Estamos no segundo bloco de slides do Módulo 4 e
queremos, neste momento, retomar alguns conceitos e
trazer outros novos necessários à apropriação dos
conhecimentos abordados neste curso.
No slide seguinte temos uma “chuva de ideias”.
Dê uma olhada nas palavras apresentadas e
identifique quais conceitos você já domina.
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw
Brainstorming/Debate de ideias
lógica formal lógica dialética
totalidade
aparência
essência
ontologia do ser social
filogênese
ontogênese
processo de humanização
apropriação
objetivação Superação por incorporação
concreto pensado aluno concreto
aluno empírico
Dos conceitos apresentados no slide anterior, trabalhamos alguns no
Módulo 3 e outros serão estudados neste módulo, objetivando a
apropriação dos conceitos, princípios e fundamentos que balizam a
Pedagogia Histórico-Crítica.
Temos a certeza de que somente estudar por este material não “dará
conta” de conhecer a fundo o assunto, mas a ideia é a de que, a partir
disto, você se aprofunde, estudando os textos citados.
A dedicação ao estudo será o diferencial de cada um
em seu processo de formação continuada!!!
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enB
Para tratar dos conceitos apresentados, nos apoiaremos no texto:
O método pedagógico da pedagogia histórico-crítica:
desafios e possibilidades – (TEIXEIRA, AGUDO, 2016, p. 147 do Currículo Comum).
Desafio: escrever sobre o método pedagógico da pedagogia histórico-
crítica. Fundamentos teórico-metodológicos que orientam a pedagogia
histórico-crítica. Há a necessidade de um processo intenso e radical de
estudos teórico-práticos que possibilitarão a descoberta de meios
mais adequados para se atingir os objetivos pedagógicos e didáticos.
https://www.google.com.br/search?q=m%C3%A9todo+da+pedagogia+hist%C3%B3rico-
cr%C3%ADtica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj6kZ_QjdbSAhUFlZAKHVADCbU
Q_AUIBygC&biw=1366&bih=628#imgrc=RolhUmHtN4JwtM:
https://www.google.com.br/search?q=m%C3%A9todo+da+pedagogia+hist%C3%B3ri
cocr%C3%ADtica&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj6kZ_QjdbSAhUFlZ
AKHVADCbUQ_AUIBygC&biw=1366&bih=628#imgrc=QkqU-0gBKXu2yM:
Premissas básicas da
PHC: se trata de uma
pedagogia que tem suas
bases epistemológicas,
ontológicas e
gnosiológicas no
materialismo
histórico-dialético.
Problema que se coloca: não é possível falar em método
pedagógico da pedagogia histórico-crítica sem o estudo e a
compreensão dos fundamentos que sustentam.
Estudo do grau de certeza do conhecimento
científico em seus diversos ramos.
Ontologia significa “estudo do ser” e consiste
em uma parte da filosofia que estuda a natureza
do ser, a existência e a realidade. A palavra é
formada através dos termos gregos ontos (ser)
e logos (estudo, discurso).
Formada a partir do grego gnosis
(conhecimento) e logos (doutrina, teoria), A
filosofia, através da gnosiologia, procura
responder a problemas como o de saber se é
possível ao homem, dotado com os seus
órgãos de conhecimento, conhecer o mundo tal
como ele é ou se, pelo contrário, distorce a
realidade.
Texto deste bloco de slides:
O método pedagógico da pedagogia histórico-crítica:
desafios e possibilidades – (TEIXEIRA, AGUDO, 2016, p. 147 do Currículo Comum).
Objetivo do texto: Apresentar os pressupostos e fundamentos que são
necessários e imprescindíveis para adoção da pedagogia histórico-crítica
enquanto teoria pedagógica que expressa os fundamentos teóricos
marxianos no campo da educação (SAVIANI, 2005).
Método pedagógico: unidade entre teoria e prática, entre conteúdo e forma.
[...] não pode ser didatizada em passos estanques, que se submetem à
lógica formal e assim perdem a essência, a dinâmica dessa teoria
pedagógica, transformando-se em algo esvaziado, quase um
receituário, que em lugar de oportunizar o avanço da escola, só a
reforça como farsa (LAVOURA; MARSÍGLIA, 2015, p. 348).
A pedagogia histórico-crítica e a importância da concepção de
mundo para a educação escolar
Método – fundamento que propicia o conhecimento
da realidade por meio de categorias teóricas que
analisam a realidade de forma a enxergá-la para
além de sua aparência que nem sempre revela
sua real essência (SAVIANI, 2005).
Disponível em:
https://www.google.com.br/search?q=apar%C3%AAncia+e+ess%C3%AAncia&source=lnms&tbm=isch&sa
=X&ved=0ahUKEwjpren10cfSAhXHD5AKHQTjBCgQ_AUIBigB&biw=1366&bih=651#imgrc=Br3WQV9Abb
HjDM: Acesso em 08 març. 2017
Para atingir o objetivo proposto:
O texto aborda a importância de se superar a lógica formal no
processo de compreensão da pedagogia histórico-crítica enquanto
método pedagógico.
PARA TANTO:
O professor precisa incorporar a lógica dialética materialista como
movimento do conhecimento, articulando historicidade, contradição
e totalidade; o que significa entender que os momentos do método
pedagógico estão relacionados de maneira orgânica, compondo
a totalidade do processo de ensino e de aprendizagem.
Existem lógicas e as lógicas têm leis e toda lei demanda
método que tem uma metodologia
LÓGICA
LEI
MÉTODO
METODOLOGIA
Lógica formal e Lógica dialética
Fundamentos teóricos e filosóficos
Gregos:
HERÁCLITO PARMÊNIDES
Dialética Metafísica
A essência profunda
do ser é imutável.
A essência do ser
é o movimento.
Lógica Formal
Princípio fundamental = EQUILÍBRIO
Leis:
Princípio da identidade A=A generalizações.
Não contradição A≠ B
nada que é = pode ao mesmo tempo ser ≠.
Terceiro excluído – se alguma coisa é
verdadeira, o contrário dela é falso, não tem a
terceira possibilidade.
Lógica Dialética
Princípio fundamental = MOVIMENTO
Leis:
Interpenetração dos contrários – contradição –
unidades dialéticas que são formadas por opostos.
Negação da negação – TESE – ANTÍTESE -
SÍNTESE
Passagem da quantidade à qualidade – as coisas
mudam por variados ritmos e se transformam.
Lógica Formal ou Dialética?
Nenhuma é errada, portanto, nenhuma é certa, depende
de suas escolhas.
Superação por incorporação: “Ao mesmo tempo em que reporta à
superação de algo, também se refere a uma regularidade orgânica,
significando que algo não deixou de existir, mas que se mantém conservado
em alguma parte, como a base inicial em uma etapa posterior" (VYGOTSKI,
1987 apud SHIMA, 2007).
Saviani (2015, p. 28) “[...] aquilo que é chamado de lógica formal ganha um
significado novo e deixa de ser a lógica para se converter num momento da
lógica dialética".
Martins e Marsiglia (2015, p. 12 - grifo nosso) descrevem o processo de
superação da seguinte forma: "[...] a lógica dialética não prescinde da lógica
formal para a construção do conhecimento, até mesmo porque seus objetos
não são os mesmos, mas a incorpora por superação, isto é, reconhece
suas qualidades mas também seus limites ao orientar uma metodologia
universal para a elaboração do conhecimento científico".
Dizer que o mesmo homem não pode atravessar o mesmo rio, significa dizer
que o homem de ontem não é o mesmo homem, nem o rio de ontem é o mesmo
de hoje, tal fato nos faz imediatamente pensar que na vida tudo pode mudar.
Heráclito de Éfeso , um pré-socrático, ou seja, um dos primeiros filósofos da
humanidade há mais de 2500 anos atrás, rompeu com os pressupostos metafísicos:
“Há outra forma de ver/pensar o mundo.
Nenhum homem se banha duas vezes num mesmo rio, porque o rio não será o
mesmo rio e o homem não será o mesmo homem”.
A mudança é sempre uma alternância entre contrários: coisas quentes esfriam,
coisas frias esquentam; coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. O
mesmo podemos dizer sobre as pessoas: pessoas boas podem fazer coisas más,
pessoas que já foram ruins podem começar a ser boas, etc. Dificilmente a mudança
vai de um extremo ao outro, geralmente é sutil e demorada, mas sempre pode
acontecer. A realidade é formada sempre por dois lados da moeda, mesmo que às
vezes somente um possa ser visto. Por isso não podemos dizer que existem coisas
quentes ou frias, nem pessoas boas e más, o certo é dizer que as coisas estão
quentes ou frias, ou que as pessoas estão fazendo coisas boas ou ruins. O quente só
é quente se comparado com o frio, e a qualquer hora pode esfriar, e as pessoas
serão boas ou ruins dependendo de suas escolhas e de seus atos, por isso todos
nós podemos mudar .
Como podemos então conhecer os fenômenos
da realidade?
Por meio da análise da realidade para além da sua
aparência em direção ao desvelamento da realidade na
sua essência – concreto pensado.
Nesta análise da realidade, os conhecimentos
científicos, filosóficos e artísticos têm papel
fundamental.
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw=1350&bih=591
Concreto pensado
concreto (realidade aparente) – abstração
(pensar teoricamente) – concreto pensado
(realidade em sua essência).
concreto processo abstrativo concreto pensado
Pensar por contradição – pensar a totalidade envolvida
no trabalho docente.
Totalidade, [...] “nada tem a ver com as imprecisas noções do
‘todo’, e de contexto social, sistematicamente presentes nas falas
dos educadores. Totalidade, no caso, corresponde à forma de
sociedade dominante em nosso tempo: sociedade capitalista.
Apreender a totalidade implica, necessariamente, captar as leis
que regem o movimento que lhe é imanente. Compreender a
educação nessa perspectiva supõe, antes de tudo, o domínio
teórico que permite apreender a totalidade em pensamento.” (ALVES,
1996, p. 10).
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw
A categoria da totalidade nos traz a consciência de que “a docência é
uma atividade cujos significados para o aluno assumem proporções
que ultrapassam a sala de aula e perduram em sua formação”
(PEREIRA, 2015, s/n).
O que orienta os docentes em sua ação pedagógica está vinculado com
as respostas que ele dá àquilo que, para ele, é o fim último da formação
do aluno.
O processo de ensino e aprendizagem desenvolvido na
escola é um processo de formação do ser humano, do
profissional e do cidadão, isto é, de um indivíduo que
desempenha ou desempenhará vários papéis na sociedade,
transformando essa sociedade.
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA
A aquisição de conhecimentos, dinamizada pela ação docente
e propiciada pelo currículo, pelas disciplinas, pelos conteúdos,
embora inicialmente não preveja um alcance maior do que o de
fazer com que o estudante adquira conhecimentos específicos,
tem um substrato de permanência na formação mais ampla do
aluno.
Assim, quer o professor tenha consciência ou não, sua ação
em sala de aula é uma ação de formação do homem, do
profissional e do cidadão e por isso, é uma ação que
ultrapassa a sala de aula.
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw
(PEREIRA, 2015, s/n)
Como o ser humano se desenvolve?
Para se pensar sobre a formação mais
ampla do aluno, há que se ter claro o
processo de desenvolvimento da
humanidade, bem como, sobre o
processo de desenvolvimento do
indivíduo.
filogênese ontogênese
A natureza social do psiquismo
Filogênese – luta pela vida
TRABALHO – desenvolvimento cultural da
humanidade.
Ontogênese
desenvolvimento - reações atencionais
primitivas e elementares
atenção involuntária – estímulos externos
– subjugada à intensidade dos estímulos
do campo perceptual.
A ontogenia (ou ontogênese) (do grego ὀντογένεση,
composto de ὄντος, transl. ontos, 'ser, ente' e γένεσις
génesis, 'criação') diz respeito à origem e ao
desenvolvimento de um organismo.
Fonte: http://mbmonografiafrrm.sciencemarchnhv.org/psicomotricidade-filogknese-ontogknese-e-retrogknese-33giwacu7020.html
desenvolvimento do psiquismo –
reações atencionais voluntárias
atenção voluntária – estímulos internos –
apropriação de signos, constituição de
conceitos.
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR791&biw
É um gatinho!!!
Ontologia do ser social
Fonte: https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/artigos/docencia-na-universidade-ultrapassa-preparacao-para-mundo-do-trabalho
Ensinar e aprender é uma relação entre o que é
conhecimento no sentido epistemológico e o que
é o homem no sentido ontológico. Complexa,
implica responsabilidades que nem sempre estão
presentes na consciência do professor.
A educação deve contribuir para a
transformação dos homens
• modificando as formas de relação entre eles;
• contribuindo para o desenvolvimento de novos
fundamentos, de novos conteúdos;
• de uma nova consciência;
• capaz de transformar e revolucionar o mundo.
Transformar o homem para humanizá-lo
esse deve ser o lema da educação presente.
ONTOLOGIA DO SER SOCIAL
Papel da educação na formação ontológica –
promoção da humanização do ser social.
Que ser social queremos formar?
“A natureza humana não é dada ao
homem, mas é por ele produzida sobre
a base da natureza biofísica”. Saviani
(2005, p. 7)
https://www.google.com.br/search?q=mundo+melhor&source=lnms&tbm=i
sch&sa=X&ved=0ahUKEwiv9Jfk_snSAhXIiJAKHZRuCwgQ_AUIBigB&biw
=1366&bih=651#tbm=isch&q=problemas+sociais&*&imgrc=Pvc6EVuA0w
mNbM:
https://www.google.com.br/search?q=mundo+melhor&source=lnms&tbm=isch&sa=X&v
ed=0ahUKEwiv9Jfk_snSAhXIiJAKHZRuCwgQ_AUIBigB&biw=1366&bih=651#tbm=isc
h&q=problemas+sociais&*&imgrc=nlzqLeavYHHzrM:
https://www.google.com.br/search?q=mundo+melhor&source=lnms&tbm=isch&
sa=X&ved=0ahUKEwiv9Jfk_snSAhXIiJAKHZRuCwgQ_AUIBigB&biw=1366&bih
=651#tbm=isch&q=sociedade+em+estruturada&*&imgrc=S-zhJlL_A4n6vM:
Trabalho pedagógico que se ocupa da formação do
aluno como ser social precisa compreender que:
“[...] como o ser da sociedade é histórico, a essência ontológica
da educação só pode ser apreendida numa perspectiva
historicista. Numa primeira aproximação, portanto, é cabível
afirmar-se que uma ontologia da educação busca compreender
a essência historicamente constituída do processo de
formação dos indivíduos humanos como seres sociais. Não se
trata de uma essência independente do processo histórico, das
formas concretas de educação em cada sociedade. Trata-se da
análise dos processos historicamente concretos de formação
dos indivíduos e de como, por meio desses processos vai se
definindo, no interior da vida social, um campo específico de
atividade humana, o campo da atividade educativa” (DUARTE,
2012 , p. 38).
Considerar o desenvolvimento do gênero humano ao longo da
história social.
Considerar o desenvolvimento do aluno inserido em um processo
histórico das relações sociais.
Prof. – possibilitar a formação de uma outra concepção de mundo.
Interpretação da realidade: por meio dos conteúdos científicos,
artísticos, filosóficos, históricos e críticos.
Conhecimento e
Realidade
Para conhecer a
realidade, podemos
nos utilizar de
conhecimentos
cotidianos e não
cotidianos.
Se o objeto estivesse materializado, com
certeza, você sentiria a necessidade de pegá-
lo, cheirá-lo, de sentir sua textura, seu peso,
etc., buscando no repertório de significações
que já possui a identificação real do objeto,
seu uso, seu conceito.
Então... O que é o objeto apresentado
anteriormente????
Responda rapidamente.
Resposta - Caixa de fazer sushi
Caso você tenha acertado, quer dizer que este objeto já
faz parte de seu repertório de significações, ou seja,
você sabe o nome e o seu uso funcional.
Se não conseguiu identificar o objeto, quer dizer que o
mesmo precisa ser apresentado por alguém que o
conheça e ensine o seu uso correto.
Educação – atuar na formação do psiquismo.
Formação do conceito e da própria consciência humana, por meio
da interiorização do signo.
Papel do professor – compreender como se constitui a formação da
consciência para se desenvolver uma concepção de materialista e
dialética do mundo.
Desenvolvimento humano
APROPRIAÇÃO OBJETIVAÇÃO
PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO
O processo de humanização
O homem, ao libertar-se da dependência da hereditariedade, alcança um
desenvolvimento sócio-histórico ilimitado, podendo prosseguir o
desenvolvimento num ritmo desconhecido no mundo animal.
Pensemos nas coisas que conseguimos fazer no dia a dia, como: comer
com talheres, escovar os dentes, utilizar o dinheiro, praticar esportes,
ler, conversar, escrever, desenhar, navegar na internet, etc.
Ao pensarmos em tais questões constatamos que o nosso saber-fazer
não nos foi transmitido por hereditariedade, ou seja, o adquirimos no
decorrer da vida, por um processo de apropriação da cultura.
A única aptidão inata do homem é a aptidão para a
formação de outras aptidões.
A criança nasce hominizada, mas precisa ser
humanizada.
Apropriação da Cultura
Em que consiste e como se desenvolve o processo de apropriação pelos indivíduos das aquisições do desenvolvimento histórico da
sociedade?
No processo de apropriação estão envolvidos: - Caráter ativo
- Criação de aptidões e funções psíquicas novas - Caráter educativo – mediado pelas relações
concretas com os outros homens.
Processo de apropriação do
conhecimento
Nesse processo estão envolvidos:
- Atividade – ação com o objeto
do conhecimento
- Neoformações
- Mediação – processo de ensino
O processo de apropriação é sempre ativo: para se apropriar dos
objetos ou fenômenos que são produto do desenvolvimento
histórico, é necessário desenvolver, em relação a eles, uma
atividade que reproduza os traços essenciais da atividade
acumulada no objeto.
O indivíduo deverá reproduzir em sua atividade as operações
motoras e cognitivas incorporadas no objeto.
Ex.: ao aprender a usar talheres ou o hashi será necessário para ação,
uma operação motora e cognitiva que os mesmos exigem.
É necessária a formação de novas aptidões e funções
psíquicas.
A principal característica do processo de apropriação é criar no
homem aptidões novas, funções novas. É nisso que se diferencia
do processo de aprendizagem dos animais.
Enquanto nos animais ocorre um processo de adaptação individual do
comportamento genérico às condições de existência, no homem há
um processo de reprodução, ou seja, cada ser humano que nasce
tem que se apropriar do que já existe e, ao mesmo tempo, há um
processo de criação, isto é, cria novos instrumentos e/ou novas
maneiras de usá-los.
Basta a interação da criança com os objetos da cultura?
Não! A atividade adequada não se forma na criança
pelo contato direto, imediato ou espontâneo da
mesma com os objetos da cultura.
Embora nos objetos estejam impregnados os modos de ação e as
faculdades humanas historicamente elaboradas, é necessário a
mediação de outros homens para que se concretize o processo de
apropriação. Essa mediação é o caráter educativo do processo.
Para se apropriar das aquisições do desenvolvimento histórico, para fazer deles as suas aptidões, ‘os órgãos de sua
individualidade’, a criança, o ser humano, deve entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante através de
outros homens, isto é, num processo de comunicação com eles.
A criança aprende a atividade adequada.
Desta maneira, ocorre o processo de formação dos indivíduos
numa dialética entre apropriação e objetivação.
Trajetórias singulares de apropriação da cultura, condicionadas por condições particulares de vida e educação – ontogenia.
ontogénese (ὄντος, ontos "ser", genesis "criação")
Mas... o que é objetivação?
No processo de reprodução e criação, no decurso da
atividade dos homens, suas aptidões, seus
conhecimentos, seu saber-fazer cristalizam-se de certa
maneira nos seus produtos – objetivação.
Ex.: música (objeto social) – na qual estão incorporadas
e fixadas as ações de trabalho historicamente
elaboradas.
PROCESSO DE OBJETIVAÇÃO - movimento que vai do sujeito para o objeto portador
do nosso conhecimento.
Para a Pedagogia Histórico-Crítica a
objetivação do conhecimento não implica
neutralidade.
O conhecimento não é neutro na sua: produção,
utilização e difusão (ensino e transmissão às
novas gerações).
Enfim... O homem não nasce dotado das aquisições históricas da humanidade.
Resultando essas do desenvolvimento das gerações humanas, não
são incorporadas nele, nem nas suas disposições naturais, mas no
mundo que o rodeia (entorno), nas grandes obras da cultura
humana. Somente apropriando-se delas no decurso da sua vida é
que ele adquire propriedades e faculdades verdadeiramente
humanas.
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA
Para refletirmos... Poderíamos representar as conquistas inesgotáveis do desenvolvimento
humano que multiplicaram por dezenas de milhares de vezes as
forças físicas e intelectuais dos homens; os seus conhecimentos
penetram os segredos mais bem escondidos do Universo, as obras
de arte dão uma outra dimensão aos seus sentimentos.
Mas todos têm acesso a
essas aquisições?
Fonte: https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR791BR
Portanto...
É preciso fazer escolhas sobre a
escola e a sociedade que
queremos!!!
Livro -Cuidado escola
Terminaremos este bloco de slides com uma
preciosa criação...
Você terá acesso ao texto “Currículo em Movimento”
(próximo arquivo), que é uma espécie de cordel
dialético, criado pela Profa. Esp. Maria Raquel
Carneiro que integra a equipe do Departamento
Pedagógico (DPPPE) da Secretaria Municipal da
Educação de Bauru, na coordenação das áreas de
História e Geografia.
Neste texto ela traz uma síntese dos nossos estudos
empreendidos até aqui.
Aprecie-o sem moderação!!!
ALVES, G. L. Apresentação. In: KLEIN, L. R. Alfabetização: quem tem medo de ensinar? São Paulo: Cortez; Campo
Grande: Editora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 1996. p. 09-11.
DUARTE, N. Lukács e Saviani: a ontologia do ser social e a pedagogia histórico-crítica. In: SAVIANI, D.; DUARTE, N.
(Org.). Pedagogia histórico-crítica e luta de classes na educação escolar. Campinas: Autores Associados, 2012.
p. 37-57.
LAVOURA, T. N.; MARSIGLIA, A. N. G. A pedagogia histórico-crítica e a defesa da transmissão do saber elaborado:
apontamentos acerca do método pedagógico. In: Perspectiva, Florianópolis, v. 33, n. 1, jan./abr. 2015. p. 345-376.
LURIA, A. R. O desenvolvimento da escrita na criança. In: VIGOTSKI, L. S.; LURIA, A. R. & LEONTIEV, A. N. In:
Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem.12ª ed. São Paulo: Ícone, 2016. p. 143-189.
MARTINS, L. M. ; MARSIGLIA, A. C. G. As perspectivas construtivistas e histórico-crítica sobre o desenvolvimento
da escrita. Campinas: Autores Associados, 2015.
PEREIRA, E. M. A. Docência na universidade ultrapassa preparação para mundo do trabalho. In: Revista Ensino
Superor, UNICAMP, 2015. Disponível em: https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/artigos/docencia-na-
universidade-ultrapassa-preparacao-para-mundo-do-trabalho
SAVIANI, D. O conceito dialético de mediação na pedagogia histórico-crítica em intermediação com a psicologia histórico-
cultural.In: Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 7, n. 1, jun. 2015. p. 26-43.
______. Pedagogia histórico-critica: primeiras aproximações. 9. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005 (coleção
educação contemporânea).
TEIXEIRA, L. A.; AGUDO, M. M. O método pedagógico da pedagogia histórico-crítica: desafios e possibilidades. In:
MESQUITA, A. M.; FANTIN, F. B.; ASBAHR, F. S. F. (Org.). Currículo comum para o ensino fundamental
municipal de Bauru. 2. ed. Bauru: Prefeitura Municipal de Bauru, 2016, p. 147-176.
VYGOTSKY, L. S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
REFERÊNCIAS