médicos e/ou vigilância apertada:
• Má impressão clínica - “Parecer estar muito doente”• Febre associada a:- Idade inferior a 4 meses;- Alteração comportamento e/ou do estado de consciência; - Prostração *;- Vómitos repetidos / incoercíveis fora das refeições- Exantema / erupção de início muito recente (1º e 2º dias)- Petéquias, equimoses- Palidez de início súbito / rápido- Convulsão.
Recomendações da FFCG (Suíça) (2006 – actualizados 2011), do AAP (2009): Devem ser EXCLUÍDAS se: 1
• D.2) Sintomas ou sinais (isolados) de potencial doença grave e/ou perturbadora do bem-estar:
- Sonolência progressiva ou excessiva- Letargia (≈ excessivamente sonolento e pouco reactivo) - Prostração- Gemido, choro ou irritabilidade mantidos / intermitentes- Dores mantidas, intermitentes e/ou intensas- Convulsão- Rigidez da nuca- Exantema se associado a febre e/ou a alteração do
comportamento e/ou do estado de consciência - Aftas orais / inflamação na boca com sialorreia
Recomendações da FFCG (Suíça) (2006 – actualizados 2011), do AAP (2009): Devem ser EXCLUÍDAS se: 2
• D.2) Sintomas ou sinais (isolados) de potencial doença grave e/ou perturbadora do bem-estar (cont.):
- Sinais de dificuldade respiratória: polipneia, adejo nasal, gemido expiratório, tiragem, cianose.
- Incapacidade em falar- Tosse perturbadora* (para a criança) - Rectorragias (fezes com sangue abundante)- Melenas (fezes cor de alcatrão)- Vómitos repetidos (fora das refeições)- Vómitos com sangue- Diarreia profusa- Sede intensa- Icterícia (pele e conjuntivas cor amarela)
Rectorragia
Recomendações da FFCG (Suíça) (2006 – actualizados 2011), do AAP (2009): Devem ser EXCLUÍDAS se: 3
• A) Doenças que, pela interpretação dos profissionais de educação, impeçam a participação da criança nas actividades de grupo:
• B) Doenças que exigem mais cuidados dedicados à criança doente do que o staff da instituição podem proporcionar, com risco de comprometer a saúde e a segurança das restantes crianças;
• C)
Recomendações da FFCG (Suíça) (2006 – actualizados 2011), do AAP (2009): Devem ser EXCLUÍDAS se: 4
Os profissionais de educação deverão especificar o grau de severidade das manifestações da doença em 3 graus:• Grau 1: a criança apesar de estar doente, manifesta interesse pelas actividades e tem envolvimento total nas actividades, e não apresenta sintomas sistémicos de doença (exemplos hiperémia nas conjuntivas, exantema macular não febril, varicela não febril);• Grau 2: quando as crianças reduzem a sua actividade habitual normal, pela presença de sintomas sistémicos – exemplo por ter febre baixa.• Grau 3: as crianças que manifestam pouca vivacidade e actividade, com sinais e/ou sintomas que impedem o seu envolvimento nas actividades do grupo.9
Critérios de exclusão temporária de crianças das CJIE e IDL por motivo de DIA: recomendações da FFCG (Suíça) (2006 –
actualizados 2011), do AAP (2009):
9. Sosinsky LS, Gilliam WS. Child care. In: Kliegman RM, Behrman RE, Jenson HB, Stanton B. Nelson Textbook of Pediatrics, 18th edition. Philadelphia, 2007:81-6.
• C) Doenças com risco acrescido de contágio e consequente doença às restantes crianças - existem actualizações recentes sobre este grupo de doenças; em Tabela, de forma comparativa, descriminam-se as recomendações actuais da FFCG e do AAP.
Grupo c) Minoria – as incluídas na Lei da evicção
Recomendações da FFCG (Suíça) (2006 – actualizados 2011), do AAP (2009): Devem ser EXCLUÍDAS se: 5
Recomendações do AAP 8
(exige Evicção temporária?)
Recomendações da FFCG 7
(exige Evicção temporária?)
Amigdalite
estreptocócica
Sim até 24 horas após o início
do tratamento antibiótico e fim
da febre
Sim; até 24 horas após o início do
tratamento antibiótico
Conjuntivite
bacteriana
Não; nem medicação a) Não; recomendado o tratamento
antibiótico tópico
Conjuntivite por
adenovírus a)
Sim Sim; até declaração médica de
que não representa risco de
contágio a)
Cólera Omisso b) Sim; até à declaração médica de
que não representa risco de
contágio b)
Dermatite perianal
estreptocócica
Omisso Sim; até 24 horas após o início do
tratamento antibiótico
Doenças com risco acrescido de contágio e consequente doença às restantes crianças; Recomendações da FFCG (Suíça) (2006 –
actualizados 2011), do AAP (2009)Grupo c) Minoria –incluídas na lei da evicção
♂, 5 anosZaragatoa: cultura positiva para Streptococcus pyogenes
Dermatite Estreptocócica Perianal
Recomendações do AAP 8
(exige Evicção temporária?)
Recomendações da FFCG 7
(exige Evicção temporária?)
Diarreia -
gastroenterite
aguda (GEA) (ver
excepções)
Sim se as dejecções saírem
da fralda, a criança não
controla as fezes ou se se
aplicar qualquer dos critérios
A, B ou D
Não nas restantes situações
Sim, até parar a diarreia mas não
é obrigatório;
Não se a instituição tem as
capacidades de assegurar os
cuidados higiénicos;
Diarreia aguda por
Salmonella spp,
Shigella spp
Sim se as dejecções saírem
da fralda, a criança não
controla as fezes ou se se
aplicar qualquer dos critérios
A, B ou D;
Não nas restantes situações
Sim, até cessar a diarreia mas
NÃO é obrigatório;
NÃO se a instituição tem
capacidades de assegurar os
cuidados higiénicos;
Diarreia aguda a
norovírus
Omisso Sim; até 48 horas após o término
da diarreia
Doenças com risco acrescido de contágio e consequente doença às restantes crianças; Recomendações da FFCG (Suíça) (actualizados
2011), do AAP (2009):Grupo c) Minoria –incluídas na lei da evicção
As crianças não o fazem Impossível contágio dos agentesdas gastroenterites (pela fralda)
O contágio é realizado (ou evitado) pelas mãos dos cuidadores.A criança com diarreia não tem culpa pelos contágios. Sim o adulto.
Recomendações do AAP 8
(exige Evicção temporária?)
Recomendações da FFCG 7
(exige Evicção temporária?)
Diarreia -
gastroenterite
aguda (GEA) (ver
excepções)
Sim se as dejecções saírem da
fralda, a criança não controla as
fezes ou se se aplicar qualquer
dos critérios A, B ou D
Não nas restantes situações
Sim, até parar a diarreia mas NÃO
é obrigatório;
Não se a instituição tem as
capacidades de assegurar os
cuidados higiénicos;
Diarreia aguda por
Salmonella spp,
Shigella spp
Sim se as dejecções saírem da
fralda, a criança não controla as
fezes ou se se aplicar qualquer
dos critérios A, B ou D;
Não nas restantes situações
Sim, até parar a diarreia mas NÃO
é obrigatório;
NÃO se a instituição tem
capacidades de assegurar os
cuidados higiénicos;
Diarreia aguda a
norovírus
Omisso Sim; até 48 horas após o término
da diarreia
Doenças com risco acrescido de contágio e consequente doença às restantes crianças; Recomendações da FFCG (Suíça) (actualizados
2011), do AAP (2009):Grupo c) Minoria –incluídas na lei da evicção
Recomendações do AAP 8
(exige Evicção temporária?)
Recomendações da FFCG 7
(exige Evicção temporária?)
Escabiose (sarna) Sim até que seja iniciado o
tratamento (de um dia para o
outro)
Sim até que seja iniciado o
tratamento (de um dia para o outro)
Escarlatina Sim; até 24 horas após o
início do tratamento antibiótico
Sim; até 24 horas após o início do
tratamento antibiótico
Febre tifóide Omisso
Sim; até ao fim da diarreia; menos
tempo se a instituição tem
capacidades de assegurar os
cuidados higiénicos.
Furunculose Não;
Sim se lesões expostas
Sim; até 24 horas após o início do
tratamento antibiótico.
Giardíase
sintomática
Sim se dejecções saírem da
fralda, a criança não controla
as fezes ou aplicação
qualquer critérios A, B ou D;
Não nas restantes situações
Sim; até ao fim da diarreia;
NÃO se a instituição tem
capacidades de assegurar os
cuidados higiénicos.
Grupo C) Minoria –incluídas na lei da evicção
Recomendações do AAP 8
(exige Evicção temporária?)
Recomendações da FFCG 7
(exige Evicção temporária?)
Impétigo
Sim; até 24 horas após o
início do tratamento
antibiótico; igual no caso de
Staphylococcus aureus
meticilino-resistente
Sim; até 24 horas após o início do
tratamento antibiótico; no caso de
Staphylococcus aureus meticilino-
resistente a evicção está indicada
até declaração médica de que não
representa risco de contágio.
Meningite / doença
meningocócica
Sim; imediatamente que haja
suspeita; profilaxia dos
contactos íntimos d)
Sim; imposta pela gravidade da
doença e não pelo risco de
contágio (risco de um segundo
caso < 3%).
Meningites
bacterianas por
Pneumococo e
Haemophilus
influenzae do tipo b
Sim; não diferencia a doença
meningocócica das
meningites não
meningocócicas b); e)
Não; mas em regra a criança está
incapaz de frequentar as CJIE e as
escolas b).
Grupo c) Minoria –incluídas na lei da evicção
Recomendações do AAP 8
(exige Evicção temporária?)
Recomendações da FFCG 7
(exige Evicção temporária?)
Parotidite
epidémica
Sim; até 5 dias após início da
tumefacção
Não; assegurar da imunidade ou
do cumprimento da vacinação com
duas doses das restantes crianças
e do staff.
Pediculose Sim (mas pode esperar até
ao fim do dia em que foi
detectado) e até que seja
iniciado o tratamento
Sim (mas pode esperar até ao fim
do dia em que foi detectado) e até
que seja iniciado o tratamento
Pneumonia
bacteriana
Não b) Não; igual à das meningites não
meningocócicas; b)
Rubéola Sim; até 7 dias após o início
do exantema
NÃO; assegurar o cumprimento da
vacinação das restantes crianças e
do staff
Sarampo Sim; até 4 dias após o início
do exantema
Sim; até 4 dias após o início do
exantema
Grupo c) Minoria –incluídas na lei da evicção
Recomendações do AAP 8
(exige Evicção temporária?)
Recomendações da FFCG 7
(exige Evicção temporária?)
Tinha Sim (fim do dia) Sim (pode esperar pelo fim do dia)
até que seja iniciado o tratamento;
se tinha plantar, justifica-se a
evicção das piscinas até à cura.
Tosse convulsa Sim; até 5 dias após início de
tratamento adequado
Sim; até 5 dias após início de
tratamento adequado
Tuberculose
pulmonar
Sim; até declaração médica
de que iniciou tratamento
adequado e não representa
risco de contágio; d)
Sim; até à declaração médica de
que iniciou tratamento adequado e
não representa risco de contágio; d)
Tuberculose extra
pulmonar
Omisso d) Não; d)
Tuberculose
latente (viragem
tuberculínica)
Omisso d) Não; d)
Grupo c) Minoria –incluídas na lei da evicção
Recomendações do AAP 8
(exige evicção temporária?)
Recomendações da FFCG 7
(exige evicção temporária?)
Varicela Sim; até que todas as lesões
fiquem em crosta (geralmente
6 dias após início do
exantema).
NÃO f)
Vírus da
imunodeficiência
humana (SIDA)
Não; excepto se se aplicar
qualquer dos critérios A, B ou
D do Quadro IV;
NÃO
Zona (herpes
zooster)
Não, excepto se as lesões
estão expostas
NÃO
Grupo c) Minoria –incluídas na lei da evicção
f. Não existe prova da eficácia preventiva da evicção dos doentes com varicela; também a Sociedade Canadiana de Pediatria não obriga a evicção das crianças com varicela das CJIE.12
12. Infectious Diseases and Immunizations Committee, Canadian Paediatric Society. School and daycare exclusion policies for chickenpox: a rational approach. Paediatr Child Health. 1999;4:287-8.
Amigdalite virusal (após teste rápido
ou cultura negativos)
Bronquiolite e bronquite infecciosa
Candidíase (oral, genital pele, unhas)
Citomegalovírus
Conjuntivites (excepto Adenovírus)
Corizas, rinorreia, com ou sem tosse
e independentemente da cor das
secreções;
Diarreia (gastroenterite) em criança
autónoma nos cuidados de higiene
pessoal, sem nenhum dos sinais de
alerta – Grupo D.
Doença boca-mãos-pés
Exantemas / erupções cutâneas na
ausência de febre e/ou de alteração
do comportamento;
Exantema súbito
Febre sem nenhum dos sinais de
alerta (enunciados no grupo D , após
antipirético) se > 4 meses idade
Gengivo-estomatite herpética (vírus
herpes simplex)
Giardíase assintomática
Gripe sazonal
Hepatites B e C e/ou seus portadores
1
Recomendações da FFCG (Suíça) (2006 - 2011) e do AAP (2009);NÃO justificam a exclusão (se estado geral da criança o permitir):
Herpes simplex em qualquer local
(recidivante ou não)
Infecção urinária
Laringotraqueíte
Megaloeritema (5ª doença)
Meningite virusal
Molusco contagioso
Mononucleose infecciosa
Micobactérias não tuberculosas
Otite média aguda
Parasitas intestinais helmintas:
Enterobius vermiculares (oxiúros),
Ascaris lumbricoides, etc.
Portadores assintomáticos de
germens intestinais (Giardia lamblia,
Salmonella spp, Shigella spp)
Portadores assintomáticos de
germens nas mucosas respiratórias
(Neisseria meningit.; Streptococcus
pneumoniae; Haemophylus influenzae b;
Moraxella catarrhalis; Streptococcus
pyogenes)
Tosse não perturbadora
Toxoplasmose
Verrugas
Vírus da imunodeficiência humana
adquirida (SIDA)
Zona (herpes-zooster) - desde que as
lesões fiquem cobertas pela roupa.
2
Recomendações da FFCG (Suíça) (2006 - 2011), do AAP (2009);NÃO justificam a exclusão (se estado geral da criança o permitir):
As minhas (quatro) “Recomendações”
Infeções e Infantários
1. Conhecimentos2. Bom senso3. Coragem4. Justiça
"A coragem é a primeira das qualidades humanas, porque é a qualidade que garante as demais". Winston Churchill
Nenhum indeciso é conhecido por grandiosos feitos. Desconhecido
"O homem que vai mais longe é quase sempre aquele que tem coragem de arriscar". Dale Carnegie
"Para ter uma vida criativa, devemos perder o medo de estarmos errados“. Joseph Chilton Pearce
"Os grandes navegadores devem sua reputação aos temporais e tempestades“. Epicuro
"A natureza concedeu aos grandes homens a faculdade de fazer, e aos outros a de julgar“. Luc De Clapiers - Marquês de Vauvenargues
Se não houver castigo não haverá cumprimento da Lei
d) Balança, olhos vendados e espada:
É Justiça.” E doa a quem doer”.
4ª Recomendaçãoa) Só balança e olhos vendados:
É arbítrio, desordem, “bagunça”, “chico-espertice”.
c) Só espada:
É ditadura e corrupção.
b) Só balança e espada:É autoritarismo, discriminação e corrupção.
E Que Hajam Sempre Provocadores!
Obrigado pela vossa atenção
Contactos: • http://consultoriosalgado.blogspot.pt/• [email protected]
PARA:- Acordar os Adormecidos- Abanar os Acomodados- Fazer Tremer os Formatados.
* - Na apresentação pública, apenas 6 Perspetivas foram discriminadas
Correndo o risco…
Estado Atual da
Exclusão de Crianças das Creches, Jardins de Infância e Escolas
por Virtude de Doenças Infeciosas.
Obrigado pela vossa atenção
No que se deve transformar a Exclusão por DIC !!!
Clara e nítida.
Contactos: [email protected]://consultoriosalgado.blogspot.pt/