UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO
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AVALIAÇÃO DE DIFERENTES ATRATIVOS EM ARMADILHA PARA
COLETA DE MOSCAS ADULTAS EM GRANJAS AVÍCOLAS DE
BASTOS/ SP
Maria Francisca dos Santos Meneguetti
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA
07/2013
Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .
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MARIA FRANCISCA DOS SANTOS MENEGUETTI
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES ATRATIVOS EM ARMADILHA
PARA COLETA DE MOSCAS ADULTAS EM GRANJAS AVÍCOLAS
DE BASTOS/ SP
Orientadora: Dra. Edna Clara Tucci
Co - orientadores: Dr. Marcos Roberto Potenza
Dra. Nilce Maria Soares
07/2013
Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .
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AGRADECIMENTOS
Agradeço aos professores que, na rigidez de seus ensinamentos, fez aprimorar
nossos conhecimentos.
A pesquisadora científica e orientadora Dra. Edna Clara Tucci que me ajudou
a realizar este trabalho.
Ao pesquisador Científico e co-orientador Dr. Marcos Roberto Potenza que
me possibilitou a oportunidade de realizar a parte prática deste trabalho, em especial,
pela autoria das fotos tiradas para o trabalho.
A pesquisadora Científica e co-orientadora Dra. Nilce Maria Soares pela
ajuda e carisma.
A bióloga Maria Angélica pela ajuda e auxílio com a parte prática no
laboratório em Bastos.
Agradeço a minha família pela paciência, carinho e compreensão.
A Deus por ter me guiado nas viagens e nos momentos mais difíceis.
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RESUMO
A alta densidade de aves em granjas causa um grande acúmulo de esterco, um
excelente substrato para a proliferação de moscas. Em avicultura de postura, devem ser
constantes os cuidados com o controle de moscas. O presente trabalho teve como
objetivo avaliar os substratos orgânicos existentes nas granjas como atrativos para
moscas visando armadilha e atrativos de baixo custo. O material utilizado neste trabalho
foi armadilha artesanal confeccionada com garrafas pets transparentes e atrativos como
casca de ovo triturada, farinha de carne e frutas (manga e banana). Foram estudadas oito
granjas de aves poedeiras com quatro pontos de amostragem e quatro armadilhas com
atrativos penduradas por 24 horas a cada 15 dias. Para a identificação das moscas foi
utilizada uma chave taxonômica, analisando-se a venação das asas. Constatou-se que
das moscas capturadas, o atrativo a base de frutas foi o mais eficiente dentre os atrativos
avaliados. Foram capturadas moscas como a musca domestica, a Calliphoridae, Fannia,
Sarcophagidae e a Stomoxys.
Palavras – chave: atrativo, armadilhas, moscas, granja avícola.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 07
2 GRANJAS AVÍCOLAS 09
2.1 Legislação Sanitária e Avícola 10
2.2 Dípteros de Importância Avícola 11
2.2.1 Biologia 13
2.2.2 Comportamentos e Hábitos 14
2.3 Importância Sanitária 15
2.4 Controle de Moscas 16
2.5 Captura e Monitoramento 18
2.6 Atrativos 18
3 MATERIAIS E MÉTODOS 19
4 RESULTADOS 24
5 DISCUSSÃO 27
6 CONCLUSÕES 28
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 29
6
FIGURAS
Figura 01- Vista aérea do município de Bastos/SP 07
Figura 02- Vista aérea das granjas avícolas 07
Figura 03- Galinhas poedeiras em gaiolas 09
Figura 04- Esterco acumulado 10
Figura 05 - Moscas na avicultura 12
Figura 06 - Larvas de moscas em estercos 14
Figura 07- Localização do município de Bastos no estado de São Paulo 19
Figura 08 - Materiais utilizados na confecção das armadilhas 20
Figura 09 - Atrativos utilizados nas armadilhas 20
Figura 10 - Armadilhas instaladas nas granjas 21
Figura 11- Armadilhas sendo recolhidas após 24 horas 21
Figura 12 - Armadilhas sendo levadas para a Unidade de Pesquisa e
Desenvolvimento/CAPTA de Bastos do Instituto Biológico 22
Figura 13 - Acondicionamento das moscas capturadas 22
Figura 14 - Lupa utilizada na identificação das moscas 23
Figura 15 - Venação de asas de moscas 23
Figura 16 - Atratividade de diferentes substratos para captura de moscas em granjas
avícolas de postura 24
Figura 17 - Percentual de moscas capturas no experimento 06
7
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, o controle das moscas, na maioria dos municípios, é ausente ou
executado ineficientemente por meio de métodos inadequados. (TEIXEIRA, p. 366,
2008)
No município de Bastos (Figura 1), no interior de São Paulo, possui inúmeros
aviários (Figura 2) concentrados muito próximos a área urbana, o que explica o número
elevado de moscas.
Figura 1. Vista aérea do município de Bastos/SP.
Figura 2. Vista aérea das granjas avícolas.
8
Segundo Vignau et al (2003 apud TEIXEIRA, 2008, p. 365), a presença das
moscas causa incômodo, contribui para condições de estresse e, no local de trabalho,
pode levar a perdas econômicas. As moscas, por sua capacidade de dispersão a longas
distâncias (de 2,3 até 11,8km em 24 horas), estão freqüentemente implicadas em
intoxicações alimentares e podem ser facilmente identificadas no ambiente urbano,
atuando como potenciais vetores de mais de 100 diferentes patógenos, desde vírus até
formas parasitárias.
A população excessiva de moscas pode causar diminuição na qualidade dos
ovos por sujidades depositadas pelas moscas adultas e incômodos aos vizinhos,
ocasionando reclamações e demandas nas áreas próximas aos grandes criadouros.
(EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 1998).
Dentre os principais muscídeos que ocorrem nesse meio estão a mosca
doméstica, Musca domestica L., a mosca do estábulo, Stomoxys calcitrans (L.) e a falsa
mosca do estábulo, Muscina stabulans (Fallén). Juntamente com os califorídeos,
representam um grave problema para os granjeiros e seus vizinhos pecuaristas.
(COSTA, p. 203, 2004)
O conceito mais moderno no controle de pragas aceito mundialmente é o do
“Manejo Integrado” [...]. Também chamado de Controle Integrado, pressupõe uma
abordagem mais conjuntural e ampla da questão. (NETO, p. 20, 2008)
O controle da criação de moscas pode ser efetuado através de medidas de
controle integrado que inclui as medidas de controle mecânico, tanto do esterco quanto
das carcaças e resíduos de ovos, medidas de controle biológico e medidas de controle
químico. (EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 1998)
No mercado existem somente produtos sintéticos disponíveis para o controle
desses dípteros, dessa forma a necessidade de maiores estudos com relação ao uso de
produtos naturais, com menores custo e maior benefício com relação a deposição de
resíduos ao meio ambiente.
Sendo assim, se torna essencial a realização de levantamentos de moscas
nesses locais, a fim de se planejar uma melhor estratégia de controle. (LOPES, 2008, p.
21)
9
2 GRANJAS AVÍCOLAS
Nos sistemas modernos de criação de galinhas poedeiras as aves são mantidas
confinadas em gaiolas (Figura 3). As fezes das aves que acumulam constantemente sob
as gaiolas, constituem um excelente substrato para desenvolvimento de dípteros
sinantrópicos. (BRUNO, 1991, p.01)
Figura 3. Galinhas poedeiras em gaiolas.
Em alguns municípios paulistas, o problema com esses dípteros é muito grave
devido à existência de um número elevado de granjas avícolas próximas aos centros das
cidades. Esse fenômeno está ocorrendo devido ao contínuo crescimento das cidades em
direção à zona rural à grande expansão da indústria avícola. (BRUNO, 1991, p.01)
Muitos fatores contribuem para a manutenção e o crescimento de populações
de moscas sinantrópicas: as condições climáticas (temperatura e umidade elevadas),
saneamento básico deficiente, acondicionamento inadequado de lixo, falta de
conscientização da população e a dificuldade no controle destes insetos, agravada pela
utilização indiscriminada de inseticidas. (TEIXEIRA, p. 366, 2008)
O manejo de aves de postura implica na permanência do esterco sob as gaiolas,
por longos períodos (Figura 4). O desconhecimento sobre o seu manejo adequado e
aplicação de medidas corretas de controle de criação de moscas, fazem com que
ocorram idéias errôneas tanto sobre as causas do problema de excesso de moscas,
quanto sobre as possíveis soluções. (EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 1998)
10
Figura 4. Esterco acumulado.
Entretanto, para o uso do PMI (Programa de Manejo Integrado) de moscas é
necessário que se entenda a biologia e o comportamento das espécies de moscas, bem
como de seus inimigos naturais envolvidos em um sistema de criação, associados a um
manejo adequado do excremento (Axtell 1986). (LOPES, p. 597, 2007)
2.1 LEGISLAÇÃO SANITÁRIA E AVÍCOLA
Quando o assunto é controle de pragas em estabelecimentos alimentícios,
maiores ainda são os cuidados, as regras e as restrições.
Na verdade essa atividade profissional em nosso país, ainda hoje tem
relativamente poucas regras, sejam de alçada federal, sejam regras estaduais, sejam leis
municipais. (NETO, p. 22, 2008)
Ainda para Neto (p. 22, 2008), a esfera federal preocupa-se mais com as regras
relativas ao registro de produtos chamados de desinfetantes domissanitários (os
inseticidas e raticidas de uso urbano), repassa a fiscalização das empresas aplicadoras à
esfera estadual, geralmente às Vigilâncias Sanitárias.
Há regras legais e de boas práticas operacionais a serem seguidas quando o
assunto é o uso de produtos químicos para combater pragas em indústrias produtoras de
alimentos. (NETO, p. 78, 2008)
De acordo com a IN (Instrução Normativa) nº 56, de 4 de dezembro de 2007,
que estabelece os procedimentos para registro, fiscalização e controle de
11
estabelecimentos avícolas de reprodução e comerciais, na forma de seus anexos, dispõe:
“manter registros do programa de controle de pragas, a fim de manter os galpões e os
locais para armazenagem de alimentos ou ovos, livres de insetos e roedores, animais
silvestres ou domésticos”.
E ainda de acordo com a Circular n° 004 de 01 de outubro de 2009, destina -
se à disposição e padronização dos procedimentos de inspeção para estabelecimentos
produtores de ovos e produtos derivados, que se fundamenta na inspeção de todos os
fatores que possam interferir na qualidade higiênico sanitária dos produtos expostos ao
consumo da população.
Esta circular regulamenta o programa de controle integrado de pragas deve ser
planejado visando dois objetivos principais:
• Evitar que o recinto industrial apresente um ambiente favorável à proliferação de
insetos e roedores;
• Evitar que eventuais pragas ingressem no recinto industrial.
Para atender o primeiro objetivo, este Elemento de Inspeção deve contemplar
procedimentos dirigidos à área externa. O acúmulo de água, resíduos de alimentos,
abrigos e focos de reprodução de insetos devem ser observados.
Para atender o segundo quesito a atenção deve ser dirigida para proteção de
janelas com telas, portas de vaivém, cortinas de ar, etc. A presença de insetos no recinto
industrial é uma evidência de que há falhas no sistema.
2.2 DÍPTEROS DE IMPORTÂNCIA AVÍCOLA
Em avicultura de postura, devem ser constantes os cuidados com o controle de
moscas (Figura 5). É importante lembrar que a produção excessiva de moscas pode
causar, além de prejuízos para o próprio avicultor pela transmissão de doenças, baixa
produção dos operários pelo contínuo incômodo causado pela presença dos insetos,
diminuição na qualidade dos ovos por sujidades depositadas pelas moscas e, também,
prejuízos e incômodos aos vizinhos, ocasionando reclamações e demandas.
(EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 1998)
12
Figura 5. Moscas na avicultura.
Para BRUNO (1991 apud AXTELL et all, 1985, p. 3), vários trabalhos
recomendam a utilização de programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) nas
granjas avícolas, integrando os métodos culturais, químicos e biológicos, visando
diminuir a população de dípteros sinantrópicos. O MIP tem a filosofia a combinação
dos métodos de controle de forma compatível, baseado em princípios ecológicos e
metodologias multidisciplinares, a fim de obter maior eficiência no controle da praga
reduzindo os custos e riscos ambientais.
De acordo com POLVONY (1971 apud LOPES, 2008, p. 22), a espécie de
díptero mais abundante no esterco acumulado de granjas é a M. domestica L.
(Muscidae), devido ao fato de depender exclusivamente de substratos produzidos pelo
homem.
Paiva (p. 22, 2000) ressalta que:
No esterco de poedeiras e de cama de aviário criam-se principalmente as
moscas domésticas (Musca domestica) além de varejeiras (califorídeos e
sarcofagídeos), todas moscas nocivas. Estas últimas criam-se principalmente
no esterco bem molhado pelo vazamento de bebedouros e nos ovos
quebrados e de casca mole que caem no esterco, assim como em carcaças
(em fossas mal vedadas).
As moscas buscam alimento não só nos aviários, mas são atraídas por odores
de preparo de alimentos das residências vizinhas podendo se tornar um grande
incômodo, com demandas judiciais. (PAIVA, p. 22, 2000)
13
2.2.1 Biologia
As moscas têm biologia variada e muito interessante. Algumas espécies são
muito úteis e outras podem ter importância médica e veterinária, por sugarem sangue,
parasitarem tecidos e/ou transmitirem parasitos. (MARCONDES, p. 125, 2001)
As famílias mais importantes são Muscidae, Faniidae, Calliphoridae e
Sarcophagidae, além de existirem algumas espécies de importância secundária em
outras famílias. (MARCONDES, p. 125, 2001)
O tórax, assim como o restante do corpo, é comumente cinzento ou amarelado
em Muscidae, Faniidae e Sarcophagidae e de cores metálicas em Calliphoridae. As asas
são usualmente bem desenvolvidas. A veia M costuma apresentar curvatura distal em
direção a R, com morfologia útil para a identificação de alguns gêneros.
(MARCONDES, p. 125, 2001)
A asa possui um sistema de cristas ou veias que fornecem suporte. Elas servem
também como os caminhos de ar e a circulação de sangue, durante o desenvolvimento
da asa da mosca antes emerge do pupário. As veias das asas são atribuídos nomes e
números para utilização na descrição e na identificação de espécies diferentes de
moscas.
A área entre as nervuras adjacentes é chamada de uma célula. A mosca
doméstica a venação é bastante distinto e é um personagem importante (juntamente com
os outros) para identificar as espécies. (NOVARTIS ANIMAL HEALTH, 2013)
Os ovos têm forma variável e, em geral, são brancos e longos (em forma de
banana) (Figura 6). As larvas são vermiformes e não têm a cabeça diferenciada, com o
corpo progressivamente mais largo para a parte posterior. (MARCONDES, p. 126,
2001)
14
Figura 06. Larvas de moscas em estercos.
As moscas são insetos que se reproduzem rapidamente fazendo seis a oito
posturas de 100 a 120 ovos durante seu curto período de vida (de 25 a 45
dias). Após a postura, os ovos eclodem em menos de 24 horas e as larvas se
desenvolvem em 4 a 6 dias. Depois de alimentadas, as larvas buscam a parte
mais seca do esterco ou o solo onde se transformam em pupas. Após 5 a 6
dias, nascem as moscas adultas. (PAIVA, 2000)
Só conseguem se alimentar de líquidos e para ingerir alimentos sólidos
regurgitam sobre eles o conteúdo do papo. Liqueifeito o alimento, suga-o armazenando
no papo para depois voltar a sorvê-lo para digerir. (PAIVA, p. 22, 2000)
2.2.2 Comportamentos e Hábitos
As moscas adultas freqüentam vários ambientes, a depender da espécie e das
condições, alimentando-se de várias substâncias. Costumam voar muito, podendo se
deslocar por 8-10 km. Em geral, têm atividade diurna e, após copular, põe algumas
centenas de ovos. Nas espécies hematófagas, moscas de ambos os sexos surgam sangue.
Os adultos de algumas espécies, cujas larvas se desenvolvem em tecidos animais, não se
alimentam ou só ingerem água neste estágio, apenas copulando e fazendo postura.
(MARCONDES, p. 126, 2001)
O esterco de aves e outros animais domésticos, especialmente quando em
criação intensiva, chamada de confinamento, pode levar à produção de números
enormes de moscas. (MARCONDES, p. 129, 2001)
A mosca doméstica é atraída tanto pelo lixo e esterco como pelo leite,
substâncias açucaradas, frutas e outros alimentos humanos, sendo um inseto comensal
15
que freqüenta uma série de substratos como carniças, secreções biológicas e fezes,
acaba por contaminar a água e o alimento, que muitas vezes são consumidos pelo
homem. (PORTO VELHO, p.10, 2008)
Embora tenham capacidade de vôo de até cinco quilômetros, a maioria das
moscas criadas no esterco permanece no mesmo local, por ter alimento e substrato de
postura. Poucos elementos abandonam o local em comportamento de preservação das
espécies. (PAIVA, p. 22, 2000)
Quando uma mosca entra em um recinto fechado, depois de se alimentar,
procura abandonar o recinto e dirigir-se para o ar livre. Por isso, voa em direção à luz
natural (portas e janelas) (NETO, p. 119, 2008)
2.3 IMPORTÂNCIA SANITÁRIA
Moscas de várias espécies podem conviver com o homem e frequentar os
ambientes em que ele vive e onde mantém os animais domésticos, sendo chamadas de
sinantrópicas. (MARCONDES, p. 128, 2001)
A mosca doméstica é uma espécie que apresenta alta sinantropia e tem sido
apontada como responsável pela transmissão de mais de 60 categorias de patógenos
para o homem, animais domésticos e silvestres e por isso, é uma espécie de grande
interesse médico-sanitário. (PORTO VELHO, p.9, 2008)
Sua importância está relacionada a sua capacidade de veicular patogênicos aos
animais e ao homem, tais como bactérias, vírus, protozoários, ovos de helmintos.
(JUNIOR et AL, p.881, 2009)
Para Marcondes (p. 129, 2001):
As moscas podem transportar formas infectantes de centenas de doenças
humanas e de animais domésticos, podendo contaminar alimentos, água e
utensílios por meio da saliva, das fezes e de suas pernas, que podem reter
material. Entre as doenças, estão febre tifoide, diarreias infantis, carbúnculo,
cólera, ascaradíase, coccidioses, poliomielite, etc.
As medidas de controle têm por objetivo proteger as aves do principal
problema ocasionado por essas pragas: a transmissão de doenças. (PAIVA, p. 22, 2000)
De acordo com Paiva (p. 23, 2000):
Pesquisas demonstraram que as moscas transmitem agentes patogênicos
como: Salmonella pullorum (Gwatkin & Mitchell, 1944); Salmonella
typhimurium (McNeil & Hinshaw, 1944); Pasteurella multocida (Skidmore,
1932); Erysipelothrix rhusiopathiae( Wellmann, 1950); Staphilococcus sp,
cólera e outras bactérias entéricas, oocistos de protozoários, viroses.
16
Transportam mecanicamente ovos de helmintos e servem de hospedeiro
intermediário de tênias (Hymenolepis carioca, Raillietina cesticillus,
Choanotaenia infundibulum).
Segundo Bicho et al (2004 apud LOPES, 2008, p. 22):
Relataram que o problema dos patógenos transmitidos pelas moscas vem
aumentando drasticamente nos últimos anos, com tendência a se agravar no
futuro, pois a população desses dípteros, freqüentemente é carreada para as
cidades próximas das granjas avícolas durante os meses de verão,
aumentando ainda mais os problemas de patógenos transmitidos por estes
vetores.
2.4 CONTROLE DE MOSCAS
Algumas medidas, se adotadas, proporcionam um controle eficiente de moscas
nas instalações avícolas. Como regra geral, quanto mais diversificada forem as medidas
de controle adotadas nos aviários, maior será a probabilidade de obter-se um nível de
controle satisfatório. (JUNIOR et AL, p.882, 2009)
De acordo com Neto (p.141, 2008), o conceito mais moderno no controle de
qualquer praga, roedor, inseto ou aracnídeo, na agricultura ou nos centros urbanos, é
chamado de Manejo integrado de Pragas, onde combinam três tipos de ações
complementares, sinergistas entre si e mutualmente indispensáveis: ações preventivas,
ações corretivas e ações de eliminação.
Para BRUNO (1991 apud AXTELL et all, 1985, p. 3), vários trabalhos
recomendam a utilização de programas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) nas
granjas avícolas, integrando os métodos culturais, químicos e biológicos, visando
diminuir a população de dípteros sinantrópicos. O MIP tem a filosofia a combinação
dos métodos de controle de forma compatível, baseado em princípios ecológicos e
metodologias multidisciplinares, a fim de obter maior eficiência no controle da praga
reduzindo os custos e riscos ambientais.
O controle de moscas em aviários de postura é dificultado pela diversidade de
instalações, tipo de manejo das granjas, variações climáticas e principalmente pela
rápida capacidade de resistência das moscas aos inseticidas. (JUNIOR et al, p.882,
2009)
Paiva (p.21, 2000) acredita que:
Essa integração compreende a utilização de medidas de controle cultural
através de técnicas de monitoramento da população das pragas e
conhecimento do comportamento das pragas; medidas de controle mecânico,
que envolvem desde detalhes de construção, manejo de resíduos e práticas
17
sanitárias e, ainda, medidas de controle químico pelo conhecimento dos
produtos a serem aplicados, do melhor momento para sua aplicação, da
quantidade a ser usada, não só para prevenir perdas por impedir uma
explosão da população da praga, mas que seja economicamente eficiente para
o produtor.
As medidas de controle mecânico têm como objetivo manter o esterco seco
impedindo a proliferação das moscas. (EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 1998)
No controle químico, o uso de produtos adulticidas (que matam moscas
adultas) deve se limitar a aplicações nos locais onde a presença de moscas é indesejável.
(EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 1998)
Para Cook e Gerhard (1977 apud LOPES et al, p. 597, 2007): Dentre os meios de controle, os inseticidas químicos são os mais utilizados,
porém o uso descontrolado dessas substâncias acarreta a seleção de
populações de dípteros resistentes, podendo estender-se a áreas adjacentes
afetando outras granjas. Além disso, ocasionam grande impacto sobre os
inimigos naturais desses insetos, uma vez que os larvicidas que atingem
somente a fauna-alvo, mas também acabam prejudicando os predadores e
parasitóides de moscas que ali se desenvolvem.
O controle biológico é realizado pelos inimigos naturais das moscas, como os
besouros (cascudinhos), lacrainhas e ácaros, entre outros, que se alimentam de ovos e
larvas de moscas. (EMBRAPA SUÍNOS E AVES , 1998)
O controle cultural de moscas é fundamentado no manejo do esterco (coleta,
processamento e armazenagem) e na sanitização (remoção diária de aves mortas, ovos
quebrados, ração derramada). (JUNIOR et AL, p.882, 2009)
A conscientização dos empregados da granja, obtida pela transmissão de
conhecimentos na área de controle de moscas, permite um trabalho eficiente com
resultados satisfatórios. A educação do pessoal da granja deverá ser contínua dada a
rotatividade da mão de obra. (EMBRAPA SUÍNOS E AVES, 1998)
O desenvolvimento e a aplicação de esquemas de monitoramento e de combate
às moscas fornecerá subsídios ao controle deste importante vetor, reduzindo, conse-
quentemente, as perdas econômicas decorrentes da contaminação de alimentos, o risco
da proliferação de agentes etiológicos de diversas enfermidades e a inquietação e o
estresse gerados pela presença das moscas em determinado ambiente. (TEIXEIRA, p.
366, 2008)
Hoje sabemos que não se consegue efetivamente controlar as pragas se não
intervirmos no ambiente onde elas se situam e usam para garantir sua sobrevivência.
(NETO, p. 141, 2008)
18
2.5 CAPTURA E MONITORAMENTO
Alguns autores sugerem o uso de armadilhas, como medida complementar.
Existem vários modelos, porém, todos têm em comum alguns princípios básicos do
comportamento das moscas (visual e olfativo) possíveis de serem empregados em
armadilhas confeccionadas manualmente. Também o emprego de armadilhas com
feromônios atrativos as moscas é uma importante prática no manejo integrado.
(SANTOS, p. 62)
De acordo com MOUCHREK (2006, p. 20), as armadilhas cumprem a sua
função, citando - se que o funcionamento das mesmas não é baseado em produtos
químicos. Após se alimentar, as moscas voam para a parte de cima da armadilha, sendo,
então, capturadas e, com o tempo, morrem por inanição.
No experimento realizado por Walker et al (2009), as armadilhas em campo
construídas a partir de garrafas de água PET descartadas, foram muito menos eficazes
do que as armadilhas comerciais, mas pintando os topos de tais armadilhas com tinta
spray preta resultou em um aumento de seis vezes na captura de moscas na armadilha.
2.6 ATRATIVOS
Os feromônios pertencem ao grupo dos semioquímicos com ação
intraespecífica, ou seja, substância produzida por um organismo (emissor) que incita um
comportamento ou resposta fisiológica em indivíduos da mesma espécie (receptor).
(EMBRAPA PECUÁRIA SUL)
Os feromônios podem receber nomes específicos como: feromônio sexual, de
agregação, de dispersão, de alarme, de territorialidade, de marcação de trilha, de
oviposição, entre outros (HOWSE et al., 1998). A maioria dos feromônios é formada
por uma mistura de compostos. (EMBRAPA PECUÁRIA SUL)
19
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Os experimentos foram conduzidos no período 8/11/2012 a 31/01/2013 em 8
granjas avícolas de aves poedeiras localizada no município de Bastos no estado de São
Paulo (Figura 7 – Bastos mapa SP).
Figura 7. Localização do município de Bastos no estado de São Paulo.
Em cada granja foram instalados 04 pontos de armadilhagem, instalados
próximos aos ranchos, depósitos de ovos, área arborizada, área livre; sendo selecionadas
granjas avícolas com diferentes plantéis (Quadro 1).
Quadro 1. Áreas experimentais utilizadas para a armadilhagem de moscas.
Granjas Nº de ranchos Metragem dos
Ranchos Plantel de Aves (aproximado)
Granja 1 37 280 m2 100 mil aves
Granja 2 27 300 m2 115 mil aves
Granja 3 42 300 m2 140 mil aves
Granja 4 19 980 m2 800 mil aves
Granja 5 60 750 m2 419 mil aves
Granja 6 30 280 m2 80 mil aves
Granja 7 33 180 m2 75 mil aves
Granja 8 47 240 m2 272 mil aves
As armadilhas foram confeccionadas com garrafas pet (politereftalato de
etileno, ou seja, polímero termoplástico transparente); barbantes, copos descartáveis de
20
80 mL, arames galvanizados, sacos plásticos, fitas adesivas e vergalhão de construção
como suporte das armadilhas (Figura 8).
Figura 8. Materiais utilizados na confecção das armadilhas.
Como atrativos foram utilizados farinha de carne, casca de ovos, frutas frescas
(manga e banana) e como testemunha armadilha sem nenhum conteúdo (Figura 9). O
atrativo a base de farinha de carne foi obtida misturando-se com água quente até formar
uma pasta, apresentando odor forte. O atrativo a base de cascas de ovos foi proveniente
da quebra dos ovos frescos, misturando-se a casca macerada com o conteúdo interno
(gema e clara). Como frutas foram utilizadas mangas e bananas bem maduras
Farinha de carne Cascas de ovos
Manga e banana Nenhum atrativo (testemunha)
Figura 9. Atrativos utilizados nas armadilhas.
21
Cada armadilha constou de 25g de atrativo, sendo as armadilhas fixadas em
vergalhão de construção à 1,5 metro acima do chão com uma distância de 0,5 metro
entre as mesmas (Figura 10).
Figura 10. Armadilhas instaladas nas granjas.
Em cada granja as armadilhas foram instaladas nos locais anteriormente
descritos e as mesmas recolhidas após permanência de 24 horas. (Figura 11) Após este
período as armadilhas foram recolhidas e transportadas em caixas plásticas para a
Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento/CAPTA de Bastos do Instituto Biológico
localizada em Bastos, para imediata remoção das moscas capturas. (Figura 12)
Figura 11. Armadilhas sendo recolhidas após 24 horas.
22
Figura 12. Armadilhas sendo levadas para a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento/CAPTA de Bastos
do Instituto Biológico.
As moscas capturadas nas armadilhas foram colocadas em freezer por um
período de 5 a 10 minutos na temperatura de 4ºC, para obtenção da mortalidade dos
indivíduos ainda vivos. As moscas foram acondicionadas em recipientes plásticos sobre
papel toalha e armazenadas em sala ambiente normal, para posterior identificação
(Figura 13).
Figura 13. Acondicionamento das moscas capturadas para posterior identificação.
23
Inicialmente as moscas foram agrupadas por semelhança de tamanho e cor em
cada parcela experimental, sendo posteriormente identificadas no Laboratório de
Parasitoses/CPDSA do Instituto Biológico em São Paulo com o uso de uma lupa
estereoscópica (Figura 14).
Figura 14. Lupa utilizada na identificação das moscas.
Para a identificação foi utilizada uma chave taxonômica ao nível de Família,
analisando-se a venação das asas (Figura 15).
Figura 15. Venação de asas de moscas. 16A. Asa da Musca domestica, mostrando o quarto veia longitudinal (M1 +2) curvando-se para frente a
quase atender a veia R4 +5 na margem da asa.
16B. Asa da Fannia canicularis, mostrando a veia M1 +2 não curvado para atender veia R4 +5 e a
segunda veia anal curvando para a frente para o primeiro veia anal.
16C. Asa da mosca do estábulo, Stomoxys calcitrans, mostrando a veia M1+2 ligeiramente curvo para
a veia R4 +5.
16D. Asa da falsa mosca do estábulo, Muscina stabulans.
16E. Asa de lixo preto, Ophyra spp.
16F. Asa de uma mosca varejeira, Phaenicia spp. (Família Calliphoridae).
Fonte disponível em: http://www.ah.novartis.com/fhp/en/fly_species_house_fly_adult_wings.shtml.
24
4 RESULTADOS
No quadro 1 verificam-se o número total de moscas capturadas em 8 granjas
avícolas de diferentes planteis em Bastos/ SP, de novembro de 2012 a janeiro de 2013 e
nos diferentes atrativos utilizados.
Quadro 1. Número total de moscas adultas capturadas nos diferentes atrativos
utilizados.
LOCAL FRUTAS FARINHA DE CARNE
CASCA DE OVO
TESTEMUNHA
Granja 1 40 4 8 0 Granja 2 105 1 6 0 Granja 3 35 2 1 0 Granja 4 125 12 9 0 Granja 6 57 3 8 0 Granja 5 103 30 14 0 Granja 7 140 26 22 0 Granja 8 156 3 6 0 TOTAL 761 81 74 0
No gráfico abaixo apresentam-se as porcentagens dos substratos de
atratividade nas amostragens das granjas que foram realizadas no experimento.
Verifica-se que a fruta, de forma geral, foi a que apresentou a maior
atratividade de moscas em todas as amostras (cerca de 83%). Já a farinha de carne, um
dos ingredientes da ração encontrada nas granjas, segue com 9% e depois vem a casca
do ovo com 8%.
Farinha de
Carne
9%
Casca de Ovo
8%
Fruta
83%
Figura 16 - Atratividade de diferentes substratos para captura de moscas em granjas avícolas de postura.
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O quadro e a figura abaixo mostram a distribuição da população de moscas
capturadas em relação aos diferentes substratos utilizados neste experimento.
Verifica-se que a musca doméstica teve um percentual maior em relação as
outras moscas capturadas, independente do atrativo (cerca de 69,39%).
Quadro 2 – Moscas capturadas nos diferentes atrativos.
MOSCAS NÚMEROS (%) MUSCA DOMÉSTICA 619 69,39 %
CALLIPHORIDAE 145 16,25 % FANNIA 90 10,08 %
STOMOXYS 36 4,035 % SARCOPHAGIDAE 02 0,224 %
TOTAL DE DÍPTERAS 892 100%
Figura 17 – Percentual de moscas capturas no experimento.
O período de armadilhagem escolhido coincide com um período de elevado
índice pluviométrico e altas temperaturas, que favorecem o ciclo de desenvolvimento
das moscas (Quadro xx).
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Quadro 3. Dados pluviométricos do período de armadilhagem.
CIIAGRO - Dados Mensais no período de 01/11/2012 até 31/01/2013
Local: Tupã
Mês Dias Dias de
Chuva Chuva
Total Média Mensal da
Chuva Total Chuva
Máxima Chuva
Mínima
janeiro 31 10 179,4 179,4 76,0 0,3
novembro 30 13 83,1 83,1 35,6 0,3
dezembro 31 13 100,5 100,5 54,1 0,3
Fonte: http://www.ciiagro.sp.gov.br/ciiagroonline/Quadros/QChuvaPeriodo.asp
27
5 DISCUSSÃO
No levantamento realizado nota-se que o plantel das granjas avícolas são
variados em aves, independente da estrutura. Sendo assim verificou–se que não houve
diferenças na captura das moscas e na atratividade.
As moscas em geral são atraídas por locais em que ocorre uma disposição
inadequada de resíduos orgânicos onde depositam seus ovos para sua proliferação. No
trabalho realizado os resíduos não estavam em disposição inadequadas e sim protegidos
dentro das armadilhas, o que não houve grande atratividade de moscas nas armadilhas
com farinha de carne e casca de ovos sendo que esses substratos normalmente têm
grande atratividade.
Nas granjas em que estão sendo instalados os ranchos automatizados com
coleta de esterco em dias alternados percebe-se uma população bem menor de moscas.
Pode-se confirmar o que dizem alguns autores a respeito do Manejo Integrado de Pragas
(MIP) em relação a remoção diária de aves mortas, ovos quebrados e ração derramada.
Um dado importante que se pode relatar é a existência de vários fatores que
interferem na proliferação de moscas, dentre elas estão os confinamentos de bovinos de
corte e leite, plantações de cana-de-açúcar, grande quantidade de árvores frutíferas e
lixos orgânicos nas áreas próximas aos aviários.
Neste trabalho foi observado que na prática a importância dos controles
químicos, culturais e biológicos integrados como um conjunto de procedimentos
sanitários adequados para uma melhor eficácia no controle de moscas em
estabelecimentos avícolas.
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6 CONCLUSÃO
Constatou-se que num total de 892 moscas capturadas, o atrativo a base de
frutas foi o mais eficiente dentre os atrativos avaliados.
Os locais de armadilhagem possuem diferentes níveis populacionais de
moscas, ocasionando uma significativa variação no número de moscas capturadas,
dentre elas a musca domestica, a Calliphoridae, Fannia, Sarcophagidae e a Stomoxys
que são as que têm maior incidência em granjas avícolas no município de Bastos/ SP.
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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