‘‘Qualquer semelhança nominal e/ ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência’’
SIMULADO 2ª FASE - XXXI EXAME DE ORDEM
DIREITO CIVIL CADERNO DE RASCUNHO
• Qualquer tipo de comunicação entre os
examinandos.
• Levantar da cadeira sem a devida autorização do
fiscal de sala.
• Portar aparelhos eletrônicos, tais como bipe, telefone
celular, walkman, agenda eletrônica, notebook,
palmtop, receptor, gravador, telefone celular, máquina
fotográfica, controle de alarme de carro etc., bem como
relógio de qualquer espécie, protetor auricular, óculos
escuros ou quaisquer acessórios de chapelaria, tais
como chapéu, boné, gorro etc., e ainda lápis,
lapiseira, borracha e/ou corretivo de qualquer espécie.
• Usar o sanitário ao término da prova, após deixar
a sala
Além deste caderno de rascunho, contendo o
enunciado da peça prático-profissional e das quatro
questões discursivas, você receberá do fiscal de sala:
• Um caderno destinado à transcrição dos textos
definitivos das respostas.
• 5 horas é o tempo disponível para a realização da
prova, já incluindo o tempo para preenchimento do
caderno de textos definitivos.
• 2 horas após o início da prova é possível retirar-se
da sala, sem levar o caderno de rascunho.
• 1 hora antes do término do período de prova é
possível retirar-se da sala levando o caderno de
rascunho.
• Verifique se a disciplina constante da capa deste caderno
coincide com a registrada em seu caderno de textos
definitivos. Caso contrário, notifique imediatamente o fiscal
da sala, para que sejam tomadas as devidas providências.
• Confira seus dados pessoais, especialmente nome, número
de inscrição e documento de identidade e leia atentamente
as instruções para preencher o caderno de textos definitivos.
• Assine seu nome, no espaço reservado, com caneta
esferográfica transparente de cor azul ou preta.
• As questões discursivas são identificadas pelo número que se
situa acima do seu enunciado.
• Não será permitida a troca do caderno de textos definitivos
por erro do examinando.
• Para fins de avaliação, serão levadas em consideração
apenas as respostas constantes do caderno de textos
definitivos.
• A FGV coletará as impressões digitais dos examinandos no
caderno de textos definitivos.
• Os 3 (três) últimos examinandos de cada sala só poderão sair
juntos, após entregarem ao fiscal de aplicação os documentos
que serão utilizados na correção das provas. Esses examinandos
poderão acompanhar, caso queiram, o procedimento de
conferência da documentação da sala de aplicação, que será
realizada pelo Coordenador da unidade, na Coordenação do local
da prova. Caso algum desses examinandos insista em sair do
local de aplicação antes de autorizado pelo fiscal de aplicação,
deverá assinar termo desistindo do Exame e, caso se negue, será
lavrado Termo de Ocorrência, testemunhado pelos 2 (dois)
outros examinandos, pelo fiscal de aplicação da sala e pelo
Coordenador da unidade de provas.
• Boa prova!
XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE – DIREITO CIVIL
PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL
Clara, brasileira, solteira, reside em São Paulo e é proprietária de vários bens, dentre eles uma casa na praia com 10 suítes,
piscina, churrasqueira, academia, quadra de tênis, sauna, pista de dança e marina própria para barcos de médio porte,
naturalmente, com valor altíssimo de mercado.
Em 27/10/2019, Clara ligou para Ricardo, seu melhor amigo, dizendo que precisava urgentemente de um valor
considerável para pagar a manutenção de seu barco, prometendo-lhe que faria a transferência do valor da dívida em uma
semana. Ricardo emprestou o valor à amiga, através de uma nota promissória devidamente assinada por ela.
Após alguns meses, e muitas tentativas de receber o dinheiro, Ricardo descobriu que, na verdade, todos os bens de Clara
já estavam comprometidos com dívidas bancárias, com exceção da casa de praia. Assim, diligenciou junto ao Registro de
Imóveis daquela comarca e obteve a certidão da matrícula atualizada do imóvel.
Ao verificar a certidão de matrícula, percebeu que o imóvel foi transmitido gratuitamente por meio de doação à Fernando,
primo de Clara, em 27/11/2019.
Ricardo ficou desesperado e imediatamente entrou em contato com um advogado que lhe tranquilizou, propondo que
ajuizasse uma Ação Pauliana. A Ação foi ajuizada perante a 3ª Vara Cível da Comarca de São Paulo – SP, requerendo a
anulação da doação do imóvel e o retorno ao acervo patrimonial de Clara, com consequente expedição de ofício ao cartório
de registro de imóveis competente.
A petição inicial foi instruída com todos os documentos indispensáveis para a propositura da demanda, inclusive com a
Certidão da Matrícula, obtida junto ao 2º Oficial de Registros de Imóveis de São Paulo.
Ocorre que Ricardo informou que a via original da nota promissória estava em posse do gerente, da sua agência bancária
em Curitiba – PR, e requereu que fosse concedido prazo suplementar para que pudesse obter e apresentar o documento,
visto que a cópia havia se perdido.
Em contestação conjunta, Clara e Fernando alegaram que não houve qualquer intuito de prejudicar Ricardo e postularam
pela improcedência da demanda.
Sem conceder prazo para produção de provas, nem mesmo a requerida juntada do documento, em decisão publicada em
31/01/2020 – sexta-feira, o MM juízo julgou improcedente a demanda acolhendo a tese da defesa, fundamentando seu
convencimento na falta de consilium fraudis entre Fernando e Clara, bem como na falta de comprovação de que a dívida
existia antes da doação.
Na qualidade de advogado (a) de Ricardo, tome a medida processual adequada na defesa dos interesses de seu cliente
datando a peça no último dia do prazo.
(Valor: 5,00)
XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE – DIREITO CIVIL
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QUESTÃO 01
Jaime firmou contrato de promessa de compra e venda, celebrado para a alienação de bem imóvel, de forma irretratável,
conforme cláusula expressa a Benedito. Através do contrato de promessa de compra e venda, Jaime - denominado
promitente vendedor, obrigou-se a vender a Benedito - denominado promitente comprador, o imóvel descrito na
matrícula 32.333, do 11º Cartório de Registro de Imóveis, pelo valor total de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
Ocorre que, no ato da assinatura do contrato de promessa de compra e venda a propriedade do promitente vendedor não
estava registrada perante a matrícula do imóvel, visto que o imóvel era objeto de inventário judicial, que, por sua vez, já
havia transitado em julgado, aguardando-se apenas o registro do formal de partilha perante a matrícula do imóvel.
Desta forma, as partes ajustaram que no ato da assinatura do compromisso, que Benedito pagaria o montante de R$
300.000,00 (trezentos mil reais) a título de arras, e o débito remanescente seria pago em duas parcelas de R$ 100.000,00
(cem mil reais). Ficou estipulado que, assim que ocorresse o total adimplemento das parcelas devidas, o promitente
vendedor outorgaria a favor do promitente comprador a escritura definitiva.
Benedito, sendo uma pessoa muito simples, não realizou o registro do compromisso de compra e venda perante o Cartório
de Registro do Imóvel. Após quitação total das parcelas devidas, o promissário comprador entrou em contato com o
promissário vendedor com a finalidade de que se procedesse à outorga da escritura definitiva. Todavia, para sua surpresa,
Jaime se negou a realizar a outorga da escritura a favor de Benedito, sob a alegação de que havia se arrependido da venda.
Benedito ficou desesperado ante a negativa de Jaime, posto que tinha decidido se mudar para Portugal, na Europa.
Inclusive, já havia firmado compromisso de compra e venda com terceiros, que já haviam pago um excelente valor pelo
imóvel.
Na qualidade de advogado (a) de Benedito, munido do compromisso de compra e venda firmado entre as partes, e do
recibo de quitação total das arras e das parcelas, responda a seguir os devidos itens, sempre os fundamentando:
A) Considerando que o promissário comprador não procedeu ao registro do contrato firmado perante o Cartório de
Registro de Imóveis competente, qual a medida judicial hábil para produzir os efeitos da obrigação de outorga de
escritura definitiva, e impedir que os efeitos da demora prejudiquem seu cliente? Fundamente. (Valor: 0,65)
B) Supondo que no caso em questão, houvesse cláusula expressa permitindo o arrependimento, quais seriam os
efeitos em caso de desistência do promitente vendedor? E quais seriam os efeitos em caso de desistência do
promitente comprador? (Valor: 0,60)
Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.
(Valor: 1,25)
XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE – DIREITO CIVIL
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QUESTÃO 02
O Banco Alfa emprestou a José, na qualidade de empresário, a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais), com a
finalidade de que este investisse em sua empresa.
Constou da avença que a quantia pecuniária emprestada deveria ser devolvida, devidamente corrigida, e acrescida
de juros moratórios, de acordo com os índices oficiais vigentes, no prazo de 30 (trinta) meses, com início em
20/12/2019 e término em 20/06/2022. Diante da grave crise financeira, três meses após a realização do empréstimo,
José começou a vender os bens de propriedade de sua empresa, bem como seus bens pessoais, situação que passou
a ser de conhecimento do Banco Alfa.
Considerando a venda desenfreada dos bens de José, o Banco Alfa exigiu a José, que desse bem em garantia da
restituição, antes de vencido o prazo das parcelas. José se negou a prestar garantia, afirmando que seu prazo para
devolução ainda não havia vencido, e que não estava inadimplente com qualquer das parcelas devidas.
Com base no caso narrado em tela, responda:
A) Qual a espécie de contrato firmado pelas partes no caso concreto? (Valor: 0,30)
B) No caso concreto, o Banco Alfa poderá exigir garantia de José? (Valor: 0,45)
C) Em caso de não prestação de garantia por parte de José, qual medida processual poderá adotar o Banco Alfa,
com o objetivo de assegurar o resultado prático do processo, ou seja, assegurar imediatamente o futuro e
eventual o recebimento de seu crédito antes que José dilapide todo o seu patrimônio? (Valor: 0,50)
Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.
(Valor: 1,25)
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XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE – DIREITO CIVIL
QUESTÃO 03
Eduardo e Mônica tiveram uma filha, Laura, a qual foi registrada sob a filiação de ambos. Mesmo que nunca
tenham se casado, Eduardo e Mônica contribuíram paritariamente com o sustento de Laura, que vivia com
Mônica.
Quando Laura atingiu quatro anos de idade, Eduardo ficou desempregado, situação que perdura até hoje.
Em detrimento disso, não possui qualquer condição de prover a subsistência de sua filha Laura, que não
consegue contar apenas com a renda de sua mãe, Mônica, filha única de seus genitores já falecidos.
Eduardo reside com sua mãe, Bete, que trabalha em uma renomada construtora como arquiteta, e possui
uma excelente condição financeira. Além disso, Laura possui um irmão mais velho, Diego, fisioterapeuta,
capaz e com 28 anos, fruto do primeiro casamento de Eduardo, que também tem sólida situação financeira.
Baseando-se nos fatos narrados, responda às questões, sempre justificando e fundamentando sua
resposta.
A) Bete e Diego podem ser chamados a contribuir com a subsistência de Laura? A obrigação deve recair
em Bete e Diego de forma paritária? Justifique. (Valor: 0,60)
B) Quais as medidas judiciais cabíveis para resguardar o direito de subsistência de Laura, considerando
a necessidade de obter com urgência provimento que garanta esse direito? (Valor: 0,65)
Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.
(Valor: 1,25)
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QUESTÃO 04
Cecília adquiriu através do comércio eletrônico, um telefone celular de última geração, com garantia
contratual de 60 dias, contra qualquer avaria ou defeito de fabricação. Setenta e três dias após o
recebimento, o aparelho começou a apresentar super aquecimento da sua bateria, tornando sua utilização
inviável.
A adquirente, de imediato, comunicou à fabricante, para que esta procedesse ao conserto do aparelho,
com a substituição de sua bateria, se possível, e, caso contrário, que promovesse a restituição direta pelo
montante pago pelo bem, monetariamente atualizada.
Cinco dias após a resposta administrativa negativa da fabricante, à motivação de ter “expirado o prazo da
garantia contratual”, Cecília procura você, como advogado, para propor a ação de restituição dos valores
pagos, monetariamente atualizados, mais perdas e danos.
Em sede de contestação, a empresa Fala Fala S/A apresenta defesa genérica, sem impugnar de forma
específica os fatos, os argumentos, e os pedidos formulados pela autora da ação.
Diante do narrado, responda:
A) A fabricante Fala Fala S/A tem razão ao argumentar, administrativamente, que não lhe compete
consertar o produto, não cabendo, igualmente a restituição dos valores, em detrimento à perda do
prazo da garantia contratual? (Valor: 0,65)
B) Pela regra, qual é o efeito processual decorrente da apresentação de contestação genérica?
(Valor: 0,60)
Obs.: o examinando deve fundamentar suas respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.
(Valor: 1,25)
XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE – DIREITO CIVIL
XXXI EXAME DE ORDEM UNIFICADO - SIMULADO 2ª FASE – DIREITO CIVIL