Série: Andando em
Novidade de Vida
2ª Edição – Jan/2017
Copyright do Autor – Ver Informações de Uso no Próprio Material
Andando de Modo
Agradável e Digno
do Senhor
- Ensino Sistêmico sobre a Vida Cristã -
Considerações Gerais Sobre o Uso Deste Material:
Este material tem como objetivo servir de apoio ao conhecimento e aprofundamento
do estudo da Bíblia e da Vida Cristã.
Tendo como base o entendimento de que na Bíblia Cristã está contida a consolidação
dos registros fundamentais e formais dos escritos inspirados por Deus para a
humanidade e para cada indivíduo dela, os conteúdos expostos neste material não
visam jamais acrescentar algo à Bíblia, e nem jamais retirar algo dela, mas almejam
contribuir na exploração daquilo que já foi registrado e repassado a nós pelo Único
Criador e Senhor dos Céus e da Terra ao longo de milhares de anos da história.
O que se pretende apresentar são assuntos agrupados, coligados, organizados e
sistematizados, visando abordar temas e considerações específicas contidas na Bíblia
Cristã, com o intuito de auxiliar nas abordagens de alguns tópicos especiais dentre tão
vasto conteúdo que ela nos apresenta.
Eclesiastes 12:11 As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados as sentenças coligidas, dadas pelo único Pastor.
As palavras coligadas, postas juntas, como ditas no texto bíblico acima, servem como
pregos de apoio para fixação, sustentação. Assim, um dos objetivos neste material é
estudar e buscar um mais amplo entendimento das verdades que nos foram entregues
pelo Único Pastor, O Deus Criador dos Céus e da Terra.
Sugerimos que a leitura e o estudo sejam sempre acompanhados da prudência e
averiguação devida, considerando que isto é um hábito muitíssimo saudável a ser feito
em relação a qualquer material que é apresentado por outrem.
O ato de aceitação, rejeição, ou o “reter o que é bom”, é um atributo pessoal e
individual dado àqueles que recebem a sabedoria de Deus e que deveria ser exercitado
ou usado por eles em relação a todo o material que chega às suas mãos.
Provérbios 8:12 Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e disponho de conhecimentos e de conselhos.
Atos 17:11 Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois
receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.
Provérbios 16:1 O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos
lábios vem do SENHOR. 2 Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o SENHOR pesa
o espírito. 3 Confia ao SENHOR as tuas obras, e os teus desígnios serão estabelecidos.
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www.ensinovidacrista.org.
Ronald Gortz e Irmelin Gortz, servos do Senhor Jesus Cristo!
Considerações Sobre Cópias e Distribuição Deste Material:
Este material específico, impresso ou em mídia digital, está autorizado a ser copiado
livremente para uso pessoal. Ele é direcionado àqueles que têm sede e fome de
conhecerem mais sobre o Deus Criador dos Céus e da Terra, o Pai Celestial, sobre a
Bíblia Cristã, a Vida de Cristo e a Vida Cristã, ou mesmo aqueles que somente querem
iniciar um conhecimento sobre estes aspectos.
Apocalipse 21:5 E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e
verdadeiras. 6 Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim.
Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.
A disponibilização livre desses materiais é tão somente a adoção de uma prática
similar do exemplo e da maneira como o Rei dos Reis, O Senhor dos Senhores, distribui
da fonte da água da vida àqueles que têm sede por ela.
Se uma pessoa, para quem este material for benéfico, desejar compartilhá-lo com
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às pessoas em geral que quiserem ter acesso a ele para sua leitura, estudo e proveito
naquilo que lhes for benéfico, bem como para compartilhá-lo, também livremente,
àqueles que têm restrições ou dificuldades de acesso direto ao “site” mencionado.
1Timóteo 2:3 Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, 4 o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno
conhecimento da verdade.
Mais detalhes sobre estas considerações de uso foram postadas em
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Índice
Conteúdo Índice .............................................................................................. 4
C1. O Benéfico e Justo Chamado para Apresentar-se Também de Modo Agradável ao
Senhor ................................................................................................ 5
C2. Agradável, Aceitável e Digno .............................................................. 9
C3. Tornados Aceitáveis ou Dignos para Poder Se Apresentar de Modo Aceitável ou
Digno a Deus ....................................................................................... 12
C4. Apresentar-se de Modo Aceitável ou Digno a Deus após ter Sido Tornado
Aceitável ou Digno ................................................................................ 17
C5. A Ótica Peculiar e Sublime Evidenciada Especialmente no Chamado para Andar
de Modo Digno do Senhor ....................................................................... 19
C6. Posturas Práticas que Acompanham o Apresentar-se ou o Andar de Modo
Aceitável ou Digno de Deus ..................................................................... 26
C7. O Modo Agradável, Aceitável ou Digno de Deus Visto também sob o Aspecto da
Edificação Digna do Senhor ..................................................................... 33
Bibliografia ..................................................................................... 45
5
C1. O Benéfico e Justo Chamado para Apresentar-se
Também de Modo Agradável ao Senhor
Este novo material é uma sequência dos estudos da série Andando em Novidade de
Vida e é precedido pelos seguintes temas:
1) Estar, Permanecer, Viver, Andar e Frutificar em Cristo;
2) Firmados e Estabelecidos em Cristo;
3) A Singular Liberdade de Viver e Andar em Cristo;
4) Andando em Novidade de Vida;
5) Andando como Povo Santo ou Exclusivo do Senhor.
Nos três primeiros estudo acima mencionados, procuramos expor diversos aspectos
que são complementares uns aos outros no chamado do Senhor para um cristão andar
em novidade de vida em Cristo Jesus e que dão suporte ou sustentação a este chamado,
passando a ver o próprio andar em novidade de vida de forma mais pormenorizada a
partir do quarto e quinto estudos acima citados.
Ainda no quarto e quinto estudos acima referenciados, procuramos evidenciar, pelas
Escrituras, que o fato de cada cristão que ainda permanece no presente mundo ser
chamado a andar em novidade de vida, também significa que cada um deles é chamado
a se apresentar pessoalmente a Deus na maneira vivificada que recebeu do Senhor, bem
como também como santo ou pertencente ao Senhor que o separou do caminho de
trevas e morte e o colocou no caminho de luz e vida eterna.
Nos estudos em referência acima, foi ressaltado que a salvação provinda de Deus
para os seres humanos é um “de --> para” a fim de uma pessoa também poder passar
efetivamente a viver e andar na condição “para” a qual ela foi salva, sendo que o
apresentar-se pessoalmente a Deus de forma viva e santa, expressa dois aspectos
fundamentais práticos e integrantes do efetivo andar em novidade de vida.
Uma vez que a salvação de Deus permite uma pessoa vir a ser constituída como um
cristão, conferindo-lhe novidade de vida e a condição de separação do império das
trevas para ser pertencente ao reino do Filho do Amor de Deus, também é racional,
sóbrio ou evidente esperar que o cristão passe a se apresentar ao Senhor segundo a sua
nova condição que da parte de Deus lhe foi conferida.
Uma vez que uma pessoa recebeu a condição de ser um cristão e recebeu a condição
de ser pertencente ao reino de Deus, não há nenhum sentido em ela não querer se
portar como cristã ou em querer se portar contrária ao reino de Deus pelo qual ela
mesma fez a sua escolha, pois nenhuma casa ou reino que adotam a postura de militar
contra si mesmo, respectivamente, podem subsistir.
Marcos 3:24 Se um reino estiver dividido contra si mesmo, tal reino não pode subsistir;
25 se uma casa estiver dividida contra si mesma, tal casa não poderá subsistir.
6
Mateus 12:25 Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou
casa dividida contra si mesma não subsistirá.
Um cristão poder andar em novidade de vida e santidade também em relação àquilo
que realiza por meio do seu corpo natural ou dos membros do seu corpo, ainda
enquanto está no mundo presente, sempre foi considerado, diante de Deus, como
aquilo que é racional, evidente ou aquilo que é segundo um sóbrio entendimento sobre
o chamado celestial para uma pessoa vir a receber a Cristo Jesus no coração como
Senhor de sua vida.
Todavia, devido ao inestimável e fundamental valor que o andar em
novidade de vida representa para cada pessoa após o recebimento da
salvação de Deus no coração, o Senhor, por meio de Paulo, além de instruir
sobre o chamado para cada cristão apresentar seu corpo como sacrifício
vivo e santo ao Senhor, também instrui aos cristãos com “rogos”, “pelas
misericórdias de Deus”, para que cada um pessoalmente apresente o seu
próprio corpo ainda como uma oferta “agradável” ao Senhor.
Abaixo relembramos o texto no qual Paulo instrui como um cristão deve se
posicionar diante de Deus também nos aspectos que são relativos ao seu corpo natural
para andar em novidade de vida, destacando o aspecto sobre fazê-lo também de modo
agradável, conforme segue:
Romanos 12:1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus, que é o vosso culto (ou serviço) racional.
A menção de que cada cristão que ainda está no presente no mundo também é
chamado a se apresentar ao Senhor tanto de modo vivo, santo, bem como agradável,
não se refere a uma mera repetição de três palavras com o mesmo significado, mas,
sim, que cada uma destas expressões representa posicionamentos práticos específicos
que se complementam mutuamente, e isto, a fim de fazer com que um cristão também
possa efetivamente alcançar o experimentar do propósito de novidade de vida para a
qual ele é chamado no Senhor.
Assim como apresentar-se vivo e o apresentar-se santo a Deus fazem
parte dos aspectos vitais para a realização do efetivo andar em novidade de
vida como um cristão, redimido e salvo no Senhor, tendo cada um destes
dois aspectos as suas características peculiares, assim também o
apresentar-se de modo agradável ao Senhor, com as suas respectivas
características, é parte integrante e vital na realização do objetivo de andar
no Senhor.
Assim como o apresentar-se vivo e o apresentar-se santo a Deus
cooperam para elucidar sobre o como um cristão pode, de forma prática,
andar na novidade para a qual ele é chamado em Cristo, assim também o
aspecto de ser chamado para se apresentar a Deus de modo agradável a
Ele, igualmente contribui para que um cristão possa ver mais amplamente
o quão grandiosa é a vocação para a qual ele é chamado no Senhor.
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Devido ao grande benefício que representa o andar em novidade de vida para cada
cristão, o Senhor, reiteradamente e por diversos aspectos, também instrui e evidencia,
até com rogos, como esta novidade de vida pode ser efetivamente experimentada.
Quando um cristão passa a se inteirar de forma mais aprofundada no
aspecto específico de se apresentar de forma agradável a Deus, ele
perceberá que também este aspecto do chamado em Deus para com ele é
sobremodo sublime, esclarecedor e cooperativo para a novidade de vida
concedida para ser vivenciada em Cristo Jesus.
Não é para imputar peso aos cristãos que o Senhor os chama para eles também
passarem a adotar posturas e posicionamentos práticos na condição de remidos e
salvos, como é o caso de apresentar-se também de modo agradável a Deus, mas, sim,
para que cada cristão vivencie efetivamente a vida a ele concedida e permaneça nela,
bem como também para que cada cristão esteja em posição na qual seja vencedor sobre
o mundo que tão acentuadamente se opõe à novidade de vida oferecida dos Céus aos
seres humanos.
Quando instrui os cristãos para se apresentarem também de modo agradável a Ele,
também estas palavras são espírito e vida e palavras que conduzem um cristão à vitória
no Senhor sobre o mundo que ainda resiste ao Seu senhorio.
João 6:63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.
João 5:24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em
juízo, mas passou da morte para a vida.
1 João 5:3 Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos,
4 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
5 Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?
Assim como o chamado para apresentar-se vivo ao Senhor é
perfeitamente razoável e justo para com aquele que recebeu do próprio
Senhor a condição de vivificado, e assim como o chamado para apresentar-
se santo ao Senhor é perfeitamente razoável e justo para com aquele que
foi separado do império das trevas e do caminho de morte a fim de ser
herdeiro do reino de Deus e da vida eterna no Senhor, assim também o
chamado para apresentar-se de modo agradável ao Senhor, é
perfeitamente razoável e justo para com aquele que no Senhor recebe a
condição de deixar de ser inimigo de Deus, que passa a ser lavado do
pecado e que, ainda, passa para a condição de ter comunhão com o Senhor
e ser aperfeiçoado Nele para o que é bom.
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Tudo aquilo para o qual os cristãos são chamados para se apresentarem a Deus,
inclusive oferecendo a Deus os membros do seu corpo natural de modo agradável ao
Senhor, é apresentado a eles pelo Senhor por ser verdadeiramente útil e necessário ao
andar em novidade de vida, bem como também por fazer parte daquilo que é
apropriado, pertinente ou próprio ao caminho da vida, visando, o Senhor, com isto, que
todo cristão se coloque constantemente em um posicionamento no qual este possa
receber do Senhor mais das dádivas celestiais agradáveis que, por sua vez, também o
Senhor tem reservado àqueles que se apresentam de modo agradável a Ele.
Provérbios 2:7 Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade,
8 guarda as veredas do juízo e conserva o caminho dos seus santos. 9 Então, entenderás justiça, juízo e equidade, todas as boas veredas. 10 Porquanto a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento
será agradável à tua alma.
Isaías 48:17 Assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te ensina o que é útil e te guia pelo
caminho em que deves andar.
Salmos 16:7 Bendigo o SENHOR, que me aconselha; pois até durante a noite o meu coração me ensina.
8 O SENHOR, tenho-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita, não serei abalado.
9 Alegra-se, pois, o meu coração, e o meu espírito exulta; até o meu corpo repousará seguro.
10 Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
11 Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.
9
C2. Agradável, Aceitável e Digno
Uma vez visto, no capítulo anterior, que um cristão é chamado a apresentar-se
também de modo agradável ao Senhor, um aspecto que naturalmente poderia ser visto
na sequência, seria o aspecto de como, então, de forma prática, um indivíduo pode
realizar este apresentar-se específico a Deus.
Entretanto, antes de avançarmos para o aspecto referido no parágrafo anterior,
parece-nos ser mais apropriado fazer algumas considerações sobre a própria expressão
“agradável” utilizada no verso 1 do capítulo 12 de Romanos, bem como utilizada
também em diversos outros textos das Escrituras.
Assim que, em primeiro lugar neste capítulo, gostaríamos de frisar que a questão de
algo ser agradável para Deus, não tem a mesma conotação do que o ser humano
entende como prazeroso ou agradável em sua mentalidade carnal e dissociada da
vontade de Deus.
As Escrituras nos ensinam que Deus é amor, mas as mesmas Escrituras
também ensinam que o amor não se regozija, não folga ou não se agrada da
injustiça, bem como também não se porta de maneira inconveniente,
mostrando-nos que o Senhor somente se agrada daquilo que é segundo o
Seu amor, a Sua justiça e a verdade.
1 João 4:16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e
Deus, nele.
1Coríntios 13: 4 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,
5 não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;
6 não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Gálatas 5:6 Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor.
Em segundo lugar, gostaríamos de destacar que o “apresentar-se de modo agradável
a Deus”, também não se refere a uma pessoa oferecer um conjunto de sacrifícios, dons,
ofertas ou dízimos que ela possa achar que Deus queira receber e com os quais Ele
deveria se agradar, pois o que Deus pede para cada cristão apresentar como sacrifício
vivo, santo e agradável a Ele, não faz referência aos dons, bens ou recursos que este
cristão porventura quisesse oferecer a Deus, mas faz referência ao cristão apresentar a
si mesmo, a sua própria vida e o seu próprio corpo natural a Deus com vistas ao viver e
também andar segundo a novidade de vida que há para ele em Cristo Jesus.
E em continuidade aos dois aspectos acima mencionados, pode ser visto, então,
como um terceiro aspecto, que o apresentar-se a Deus de modo agradável,
refere-se, de forma inseparável, também ao apresentar-se a Deus de forma
“aceitável” ao Senhor, sendo que diversas versões bíblicas inclusive utilizam este
último termo mencionado em suas traduções.
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O que é agradável e o que é aceitável a Deus são aspectos que diante do
Senhor caminham de forma conjunta, não podendo, uma pessoa,
apresentar-se a Deus ou apresentar algo a Deus de modo agradável se
também não for de modo aceitável pelo Senhor.
No estudo sobre O Evangelho da Justiça de Deus, procuramos abordar, com vários
textos das Escrituras, que Deus em tudo está fundamentado em verdadeira justiça e na
verdade, o que também implica em que Deus jamais foi, é ou virá a ser cúmplice do
pecado, da iniquidade ou da injustiça, aspecto que também se reflete no que Deus
aceita ou não aceita em relação àquilo que os seres procuram oferecer a Ele.
Se algo ou alguma atitude é contrária à eterna justiça e retidão de Deus,
automaticamente isto também não é aprazível ao Senhor.
E ainda na sequência dos três pontos referenciados acima, como um quarto
aspecto daquilo que é referente ao ser agradável ou aceitável ao Senhor,
podemos ver nas Escrituras que esta questão também está associada ao
que é denominado nelas como o “modo digno do Senhor”, conforme o texto
abaixo exemplificado:
Colossenses 1: 9 Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios
do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual;
10 para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no
conhecimento de Deus; 11 corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória,
em toda a paciência e longanimidade, com gozo, 12 dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da
herança dos santos na luz.
O propósito de Deus, e pelo qual Paulo ora em favor daqueles que já receberam
Cristo Jesus como Senhor no coração, é que cada um deles venha a “andar de modo
digno do Senhor, para o Seu inteiro agrado”, conforme é exposto por algumas
outras traduções bíblicas.
Já a expressão de “modo digno” ou “dignamente”, por sua vez, também
compreende aquilo que é admissível, aceitável, adequado, apropriado,
como convém, aprovado, não condenável ou segundo aquilo que é reto,
correto ou justo, sendo exatamente por isto também considerado como
agradável ao Senhor.
Apresentar-se de modo agradável a Deus, somente pode ser realizado se
este apresentar-se também for, concomitantemente, aceitável e digno de
Deus. Razão pela qual, mais uma vez, convém destacar ser tão necessário
ter o conhecimento do que é agradável ao Senhor segundo a conceituação
do reino de Deus, a qual também se encontra exposta pelas próprias
Escrituras, e não segundo o que o mundo dissociado de Deus conceitua
sobre o que é ou o que não é agradável.
11
Romanos 12:1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus, que é o vosso culto (ou serviço) racional. 2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela
renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
12
C3. Tornados Aceitáveis ou Dignos para Poder Se
Apresentar de Modo Aceitável ou Digno a Deus
Por maior que seja a intensidade com a qual uma pessoa se apresente a Deus para
servi-lo, por maior que seja o empenho dela ou por maior que seja uma oferta ou
sacrifício que uma pessoa procure apresentar a Deus, o Senhor nada reconhece ou
recebe de uma pessoa se esta não se apresentar diante Dele também de modo aceitável
e digno segundo o que é considerado como tal pelo Senhor.
Muitas pessoas até tentam se apresentar com intensidade, com grande esforço e até
com grande montante de recursos materiais a Deus, contudo, pelo fato de muitos
indivíduos não se atentarem ou não aceitaram que aquilo que é agradável a Deus
também é indissociável do modo aceitável e digno, estes indivíduos acabam vendo as
suas tentativas de agradar a Deus recaírem tantas vezes em tentativas frustradas
quanto ao objetivo almejado por elas.
Por outro lado também, há no mundo muitas pessoas que se empenham e esforçam
para poderem vir a ser agradáveis a Deus, mas não o conseguem porque não
compreendem ou não aceitam o fato de que elas, por si mesmas, jamais poderão vir a
alcançar a condição de serem agradáveis, aceitáveis ou dignas diante do Senhor.
Assim como uma pessoa somente pode se apresentar de modo vivo a
Deus se ela já foi vivificada no Senhor, e assim como uma pessoa somente
pode se apresentar de modo santo a Deus se ela já recebeu do Senhor a
condição de santificada ou separada para ser Dele, assim também uma
pessoa somente pode vir a se apresentar de modo agradável, aceitável ou
digno a Deus se ela, de forma precedente, já recebeu do Senhor a condição
que a permite se apresentar deste modo a Deus.
Conforme abordado nos estudos anteriores da presente série sobre o tema Andando
em Novidade de Vida, um cristão é chamado para andar em novidade de vida
porque esta novidade já lhe está conferida previamente em Cristo Jesus, o
que também se aplica à questão de apresentar-se a Deus para andar de
modo aceitável ou digno do Senhor.
Na Nova Aliança que Deus oferece aos seres humanos por meio da fé em Cristo
Jesus como o Senhor, aquilo que Deus pede para os cristãos fazerem é precedido pela
provisão do Senhor para poderem realizá-lo, aplicando-se este princípio também à
questão relativa ao modo agradável, aceitável ou digno no qual os cristãos são
chamados a se apresentarem a Deus para andarem em novidade de vida.
Se o chamado para apresentar-se de modo digno a Deus ou de andar de modo
aceitável a Deus talvez possa parecer uma exigência excessivamente elevada aos olhos
de algumas pessoas, ele somente o seria se Deus não provesse primeiramente o que é
necessário para um cristão proceder desta maneira.
Um cristão pode se apresentar de modo aceitável ou digno a Deus
porque, por meio de Cristo Jesus, ele foi tornado justificado dos seus
pecados e ofensas perante o Senhor, não havendo outra maneira, a não ser
por meio de Cristo Jesus, para uma pessoa vir a se tornar justificada dos
seus pecados e iniquidades diante de Deus.
13
Relembremos abaixo um dos textos que nos mostra a condição de oposição do ser
humano em geral para com Deus, mas que também nos mostra o aspecto fundamental
para ele poder vir a se apresentar justificado perante o seu Único Criador Eterno.
Romanos 3:10 como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. 12 Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há
quem faça o bem, não há nem um só. ...
18 Não há temor de Deus diante de seus olhos. ...
21 Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas,
22 isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença.
23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção
que há em Cristo Jesus, 25 ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para
demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
26 para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.
Em Cristo Jesus, uma pessoa encontra a condição de poder se desvestir
do velho homem sujeito ao caminho do pecado, iniquidade, das trevas e
morte, bem como também em Cristo um cristão encontra a condição de
poder se revestir do novo homem interior, que é criado por Deus em
verdade e em justiça, recebendo o cristão, por isto, em Cristo Jesus, a
condição de aceitável e digno diante de Deus.
Conforme foi amplamente abordado no estudo já referenciado sobre O Evangelho da
Justiça de Deus, toda a obra ou provisão de justificação do ser humano que se
tornou inimigo de Deus por se tornar amigo do pecado, foi realizada pelo
Pai Celestial em Cristo Jesus, sendo o relacionamento pessoal com Cristo
Jesus também o único meio pelo qual uma pessoa pode vir a ser tornada
aceitável ou digna diante de Deus, bem como também o único meio para
ela continuar se mantendo nesta condição.
Abaixo relembramos brevemente mais alguns textos abordados de forma mais
ampla nos estudos sobre o Evangelho de Deus:
Colossenses 1: 21 E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas,
22 agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e
irrepreensíveis, 23 se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a
toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro.
14
2 Coríntios 5: 18 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos
confiou a palavra da reconciliação.
Romanos 5:19 Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim, pela obediência de um, muitos
serão feitos justos.
2 Coríntios 5:21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
Assim que, um primeiro aspecto primordial para a vida de um cristão a
fim de que ele possa se apresentar a Deus de modo aceitável ou digno do
Senhor, refere-se a ele permanecer na condição que inicialmente recebeu
de Cristo ao receber a sua salvação no Senhor e pela qual foi tornado
aceitável diante de Deus.
Colossenses 2:6 Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele,
7 arraigados e edificados nele e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças.
Sem que um cristão permaneça na justiça e graça celestial pelas quais ele foi
justificado, salvo e separado para pertencer ao Senhor, ele jamais poderá se apresentar
de modo agradável e digno do Senhor, sendo estes aspectos pré-requisitos
indispensáveis para toda a pessoa que almeja estar em condição aceitável diante de
Deus.
De forma similar à graça e à justiça celestial, também ocorre em relação à fé ou
confiança de um cristão no Senhor. Uma vez que um cristão recebeu a justiça e a graça
de Deus para com ele por crer em Cristo Jesus como o Senhor para salvá-lo e torná-lo
inicialmente aceitável no reino de Deus, também é pela permanência na fé e na
confiança no Senhor Jesus Cristo que um cristão pode continuar na condição em que
ele se encontra em um modo de vida que é aceitável diante de Deus.
Se uma pessoa recebeu em Cristo Jesus a salvação concedida a ela mediante a fé na
provisão de Deus para com ela a fim de poder ser aceitável ao reino de Deus, também é
mediante a fé na mesma provisão de Deus em Cristo Jesus que ela é chamada a
continuar na condição de aceitável ao reino celestial, sendo a própria fé, pela qual
alguém pode agradar a Deus, também concedida e sustentada somente pelo Senhor
Jesus para aqueles que mantêm os olhos fitos Nele.
Hebreus 11:6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é
galardoador dos que o buscam.
15
Hebreus 12:2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a
afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
Também em relação ao apresentar-se de modo agradável, aceitável ou digno do
Senhor, aplicam-se as seguintes palavras do Senhor Jesus Cristo que temos procurado
acentuar tão repetidamente:
João 15: 4 Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na
videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. 5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu,
nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
Também para uma pessoa poder se apresentar diante de Deus de modo vivo, santo e
aceitável, ela somente pode fazê-lo por meio da comunhão com Cristo e do que é
concedido a ela previamente em Cristo Jesus por meio desta comunhão ou
permanência Nele.
João 14:6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
Conforme também foi abordado de forma mais ampla no estudo sobre O Evangelho
da Justiça de Deus, o Senhor tornou as pessoas dignas diante Dele mediante o Seu
Espírito e mediante a provisão que lhes é concedida pela fé na justiça que há em Cristo
Jesus não para que, em seguida, os cristãos, como salvos, voltassem a querer se
apresentar de modo agradável a Deus pelos esforços da carne ou da lei de Moisés que
em Cristo Jesus foi declarada obsoleta e revogada.
Um cristão querer retornar às tentativas de agradar a Deus pelos esforços da vida
carnal, o que também é uma forma de expressar o intento de querer agradar a Deus
mediante o seguir a lei de normas e preceitos externos similares aos da lei da primeira
aliança, jamais será considerada como uma ação aceitável ou digna de Deus, pois ela
representa, antes, uma ação subjugada ao engano, a uma fascinação ou a um
encantamento, conforme foi alertado, por exemplo, também no texto a seguir:
Gálatas 2: 19 Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo;
20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que
me amou e a si mesmo se entregou por mim. 21 Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei,
segue-se que morreu Cristo em vão. Gálatas 3: 1 Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante
cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? 2 Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras
da lei ou pela pregação da fé? 3 Sois assim insensatos que, tendo começado no Espírito, estejais,
agora, vos aperfeiçoando na carne?
16
4 Terá sido em vão que tantas coisas sofrestes? Se, na verdade, foram em vão.
5 Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera milagres entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
6 É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça.
7 Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão. 8 Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os
gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos.
9 De modo que os da fé são abençoados com o crente Abraão. 10 Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não
permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.
11 E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.
12 Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá.
13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele
que for pendurado em madeiro), 14 para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido.
É por ter sido tornado aceitável a Deus por meio de Cristo Jesus e por
continuar crendo que é em Cristo Jesus que ele continua a ser aceitável a
Deus, é que um cristão pode avançar também para apresentar a si como
oferta aceitável ou digna a Deus, e isto também a fim de alcançar os
propósitos que o Senhor tem para a sua vida depois de ter sido feito
aceitável ou digno do reino e da novidade de vida celestial.
2 Ts 1:11 Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder
todo propósito de bondade e obra de fé, 12 a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.
Hebreus 13: 20 Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da
eterna aliança, 21 vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade,
operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!
17
C4. Apresentar-se de Modo Aceitável ou Digno a Deus após
ter Sido Tornado Aceitável ou Digno
O fato de um indivíduo necessitar, primeiramente, ser tornado aceitável ou digno
pelo Senhor para depois também poder se apresentar de modo aceitável ou digno a
Deus, talvez possa soar estranho a algumas pessoas. Todavia, este mesmo aspecto ou
tipo de situação, somente a título de exemplo de similaridade, também pode ser visto
na própria vida natural entre os seres humanos, na qual, por usa vez, ele ocorre
diariamente ou com muita frequência.
Se olharmos, por exemplo, o processo que é realizado para constituir uma equipe de
bombeiros, pode ser observado que estes, em geral, primeiramente são treinados e
equipados para somente depois serem considerados aceitáveis ou dignos para
efetivamente atuarem no seu campo de atividades para o qual se apresentaram para
trabalhar.
Por outro lado, contudo, não faz muito sentido uma pessoa querer se tornar em um
bombeiro aceitável e digno para a sua profissão sem também querer se apresentar
disponível quando a sua cooperação for necessária.
Deus não requer das pessoas aquilo que os seres humanos não podem realizar ou
alcançar por si mesmos, como é o caso deles se apresentarem por si mesmos de modo
aceitável ou digno a Deus. Entretanto, uma vez que aquilo que as pessoas necessitam
lhes é concedido de forma plenamente satisfatória no próprio Deus, o Senhor espera,
sim, que as pessoas passem a se posicionar na nova condição que lhes é concedida a
partir do reino celestial, sendo os cristãos, neste sentido, chamados a apresentarem
também o corpo natural como oferta aceitável e digna ao Senhor. Aspecto que também
é expresso pelo chamado de andarem na novidade de vida já estendida a eles em Cristo
Jesus.
Assim que, após primeiramente receber a Cristo e também permanecer
em Cristo para estar na condição aceitável ou digna diante de Deus, um
cristão, como um segundo aspecto essencial para a sua vida no Senhor,
também é chamado para passar a adotar caminhos, posturas e ações na
nova condição previamente já disponibilizada a ele em Cristo Jesus.
Após oferecer a cada cristão a condição dele permanecer sendo aceitável
e digno diante de Deus, o Senhor também convida a cada um deles a
escolherem e adotarem posturas e ações em conformidade com aquilo que
lhes é concedido em Cristo Jesus.
Assim como uma pessoa vivificada em Cristo Jesus é chamada para
passar a viver e andar como vivificada, e assim como uma pessoa separada
ou santificada para o reino de Deus é chamada para viver e andar nesta
condição de santidade, assim também a pessoa que foi tornada aceitável ou
digna em Cristo é chamada a fazer uso desta sua nova condição no seu
viver e, inclusive, andar no mundo presente.
Mencionando mais uma vez que as “vestes” nas Escrituras também expressam a
ideia de posturas e atitudes que uma pessoa escolhe ou adota para o seu modo de vida,
após uma pessoa receber em Cristo Jesus a condição de se despir das vestes do velho
homem, bem como também revestir-se das vestes do novo homem, o Senhor também
18
espera ou chama um cristão a efetivamente se despir dos atributos do velho homem e
se revestir dos atributos do novo homem, exemplificado no texto a seguir:
Efésios 4: 17 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus
próprios pensamentos, 18 obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa
da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, 19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução
para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza. 20 Mas não foi assim que aprendestes a Cristo,
21 se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus,
22 no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano,
23 e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, 24 e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e
retidão procedentes da verdade.
O chamado para apresentar o corpo como sacrifício aceitável a Deus, o chamado
para andar em novidade de vida e o chamado para estar despojado do velho homem,
bem como revestido do novo homem também em relação à vida prática a ser vivida
ainda no presente mundo, são expressões que, em sua essência ou em muitos aspectos,
se equivalem para reiterar de diversas formas que a concessão de novidade de vida que
o Senhor concede àqueles que optam por recebê-la, também visa um propósito que a
acompanha ou que pode ser realizado após a concessão da novidade de vida.
Se por um lado é fundamental um cristão compreender e se manter
atento ao fato de que é somente pelo Senhor que ele pode se apresentar
aceitável a Deus ou que ele pode andar de modo digno do Senhor, não
podendo realizar obras aceitáveis se o próprio cristão, primeiramente, não
tiver sido aceito em Cristo Jesus mediante a fé no Senhor, por outro lado,
também é imprescindível reiterar que um cristão, após ter sido tornado
digno diante de Deus pelo Senhor, é chamado para continuar se
apresentando diante de Deus aceitável ou andar em tudo de modo digno do
Senhor, pois este segundo ponto também faz parte da condição de
novidade de vida para a qual um cristão foi salvo.
Após ter sido tornado aceitável ou digno por Deus em Cristo Jesus, a
ponto de receber a reconciliação com o Pai Celestial e a possibilidade de
uma comunhão constante com o Senhor Jesus já a partir do coração, o
chamado para também viver e andar nesta nova condição, de certa forma,
simplesmente significa manter-se na condição recebida e agir em
conformidade a ela, consciente de que o chamado para ser digno no
Senhor também engloba o propósito de poder viver e andar na dignidade
recebida de Deus mediante a Sua graça celestial.
19
C5. A Ótica Peculiar e Sublime Evidenciada Especialmente
no Chamado para Andar de Modo Digno do Senhor
Depois de visto que o chamado para um cristão se apresentar de modo aceitável ou
digno a Deus refere-se, essencialmente, a apresentar-se a Deus segundo a condição que
o cristão primeiramente recebeu no Senhor, a fim de também andar de modo aceitável
ou digno nos mais diversos aspectos de sua vida, pensamos ser propício passar a
avançar um pouco mais em direção a alguns aspectos específicos que há no andar de
modo aceitável ou digno do Senhor, tendo em vista que associado a este aspecto do
andar em novidade de vida, há também algumas perspectivas muito especiais, sublimes
e peculiares.
Ao longo dos estudos que fazem parte do Ensino Sistêmico sobre a Vida Cristã,
temos procurado reiterar e evidenciar que em tudo a opção pelo caminho ou pela
vontade de Deus é também uma opção para o bem do cristão, quer para o presente ou
para o porvir. Sendo por isto, perfeitamente razoável um cristão também se oferecer a
Deus para pertencer ao Senhor e para que o Senhor o instrua, guie e proteja a sua vida
em todos os seus caminhos, inclusive, e principalmente, também no momento de
deixar o presente mundo natural e herdar em Deus eternamente a vida que é eterna.
Quando, contudo, passamos a ver que um cristão é chamado para andar
também de modo digno de Deus, além deste posicionamento igualmente
visar o bem do cristão, podemos observar que o andar de modo digno de
Deus evidencia de uma forma toda especial ainda outro aspecto pelo qual
um cristão também deveria andar no caminho e na vontade de Deus, um
aspecto onde Deus é colocado em evidencia como a grande razão pela qual
um cristão deveria andar em novidade de vida.
Assim como o cristão é chamado para andar de modo santo ou separado para Deus
no mundo presente, porque isto lhe é necessário uma vez que Deus também é santo e
que sem a santificação em Cristo Jesus ninguém pode achegar-se ao Pai Celestial, assim
também o cristão é chamado a andar na condição de digno que recebeu do Senhor para
o benefício deste cristão e para não se afastar desta condição a ele conferida.
Quando, todavia, vemos em destaque que o chamado para um cristão
“andar de modo digno do Senhor” não está se referindo somente a um
chamado para um cristão “andar de modo digno diante do Senhor”,
embora isto também esteja contemplado nele, pode ser visto neste aspecto
específico uma perspectiva cuja ênfase reitera o quanto o andar em
novidade de vida é digno de ser seguido por causa do reconhecimento ou
respeito para com a dignidade do próprio Deus.
Considerando que a salvação celestial oferecida pelo Senhor coloca o ser humano em
grande destaque em vários aspectos, até pelo fato do próprio objetivo desta salvação ser
direcionado a cada indivíduo que está no mundo, é compreensível que também haja
uma grande ênfase em buscar saber o que a vida em Cristo Jesus objetiva proporcionar
na vida de um cristão. Entretanto, quando passamos a ver mais de perto também o
aspecto de andar de modo digno “do Senhor”, podemos passar a ver que um dos
aspectos que mais deveria mover um cristão a andar em novidade de vida, não é
somente a perspectiva do que é bom para ele mesmo, mas, sim, do que é condizente
com a própria dignidade do Senhor que lhe estendeu a salvação.
20
Enquanto um cristão ainda vê um peso de obrigatoriedade em ser chamado para se
apresentar vivificado ao Deus que o vivificou, ou enquanto um cristão ainda vê um peso
de restrições para a sua vida pelo fato de ser chamado para se apresentar como santo
ou pertencente a Deus que em Cristo Jesus o separou do caminho da perdição para a
vida Nele, este cristão ainda carece de uma compreensão mais apropriada da grandeza,
da sublimidade, da retidão, da justiça e da dignidade que há Naquele que o chama a
viver e andar segundo o modo digno do próprio Senhor que o vivificou, santificou para
Ele e o tornou aceitável para a reconciliação e para a comunhão eterna com Ele.
Enquanto um cristão ainda vê um peso de obrigatoriedade em ser chamado para se
apresentar vivificado ao Deus que o vivificou, ou enquanto um cristão ainda vê um peso
de restrições para a sua vida pelo fato de ser chamado para se apresentar como santo
ou pertencente ao Senhor, este cristão ainda carece de uma compreensão mais
apropriada da digna glória de Deus na face de Cristo Jesus e de quão digno é o próprio
Senhor de receber honra em todo o universo.
Um cristão, lavado pelo sangue de Cristo, regenerado pelo Espírito de Deus,
recebido na família de Deus e como concidadão dos santos, é chamado para andar de
modo digno segundo o reino celestial para o seu próprio bem, mas ele também pode
crescer em sua vida cristã para fazê-lo não porque está focado somente em si mesmo,
mas porque descobre que ao viver e andar dignamente em Cristo, ele também pode
viver e andar para um propósito que é ainda maior que buscar o bem somente a ele,
passando a viver e andar no propósito eterno de também ser um cooperador do Eterno
e Único Deus Criador dos Céus e da Terra e tudo o que neles há.
Quando um cristão permite que o amor de Deus atue de forma mais
profunda em sua vida, o próprio o amor o constrange a perceber a
grandeza que é viver e andar focado não somente em si mesmo, mas
também focado em viver e andar Naquele em quem todo cristão tem a
provisão de vida para também glorificar ao Senhor e para poder andar nas
boas obras que Deus de antemão já preparou e para as quais o cristão
também foi igualmente criado.
Colossenses 1: 9 Por esta razão, nós também, desde o dia em que o
ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência
espiritual; 10 para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-
lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus;
11 corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência e longanimidade, com gozo,
12 dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz. (RC)
No mundo há multidões de pessoas que tanto buscam um propósito ou uma razão
mais substancial para as suas vidas, mas também há no mundo multidões de pessoas
que nunca o encontra porque não compreendem ou não aceitam compreender que é
quando passam a viver Naquele, por meio Daquele e para Aquele que lhes deu a vida
que cada indivíduo pode se encontrar com o propósito supremo ou com a soberana
vocação de Deus que há em Cristo Jesus, o qual, por sua vez, se entregou para tornar
este propósito disponível a todo aquele que Nele crê.
21
2Coríntios 5: 14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram.
15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Por causa da criação que Deus realizou em Cristo Jesus, por causa da
redenção que Deus proveu em Cristo Jesus, bem como também pelas
muitas virtudes de Deus que são reveladas a um cristão pelo privilégio a ele
estendido de poder conhecer da glória de Deus e da glória de Cristo por
meio da comunhão com o Senhor, todos os cristãos deveriam compreender
que é perfeitamente sóbrio e razoável que eles se ofereçam sempre a Deus
para viverem e andarem de modo digno não somente por causa do
benefício a eles mesmos, mas também por causa da dignidade que é
eternamente devida ao próprio Senhor.
Apocalipse 4: 11 Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da
tua vontade vieram a existir e foram criadas.
Apocalipse 5: 11 Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões
e milhares de milhares, 12 proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e
louvor. 13 Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra,
debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a
honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.
Já por outro lado, dissociadas de viverem e andarem de modo digno do Senhor
porque Deus é digno que assim o façam, as pessoas se perdem na falta de sobriedade e
perspectiva eterna de vida, e como consequência disto, elas enveredam as suas vidas
para aquilo que já há muito tempo foi revelado sobre elas, conforme segue abaixo:
2 Timóteo 3:1 Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis,
2 pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos,
irreverentes, 3 desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si,
cruéis, inimigos do bem, 4 traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que
amigos de Deus, 5 tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge
também destes.
22
Filipenses 3:18 Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da
cruz de Cristo. 19 O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória
deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.
Quando as pessoas se entregam ao apelo por viver e andar de modo contrário à
dignidade celestial que é devida de ser seguida, primeiramente, pelo fato de Deus em
tudo ser digno, as pessoas podem até se mostrarem externamente piedosas, associadas
às mais diversas instituições religiosas que até se denominam de cristãs e ainda
participarem assiduamente do que chamam de cultos a Deus, mas ao negligenciarem o
chamado para andarem no dia-a-dia segundo a soberana dignidade de Deus sobre as
suas vidas, elas com atos e palavras negam ao Senhor que dizem querer seguir.
E ainda, quando as pessoas perdem a perspectiva da dignidade de Deus e de que é
justo e apropriado elas viverem e andarem do modo digno do Senhor pelo fato de que
Deus é digno de ver a sua criação vivendo e andando segundo a dignidade celestial, elas
também deixam de suportar o ouvir a sã doutrina e entregam-se a ouvir mestres que
lhes dizem o que querem ouvir e que com bajulações propagam ensinos pelos quais as
pessoas se veem como o centro do universo, deixando de reconhecer, em seus vãos
pensamentos, o Único Deus que sustenta a tudo e a todos de modo eternamente digno.
2 Timóteo 4:3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias
cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.
Dar ouvidos, por exemplo, ao tipo de pensamento que propõe que Deus, por causa
da Sua graça, fecha os olhos para os comportamentos indignos dos cristãos, como se
Deus não se importasse ou não tomasse conhecimento das ações inapropriadas dos
cristãos, é prestar os ouvidos a fábulas que visam corromper exatamente o chamado de
Deus para o cristão andar de modo digno ou aceitável do Senhor.
Se o modo digno é também o modo aceitável, o modo indigno é também
o modo inaceitável diante de Deus, e apesar da graça ser parceira da
misericórdia de Deus, a graça do Senhor também é parceira da justiça e do
juízo de Deus, pois Deus, embora gracioso, não é participante ou cúmplice
de qualquer injustiça.
1 Coríntios 15:33 Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.
34 Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para
vergonha vossa.
23
Quando um cristão quer alegar que Deus, por causa da graça celestial, não se
importa se a sua vida está entregue ao pecado ou entregue ao retorno aos princípios da
lei de Moisés, o que também é uma condição de pecado, ele está esquecendo-se que
todo cristão, juntamente com o chamado para a graça, também é chamado para
apresentar-se a cada dia de modo digno de Deus. E ainda, que quando um cristão toma
a graça de Deus em vão, ele na realidade está se afastando do estar sob a graça do
Senhor.
2 Coríntios 6:1 E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também
vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus 2 (porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis,
agora, o dia da salvação); 3 não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma,
para que o ministério não seja censurado.
Gálatas 5:4 De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes.
Hebreus 2: 1 Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. 2 Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda
transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, 3 como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois
confirmada pelos que a ouviram; 4 dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios
e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade.
Todo cristão vem de uma condição em que ele era uma pessoa sem condições em si
mesmo de ser digno diante do Senhor, sendo feito digno pelo sacrifício de Cristo na
cruz do Calvário e por meio do qual recebeu o perdão e a remissão dos seus pecados
para ser aceitável a Deus. Entretanto, depois de salvo e colocado em uma posição em
que pode ver com sobriedade a glória da soberania e da dignidade do Senhor que lhe
concedeu uma condição para uma vida digna, um cristão é chamado a ter em
primordial estima o andar nesta nova condição também por causa do Senhor, tendo ao
Senhor, inclusive, como aquele que é o Único digno da primazia em sua vida a fim de
que também o cristão permaneça na condição de dignidade que lhe foi concedida em
Cristo Jesus.
Mateus 10:37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim
não é digno de mim; 38 e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.
Neste último versículo exposto acima, pode ser visto um aspecto que talvez ainda
não tenha sido percebido por muitos sobre a salvação que Deus oferece a todos em
Cristo Jesus, e que é concedida àqueles que recebem a Cristo como Senhor de suas
vidas.
24
O Senhor Jesus Cristo, no último texto exposto acima, nos mostra que
embora um cristão seja chamado a andar de modo digno do Senhor, ele é
chamado para esta condição para também se tornar digno de ter ao
próprio Cristo em sua vida, aspecto confirmado nas Escrituras ao
descrever que o mistério guardado por séculos e revelado em Cristo, é o
próprio Cristo no cristão como a certeza da esperança da glória de Deus
para este cristão.
Quando o Senhor instrui aos cristãos a se apresentarem dignos a Ele,
amando-o acima de tudo e de todos por causa amor com que foram amados
por Ele e por causa do amor que também já receberam de Deus no coração
ao se tornarem cristãos, o Senhor também os instrui a fazê-lo para eles
serem dignos do próprio Pai Celestial e do próprio Senhor Jesus em suas
vidas, pois em Cristo, cada cristão é chamado para estar no Senhor, mas
também para que o próprio cristão seja habitação de Deus.
João 14:23 Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele
morada.
1 Coríntios 6:19 Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que
não sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus
no vosso corpo.
2 Coríntios 6:16 Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse:
Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
Por fim neste capítulo, gostaríamos de destacar que o chamado para um cristão
andar de modo digno de Deus é, primeiramente, um chamado para ele
conhecer a glória do Senhor a fim de que saiba Quem é o Deus que o chama
para andar de modo digno e qual é a glória do Senhor para conduzi-lo e
auxiliá-lo neste mesmo modo de andar.
João 17:3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Por causa da fundamental importância do conhecimento da glória de Deus também
quanto ao andar de modo digno do Senhor, é que gostaríamos de reiterar mais uma vez
o quão necessário é um cristão ser instruído sobre a glória do Senhor, ressaltando
também o quanto o diabo se empenha em atuar para que os incrédulos não venham a
conhecer a tão sublime glória do Senhor, conforme texto que relembramos abaixo:
25
2Coríntios 4:3 Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto,
4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de
Cristo, o qual é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como
Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus. 6 Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento
da glória de Deus, na face de Cristo.
Por causa da pouca importância que muitos cristãos têm dado ao conhecimento
mais aprofundado do Evangelho de Deus, talvez por pensarem equivocadamente que o
Evangelho é somente para os “não salvos”, um contingente muito expressivo de cristãos
também não tem se atentado ao andar de modo digno do Senhor, pois também é pelo
Evangelho que a glória e a dignidade de Deus são tornadas conhecidas aos cristãos.
Destacando ainda, que o andar digno do Senhor também é equivalente ao andar digno
do Evangelho do Senhor.
Filipenses 1:27 Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer vá e vos veja, quer esteja ausente, ouça acerca de vós que estais num mesmo espírito,
combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho.
Pela carência do conhecimento da glória de Deus muitos cristãos
também não compreendem o que vem a ser o andar de modo digno do
Senhor, pois não avançam no conhecimento do Senhor que lhes concedeu
a salvação. Este aspecto, contudo, pode ser mudado através da efetiva
inclinação de um cristão ao Senhor para também conhecer mais do
Evangelho da glória para o qual todo cristão é chamado em Cristo Jesus.
2 Ts 2: 13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na
verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para
alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.
O fato da abordagem sobre o andar de modo digno de Deus ou sobre o apresentar-se
de modo digno ou agradável ao Senhor estar diretamente relacionado ao conhecimento
da glória do Senhor, também coopera para compreender a razão pela qual o Senhor
Jesus também instrui os seus discípulos a buscarem por primeiro o reino de Deus e a
Sua justiça. Contudo, tendo em vista que um vasto material sobre a glória do Senhor já
foi exposto no estudo sobre O Evangelho da Glória de Deus e da Glória de Cristo, nos
limitaremos aqui a mencionar mais uma vez o quão fundamental em tudo é para o
cristão prioritariamente se tornar familiarizado e íntimo do conhecimento da glória que
o Senhor quer revelar sobre si mesmo a todo aquele que Nele recebeu a novidade de
vida.
26
C6. Posturas Práticas que Acompanham o Apresentar-se
ou o Andar de Modo Aceitável ou Digno de Deus
Uma vez que um cristão compreende o quão digno é Deus e que por causa da
dignidade do Senhor também é digno ele andar de modo agradável, aceitável ou digno
de Deus, compreendendo, ainda, que poder andar deste modo é na realidade um
inestimável privilégio que lhe foi concedido pelo Senhor, este cristão também pode
avançar para uma compreensão mais precisa ou pormenorizada deste aspecto do seu
chamado no Senhor, conforme exemplificado no texto a seguir:
Efésios 4: 1 Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,
2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
3 esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;
4 há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação;
5 há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de
todos e está em todos. 7 e a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do
dom de Cristo.
Depois que um cristão compreende que ele foi chamado a andar de modo digno na
sua vocação celestial por haver um só Senhor, um só Espírito e um só Deus e Pai
Celestial sobre todos, sendo Deus, portanto, digno de receber o andar digno dos
cristãos, este cristão também pode colocar a sua atenção nos principais aspectos
práticos que estão associados ao caminhar de modo digno do Senhor.
Depois de ter os olhos iluminados sobre a relevância do andar de modo digno do
Senhor por causa da dignidade do próprio Senhor e por causa do benefício do andar
deste modo, um cristão também está mais apto a perceber que os aspectos práticos do
andar de modo digno de Deus apresentam também uma série de novas posturas e ações
para a sua vida, mas que muitas vezes não são consideradas tão dignas nas práticas das
pessoas que não seguem ao Senhor no mundo presente.
Efésios 5:8 Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz
9 (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade),
10 provando sempre o que é agradável ao Senhor.
O andar de modo digno de Deus, o qual também é a expressão do modo digno de
viver em Deus traduzido em ações práticas no dia-a-dia no mundo presente, caminha
junto com as posturas e ações de humildade, mansidão, longanimidade, bondade e
outros aspectos que para muitas pessoas no mundo são consideradas como expressões
de fraqueza e não de expressões efetivas de dignidade.
27
Assim que, também neste ponto em que o cristão é chamado a acrescentar posturas
dignas do Senhor para o seu andar agradável a Deus, recaímos mais uma vez no aspecto
da necessidade de conhecer mais amplamente a glória do Senhor para saber o que é
valioso para Deus, ainda que não o seja para o mundo, pois aquilo que é digno perante
o Senhor para ser associado pelo cristão no seu andar no mundo, também é aquilo que
faz parte das virtudes do próprio Senhor.
Aprender a andar de modo digno de Deus também engloba aprender
sobre como o Senhor é e quais são as suas virtudes, pois no quesito de
acrescentar posturas dignas ao andar na vocação de Deus, basicamente o
Senhor chama os cristãos para eles adotarem ou acrescentarem as virtudes
e posturas que há no próprio Senhor, conforme também está exemplificado nos
textos que seguem abaixo:
Mateus 11:29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa
alma.
Efésios 5:1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; 2 e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si
mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.
Ao chamar os cristãos para que estes andem de modo digno no mundo,
mesmo que o mundo esteja envolto em corrupção e escuridão e resista ao
Senhor, Deus não o faz sem que também os chame a olharem
primeiramente para Ele, pois com os olhos fitos Nele e nas Suas virtudes,
um cristão pode ter sempre à sua frente o modelo supremo e perfeito de
virtudes e posturas que lhe são necessárias para o andar de modo digno do
Senhor.
Quanto à provisão para o andar em novidade de vida e em verdadeira
piedade, ainda que em meio a um mundo resistente a Deus, o próprio
Senhor reiteradamente declarou que é pelo conhecimento Dele que um
cristão é satisfatoriamente suprido pela graça e paz, bem como pelo qual
um cristão também tem as promessas para saber que é chamado para ser,
inclusive, participante da natureza divina ou das virtudes de Deus para que
seja sustentado em tudo pelo seu Senhor, aspecto também exposto pelos textos
abaixo:
Hebreus 12: 1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e
do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,
2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz,
não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
28
2 Pedro 1:2 Graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor.
3 Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo
daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, 4 pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes
promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no
mundo.
Quando um cristão compreende que Deus é digno de receber o seu
caminhar de maneira digna e em conformidade com o reino celestial e,
ainda, este cristão se mantém atento às virtudes da natureza divina, ele
também poderá perceber que as virtudes que tornam Deus digno também
são as virtudes que Deus lhe oferece para ele, o cristão, também poder
andar de modo agradável ou digno do Senhor.
Ao chamar aos cristãos para andarem de modo digno Dele, Deus não o
faz sem que também lhes conceda um modelo ou exemplo perfeito a ser
contemplado e seguido por eles.
João 8:12 De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da
vida.
É no exemplo e virtudes de Cristo que um cristão pode conhecer as
posturas práticas que ele é chamado a associar ao apresentar-se de modo
aceitável a Deus ou ao andar de modo digno do Senhor.
1 João 2: 5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto
sabemos que estamos nele: 6 aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim
como ele andou.
Um cristão é chamado a andar em verdade porque Cristo é a verdade. Um cristão é
chamado a andar na justiça celestial porque Cristo foi feito “Nossa Justiça” e em tudo
age em justiça. Um cristão é chamado a andar em amor porque Cristo foi nos dado
como dádiva do amor de Deus e em tudo age segundo o amor de Deus, possibilitando-
nos também andar no amor do Pai Celestial.
Vejamos a seguir mais uma pequena lista de exemplificações sobre o cristão
encontrar no Senhor o modelo para também se portar em semelhança ao seu Senhor:
1 João 4:19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro.
João 13:34 Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
29
João 15:10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos
de meu Pai e no seu amor permaneço.
João 17:18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
Romanos 13: 13 Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em
contendas e ciúmes; 14 mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a
carne no tocante às suas concupiscências.
Diante do fato do cristão ser chamado a ser seguidor ou até imitador de Deus nas
virtudes que o Senhor quer compartilhar com ele, algumas pessoas procuram contra-
argumentar que um indivíduo almejar ser dependente de Deus, é um sinal de fraqueza,
falta de individualidade ou falta de independência. Entretanto, diante de Deus, é
exatamente no almejar querer ser semelhante ao Senhor que o criou que está uma das
posições mais honrosas que um indivíduo pode adotar, pois por meio dela um cristão
expressa o seu reconhecimento da dignidade soberana e perfeita de Deus.
Enquanto muitos do mundo conclamam que a dignidade está em uma pessoa
sempre se mostrar forte, imbatível e independente, diante de Deus uma pessoa é
reconhecida como digna quando ela declara o quanto ela precisa do Senhor e o quanto
ela reconhece que foi criada para viver e andar no Senhor e Nele existir e se mover.
E sobre aqueles que reconhecem a sua própria fraqueza e dependência de Deus, o
Senhor faz com que a graça, a glória e poder de Cristo repousem sobre a vida deles.
2Coríntios 12: 9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o
poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de
Cristo.
1 Pedro 4:14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.
Também na primeira e tão sublime epístola de João, pode ser visto que o referencial
que o norteava em toda a introdução e toda a sequência desta mesma epístola, era ter
os olhos sempre fitos em Deus e no Senhor Jesus Cristo, conforme exemplificado
abaixo por alguns versos referentes a esta mesma epístola:
1João 1: 1 O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas
mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida 2 (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos
testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada),
3 o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa
comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
30
+ 1João 5: 20 Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem
dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a
vida eterna.
Ainda de forma similar a João, também um dos salmistas declara o quanto lhe
satisfaria o tornar-se semelhante ao Senhor pela contemplação da face do Senhor por
meio da justiça celestial.
Salmos 17:15 Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança.
Por mais suntuosa ou pomposa que seja a oratória de uma pessoa ou por mais altiva
que seja a postura dela, se ela cogita haver nela mesma a suficiência de vida, ela se
coloca em constante postura que não é digna de qualquer estima diante de Deus e que
também não deveria ser estimada pelos cristãos, postura em relação à qual o Senhor
reiteradamente admoesta a todos os seres humanos, conforme segue:
Isaías 2:22 Afastai-vos, pois, do homem cujo fôlego está no seu nariz. Pois em que é ele estimado?
Provérbios 3:5 Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento.
6 Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
Isaías 2:12 Porque o Dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo e contra todo aquele que se exalta, para que seja
abatido.
Uma pessoa que se inclina à possibilidade dela poder ser sábia e digna dissociada da
comunhão e da dependência de Deus, também passa a enveredar a sua vida para um
caminho de grande engano e corrompidas ilusões.
Jeremias 17:5 Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do
SENHOR! 6 Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando
vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.
7 Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR.
8 Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem
deixa de dar fruto.
31
9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?
10 Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto
das suas ações.
Também em relação à postura altiva ou de soberba a oração de um dos salmistas,
instrui aos cristãos a buscarem o amparo no Senhor para não caírem em tão grande mal
e permanecerem em tão grande mal.
Salmos 19:12 Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas.
13 Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão. 14 As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam
agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!
Considerando que o próprio Senhor Jesus Cristo, autor conjuntamente com o Pai
Celestial na criação do mundo, Senhor dos Senhores, Rei dos Reis assentado sobre todo
o principado e potestade, tem como uma das virtudes a humildade de coração, como
um indivíduo, a não ser por incredulidade ou por fascinação, pode vir a pensar que
Deus o considerará digno na sua posição de soberba, altivez ou arrogância?
Por mais que uma pessoa se empenhe em querer fazer obras “para Deus”, o Senhor
vê o coração, e também o que está nele qualifica uma pessoa para ter o andar
reconhecido como digno ou indigno diante do Senhor.
1 Samuel 16:7 Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o
SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.
Salmos 40:4 Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança e não pende para os arrogantes, nem para os afeiçoados à
mentira.
Provérbios 8:13 O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os
aborreço.
O pendor para a carne, o pendor para a exaltação do ser humano somente em sua
condição natural em detrimento da postura de humildade que reconhece ao Senhor
como eternamente digno por Ele ser o Único Senhor, Criador e Redentor Eterno, não
recebe de Deus o reconhecimento de uma postura ou de um caminho digno, pois este
posicionamento dá para a morte e não para a vida para a qual o Senhor quer que cada
ser humano faça uma sábia opção.
32
Romanos 8: 5 Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas
do Espírito. 6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para
a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está
sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
O ato de considerar a Deus digno, bem como o ato de considerar, por exemplo, a
humildade diante de Deus como um posicionamento digno ou uma virtude digna do
Senhor, expressam dois aspectos que, inevitavelmente, necessitam caminhar
conjuntamente para que o andar de um cristão seja considerado como digno de Deus.
A humildade de continuar reconhecendo a dignidade soberana de Deus,
como um posicionamento que acompanha o andar de modo digno de Deus,
é, portanto, uma postura imprescindível para que o cristão também
permaneça sendo visto como digno do Senhor, e isto também, a fim do
cristão continuar recebendo a abundante graça celestial para poder andar
dignamente nos mais diversos aspectos de sua vida.
Salmos 51:17 Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado;
coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.
Tiago 4: 6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
7 Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. ...
10 Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.
Miquéias 6:8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e
andes humildemente com o teu Deus.
Assim como a vocação de Deus para um cristão é segundo as virtudes de
Deus e não do mundo que resiste ao Senhor, assim também o andar nesta
vocação de modo digno de Deus é segundo o que é digno diante do Senhor.
1 Coríntios 1: 26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não
foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;
27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para
envergonhar as fortes; 28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e
aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.
30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,
31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.
33
C7. O Modo Agradável, Aceitável ou Digno de Deus Visto
também sob o Aspecto da Edificação Digna do Senhor
Para finalizar o presente estudo, apresentamos ainda outra maneira que expõe que
todo cristão é chamado para conduzir a sua vida de forma digna do Senhor, bem como
também que ele somente poderá realizá-lo se tiver ao próprio Deus como o seu o
referencial de dignidade e auxílio para este aspecto do seu chamado.
A começar por um verso de um Salmo apresentado abaixo, também no exemplo da
edificação pode ser visto que as pessoas são chamadas a terem o Senhor como Aquele
por meio de quem podem realizar atos dignos e duradouros diante do Senhor.
Salmos 127:1 Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a
sentinela.
Já em outro texto no Novo Testamento, pode ser visto que a vida dos próprios
cristãos é a casa ou o edifício que elas são chamadas a edificar segundo a instrução e
ação de Deus para com elas, conforme segue:
1 Coríntios 3:9 Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.
A lavoura de Deus é uma lavoura de edifícios que vão sendo edificados, sendo a
edificação da vida de cada cristão um edifício desta lavoura, podendo cada um deles
edificar aquilo que permanece ou podendo edificar aquilo que é vão ou não digno
diante de Deus.
1 Coríntios 3:10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele.
Porém cada um veja como edifica. ... 12 Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro,
prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a
demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará.
E novamente, para que um cristão edifique de forma digna ou para que ele
ande no presente mundo de modo digno do Senhor, também na
exemplificação da edificação, Deus nos mostra que Cristo é o referencial do
que é aceitável ou digno de Deus.
A começar pelo fato de Cristo ser o único fundamento sobre o qual uma
vida digna pode ser edificada, até os diversos detalhes desta edificação,
sempre Cristo é o referencial pelo qual um cristão pode discernir entre
aquilo que é digno do Senhor e aquilo que não é digno do Senhor.
34
Entendemos ser de grande relevância destacar aqui mais uma vez, que a vida de
cada cristão é um edifício espiritual sendo edificado por Deus diretamente em Cristo, e
que em Cristo não se edifica pedra sobre pedra, cristão sobre cristão, pois cada cristão
arraigado em Cristo é comparado a um homem sábio que edificou a sua própria casa no
Senhor, não sendo chamado para edificar sobre outras pessoas como se elas pudessem
ser mediadoras entre Deus e os seres humanos.
O que em relação à vida espiritual é edificado sobre outras pessoas ou sob outras
pessoas, e não diretamente em Cristo, como sendo estas outras pessoas,
respectivamente, um fundamento ou uma hierarquia de cobertura espiritual entre
cristãos desautorizada por Cristo, certamente não receberá do Senhor o
reconhecimento de edificações dignas e, por isto, duradouras para a vida eterna, pois o
Senhor não contraria, ou não reconhece como um modo digno, aquilo que é contrário à
Sua própria palavra e instrução dadas claramente e objetivamente aos cristãos.
Nenhuma edificação que contraria, por exemplo, os dois textos que seguem abaixo,
receberá do Senhor o selo de ter sido realizada de modo aceitável ou digno do Senhor:
1 Timóteo 2:5 Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e
os homens, Cristo Jesus, homem, 6 o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se
deve prestar em tempos oportunos.
Mateus 23: 8 Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos.
9 A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.
10 Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo.
Assim que, como um primeiro aspecto da edificação apropriada da vida de um
cristão, pode ser visto nos textos acima, que uma vez que o Pai Celestial
estabeleceu ao Senhor Jesus Cristo como o único fundamento e como a
única cobertura espiritual da edificação da vida de uma pessoa no Senhor,
nenhum indivíduo poderá edificar a sua vida de modo digno de Deus se ele
mesmo não se mantiver firmado pessoalmente e diretamente no Senhor
Jesus e sob o Senhorio de Cristo.
1 Coríntios 3:11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do
que foi posto, o qual é Jesus Cristo. +
Hebreus 3: 1 Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da
nossa confissão, Jesus, ... 6 Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da
esperança até ao fim. (RA) + (RC)
E também muito há para ser abordado sobre este primeiro e essencial aspecto da
edificação e de como um cristão pode lançar firmes alicerces no fundamento eterno que
é Cristo, tendo em vista, porém, que este tema já foi abordado no estudo Firmados e
Estabelecidos em Cristo, não iremos nos estender mais sobre ele neste ponto.
35
Já depois de ter considerado que o edificar aceitável a Deus é o edificar sobre o
fundamento denominado de Cristo, podemos ainda ver nas Escrituras ao menos três
outros aspectos que podem ser relacionados diretamente a Cristo e a um edificar em
conformidade com a vontade de Deus ou de forma agradável, aceitável ou digna do
Senhor, a saber:
Cristo, a pedra angular;
Cristo, o prumo;
Cristo, a linha de medir.
Depois do fundamento, como um segundo ponto relacionado à edificação de uma
vida ou casa espiritual pessoal aceitável ou digna do Senhor, um cristão é chamado para
se achegar com atenção ou apreço para a pedra angular da sua edificação, conforme
exposto no texto abaixo:
1 Pedro 2: 4 Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
5 também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes
sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.
6 Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum,
envergonhado.
Neste último texto mencionado, pode ser visto que cada cristão é convidado a
achegar-se a Cristo, a pedra que vive, para com Deus eleita e preciosa, para
junto a ela ser edificado casa espiritual a fim de poder, desta forma,
oferecer sacrifícios agradáveis a Deus também por intermédio de Jesus
Cristo, ou seja, para viver e andar de modo digno e agradável ao Senhor.
Cristo, a pedra que vive, é denominado de pedra angular ou de ângulo na qual cada
edifício espiritual é chamado para ser edificado em Deus, sendo esta pedra de ângulo
também denominada como a principal pedra de esquina.
Ora, a pedra principal de esquina, refere-se à pedra da qual sai todo alinhamento
horizontal e vertical da construção, sendo este aspecto, depois do fundamento
estabelecido, o principal ponto seguinte para a edificação de uma casa espiritual
pessoal adequada e agradável a Deus.
Andar de modo agradável e digno do Senhor, é andar tendo os olhos
fitos na principal pedra de esquina, para nela se espelhar, bem como para,
a partir dela, andar segundo as instruções dadas por esta pedra angular.
E a forma de se alinhar com a pedra principal de esquina, é achegar-se à
pedra angular para a comunhão, mas uma comunhão com intenção de
confiar na pedra angular para também realizar o que ela instruir a fazer. É
um achegar-se à pedra angular para que ela seja o referencial de tudo o que
um cristão passa a edificar na sua vida.
36
Quem crer na pedra angular e nas suas palavras, não será confundido, pelo
contrário, tem na pedra principal de esquina a direção para poder adotar caminhos, e
ações nestes caminhos, que cooperam na edificação de uma vida digna do Senhor em
vez de uma vida pela qual aquele que edifica é envergonhado.
Quem, porém, não crê na pedra angular e não segue as instruções dela, não poderá
andar de modo agradável e digno do Senhor, pois estará caminhando em contrariedade
à vontade de Deus e tropeçando constantemente na boa e preciosa palavra de Deus em
vez de ser edificado por esta palavra.
1 Pedro 2:7 Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram,
essa veio a ser a principal pedra, angular 8 e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na
palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.
Hebreus 12:1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado
que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,
2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso
da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. 3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha
oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.
Aquele que insiste em não se ater a olhar para as instruções da pedra angular, não
pode edificar um edifício que agrade ao Senhor, uma casa espiritual na qual Deus se
manifesta, pois senão o Senhor estaria dando o seu aval e concordância com aquilo que
é contrário ao Seu querer e à vida que é concedida para ser vivida Nele, e por
consequência, com aquilo que não é efetivamente bom e verdadeiro.
Quando as Escrituras do livro de Hebreus declaram que um cristão está rodeado de
uma nuvem tão grande de testemunhas exposta anteriormente no próprio livro de
Hebreus, as Escrituras não estão instruindo um cristão a colocar os olhos fitos
primordialmente nas testemunhas, mas para os cristãos colocarem os olhos fitos
Naquele para quem as testemunhas olharam, ou seja, para a pedra principal de esquina
da edificação da vida de cada testemunha anteriormente mencionada pelo Senhor.
Já vimos mais de uma vez no presente estudo, que sem fé é impossível agradar a
Deus, mas aqui vemos que sem achegar-se e sem fixar os olhos na pedra angular,
Cristo, a pedra que vive, é impossível ter fé para andar de modo digno e agradável do
Senhor, pois a pedra angular de esquina também é o próprio Autor e Consumador da fé
dos cristãos.
Agora, depois de visto que uma edificação digna do Senhor é aquela que é edificada
sobre o único fundamento eterno, bem como é aquela que tem o achegar-se à pedra
angular, ou a comunhão com ela, como um referencial para todas as etapas da própria
edificação, podemos passar a ver ainda dois aspectos primordiais que detalham um
pouco mais o alinhamento de um cristão em relação à pedra principal de esquina.
37
Assim, como um terceiro aspecto sobre a edificação que é digna de Deus, podemos
ver nas Escrituras que Cristo também é o prumo que permite ou auxilia um
cristão a se alinhar com a pedra angular ou pedra principal de esquina.
O prumo, de forma geral, é usado nas edificações para ver o alinhamento vertical das
colunas e paredes que estão sendo erguidas na construção e para que a cada passo que
a edificação vai subindo, ela também se mantenha alinhada ou no esquadro em relação
à pedra angular.
E também em relação a um cristão não edificar a sua vida com uma inclinação ou
com um pendor indevido, o que pode causar inclusive a queda e destruição daquilo que
já foi anteriormente edificado, a palavra de Deus nos mostra que o prumo também é
um referencial à justiça de Deus.
Isaías 28:17 Farei do juízo a régua e da justiça, o prumo; a saraiva
varrerá o refúgio da mentira, e as águas arrastarão o esconderijo.
O prumo de Deus é a justiça do Senhor, mas também pelas Escrituras,
sabemos Cristo foi feito a justiça de Deus para Ele ser a justiça de todo
aquele que Nele crê, conforme segue:
Jeremias 33:16 Naqueles dias, Judá será salvo, e Jerusalém habitará
seguramente; e este é o nome que lhe chamarão: O SENHOR É Nossa Justiça. (RC)
1 Coríntios 1:30 Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção.
Romanos 10:4 Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.
À medida que um cristão for intensificando o seu andar em Cristo, mais
ele também perceberá o quanto necessita decidir sabiamente por caminhos
e ações que deveria adotar e caminhos e ações que não deveria acrescentar
à sua edificação. Tendo, porém, a Cristo como o prumo da justiça, um
cristão encontra-se amplamente amparado em sabedoria para que os
aspectos que não forem compatíveis com a justiça celestial sejam
percebidos e descartados para que não venham a ser um empecilho em sua
edificação agradável e de modo digno do Senhor.
Muitas pessoas pensam que o fato de terem um zelo pelas coisas do Senhor já é
suficiente, mesmo que não estejam fundamentadas na justiça celestial. Todavia, as
Escrituras claramente mostram que isto não é bem assim, mostrando que o zelo pessoal
por Deus e a justiça de Deus são aspectos distintos e que deveriam se complementar,
tendo para isto, o prumo de Deus por referência, e não segundo o prumo dos próprios
seres humanos.
Romanos 10:2 Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por
Deus, porém não com entendimento. 3 Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando
estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.
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A necessidade da justiça de Deus estar presente nas ações de um cristão
é um dos pontos mais centrais e essenciais de toda a vida cristã, pois
qualquer ato que se oponha a ela ou tente distorcer a justiça de Deus,
concedida pela graça do Senhor, se opõe ao que Cristo fez na cruz do
Calvário e à sua propiciação que foi provida para libertar as pessoas do
cativeiro do pecado, da lei e da morte.
Também Paulo, ao falar da sua vida pessoal em Cristo, declarou firmemente a sua
oposição a qualquer justiça que não viesse de Deus e declarou o seu intento de se
encontrar aprumado em sua vida somente a justiça celestial, procedente de Deus e
baseada na fé em Cristo Jesus.
Filipenses 3:8 Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor
do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo
9 e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus,
baseada na fé;
Se na construção do edifício espiritual que um cristão edifica na sua vida forem
misturadas as justiças baseadas em obras dos homens e de preceitos da lei, como ou
similares aos preceitos da lei da Primeira Aliança ou de Moisés, estas justiças contrárias
ao Senhor adicionadas em sua edificação, deveriam ser brevemente afastadas para que
o edifício em construção não venha a deixar de ser agradável a Deus e para que o
cristão não se encaminhe para o caminho do afastamento da graça de Deus.
Se um pouco dos tipos de justiça que não procedem de Deus não for efetivamente
rejeitado e expurgado a tempo, ele pode vir a comprometer toda a edificação da vida de
um cristão, pois a justiça não procedente de Deus, por ser corrompida, também tem em
suas características atuar como um fermento que visa corromper toda a massa que lhe
dá guarida, conforme exemplificado no texto que mencionamos mais uma vez abaixo:
Gálatas 5:1 Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão.
... 4 Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da
graça tendes caído. 5 Porque nós, pelo espírito da fé, aguardamos a esperança da justiça.
6 Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor.
7 Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?
8 Esta persuasão não vem daquele que vos chama. 9 Um pouco de fermento leveda toda a massa. (RA) + (RC)
39
Um cristão somente é justificado perante Deus pela graça, mediante a fé na obra de
justiça de Cristo para com ele, sendo aceitável por isto diante de Deus, conforme foi
visto em capítulos anteriores, e não por atos, rituais, cultos, ofertas, dízimos e
sacrifícios que ele queira fazer para tentar agradar a Deus.
O cristão também não é justificado pelo muito trabalhar ou pelo pouco trabalhar. Ele
é e sempre será justificado somente pela propiciação de Cristo na cruz do Calvário e
pela fé nesta propiciação e no Senhor que a realizou, sendo o trabalhar para o Senhor
um resultado do fato de já ter sido justificado e separado para ser pertencente ao
Senhor e, por isto, viver e andar em Cristo Jesus. A possibilidade de poder trabalhar de
forma digna para o Senhor ou no Senhor, é resultado da salvação e justificação, e não
causador da salvação ou justificação.
Se algo não está aprumado com a justiça que foi provida dos céus para os seres
humanos, ele deve ser imediatamente rejeitado para não comprometer a edificação que
está sendo realizada, enfatizando mais uma vez, que o recebimento da justificação e da
salvação de Deus, bem como a permanência nelas, somente é possível mediante a fé na
provisão de Deus feita por meio do sangue de Cristo Jesus, derramado na cruz do
Calvário uma única vez para sempre.
Considerando que uma pessoa somente não edifica em vão se o próprio Deus
edificar a sua vida com a cooperação da pessoa que está sendo edificada, e
considerando ainda que a justiça é comparada ao prumo que alinha a posição vertical
ou para cima da edificação de vida de um cristão, relembramos mais uma vez as
seguintes palavras do Senhor Jesus Cristo, cujo nome também é “Nossa Justiça”:
João 14:6 Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
O tema da justiça de Deus, conjuntamente com o reino de Deus, também devido a
sua essencialidade na edificação de uma vida de modo digno do Senhor, é o primeiro
ponto a ser conhecido por um cristão, pois ele é o primeiro aspecto que o Senhor instrui
um discípulo seu a buscar ao dizer: “Buscai, pois, em primeiro lugar o reino de
Deus e a sua justiça” (Mateus 6: 33). Tema que está amplamente abordado no
estudo específico sobre O Evangelho da Justiça de Deus, o qual, por sua vez, já
acentuadamente foi referenciado anteriormente também neste estudo, mas do qual não
nos cansamos de falar devido à condição tão fundamental que a justiça de Deus
representa para cada cristão.
Colossenses 3:1 Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.
2 Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra; 3 porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo
em Deus. 4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também
vós vos manifestareis com ele em glória.
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E por fim, como um quarto aspecto da edificação da vida de um cristão de
tal modo que ela seja digna do Senhor, gostaríamos de mencionar
brevemente ainda a linha de medir, iniciando por citar novamente um texto já
mencionado acima.
Isaías 28:17 Farei do juízo a régua e da justiça, o prumo; a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas arrastarão o esconderijo.
Quando uma pessoa se relaciona com Cristo, como sendo Ele o prumo de sua
edificação, ela pode estar sempre instruída para saber se esta edificando ou andando
segundo a justiça de Deus que vem pela fé e não por obras da lei. Entretanto, quando
uma pessoa se relaciona com Cristo também como a linha de medir ou de juízo na sua
vida, ela também pode estar sempre instruída para saber se está edificando
apropriadamente em relação às outras pessoas.
Conforme foi explicado também em vários estudos da série A Vida do Cristão no
Mundo, a palavra “juízo”, usada também para expressar a “linha de medir”, pode ser
usada tanto para discernimento como para declaração de sentença de julgamento.
Quanto ao primeiro aspecto do parágrafo anterior, o do discernimento, um cristão é
chamado para que em Cristo tenha discernimento das pessoas e seus intentos e saiba se
posicionar com sabedoria celestial em relação aos mais diversos comportamentos que
as pessoas adotam no mundo ou que queiram imputar sobre a vida do cristão.
Já quanto à declaração de sentenças de julgamento, o cristão deve ser muito
cauteloso para não se colocar como juiz dos seus semelhantes onde não foi estabelecido
para isto, lembrando que o proferir qualquer sentença eterna sobre a vida de uma
pessoa é uma prerrogativa exclusiva de Deus. O Senhor é o juiz supremo e que julga
retamente, sendo que somente Ele pode ver todas as coisas com retidão e designar com
retidão as sentenças em relação à condição eterna das pessoas.
Quando um cristão está atuante em edificar algo substancial diante de Deus para a
sua vida, uma das formas das pessoas tentarem demovê-lo desta edificação, por
exemplo, é procurar ofendê-lo de alguma forma a fim de tirar a sua atenção daquilo que
ele está edificando no Senhor e para que passe a consumir o tempo de sua vida naquilo
que o Senhor não lhes chama a fazer, como o passar a edificar rancores e amarguras.
Todavia, se um cristão estiver alinhado com um discernimento sóbrio de quem é o
Senhor da sua vida e qual é o seu chamado no Senhor, ele, apesar de oposições à
edificação de sua vida, não necessitará desviar-se do que está edificando no Senhor,
sabedor do que é pertinente a ele fazer e o que é de exclusividade do Senhor cuidar,
aspecto também exemplificado novamente a nós na pessoa de Cristo Jesus e reiterado
também por outros textos, conforme segue abaixo:
1 Pedro 2: 21 Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas
pisadas, 22 o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano, 23 o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia,
não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente.
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Romanos 12:17 Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens;
18 se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens;
19 não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que
retribuirei, diz o Senhor.
Retornando ao aspecto do juízo como a ação de realizar um sóbrio discernimento,
pode ser observado nas Escrituras e no mundo que as pessoas de fato adotam muitas
variedades de posturas e comportamentos, cabendo ao cristão buscar ao Senhor Jesus,
também como a sua “linha de medir”, a fim de saber como se comportar também na
expansão ou expressão horizontal da edificação da sua vida.
É em Cristo Jesus que um cristão recebe a instrução e o entendimento
sobre o que é verdadeiro e apropriado no seu relacionamento com Deus,
mas também é em Cristo Jesus que um cristão recebe a instrução e o
entendimento sobre o que é apropriado e digno no seu relacionamento
com as pessoas do seu entorno.
Também em relação a este aspecto do andar com entendimento em relação ao
mundo presente e as pessoas nele há uma variedade de textos nas Escrituras, dos quais
apresentamos uma pequena lista abaixo:
1 Pedro 1:13 Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na
revelação de Jesus Cristo, 14 como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância.
2 Timóteo 2:7 Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo.
1 Coríntios 14:20 Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia e adultos no entendimento.
1Pedro 4: 1 Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento: que aquele que padeceu na
carne já cessou do pecado, 2 para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais
segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
1João 5: 1 Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo é nascido de Deus; e todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é
nascido. 2 Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos
a Deus e praticamos os seus mandamentos.
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1 João 5:20 Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a
vida eterna.
O discernimento do Senhor é fundamental para a vida de um cristão no mundo, pois
além de haver nele a possibilidade do cristão vir a adotar atitudes favoráveis à sua
edificação no Senhor ou atitudes contrárias à vontade do Senhor, há também no
presente século, pessoas com as quais é salutar um cristão ter comunhão para que
mutuamente se animem a ficarem firmes no Senhor, há outras pessoas cujo
relacionamento é necessário mais por questões profissionais e circunstanciais do dia-a-
dia, mas também porque ainda há no mundo outros indivíduos ou grupos de indivíduos
com os quais um cristão não deveria se associar sob nenhuma circunstância,
necessitando do discernimento do Senhor também para esta diversidade de aspectos
horizontais.
Se um cristão, por exemplo, começa a se associar com pessoas que querem adotar
parcialmente a justiça de Deus e parcialmente a justiça de homens ou de leis similares
ao da lei da Primeira Aliança ou de Moisés, a edificação de sua vida poderá perder a
característica de ser do modo agradável e digno do Senhor, pois estará dando espaço ao
fermento, mesmo que seja pouco, que pode levedar toda a massa. Um cristão que não
discerne os relacionamentos que são contrários à vontade de Deus para a sua vida, pode
incorrer, inclusive, no afastar-se da exclusividade de vida para o Senhor, vindo a
tornar-se cúmplice de obras infrutuosas das trevas.
1 Coríntios 5: 6 Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?
7 Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro
pascal, foi imolado. 8 Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o
fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade.
9 Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; 10 refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo,
ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo.
11 Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou
maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais.
Em tudo, inclusive nas suas opções com quem irá se relacionar, um
cristão é chamado para constantemente se achegar a Cristo para saber o
que é ou o que não é “alinhável” com o modo digno ou aceitável de Deus,
tendo em Cristo a instrução em como se relacionar com Deus, mas também
em como se relacionar com as pessoas e o mundo ao seu redor, sabendo
que a primazia em tudo na sua vida sempre deveria pertencer somente ao
Senhor.
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Gálatas 1:10 Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens,
não seria servo de Cristo.
Colossenses 3: 23 E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens,
24 sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis.
Salmos 32:8 Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho.
Como o fundamento do cristão, Cristo é a inabalável sustentação da vida
do cristão. Como a pedra angular, Cristo é o perfeito e inabalável modelo
no qual um cristão é chamado para se espelhar, tanto nas suas virtudes,
bem como nas posturas para a edificação de sua vida. Todavia, como o
prumo e a linha de medir, Cristo é o Senhor que se dispõe a instruir um
cristão a como ele pode em tudo e a cada passo, respectivamente, edificar
diante de Deus segundo a justiça celestial e edificar no relacionamento
com os seus próximos também segundo o sóbrio e apropriado
discernimento do Espírito do Senhor.
Uma vez que Deus considera aquilo que é edificado em Cristo Jesus
como digno diante Dele, Ele também concede a Cristo a todos aqueles que
Nele creem para que Cristo seja tudo em todos e os guie e fortalece em
tudo.
1 Coríntios 2:16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.
+ Romanos 11: 36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as
coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!
Também muitos aspectos sobre a posição de Cristo Jesus atuando como linha de
medir na vida de cada cristão poderiam ainda receber uma abordagem mais ampla
neste ponto, mas visto que os principais relacionamentos que o cristão pode se deparar
no mundo foram tratados no estudo sobre O Evangelho da Glória de Deus e da Glória
de Cristo e na série A Vida do Cristão no Mundo, também de forma especial no estudo
sobre A Lei do Entendimento, não pretendemos expandir mais este tema neste ponto.
Por fim, também na conclusão deste capítulo e deste estudo, recaímos novamente
naquilo que repetidamente tem sido dito acima, a saber: “O caminho para uma
edificação em conformidade com a vontade e a dignidade de Deus ou o
caminho para andar de modo digno de Deus, é, e sempre continuará sendo,
o permanecer em Cristo, realizado pela fé no Senhor e pela constante
comunhão com Cristo por meio do Espírito Santo com vistas a também
praticar o que o cristão vê no Senhor e ouve do Senhor”.
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Mateus 7:24 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua
casa sobre a rocha; 25 e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e
deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.
Isaías 66: 1 Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar
do meu repouso? 2 Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a
existir, diz o SENHOR, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra.
Efésios 5:14 Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.
5 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios,
16 remindo o tempo, porque os dias são maus. 17 Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai
compreender qual a vontade do Senhor.
1 Ts 4:1 Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém
andar e agradar a Deus, assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais.
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Bibliografia
Observação sobre Textos Bíblicos referenciados:
1) Os textos bíblicos sem indicação específica de referência foram extraídos
da Bíblia RA, conforme indicado abaixo.
2) Os destaques nos textos bíblicos, como sublinhado, negrito, ou similares,
foram acrescentados pelo autor deste estudo.
Bíblia EC - João Ferreira de Almeida Edição Comtemporânea (1990).
Editora Vida.
Bíblia LUT - Alemão - Tradução de Martinho Lutero (1912) - CD Online
Bible.
Bíblia NKJV - Inglês - New King James Version (2000) - CD Online
Bible.
Bíblia RA - Almeida Revista e Atualizada (1999) - CD OnLine Bible.
Bíblia RC - Almeida Revista e Corrigida (1995) - CD OnLine Bible.
James Strong, LL.D, S.T.D. - Léxico Hebraico e Grego de Strong - CD
Online Bible.
Minidicionário Luft -15a Edição. (1998). São Paulo: Editora Ática.