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CHRISTINE DANTAS BENÍCIO
DO LIVRO IMPRESSO AO E-BOOK: o paradigma do suporte na Biblioteca Eletrônica
JOÃO PESSOA – PB
2003
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CHRISTINE DANTAS BENÍCIO
DO LIVRO IMPRESSO AO E-BOOK: o paradigma do suporte na Biblioteca Eletrônica
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, em cumprimento às exigências para obtenção do grau de Bacharel.
Orientadora: Profª Ms. Alzira Karla Araújo da Silva
João Pessoa - PB
2003
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CHRISTINE DANTAS BENÍCIO
DO LIVRO IMPRESSO AO E-BOOK:
o paradigma do suporte na Biblioteca Eletrônica
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, em cumprimento às exigências para obtenção do grau de Bacharel.
Aprovado em: 15/10/2003.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________ Profª. Alzira Karla Araújo da Silva
Ms. em Ciência da Informação, UFPB Orientadora
____________________________________________ Profª. Marynice de Medeiros Matos Autran
Ms. em Biblioteconomia e Documentação, UFPB Examinadora
___________________________________________ Profª. Edna Gomes Pinheiro
Ms. Em Biblioteconomia e Documentação, UFPB Examinadora
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Aos meus pais, que me ensinaram a perseguir meus ideais com dedicação e coragem.
Dedico.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da vida, pela sua infinita misericórdia, pelo
seu amor, por dar-me serenidade para aceitar minhas limitações, força
para vencer os obstáculos, garra para lutar pelos meus ideais e
brandura para compreender a sua vontade.
Aos meus pais pela vida, pelo amor, dedicação e pelos ensinamentos
que foram fundamentais para minha formação.
Ao meu noivo Renato Lima, pelo seu apoio e companheirismo, junto as
minhas dificuldades em chegar a esta etapa final da graduação, estando
sempre ao meu lado nas horas em que mais precisava.
A minha orientadora Alzira Karla Araújo da Silva que acreditou na
minha capacidade de realizar este trabalho, orientando-me de maneira
sábia, carinhosa e atenciosa. Muito obrigada pela confiança depositada
em minha pessoa.
A Ana Úrsula, bibliotecária responsável pela Biblioteca da FACENE, por
me acolher de forma amigável para a realização do estágio
supervisionado, proporcionando um maior entendimento e
engrandecimento frente aos serviços bibliotecários, que servirá de
subsídio na minha vida profissional.
Aos funcionários do Tribunal de Contas da União, em especial Ana
Beatriz, Ismênia, Magaly, Goretti, Severino (Biu), Luiz (Lula) e Queiroz,
pela confiança depositada, por acreditarem na minha competência
durante o estágio na área de arquivo e pelos constantes incentivos na
luta pela estabilidade profissional.
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Aos funcionários da Biblioteca Central e Setorial, em especial a Oneide
(Serviço de Referência), Rosa (Divisão de Processos Técnicos), Eliane
Bezerra Paiva (Seção de Periódicos) e Tony, pela disponibilidade e
atenção.
Aos funcionários do Departamento, em especial Sr. Pedro e a
Lourdinha.
A todos os professores que fazem o Departamento de Biblioteconomia,
por me ajudarem a cumprir cada etapa proposta, com críticas e
contribuições acadêmicas, em especial a Roza Zuleide, Eliany
Alvarenga, Alzira Karla, Francisca Arruda Ramalho, Marynice de
Medeiros, Mirian de Albuquerque Aquino, Denise Cavalcanti, Edna
Gomes Pinheiro, Eliane Bezerra Paiva, Maria Elizabeth e Bernardina
Freire.
Aos amigos da graduação pela solidariedade e apoio, especialmente
para Cybelle, Ana Roberta, Cristiane Maria, Cléa e Fernanda.
A Cristiane Kelly Fernandes, ex-aluna do curso de Biblioteconomia, pelo
apoio e incentivo na escolha do curso.
A todos aqueles que, de uma forma direta ou indireta, contribuíram
para que concluíssemos esse trabalho.
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“Na era da comunicação eletrônica o livro não morrerá, mas sua alma se libertará do seu corpo”.
(MACLUHAN, 1977)
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RESUMO
O acesso à informação e a tecnologia são alguns privilégios que a humanidade já conquistou. Por meio delas as pessoas absorvem e re-elaboram conhecimento, podendo transformar suas vidas. Neste prisma, discute-se sobre as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, especificamente no que se refere a discussão gerada acerca da informação impressa e da digital e a sua influência na evolução das bibliotecas eletrônicas. Apresenta a evolução dos suportes de informação, partindo do papiro até o livro eletrônico (e-book). Analisa a questão do novo papel do bibliotecário e o surgimento da biblioteca eletrônica, decorrente da inclusão das novas tecnologias de informação. Enfoca a polêmica questão do livro impresso versus o digital. A metodologia caracteriza-se por uma pesquisa qualitativa, que utiliza como instrumento de coleta a observação e o questionário. O campo de pesquisa definido após análise exploratória e atendendo aos critérios estabelecidos envolve um ambiente eletrônico, composto pelos sites ebookcult, hotbook e parnanet. A coleta de dados realizada nos meses de Junho e Julho de 2003 consiste na análise de bibliotecas eletrônicas e na recuperação dos e-books mais significativos de cada site na área de literatura brasileira. Os procedimentos permitem afirmar que as bibliotecas estudadas apresentam um crescente número de e-books, organizados por área do conhecimento e disponibilizados ao grande público da Internet; de forma que acredita-se que o bibliotecário precisa interagir com a realidade virtual-polimídia. Como resultado prático, temos a formação de um catálogo de e-books especializado na área de literatura, disponibilizando um instrumento de pesquisa que permite que outras bibliotecas eletrônicas compartilhem seus acervos digitais, aumentando e facilitando o acesso/uso da informação digital por bibliotecários e usuários. Assim, concluí-se que, a exemplo dos demais veículos de expressão da cultura, a informação impressa e a digital devem conviver harmoniosamente como opções diferentes e complementares na aquisição de informação e conhecimento, caracterizando assim uma biblioteca híbrida; terminologia mais adequada para conceituar a fase de transição pela qual as bibliotecas tradicionais vêm passando. Palavras-chaves: Livro impresso; Livro eletrônico; Biblioteca eletrônica;
Bibliotecário; Novas tecnologias de Informação e Comunicação.
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ABSTRACT
The access to the information and the technology is some privileges that the humanity already conquered. Through them the people absorb and they reverse-elaborate knowledge and with that they can transform their lives. In this prism, it is discussed about the New Technologies of the Information and Communication, specifically in what refers her influence in the evolution of the electronic libraries, in the digital information and in the discussion generated concerning the printed paper and of the virtual. Presents the evolution of the supports of information, leaving from the papyrus to the electronic book (e-book). It analyzes the subject of the librarian's new paper and the appearance of the electronic library, due to the inclusion of the new technologies of information. Focuses the controversy subject of the information printed versus the digital. The methodology is characterized by a qualitative research, that it uses as collection instrument the observation and the questionnaire. The research field defined after exploratory analysis and assisting to the established criteria involves an electronic atmosphere, composed by the sites ebookcult, hotbook and parnanet. The collection of data accomplished in the months of June and July of 2003 consists of the analysis of electronic libraries and in the recovery of the e-books more significant of each site in the area of Brazilian literature. The procedures allow to affirm that the studied libraries present a crescent number of e-books, organized for area of the knowledge and made available the great public of the Internet; so that it is believed that the librarian needs to interact with the reality virtual-polimídia. As practical result, we have the formation of a specialized catalog in the literature area, making available a research instrument that allows other electronic libraries to share their digital collections, increasing and facilitating the access/use of the digital information for librarians and users. Like this, I was ended that, to example of the other vehicles of expression of the culture, the information printed and the digital should live together harmoniously as different and complemental options in the acquisition of information and knowledge, characterizing like this a hybrid library; more appropriate terminology to consider the transition period for the which the traditional libraries are passing. word-keys: Book printed; Electronic book; Electronic library; Librarian;
New technologies of Information and Communication.
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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
BD - Biblioteca Digital
BE - Biblioteca Eletrônica
BE’s - Bibliotecas Eletrônicas
BH - Biblioteca Híbrida
BV - Biblioteca Virtual
CRT - Tubos de Raios Catódicos
HTML - Hypertext Markup Languagem
JUL. - Julho
JUN. - Junho
LCD - Liquid Crystal Display
LIT – Literatura
MS READER - Microsoft Reader
NTI - Novas Tecnologias da Informação
NTIC’s - Novas Tecnologias de Informação e Comunicação
ONGs - Organizações Não-Governamentais
OPF - Open eBook Package File
OSCIP’s - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público
PDF - Portable Document Format
RB - Rocket eBook
SI - Sociedade da Informação
UFPB - Universidade Federal da Paraíba
URL - Uniform Resource Locator
WWW - World Wide Web
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XHTML - Extensible HyperText Markup Language
XML - Extensible Markup Language
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Biblioteca digital pessoal no Acrobat eBook Reader ... 51
Figura 2 - Biblioteca digital pessoal no MS Reader ................... 52
Figura 3 - eRocket .............................................................. 54
Figura 4 - Site EbookCult ..................................................... 76
Figura 5 - Site Parnanet ....................................................... 79
Figura 6 - Site Hotbook ........................................................ 81
Quadro 1 - Principais características da biblioteca virtual ............ 41
Quadro 2 - Características da biblioteca tradicional e da biblioteca
eletrônica ............................................................ 42
Quadro 3 - Livro eletrônico – grupos de estudo em andamento ... 46
Quadro 4 - Dispositivos portáteis mais significativos .................. 55
Quadro 5 - Catálogo geral de e-books existentes nas bibliotecas
eletrônicas pesquisadas ......................................... 92
Quadro 6 - Sub-áreas de literatura que formam o catálogo
especializado com e-books existentes nas BE’s
pesquisadas ......................................................... 94
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SUMÁRIO
RESUMO ABSTRACT LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO ............................................................. 14 2 OBJETIVOS ................................................................. 20 2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................... 20 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................... 20 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................... 21 3.1 DO PAPIRO AO E-BOOK: A EVOLUÇÃO DOS SUPORTES DE
INFORMAÇÃO ............................................................... 21
3.1.1 O papiro e o pergaminho ................................................ 23 3.1.2 O papel, a imprensa e o livro .......................................... 28 3.1.3 A Internet e o sistema de informação eletrônico ................ 31 3.1.4 A informação digital e o e-book ....................................... 44 3.2 BIBLIOTECA ELETRÔNICA E BIBLIOTECÁRIO: NOVAS
NECESSIDADES E PAPÉIS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 58
3.3 INFORMAÇÃO IMPRESSA X INFORMAÇÃO DIGITAL:
REALIDADES ANTAGÔNICAS OU SINCRÔNICAS?................ 61
4 METODOLOGIA DE PESQUISA ..................................... 71 4.1 ABORDAGEM QUALITATIVA ............................................ 71 4.2 CORPUS PESQUISADO ................................................... 72 4.3 COLETA DE DADOS ....................................................... 83 5 ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS ......................... 86 5.1 BIBLIOTECAS ELETRÔNICAS: ESTRUTURAS E IDEOLOGIAS 86 5.2 E-BOOK: A FORMAÇÃO DO CATÁLOGO DE
LITERATURA BRASILEIRA ............................................... 91
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................... 128 REFERÊNCIAS ............................................................. 133 APÊNDICE .................................................................. 139
14
1 INTRODUÇÃO
Como aluna concluinte do Curso de Biblioteconomia da
Universidade Federal da Paraíba - UFPB, período 2003.1, temos a
incumbência de desenvolver uma monografia para obtenção do título de
Bacharel. Sendo assim, resolvemos efetuar um trabalho de pesquisa
sobre um tema bastante discutido, atualmente, em nosso meio
acadêmico, AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO (NTIC’s), especificamente no que se refere a discussão
gerada acerca da informação impressa e da digital e sua influência na
evolução das BIBLIOTECAS ELETRÔNICAS.
O interesse por essa temática surgiu no curso de
Biblioteconomia/UFPB, a partir das discussões nas disciplinas História
dos Livros e das Bibliotecas, Disseminação da Informação I e II, quando
os primeiros questionamentos acerca do tema nos fez perceber a
necessidade de pesquisas que abordassem essa questão. Dessa forma,
esperamos contribuir para a literatura da área e oferecer subsídios para
futuros projetos que poderão aprofundar este estudo.
A nossa proposta é discutir o paradigma do suporte nas
bibliotecas eletrônicas e de seu acervo formado por informação digital,
em especial os e-books, percebendo o papel do bibliotecário como
facilitador ao acesso a esse novo suporte informacional, assim como a
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influência das novas tecnologias no contexto da sociedade da
informação. Em outras palavras, fazemos uma reflexão teórica e prática
acerca das mudanças ocorridas na Sociedade da Informação em
decorrência das Novas Tecnologias no que se refere ao acesso à
informação através das bibliotecas na Internet.
Nossas discussões circulam o contexto dessa sociedade
informacional e tecnológica na qual percebemos que a utilização
crescente das novas tecnologias pelos serviços de informação indica
uma tendência de transformar o profissional bibliotecário em um agente
ou gerente de informação, atuando como um profissional moderno,
receptivo e disposto a aplicar os seus conhecimentos de forma crítica e
objetiva. Este profissional deve estar atento aos novos papéis que estão
sendo exigidos na Sociedade da Informação, levando a um
reposicionamento de atitudes e atividades referentes à questão da
organização, acesso, uso e disseminação da informação desenvolvidos
em prol dos usuários, relacionados a sistemas de informação tradicional
e/ou virtual.
Nesse contexto de mudanças, em que surgem as NTIC’s e há
uma aceleração de seu crescimento na sociedade, surgem as Bibliotecas
Virtuais (BV), as Bibliotecas Digitais (BD), as Bibliotecas Eletrônicas
(BE) e as Bibliotecas Híbridas (BH), das quais destacamos o papel de
constituir-se um novo veículo que possibilita o acesso a informações
digitais. As mesmas disponibilizam uma vasta quantidade de
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informações, através da Internet, podendo ser consultada de forma
gratuita.
Dentre as denominações citadas, consideramos o conceito de
biblioteca eletrônica por acreditarmos que reúne características das
demais denominações e por fazer parte de um contexto maior que,
atualmente, vem evoluindo para a consolidação das bibliotecas híbridas,
agregando o impresso e o virtual. Assim, utilizamos o termo “biblioteca
eletrônica” para se referir ao novo conceito para a armazenagem e
disseminação da informação, que utiliza a forma eletrônica,
independentemente de sua localização física, geográfica ou temporal.
Nessa perspectiva conceitual, o processo de organização da informação
na biblioteca eletrônica se dá sob a forma digital, podendo ou não
transferir para uma cópia em papel, de modo que o documento passa a
ser uma fonte digitalizada e o papel um estado transitório.
Considerando esse panorama e a crescente aplicação das
NTIC’s no contexto das bibliotecas eletrônicas, acreditamos que
“é tempo de parar de pensar somente em termos de fontes impressas e
disponibilidade dos documentos, mesmo que esses tipos de fontes ainda
sejam predominantes em nossas coleções” (CUNHA, 1999, p.260).
Nesse cenário eletrônico, Cunha (1999) aponta algumas modificações
que poderão ocorrer no ambiente bibliotecário e que consideramos
pontos de reflexão, são elas: a variedade de formatos; a biblioteca
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como conceito abstrato; o pagamento da informação; os esforços
cooperativos e; as novas mídias e equipamentos.
Todos estes elementos geram um certo impacto na vida das
pessoas, seja como indivíduos ou como profissional da informação, ou
ainda como usuários ou leitores. É preciso adaptar-se aos novos
tempos. Nesse estudo, teremos a oportunidade de discutir acerca
dessas mudanças que emergem através de um novo suporte, o e-book,
uma nova forma de disponibilizar e acessar a informação - a digital - e
um novo canal de informação - a biblioteca eletrônica.
Diante dos paradigmas propostos pela biblioteca eletrônica,
defendemos que para a sua construção, é preciso primeiro selecionar as
informações mais pertinentes para que sua formação esteja de acordo
com as necessidades dos usuários reais e potenciais. É considerando
esse aspecto que acreditamos estar contribuindo com uma forma de
“triagem” entre alguns sites da Internet, no sentido de analisar e
identificar os livros eletrônicos (e-books) constantes em seu acervo
digital, formando um catálogo na área de literatura brasileira.
Para atender nossas expectativas, o objetivo geral definido
nesse estudo é examinar bibliotecas eletrônicas que
disponibilizam e-books gratuitos, identificando a formação de
acervos virtuais na área de literatura brasileira.
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Tendo em vista o objetivo citado, desenvolvemos uma
pesquisa que figura-se num ambiente virtual, composto por bibliotecas
eletrônicas que disponibilizam e-books gratuitos, recuperados através
do buscador Google. Dentre eles, o nosso corpus é formado pelo
ebookcult, o hotbook e o parnanet, por atenderem aos critérios
previamente estabelecidos. Para a coleta de dados utilizamos a
pesquisa exploratória de caráter qualitativo, a observação dos sites e o
questionário enviado por e-mail aos responsáveis pelas BE’s. Esta, foi
desenvolvida durante os meses de junho e julho de 2003, tendo como
produto final a formação de um catálogo especializado na área de
literatura.
O estudo está organizado em 6 (seis) capítulos. O capítulo um
é a Introdução e no capítulo dois os Objetivos propostos. No capítulo
três apresentamos uma Fundamentação Teórica, discutindo a
evolução dos suportes de informação, partindo do papiro, até o livro
eletrônico (e-book); o novo papel do bibliotecário e o surgimento da
biblioteca eletrônica, decorrente da inclusão das novas tecnologias de
informação e comunicação e; a polêmica questão da informação
impressa versus a digital. No capítulo quatro consta a Metodologia,
descrevendo o tipo de abordagem, o universo pesquisado e a coleta de
dados. O capítulo cinco é a Análise dos dados e resultados
alcançados, com destaque para o catálogo de e-books. E por fim, no
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capítulo seis enfatizamos as considerações finais e apresentamos na
seqüência as referências que embasaram o estudo.
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Examinar bibliotecas eletrônicas que disponibilizam e-books
gratuitos, identificando a formação de acervos virtuais na área de
literatura brasileira.
2.2 – OBJETIVOS ESPECIFÍCOS
Discutir acerca da (r)evolução dos novos suportes informacionais
em sua relação com o novo perfil do bibliotecário;
Identificar a Biblioteca Eletrônica como uma ferramenta de
pesquisa que disponibiliza um canal de disseminação e
compartilhamento da informação;
Analisar bibliotecas eletrônicas que disponibilizam e-books
gratuitos na área de literatura brasileira;
Formar um catálogo com os principais e-books brasileiros
gratuitos, na área de literatura, existentes nas bibliotecas
eletrônicas;
Reconhecer que a informação impressa (livro) e a informação
digital (e-book) não competem entre si, mas se complementam.
21
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 DO PAPIRO AO E-BOOK: A EVOLUÇÃO DOS SUPORTES DE
INFORMAÇÃO
No contexto da Sociedade da Informação - SI, as Novas
Tecnologias da Informação - NTI surgem devido ao fenômeno da
explosão informacional verificado a partir do início da segunda metade
do século XX, servindo de suporte para a criação das redes de
computadores e das bases de dados on-line, que se difundiram pelo
mundo a ponto de hoje a Internet estar tão popular quanto a televisão
ou o rádio. Assim, concordamos com Amat I Nogueira (1990), quando
define as NTI como sendo os novos suportes e canais para dar forma,
registrar, armazenar, processar e disseminar conteúdos informacionais.
Objetiva assim, proporcionar um acesso à informação de forma mais
rápida e criativa possível.
O Impacto da Internet nessa sociedade é, sem dúvida,
inquestionável. Em termos de sistema de informação, a mesma provê
acesso imediato a uma grande quantidade de informações científicas,
culturais, artísticas, de lazer, em tempo real, de forma direta, abrindo
para o usuário possibilidades antes inimagináveis. No entanto, o acesso
à rede, no Brasil, está restrito a um número ainda limitado e restrito da
sociedade. Em nosso país, existem várias categorias de excluídos: os da
terra, da educação, do emprego, da saúde, da moradia, entre outros e
22
agora, mesmo com o avanço tecnológico, estamos convivendo com um
novo tipo de exclusão: a digital.
Como bem conceitua Silveira (2001, p. 1), em entrevista
divulgada na Internet, a exclusão digital é
[...] o não acesso da maior parte da população do mundo hoje às tecnologias de informação, principalmente a comunicação mediada, em rede, que atualmente é feita através de um computador, de uma linha telefônica e de um provedor de acesso.
Assim, concebemos a questão da exclusão digital e
acreditamos que se a Internet continuar sendo limitada a poucos, ela
tende a aprofundar ainda mais as diferenças sociais.
Outra questão bastante discutida é o fato de que a revolução
nos processos de transferência de informações e nos novos suportes
informacionais tem proporcionado modificações no perfil do
bibliotecário. É preciso mudar a mentalidade de que o bibliotecário
utiliza apenas o livro como instrumento de disseminação da informação.
O mesmo lida com a informação, independente do suporte que ela
esteja.
Ao resgatarmos na história a evolução tecnológica e dos
suportes informacionais, verificamos que desde os primeiros tempos o
homem procurou registrar suas impressões sobre o mundo no interior
das cavernas. Na Antigüidade, o homem experimentou vários suportes
encontrados na natureza como forma de registro, utilizando para isso
23
pedra, materiais inorgânicos e orgânicos à base de tintas vegetais e
minerais, como a argila, ossos, conchas, marfim, folhas de palmeiras,
bambu, metal, cascas de árvores, madeira, couro, papiro, velino,
pergaminho, seda, o papel e mais recentemente, o meio digital.
A informação registrada como conhecemos hoje passou por
diversas "transformações" até a sua consolidação como objeto símbolo
da existência humana, responsável pelo registro da história da nossa
civilização através dos milênios. Assim, descrevemos, a seguir, a
evolução dos suportes de informação, do papiro ao e-book, buscando
resgatar e compreender essa transformação tecnológica e sua
importância para a humanidade como um veículo que contribui para a
era da Sociedade da Informação. Para tanto, nos apoiamos nos estudos
de Chartier (1994, 1999), Cunha (1994), Febre e Martim (1992),
Garcez e Rados (2002), Lévy (1993), Machado et. al. (1999), Marchiori
(1997), Martins (1996), McLuhan (1977), Milanesi (2002), Ueharo
(2001), Ventura (2003), Venturi (2002), entre outros.
3.1.1 O papiro e o pergaminho
O papiro é uma planta-aquática, cujo talo era cortado na parte
interior onde se encontravam as fibras muito resistentes e que, unidas
em lâmina, serviam de superfície própria para escrever, transformando-
se num primitivo papel. Essa planta era encontrada às margens do Rio
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Nilo, no Egito, e representou para os egípcios o suporte da escrita
hieroglífica, veículo de transmissão de conhecimento e da sensibilidade
do homem da época. Para tanto, era conservado em rolos de 15 a 18
metros e mesmo que um texto não fosse muito longo, pedia vários
rolos. Constituía-se um monopólio do Estado e era obtido através de
atividade extrativista baseada em uma única espécie de vegetal.
O rolo de papiro denominava-se volumen, de modo que uma
obra poderia ser apresentada em vários volumes. Assim como esse
suporte determinou a forma de rolo como única maneira de ser usado,
exigiu, também, uma pena especial, uma vez que sua superfície não
suportava outra que não fosse a de junco.
O copista, responsável pelo registro nesse suporte, escrevia
em retângulos, porque era impossível fazê-lo acompanhando o
comprimento do rolo, de várias dezenas de metros. Esta era a única
maneira de utilizar o papiro, porque a sua fragilidade não permitia
dobrá-lo, dificultando o manuseio e a leitura. Para a leitura, tornava-se
necessário uma certa habilidade física do leitor: enrolar uma
extremidade e desenrolar a outra.
Nas bibliotecas da Roma Antiga, os papiros eram colocados
sobre estantes, tendo uma etiqueta para identificar o conteúdo sem que
fosse necessário desenrolá-lo. O número de volumes exigia uma
determinada organização, sobre a qual muito pouco se sabe.
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Uma vasta coleção de rolos de papiro existiu na mais
conhecida biblioteca da Antiguidade: a de Alexandria, no Egito. Sua
famosa Biblioteca continha praticamente todo o saber da Antiguidade
em cerca de 700.000 rolos de papiro e pergaminho e era freqüentada
pelos mais conspícuos sábios, poetas e matemáticos. Sua destruição
talvez tenha representado o maior crime contra o saber em toda a
história da humanidade (VENTURI, 2002).
O papiro foi à base de registros que mais se desenvolveu na
Antiguidade Clássica. Atravessou séculos, levando a cultura do Egito a
outros povos, oferecendo ao homem a oportunidade de realizar o seu
maior desejo: comunicação e diálogo. Permitiu não só a preservação da
memória cultural, mas serviu também de testemunho da história dos
materiais usados pelo homem. Foi nesse rústico suporte que os
egípcios, gregos e, depois, romanos, registraram as primeiras obras
consideradas literárias. No papiro ficaram registros fundamentais para
se entender o tempo e o espaço, os fatos e a cultura das regiões onde,
durante séculos, foram fabricados e cobertos por hieróglifos e outras
categorias de escrita.
No entanto, mesmo diante dessa evolução, para a época, e
importância para a cultura de várias civilizações, a produção do papiro
era muito limitada, seu custo elevado e seu volume de produção não
atendia a todas as necessidades de suporte para escrita que existiam na
época. Como muitas das mudanças nas técnicas e nos processos de
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produção ocorridas ao longo de nossa história, o que gera a alteração
do suporte para escrita é o fator econômico e esse fato acarretou na
mudança para um novo suporte: o pergaminho.
Por questões econômicas, os habitantes de Pérgamo
impossibilitados de obter o papiro egípcio, passaram a usar a pele
curtida de alguns animais (a ovelha, o carneiro ou cordeiro) como
suportes da escrita. A pele recebia um tratamento especial de
raspagem, banhos de soda e secagem em bastidores, o que lhes
conferiam propriedade de boa durabilidade, características para torná-
los flexíveis e apropriados para a escrita.
O processo para obtenção deste novo suporte – o pergaminho
– se difundiu por todo o território europeu. Rapidamente a sua
produção se populariza e durante séculos ele passou a ser o suporte
mais utilizado para feitura de manuscritos, pois se caracterizava como
não tão delgado, mais flexível como o papiro, porém, menos
dependente das cheias e secas do Rio Nilo, ou das necessidades
econômicas e/ou das alianças comercias com o povo egípcio.
O pergaminho, quase sempre produzido nos mosteiros, apesar
de caro, por cerca de mil anos foi o material mais utilizado para a
escrita. Aos poucos esses livros artesanais foram se impondo, inclusive
como bens preciosos da realeza. Nos monastérios, onde monges
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calígrafos, principalmente os beneditinos, rezavam, copiavam e
ilustravam textos, preservavam-se as grandes coleções de códices.
O surgimento do pergaminho, por volta do século III a.C.,
modificou definitivamente a forma dos livros. Cem anos antes de
começar a Idade Média ele já substituía o papiro, quase que
inteiramente, dando origem ao códex. Esta forma manteve-se até os
dias atuais.
Explicitando essa mudança de suporte informacional para o
registro da escrita e analisando a sua estrutura, Martins (1996, p. 68),
afirma que
o pergaminho foi escrito, como o papiro, de um lado só, até que se descobriu ser perfeitamente possível fazê-lo nas duas faces. Enquanto a escrita era realizada apenas no reto, o pergaminho era enrolado, como o papiro, para constituir o volumen. A escrita no reto e no verso vai dar nascimento ao códex, isto é, ao antepassado imediato do livro. Com ele revoluciona-se o aspecto da matéria escrita e o das bibliotecas.
A substituição do rolo de papiro, pelo códex de pergaminho
ocasionou uma grande mudança, pois ao optar por um material mais
barato e um formato de transporte mais fácil, foi promovida uma
revolução na postura do leitor: folheável, e não mais desenrolável, o
livro se tornava mais acessível, incentivando a pesquisa e podendo até
ser feita anotações em sua estrutura. Assim, o pergaminho foi à ponte
entre o papiro e a imprensa, transportando para séculos mais recentes
parte do que gregos e romanos produziram no campo do pensamento.
28
3.1.2 O papel, a imprensa e o livro
Depois do papiro e do pergaminho, o papel se fixou como o
novo suporte para a escrita e o registro da informação. O preço elevado
do pergaminho, causado pela produção limitada, diante de um mercado
em crescente aumento, se tornou um obstáculo que restringia a
divulgação da cultura. Esta, não podia continuar como privilégio dos
ricos e poderosos, dos mosteiros e das dinastias. Assim, a procura pelo
pergaminho – que não era atendida pelos produtores – precipitou o
aparecimento do papel.
Quando a Idade Média vai terminando surge na Europa o papel
fabricado de pasta de madeira, trazido pelos árabes para substituir o
pergaminho e atender às novas necessidades, já que a produção do
pergaminho não satisfazia as crescentes exigências das cidades
européias mais importantes.
O papel, mais barato que o pergaminho, permitiu a ampliação
do uso da escrita deixando a exclusividade monástica e passando a ser
usado por outras categorias sociais que produziam a sua própria cópia
de textos. Em menos de um século o papel era fabricado em toda
Europa, abrindo uma imensa perspectiva para a invenção da Imprensa
que, aliada ao O papel, mais barato que o pergaminho, permitiu a
ampliação do uso da escrita deixando a exclusividade monástica e
passando a ser usado por outras categorias sociais que produziam a sua
29
própria cópia de textos. Os primeiros livros impressos por meio da
xilografia - gravura em madeira - apareceram no século XV. No
entanto, coube ao alemão Johanes Gensfleisch von Guttenberg, ser o
precursor das modernidades técnicas gráficas. A prensa de Gutenberg
utilizava tipos móveis metálicos, nos quais eram gravadas as letras, os
sinais de pontuação e os números que, ao contrário dos tipos de
madeira, podiam ser utilizados inúmeras vezes. A pressão era feita por
meio de uma prensa que foi inspirada na prensa de vinhateiro, utilizada
para espremer uvas. O método de Gutenberg, além de revelar-se muito
mais flexível do que a xilogravura, produzia impressos de melhor
qualidade, permitia imprimir ambos os lados de uma folha, alcançando
uma produção em massa das obras e o barateio do custo, e
conseqüentemente, aumentando e facilitando o acesso à informação.
No entanto, a tipografia – arte para impressão de textos - foi
desde o início recusada pela nobreza e pelos indivíduos de grande
poder. Eles achavam que o livro deveria continuar como privilégio
apenas das dinastias e da Igreja, pois pressentiam que o mesmo seria
muito perigoso, por permitir uma divulgação maior de idéias, podendo
ameaçar seus interesses. Na fase do manuscrito o livro não causou
preocupação pelo fato do seu uso ser restrito. Mas diante da
possibilidade de incontrolável divulgação pela impressão em série, o
livro começou a preocupar a classe dominante, pois a imprensa
provocou uma grande transformação, propiciando a democratização do
30
conhecimento com a impressão em grande escala e conferindo ao
homem o seu primeiro grande meio de comunicação.
A invenção da imprensa e a utilização do papel geraram uma
nova situação de acessibilidade: o livro, tornando-o um estímulo ao
conhecimento das letras e a geração de novas informações,
configurando-se numa tecnologia revolucionária ao viabilizar um maior
acesso e disseminação da informação.
Em decorrência dessa mudança, o fator ignorância como
condição de domínio foi sendo alterado, assim como a exclusão
informacional existente em grande escala. O quase monopólio do saber
deixou de ser patrimônio exclusivo dos nobres e religiosos para atingir
uma grande população. Assim, na medida em que aumentava o número
de autores também crescia o número de leitores face à maior
acessibilidade desse suporte (MILANESI, 2002).
Nesse contexto, o livro como fonte de registro e transmissão
do conhecimento adquiriu grande representatividade enquanto
elemento de preservação e difusão da cultura, popularizando-a.
Determinou novos paradigmas que marcaram a história do pensamento
humano. A circulação de idéias espalhou-se definitivamente, atingindo
um grande número de pessoas. O livro impresso foi considerado como
um instrumento de libertação do homem, por favorecer as classes
menos favorecidas o acesso ao conhecimento.
31
A revolução tecnológica causada pela imprensa possibilitou
uma ampla difusão de materiais escritos. Essa revolução chega ao livro
aprimorando e agilizando a sua produção e disseminação e isso resultou
num aumento significativo do número de publicações, tanto dos livros
como dos periódicos, ocasionando uma “explosão da informação”. No
mesmo sentido, as novas tecnologias da informação e comunicação -
NTIC’s possibilitaram novos suportes e novas formas de acesso a
informação, gerando a informação digital, como por exemplo, as
bibliotecas virtuais e os livros eletrônicos. Assim, os avanços
tecnológicos do século XX, favoreceram o surgimento de uma nova
revolução na Sociedade da Informação. Segundo Castells (2003, p.1),
estamos diante de um novo paradigma tecnológico: a revolução tecnológica da informação, a revolução informacional. A diferença dessa revolução para com as outras é a sua matéria prima: o conhecimento.
Venturi (2002, p. 2) afirma que, “se vivemos hoje a Era do
Conhecimento é porque alçamo-nos em ombros de gigantes do
passado”. Nesse contexto, “a internet representa um poderoso agente
de transformação do nosso modus vivendi et operandi”, por representar
um grande instrumento de disseminação do conhecimento.
3.1.3 A Internet e o sistema de informação eletrônico
Nos últimos anos, as NTIC’s tem exercido um papel
transformador na sociedade moderna, contribuindo de forma
32
significativa para o desenvolvimento de tecnologias como a informática,
que associada às telecomunicações, deu origem a uma das mais
revolucionárias invenções de nossa época, a Internet. A mesma vem
permitindo o rompimento de barreiras geográficas e a livre circulação
de informação e conhecimento.
Referindo-se as novas tecnologias da informação, Lévy (1993
apud Marcondes 2003, p.62, grifo do autor) as considera como uma
ferramenta que possibilita a geração de novas aprendizagens,
[...] da mesma forma que a invenção da escrita por volta de 3000 a.C. e da imprensa por Gutenberg, no século XV, são tecnologias da inteligência, no sentido de se constituírem em novas ferramentas cognitivas. Na medida que viabilizam novas possibilidades cognitivas, possibilitam um salto qualitativo em nossas possibilidades de raciocínio e apreensão de conhecimento.
Nessa perspectiva, destacamos a Internet como um veículo
que pode ser enquadrado no conceito de “tecnologia da inteligência” por
auxiliar na comunicação, na elaboração de nossos conhecimentos e na
estruturação de nosso pensamento (LÉVY, 1993), e também por
disponibilizar ao usuário uma quantidade infinita de informações,
oferecendo a liberdade de selecioná-la e usá-la, permitindo a geração
de novas possibilidades cognitivas.
Definimos a Internet como um conjunto de redes de
computadores interligadas que tem em comum um conjunto de
protocolos e serviços, de uma forma que os usuários conectados
possam usufruir de serviços de informação e comunicação de alcance
33
mundial. Assim, a compreendemos como um sistema de informação
que nos possibilita acesso imediato a uma vasta quantidade de
informações culturais, artísticas, científicas, em tempo real e de forma
direta, sem intermediários. É um meio de disseminação de informações
que abrange todo o planeta, muito embora não atinja todas as pessoas,
devido a diversos fatores sócio-econômicos-culturais.
Ao considerarmos a Internet enquanto sistema de informação
eletrônico estamos definindo sistema de informação como
“o espaço no qual se desenvolvem ações informacionais [...] mediados
por canais informacionais [...] e pela interação entre sujeitos,
articulando atitudes participativas, democráticas e criativas” (SILVA,
2003, p.19). Dito em outras palavras,
por sistema de informação compreendemos um conjunto de unidades, formal ou informal, que objetivam um fim comum, trabalhando a informação (geração, produção, recepção, transmissão) para seu uso e disseminação (SILVA, 2003, p.22).
Nesse sistema de informação, a Internet como suporte de
informação é uma ferramenta poderosa, que torna mais rápida e eficaz
a comunicação entre as pessoas, favorecendo uma maior disseminação
da informação e, portanto, geração de conhecimento. A mesma vem
proporcionar facilidades que extrapolam o conceito tradicional de
informação (o impresso), disponibilizando novos suportes
informacionais (o eletrônico).
34
Por outro lado, devido à imensa quantidade de informações
disponíveis na Internet, muitas vezes ficamos perdidos sem saber onde
localizar determinada informação. Para facilitar essa busca, existem
sites especializados, em que o usuário digita a palavra ou conjunto de
palavras que está procurando e o mesmo recupera as páginas que
contemplem as palavras informadas. No entanto, ainda assim, ficamos
imersos em uma diversidade de sites e de informações. Acerca dessa
nova realidade, Milanesi (2002, p. 51) afirma que
não é mais o indivíduo que persegue a informação, mas as informações que soterram o indivíduo quando ele ousa acionar uma ferramenta de busca na internet.
A nosso ver, mesmo com a desordem da Internet, não
podemos negar que os sites de pesquisa têm despontado como um dos
principais serviços disponibilizados pela Internet, por favorecer o acesso
à informação e a disseminação do conhecimento.
Como podemos observar, a inserção das NTCI’s vem alterando
o processamento da informação, no que diz respeito ao seu
armazenamento, seleção, recuperação e disseminação. Tudo isso, vem
causando uma grande revolução pois, estas transformações criam
novas necessidades e alteram velhos e sólidos paradigmas. Dentre
essas mudanças, destacamos o surgimento de um novo sistema de
informação, que no contexto da Biblioteconomia desponta como uma
nova realidade de disseminação, acesso e uso da informação em rede.
Estamos nos referindo as bibliotecas virtuais, eletrônicas e digitais, que
35
reúnem suportes não-convencionais e facilitam a disseminação da
informação em tempo real, de forma que uma mesma informação pode
ser acessada por vários usuários ao mesmo tempo. Diante desse
paradigma, observamos que
a convergência dos avanços na computação e nas tecnologias de comunicação tem tido um impacto significativo na maneira como os sistemas de informação estão sendo criados, administrados e utilizados. As bibliotecas, especificamente, estão incorporando novas políticas de desenvolvimento de suas coleções e disponibilizando novos produtos e serviços de informação na Internet (FERREIRA,2003, p.1).
Nessa perspectiva, as bibliotecas não tradicionais consistem
numa adaptação das bibliotecas atuais com a aplicação das novas
tecnologias de mercado, a fim de construir uma biblioteca atuante, em
que as informações impressas e digitais convivam juntas para um maior
fortalecimento dos acervos de modo que sejam disponibilizadas para
todos, formando a biblioteca do futuro, que segundo Cunha (1994, p.
187),
[...] é sem paredes, por possibilitar o acesso à distância a seus catálogos, sem a necessidade de se estar fisicamente nela. É eletrônica, pois seu acervo, catálogos e serviços são desenvolvidos com suporte eletrônico. E é virtual, porque é potencialmente capaz de materializar-se via ferramentas que a moderna tecnologia da informação e de redes coloca à disposição de seus organizadores e usuários.
Esses novos sistemas de informação eletrônica são
classificados, geralmente em 04 (quatro) categorias: biblioteca
eletrônica, digital, virtual e híbrida, vejamos cada uma delas.
36
A primeira chama-se Biblioteca Eletrônica - BE, que
apresenta um sistema cujo processo básico da biblioteca é a eletrônica,
ou seja, ampla utilização de máquinas, principalmente,
microcomputadores, facilitando como cita Marchiori (1997, p. 123), "na
construção de índices on-line, na busca de textos completos e na
recuperação e armazenagem de registros”. A biblioteca eletrônica se
direcionará para ampliar o uso de computadores na armazenagem,
recuperação e disponibilidade da informação, podendo envolver-se em
projetos para a digitalização de livros. A construção dessas bibliotecas
foi acontecendo aos poucos, à medida que a evolução da tecnologia
disponibilizava novas ferramentas que podiam ser utilizadas para este
fim.
A segunda é a Biblioteca Digital - BD, que se diferencia das
demais por constituir-se de um acervo estritamente digital (discos
magnéticos e óticos). Dispõe de todos os recursos de uma biblioteca
eletrônica, oferecendo pesquisa e visualização dos documentos (texto
completo, vídeo etc.) tanto local como por meio de redes de
computadores.
De acordo com Ferreira (2003, p.2),
a maioria dos autores é unânime em afirmar que o que define uma biblioteca como sendo digital é o fato de consistir em várias bibliotecas e não em uma universal e suas tarefas básicas serem as responsáveis por seu caráter transformador.
37
Para Steele (1993, tradução nossa), a biblioteca digital é
claramente o paradigma da "sociedade da informação" e uma resposta
das bibliotecas ao fenômeno da explosão informacional.
Segundo Marchiori (1997, p. 123), a biblioteca digital
difere-se das demais porque a informação que ela contém existe apenas na forma digital, podendo residir em meios diferentes de armazenagem, como as memórias eletrônicas. Desta forma, a biblioteca digital não contém livros na forma convencional e a informação pode ser acessada, em locais específicos e remotamente, por meio de redes de computadores. A grande vantagem da informação digitalizada é que ela pode ser compartilhada instantaneamente e facilmente, com um custo relativamente baixo.
A terceira categoria é a Biblioteca Virtual – BV, também
chamada de biblioteca de realidade virtual ou “ciberteca”. Ela é
conceituada como um tipo de biblioteca que, para existir, depende da
tecnologia da realidade virtual, que criaria o ambiente de uma biblioteca
com salas, estantes etc (MARCHIORI, 1997).
A BV é a soma total de informações acessíveis disponíveis em
qualquer lugar e, portanto, podendo ser implantada também em
qualquer lugar - na biblioteca, nos centros de informação, nos centros
de documentação, no trabalho e em casa. Na verdade, o ponto chave
não é a tecnologia, mas o acesso à informação e o atendimento às
necessidades do usuário.
A quarta categoria de sistema de informação é a Biblioteca
Híbrida – BH, que caracteriza-se por agregar diferentes tecnologias,
38
apresentando coleções impressas, digitais e acessos via rede eletrônica,
refletindo o estado atual das bibliotecas, que hoje não é completamente
digital, nem completamente impressa. Dessa forma, utiliza tecnologias
disponíveis para unir, em uma só biblioteca, o melhor dos dois mundos
(o impresso e o digital). O conceito de biblioteca híbrida tem sido
considerado o mais adequado para retratar a fase de transição pelas
quais as bibliotecas convencionais vêm passando (GARCEZ; RADOS,
2002).
Ao buscarmos compreender esses novos sistemas de
informação eletrônica, observamos que o ritmo acelerado da produção
do conhecimento e as transformações da sociedade exigiram que as
bibliotecas implantassem infra-estrutura compatível com a demanda
crescente, incorporando novos processos que proporcionassem o acesso
mais rápido à informação. Houve assim, uma redefinição das formas de
gerenciamento dos recursos materiais/humanos e também das
atividades a serem desempenhadas. Nesse contexto, a Biblioteca
Eletrônica, foco da nossa pesquisa, tem se destacado das demais por
apresentar características inerentes as virtuais e digitais.
Para Marchiori (1997, p. 123), biblioteca eletrônica
é o termo que se refere ao sistema no qual os processos básicos da biblioteca são de natureza eletrônica, o que implica ampla utilização de computadores e de suas facilidades na construção de índices on-line, na busca de textos completos e na recuperação e armazenagem de registros.
39
Machado et.al. (1999, p. 217), afirma que “biblioteca
eletrônica é aquela que está totalmente automatizada, disponibilizando
os seus serviços aos usuários de forma on-line”. Complementando,
Cunha (1994, p. 187), refere-se à biblioteca eletrônica como “aquela
que o seu acervo, catálogo e serviços são desenvolvidos em suporte
eletrônico”.
Analisando os diversos termos que nomeiam a biblioteca
eletrônica, Cunha (1999, p.258) enfatiza que
a biblioteca digital é também conhecida como biblioteca eletrônica (termo preferido dos britânicos), biblioteca virtual (quando utiliza os recursos da realidade virtual), biblioteca sem paredes e biblioteca conectada a uma rede.
Analisando os conceitos de Cunha (1994, 1999), Machado et al
(1999) e Marchiori (1997), convencionamos usar o termo “biblioteca
eletrônica” por acreditarmos que reúne características das demais
denominações, definindo-o como o novo conceito para a armazenagem
e disseminação da informação, que utiliza a forma eletrônica,
independente de sua localização física, geográfica ou temporal. Nessa
perspectiva conceitual, o processo de organização da informação na
biblioteca eletrônica se dá sob a forma digital, podendo ou não
transferir para uma cópia em papel. Nessa biblioteca, o documento é
uma fonte digitalizadora e o papel é um estado transitório (CUNHA,
1999).
40
A partir desses conceitos, podemos observar que os autores
concordam que a biblioteca eletrônica caracteriza-se pelo uso do
computador para acessá-la e na disponibilidade de seu acervo na forma
eletrônica, podendo co-existir também na forma impressa. Trata-se,
pois, de bibliotecas eletrônicas, apesar de serem rotuladas
normalmente de bibliotecas virtuais. Neste sentido, Macedo e Modesto
(1999) assinalam que, nas bibliotecas eletrônicas, informação impressa
e digital coexistem, sendo a mesma uma réplica eletrônica da biblioteca
tradicional. Complementamos ainda que a biblioteca eletrônica
proporciona ao usuário um acesso muito mais amplo e ágil às
informações mundialmente disponíveis.
A biblioteca eletrônica possui características especiais, que são
destacadas por Cunha (1999, p.258) em seu artigo “Desafios na
construção de uma biblioteca digital”, conforme podemos observar a
seguir:
a) acesso remoto pelo usuário, por meio de um computador conectado a uma rede; b) utilização simultânea do mesmo documento por duas ou mais pessoas; c) inclusão de produtos e serviços de uma biblioteca ou centro de informação; d) existência de coleções de documentos correntes onde se pode acessar não-somente a referência bibliográfica, mas também o seu texto completo. O percentual de documentos retrospectivos tenderá a aumentar à medida que novos textos forem sendo digitalizados pelos diversos projetos em andamento; e) provisão de acesso em linha a outras fontes externas de informação (bibliotecas, museus, bancos de dados, instituições públicas e privadas); f) utilização de maneira que a biblioteca local não necessite ser proprietária do documento solicitado pelo usuário; g) utilização de diversos suportes de registro da informação tais como texto, som, imagem e números;
41
h) existência de unidade de gerenciamento do conhecimento, que inclui sistema inteligente ou especialista para ajudar na recuperação de informação mais relevante.
Para melhor compreensão sobre a biblioteca eletrônica e suas
características, apresentamos a seguir o QUADRO 1 com as
características da biblioteca virtual destacadas por Diniz, Targino e
Ramalho (2003) que, do nosso ponto de vista, aplicam-se à biblioteca
eletrônica.
• Acesso somente através de redes eletrônicas de informação; • Acesso a todo tipo de informação; • Conjunção harmônica entre impressos e eletrônicos – possibilidade de conversão
de eletrônico para o impresso; • Ênfase na liberdade intelectual – todos tem direito de publicar suas idéias; • Manutenção de catálogos eletrônicos on-line; • Possibilidade de maior fluxo de comunicação entre bibliotecários e entre as
demais categorias profissionais; • Possibilidade ilimitada de navegação via links por diferentes bibliotecas,
instituições, textos, etc; • Disseminação mais abrangente de informações; • Utilização simultânea da mesma informação por múltiplos usuários; • Aproveitamento de todas as potencialidades do espaço virtual; • Uso de ferramentas que agilizam a recuperação de informações; • Inexistência de intermediação no processo de acesso à informação; • Acesso Global; • Maximização dos processos de produção e atualização dos estoques de
informação; • Aperfeiçoamento no planejamento e gerenciamento dos recursos informacionais.
QUADRO 1- Principais Características da Biblioteca Virtual Fonte: Diniz citado por Diniz, Targino, Ramalho (2003, p. 11)
O QUADRO 1 demonstra de forma clara a utilização de
artefatos eletrônicos na armazenagem, recuperação e disponibilização
da informação, acentuando a idéia de uma biblioteca eletrônica.
Todas essas mudanças ocorridas no sistema de informação, ou
seja, nas bibliotecas, são decorrentes da inclusão das NTIC’s, onde
42
vemos as tradicionais unidades de informação passarem por uma nova
configuração, resultando em um novo modo de tratamento e
armazenamento da informação. O QUADRO 2 demonstra de forma
sucinta essas mudanças, visualizadas acentuadamente nas principais
atividades de uma biblioteca.
Atividades Biblioteca Tradicional Biblioteca Eletrônica • Administração de coleções
- seleção do material para adicionar na biblioteca - arquivamento - manutenção do acervo - encadernação e preservação
- seleção do material apropriado para a conversão eletrônica e para adição na biblioteca - controle da versão das bases de dados - manutenção do sistema
• Aquisição - solicitação do material - acompanhamento da distribuição - aprovação dos pagamentos
- solicitação eletrônica do material - conversão do material existente para a forma eletrônica - administração do copyright - transferência eletrônica de fundos
• Catalogação - indexação manual - indexação automática
• Empréstimo - reserva - circulação - cobrança - SDI
- provisão temporária de cópias (expiração eletrônica) - fornecimento de cópias gratuitas - distribuição automática - troca de material entre bibliotecas conectadas - interface para os serviços tradicionais de bibliotecas
• Serviços aos usuários - assistência para localização e recuperação do material - perfil do usuário - cursos para instrução do uso da biblioteca
- metabiblioteca (diretório de recursos) - ajuda on-line - perfis de usuários on-line
QUADRO 2 - Características da biblioteca tradicional e da biblioteca eletrônica Fonte: Landoni; Catenazzi (1993) citado por Rosetto (1997, p. 57)
43
Analisando o quadro acima, visualizamos que as novas
tecnologias foram, paulatinamente, incorporadas às atividades da
biblioteca, provocando mudanças internas e na maneira de prover
produtos e serviços aos usuários. Nos últimos anos, a mudança
tecnológica tem sido cada vez maior num espaço temporal cada vez
menor, fazendo com que a realidade das bibliotecas brasileiras
necessitem de uma interação entre o tradicional, o digital, o virtual e o
eletrônico. Assim, as mesmas ficarão fortalecidas nesse novo contexto
da Sociedade da Informação e do Conhecimento, dispondo informações
em todos os campos, em suportes tradicionais e virtuais, onde quer que
ela esteja, para todas as pessoas, em qualquer local e a qualquer
tempo. A esse respeito, segundo Milanesi (2002, p. 51),
com a Internet, muitas barreiras que se antepunham ao conhecimento ruíram – ainda que se levantassem outras. Ela possibilita, na prática, mesmo com obstáculos a serem superados, o acesso ao conhecimento de forma menos onerosa e mais ampla.
Nesse contexto, encontramos inseridas as bibliotecas virtuais,
eletrônicas, digitais e híbridas, com sua multiplicidade de acervos em
formatos distintos dos tradicionais, entre eles: o formato pdf e html,
cada vez mais dominado pelos usuários/internautas, o que nos faz
concordar com Mandel (2003, p.3) ao afirmar que “à medida que a
informação vai se tornando digital, o usuário vai também adquirindo
destreza no seu uso e preferência pelo meio”.
44
3.1.4 A informação digital e o e-book
A Sociedade da Informação e o campo da Informática estão
em constante evolução, e é nesse contexto de transformações, da
chamada “era da informação automática” (SANTOS, 2003b), que surge
um novo paradigma quanto à forma de registrar e disseminar a
informação: o livro eletrônico (e-book), juntamente com a polêmica
sobre o fim do livro.
Entre a cultura do manuscrito e a do texto impresso, o livro
passou por diversas transformações, mas em toda sua história nada é
comparado a revolução dos e-books. O que o diferencia de um livro é
que, ao invés de ser impresso, ele é disponibilizado em formato digital,
vendido, baixado ou recebido via e-mail. Acreditamos que talvez não
haja nenhuma ruptura e que talvez tudo isto seja apenas a continuidade
natural que deveria existir na evolução entre o texto manuscrito,
impresso até o eletrônico. Porém, não podemos deixar de observar que
há algum tempo, o livro vinha sofrendo interferências no modo de ser e de se mostrar ao leitor. Muito de sua mudança física já vinha se configurando com o avanço das tecnologias de impressão e diagramação de páginas. Hoje, vemos o livro mudar de suporte ou mídia, e transformar-se em um novo corpo (SANTOS, 2003b, p. 2).
Passamos um século na era Gutenberg com o desenvolvimento
da imprensa e o uso do livro impresso. Hoje, as mudanças com a
influência da Internet, da World Wide Web – www e das tecnologias
existentes, permitem o estabelecimento de um novo padrão para a
45
apresentação do livro. Chegamos aos e-books, que simplesmente estão
transformando o modo de ler os livros no mundo. É o texto eletrônico
dando forma nova às histórias, com imagens, sons e viagens paralelas,
fazendo surgir a multimídia, ou seja, uma junção de várias mídias. Isto,
segundo Santos (2003b), possibilitou um avanço extraordinário no
mundo da comunicação e do entretenimento.
O termo e-book (Electronic Book) está sendo utilizado para
nomear o livro em formato eletrônico, podendo ser baixado via Internet
(por meio de download) e para o aparelho que permite a sua leitura
fora do computador, possibilitando uma maneira mais simples de
compor e disponibilizar um livro para o leitor. Na tentativa de encontrar
uma definição para o e-book Landoni (1993 apud Rosetto, 1997)
apresenta, resumidamente, em forma de tabela, algumas análises
conceituais advindas de grupos de estudo sobre o livro eletrônico, como
podemos observar no QUADRO 3, a seguir:
46
Tipos de projetos em andamento
Critérios usados na elaboração do livro eletrônico
1° Grupo de Estudos (Taxonomia de Baker & Collins)
. meio pelo qual é publicado
. funções de performance
. tipo de informação e serviços oferecidos
. livros de referência
. livros de textos
2° Grupo de Estudos (Projetos: Dynatext e Superbook)
. preservação da estrutura lógica (capítulos, seções, etc.) e física do livro . fornecimento de texto completo indexado, linkados e navegação por tabelas de conteúdo
3° Grupo de Estudos (Projetos: Benet & Duric; Burril & Ogden - "VORTEXT")
. utilização dos aspectos físicos e lógicos do livro
. apresentação de vários livros, como estivessem em estantes de biblioteca (biblioteca eletrônica) . exemplos oriundos dessas pesquisas são Grolier Encyclopedia, Compton's Multimedia Enc. etc.
4° Grupo de Estudos (Projetos: Landoni & Catenazzi)
. utilização dos aspectos citados no 3° Grupo
. propiciar a consulta ao livro, da mesma forma do impresso . desenvolver dois tipos de livros eletrônicos: . conversão de textos eletrônicos já existentes em livro eletrônico (Hyper-Book) . conversão de livros em papel para versão eletrônica (Visual-Book)
QUADRO 3 - Livro Eletrônico - grupos de estudos em andamento Fonte: Landoni; Catenazzi (1993) apud Rosetto (1997, p.56)
Refletindo acerca desses critérios que caracterizam o livro
eletrônico, o concebemos como um recurso informacional que usa
tecnologia moderna para registrar e permitir o acesso e o uso da
informação. Portanto, o caracterizamos como aquele que preserva a
estrutura lógica e física do livro, fornecendo um texto completo e
propiciando a sua consulta, havendo a possibilidade de conversão da
versão eletrônica em papel e vice-versa. Entendemos por e-book não só
os livros eletrônicos, que usam tecnologia de ponta e são lidos em
minicomputadores portáteis, mas também os arquivos de livros que
podem ser acessados pela Internet, disponíveis em sites de Bibliotecas
47
Eletrônicas, livrarias e lojas virtuais. Assim e-books são “[...] arquivos
que chegam ao consumidor pela própria rede, por meio de download”
(UEHARO, 2001).
Os livros eletrônicos, embora fossem experimentados desde a
criação dos computadores, uma vez que alguns autores chegaram a
lançar disquetes-livros, utilizando como ferramenta de leitura o bloco de
notas, estes só tiveram seu “boom” a partir do ano de 2000, com o
lançamento de “Riding the Bullet” de Stephen King, considerado o
grande pioneiro do e-book e um dos autores mais conhecidos no mundo
da literatura de suspense.
A história de 66 páginas de King sobre um homem que pega
uma carona com um fantasma foi lançada exclusivamente pela Internet
e distribuída pelos sites “Amazon” (cobrava U$ 2,50) e “Barnes&Noble”
(enviava gratuitamente aos seus visitantes). O resultado foi um
congestionamento que tirou as páginas do ar. Estima-se que milhões de
leitores em todo o mundo tenham tido contato com a obra (OLIVEIRA,
2003).
No Brasil o fenômeno chegou ainda em 2000, ano que foi
lançado no site “Submarino” o livro “Miséria e grandeza do amor de
Benedita” de João Ubaldo Ribeiro, sendo vendido nas três primeiras
semanas quatro mil cópias. Outra experiência, no mesmo ano, foi de
Mário Prata, pago pelo portal “Terra” para escrever e publicar no site o
48
livro “Anjos de Badaró”, cujos capítulos eram publicados na medida em
que eram escritos.
Ainda em 2000 começaram a surgir as principais editoras
virtuais (e-editora) da Net brasileira, interessadas em capitalizar o
crescente interesse pelos e-books. Sem grande capital para pagar
escritores famosos, esses sites investiram primeiramente em obras
clássicas, cujos direitos autorais já haviam expirado, passando a
investir em novos autores num segundo momento.
Com relação à sua estrutura, para melhor compreensão,
dividiremos o e-book em duas partes: o reader/leitor, aplicativo que
auxilia na leitura do livro na tela e o dispositivo de leitura, recipiente ou
suporte dos livros, vejamos:
a) Reader
O Reader, de acordo com Santos (2003c), é um software ou
aplicativo desenvolvido para auxiliar na leitura de livros nas telas de
computadores de mesa, computadores portáteis ou de bolso, ou de
dispositivos dedicados1. Precisa ser instalado no computador para que
a leitura do e-book seja possível logo após o seu download. Entre os
principais Readers estão: o Adobe Acrobat eBook Reader, o MS Reader,
o eRocket, o MobiPocket Reader, o PeanutPress Reader etc.
1 Aparelho semelhante a um livro.
49
O aplicativo Reader traz todas as facilidades dos navegadores
da Internet e algumas ferramentas mais específicas para livros
eletrônicos. Estas são mecanismos que tornam a leitura mais eficiente e
prazerosa. Dentre as vantagens decorrentes do uso do reader, Santos
(2003d) destaca:
• Possibilidade de criação de biblioteca pessoal;
• Acesso às livrarias e bibliotecas virtuais, com a
possibilidade de aquisição de obras gratuitas;
• Marcadores de página e busca rápida dessas marcações;
• Compatibilidade com níveis de segurança [encripturação]
exigido pelos detentores de conteúdo;
• Busca por palavras e frases nos textos;
• Alteração de fonte, para melhor leitura;
• Ferramenta para sublinhar trechos;
• Dicionário relacionado;
• Adicionadores de notas.
De acordo com Santos (2003d), os melhores readers, são
aqueles que permitem a leitura de arquivos de livros eletrônicos
baseados em formatos padrões compatíveis como HTML ou XML, ou
seja, em formatos baseados em especificações abertas. A esse fator,
acrescentamos que para o reader ser considerado bom é preciso que
ele seja passível de instalação nos aparelhos mais utilizados pelo
usuário, como: desktop, notebook, laptop, pocket pc's e palm.
50
Pelos motivos supracitados, optamos por delimitar nosso
estudo acerca dos e-books com o formato HTML e XML, dentre os quais
destacamos três aplicativos para leitura: o Adobe Acrobat eBook
Reader, o MS Reader e o eRocket. Os mesmos foram instalados em
nosso computador para melhor conhecimento. Assim, mais adiante,
quando destacamos alguns e-books localizados na WWW, apresentamos
aqueles que possam ser lidos nesses softwares.
Para melhor compreensão do Adobe Acrobat eBook Reader, do
MS Reader e do eRocket, vejamos o que significa e o que possibilita
cada um deles:
Adobe Acrobat eBook Reader
O Adobe Acrobat eBook Reader é um aplicativo desenvolvido
pela empresa americana Adobe Systems, utilizado para leitura de
arquivos digitais no formato PDF (Portable Document Format,
traduzindo, "arquivo em formato portátil"). Tecnicamente, PDF é uma
tecnologia universal, e portanto independente de plataforma. Trata-se
de um formato baseado em arquivos de linguagem postscript.
Os livros eletrônicos no formato PDF são muito semelhantes ou
muito próximos a um livro de papel em termos de diagramação. Esse
software é disponibilizado gratuitamente na Web e permite a leitura de
arquivos de livros eletrônicos nos formatos: HTML e derivados e PDF.
51
Segundo Santos (2003c), trata-se do melhor leitor de livro
eletrônico disponível, e o que tem a apresentação e os recursos mais
recomendáveis para a leitura, tais como: marcador de texto, sistema de
notas, impressão do arquivo, marcador de páginas, lupa, que permite
aproximar a tela e visualização de páginas duplas. Além de ser um dos
poucos que permite, de forma segura, o sistema de criptografia e a
leitura de qualquer documento em PDF estando encriptados ou não.
Além disso, apresenta um sistema de livraria pessoal que permite
guardar e organizar e-books numa biblioteca virtual.
O Acrobat eBook Reader "roda" nos seguintes hardwares e
sistemas: Palm OS, Windows CE, Pocket PC, Desktop [PC, MAC, Linux]
etc. Vejamos a seguir uma ilustração desse software:
FIGURA 1 - Biblioteca Digital Pessoal no Acrobat eBook Reader Fonte: Santos (2003c)
52
MS Reader
O MS Reader foi desenvolvido pela empresa americana
Microsoft Corp. Esse software é disponibilizado gratuitamente na Web e
permite a leitura de arquivos de livros eletrônicos no formato *.LIT2,
baseado em HTML, XHTML, XML e OPF. Traz junto do software um
programa que pretende fazer com que a leitura de fontes na tela, seja
ela qual for, se torne mais prazerosa. Trata-se de uma tecnologia
chamada ClearTypeTM que tenta fazer com que os olhos do leitor não se
cansem após horas de leitura.
O MS Reader "roda" nos seguintes hardwares e sistemas:
MyFriend3, Windows CE, Pocket PC, Desktop (Windows 95, 98, 2000,
XP, Me). Vejamos abaixo uma ilustração desse software:
Figura 2 - Biblioteca Digital Pessoal no MS Reader
Fonte: Santos (2003c)
2 LIT é a contração de literatura. 3 Dispositivo portátil fabricado na Itália.
53
eRocket
O eRocket é um programa, desenvolvido pela empresa norte-
americana Nuvomedia, disponibilizado gratuitamente na Web para
download. Esse software simula o Rocket eBook (dispositivo dedicado a
leitura) na tela do computador, proporcionado a leitura de livros em
formato digital e permitindo a exibição de arquivos de livros eletrônicos
no formato RB (Rocket eBook). O eRocket “roda” nos seguintes
hardwares e sistemas: PC IBM-compatível, 486 ou mais alto, com o
Windows 95, 98 ou NT 4.0 e no Macintosh (Powerpc 601 ou mais alto),
com o Mac OS 8.5 ou mais alto (EBOOKSBRASIL, 2003).
Quando o eRocket é instalado, a sua tela apresenta 4 (quatro)
ícones que são ativados ao clique do mouse. O Rocket eBook real possui
uma tela sensível, onde os ícones são ativados ao serem tocados. Os
ícones e suas funcionalidades são as seguintes:
· Ícone Bookshelf (estante) - acessa uma lista de
características que se aplicam ao conteúdo existente no e-book e seus
ajustes.
· Ícone Book (livro) - apresenta tarefas que podem ser
realizadas enquanto lê-se um e-book específico, tais como, fazer
54
anotações, colocar marcadores, sublinhar o texto que está sendo lido,
procurar um texto específico ou consultar palavras no dicionário.
· Ícone de Orientação da Página (Girar) - permite que seja
mudada a orientação da página do ponto de vista da área de leitura,
usando quatro setas direcionais.
· Ícone de Atalho (Rocket) - estabelece um atalho para uma
das opções disponíveis nos menus Bookshelf ou Book, ou para Voltar
Página (página anterior) ou Seguir Página (página seguinte).
Vejamos uma ilustração desse software:
Figura 3 - eRocket Fonte: EbooksBrasil (2003)
b) Dispositivo de leitura
Quanto ao dispositivo de leitura, os readers poderão ser
instalados a escolha do leitor nos computadores de mesa (desktop),
55
computadores portáteis (laptops, notebooks) e também nos
computadores de bolso (Pocket PCs, HandHelds ou Palm Tops).
Os livros eletrônicos poderão ser lidos também em
equipamentos desenvolvidos especialmente para leitura. São os
conhecidos Reading Devices ou eBooks Devices, aparelhos portáteis do
tamanho e peso de um livro normal de papel. Os Readers já vem
instalados de fábrica nestes aparelhos. Abaixo listamos os mais
significativos dispositivos portáteis.
Rocket eBook Pro
Dispositivo pioneiro desenvolvido pela Nuvomedia. Compatível com PCs e MACs. Características: base giratória (orientação), dicionário relacionado, notas de margens, bateria duradoura (de 20 a 40 horas), busca por palavras e frases nos textos, alteração de fonte para melhor leitura e grande capacidade de armazenamento.
SoftBook Reader
Desenvolvido pela SoftBook Press. Características: display LCD color, modem embutido (33.6kbps), 8 MB de memória, capacidade para 50.000 páginas, bateria de 5 horas, compatível com EeB e HTML.
REB 1100
Sucessor do Rocket eBook. Novo design pela empresa RCA. Características: Modem embutido (33.6Kbps), display (LCD) monocromático, dimensões 5”x7”x1.5”, resolução 320x480 pixel, 8.000 páginas, USB, habilitado para reproduzir MP3, bateria carregável e duração de 30 horas em média.
QUADRO 4 - Dispositivos portáteis mais significativos (Continua)
56
Myfriend
E-book italiano. Desenhado pela IPM-NET. Características: Especial com MS Reader, alta resolução, conexão com a Internet, resolução 640x960, touch Screen Color.
REB 1200
Sucessor do SoftBook. Novo design pela empresa RCA. Características: Display de alta-resolução 480x640 pixel, dimensões 7”x9”x1.2”, modem embutido (56Kbps), bateria carregável, duração de 8 horas em média.
CyBOOK
EBook francês, desenhado pela empresa Cytale. Características: permite acesso à internet, Touch Screen Color, display 600x800 pixel (LCD), 16 MB de RAM, 30 livros médios (500 páginas), roda em Windows CE.
QUADRO 4 - Dispositivos portáteis mais significativos (Conclusão) Fonte: Santos (2003e).
Estes dispositivos portáteis são máquinas leves, com
dimensões de um livro comum, que podem ser transportados para
qualquer lugar. Há modelos que permitem ainda, que o leitor faça
"anotações" com o dedo ou com uma caneta especial, como se fosse
num livro de papel. A tela de cristal líquido (Liquid Crystal Display –
LCD) é retro - iluminada, o que assegura um bom contraste entre o
texto e o fundo da tela, ou seja, uma tentativa de proporcionar conforto
ao leitor. Isso permite que possa ser lido no escuro. É possível ainda
melhorar a visão, mudando a orientação do texto e o tamanho das
letras, avançar ou regredir no texto e fazer uma busca no texto
integral, para saber em que parte está uma determinada palavra ou
57
frase. A idéia é realmente a de imitar o livro e dar algum conforto a
mais ao leitor. Mas o aparelho leitor de livros eletrônicos deixa um
pouco a desejar; é inegável que o livro têm uma certa magia.
Além das características imprescindíveis dos Readers, os eBook
Devices trazem outras características:
• Capacidade de grande armazenamento;
• Tela de LCD touchscreeen (sensível a toque);
• Luminosidade ajustável;
• Baterias duradouras;
• Base giratória;
• Peso mínimo para garantir portabilidade;
• Possibilidade de expansão da memória.
Diante dessas mudanças não podemos deixar de observar que
a revolução dos livros eletrônicos será também a revolução da leitura,
haja visto que, ler sobre uma tela não é ler um códex. Essa nova forma
de suporte permite novas possibilidades de compreensão. Segundo
Chartier (1994, p. 100), “a representação eletrônica dos textos modifica
totalmente a sua condição: ela substitui a materialidade do livro pela
imaterialidade de textos sem lugar específico”.
Os livros virtuais certamente não alcançaram o seu ponto mais
importante de desenvolvimento. Da mesma forma que o livro passou
por várias alterações (códice, papiro, pergaminho) até chegar à sua
58
forma atual, os e-books parecem estar em evolução. Várias inovações
tecnológicas, como a popularização de aparelhos portáteis e a
fabricação de telas que tornam menos cansativa a leitura podem ajudar
nesse processo.
É difícil prever exatamente o que resultará dessa (r)evolução,
mas certamente os e-books terão lugar garantido na história; e isso não
na qualidade de substituto dos livros convencionais. Ao conhecer esses
softwares, independente das peculiaridades de cada um, o
usuário/leitor, ao utilizá-los, vai perceber que são tecnologias diferentes
e com propósitos distintos, sendo que ele é quem pode decidir qual
deverá ser o formato de livro que deverá predominar (SANTOS, 2003f).
3.2 BIBLIOTECA ELETRÔNICA E BIBLIOTECÁRIO: NOVAS
NECESSIDADES E PAPÉIS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
A definição da função do bibliotecário sempre esteve vinculada
a biblioteca em sua forma ‘‘física’’. Tinham sua imagem associada aos
edifícios de bibliotecas, servindo a sociedade apenas para adquirir,
organizar, e preservar coleções. Atuavam como “guardiões de papéis”
ou ainda “guardiões da memória documental”, sem perspectivas
profissionais e sem reconhecimento pela sociedade. Com a explosão
informacional na década de 80, juntamente com o advento da Internet,
na década de 90, esse profissional começou a se preocupar com o
futuro de sua profissão. No tocante a necessidade de acompanhar o
59
crescimento informacional, assim como atender satisfatoriamente aos
usuários, as NTIC’s surgiram como um grande auxílio nas atividades
bibliotecárias, favorecendo mudanças na função e no perfil desse
profissional na Sociedade da Informação.
As transformações decorrentes da inserção das NTIC’s têm
favorecido ao bibliotecário, fornecendo condições para o aprimoramento
dos seus conhecimentos com rapidez e eficácia, ao mesmo tempo em
que os auxilia na execução de suas atividades profissionais. Agora o seu
trabalho não é mais restrito aos limites físicos de uma biblioteca ou de
uma coleção, pois o uso difundido da tecnologia a serviço da informação
tem ultrapassado as barreiras físicas e institucionais.
As novas tecnologias têm permitido a valorização do
profissional bibliotecário, no entanto, tem exigido do mesmo um perfil
que atenda as necessidades advindas da Sociedade da Informação.
Assim, ele precisa empenhar-se em agregar valor à informação e não
apenas em organizar para preservar, mas organizar para facilitar seu
acesso e uso, disseminando-a. Nesse sentido, o papel do bibliotecário
da SI será o de gateway (guia) ou gatekkeper (orientador) do usuário,
uma vez que será o interprete dos meios e das formas de acesso à
informação e aos portais do conhecimento, organizando, refinando,
pesquisando a informação desejada através dos novos recursos
tecnológicos tornando-se o elo entre informação-usuário-tecnologia.
Além disso, ressaltamos que
60
os bibliotecários, profissionais que privilegiam a informação no seu fazer cotidiano, têm um papel importante a cumprir na sociedade do conhecimento. Incutir a consciência da importância deste papel juntamente com princípios como ética, solidariedade humana, capacidade crítica e de questionamento pode fazer o diferencial necessário na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada (SILVA; CUNHA, 2002, p. 81).
Na Sociedade da Informação, as bibliotecas como instituições
sociais, assim como os bibliotecários em seu papel social, devem atuar
como agentes democratizadores do uso da Internet e de seus recursos,
com criatividade e qualidade, potencializando e multiplicando o acesso a
informação com precisão e eqüidade, evitando o crescimento da
exclusão digital e facilitando o uso da informação a um número maior
de pessoas. Esse profissional criativo, segundo Amaral (1995, p.225),
[...] conseguirá adaptar-se às novas demandas informacionais dos usuários e do mercado de trabalho, pois, no futuro, o único elemento não disponível por meio de computadores, por mais inteligente que esses venham a ser, será a criatividade, essencial para a sobrevivência do profissional da informação.
Nesse sentido, acreditamos que a criatividade, o interesse e a
participação nas mudanças políticas e sociais levarão o bibliotecário a
despertar o seu usuário para a importância, o acesso e o uso da
informação no contexto da Sociedade da Informação – atual e futura –
através de recursos tecnológicos cada vez mais modernos e
complementares ao desenvolvimento das atividades bibliotecárias.
Diante dessas considerações, destacamos que as NTIC’s e a
atuação do bibliotecário na Web têm permitido o rompimento de
barreiras geográficas e a livre circulação da informação e do
61
conhecimento. Por outro lado, por ser o Brasil um país subdesenvolvido
onde as questões básicas como alimentação, saúde, moradia e
educação ainda não foram sanadas, estamos distantes de incluir todos
nesse mundo tecnológico e informacional uma vez que, grande parte da
população não conhece ou não sabe manusear as ferramentas
tecnológicas. Assim sendo, verificamos que mesmo num cenário de
avanços e mudanças através dos meios eletrônicos, da Internet e de
outros suportes, a presença do bibliotecário e dos sistemas de
informação (biblioteca) serão fundamentais para a democratização da
informação, facilitando seu acesso, uso e geração de novas
informações.
Todavia as mudanças que caracterizam a pós-modernidade
exigirão um profissional com novas habilidades e novo perfil,
considerando as seguintes características:
a) dedicar-se menos aos processos técnicos e mais ao usuário; b) adotar estratégias de marketing no seu trabalho; c) desenvolver ‘visão econômica’; d) trabalhar com grupos interdisciplinares; e) saber manipular as novas tecnologias;
f) atuar na gerência da informação. Além disso, a intuição, a criatividade e a flexibilidade, seriam qualidades essenciais (DIAS, 1995, p.199).
3.3 INFORMAÇÃO IMPRESSA X INFORMAÇÃO DIGITAL: REALIDADES
ANTAGÔNICAS OU SINCRÔNICAS?
A informação impressa, com destaque para o livro é um dos
maiores bens que a humanidade já conquistou. Por meio dela as
62
pessoas absorvem conhecimento e com isso podem transformar suas
vidas, caracterizando-a num papel social de extrema relevância. O
livro, por sua vez, acompanha o homem tanto como objeto de uma
leitura coletiva, ritualizada nas sociedades patriarcais, quanto como
participante da intimidade de um leitor em diálogo silencioso com as
próprias inquietações. No entanto, vivemos atualmente na era da
informatização, onde quase todas as funções e atividades humanas
acabam sendo incorporadas ao computador. Sendo assim, é provável
que a informação impressa, assim como o livro tenham de se adaptar a
esse contexto e satisfazerem suas decorrentes necessidades. A princípio
parece assustadora, e até mesmo absurda, a idéia de que o livro, tal
qual o conhecemos, seja extinto, principalmente porque ele ainda faz
parte da nossa cultura, do nosso cotidiano, sendo impensável a sua
total substituição pela informação digital e, portanto, pelo livro digital.
A questão polêmica causada pela possibilidade do fim do livro
pode bem ser o resultado de uma percepção equivocada do significado
histórico do livro enquanto tecnologia adaptável e resistente a
mudanças, inclusive às gigantescas mudanças motivadas pela presença
do computador. A possibilidade do fim do livro é traumática porque ele
não pode jamais ser visto apenas como material inerte ou simples
objeto de consumo. É antes um objeto simbólico e uma instituição ao
qual a cultura pós-Gutenberg confiou a tarefa de armazenar e fazer
circular praticamente todo o conhecimento considerado relevante.
63
O sociólogo canadense Marshall McLuhan (1977) profetizou
que a era do livro havia terminado. No entanto, para anunciar ao
mundo que o livro tinha chegado ao fim, ele escreveu “A Galáxia de
Gutenberg”, cuja primeira edição foi publicada em 1962, revelando seu
encantamento com a nova era, a da comunicação audiovisual. Estranho
é o fato de que, o autor precisou de um livro para defender o fim do
mesmo. Dessa forma, acreditamos que isso já seria o suficiente para
negar sua tese. Ao contrário do que ele previa, as novas tecnologias
audiovisuais vêm proporcionando um renascimento permanente do livro
e inegáveis reforços à palavra escrita. A Internet é hoje um grande
exemplo de novos caminhos abertos na Galáxia Gutenberg. O leitor já
não depende exclusivamente das livrarias, pois a Internet abriu-lhe
novo caminho: a conexão com editoras e livrarias e o compartilhamento
através das bibliotecas eletrônicas, desempenhando o papel de
democratizadores da informação.
A Internet também tem contribuído na educação escolar, pois
o acesso à rede proporciona a professores, alunos e comunidade o
acesso e a partilha de jornais, revistas e visitas a livrarias. Tal
modernidade é de importância decisiva na democratização do saber.
Portanto, o mundo eletrônico da Internet não substitui a biblioteca, não
dispensa o livro, antes estimula a busca por informação, livros e
leituras.
64
Em resumo, McLuhan (1977) tinha razão, mas por outros
caminhos. Ao pregar o fim do livro, ele nos abriu os olhos para seu
renascimento. Um fato que merece destaque, é que a Internet está
servindo para vender cada vez mais livros em papel. As livrarias on-line
já são um enorme sucesso. Há claros sinais de que o audiovisual, na
rede e fora dela, vem dando novos impulsos ao livro, à palavra escrita.
Acreditamos que o século XXI verá a convivência entre três formas de
textos: o manuscrito, o impresso e o eletrônico.
A relação homem e livro, por tão antiga, tão tradicional, não
será modificada pela concorrência das novas tecnologias. A televisão
não substituiu o rádio, o vídeo cassete não substituiu o cinema. Nesta
perspectiva, o livro jamais vai ser substituído, principalmente pela sua
praticidade. O livro e a mídia impressa são e ainda continuarão sendo
importantes, mesmo tendo que se renovar e adaptar para enfrentar os
desafios impostos pelas NTI, na busca de um novo equilíbrio no sistema
cultural contemporâneo. Segundo Ventura (2003, p. 1)
somente o suporte mudará, permanecendo o conteúdo. Considerando o livro como um veículo, podemos dizer que ele deixará de viajar por terra e seguirá sua viagem pelo ar.
Na verdade, a impressão nunca teve um adversário de fato.
Desde sua invenção e ao longo da Renascença e da Reforma, da era
industrial e da informação, difundida por canais alternativos tais como o
rádio, o cinema, a televisão, e até mesmo as redes de computadores, a
comunicação por meio do papel tem sempre dominado nossa sociedade
65
e nossa cultura. Sabemos que a humanidade tem avançado muito na
tecnologia, mas que nenhuma invenção de forma alguma anulou a
outra (ROMANO, 2003).
Vergueiro (1997, p. 96), salienta ainda “que as tecnologias
computacionais, ao invés de prejudicar a produção de livros, tornou-se
pelo contrário, mais eficiente”. Assim sendo, podemos constatar que a
convivência com o impresso e o virtual/digital, é perfeitamente
coerente, visto que existem preferências às duas formas de acesso, sem
contar que
grande parte da informação que as pessoas buscam nas bibliotecas, [...] ainda não está disponível por via eletrônica ou talvez jamais venha a ser considerada como prioritária para realização dessa transferência. Por exemplo, informação histórica, [...] de interesse local, ainda está disponível, em sua maioria, apenas em formato impresso. (VERGUEIRO, 1997, p. 97).
Partindo dos pressupostos acima, consideramos que o advento
da Internet fez surgir novas, avançadas e cômodas formas de
tecnologia, entre as quais um avanço que tem merecido destaque no
mundo literário é, sem dúvida, à criação dos livros eletrônicos ou como
são mais popularmente conhecidos, e-books.
Há diversas opiniões a respeito dos e-books e se estes
poderiam ser os responsáveis pela morte do livro impresso. Muitos
dizem que está próximo o dia em que não iremos mais a livrarias, e
sim, buscaremos nossas leituras através de distribuidores eletrônicos.
Em contrapartida, os defensores do livro impresso afirmam que está
66
longe de ocorrer uma crise no ramo, afirmando que a comercialização
dos livros está em constante crescimento e expansão.
Há ainda uma terceira corrente que sustenta a idéia de que os
e-books vieram para completar - e não aniquilar - o livro tradicional.
Esta, segue o pensamento de que, assim como foi afirmado que o
surgimento da televisão acabaria com a era do rádio, os e-books e os
livros sobreviverão na mais harmoniosa paz. O que tem ocorrido com
relação à implementação de novas tecnologias, sejam elas no meio
biblioteconômico, ou até mesmo no nosso dia-a-dia, é que a existência
de novas tecnologias não significa que devam ser abolidas as
anteriores. Não existe uma competição com a versão tradicional, mas
um complemento
Com o e-book a mudança é mais radical porque altera o
formato do livro tal como o conhecemos. Além do que, a leitura diante
do computador implica transformações muito profundas da relação com
a cultura escrita. Diante da evolução do suporte livro, podemos dizer
que na época de Gutenberg, tivemos uma revolução da técnica de
reprodução. Com o advento das novas tecnologias, temos uma
revolução da materialidade, da forma material da inscrição do texto. De
acordo com Chartier (1994, p. 100),
a revolução do texto eletrônico será também uma revolução da leitura. Ler sobre uma tela não é ler um códice. Se abre possibilidades novas e intensas, a representação eletrônica dos textos modifica totalmente a sua condição: ela substitui a
67
materialidade do livro pela imaterialidade de textos sem lugar específico.
O e-book é uma novidade eletrônica, uma outra opção de
suporte. Uma forma, portanto, não exclui a outra. O mesmo destaca-se
por apresentar vantagens como:
poder ser baixado instantaneamente pelos usuários num “clique”
de mouse (por meio de download) em qualquer lugar do mundo,
a preços inferiores ao do livro em papel;
poder transportar para qualquer lugar uma enorme quantidade de
livros com comodidade;
fazer anotações ao longo do texto, recursos de pesquisa de
palavras, marcar páginas, sublinhar, ampliar o tamanho de letra
e ainda efetuar pesquisas;
proporcionar proteção ao meio ambiente, haja visto que milhares
de árvores não serão desmatadas;
poder ser lido no escuro;
apresentar grande benefício para algumas pessoas, como por
exemplo, os alérgicos, que terão no aparelho um grande aliado ao
evitar o manuseio de obras muito antigas e empoeiradas.
Em contrapartida, citaremos algumas desvantagens, tais
como:
o livro digital é um fenômeno recente, desta forma os
equipamentos que nos permitirão ler sem recurso de um
68
computador ainda estão em fase de aperfeiçoamento, e o preço
ainda não é acessível, favorecendo apenas uma pequena parcela
da população;
a resolução, a dimensão e o reflexo da luz no monitor influência a
qualidade de leitura e torna mais cansativa a leitura num monitor
do que no papel, principalmente se o monitor for de tubos de
raios catódicos (CRT). Os monitores de cristal líquido (LCD) ainda
são muito caros, aproximadamente três vezes mais que os CRT;
os livros de papel não consomem energia, ao contrário dos livros
eletrônicos;
a pirataria inerente ao mundo informático, uma vez que o e-book
não passa de um conjunto de ficheiros eletrônicos, tornando fácil
a sua cópia e conseqüente violação dos direitos do autor;
a questão da dificuldade de uso, pois muitas pessoas têm sérios
problemas ao lidar com dispositivos eletrônicos;
a perda da sensação física do livro.
Por outro lado, Vergueiro (1997, p. 96), aponta alguns fatores
relevantes para a permanência das fontes de informação impressa em
geral, quais sejam:
adequabilidade do livro : o livro é extremamente adequado ao objetivo para o qual foi originalmente criado. [...] Pode ser utilizado das mais diversas formas, de acordo com os interesses e objetivos do indivíduo. [...] Possui, em geral, preço acessível para as camadas médias da população.
custo do livro : [...] livros de tiragem média começam a empatar, em termos de custo de produção, com aqueles
69
necessários para a edição de materiais de informação em formato eletrônico.
contexto social: [...] diz respeito à confiabilidade da informação. Ainda não existem indicadores que garantam que o texto recebido via Internet em um computador pessoal é exatamente aquele produzido por seu autor.
O livro impresso tem na sua perenidade de registro da história
da humanidade uma das suas vantagens sobre o livro eletrônico, pois
os documentos produzidos em meio digital, ainda não garantem a
longevidade de sua utilização, bem como, a perda de dados nesse tipo
de mídia é muito maior que na mídia impressa.
Diante dessas realidades, ora antagônicas, ora sincrônicas,
hoje em dia, muitas pessoas vêem o livro e o e-book como
concorrentes. Questionam sobre a permanência do meio impresso e a
existência do meio digital. Acreditamos que a imprensa não vai morrer.
Poderá mudar de qualidade, mas sobreviverá. O livro, como parte do
processo de desenvolvimento do homem e da descoberta das
características de sua própria natureza também vai resistir ao avanço
da tecnologia. A esse respeito, Drabenstott e Burman (1997, p. 184)
ressaltam que
autores visualizam um futuro em que documentos impressos existam lado a lado com artefatos digitais, apontando que o princípio orientador é usar a tecnologia apropriada para cada propósito particular.
O livro irá continuar, pois como outras invenções essa não irá
sobrepor o impresso, e por isso não terá um fim. As realidades
70
impressas, virtuais e digitais, deverão conviver simultaneamente, não
havendo um parâmetro de que essa ou aquela forma de acesso seja a
melhor ou pior. Existem facilidades, como também restrições, mas o
que realmente importa é o desempenho e a contribuição de cada um
desses formatos no desenvolvimento do conhecimento humano. De
acordo com Drabenstott e Burman (1997, p. 184),
livro e produções computadorizadas coexistirão por muito anos. Bibliotecas continuação a acrescentar novos processos tecnológicos, sem entretanto substituí-los completamente pelos existentes. O grande problema será o gerenciamento simultâneo dos formatos informacionais com os das novas tecnologias.
Teremos a convivência dos dois instrumentos de representação
do conhecimento humano por longos anos e a supremacia de um sobre
o outro caberá ao tempo determinar. Consideramos o livro como uma
das grandes invenções da humanidade, podendo conviver lado a lado o
tradicional e o futurístico, ou seja, o impresso e o digital. Para nós, por
mais que progridam e se aperfeiçoem os tipos de suportes eletrônicos,
eles nunca serão capazes de substituir o livro impresso. A exemplo dos
demais veículos de expressão da cultura, o livro impresso e o e-book
devem conviver harmoniosamente, ainda por muito tempo, como
opções diferentes e complementares na aquisição de informação e
conhecimento.
71
4 METODOLOGIA DE PESQUISA
4.1 ABORDAGEM QUALITATIVA
A abordagem utilizada para a realização da pesquisa e a coleta
de dados consiste de uma abordagem qualitativa de caráter exploratório
uma vez que, não envolve manipulação de variáveis, nem tratamento
experimental, mais possibilita a análise de informações de cunho
qualitativo.
Para selecionarmos os sites que atendessem aos nossos
objetivos, utilizamos a técnica da observação não participante, que de
acordo com Richardson (1999, p. 260) “é uma técnica indicada para
estudos exploratórios, considerando que ela pode sugerir diferentes
metodologias de trabalho, bem como levantar novos problemas”.
Complementando, recorremos a um questionário composto de cinco
questões abertas, diante do qual os sujeitos participantes
(coordenadores dos sites) podem emitir opiniões de forma livre e sem
interferência externa. A primeira técnica utilizada possibilita
exploramos, virtualmente, todos os recursos e serviços oferecidos por
cada biblioteca eletrônica que compõe o nosso corpus, enquanto que o
instrumento, permite obtermos informações que não constam nos sites
pesquisados e são relevantes para a escolha da amostra a ser
analisada.
72
Diante dessa abordagem exploratória qualitativa pudemos
selecionar e restringir nosso universo a uma amostra representativa
que permite a localização de e-books na área de literatura, escritos por
autores e/ou entidades brasileiras em língua portuguesa, podendo
apresentar uma versão original na forma impressa e serem passíveis de
download gratuito para futura impressão.
4.2 CORPUS PESQUISADO
O universo pesquisado figura-se num ambiente eletrônico, e
portanto virtual, composto por todos os sites brasileiros que
disponibilizam e-books através da Internet, recuperados na versão
brasileira do buscador Google (http://www.google.com.br).
Para a escolha do instrumento de pesquisa virtual,
consideramos que a enorme quantidade de informações na web requer
um excelente serviço de busca para tornar essa informação acessível e
útil, de modo que o Google destaca-se por oferecer uma das melhores
opções de busca na Internet fornecendo os resultados mais relevantes e
apresentando todos os termos pesquisados. Além disso, prioriza os
resultados de acordo com a proximidade dos termos pesquisados e isso
faz com que percamos menos tempo lendo resultados irrelevantes.
Atualmente, o Google é o desenvolvedor do maior mecanismo
de busca do mundo, com acesso a 1,3 bilhões de páginas, oferecendo
73
um caminho mais rápido e fácil de recuperar informações na web e
responde a mais de 100 milhões de consultas por dia. O Google foi
escolhido por ser um buscador de destaque na comunidade científica e
por apresentar serviços que o diferenciam da maioria dos outros
buscadores brasileiros, dentre os quais destacamos: pesquisa de
imagem, tradução da página web, arquivos PDF, links em cachê,
páginas similares, outros links etc.
Assim, dentre as bibliotecas eletrônicas (sites) recuperadas
pelo buscador Google brasileiro, o universo atende aos seguintes
critérios:
• Ser uma biblioteca eletrônica brasileira;
• Possuir uma “estante digital4” organizada por área do
conhecimento;
• Disponibilizar para download e-books escritos por autores
e/ou entidades brasileiras em língua portuguesa na área de
literatura brasileira;
• Apresentar uma versão original na forma impressa ou/e
serem passíveis de download gratuito, para futura
impressão.
O estabelecimento desses critérios possibilita uma limitação
dentre os inúmeros sites encontrados no Google, de forma que é
4 Estante digital é o acervo de livros eletrônicos (e-books) disponível em um site.
74
possível realizar uma seleção que atenda ao nosso objetivo geral que é
examinar bibliotecas eletrônicas que disponibilizam e-books gratuitos,
identificando a formação de acervos virtuais na área de literatura
brasileira.
Nesse sentido, o universo da pesquisa consta de 118 (cento e
dezoito) resultados recuperados pelo Google. Diante dessa expressiva
quantidade, fizemos uma análise dos mesmos, considerando os nossos
objetivos e selecionando aqueles mais significativos para a pesquisa
uma vez que, embora o Google seja um buscador que recupere a
informação pela palavra desejada, ainda não temos uma rede
organizada de maneira a recuperar a informação com precisão.
Diante desse universo, consideramos uma amostra de 5% ou
seja, 6 sites, entre os quais realizamos uma pesquisa exploratória e
identificamos os que atendiam a todos os critérios determinados
previamente em nosso estudo. Os sites selecionados foram:
Supervirtual (www.supervirtual.com.br);
Ebooksbrasil (www.ebooksbrasil.com);
Virtual Books (http://virtualbooks.terra.com.br);
EBookCult (www.ebookcult.com.br);
Parnanet (www.parnanet.com/livros/livros.asp);
Hotbook (www.hotbook.com.br).
75
Pelas observações feitas nesses 6 (seis) sites, obtivemos uma
amostra de três bibliotecas eletrônicas: eBookCult, parnanet e hotbook,
por representarem os mais completos e estruturados sites que
disponibilizam e-books dentre os recuperados no buscador Google.
Assim, nossa pesquisa exploratória restringiu-se a essas três últimas
bibliotecas eletrônicas, representando uma amostra de 2,5% do total
dos resultados recuperados. Considerando que cada site disponibiliza
inúmeros livros eletrônicos, acreditamos que os mesmos representam
de forma significativa a categoria das bibliotecas eletrônicas que
oferecem esses e-books. Abaixo, apresentamos cada BE selecionada:
BE:
URL: http://www.ebookcult.com.br/
E-mail: [email protected]
Equipe: Alexandre Batistela (Design, Programação e Conteúdo) e por
Ednei dos Santos (Idealização, Coordenação e Conteúdo)
Acesso nos dias: 19, 21, 22, 28 e 29 de junho e 13, 19, 20, 26 e 27
de julho de 2003
76
Figura 4 – Site EbookCult Fonte: Ebookcult (2003)
O eBookCult é uma Biblioteca Digital, e portanto eletrônica,
cujo projeto busca contribuir com o fortalecimento da educação e da
identidade cultural brasileira. Procura oferecer um alto nível de
qualidade e tecnologia nos serviços prestados à comunidade (escolas,
infocentros, faculdades, OSCIP’s, universidades, telecentros, ONGs,
bibliotecas, instituições sociais etc) (EBOOKCULT, 2003).
O site apresenta um vasto acervo de títulos para download
gratuito, disponibilizando para o usuário além dos livros e seus
resumos, os readers para os diversos formatos. De acordo com o site
EbookCult (2003), seus princípios orientadores são a universalização de
77
acesso, o aprendizado digital e o exercício da cidadania. Sua missão
será alcançada por meio de:
• Conhecimento, informação, tecnologia, interação;
• Significativa quantidade de títulos eletrônicos (e-books)
disponíveis gratuitamente em acervo virtual;
• Incentivo ao hábito de leitura;
• Parcerias com provedores de acesso livre à cultura;
• Qualidade na prestação de serviços.
O alcance da missão pretende prover: educação e cidadania,
entretenimento e cultura, formação de novos leitores e ferramenta
de auxílio à alfabetização.
Nesses termos, ao explorarmos a “Estante Digital” do site
eBookCult, nos deparamos com inúmeros livros das mais diversas áreas
do conhecimento, assim representadas: animais de estimação,
antiguidades e coleções, arte, artes performáticas, artesanatos e
hobbies, atualidades, auto-ajuda, biografia, casa e lar, ciência, ciência
política, ciências sociais, coleções, comunicação, crítica literária,
culinária, direito, educação , esoterismo, esportes e lazer, ficção, ficção
infanto-juvenil, filosofia, história, humor, infanto-juvenil (não ficção),
informática, jogos, línguas estrangeiras, livros didáticos, livros raros,
medicina, música, negócios e economia, poesia, psicologia e psiquiatria,
78
referência, relacionamentos e família, religião – crenças, saúde e beleza
e técnicos.
Diante desse panorama e considerando as áreas de literatura
apresentadas na estante digital do EbookCult, selecionamos: biografia,
coleções, crítica literária, ficção, ficção infanto-juvenil, infanto-juvenil
(não ficção), poesia. Assim, essas áreas são contempladas na formação
de nosso catálogo especializado em literatura brasileira.
BE:
URL: http://www.parnanet.com/livros
E-mails: [email protected], [email protected] e
Equipe: Renato (Webdesigner), Isaias Mulatinho (webdesigner),
Wallace Moura (WebMaster) e Rawlysson Diniz (marketing)
Acesso nos dias: 12, 13, 19, 20, 26 e 27 de julho de 2003
79
Figura 5 – Site Parnanet Fonte: Parnanet (2003)
A parnanet, registrada em 04 de novembro de 2000, é a
primeira comunidade de desenvolvedores do Rio Grande do Norte,
sendo a biblioteca eletrônica que representa a região Nordeste nessa
pesquisa. É uma empresa especializada em marketing através da
Internet, reunindo profissionais de ambas as áreas.
Entre os serviços prestados por essa empresa consta:
construção de sites e manutenção, marketing e consultoria. A mesma
também promove patrocínios e convênios, sendo responsável pela única
80
biblioteca particular de informática do Estado do Rio Grande do Norte
(PARNANET, 2003).
A parnanet tem hoje atualização semanal, com novas notícias,
enquetes e novidades da web. Suas seções dinâmicas, como os
classificados, permitem que o conteúdo seja automaticamente
renovado, fazendo com que o usuário tenha sempre novas informações
disponíveis. A BE também oferece a área de serviços sociais, com
empregos, e-mail e orientação sexual, cumprindo o objetivo de ser um
site realmente útil a sociedade.
As seções de Lazer oferecem jogos, cartões postais e livros
inteiramente grátis. Nessa seção encontramos o foco de nossa
pesquisa, pois nela é disponibilizada uma Biblioteca Digital contendo e-
books totalmente gratuitos, nacionais e internacionais, relacionados de
acordo com as seguintes categorias: técnicos, romance, religião,
regional, literatura, informática, infantil, importados, ficção, cursos,
clássicos e adulto.
Tendo em vista essas informações acerca da biblioteca
eletrônica Parnanet e considerando sua estante digital como campos de
pesquisa para a seleção dos e-books na área de literatura brasileira,
selecionamos para nossa pesquisa as seguintes áreas: romance,
literatura, infantil, ficção e clássico.
81
BE:
URL: www.hotbook.com.br
E-mails: [email protected] e [email protected]
Equipe do site: Roberta Rizzo (Coordenadora)
Acesso nos dias: 12, 13, 19, 20, 26 e 27 de julho de 2003
Figura 6 – Site Hotbook Fonte: Hotbook (2003)
O Hotbook foi fundado em fevereiro de 2000 por um analista
de sistemas e uma escritora que já havia publicado um livro impresso
por uma editora convencional. A empresa desenvolveu-se graças ao
empreendedorismo de seus fundadores e ao entusiasmo de seus
82
escritores, que acreditaram na literatura em forma digital, em soluções
modernas e inovadoras. Eles são pioneiros na publicação de e-books no
Brasil.
O Hotbook é um site que prima pela divulgação da tecnologia
de publicação digital, disponibilizando e-books de forma gratuita ou
pagas, visando proporcionar aos escritores um meio moderno, veloz e
eficiente para publicar suas obras, a um custo acessível e com suporte
personalizado. Sua meta consiste na inserção de autores no mercado
editorial, pela divulgação intensiva junto a mais de 3000 jornalistas,
além de editoras convencionais (HOTBOOK, 2003).
Os e-books estão relacionados de acordo com as seguintes
categorias: romance, poesia, contos, crônicas, auto-ajuda, reflexões,
esportes, infantil, espiritualidade, mistério, esoterismo, didáticos, ficção
científica, político filosófico, on line, religião, ecologia, ensaio, interativo,
roteiro, policial, monografia, infanto juvenil, vida real, folclore e técnico.
Diante desse panorama e ressaltando as áreas disseminadas
no Hotbook através da disponibilização de e-books, destacamos na área
de literatura: romance, poesia, contos, crônicas, infantil, ficção
científica, infanto juvenil. Essas sub-áreas, juntamente com as
sub-áreas das outras duas bibliotecas eletrônicas que compõem a nossa
pesquisa, totalizando 15 (quinze) sub-áreas permitindo a seleção entre
83
um total de 730 (setecentos e trinta) e-books para a formação de um
catálogo especializado em literatura brasileira.
4.3 COLETA DE DADOS
Para fins de coleta e análise dos e-books na área de literatura
brasileira nas BE’s, selecionamos o Google como buscador padrão para
a nossa pesquisa exploratória. Esta foi realizada partindo da
recuperação do assunto desejado na caixa de diálogo apresentada pelo
Google, em que digitamos, entre aspas5, as palavras “e-books
gratuitos”, e selecionamos o tópico “pesquisar páginas em português”.
A pesquisa recuperou 118 (cento e dezoito) resultados, dentre
as quais foram selecionadas 6 (seis) BE e, finalmente, as 3 (três) que
representariam a amostra a ser estudada. Recuperou também 1.238
(mil duzentos e trinta e oito) e-books, dos quais 82 (oitenta e dois)
foram selecionados. Para conhecermos detalhes a cerca da estrutura e
ideologias dessas bibliotecas e de seu acervo digital, coletamos
informações a partir de um questionário enviando para os seus
responsáveis.
A coleta de dados foi desenvolvida nos seguintes períodos: 19
a 30 de junho e 1 a 27 de julho de 2003 para a exploração dos sites e;
de 1 a 15 de agosto de 2003 para o envio e recebimento dos 5 As aspas foram utilizadas no termo da pesquisa, com o objetivo de obter resultados mais precisos.
84
questionários. O turno para a coleta6 foi o noturno, exceto nos finais de
semana, que eram diurno. O turno foi estabelecido em virtude da
utilização da rede Internet, que nesses horários tem o custo menos
elevado, uma vez que a pesquisa foi desenvolvida na residência da
pesquisadora.
Representando em tópicos o nosso percurso metodológico,
temos a seguinte seqüência:
1) Selecionar o buscador que oferece a melhor opção de busca na
Internet e os resultados mais relevantes;
2) Recuperar no buscador Google as BE’s que disponibilizam
“e-books gratuitos” na área de literatura brasileira;
3) Selecionar a amostra de BE’s que atendam aos critérios pré-
estabelecidos;
4) Coletar informações adicionais, por questionário, aos
responsáveis pelas bibliotecas selecionadas;
5) Analisar a amostra de BE’s;
6) Identificar nas BE’s as sub-áreas de literatura brasileira;
7) Selecionar nas BE’s os e-books que atendam aos critérios pré-
estabelecidos – bem como sua capa e resumo;
6 Este turno não se refere ao recebimento das respostas do questionário, uma vez que seu envio por e-mail possibilita o seu recebimento a qualquer hora, mesmo sem a pesquisadora estar conectada à Internet.
85
8) Formar um catálogo de e-books com arquivos no formato HTML,
XML ou PDF, que sejam lidos nos aplicativos Adobe Acrobat Ebook
Reader, MS Reader e/ou eRocket.
Tendo em vista esses procedimentos metodológicos, passamos
a apresentar a seguir a análise dos resultados.
86
5 ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS
5.1 BIBLIOTECAS ELETRÔNICAS: ESTRUTURAS E IDEOLOGIAS
A partir das 3 (três) bibliotecas eletrônicas pesquisadas –
ebookCult, parnanet e hotbook – e considerando as respostas obtidas
com o questionário enviado aos responsáveis pelas BE’s, passamos a
analisar e comentar as caracterizações dessas bibliotecas quanto a
relação entre o livro impresso e o digital, o(s) critérios(s) de seleção
para disponibilização dos e-books, questões sobre os direitos autorais e
o tipo de público que acessa/usa acervos virtuais, bem como os pontos
de vista dos coordenadores das BE’s quanto a possibilidade do livro
eletrônico substituir o livro impresso. Assim, complementamos as
informações obtidas com a observação dos sites e passamos a
compreender o funcionamento, a manutenção e a ideologia das BE’s na
Internet.
De acordo com informações obtidas através do questionário
constante no Apêndice A, emitidas por um dos responsáveis pela BE
ebookCult, nem todos os e-books disponibilizados no acervo eletrônico
estão disponíveis em papel. Segundo ele, esse fato é “simplesmente
impossível, uma vez que as editoras não imprimem literatura
87
underground7 e alguns livros disponíveis serem tão antigos que não são
mais disponibilizados nem na Biblioteca Nacional”.
Segundo o WebMaster Wallace Moura, responsável pela
parnanet, fomos informados de que nessa BE também nem todos os
livros disponibilizados existem na forma impressa pois, “alguns títulos
foram escritos exclusivamente para a mídia digital”.
Por outro lado a coordenadora do site hotbook, Roberta Rizzo,
informou que “apenas alguns livros disponibilizados pelo site existem na
forma impressa”. Porém, “livros que existem apenas na forma digital,
estão sendo analisados por editoras convencionais, devido o sucesso
que estão tendo na Internet”.
Com relação aos critérios de seleção para a disponibilização de
e-books, fomos informados pelo ebookCult de que o critério
estabelecido é a “democratização da informação”, consistindo em
“dispor para o leitor o máximo de conhecimento possível”.
Segundo informações da biblioteca parnanet, a mesma procura
oferecer um acervo “o mais diversificado possível”. Não há
necessariamente eliminação de títulos, mas classificação “para que
atendam às diferentes necessidades dos internautas”. O objetivo é
“disponibilizar primeiramente autores e títulos mais procurados”, haja
7 Literatura alternativa
88
visto que o site disponibiliza um “formulário em que o internauta pode
sugerir o título que deseja e não encontrou”.
Roberta Rizzo, da Hotbook, afirma que “é feita uma pré-
seleção de originais cujo critério único é o conteúdo do texto, visando
não publicar aqueles com conteúdo considerado impróprio para crianças
e adolescentes”. O site se reserva ao “direito de, eventualmente,
recusar alguma obra que contenha material moralmente condenável,
considerando os padrões do povo brasileiro”. Ao seu ver, essa atitude
reforça a idéia de respeito pelo leitor.
Questionados sobre direitos autorais, fomos informadas pelo
Ebookcult que os mesmos “são liberados pelo autor”, e que “a
comunidade de e-books no Brasil é muito responsável neste sentido”.
Já a Parnanet comenta que “grande parte dos livros são de
direito público. Outra parte é liberada pelo autor, após contato com o
mesmo”. Um dado interessante é o fato de que “alguns autores tomam
a iniciativa de disponibilizar a sua obra, enviando para a biblioteca seus
títulos com a liberação por escrito”.
A coordenadora do Hotbook tem um outro ponto de vista e
afirma que, “neste momento, o que a Internet traz de melhor para o
autor é a divulgação. Através da visibilidade ele forma o seu público.
Não basta apenas publicar”. De acordo com a mesma, é feito um
“trabalho de assessoria de imprensa para o autor e, com essa
89
divulgação, ele vai se tornando conhecido”. O autor libera os direitos
autorais para poder “abranger o maior número de pessoas possível”
Segundo ela, “as obras são registradas na Biblioteca Nacional e no
Escritório de Direitos Autorais, para proteger a autoria, para em
seguida, o autor liberar para o leitor”.
Com relação ao tipo de público que acessa a BE, a ebookcult
definiu apenas como “leitores”, devido à inexistência de pesquisa nesse
sentido. Quanto a parnanet, não foi apresentado um específico, visto
que "além de e-books o site oferece diversos outros serviços gratuitos
para adultos e crianças. Por essa razão é disponibilizado também e-
books infantis”.
Já Roberta Rizzo lamenta afirmando que “não há dados
científicos para essa classificação, porque não há nenhum tipo de
pesquisa sobre o leitor”. Há apenas um “relatório que apresenta os
números de acessos às páginas e downloads das obras, ou seja, dados
quantitativos e não qualitativos”. No entanto, ressalta que “em breve
haverá uma pesquisa nesse sentido”. Apesar de demonstrar incerteza, a
coordenadora acredita que “não existe uma segmentação de público” e
classifica-os apenas como “leitores da rede e leitores do papel (ou seja)
um grupo que convive bem com a Internet e um grupo que reluta em
deixar a Internet fazer parte de suas vidas”.
90
Quanto à polêmica questão da substituição do livro impresso
pelo eletrônico, a equipe responsável pelo Ebookcult, acredita que “o
processo de impressão em papel é capaz de acabar consigo próprio
porque não tem sustentabilidade nenhuma”. No entanto, são
veementes em afirmar que não querem competir com o papel.
Já para a Parnanet, a resposta foi negativa. Um dos fatores
que justificaram essa afirmativa foi a “baixa renda da população”.
Discorrendo sobre essa realidade, Wallace Moura afirma que “nem todos
podem adquirir computadores, e muito menos podem adquirir os palm
tops, sistema mais indicado à leitura de e-books, por sua mobilidade”.
Além do mais, segundo ele, “a leitura em tela desgasta mais a visão e
gera desconforto”. Devido a essas circunstâncias, conclui que, “os
tradicionais livros sempre estarão presentes em nossa sociedade”.
A coordenadora do Hotbook declara que,
à medida que crescem crianças da geração Internet, o livro tende a tornar-se peça de museu. [No entanto], durante um bom tempo, papel e mídia digital deverão conviver pacificamente, assim como o rádio e a TV. Um com mais recursos que o outro, mas sem necessariamente haver uma exclusão.
Ela defende a mídia digital, pois acredita que dessa forma
estará “fazendo um bem a humanidade, através da preservação do
verde”.
Esses pontos de vista nos fazem concluir que apesar das BE’s
estarem, ainda, se consolidando, urge a necessidade de padrões e
91
critérios para a seleção, armazenamento e organização da informação
digital, com destaque para os e-books, bem como para os direitos
autorais e o estudo de usuários para definir perfil e identificar
necessidades. Para tanto, o bibliotecário, entre outros profissionais da
informação, precisa ocupar seu espaço de gateway e gatekeeper no
espaço virtual, enquanto gestor da informação.
Com relação a substituição do livro impresso pelo digital,
apesar de algumas afirmações, os representantes das BE’s pesquisadas
foram unânimes em desconsiderar, pelo menos a curto prazo, essa
possibilidade. Portanto, reafirmamos a convivência paralela de ambos
os suportes, assim como o reconhecimento dessa situação pelos
profissionais que atuam na Web com a informação digital.
5.2 E-BOOK: A FORMAÇÃO DO CATÁLOGO DE LITERATURA BRASILEIRA
Diante da observação da “estante digital” das 3 (três)
bibliotecas eletrônicas, obtemos um total de 1.238 (mil duzentos e
trinta e oito) e-books de diversas áreas do conhecimento, como mostra
o QUADRO 5 a seguir:
92
CATÁLOGO GERAL DE E-BOOKS EXISTENTES NAS BIBLIOTECAS
ELETRÔNICAS PESQUISADAS Biblioteca Eletrônica/E-books Áreas do conhecimento
Total EBookCult Hotbook Parnanet Adulto 05 - - 05 Animais de estimação - Z - - Antiguidades e coleções 08 08 - - Arte 06 06 - - Artes performáticas 02 02 - - Artesanatos e hobbies 01 01 - - Atualidades 19 19 - - Auto-ajuda 25 18 07 - Biografia 03 03 - - Casa e lar 02 02 - - Ciência 11 11 - - Ciência política 44 44 - - Ciências Sociais 44 44 - - Clássicos 14 - - 14 Coleções 219 219 - - Comunicação 09 09 - - Contos 11 - 11 - Crítica literária - - - - Crônicas 38 33 05 - Culinária 01 01 - - Cursos - - - Z Didático - - (pago) - Direito 27 27 - - Ecologia - - Z - Educação 10 10 - - Ensaio - - Z - Esoterismo 11 11 Z Espiritualidade 04 - 04 - Esportes e Lazer 03 03 (pago) - Ficção 288 274 02 12 Ficção cientifica 02 - 02 - Ficção infanto-juvenil - - - - Filosofia 67 67 - - Folclore 01 - 01 - História 28 28 - - Humor 05 05 - - Importados (autores estrangeiros)
- - - Z
Infantil 15 - 02 13 Infanto-juvenil (não ficção) 11 10 01 - Informática 09 09 - Z Interativo 02 - 02 - Jogos 01 01 - -
QUADRO 5 - Catálogo geral de e-books existentes nas bibliotecas eletrônicas pesquisadas (Continua)
93
CATÁLOGO GERAL DE E-BOOKS EXISTENTES NAS BIBLIOTECAS ELETRÔNICAS PESQUISADAS
Biblioteca Eletrônica/E-books Áreas do conhecimento Total EBookCult Hotbook Parnanet
Línguas estrangeiras 04 04 - - Literatura 15 - - 15 Livros didáticos 01 01 (pago) - Livros raros 06 06 - - Medicina 05 05 - - Mistério 01 - 01 - Monografia 01 - 01 - Música 04 04 - - Negócios e economia 14 14 - - On line 06 - 06 - Poesia 63 55 08 - Policial 06 - 06 - Político filosófico 02 - 02 - Psicologia e psiquiatria 03 03 - - Referência 11 11 - - Reflexões 01 - 01 - Regional - - - Z Relacionamentos e família 04 04 - - Religião 87 70 02 15 Romance 35 - 20 15 Roteiro - - Z - Saúde e beleza 02 02 - - Técnicos 23 06 02 15 Vida real - - Z - Total (e-books) .................. 1238 1050 84 104
QUADRO 5 - Catálogo geral de e-books existentes nas bibliotecas eletrônicas pesquisadas (Conclusão) Fonte: Pesquisa realizada em 2003 nos sites EbookCult, Hotbook e Parnanet Nota: Convencionamos utilizar o símbolo “Z” para representar o dado zero e o
símbolo “-” que o dado inexistente.
Observando o QUADRO 5, concluímos que enfrentaríamos
algumas dificuldades em formar um catálogo de caráter geral, dentre
essas a grande quantidade de áreas (66 (sessenta e seis))
apresentadas e os diversos e-books disponibilizados (1238 (mil
duzentos e trinta e oito)), sendo necessário uma grande disponibilidade
de tempo para selecioná-los de acordo com os critérios estabelecidos
nessa pesquisa, acarretando, provavelmente, o não cumprimento do
cronograma estabelecido. Diante destes fatos optamos pela formação
94
de um catálogo especializado. A área escolhida foi a de Literatura, em
virtude da sua relevância e pensando em contribuirmos para o acesso a
várias obras literárias por meio do download gratuito. Desse modo,
agrupamos as áreas co-relatas e demos nomeação única.
Diante do exposto, das 66 (sessenta e seis) áreas disponíveis
nas três bibliotecas eletrônicas pesquisadas, nossa amostra perfaz um
total de 14 (quatorze) áreas a serem exploradas, conforme
demonstrado no QUADRO 6 abaixo:
SUB-ÁREAS DE LITERATURA QUE FORMAM O CATÁLOGO ESPECIALIZADO COM E-BOOKS EXISTENTES NAS BE’s PESQUISADAS
Biblioteca Eletrônica/E-books Áreas do conhecimento (Literatura) Total EBookCult Hotbook Parnanet
Biografia 03 03 - - Clássicos 14 - - 14 Coleções8 219 219 - - Contos 11 - 11 - Crítica Literária 34 34 - - Crônicas 05 - 05 - Ficção 286 274 - 12 Ficção científica 02 - 02 - Ficção infanto-juvenil 11 11 - - Infantil 15 - 02 13 Infanto-juvenil (não-ficção) 11 10 01 - Literatura 15 - - 15 Poesia 63 55 08 - Policial 06 - 06 - Romance 35 - 20 15 Total (e-books) .................. 730 606 55 69 QUADRO 6 - Sub-áreas de literatura que formam o catálogo especializado com e-books existentes nas BE’s pesquisadas Fonte: Pesquisa realizada em 2003 nos sites EbookCult, Hotbook e Parnanet Nota: Na formação do catálogo as áreas “ficção infanto-juvenil”, “infantil” e “infanto-
juvenil” foram agrupadas na área “literatura infanto-juvenil” e a área “literatura” foi distribuída entre as sub-áreas apresentadas no QUADRO 6.
8 A área Coleções contém uma subdivisão que inclui a área Clássicos. Em nosso catálogo, convencionamos utilizar Clássicos para se referir a ambas as áreas.
95
Diante das etapas alcançadas em nossa pesquisa,
selecionamos nos sites eBookCult, Parnanet e Hotbook os e-books mais
representativos, disponíveis nos formatos MS Reader , Acrobat
eBook Reader e Rocket eBook , considerando a sua existência
na forma impressa e/ou a possibilidade de impressão após o download.
De cada sub-área de literatura correspondente, foram coletados os
e-books mais significativos, perfazendo um total de 82 (oitenta e dois)
e-books. A seguir, passamos a apresentar o “catálogo de e-books
brasileiros especializado na área de literatura”.
96
CÁTALOGO DE E-BOOKS EM LITERATURA BRASILEIRA
97
APRESENTAÇÃO
Estamos no tempo de grandes transformações na forma como
a informação é armazenada e transmitida. A inserção das NTIC’s tem
dado um novo sentido à biblioteca, acentuando ainda mais os seus
propósitos, tornando o conhecimento mais livre e eficientemente
acessível aos usuários, integrando múltiplas tecnologias disponíveis.
Nesse sentido a biblioteca eletrônica tem se destacado por favorecer a
democratização do conhecimento, disponibilizando informações no
formato digital.
Objetivando contribuir para a evolução dessa nova realidade
digital, desenvolvemos uma pesquisa em que examinamos bibliotecas
eletrônicas, identificando a formação de acervos virtuais na área de
literatura brasileira, a fim de formar um catálogo de e-books que
possam ser acessados e disponibilizados por outras bibliotecas. O
mesmo está organizado por ordem alfabética de acordo com as áreas
do conhecimento e os e-books inseridos em cada área, estão listados
em ordem alfabética de títulos. Ao final do catálogo, consta o Índice
Onomástico, apresentando em ordem alfabética, à relação dos autores
e as respectivas páginas onde constam suas obras.
Esse catálogo contribui para as bibliotecas eletrônicas e seus
respectivos usuários, facilitando o compartilhamento da informação
digital, bem como o acesso e uso da informação “gratuita”.
98
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 97 Biografia .......................................................................... 99 Clássicos .......................................................................... 100 Contos ............................................................................. 107 Crítica Literária ................................................................. 108 Crônicas ........................................................................... 110 Ficção .............................................................................. 111 Literatura Infanto-juvenil ................................................... 115 Poesia .............................................................................. 119 Policial ............................................................................. 121 Romance .......................................................................... 123 ÍNDICE ONOMÁSTICO ........................................................ 126
99
CATÁLOGO DE E-BOOKS DE LITERATURA BRASILEIRA
BIOGRAFIA
Biografia de Allan Kardec - Federação Espírita Brasileira (FEB)
Biografia que permite que o leitor conheça a vida do codificador da Doutrina Espírita.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: FEB - Federação Espírita Brasileira Tamanho: 100 Kb
Download para ler no Acrobat
Biografia de Papus - Sociedade das Ciências Antigas
Quem foi Papus? A obra descreve a história desse autor.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: S.C.A. - Sociedade das Ciências Antigas Tamanho: 127 Kb
Download para ler no MS Reader
Traços Biográficos de Chico Xavier - Federação Espírita Brasileira (FEB)
Biografia de um dos maiores médiuns psicógrafos do mundo em todos os tempos, publicada anterior a data de seu desencarne.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: FEB - Federação Espírita Brasileira Tamanho: 80 Kb
Download para ler no Acrobat
100
CLÁSSICOS
Figura não
disponível
A Dama das Camélias - Alexandre Dumas Filho
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: BibVirt Tamanho: 443 Kb
Download para ler no Acrobat
A Luneta Mágica – Joaquim Manuel de Macedo
Simplício, homem míope, recebe de um Mago armênio, sucessivamente, três lunetas: a do Mal, a do Bem e, finalmente, a do bom senso.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 190 Kb
Download para ler no Rocket eBook
Figura não
disponível
A Mão e a Luva - Machado de Assis
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
Download para ler no MS Reader
101
A Moreninha – Joaquim Manuel de Macedo
"O mundo de Filipe, de Augusto, da moreninha, é o mundo da festa, do lazer despreocupado com a sobrevivência, como se a maior propriedade destas pessoas fosse o tempo, sobre o qual derramam seus conflitos juvenis e suas ingenuidades de adolescentes”.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 161 Kb
Download para ler no Rocket eBook
A Viuvinha – José de Alencar Um clássico da literatura romântica brasileira. Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 66 Kb
Download para ler no Rocket eBook
Casa de Pensão – Aluízio Azevedo
Romance realista.
Onde encontrar: parnanet; ebookcult Fonte digital: não disponível; eBooksBrasil Tamanho: não disponível; 356 Kb
Download para ler no MS Reader ; Rocket eBook
Cinco Minutos – José de Alencar Não apresenta resumo. Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 58 Kb
Download para ler no Rocket eBook
102
Dom Casmurro – Machado de Assis Dom Casmurro conta à história de Bento de Albuquerque Santiago, filho de uma família abastada do Brasil do século XIX. A história é contada por Bento adulto, quando já recebera o apelido de "dom casmurro", por viver de modo recluso, quase sem amigos. Bento conta a história a partir da sua infância, estabelecendo uma retrospectiva para entender acontecimentos importantes de sua vida. Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 214 Kb
Download para ler no Rocket eBook
Guerra dos Mascates – José de Alencar
História dos chapins que fala sobre os costumes dos reis de Portugal, o casamento da infanta D. Catarina em 1661 com Carlos II da Inglaterra e as possessões do ultramar tendo que fornecer à noiva aos chapins.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 302 Kb
Download para ler no MS Reader
Iracema – José de Alencar
Iracema: prosa-poema de José de Alencar. Reedição
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 115 Kb
Download para ler no Rocket eBook
103
Figura não
disponível
Lucíola - José de Alencar
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
Download para ler no MS Reader
Marília de Dirceu – Tomás Antônio Gonzaga
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 92 Kb
Download para ler no Rocket eBook
Figura não
disponível
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
Download para ler no MS Reader
Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida
Lançado entre 27 de junho de 1852 e 31 de julho de 1853 em folhetim, no suplemento Pacotilha do jornal Correio Mercantil, o livro Memórias de Um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida é um retrato do Brasil dos tempos do Segundo Império.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 195 Kb
Download para ler no Rocket eBook
104
Meu Sertão - Catulo da Paixão Cearense
Meu Sertão não é o sertanejo fotografado; é o sertão no que tem de poético, simples e selvagem, compreendido, sentido, evocado pela alma de seu filho, que se educou no Rio. É uma saudade posta em verso; saudade que se deleita em ir pintando as cenas mortas, refazendo gentes, vistas, costumes interessantes, usanças particulares, pondo em tudo certa nostalgia bem real, muito emotiva. (José Oiticica)
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 195 Kb
Download para ler no MS Reader
Morte e Vida Severina – João Cabral de Melo Neto
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 25 Kb
Download para ler no Rocket eBook
O Ateneu – Raul Pompéia Não apresenta resumo. Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 237 Kb
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O Cortiço – Aluízio Azevedo
Este romance de um dos fundadores do realismo literário no Brasil retrata as condições de vida no Rio de Janeiro no começo do século XX.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 284 Kb
Download para ler no Rocket eBook
105
O Crime do Padre Amaro - Eça de Queirós
Conta a história do Padre Amaro, um reverendo piedoso mas que comete um crime.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Ciberfil Tamanho: 223 Kb
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O Guarani – José de Alencar
Os amores de Peri e Ceci. Este romance foi utilizado como o libretto para a ópera de Carlos Gomes, Il Guarany.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 379 Kb
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O Navio Negreiro – Castro Alves
Um libelo poético de Castro Alves contra a escravidão no Brasil.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 26 Kb
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O Primo Basílio – Eça de Queiroz
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Ciberfil Tamanho: 432 Kb; 416 Kb
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106
Os Lusíadas - Luís de Camões
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Ciberfil Tamanho: 223 Kb
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Figura não
disponível
Os Maias – Eça de Queiroz
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
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Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto
Nesta tragicomédia, escrita em 1915, Lima Barreto conta a história de um patriota ingênuo, empenhado em uma luta solitária para salvar seu país de políticos corruptos.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 230 Kb
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Ubirajara – José de Alencar
Romance com temática indígena.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 124 Kb
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107
CONTOS
Coletânea Fantasias - Renato Alonso Azevedo
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 549 Kb Lançamento: 15/10/2002
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Contos Sem Fim - Sinomar Ricardo
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: não disponível Lançamento: 09/05/2003
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Meu Mestre é Meu Mundo – Jerônimo Mendes
“Este livro representa uma parcela da minha vida, ao longo de trinta e poucos anos e cada vez me convenço mais de que há muito que se fazer neste mundo-cão. Não basta sermos bons e honestos durante a existência. É necessário transcender, atropelar a razão e a lógica, fazer acontecer e, ao mesmo tempo, não descuidar do que poderá ser feito de cada um de nós, após a vida na Terra”. (Jerônimo Mendes)
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 235 Kb Lançamento: 03/04/2000
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108
Um Gênio Adolescente - Elzymar Vieira Ricardo
Livro inspirado no conto "Aladim e a Lâmpada Mágica", escrita numa versão moderna e atual, com mais tecnologia, retratando problemas dos adolescentes dos dias de hoje.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 48 Kb Lançamento: 01/01/2003
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CRÍTICA LITERÁRIA
A Fala e o Rio - Priscilla Carla Silveira Menezes
Livro infantil, que estabelece uma analogia entre o rio e o movimento da linguagem e entre os troncos e as restrições da fala, a disfluência, desmistificando a dicotomia fluência x disfluência. Destinado a crianças de todas as idades, profissionais e estudantes de Fonoaudiologia e Letras, bem como ao público em geral.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 1.102 Kb; 690 KB
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Histórias Sem Pé Nem Cabeça - Mauro Gonçalves Rueda
"Era uma vez uma história sem pé nem cabeça. Não tinha início, meio ou fim”. E assim como a história, o escritor não sabia quem era, o que era, porque escrevia e o que iria escrever quando iniciou a história.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 116 Kb
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109
Natureza Morta – Floriano Martins e Hélio Rola
“O homem já se chamou eu, nós, nenhum. Perdeu-se entre si e os demais. Julgou sempre o outro. Qual nome terá agora? [...] A arte quando muito pintará a si mesma: uma natureza morta."
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil / Agulha Tamanho: 220 Kb
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O Eu-Inatingido - Mauro Gonçalves Rueda
O EU são “achados”, “retalhos”, “apanhados”, ao longo dos anos, em meio às gentes, na solidão das madrugadas. São pensamentos populares, mesclados e amalgamados por alguns conceitos do autor.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 133 Kb
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Porque Me Ufano do Meu País – Afonso Celso
Segundo Afonso Celso, os “maus elementos poderão retardar; nunca impedir a predestinação do Brasil a grandes cousas." É nessa perspectiva, que ele escreve essa critica literária sobre o Brasil.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 208 Kb
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110
CRÔNICAS
Crônicas da Vida - Sinomar Ricardo
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: não disponível Lançamento: 09/05/2003
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Crônicas da Vida de um Médico - Sinomar Ricardo
Não apresenta resumo.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 211 Kb Lançamento: 09/05/2003
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Histórias que a Vida nos Conta - Alfredo Ciuffi Neto
Apresenta pequenas histórias retratando fatos que aconteceram no cotidiano. São crônicas do dia-a-dia, coletadas da memória, transcritas com saudosismo pelo autor.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 435 Kb Lançamento: 25/01/2001
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111
Maré Vazante - Esther Tourinho
"São trinta e seis crônicas sobre os mais variados assuntos do cotidiano, em um verdadeiro convite à observação de fatos corriqueiros e ao mesmo tempo repletos de possibilidades, de contradições, de nuances que passam tantas vezes despercebidas.”
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 531 Kb Lançamento: 04/01/2002
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Muito Além do Cotidiano - Jerônimo Mendes
Coletânea de crônicas que foram história na vida do autor nos tempos de infância e adolescência. A grande maioria possui trechos de humor e a intenção é divertir o público com a desgraça alheia, ou seja, histórias reais transformadas em crônicas.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 99 Kb Lançamento: 23/03/2001
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FICÇÃO
A Cega Que "via" – Cleusa Sarzêdas
Livro de ficção que narra a história de uma cega que enxerga com os olhos da alma. A personagem dessa história acredita que “Para a alma não existem fronteiras. Cegos, são os olhos do meu corpo. E passe é energia transmitida. Os espíritos fizeram todo o serviço. Eu sou apenas o veículo”.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 102 Kb
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112
A Escrava Isaura – Bernardo Guimarães
Os sofrimentos e desventuras de Isaura, uma escrava branca, com bons sentimentos e bem educada em uma sociedade escravocrata.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 176 Kb
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Figura não
disponível
A Máscara do Tempo - Lira Vargas
Conta a história de um casal de velhinhos que em todos os sábados atravessavam a rua e iam para o bar da esquina.
Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
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A Normalista – Adolfo Caminha
"O romance relata as muitas tristezas e poucas alegrias de uma jovem que é entregue por seu pai ao padrinho, para criá-la. Ela é uma menina normal, que estuda, que tem uma amiga confidente, um pretenso namorado de nível muito superior ao seu e, desgraçadamente, é engravidada pelo padrinho e acaba casando-se com um alferes da polícia. O pano de fundo é uma cidade provinciana do século passado, repleta de preconceitos e maledicências." (Cláudio Murilo Leal)
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 205 Kb
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113
Amor Assassino – L. P. Baçan
Juliet estava decidida a manter seu casamento, mesmo que isso lhe custasse a felicidade. Apaixonara-se pelo melhor amigo de seu marido e abdicaria desse amor para manter a promessa feita no altar. Uma fatalidade, no entanto, deu-lhe a chance de conhecer a verdadeira felicidade. A morte de seu marido libertava-a para entregar-se àquele que ela julgara ser o amor de sua vida. Ao invés do paraíso, no entanto, ela conheceu o inferno, ao descobrir que o homem gentil que ela julgava amar era, na verdade, um psicopata assassino.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Ciberfil Tamanho: 150 Kb
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Brida – Paulo Coelho
Brida é a história real de uma das mais jovens Mestras da Tradição das Feiticeiras. No estilo que o consagrou como um dos escritores mais vendidos do país, PAULO COELHO conta os primeiros passos da então menina de 21 anos que, decidiu que seu destino estava profundamente ligado aos mistérios da magia.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: www.paulocoelho.com.br Ano de Lançamento: 1990 Tamanho: 600 Kb
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114
Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei – Paulo Coelho
Narra uma história de amor entre Pilar e seu companheiro que, conheceram-se na infância, afastaram-se na adolescência, e - onze anos depois - tornam a se encontrar. Os dois estão unidos pela vontade de mudar, de seguir os próprios sonhos, de encontrar um caminho diferente. Para isto, é preciso vencer muitos obstáculos interiores: o medo da entrega, a culpa, os preconceitos. Pilar e seu companheiro resolvem viajar até uma pequena aldeia nas montanhas - e trilhar o difícil caminho de reencontro com a própria verdade.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: www.paulocoelho.com.br Ano de Lançamento: 1994 Tamanho: 365 Kb
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O Diário de Um Mago – Paulo Coelho
Sentado em um jardim de uma cidade no sul da França. Água mineral. Café. Temperatura de 27º C na tarde de 1 de junho de 2002. Pessoas que conversam, pessoas que caminham. Pessoas que também tomam seu café e sua água mineral. Nesse cenário Paulo Coelho apresenta sua obra.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: www.paulocoelho.com.br Ano de Lançamento: 1987 Tamanho: 600 Kb
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Figura não
disponível
The Box Man - Josiel Vieira Há quanto tempo ele estava ali? Talvez uma eternidade. Porém, o mais importante: há quanto tempo tinha consciência disso? Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
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115
Figura não
disponível
Um Anjo Nas Nuvens - Lira Vargas “Conheci Orlando numa feira de automóveis, trabalhando como recepcionista, ficamos numa paquera gostosa por muito tempo”. Assim começa a histórica “Um anjo nas nuvens”. Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
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LITERATURA INFANTO JUVENIL
A Bruxa Adriana - Tarcisio Lage
Obra de ficção infanto-juvenil, discorre acerca de uma rebelião de crianças contra uma bruxa.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 152 Kb
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A Classe Média Agradece - André Diniz
Ficção infanto-juvenil que narra a história de Marcelo Cabeça, um poderoso traficante das favelas cariocas, pela visão muito particular de alguém que se envolveu com ele mais do que devia.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Nona Arte Tamanho: 2.952 Kb
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116
A Locomotiva na Era Virtual - Vera Carvalho Assumpção
Camila, a protagonista deste livro, gostava de ouvir as histórias que a avó contava sobre seus antepassados. Mais do que as palavras da avó, através do seu coração, ela captava a emoção das pessoas diante de acontecimentos fantásticos. Utilizando os recursos da realidade virtual, as duas viveram uma grande aventura, mergulharam no tempo.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 696 Kb Lançamento: 15/10/2001
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Fawcett – André Diniz e Flávio Colin História em quadrinho que fala sobre o coronel britânico Percy Harrison Fawcett, que em 1925 veio ao Brasil para encontrar a lendária cidade de Muribeca. Após penetrar nas matas do Mato Grosso, nunca mais foi visto. Veio desvendar um enigma e acabou se tornando um outro! Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Nona Arte Tamanho: 4.516 Kb
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Mafaldinha A Minhoca - Mauro Gonçalves Rueda
Conta a história de Mafaldinha e o gravetinho. "Mafaldinha a minhoca já não regulava bem paquerava um gravetinho que chamava de meu bem. Todo dia bem cedinho Mafaldinha na ilusão, saia de um buraquinho num canteiro de agrião”.
Onde encontrar: ebookcult; parnanet Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 129 Kb
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117
Figura não
disponível
O Corpo Humano é Engraçado – Daniel Walker
O autor faz comparações hilárias, mas verdadeiras sobre o corpo humano. Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
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O Encontro das Estrelas - Jerônimo Mendes
Em sua estréia na literatura infantil, o escritor Jerônimo Mendes conta à história da estrelinha Pipoca, que vaga pelo Universo em busca de seus pais. O final é surpreendente. Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 254 Kb Lançamento: 07/07/2003
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O Poeminha Camarada - Mauro Gonçalves Rueda
"Bem, acho que nosso poeminha camarada é de fato, um grande exemplo. Mas ai, haja energia para acompanhar o pique que ele tem! Eu já me sinto cansado embora admita: como é bom estudar, ler e aprender. A leitura, os bons livros são espelhos da sabedoria."
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 90 Kb
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118
O Reino Encantado - Mauro Gonçalves Rueda
"Às vezes, a própria natureza acaba cansando-se da intempérie. Não do tempo, mas sim, daquelas que lhes são impingidas pelo homem moderno. Um dia, quando todo o mundo já começava a sentir-se cansado dos comércios, intrigas, guerras, politicalhas, misérias e tristezas... quando até mesmo os animaizinhos sentiam-se inseguros, temerosos pela natureza cada vez mais depredada e debilitada, uma menininha, preocupada com tudo isso, teve um sonho..." (Mauro Gonçalves Rueda)
Onde encontrar: ebookcult; parnanet Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 101 Kb
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O Sumiço dos Gatos do Parque Trianon - Oriza Martins Pinto
No Parque Trianon, em São Paulo, alguns gatos moradores do local começam a desaparecer misteriosamente, deixando intrigado um grupo de jovens amigos, estudantes de uma escola próxima, que cuidam dos bichanos. A galera começa a investigar os misteriosos desaparecimentos, quando percebe que fatos estranhos ocorrem em um velho casarão vizinho da escola. A obra contém como substrato temático uma mensagem ecológica e de reflexão sobre a questão dos animais abandonados.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 353 Kb Lançamento: 12/01/2003
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119
Figura não
disponível
Olha Só Quem Está Falando - Priscilla Carla Silveira Menezes
A autora conta a história de Ítalo, um garotinho que está começando a falar. São tantas palavrinhas que já conhece, que é normal se ele errar. Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
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Totó, o Maior Cão do Mundo - Cinthya Nunes Vieira da Silva
Um cão, uma menina, uma história real. Emocione-se com a trajetória dessa amizade. Conheça a vida de Totó, suas aventuras, seus amigos e principalmente o imenso amor que inspirou em sua dona. Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 42 Kb Lançamento: 19/11/2000
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POESIA
A Torre de Babel – Mauro Gonçalves Rueda
Poemas inspirados e escritos após várias sessões do filme THE DOORS com as letras de Jim Morrison, entre suas lambadas metafóricas, a fragmentação das figuras de linguagem e todos os conceitos convencionais da época. O poeta utiliza uma vasta gama de recursos no seu fazer poético enriquecido por canções irreverentes e sombrias. Um longo passeio pelo tempo.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 55 Kb; 135 Kb
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120
Cantos da Solidão – Bernardo Guimarães
O primeiro livro de Guimarães, o autor de "A Escrava Isaura". Publicado pela primeira vez em 1852.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 59 Kb
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Crisálidas – Machado de Assis
O primeiro livro publicado pelo poeta Machado de Assis. A primeira edição foi em 1864. Até hoje, não foi reeditado em papel.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 71 Kb
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Espumas Flutuantes – Castro Alves
Poesias de Castro Alves.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 93 Kb
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Poesias – Cecília Meireles Não apresenta resumo. Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 28 Kb
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Obs.: Essa obra consta na área Clássicos do site Ebookcult.
121
Sonetos – Luís de Camões
Sonetos de Camões.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Phoenix-Library Tamanho: 202 Kb
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Obs.: Essa obra consta na área Clássicos do site Ebookcult.
Viagem - Cecília Meireles
Livro que consagrou Cecília Meireles como a grande poetisa da língua portuguesa.
Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 347 Kb
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POLICIAL
A Feiticeira Redescoberta - Vera Carvalho Assumpção
Roberto havia deixado um bilhete de despedida para a mãe e um vidro vazio de veneno na gaveta. Porém, dona Cacilda Costa Medeiros não acredita que seu filho único tenha se suicidado ingerindo cianureto. Um pressentimento contrário a todas as evidências impede-a de acreditar no óbvio. Ela contrata um detetive a fim de provar que o suicídio foi um assassinato.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 974 Kb Lançamento: 04/01/2002
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122
Enigma - Sinomar Ricardo
Uma história policial onde política, religião e crimes se mesclam para produzir um efeito único. O autor leva seus leitores a desejar parar a leitura somente ao final do livro, e, ao terminar, querer começar a ler tudo de novo.
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 510 Kb Lançamento: 09/05/2003
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Paisagens Noturnas - Vera Carvalho Assumpção
Paisagens Noturnas é um romance policial onde o detetive Alyrio Cobra se vê as voltas com um crime aparentemente solucionado pela polícia e que na realidade é só o fio de uma meada. Até chegar à outra ponta, ele vai ter de enveredar por muitas vidas aparentemente normais e outros assassinatos decorrentes da investigação. Numa coincidência fantástica, encontra um quadro de uma pintora sua amiga na casa da professora assassinada. E é ela quem retrata as paisagens noturnas!
Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 659 Kb Lançamento: 02/01/2003
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123
Virginia e seu Labirinto - Vera Carvalho Assumpção
Na época em que o Brasil saía da ditadura, em São Paulo, um casal de classe média alta é encontrado assassinado na própria cama. A família, os amigos, os filhos e a polícia se dirigem ao local do crime e criam um verdadeiro caos onde muitas provas se perdem. Com os escassos elementos que restaram, ainda há pessoas tentando camuflar as poucas evidências. Em meio às confusões de seu cotidiano de trabalho e vontade imbatível de vencer na vida, Virgínia, uma estilista dona de butique que também era amante do morto, irá enveredar pelos meandros do caso e acabará se deparando com a solução. Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 1.069Kb Lançamento: 19/12/2002
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ROMANCE
A Flor do Desejo - Sílvia Marques
"Lorena, uma bela e bem-sucedida redatora, envolve-se com os homens apenas no âmbito sexual. Mas, se mantém enigmática e inatingível afetivamente. A explicação para sua atual conduta encontra-se em seu passado, numa pequena cidade do interior paulista, onde viveu um louco caso de amor que modificou toda a sua vida”. Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 373 Kb Lançamento: 11/04/2002
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124
Figura não
disponível
Diário Íntimo - Lima Barreto
Não apresenta resumo. Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
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Figura não
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Do Virtual ao Real - Lucinea Aparecida de Rezende A obra desperta o leitor para uma nova realidade dos tempos modernos, em que: Viver um grande amor é uma experiência única! Viver um romance que se inicia na Internet e através dela cria asas, é algo novo! Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
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ELE Está no Meio de Nós - Silas Correia Leite
“Quem ler esse livro, vai pensar duas vezes antes de querer continuar sendo a mesma pessoa. É a história de um homem de poder, realizado financeiramente mas que não é feliz com todo o status que tem. Ao contrário, é infeliz e, secretamente busca um sentido para a vida, para a questão que cantou Caetano Veloso: "Existir, a quê será que se destina?” Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 1622 Kb Lançamento: 23/04/2001
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125
Figura não
disponível
O Início do Fim - Mauro Gonçalves Rueda A vida vivida, sangrada, em faca afiada: — túnel sem saída —. Ferida que não cicatriza é ferida legada. Em meio ao romantismo de Mauro Gonçalves desenrola-se a história “O início do fim”. Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível
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O Amor na Era da Internet - Roberta Rizzo
Giulia e Felipe vivem longe dos grandes centros urbanos, na pacata cidade de Parati. Uma moderna estrutura de comunicação permite que não só trabalhem pela rede, mas também organizem sua vida utilizando as facilidades da Internet: compras on-line etc. Através desse casal, a autora discute temas como novas relações de trabalho (teletrabalho ou telecommuting), nova organização espacial, ensino à distância, vício na Internet, crianças, adolescentes e idosos na rede etc. Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 329 Kb Lançamento: 25/02/2000
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126
ÍNDICE ONOMÁSTICO A-C Alencar, José de, 101,102, 103, 104, 106 Almeida, Manuel Antônio de, 103 Alves, Castro, 105, 120 Assis, Machado de, 100, 102, 103, 120 Assumpção, Vera Carvalho, 116, 121, 122, 123 Azevedo, Aluízio, 101, 104 Azevedo, Renato Alonso, 107 Baçan, L. P., 134 Barreto, Lima, 106, 124 Caminha, Adolfo, 112 Camões, Luís de, 106, 121 Cearense, Catulo da Paixão, 104 Celso, Afonso, 109 Ciuffi Neto, Alfredo, 110 Coelho, Paulo, 113, 114 Colin, Flávio, 116 D-F Diniz, André, 115, 116 Dumas Filho, Alexandre, 100 Federação Espírita Brasileira (FEB), 99 G-I Gonzaga, Tomás Antônio, 103 Guimarães, Bernardo, 112, 120 J-L Lage, Tarcisio, 115 Leite, Silas Correia, 124 M-O Macedo, Joaquim Manuel de, 100, 101 Marques, Silvia, 123 Martins, Floriano, 109
127
Meireles, Cecília, 120, 121 Melo Neto, João Cabral de, 104 Mendes, Jerônimo, 107, 111, 117 Menezes, Priscilla Carla Silveira, 108, 119 P-R Pinto, Oriza Martins, 118 Pompéia, Raul, 104 Queirós, Eça de, 105, 106 Rezende, Lucinea Aparecida de, 124 Ricardo, Elzymar Vieira, 108 Ricardo, Sinomar, 107, 110, 121 Rizzo, Roberta, 125 Rola, Hélio, 109 Rueda, Mauro Gonçalves, 108, 109, 116, 117, 118, 119, 125 S-U Sarzêdas, Cleusa, 111 Silva, Cinthya Nunes Vieira da, 119 Sociedade das Ciências Antigas, 99 Tourinho, Esther, 111 V-Z Vargas, Lira, 112, 115 Vieira, Josiel, 114 Walker, Daniel, 117
128
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atuais tecnologias incorporaram uma nova forma de circular
e sistematizar informações. Vivemos atualmente uma transição tão
importante quanto a invenção da prensa de tipos móveis no Século XV,
que revolucionou a produção de livros. Nesse contexto, o e-book tem se
destacado como um surpreendente meio de informação possibilitando
democratizar o seu acesso a um nível ainda mais alto e de uma maneira
nunca antes pensada uma vez que, centenas de livros e documentos
estão podendo ser acessados com um simples “clique”. Essa facilidade
em conectar-se com a informação está cada vez mais rápida e
automática trazendo uma enorme contribuição para a educação,
fortalecendo a cultura, incentivando o ato de ler e gerando novos
paradigmas entre profissões e profissionais, principalmente os que
lidam diretamente com a tecnologia e com a informação.
No entanto, diante dessa realidade tecnológica e informacional,
o livro impresso tem na sua perenidade de registro da história da
humanidade uma das suas vantagens sobre o livro eletrônico, pois os
documentos produzidos em meio digital ainda não garantem a
longevidade de sua utilização, bem como a perda de dados nesse tipo
de mídia é muito maior que na mídia impressa. Sendo assim, podemos
perfeitamente vislumbrar um futuro para bibliotecas tradicionais e
eletrônicas, para documentos impressos e digitais.
129
Temos por certo que o papel desempenhado pelos
bibliotecários em qualquer um desses ambientes será um só, o de
facilitador do acesso à informação. Dessa forma, o bibliotecário deve
estar atento às necessidades advindas em decorrência das NTIC’s para
que ele continue tendo um conhecimento privilegiado quanto ao
processamento e disseminação da informação. Diante da
explosão informacional e da aplicação da tecnologia nesse campo, o
mesmo precisa atuar como gestor de informação, administrando a
quantidade imensurável de dados disponíveis, a fim de transformá-las
em informações relevantes, que possam ser usadas para a produção de
um novo conhecimento.
Nesse panorama, a biblioteca eletrônica tem se destacado
como uma importante fonte de disseminação do conhecimento
contribuindo para a democratização da informação e disponibilizando
informações sem a necessidade de uma instalação física. No entanto,
sugerimos o uso do conceito de biblioteca híbrida pois dentre os
conceitos estudados, este é, a nosso ver, o que mais retrata a realidade
das bibliotecas atualmente, considerando a existência de materiais
impressos e digitais. Essa situação é uma conseqüência dos constantes
avanços tecnológicos e uma prova de que informações impressas e
digitais sempre existirão como formas de acesso à informação.
Essas questões ora discutidas são vislumbradas nesse estudo,
objetivando examinar bibliotecas eletrônicas, identificar a formação de
130
acervos virtuais na área de literatura a fim de facilitar o
compartilhamento e uso da informação digital. Para tanto, temos como
universo as BE do o ambiente Web, no qual investigamos três
bibliotecas eletrônicas: ebookcult, hotbook e parnanet, através da
observação de seus sites e da análise de um questionário respondido
pelos seus responsáveis.
No estudo apresentado, chegamos a alguns resultados,
concernentes as bibliotecas eletrônicas e a seus respectivos acervos
digitais de e-books na área de literatura brasileira. A respeito das
bibliotecas eletrônicas verificamos que nem todos os livros
disponíveis em seus acervos eletrônicos estão disponíveis na forma
impressa, pelo fato de algumas obras serem escritas exclusivamente
para a forma digital. Quanto à seleção dos e-books, as bibliotecas
oferecem um acervo bastante diversificado e primam pela
democratização da informação. Um fato que nos chamou atenção foi a
questão dos direitos autorais. Todas as bibliotecas pesquisadas foram
unânimes em afirmar que os direitos autorais são liberados pelos
autores e que atualmente essa questão tem sido levada muito a sério.
Quanto ao tipo de público, as bibliotecas não apresentaram nenhuma
pesquisa nesse sentido. Algumas os classificam apenas como leitores,
enquanto outras como público indefinido. Esse fato em nada contribui
para o crescimento das bibliotecas eletrônicas apresentadas, pois o
desconhecimento do público impede que sejam oferecidos serviços de
131
acordo com as suas necessidades e exigências. A questão da
substituição do livro impresso pelo eletrônico estabeleceu diferentes
hipóteses, tais como: o processo de impressão em papel não ter
sustentabilidade e por isso ser capaz de acabar consigo mesmo; o fato
da por outro lado, a baixa renda da população impedir que todos façam
parte do progresso tecnológico e; por fim, a convivência pacífica entre
papel e mídia.
Concomitante a essas discussões, com relação aos e-books
consideramos que os mesmos estão bem representados nas BE’s
estudadas, haja visto a sua disponibilidade em várias áreas do
conhecimento. No entanto, objetivando cumprir o cronograma
estabelecido para essa pesquisa e não disponibilizando de tempo
suficiente para a criação de um catálogo de caráter geral, delimitamos
no nosso catálogo a área de literatura brasileira por considerarmos uma
área de grande relevância para a cultura.
Considerando as discussões e os resultados enfocados, tivemos
a oportunidade de estudar e pesquisar sobre um tema atual e bastante
enfatizado em nossa área, qual seja as NTIC’s e suas vertentes,
biblioteca eletrônica e informação digital, possibilitando-nos uma maior
consciência da responsabilidade em trabalhar com a informação
enquanto bibliotecários. Portanto, concluímos que, as NTIC’s têm
proporcionado diversas mudanças, tais como: mudança no papel do
bibliotecário, exigindo dele um perfil inovador, com novas competências
132
e qualificações técnicas; alteração no conceito de biblioteca, haja visto a
disponibilidade de acervos virtuais e; conseqüentemente, a convivência
de impresso e digital como opções diferentes e complementares na
aquisição de informação e conhecimento.
Com relação ao livro, o consideramos como uma das fontes
mais seguras de registro da cultura humana. Mesmo com tantas
discussões sobre o seu futuro, é inegável que o mesmo tem um papel
preponderante no desenvolvimento das facilidades do mundo
contemporâneo. Acreditamos que não existe uma competição com a sua
versão tradicional, mas sim, um complemento, onde múltiplas
tecnologias estão disponíveis, objetivando tornar acessível o acesso à
informação.
Sugerimos novas pesquisas, no sentido de estudar e organizar
a informação digital em catálogos impressos considerando as diversas
áreas do conhecimento, que, somados a esse estudo, poderão facilitar a
seleção, a organização, a disponibilização e o acesso da informação
digital à bibliotecas, bibliotecários e usuários.
133
REFERÊNCIAS
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139
APÊNDICE
140
APÊNDICE A – Questionário da pesquisa
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
Para: Sr(a). responsável pelo site .......................
Estamos desenvolvendo uma pesquisa vinculada ao curso de
Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba que visa explorar
sites que disponibilizam gratuitamente e-books na área de literatura,
escrito por autores e/ou entidades brasileiras. Nesse sentido, o site
.............. foi um dos selecionados em nossa pesquisa e, portanto,
requeremos vossa colaboração para esclarecer nossas dúvidas quanto
ao serviço oferecido.
Para atendermos ao cronograma da pesquisa, solicitamos, por
gentileza, o envio da resposta para o e-mail
[email protected], no prazo máximo de cinco dias após o
recebimento desse questionário.
Agradecemos a sua colaboração
Atenciosamente,
Alzira Karla Araújo da Silva (Orientadora)
Christine Dantas Benício (Orientanda)
141
QUESTIONÁRIO
1) Todos os livros disponibilizados nesse site existem também na forma impressa?
2) Qual o critério de seleção para disponibilizar esses e-books?
3) Os direitos autorais são liberados pelo autor? Como funciona essa questão?
4) Que tipo de público acessa o site ..................?
5) Na sua opinião, o livro eletrônico irá substituir o livro impresso?
142